NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 09/10/2018 / Aeroporto pode ter mais de um pouso e decolagem ao mesmo tempo ?
#Aeroportos - Aeroporto pode ter mais de um pouso e decolagem ao mesmo tempo ? ...
Alexandre Saconi ...
A maioria dos aeroportos de grande porte tem pelo menos duas pistas de pousos e decolagens, uma paralela à outra. Porém, quase sempre, só uma delas é utilizada. Quando as duas estão em uso, uma recebe pousos e, após a aeronave estar em solo, a pista ao lado é liberada para uma decolagem.
Afinal, é possível ter pousos e decolagens acontecendo ao mesmo tempo ?
Sim. E isso ajuda a economizar tempo e dinheiro, além de aumentar a quantidade de passageiros transportados.
Quem regulamenta esse tipo de operação é a Oaci (Organização da Aviação Civil Internacional), órgão da ONU que regula o transporte aéreo civil internacional.
Grandes centros de conexão internacionais, como Heathrow (Inglaterra), Beijing Capital International (China) e San Francisco (EUA), entre outros, comportam pousos e decolagens simultâneos.
O que é preciso para ter pousos e decolagens simultâneos ?
A resposta é simples: a distância segura entre as pistas. A Oaci determina que a distância mínima entre o eixo central das pistas deve ser de 1.035 metros nessas situações.
Em alguns aeroportos, enquanto uma pista é para aviões que estão de partida, outra é usada para voos que estão chegando, o que não configura a operação simultânea. Quando não ocorre isso, a distância entre as pistas pode ser inferior, como é o caso do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
Na América Latina, só acontece em Brasília
Na América Latina, apenas o aeroporto de Brasília opera dessa maneira, com capacidade para até 64 movimentos por hora.
Para garantir a segurança, o controle de tráfego aéreo realiza a seguinte divisão: as aeronaves que se aproximam pelos setores Sul/Sudeste de Brasília (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia etc.) pousam na pista sul. As aeronaves procedentes dos setores Norte/Nordeste de Brasília (EUA, Manaus, Recife, Salvador etc.) pousam na pista norte. A mesma lógica é usada para as decolagens.
Essa operação reduz o tempo entre os pousos e decolagens, além de permitir que o espaço aéreo seja mais bem otimizado, que os voos sejam mais rápidos e, em consequência, haja menos gasto de combustível e redução de emissão de gás carbônico.
No Brasil, além do aeroporto de Brasília, apenas as pistas de pousos da AFA (Academia da Força Aérea), em Pirassununga (SP), possuem distância mínima para operar pousos e decolagens simultâneos. Porém, a atividade deste aeródromo é primordialmente militar.
Dois incidentes em 2016
Dois incidentes foram registrados no aeroporto de Brasília durante decolagens simultâneas em 2016.
O primeiro ocorreu em 23 de fevereiro daquele ano. Devido a um erro em uma manobra, um avião da Polícia Federal correu o risco de colidir com um da FAB (Força Aérea Brasileira). O avião da PF deveria ter decolado e virado para a direita, mas virou à esquerda, aproximando-se da aeronave da FAB.
Poucos dias depois, em 2 de março, houve outro incidente, dessa vez envolvendo um avião da Gol e um da Avianca. O voo da Gol, que decolava à esquerda do da Avianca, deveria ter se mantido em linha reta após deixar o solo. Entretanto, virou à direita. Com isso, ocorreu uma aproximação entre as aeronaves.
Em ambos os casos, a atuação dos controladores de voo evitou que ocorressem acidentes.
Esse tipo de operação ficou suspensa por um tempo, e depois o aeroporto de Brasília retomou as atividades simultâneas de pouso e decolagem. Algumas medidas foram tomadas para evitar novas ocorrências:
- Cada setor de aproximação ao aeroporto é gerenciado por um controlador de tráfego aéreo;
- Um controlador fica dedicado, exclusivamente, a monitorar a aproximação dos aviões até a cabeceira da pista, podendo interferir nas comunicações e coordenar manobras evasivas quando necessário;
- A torre de controle passou a ter a obrigação de informar às aeronaves, antes da decolagem, o sentido da primeira curva a ser realizada após entrarem em voo.
Atualmente, as cartas de navegação aeronáuticas estão sendo atualizadas, e o aeroporto de Brasília está apenas recebendo pousos simultâneos, com as decolagens paralelas simultâneas independentes suspensas até o término da atualização.
Afinal, é possível ter pousos e decolagens acontecendo ao mesmo tempo ?
Sim. E isso ajuda a economizar tempo e dinheiro, além de aumentar a quantidade de passageiros transportados.
Quem regulamenta esse tipo de operação é a Oaci (Organização da Aviação Civil Internacional), órgão da ONU que regula o transporte aéreo civil internacional.
Grandes centros de conexão internacionais, como Heathrow (Inglaterra), Beijing Capital International (China) e San Francisco (EUA), entre outros, comportam pousos e decolagens simultâneos.
O que é preciso para ter pousos e decolagens simultâneos ?
A resposta é simples: a distância segura entre as pistas. A Oaci determina que a distância mínima entre o eixo central das pistas deve ser de 1.035 metros nessas situações.
Em alguns aeroportos, enquanto uma pista é para aviões que estão de partida, outra é usada para voos que estão chegando, o que não configura a operação simultânea. Quando não ocorre isso, a distância entre as pistas pode ser inferior, como é o caso do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
Na América Latina, só acontece em Brasília
Na América Latina, apenas o aeroporto de Brasília opera dessa maneira, com capacidade para até 64 movimentos por hora.
Para garantir a segurança, o controle de tráfego aéreo realiza a seguinte divisão: as aeronaves que se aproximam pelos setores Sul/Sudeste de Brasília (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia etc.) pousam na pista sul. As aeronaves procedentes dos setores Norte/Nordeste de Brasília (EUA, Manaus, Recife, Salvador etc.) pousam na pista norte. A mesma lógica é usada para as decolagens.
Essa operação reduz o tempo entre os pousos e decolagens, além de permitir que o espaço aéreo seja mais bem otimizado, que os voos sejam mais rápidos e, em consequência, haja menos gasto de combustível e redução de emissão de gás carbônico.
No Brasil, além do aeroporto de Brasília, apenas as pistas de pousos da AFA (Academia da Força Aérea), em Pirassununga (SP), possuem distância mínima para operar pousos e decolagens simultâneos. Porém, a atividade deste aeródromo é primordialmente militar.
Dois incidentes em 2016
Dois incidentes foram registrados no aeroporto de Brasília durante decolagens simultâneas em 2016.
O primeiro ocorreu em 23 de fevereiro daquele ano. Devido a um erro em uma manobra, um avião da Polícia Federal correu o risco de colidir com um da FAB (Força Aérea Brasileira). O avião da PF deveria ter decolado e virado para a direita, mas virou à esquerda, aproximando-se da aeronave da FAB.
Poucos dias depois, em 2 de março, houve outro incidente, dessa vez envolvendo um avião da Gol e um da Avianca. O voo da Gol, que decolava à esquerda do da Avianca, deveria ter se mantido em linha reta após deixar o solo. Entretanto, virou à direita. Com isso, ocorreu uma aproximação entre as aeronaves.
Em ambos os casos, a atuação dos controladores de voo evitou que ocorressem acidentes.
Esse tipo de operação ficou suspensa por um tempo, e depois o aeroporto de Brasília retomou as atividades simultâneas de pouso e decolagem. Algumas medidas foram tomadas para evitar novas ocorrências:
- Cada setor de aproximação ao aeroporto é gerenciado por um controlador de tráfego aéreo;
- Um controlador fica dedicado, exclusivamente, a monitorar a aproximação dos aviões até a cabeceira da pista, podendo interferir nas comunicações e coordenar manobras evasivas quando necessário;
- A torre de controle passou a ter a obrigação de informar às aeronaves, antes da decolagem, o sentido da primeira curva a ser realizada após entrarem em voo.
