NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 29/09/2018 / A-Darter – Míssil conclui testes na África do Sul
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Ensaios fizeram lançamentos contra alvos aéreos manobráveis de alta performance; míssil atendeu todos os requisitos ...
O míssil de 5ª geração A-Darter acaba de passar pela fase final de ensaios para sua certificação, o que irá torná-lo pronto para comercialização. Testes decisivos e bem sucedidos foram realizados este mês, na África do Sul, país que desenvolve o projeto em cooperação com o Brasil.
Durante os ensaios, foram feitos lançamentos contra alvos aéreos manobráveis de alta performance, capazes de lançar contramedidas eletrônicas (flares), que são mecanismos utilizados para despistar o míssil caçador. Os perfis de lançamento simularam situações reais de voo de combate visual.
O sistema A-Darter ar-ar possui as capacidades de identificar, de forma autônoma, um alvo após o lançamento (LOAL, do inglês Lock On After Launch); de contra-contramedidas eletrônicas (capaz de identificar e negar flares); de longo alcance para esta categoria de míssil (8 a 12 km); e de identificação de alvo e lançamento com sucesso até uma posição relativa de 90 graus. Todos os lançamentos demonstraram a conformidade do produto com os seus requisitos.
Uma das fases de destaque dos ensaios foi a segunda investida. Após um cruzamento frente a frente, o alvo manobrou para cima do caçador no instante em que foi efetuado o lançamento, praticamente a uma posição relativa de 90 graus entre os dois. O A-Darter curvou para cima do alvo, de maneira autônoma, para um ponto futuro, até readquirir o lock com o objetivo. Para realizar tal manobra, o míssil foi submetido a mais de 50 vezes a força da gravidade, provocando uma mudança na sua direção em aproximadamente 180 graus em relação à proa original.
Nos demais lançamentos foram colocadas situações em que o alvo, além de manobrar, lançava flares e os resultados também se apresentaram conforme esperados.
As campanhas de ensaios e certificação foram realizadas pela equipe de desenvolvimento do projeto, composta por membros da indústria Denel Dynamics; da Armaments Corporation of South Africa (ARMSCOR), empresa pública ligada ao departamento de Defesa da África do Sul; da Força Aérea Sul-Africana; e da Força Aérea Brasileira (FAB). Os voos aconteceram em Overberg Test Range, um campo de provas sul-africano localizado na região sudeste da África do Sul, litoral do Oceano Índico.
Fomento
A gerência do projeto no Brasil está a cargo da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC). Logo após a certificação, a unidade prevê a aquisição para a FAB de um lote inicial do míssil dentro do Programa FX-2. O próximo passo é trabalhar no fomento da indústria nacional, a fim de manter o capital intelectual adquirido nesses 12 anos de projeto.
O Presidente da COPAC, Brigadeiro Márcio Bruno Bonotto, avalia que o maior ganho com o A-Darter é o desenvolvimento e o fomento à indústria nacional de defesa. "Durante esses 12 anos de parceria com a África do Sul, nós aprendemos muito com transferência de tecnologia efetiva, não somente nas soluções tecnológicas para diversos tipos de problemas, que já enfrentávamos na ocasião do desenvolvimento de outros mísseis, como também na confecção correta e objetiva de requisitos para futuros armamentos e também na forma crítica que hoje somos capazes de analisar ofertas de outros fabricantes", diz. "Absorvemos o conhecimento das potencialidades e limitações do míssil com acesso e participação plena em seu desenvolvimento, sem ressalvas", completa.
Desafio
De acordo com o Brigadeiro Bonotto, o maior desafio foi a obtenção de recursos para a consecução do projeto. "Destaco aqui a relevante parceria do COMAER [Comando da Aeronáutica] com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, por meio da FINEP [Financiadora de Inovação e Pesquisa], a qual foi fundamental para a conclusão e o sucesso da fase de desenvolvimento do Projeto A-Darter", pontua.
O Presidente da COPAC defende que a viabilidade para o projeto se transformar em produto de defesa, com carga de trabalho para a indústria nacional, e principalmente para a manutenção do capital humano de elevada competência técnica no Brasil, depende de vendas a terceiros e aplicação da sistemática de redução dos impostos para incentivo à exportação e à indústria de defesa.