Atualmente, as cartas de navegação aeronáuticas estão sendo atualizadas, e o aeroporto de Brasília está apenas recebendo pousos simultâneos, com as decolagens paralelas simultâneas independentes suspensas até o término da atualização.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Na esteira de Bolsonaro, 72 militares são eleitos para cargos legislativos Comente
Publicada em 08/10/2018 17:09
Os números finais da apuração das eleições mostram que 72 militares foram eleitos para cargos nas Câmaras estaduais, federais e para o Senado; alguns deles, liderando a lista de mais votados em seus estados. O PSL, partido do candidato à Presidência Jair Bolsonaro, é o que mais elegeu representantes: são 39 candidatos vencedores, como o senador eleito por São Paulo, Major Olímpio.
Para a contagem, foram considerados militares integrantes das Forças Armadas, militares reformados, policiais militares e bombeiros militares. Também foram levados em conta os nomes de urna dos candidatos para cruzamento das informações. O número de eleitos pode ser ainda maior. Isso porque alguns concorrentes a vagas podem ter adotado nas urnas um nome em que o cargo militar não esteja explícito. Pode ainda haver casos em que o postulante não declarou ter como profissão uma função militar.
O major Olímpio Gomes entrou para a política em 2006, quando foi eleito deputado estadual. Olímpio foi reeleito em 2010 e voltou a vencer em 2014 como deputado federal. Agora, foi eleito em primeiro lugar para uma das duas vagas do Senado em SP, com 9.039.717 votos.
Outro destaque entre militares eleitos é a cabo da Polícia Militar de SP Kátia Sastre (PR), que matou um criminoso na porta de uma escola em Suzano (SP) e foi eleita como deputada federal por SP, com 264.013 votos –ela é a 7ª mais votada entre os deputados federais eleitos no Estado. Durante sua campanha, Kátia foi impedida pelo TRE (Tribunal Superior Eleitoral) de usar as imagens de câmeras de segurança do momento em que ela mata o homem por violar a lei eleitoral. Dias depois, no entanto, o tribunal autorizou que as imagens voltassem a ser exibidas.
Militares aparecem entre os deputados federais e estaduais mais votados. No Rio Grande do Sul, o tenente-coronel Luciano Zucco (PSL) é o campeão de votos entre os deputados estaduais, com 166.747 votos. Durante a campanha, Zucco teve ao seu lado o candidato a vice-presidente de Bolsonaro, general Hamilton Mourão. Zucco ainda foi destaque durante a campanha por usar veículos militares pertencentes a uma empresa de turismo.
No Mato Grosso do Sul, o deputado estadual mais votado é o capitão do Exército Renan Contar (PSL), com 78.390 votos. Em segundo lugar, aparece o Coronel da PM e ex-Comandante Geral da PM Carlos Alberto David dos Santos (PSL), identificado nas urnas como "coronel David". Ele teve 45.903 votos.
Entre os generais da reserva eleitos está Sebastião Roberto Peternelli (PSC), eleito deputado federal em São Paulo com 74.190 votos, que foi indicado pelo governo Temer para assumir a presidência da Funai (Fundação Nacional do Índio) e posteriormente desconvidado após protestos de grupos indígenas –Petternelli está entre os militares que defendem abertamente o golpe de 1964. Outro general da reserva eleito é Elieser Girão Monteiro Filho (PSL), que levou o cargo de deputado federal pelo Rio Grande do Norte com 81.640 votos, o 6º mais votado do RN.
Para a contagem, foram considerados militares integrantes das Forças Armadas, militares reformados, policiais militares e bombeiros militares. Também foram levados em conta os nomes de urna dos candidatos para cruzamento das informações. O número de eleitos pode ser ainda maior. Isso porque alguns concorrentes a vagas podem ter adotado nas urnas um nome em que o cargo militar não esteja explícito. Pode ainda haver casos em que o postulante não declarou ter como profissão uma função militar.
O major Olímpio Gomes entrou para a política em 2006, quando foi eleito deputado estadual. Olímpio foi reeleito em 2010 e voltou a vencer em 2014 como deputado federal. Agora, foi eleito em primeiro lugar para uma das duas vagas do Senado em SP, com 9.039.717 votos.
Outro destaque entre militares eleitos é a cabo da Polícia Militar de SP Kátia Sastre (PR), que matou um criminoso na porta de uma escola em Suzano (SP) e foi eleita como deputada federal por SP, com 264.013 votos –ela é a 7ª mais votada entre os deputados federais eleitos no Estado. Durante sua campanha, Kátia foi impedida pelo TRE (Tribunal Superior Eleitoral) de usar as imagens de câmeras de segurança do momento em que ela mata o homem por violar a lei eleitoral. Dias depois, no entanto, o tribunal autorizou que as imagens voltassem a ser exibidas.
Militares aparecem entre os deputados federais e estaduais mais votados. No Rio Grande do Sul, o tenente-coronel Luciano Zucco (PSL) é o campeão de votos entre os deputados estaduais, com 166.747 votos. Durante a campanha, Zucco teve ao seu lado o candidato a vice-presidente de Bolsonaro, general Hamilton Mourão. Zucco ainda foi destaque durante a campanha por usar veículos militares pertencentes a uma empresa de turismo.
No Mato Grosso do Sul, o deputado estadual mais votado é o capitão do Exército Renan Contar (PSL), com 78.390 votos. Em segundo lugar, aparece o Coronel da PM e ex-Comandante Geral da PM Carlos Alberto David dos Santos (PSL), identificado nas urnas como "coronel David". Ele teve 45.903 votos.
Entre os generais da reserva eleitos está Sebastião Roberto Peternelli (PSC), eleito deputado federal em São Paulo com 74.190 votos, que foi indicado pelo governo Temer para assumir a presidência da Funai (Fundação Nacional do Índio) e posteriormente desconvidado após protestos de grupos indígenas –Petternelli está entre os militares que defendem abertamente o golpe de 1964. Outro general da reserva eleito é Elieser Girão Monteiro Filho (PSL), que levou o cargo de deputado federal pelo Rio Grande do Norte com 81.640 votos, o 6º mais votado do RN.
Aeroporto pode ter mais de um pouso e decolagem ao mesmo tempo?
Alexandre Saconi | Publicada em 09/10/2018 04:00
A maioria dos aeroportos de grande porte tem pelo menos duas pistas de pousos e decolagens, uma paralela à outra. Porém, quase sempre, só uma delas é utilizada. Quando as duas estão em uso, uma recebe pousos e, após a aeronave estar em solo, a pista ao lado é liberada para uma decolagem.
Afinal, é possível ter pousos e decolagens acontecendo ao mesmo tempo?
Sim. E isso ajuda a economizar tempo e dinheiro, além de aumentar a quantidade de passageiros transportados.
Quem regulamenta esse tipo de operação é a Oaci (Organização da Aviação Civil Internacional), órgão da ONU que regula o transporte aéreo civil internacional.
Grandes centros de conexão internacionais, como Heathrow (Inglaterra), Beijing Capital International (China) e San Francisco (EUA), entre outros, comportam pousos e decolagens simultâneos.
O que é preciso para ter pousos e decolagens simultâneos?
A resposta é simples: a distância segura entre as pistas. A Oaci determina que a distância mínima entre o eixo central das pistas deve ser de 1.035 metros nessas situações.
Em alguns aeroportos, enquanto uma pista é para aviões que estão de partida, outra é usada para voos que estão chegando, o que não configura a operação simultânea. Quando não ocorre isso, a distância entre as pistas pode ser inferior, como é o caso do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
Na América Latina, só acontece em Brasília
Na América Latina, apenas o aeroporto de Brasília opera dessa maneira, com capacidade para até 64 movimentos por hora.
Para garantir a segurança, o controle de tráfego aéreo realiza a seguinte divisão: as aeronaves que se aproximam pelos setores Sul/Sudeste de Brasília (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia etc.) pousam na pista sul. As aeronaves procedentes dos setores Norte/Nordeste de Brasília (EUA, Manaus, Recife, Salvador etc.) pousam na pista norte. A mesma lógica é usada para as decolagens.
Essa operação reduz o tempo entre os pousos e decolagens, além de permitir que o espaço aéreo seja mais bem otimizado, que os voos sejam mais rápidos e, em consequência, haja menos gasto de combustível e redução de emissão de gás carbônico.
No Brasil, além do aeroporto de Brasília, apenas as pistas de pousos da AFA (Academia da Força Aérea), em Pirassununga (SP), possuem distância mínima para operar pousos e decolagens simultâneos. Porém, a atividade deste aeródromo é primordialmente militar.
Dois incidentes em 2016
Dois incidentes foram registrados no aeroporto de Brasília durante decolagens simultâneas em 2016.
O primeiro ocorreu em 23 de fevereiro daquele ano. Devido a um erro em uma manobra, um avião da Polícia Federal correu o risco de colidir com um da FAB (Força Aérea Brasileira). O avião da PF deveria ter decolado e virado para a direita, mas virou à esquerda, aproximando-se da aeronave da FAB.
Poucos dias depois, em 2 de março, houve outro incidente, dessa vez envolvendo um avião da Gol e um da Avianca. O voo da Gol, que decolava à esquerda do da Avianca, deveria ter se mantido em linha reta após deixar o solo. Entretanto, virou à direita. Com isso, ocorreu uma aproximação entre as aeronaves.
Em ambos os casos, a atuação dos controladores de voo evitou que ocorressem acidentes.
Esse tipo de operação ficou suspensa por um tempo, e depois o aeroporto de Brasília retomou as atividades simultâneas de pouso e decolagem. Algumas medidas foram tomadas para evitar novas ocorrências:
- Cada setor de aproximação ao aeroporto é gerenciado por um controlador de tráfego aéreo;
- Um controlador fica dedicado, exclusivamente, a monitorar a aproximação dos aviões até a cabeceira da pista, podendo interferir nas comunicações e coordenar manobras evasivas quando necessário;
- A torre de controle passou a ter a obrigação de informar às aeronaves, antes da decolagem, o sentido da primeira curva a ser realizada após entrarem em voo.
Atualmente, as cartas de navegação aeronáuticas estão sendo atualizadas, e o aeroporto de Brasília está apenas recebendo pousos simultâneos, com as decolagens paralelas simultâneas independentes suspensas até o término da atualização.
Afinal, é possível ter pousos e decolagens acontecendo ao mesmo tempo?
Sim. E isso ajuda a economizar tempo e dinheiro, além de aumentar a quantidade de passageiros transportados.
Quem regulamenta esse tipo de operação é a Oaci (Organização da Aviação Civil Internacional), órgão da ONU que regula o transporte aéreo civil internacional.
Grandes centros de conexão internacionais, como Heathrow (Inglaterra), Beijing Capital International (China) e San Francisco (EUA), entre outros, comportam pousos e decolagens simultâneos.
O que é preciso para ter pousos e decolagens simultâneos?
A resposta é simples: a distância segura entre as pistas. A Oaci determina que a distância mínima entre o eixo central das pistas deve ser de 1.035 metros nessas situações.
Em alguns aeroportos, enquanto uma pista é para aviões que estão de partida, outra é usada para voos que estão chegando, o que não configura a operação simultânea. Quando não ocorre isso, a distância entre as pistas pode ser inferior, como é o caso do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
Na América Latina, só acontece em Brasília
Na América Latina, apenas o aeroporto de Brasília opera dessa maneira, com capacidade para até 64 movimentos por hora.
Para garantir a segurança, o controle de tráfego aéreo realiza a seguinte divisão: as aeronaves que se aproximam pelos setores Sul/Sudeste de Brasília (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia etc.) pousam na pista sul. As aeronaves procedentes dos setores Norte/Nordeste de Brasília (EUA, Manaus, Recife, Salvador etc.) pousam na pista norte. A mesma lógica é usada para as decolagens.
Essa operação reduz o tempo entre os pousos e decolagens, além de permitir que o espaço aéreo seja mais bem otimizado, que os voos sejam mais rápidos e, em consequência, haja menos gasto de combustível e redução de emissão de gás carbônico.
No Brasil, além do aeroporto de Brasília, apenas as pistas de pousos da AFA (Academia da Força Aérea), em Pirassununga (SP), possuem distância mínima para operar pousos e decolagens simultâneos. Porém, a atividade deste aeródromo é primordialmente militar.
Dois incidentes em 2016
Dois incidentes foram registrados no aeroporto de Brasília durante decolagens simultâneas em 2016.
O primeiro ocorreu em 23 de fevereiro daquele ano. Devido a um erro em uma manobra, um avião da Polícia Federal correu o risco de colidir com um da FAB (Força Aérea Brasileira). O avião da PF deveria ter decolado e virado para a direita, mas virou à esquerda, aproximando-se da aeronave da FAB.
Poucos dias depois, em 2 de março, houve outro incidente, dessa vez envolvendo um avião da Gol e um da Avianca. O voo da Gol, que decolava à esquerda do da Avianca, deveria ter se mantido em linha reta após deixar o solo. Entretanto, virou à direita. Com isso, ocorreu uma aproximação entre as aeronaves.
Em ambos os casos, a atuação dos controladores de voo evitou que ocorressem acidentes.
Esse tipo de operação ficou suspensa por um tempo, e depois o aeroporto de Brasília retomou as atividades simultâneas de pouso e decolagem. Algumas medidas foram tomadas para evitar novas ocorrências:
- Cada setor de aproximação ao aeroporto é gerenciado por um controlador de tráfego aéreo;
- Um controlador fica dedicado, exclusivamente, a monitorar a aproximação dos aviões até a cabeceira da pista, podendo interferir nas comunicações e coordenar manobras evasivas quando necessário;
- A torre de controle passou a ter a obrigação de informar às aeronaves, antes da decolagem, o sentido da primeira curva a ser realizada após entrarem em voo.
Atualmente, as cartas de navegação aeronáuticas estão sendo atualizadas, e o aeroporto de Brasília está apenas recebendo pousos simultâneos, com as decolagens paralelas simultâneas independentes suspensas até o término da atualização.
Número de policiais e militares no Legislativo é quatro vezes maior do que o de 2014 | Eleição em Números Eleições 2018
Na comparação de 2014 com 2018, o número de policiais e militares eleitos para as assembleias, para a Câmara e para o Senado saltou de 18 para 73. Levantamento considerou a autodeclaração dos políticos ao TSE.
Lucas Gelape, Ana C. Moreno E Gabriela Caesar | Publicada em 08/10/2018 14:07
O número de policiais e militares eleitos para o Legislativo pulou de 18 para 73 na comparação dos resultados das eleições de 2014 e 2018, segundo levantamento do G1, com base nos dados do TSE. Isso significa que os policiais e militares eleitos neste ano é quatro vezes maior do que as últimas eleições. Eles foram eleitos para as Assembleias, para a Câmara dos Deputados e para o Senado.