Durante os ensaios, foram feitos lançamentos contra alvos aéreos manobráveis de alta performance, capazes de lançar contramedidas eletrônicas (flares), que são mecanismos utilizados para despistar o míssil caçador. Os perfis de lançamento simularam situações reais de voo de combate visual.
O sistema A-Darter ar-ar possui as capacidades de identificar, de forma autônoma, um alvo após o lançamento (LOAL, do inglês Lock On After Launch); de contra-contramedidas eletrônicas (capaz de identificar e negar flares); de longo alcance para esta categoria de míssil (8 a 12 km); e de identificação de alvo e lançamento com sucesso até uma posição relativa de 90 graus. Todos os lançamentos demonstraram a conformidade do produto com os seus requisitos.
Uma das fases de destaque dos ensaios foi a segunda investida. Após um cruzamento frente a frente, o alvo manobrou para cima do caçador no instante em que foi efetuado o lançamento, praticamente a uma posição relativa de 90 graus entre os dois. O A-Darter curvou para cima do alvo, de maneira autônoma, para um ponto futuro, até readquirir o lock com o objetivo. Para realizar tal manobra, o míssil foi submetido a mais de 50 vezes a força da gravidade, provocando uma mudança na sua direção em aproximadamente 180 graus em relação à proa original.
Nos demais lançamentos foram colocadas situações em que o alvo, além de manobrar, lançava flares e os resultados também se apresentaram conforme esperados.
As campanhas de ensaios e certificação foram realizadas pela equipe de desenvolvimento do projeto, composta por membros da indústria Denel Dynamics; da Armaments Corporation of South Africa (ARMSCOR), empresa pública ligada ao departamento de Defesa da África do Sul; da Força Aérea Sul-Africana; e da Força Aérea Brasileira (FAB). Os voos aconteceram em Overberg Test Range, um campo de provas sul-africano localizado na região sudeste da África do Sul, litoral do Oceano Índico.
Fomento
A gerência do projeto no Brasil está a cargo da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC). Logo após a certificação, a unidade prevê a aquisição para a FAB de um lote inicial do míssil dentro do Programa FX-2. O próximo passo é trabalhar no fomento da indústria nacional, a fim de manter o capital intelectual adquirido nesses 12 anos de projeto.
O Presidente da COPAC, Brigadeiro Márcio Bruno Bonotto, avalia que o maior ganho com o A-Darter é o desenvolvimento e o fomento à indústria nacional de defesa. "Durante esses 12 anos de parceria com a África do Sul, nós aprendemos muito com transferência de tecnologia efetiva, não somente nas soluções tecnológicas para diversos tipos de problemas, que já enfrentávamos na ocasião do desenvolvimento de outros mísseis, como também na confecção correta e objetiva de requisitos para futuros armamentos e também na forma crítica que hoje somos capazes de analisar ofertas de outros fabricantes", diz. "Absorvemos o conhecimento das potencialidades e limitações do míssil com acesso e participação plena em seu desenvolvimento, sem ressalvas", completa.
Desafio
De acordo com o Brigadeiro Bonotto, o maior desafio foi a obtenção de recursos para a consecução do projeto. "Destaco aqui a relevante parceria do COMAER [Comando da Aeronáutica] com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, por meio da FINEP [Financiadora de Inovação e Pesquisa], a qual foi fundamental para a conclusão e o sucesso da fase de desenvolvimento do Projeto A-Darter", pontua.
O Presidente da COPAC defende que a viabilidade para o projeto se transformar em produto de defesa, com carga de trabalho para a indústria nacional, e principalmente para a manutenção do capital humano de elevada competência técnica no Brasil, depende de vendas a terceiros e aplicação da sistemática de redução dos impostos para incentivo à exportação e à indústria de defesa.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Exército vai mobilizar mais de 28 mil militares nas eleições
Tribunal Superior Eleitoral já aprovou pedidos de envio de tropas feitos por quase 600 municípios
Publicada em 28/09/2018 05:00
O Ministério da Defesa confirmou que até o momento o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou o envio de militares das Forças Armadas para assegurar a Garantia da Votação e Apuração e o apoio logístico em 598 localidades de 13 estados. Mais de 28 mil militares devem atuar nas eleições 2018.
RJ: tropas federais estarão nas ruas durante eleições
Para as atividades relativas à votação e apuração serão atendidos os seguintes estados: Acre, 11 localidades; Maranhão, 72; Piauí, 122; Rio de Janeiro, 69; Amazonas, 26; Mato Grosso, 19; Mato Grosso do Sul, 4; Pará, 60; Rio Grande do Norte, 97; Tocantins, 12 e Ceará, 5.
O auxílio das Forças Armadas no apoio logístico é feito para o transporte de pessoal da Justiça Eleitoral e de urnas. Os militares desempenham essa tarefa acompanhados de pessoal da Justiça Eleitoral.
No total, ocorrerá em 101 localidades de cinco estados. No Acre, serão atendidas 41 localidades; no Amazonas, 25; no Amapá, 5; em Mato Grosso do Sul, 4 e em Roraima, 26.
Pedidos
As solicitações de apoio das Forças Armadas, quer seja para GVA (Garantia da Votação e Apuração) ou no transporte de pessoal e urnas, são formuladas pelos Tribunais Regionais Eleitorais ao TSE.
A GVA é uma atividade militar semelhante às missões de GLO (Garantia da Lei e da Ordem). No entanto, a GVA é utilizada especificamente para manter a normalidade da segurança pública nos locais de votação e apuração, durante o pleito eleitoral, nas localidades onde o TSE requisitar.
Após a análise e deliberação do TSE, as demandas são repassadas ao Ministério da Defesa, órgão responsável pelo planejamento e execução das ações empreendidas pelas Forças Armadas.
RJ: tropas federais estarão nas ruas durante eleições
Para as atividades relativas à votação e apuração serão atendidos os seguintes estados: Acre, 11 localidades; Maranhão, 72; Piauí, 122; Rio de Janeiro, 69; Amazonas, 26; Mato Grosso, 19; Mato Grosso do Sul, 4; Pará, 60; Rio Grande do Norte, 97; Tocantins, 12 e Ceará, 5.
O auxílio das Forças Armadas no apoio logístico é feito para o transporte de pessoal da Justiça Eleitoral e de urnas. Os militares desempenham essa tarefa acompanhados de pessoal da Justiça Eleitoral.
No total, ocorrerá em 101 localidades de cinco estados. No Acre, serão atendidas 41 localidades; no Amazonas, 25; no Amapá, 5; em Mato Grosso do Sul, 4 e em Roraima, 26.
Pedidos
As solicitações de apoio das Forças Armadas, quer seja para GVA (Garantia da Votação e Apuração) ou no transporte de pessoal e urnas, são formuladas pelos Tribunais Regionais Eleitorais ao TSE.
A GVA é uma atividade militar semelhante às missões de GLO (Garantia da Lei e da Ordem). No entanto, a GVA é utilizada especificamente para manter a normalidade da segurança pública nos locais de votação e apuração, durante o pleito eleitoral, nas localidades onde o TSE requisitar.
Após a análise e deliberação do TSE, as demandas são repassadas ao Ministério da Defesa, órgão responsável pelo planejamento e execução das ações empreendidas pelas Forças Armadas.
Avião se desprende de reboque e bate em árvores em Congonhas
Aeronave da Latam estava sendo levada para área de embarque, mas peça que prende ao reboque quebrou. A Infraero informou que não há feridos
Ugo Sartori | Publicada em 28/09/2018 17:58 | Atualizado em 28/09/2018 18:01
Um avião da Latam sofreu um acidente no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (28).
A aeronave estava sendo rebocada para a área de embarque, onde seria conectada ao prédio do aeroporto.
A peça que prende o avião ao reboque, o "garfo", quebrou durate a operação de reboque. O avião então escorregou e saiu da pista, enroscando em algumas árvores.
Segundo a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura), ninguém ficou ferido. O acidente também não afetou o funcionamento do aeroporto.
Em nota, a LATAM Airlines Brasil esclarece que a aeronave estava vazia, já foi removida e entrará em manutenção. A empresa ressalta que o ocorrido não impactou as operações da companhia no aeroporto. Por fim, reitera que a segurança é um valor imprescindível e, sobretudo, todas as suas decisões visam garantir uma operação segura.
A aeronave estava sendo rebocada para a área de embarque, onde seria conectada ao prédio do aeroporto.