O levantamento leva em conta todos os candidatos que, no pedido de registro de candidatura, declaram seguir uma dessas profissões:
- bombeiro militar;
- policial civil;
- policial militar;
- militar reformado;
- membro das forças armadas.
Por isso, o senador Major Olimpio (PSL-SP), por exemplo, não foi considerado nesse levantamento. No registro informado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o senador indicou que a sua ocupação era "deputado".
Dos 73 policiais e militares eleitos neste ano, 43 (ou 58,9%) estão filiados ao PSL, partido do candidato a presidente Jair Bolsonaro. Entre eles estão Helio Negão, deputado federal mais bem votado no Rio de Janeiro, e Tenente Coronel Zucco, eleito deputado estadual pelo Rio Grande do Sul.
Depois do PSL, os partidos PP, PR e Rede tiveram mais policiais e miliares eleitos. PP registrou 6 políticos que informam ser policiais ou militares. PR e Rede têm 3 cada.
Nas eleições de 2014, o maior número de políticos policiais e militares foi eleito pelo PR. Naquele ano, foram 3. Os seguintes partidos registraram dois eleitos com aquela autodeclaração: PP, PT e PTB.
Por cargo
Desde 2002, dentre os policiais e militares eleitos, a maior parte ocupa uma vaga nas Assembleias Legislativas e na Câmara Distrital. Uma novidade das eleições de 2018 é a vitória de três senadores: Fabiano Contarato (ES), Capitão Styvenson (RN) e Delegado Alessandro Vieira (SE). Os três são da Rede.
Os candidatos por categoria
Até 1998, a lista de ocupações disponibilizada pelo TSE era diferente da atual. Esses candidatos eram incluídos todos aqueles que declaravam como ocupação "militar em geral", "militar reformado" ou "oficial das forças armadas e forças auxiliares".
Naquele ano, das 14.760 candidaturas deferidas, 482 eram de candidatos que declaravam uma das três ocupações acima. Foram eleitos 18 deles, 14 estaduais, 1 distrital e 3 federais.
A partir de 2002, a lista foi modificada, incluindo as cinco categorias que são usadas até hoje.
O levantamento leva em conta todos os candidatos que, no pedido de registro de candidatura, declaram seguir uma dessas profissões:
- bombeiro militar;
- policial civil;
- policial militar;
- militar reformado;
- membro das forças armadas.
Por isso, o senador Major Olimpio (PSL-SP), por exemplo, não foi considerado nesse levantamento. No registro informado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o senador indicou que a sua ocupação era "deputado".
Dos 73 policiais e militares eleitos neste ano, 43 (ou 58,9%) estão filiados ao PSL, partido do candidato a presidente Jair Bolsonaro. Entre eles estão Helio Negão, deputado federal mais bem votado no Rio de Janeiro, e Tenente Coronel Zucco, eleito deputado estadual pelo Rio Grande do Sul.
Depois do PSL, os partidos PP, PR e Rede tiveram mais policiais e miliares eleitos. PP registrou 6 políticos que informam ser policiais ou militares. PR e Rede têm 3 cada.
Nas eleições de 2014, o maior número de políticos policiais e militares foi eleito pelo PR. Naquele ano, foram 3. Os seguintes partidos registraram dois eleitos com aquela autodeclaração: PP, PT e PTB.
Por cargo
Desde 2002, dentre os policiais e militares eleitos, a maior parte ocupa uma vaga nas Assembleias Legislativas e na Câmara Distrital. Uma novidade das eleições de 2018 é a vitória de três senadores: Fabiano Contarato (ES), Capitão Styvenson (RN) e Delegado Alessandro Vieira (SE). Os três são da Rede.
Os candidatos por categoria
Até 1998, a lista de ocupações disponibilizada pelo TSE era diferente da atual. Esses candidatos eram incluídos todos aqueles que declaravam como ocupação "militar em geral", "militar reformado" ou "oficial das forças armadas e forças auxiliares".
Naquele ano, das 14.760 candidaturas deferidas, 482 eram de candidatos que declaravam uma das três ocupações acima. Foram eleitos 18 deles, 14 estaduais, 1 distrital e 3 federais.
A partir de 2002, a lista foi modificada, incluindo as cinco categorias que são usadas até hoje.
Bolsonaro afirma que ele é quem manda, desautoriza vice, descarta constituinte e diz que não existe autogolpe | Eleições 2018
Candidato do PSL à Presidência disputará o segundo turno e concedeu entrevista ao Jornal Nacional nesta segunda-feira (8). JN também entrevistou Fernando Haddad (PT).
G1 Brasília | Publicada em 08/10/2018 21:38
O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, desautorizou nesta segunda-feira (8) em entrevista ao Jornal Nacional o general Hamilton Mourão, candidato a vice em sua chapa.
Em entrevistas, o vice afirmou que a elaboração de uma nova Constituição não precisaria passar por eleitos, sugeriu uma constituinte de notáveis e cogitou, em caso de anarquia, um "autogolpe" por parte do presidente com apoio das Forças Armadas.
Após uma apresentação inicial de dois minutos, Bolsonaro respondeu à seguinte pergunta do jornalista William Bonner:
"No mês passado, durante uma palestra, o seu vice, general Hamilton Mourão, disse que a Constituição brasileira de 1988 foi um erro. A chamada Constituição cidadã, que é o que garante a nossa democracia e que acabou de completar apenas 30 anos. O general Mourão disse que a elaboração de uma Constituição nova 'não precisa ser feita por eleitos pelo povo', que poderia ser feita por um conselho de notáveis, nas palavras usadas pelo seu vice, e apenas referendada, depois, pelos eleitores. Juristas dizem que a nossa Constituição não permite a convocação de uma constituinte, não há previsão para isso. Existe uma previsão de reforma por emenda constitucional, que precisa da aprovação de 3/5 dos deputados e dos senadores. E essas emendas. o senhor sabe, não podem mudar cláusulas pétreas. Essas não podem ser alteradas de jeito nenhum. Também em setembro, em uma entrevista à GloboNews, o general Mourão admitiu a possibilidade de o presidente da República perpetrar o chamado autogolpe. O que o senhor diria aos seus críticos, que se preocupam com a democracia brasileira no caso de o senhor se eleger presidente?"
Ao responder, Bolsonaro declarou que Mourão foi "infeliz" ao dar essas declarações e que, apesar de o colega de chapa ser general e ele capitão, quem mandará no governo será o presidente.
"Ele é general, eu sou capitão. Mas eu sou o presidente. O desautorizei nesses dois momentos. Ele não poderia ir além daquilo que a Constituição permite. Jamais eu posso admitir uma nova constituinte, até por falta de poderes para tal. E a questão de autogolpe não sei, não entendi direito o que ele quis dizer naquele momento. Mas isso não existe", disse o candidato do PSL.
"Estamos disputando as eleições porque nós acreditamos no voto popular, e seremos escravos da nossa Constituição. Repito: o presidente será o senhor Jair Bolsonaro. E nos auxiliará sim o general Augusto Mourão... Hamilton Mourão. E ele sabe muito bem da responsabilidade que tem por ocasião da sua escolha para ser vice", complementou.
Durante a entrevista, Bolsonaro disse que a nomeação de Hamilton Mourão para a chapa se deveu à necessidade de se demonstrar "autoridade", mas "sem autoritarismo".
O candidato do PSL afirmou ainda que falta "tato" a Mourão, porque o colega de chapa não é do meio político, e sim do meio militar.
"O que falta um pouco ao general Mourão é um pouco de tato, um pouco de vivência com a política. E ele rapidamente se adequará à realidade brasileira e à função tão importante que é a dele. [...] Nesses dois momentos ele foi infeliz, deu uma canelada. Mas repito: o presidente jamais autorizaria qualquer coisa nesse sentido", reiterou Bolsonaro.
Leia abaixo a íntegra da entrevista de Jair Bolsonaro ao Jornal Nacional:
William Bonner: Candidato, boa noite, e parabéns pela chegada ao segundo turno em primeiro lugar. O senhor, por favor, também pode começar com a sua mensagem de dois minutos para os eleitores, e os mesmo quinze segundos de tolerância.
Jair Bolsonaro: Boa noite, Bonner. Boa noite, Renata. Boa noite brasileiros. Primeiro, meu muito obrigado aos quase 50 milhões de pessoas que acreditaram em mim no último domingo. O nosso compromisso, a nossa plataforma, a nossa bandeira baseia-se em João 8:32: 'E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará'. Meu muito obrigado às lideranças evangélicas, ao homem do campo, seja do agronegócio, quer seja da agricultura familiar. Obrigado caminhoneiros, obrigado policiais civis e militares, integrantes das Forças Armadas. Obrigado família brasileira, que tanto clama para que seus valores sejam respeitados. E mais ainda que a inocência da criança em sala de aula esteja acima de tudo. Então o meu muito obrigado, em especial à região Nordeste que, apesar de ter perdido lá, nunca alguém que fez oposição ao PT teve uma votação tão expressiva como eu tive. Obviamente, não tive mais por fake news, mentiras. Nós não pretendemos acabar com o Bolsa Família, muito pelo contrário. Nós pretendemos acabar com as fraudes para que aqueles que realmente precisam possam ter um dinheiro um pouco maior. Homens e mulheres do Bolsa Família, fiquem tranquilos. Não pretendemos criar ou aumentar o Imposto de Renda, a cobrança do Imposto de Renda. Mentira. A proposta do nosso economista Paulo Guedes é que quem ganhe até 5 mínimos não descontará Imposto de Renda. E acima disso, uma tabela de 20% para todos. Não pretendemos recriar a CPMF, eu fui um dos que votou contra a CPMF no passado. Nós queremos um Brasil aberto ao negócio com o mundo todo, fazer parcerias com o mundo todo. Jogar pesado na questão da segurança pública, fazer com que as mulheres se sintam protegidas no Brasil. Dessa forma é que nós pretendemos governar o país, e dessa forma pretendemos construir o futuro da nossa pátria maravilhosa.
William Bonner: No mês passado, durante uma palestra, o seu vice, general Hamilton Mourão, disse que a Constituição brasileira de 1988 foi um erro. A chamada Constituição cidadã, que é o que garante a nossa democracia e que acabou de completar apenas 30 anos. O general Mourão disse que a elaboração de uma Constituição nova 'não precisa ser feita por eleitos pelo povo', que poderia ser feita por um conselho de notáveis, nas palavras usadas pelo seu vice, e apenas referendada, depois, pelos eleitores. Juristas dizem que a nossa Constituição não permite a convocação de uma constituinte, não há previsão para isso. Existe uma previsão de reforma por emenda constitucional, que precisa da aprovação de 3/5 dos deputados e dos senadores. E essas emendas. o senhor sabe, não podem mudar cláusulas pétreas. Essas não podem ser alteradas de jeito nenhum. Também em setembro, em uma entrevista à GloboNews, o general Mourão admitiu a possibilidade de o presidente da República perpetrar o chamado autogolpe. O que o senhor diria aos seus críticos, que se preocupam com a democracia brasileira no caso de o senhor se eleger presidente?
Jair Bolsonaro: Ele é general, eu sou capitão. Mas eu sou o presidente. O desautorizei nesses dois momentos. Ele não poderia ir além daquilo que a Constituição permite. Jamais eu posso admitir uma nova constituinte, até por falta de poderes para tal. E a questão de autogolpe não sei, não entendi direito o que ele quis dizer naquele momento. Mas isso não existe. Estamos disputando as eleições porque nós acreditamos no voto popular, e seremos escravos da nossa Constituição. Repito: o presidente será o senhor Jair Bolsonaro. E nos auxiliará sim o general Augusto Mourão... Hamilton Mourão. E ele sabe muito bem da responsabilidade que tem por ocasião da sua escolha para ser vice. Nós queremos demonstrar com isso que precisamos sim ter um governo com autoridade, e sem autoritarismo. Por isso nos submetemos ao sufrágio popular. E tenho certeza que uma vez eleito, o que falta um pouco ao general Mourão é um pouco de tato, um pouco de vivencia com a politica. E ele rapidamente se adequará à realidade brasileira e à função tão importante que é a dele. General Augusto Mourão, agradeço a sua participação, mas nesses dois momentos ele foi infeliz, deu uma canelada. Mas repito: o presidente jamais autorizaria qualquer coisa nesse sentido.
William Bonner: Candidato, o senhor ainda teria 30 segundos para complementar a sua resposta. O senhor abre mão deles?
Jair Bolsonaro: Não, eu posso complementar. Quando você fala em Constituição, em uma constituinte, não podemos admitir isso, até porque não teríamos autoridade para tal. Vamos manter e seremos escravos da nossa Constituição. Algumas propostas pontuais, sim, poderemos propor como, por exemplo, a redução da nossa maioridade penal, que o povo que e deseja.
William Bonner: Candidato, então agora o senhor tem mais 30 segundos para se despedir dos eleitores.
Jair Bolsonaro: Vamos pacificar e unir o povo brasileiro, sob a bandeira verde e amarela, sob o nosso Hino Nacional, juntando todos que foram divididos no passado pela esquerda. Dessa forma podemos mais que sonhar, temos a certeza que faremos um Brasil diferente do que foi feito até o momento. Não aceitaremos o toma-lá-dá-cá, e nem imposição partidária para escolhermos o time de ministros. Será um time, aí sim, de notáveis, competentes, e com autoridade para buscar o que é o melhor para o Brasil e não para agremiações político-partidárias.
Nesta segunda (8), Bolsonaro manteve a rotina das últimas semanas e, por orientação médica, passou o dia em casa, no Rio, onde ele também acompanhou a apuração dos votos ontem.
Em entrevistas, o vice afirmou que a elaboração de uma nova Constituição não precisaria passar por eleitos, sugeriu uma constituinte de notáveis e cogitou, em caso de anarquia, um "autogolpe" por parte do presidente com apoio das Forças Armadas.
Após uma apresentação inicial de dois minutos, Bolsonaro respondeu à seguinte pergunta do jornalista William Bonner:
"No mês passado, durante uma palestra, o seu vice, general Hamilton Mourão, disse que a Constituição brasileira de 1988 foi um erro. A chamada Constituição cidadã, que é o que garante a nossa democracia e que acabou de completar apenas 30 anos. O general Mourão disse que a elaboração de uma Constituição nova 'não precisa ser feita por eleitos pelo povo', que poderia ser feita por um conselho de notáveis, nas palavras usadas pelo seu vice, e apenas referendada, depois, pelos eleitores. Juristas dizem que a nossa Constituição não permite a convocação de uma constituinte, não há previsão para isso. Existe uma previsão de reforma por emenda constitucional, que precisa da aprovação de 3/5 dos deputados e dos senadores. E essas emendas. o senhor sabe, não podem mudar cláusulas pétreas. Essas não podem ser alteradas de jeito nenhum. Também em setembro, em uma entrevista à GloboNews, o general Mourão admitiu a possibilidade de o presidente da República perpetrar o chamado autogolpe. O que o senhor diria aos seus críticos, que se preocupam com a democracia brasileira no caso de o senhor se eleger presidente?"
Ao responder, Bolsonaro declarou que Mourão foi "infeliz" ao dar essas declarações e que, apesar de o colega de chapa ser general e ele capitão, quem mandará no governo será o presidente.