A peça que prende o avião ao reboque, o "garfo", quebrou durate a operação de reboque. O avião então escorregou e saiu da pista, enroscando em algumas árvores.
Segundo a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura), ninguém ficou ferido. O acidente também não afetou o funcionamento do aeroporto.
Em nota, a LATAM Airlines Brasil esclarece que a aeronave estava vazia, já foi removida e entrará em manutenção. A empresa ressalta que o ocorrido não impactou as operações da companhia no aeroporto. Por fim, reitera que a segurança é um valor imprescindível e, sobretudo, todas as suas decisões visam garantir uma operação segura.
ITA receberá R$ 6 milhões para 16 projetos inovadores
Recursos do programa vão ser destinados ao financiamento de missões de trabalho no exterior, manutenção de projetos e bolsas no exterior e no Brasil, diz o governo federal
Publicada em 28/09/2018 23:49
O ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) de São José dos Campos vai receber R$ 6 milhões para investir em 16 projetos inovadores. A verba será aplicada durante 4 anos.
A instituição foi uma das 25 de ensino superior no país vencedora do Print (Programa Institucional de Internacionalização) da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), fundação do Ministério da Educação.
Segundo o ITA, o recurso será usado no plano de internacionalização do instituto. Os 16 projetos estão distribuídos em quatro áreas: Aviação Verde, Sistemas Autônomos, Mobilidade e Sustentabilidade e Espaço e Ciências. Os temas contemplam todos os programas de pós-graduação do ITA.
"Estes recursos complementarão os recursos de pesquisa que o ITA já recebe de outros órgãos de fomento, como Fapesp e CNPq, assim como de empresas nacionais e internacionais, como a Embraer e a Saab", informou o ITA.
Para o reitor do ITA, Anderson Ribeiro Correia, "esse resultado é como um reconhecimento ao trabalho estruturado que vem sendo desenvolvido pelo ITA, em parceria com os demais institutos do DCTA, como Instituto de Aeronáutica e Espaço e Instituto de Estudos Avançados".
Segundo ele, com a busca pela ampliação das parcerias internacionais, um dos programas de pós-graduação foi classificado, em 2017, com nível de excelência internacional.
"Nas outras modalidades, eram professores e pesquisadores que solicitavam bolsas diretamente à Capes. Hoje, é a instituição quem regula a distribuição das bolsas, a partir de editais internos", explica Pedro Lacava, pró-reitor de pós-graduação do ITA.
A instituição foi uma das 25 de ensino superior no país vencedora do Print (Programa Institucional de Internacionalização) da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), fundação do Ministério da Educação.
Segundo o ITA, o recurso será usado no plano de internacionalização do instituto. Os 16 projetos estão distribuídos em quatro áreas: Aviação Verde, Sistemas Autônomos, Mobilidade e Sustentabilidade e Espaço e Ciências. Os temas contemplam todos os programas de pós-graduação do ITA.
"Estes recursos complementarão os recursos de pesquisa que o ITA já recebe de outros órgãos de fomento, como Fapesp e CNPq, assim como de empresas nacionais e internacionais, como a Embraer e a Saab", informou o ITA.
Para o reitor do ITA, Anderson Ribeiro Correia, "esse resultado é como um reconhecimento ao trabalho estruturado que vem sendo desenvolvido pelo ITA, em parceria com os demais institutos do DCTA, como Instituto de Aeronáutica e Espaço e Instituto de Estudos Avançados".
Segundo ele, com a busca pela ampliação das parcerias internacionais, um dos programas de pós-graduação foi classificado, em 2017, com nível de excelência internacional.
"Nas outras modalidades, eram professores e pesquisadores que solicitavam bolsas diretamente à Capes. Hoje, é a instituição quem regula a distribuição das bolsas, a partir de editais internos", explica Pedro Lacava, pró-reitor de pós-graduação do ITA.
A-Darter – Míssil conclui testes na África do Sul
Ensaios fizeram lançamentos contra alvos aéreos manobráveis de alta performance; míssil atendeu todos os requisitos
Publicada em 28/09/2018 20:15
O míssil de 5ª geração A-Darter acaba de passar pela fase final de ensaios para sua certificação, o que irá torná-lo pronto para comercialização. Testes decisivos e bem sucedidos foram realizados este mês, na África do Sul, país que desenvolve o projeto em cooperação com o Brasil.