"Ele é general, eu sou capitão. Mas eu sou o presidente. O desautorizei nesses dois momentos. Ele não poderia ir além daquilo que a Constituição permite. Jamais eu posso admitir uma nova constituinte, até por falta de poderes para tal. E a questão de autogolpe não sei, não entendi direito o que ele quis dizer naquele momento. Mas isso não existe", disse o candidato do PSL.
"Estamos disputando as eleições porque nós acreditamos no voto popular, e seremos escravos da nossa Constituição. Repito: o presidente será o senhor Jair Bolsonaro. E nos auxiliará sim o general Augusto Mourão... Hamilton Mourão. E ele sabe muito bem da responsabilidade que tem por ocasião da sua escolha para ser vice", complementou.
Durante a entrevista, Bolsonaro disse que a nomeação de Hamilton Mourão para a chapa se deveu à necessidade de se demonstrar "autoridade", mas "sem autoritarismo".
O candidato do PSL afirmou ainda que falta "tato" a Mourão, porque o colega de chapa não é do meio político, e sim do meio militar.
"O que falta um pouco ao general Mourão é um pouco de tato, um pouco de vivência com a política. E ele rapidamente se adequará à realidade brasileira e à função tão importante que é a dele. [...] Nesses dois momentos ele foi infeliz, deu uma canelada. Mas repito: o presidente jamais autorizaria qualquer coisa nesse sentido", reiterou Bolsonaro.
Leia abaixo a íntegra da entrevista de Jair Bolsonaro ao Jornal Nacional:
William Bonner: Candidato, boa noite, e parabéns pela chegada ao segundo turno em primeiro lugar. O senhor, por favor, também pode começar com a sua mensagem de dois minutos para os eleitores, e os mesmo quinze segundos de tolerância.
Jair Bolsonaro: Boa noite, Bonner. Boa noite, Renata. Boa noite brasileiros. Primeiro, meu muito obrigado aos quase 50 milhões de pessoas que acreditaram em mim no último domingo. O nosso compromisso, a nossa plataforma, a nossa bandeira baseia-se em João 8:32: 'E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará'. Meu muito obrigado às lideranças evangélicas, ao homem do campo, seja do agronegócio, quer seja da agricultura familiar. Obrigado caminhoneiros, obrigado policiais civis e militares, integrantes das Forças Armadas. Obrigado família brasileira, que tanto clama para que seus valores sejam respeitados. E mais ainda que a inocência da criança em sala de aula esteja acima de tudo. Então o meu muito obrigado, em especial à região Nordeste que, apesar de ter perdido lá, nunca alguém que fez oposição ao PT teve uma votação tão expressiva como eu tive. Obviamente, não tive mais por fake news, mentiras. Nós não pretendemos acabar com o Bolsa Família, muito pelo contrário. Nós pretendemos acabar com as fraudes para que aqueles que realmente precisam possam ter um dinheiro um pouco maior. Homens e mulheres do Bolsa Família, fiquem tranquilos. Não pretendemos criar ou aumentar o Imposto de Renda, a cobrança do Imposto de Renda. Mentira. A proposta do nosso economista Paulo Guedes é que quem ganhe até 5 mínimos não descontará Imposto de Renda. E acima disso, uma tabela de 20% para todos. Não pretendemos recriar a CPMF, eu fui um dos que votou contra a CPMF no passado. Nós queremos um Brasil aberto ao negócio com o mundo todo, fazer parcerias com o mundo todo. Jogar pesado na questão da segurança pública, fazer com que as mulheres se sintam protegidas no Brasil. Dessa forma é que nós pretendemos governar o país, e dessa forma pretendemos construir o futuro da nossa pátria maravilhosa.
William Bonner: No mês passado, durante uma palestra, o seu vice, general Hamilton Mourão, disse que a Constituição brasileira de 1988 foi um erro. A chamada Constituição cidadã, que é o que garante a nossa democracia e que acabou de completar apenas 30 anos. O general Mourão disse que a elaboração de uma Constituição nova 'não precisa ser feita por eleitos pelo povo', que poderia ser feita por um conselho de notáveis, nas palavras usadas pelo seu vice, e apenas referendada, depois, pelos eleitores. Juristas dizem que a nossa Constituição não permite a convocação de uma constituinte, não há previsão para isso. Existe uma previsão de reforma por emenda constitucional, que precisa da aprovação de 3/5 dos deputados e dos senadores. E essas emendas. o senhor sabe, não podem mudar cláusulas pétreas. Essas não podem ser alteradas de jeito nenhum. Também em setembro, em uma entrevista à GloboNews, o general Mourão admitiu a possibilidade de o presidente da República perpetrar o chamado autogolpe. O que o senhor diria aos seus críticos, que se preocupam com a democracia brasileira no caso de o senhor se eleger presidente?
Jair Bolsonaro: Ele é general, eu sou capitão. Mas eu sou o presidente. O desautorizei nesses dois momentos. Ele não poderia ir além daquilo que a Constituição permite. Jamais eu posso admitir uma nova constituinte, até por falta de poderes para tal. E a questão de autogolpe não sei, não entendi direito o que ele quis dizer naquele momento. Mas isso não existe. Estamos disputando as eleições porque nós acreditamos no voto popular, e seremos escravos da nossa Constituição. Repito: o presidente será o senhor Jair Bolsonaro. E nos auxiliará sim o general Augusto Mourão... Hamilton Mourão. E ele sabe muito bem da responsabilidade que tem por ocasião da sua escolha para ser vice. Nós queremos demonstrar com isso que precisamos sim ter um governo com autoridade, e sem autoritarismo. Por isso nos submetemos ao sufrágio popular. E tenho certeza que uma vez eleito, o que falta um pouco ao general Mourão é um pouco de tato, um pouco de vivencia com a politica. E ele rapidamente se adequará à realidade brasileira e à função tão importante que é a dele. General Augusto Mourão, agradeço a sua participação, mas nesses dois momentos ele foi infeliz, deu uma canelada. Mas repito: o presidente jamais autorizaria qualquer coisa nesse sentido.
William Bonner: Candidato, o senhor ainda teria 30 segundos para complementar a sua resposta. O senhor abre mão deles?
Jair Bolsonaro: Não, eu posso complementar. Quando você fala em Constituição, em uma constituinte, não podemos admitir isso, até porque não teríamos autoridade para tal. Vamos manter e seremos escravos da nossa Constituição. Algumas propostas pontuais, sim, poderemos propor como, por exemplo, a redução da nossa maioridade penal, que o povo que e deseja.
William Bonner: Candidato, então agora o senhor tem mais 30 segundos para se despedir dos eleitores.
Jair Bolsonaro: Vamos pacificar e unir o povo brasileiro, sob a bandeira verde e amarela, sob o nosso Hino Nacional, juntando todos que foram divididos no passado pela esquerda. Dessa forma podemos mais que sonhar, temos a certeza que faremos um Brasil diferente do que foi feito até o momento. Não aceitaremos o toma-lá-dá-cá, e nem imposição partidária para escolhermos o time de ministros. Será um time, aí sim, de notáveis, competentes, e com autoridade para buscar o que é o melhor para o Brasil e não para agremiações político-partidárias.
Nesta segunda (8), Bolsonaro manteve a rotina das últimas semanas e, por orientação médica, passou o dia em casa, no Rio, onde ele também acompanhou a apuração dos votos ontem.
Mais de 70 candidatos com patente militar foram eleitos em todo o país
Carolina Gonçalves | Publicada em 08/10/2018 16:14
Pelo menos 8% dos 961 candidatos militares que disputaram as eleições deste domingo (7) conseguiram ser eleitos. Impulsionadas por temas como a segurança pública e o combate à corrupção, esses candidatos acabaram se destacando em todos os estados e para todos os cargos em disputa, a começar pela Presidência da República, que será definida em segundo turno entre o capitão da reserva do Exército Jair Bolsonaro (PSL) e o professor Fernando Haddad (PT).