Durante os ensaios, foram feitos lançamentos contra alvos aéreos manobráveis de alta performance, capazes de lançar contramedidas eletrônicas (flares), que são mecanismos utilizados para despistar o míssil caçador. Os perfis de lançamento simularam situações reais de voo de combate visual.
O sistema A-Darter ar-ar possui as capacidades de identificar, de forma autônoma, um alvo após o lançamento (LOAL, do inglês Lock On After Launch); de contra-contramedidas eletrônicas (capaz de identificar e negar flares); de longo alcance para esta categoria de míssil (8 a 12 km); e de identificação de alvo e lançamento com sucesso até uma posição relativa de 90 graus. Todos os lançamentos demonstraram a conformidade do produto com os seus requisitos.
Uma das fases de destaque dos ensaios foi a segunda investida. Após um cruzamento frente a frente, o alvo manobrou para cima do caçador no instante em que foi efetuado o lançamento, praticamente a uma posição relativa de 90 graus entre os dois. O A-Darter curvou para cima do alvo, de maneira autônoma, para um ponto futuro, até readquirir o lock com o objetivo. Para realizar tal manobra, o míssil foi submetido a mais de 50 vezes a força da gravidade, provocando uma mudança na sua direção em aproximadamente 180 graus em relação à proa original.
Nos demais lançamentos foram colocadas situações em que o alvo, além de manobrar, lançava flares e os resultados também se apresentaram conforme esperados.
As campanhas de ensaios e certificação foram realizadas pela equipe de desenvolvimento do projeto, composta por membros da indústria Denel Dynamics; da Armaments Corporation of South Africa (ARMSCOR), empresa pública ligada ao departamento de Defesa da África do Sul; da Força Aérea Sul-Africana; e da Força Aérea Brasileira (FAB). Os voos aconteceram em Overberg Test Range, um campo de provas sul-africano localizado na região sudeste da África do Sul, litoral do Oceano Índico.
Fomento
A gerência do projeto no Brasil está a cargo da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC). Logo após a certificação, a unidade prevê a aquisição para a FAB de um lote inicial do míssil dentro do Programa FX-2. O próximo passo é trabalhar no fomento da indústria nacional, a fim de manter o capital intelectual adquirido nesses 12 anos de projeto.
O Presidente da COPAC, Brigadeiro Márcio Bruno Bonotto, avalia que o maior ganho com o A-Darter é o desenvolvimento e o fomento à indústria nacional de defesa. "Durante esses 12 anos de parceria com a África do Sul, nós aprendemos muito com transferência de tecnologia efetiva, não somente nas soluções tecnológicas para diversos tipos de problemas, que já enfrentávamos na ocasião do desenvolvimento de outros mísseis, como também na confecção correta e objetiva de requisitos para futuros armamentos e também na forma crítica que hoje somos capazes de analisar ofertas de outros fabricantes", diz. "Absorvemos o conhecimento das potencialidades e limitações do míssil com acesso e participação plena em seu desenvolvimento, sem ressalvas", completa.
Desafio
De acordo com o Brigadeiro Bonotto, o maior desafio foi a obtenção de recursos para a consecução do projeto. "Destaco aqui a relevante parceria do COMAER [Comando da Aeronáutica] com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, por meio da FINEP [Financiadora de Inovação e Pesquisa], a qual foi fundamental para a conclusão e o sucesso da fase de desenvolvimento do Projeto A-Darter", pontua.
O Presidente da COPAC defende que a viabilidade para o projeto se transformar em produto de defesa, com carga de trabalho para a indústria nacional, e principalmente para a manutenção do capital humano de elevada competência técnica no Brasil, depende de vendas a terceiros e aplicação da sistemática de redução dos impostos para incentivo à exportação e à indústria de defesa.
Durante os ensaios, foram feitos lançamentos contra alvos aéreos manobráveis de alta performance, capazes de lançar contramedidas eletrônicas (flares), que são mecanismos utilizados para despistar o míssil caçador. Os perfis de lançamento simularam situações reais de voo de combate visual.