Regional e estadualmente, o cenário tende a confirmar nomes com patentes em registros eleitorais. Três estados vão eleger, em segundo turno, o novo governador com pelo menos um militar na disputa. No Rio de Janeiro, um resultado inesperado colocou o ex-fuzileiro naval Wilson Witzel (PSC), um novato na política, na disputa com o ex-deputado e ex-prefeito da capital Eduardo Paes, que concorre pelo DEM. Também há militares entre os nomes que concorrem ao governo de Rondônia e de Santa Catarina.
Ao todo, em um levantamento que considera apenas os que se declararam militares, é possível apontar pelo menos 79 nomes confirmados também para cadeiras no Congresso Nacional e nas assembleias legislativas. Entre estes, já estão asseguradas duas vagas no Senado e 22 na Câmara. Nos estados, o número passa de 60 parlamentares.
SUDESTE
A Região Sudeste teve o maior número de militares eleitos no primeiro turno. Entre os eleitos para todos os cargos, há 40 nomes confirmados e um que passou para a o segundo turno no Rio de Janeiro: Wilson Witzel (PSC), ex-juiz federal e servidor público com passagens pela Marinha. No primeiro turno, Witzel obteve 41,28% dos votos válidos e Eduardo Paes (DEM), 19,56%.
O Rio, que elegeu para o Senado o atual deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), filho de Jair Bolsonaro, traz para a Câmara Federal o Subtenente Hélio Fernando Barbosa Lopes (PSL), que obteve 345,2 mil votos, e mais três militares filiados ao partido. Na Assembleia Legislativa, cinco militares foram eleitos. O mais votado, com 140 mil votos, foi Rodrigo Amorim (PSL), que ficou conhecido ao ser acusado de quebrar uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada em 14 de março.
Outro filho de Bolsonaro que também já foi policial, Eduardo Bolsonaro, foi eleito deputado federal por São Paulo, junto com mais cinco militares. Os paulistas também escolheram Major Olimpo (PSL) para o Senado, com mais de 9 milhões de votos. No Legislativo estadual, pelo menos 10 das 94 cadeiras serão ocupadas por candidatos que se declararam militares.
Pelo menos um cabo, um subtenente e um delegado representarão Minas Gerais na Câmara dos Deputados. Na Assembleia Legislativa, há cinco nomes, entre sargentos, delegados e coronéis que garantiram assento entre os 77 parlamentares estaduais.
No Espírito Santo, quatro deputados estaduais eleitos têm patentes militares.
SUL
Na Região Sul, o governo de Santa Catarina será definido em segundo turno pelo Comandante Moisés (PSL) e o civil Gelson Merísio (PSD). Os catarinenses elegeram pelo menos três militares do partido de Bolsonaro: um para deputado federal – Coronel Armando – e dois para a Assembleia Legislativa – Coronel Mocellin e Sargento Lima.
Os candidatos com patentes nos registros eleitorais eleitos pelos gaúchos também são do PSL: Tenente Coronel Zucco e Capitão Macedo Professor, ambos deputados estaduais.
CENTRO-OESTE
Sete militares foram eleitos deputados nos quatro estados da Região Centro-Oeste e no Distrito Federal (DF). Cinco são nomes ligados ao PSL e pelo menos dois eleitos que têm patentes no nome vão ocupar uma cadeira no Congresso Nacional, ambos representando Goiás: o campeão de votos, Delegado Waldir (PSL), com 274,4 mil e o menos votado, Major Vitor Hugo (PSL), com 31,1 mil votos.
Mato Grosso elegeu o Delegado Claudinei (PSL), com quase 30 mil votos, como um dos 24 estaduais. Em Mato Grosso do Sul, os dois estaduais mais votados são do PSL: Capitão Contar, que teve 78,3 mil votos, seguido pelo Coronel Davi, com 45,9 mil votos. Na lista, ainda figura o Cabo Almi (PT), que obteve 21,2 mil votos. Como distrital, o Delegado Fernando Fernandes (Pros) conquistou uma vaga, com 29,4 mil votos.
NORTE
O Coronel Marcos Rocha (PSL) disputará, em segundo turno, o governo de Rondônia com Expedito Júnior (PSDB). Os eleitores do estado confirmaram, entre os oito deputados federais que os representarão no Congresso, outro coronel. Chritóstomo (PSL) teve o apoio de 28,3 rondonienses, passando na lista como o último eleito. Entre os 24 estaduais, estão Cabo Jhony Paixão (PRB) e outro peesselista, Sargento Eyder Brasil.
Duas patentes aparecem entre os oito deputados federais eleitos no Amazonas. Delegado Pablo, do PSL, foi o segundo mais votado no estado (151,6 mil). Capitão Alberto Neto (PRB) também conseguiu um assento no Congresso. Entre os dois militares confirmados entre 24 deputados estaduais, o pesselista Delegado Péricles concentrou o maior número de votos (30,5 mil).
O Pará também terá, entre os 17 federais eleitos, um militar no Congresso Nacional, o Delegado Éder Mauro (PSD), que garantiu a vaga com 145,6 mil votos. E três delegados foram eleitos para a Assembleia Legislativa.
Roraima tem dois militares na lista de deputados estaduais confirmados. E, no Acre, apenas o Sargento Cadmiel Bomfim foi eleito entre os candidatos com patentes militares no nome. Cadmiel, do PSDB, conseguiu mais de 3,6 mil votos (0,86%). Na relação de eleitos do Amapá, não há nomes de candidatos que usaram patentes militares no registro, bem como na do Tocantins .
NORDESTE
Sergipe e Rio Grande do Norte elegeram, cada estado, um nome com patente militar para ocupar assentos no Senado. O mais votado pelos sergipanos foi o Delegado Alessandro Vieira (Rede). Também da Rede, o Capitão Styvenson ficou no topo da lista no Rio Grande do Norte, com 7456,8 mil votos. Os dois estados também escolheram militares para as respectivas Assembleias Legislativas, um em cada.
No Piauí, Capitão Fábio Abreu (PR) é o único deputado federal com patente entre os eleitos. Entre os estaduais com esse perfil, há ainda nomes no Ceará (dois), Piauí (um), Bahia (dois), Paraíba (um), Pernambuco (dois) e Alagoas (um). Apenas o Maranhão não elegeu candidatos declarados militares.
Regional e estadualmente, o cenário tende a confirmar nomes com patentes em registros eleitorais. Três estados vão eleger, em segundo turno, o novo governador com pelo menos um militar na disputa. No Rio de Janeiro, um resultado inesperado colocou o ex-fuzileiro naval Wilson Witzel (PSC), um novato na política, na disputa com o ex-deputado e ex-prefeito da capital Eduardo Paes, que concorre pelo DEM. Também há militares entre os nomes que concorrem ao governo de Rondônia e de Santa Catarina.
Ao todo, em um levantamento que considera apenas os que se declararam militares, é possível apontar pelo menos 79 nomes confirmados também para cadeiras no Congresso Nacional e nas assembleias legislativas. Entre estes, já estão asseguradas duas vagas no Senado e 22 na Câmara. Nos estados, o número passa de 60 parlamentares.
SUDESTE
A Região Sudeste teve o maior número de militares eleitos no primeiro turno. Entre os eleitos para todos os cargos, há 40 nomes confirmados e um que passou para a o segundo turno no Rio de Janeiro: Wilson Witzel (PSC), ex-juiz federal e servidor público com passagens pela Marinha. No primeiro turno, Witzel obteve 41,28% dos votos válidos e Eduardo Paes (DEM), 19,56%.
O Rio, que elegeu para o Senado o atual deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), filho de Jair Bolsonaro, traz para a Câmara Federal o Subtenente Hélio Fernando Barbosa Lopes (PSL), que obteve 345,2 mil votos, e mais três militares filiados ao partido. Na Assembleia Legislativa, cinco militares foram eleitos. O mais votado, com 140 mil votos, foi Rodrigo Amorim (PSL), que ficou conhecido ao ser acusado de quebrar uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada em 14 de março.
Outro filho de Bolsonaro que também já foi policial, Eduardo Bolsonaro, foi eleito deputado federal por São Paulo, junto com mais cinco militares. Os paulistas também escolheram Major Olimpo (PSL) para o Senado, com mais de 9 milhões de votos. No Legislativo estadual, pelo menos 10 das 94 cadeiras serão ocupadas por candidatos que se declararam militares.
Pelo menos um cabo, um subtenente e um delegado representarão Minas Gerais na Câmara dos Deputados. Na Assembleia Legislativa, há cinco nomes, entre sargentos, delegados e coronéis que garantiram assento entre os 77 parlamentares estaduais.
No Espírito Santo, quatro deputados estaduais eleitos têm patentes militares.
SUL
Na Região Sul, o governo de Santa Catarina será definido em segundo turno pelo Comandante Moisés (PSL) e o civil Gelson Merísio (PSD). Os catarinenses elegeram pelo menos três militares do partido de Bolsonaro: um para deputado federal – Coronel Armando – e dois para a Assembleia Legislativa – Coronel Mocellin e Sargento Lima.
Os candidatos com patentes nos registros eleitorais eleitos pelos gaúchos também são do PSL: Tenente Coronel Zucco e Capitão Macedo Professor, ambos deputados estaduais.
CENTRO-OESTE
Sete militares foram eleitos deputados nos quatro estados da Região Centro-Oeste e no Distrito Federal (DF). Cinco são nomes ligados ao PSL e pelo menos dois eleitos que têm patentes no nome vão ocupar uma cadeira no Congresso Nacional, ambos representando Goiás: o campeão de votos, Delegado Waldir (PSL), com 274,4 mil e o menos votado, Major Vitor Hugo (PSL), com 31,1 mil votos.
Mato Grosso elegeu o Delegado Claudinei (PSL), com quase 30 mil votos, como um dos 24 estaduais. Em Mato Grosso do Sul, os dois estaduais mais votados são do PSL: Capitão Contar, que teve 78,3 mil votos, seguido pelo Coronel Davi, com 45,9 mil votos. Na lista, ainda figura o Cabo Almi (PT), que obteve 21,2 mil votos. Como distrital, o Delegado Fernando Fernandes (Pros) conquistou uma vaga, com 29,4 mil votos.
NORTE
O Coronel Marcos Rocha (PSL) disputará, em segundo turno, o governo de Rondônia com Expedito Júnior (PSDB). Os eleitores do estado confirmaram, entre os oito deputados federais que os representarão no Congresso, outro coronel. Chritóstomo (PSL) teve o apoio de 28,3 rondonienses, passando na lista como o último eleito. Entre os 24 estaduais, estão Cabo Jhony Paixão (PRB) e outro peesselista, Sargento Eyder Brasil.
Duas patentes aparecem entre os oito deputados federais eleitos no Amazonas. Delegado Pablo, do PSL, foi o segundo mais votado no estado (151,6 mil). Capitão Alberto Neto (PRB) também conseguiu um assento no Congresso. Entre os dois militares confirmados entre 24 deputados estaduais, o pesselista Delegado Péricles concentrou o maior número de votos (30,5 mil).
O Pará também terá, entre os 17 federais eleitos, um militar no Congresso Nacional, o Delegado Éder Mauro (PSD), que garantiu a vaga com 145,6 mil votos. E três delegados foram eleitos para a Assembleia Legislativa.
Roraima tem dois militares na lista de deputados estaduais confirmados. E, no Acre, apenas o Sargento Cadmiel Bomfim foi eleito entre os candidatos com patentes militares no nome. Cadmiel, do PSDB, conseguiu mais de 3,6 mil votos (0,86%). Na relação de eleitos do Amapá, não há nomes de candidatos que usaram patentes militares no registro, bem como na do Tocantins .
NORDESTE
Sergipe e Rio Grande do Norte elegeram, cada estado, um nome com patente militar para ocupar assentos no Senado. O mais votado pelos sergipanos foi o Delegado Alessandro Vieira (Rede). Também da Rede, o Capitão Styvenson ficou no topo da lista no Rio Grande do Norte, com 7456,8 mil votos. Os dois estados também escolheram militares para as respectivas Assembleias Legislativas, um em cada.
No Piauí, Capitão Fábio Abreu (PR) é o único deputado federal com patente entre os eleitos. Entre os estaduais com esse perfil, há ainda nomes no Ceará (dois), Piauí (um), Bahia (dois), Paraíba (um), Pernambuco (dois) e Alagoas (um). Apenas o Maranhão não elegeu candidatos declarados militares.
PORTAL AEROFLAP - FAB assina acordo para permitir ampliação do Aeroporto de Recife
Pedro Viana | Publicada em 09/10/2018
Foi assinada, nesta segunda-feira (08), em Brasília (DF), a Portaria Conjunta e o Protocolo de Compromisso entre o Comando da Aeronáutica (COMAER) e a Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), que prevê a liberação de áreas ocupadas por instalações militares da Força Aérea Brasileira (FAB) para viabilizar a expansão do Aeroporto Internacional Gilberto Freyre – Guararapes, localizado no Recife (PE). As áreas cedidas permitirão atender à demanda crescente de passageiros e cargas da região.
O Comandante da Força Aérea, Tenente Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, destacou que esse acordo beneficiará tanto à FAB quanto à aviação civil.
A mudança dos tempos fez com que a Força Aérea realizasse transições em algumas organizações militares. O interesse da SAC em usar a área para a ampliação do aeroporto beneficiou tanto a eles quanto a nós. Agora podemos fazer as obras em outras localidades para abrigar as unidades militares que estavam alocadas na área cedida para ampliar o aeroporto, que beneficiará a população local”, relata.
Para o Secretário Nacional de Aviação Civil, Dario Rais Lopes, a parceria possibilitará um desenvolvimento adequado, maximizando a utilização da estrutura cedida.
"Fizemos esse acordo de forma ordenada com a FAB para que ambos os órgãos pudessem se adequar: a FAB no seu viés de reestruturação e a aviação civil proporcionando melhor atendimento aos passageiros, que é o nosso cliente”, destaca.
Via – Força Aérea Brasileira
O Comandante da Força Aérea, Tenente Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, destacou que esse acordo beneficiará tanto à FAB quanto à aviação civil.
A mudança dos tempos fez com que a Força Aérea realizasse transições em algumas organizações militares. O interesse da SAC em usar a área para a ampliação do aeroporto beneficiou tanto a eles quanto a nós. Agora podemos fazer as obras em outras localidades para abrigar as unidades militares que estavam alocadas na área cedida para ampliar o aeroporto, que beneficiará a população local”, relata.
Para o Secretário Nacional de Aviação Civil, Dario Rais Lopes, a parceria possibilitará um desenvolvimento adequado, maximizando a utilização da estrutura cedida.
"Fizemos esse acordo de forma ordenada com a FAB para que ambos os órgãos pudessem se adequar: a FAB no seu viés de reestruturação e a aviação civil proporcionando melhor atendimento aos passageiros, que é o nosso cliente”, destaca.
Via – Força Aérea Brasileira