O sistema A-Darter ar-ar possui as capacidades de identificar, de forma autônoma, um alvo após o lançamento (LOAL, do inglês Lock On After Launch); de contra-contramedidas eletrônicas (capaz de identificar e negar flares); de longo alcance para esta categoria de míssil (8 a 12 km); e de identificação de alvo e lançamento com sucesso até uma posição relativa de 90 graus. Todos os lançamentos demonstraram a conformidade do produto com os seus requisitos.
Uma das fases de destaque dos ensaios foi a segunda investida. Após um cruzamento frente a frente, o alvo manobrou para cima do caçador no instante em que foi efetuado o lançamento, praticamente a uma posição relativa de 90 graus entre os dois. O A-Darter curvou para cima do alvo, de maneira autônoma, para um ponto futuro, até readquirir o lock com o objetivo. Para realizar tal manobra, o míssil foi submetido a mais de 50 vezes a força da gravidade, provocando uma mudança na sua direção em aproximadamente 180 graus em relação à proa original.
Nos demais lançamentos foram colocadas situações em que o alvo, além de manobrar, lançava flares e os resultados também se apresentaram conforme esperados.
As campanhas de ensaios e certificação foram realizadas pela equipe de desenvolvimento do projeto, composta por membros da indústria Denel Dynamics; da Armaments Corporation of South Africa (ARMSCOR), empresa pública ligada ao departamento de Defesa da África do Sul; da Força Aérea Sul-Africana; e da Força Aérea Brasileira (FAB). Os voos aconteceram em Overberg Test Range, um campo de provas sul-africano localizado na região sudeste da África do Sul, litoral do Oceano Índico.
Fomento
A gerência do projeto no Brasil está a cargo da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC). Logo após a certificação, a unidade prevê a aquisição para a FAB de um lote inicial do míssil dentro do Programa FX-2. O próximo passo é trabalhar no fomento da indústria nacional, a fim de manter o capital intelectual adquirido nesses 12 anos de projeto.
O Presidente da COPAC, Brigadeiro Márcio Bruno Bonotto, avalia que o maior ganho com o A-Darter é o desenvolvimento e o fomento à indústria nacional de defesa. "Durante esses 12 anos de parceria com a África do Sul, nós aprendemos muito com transferência de tecnologia efetiva, não somente nas soluções tecnológicas para diversos tipos de problemas, que já enfrentávamos na ocasião do desenvolvimento de outros mísseis, como também na confecção correta e objetiva de requisitos para futuros armamentos e também na forma crítica que hoje somos capazes de analisar ofertas de outros fabricantes", diz. "Absorvemos o conhecimento das potencialidades e limitações do míssil com acesso e participação plena em seu desenvolvimento, sem ressalvas", completa.
Desafio
De acordo com o Brigadeiro Bonotto, o maior desafio foi a obtenção de recursos para a consecução do projeto. "Destaco aqui a relevante parceria do COMAER [Comando da Aeronáutica] com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, por meio da FINEP [Financiadora de Inovação e Pesquisa], a qual foi fundamental para a conclusão e o sucesso da fase de desenvolvimento do Projeto A-Darter", pontua.
O Presidente da COPAC defende que a viabilidade para o projeto se transformar em produto de defesa, com carga de trabalho para a indústria nacional, e principalmente para a manutenção do capital humano de elevada competência técnica no Brasil, depende de vendas a terceiros e aplicação da sistemática de redução dos impostos para incentivo à exportação e à indústria de defesa.
O PARANÁ Jornal de Fato (PR) - Ministro da Segurança Pública e autoridades acompanham desmobilização da Operação Ágata Graal
Publicada em 28/09/2018 14:23
O Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, o Chefe do Estado- Maior Conjunto das Forças Armadas, Almirante de Esquadra Ademir Sobrinho, e o Chefe de Operações Conjuntas, do Ministério da Defesa, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, visitam nesta sexta-feira (28), as cidades de Cascavel e Guaíra, no Paraná, com o objetivo de conhecer os resultados obtidos na Operação Ágata Graal.
A atividade foi realizada pelo Ministério da Defesa, nos dias 24 e 25 de setembro, ao longo da faixa de 3.500 km de fronteira dos estados de Mato Grosso (MT), Mato Grosso do Sul (MS), Paraná (PR) e Santa Catarina (SC).
A Operação Ágata Graal englobou vigilância do espaço aéreo, ações de bloqueio de estradas e patrulhas terrestres, além de patrulhamentos fluviais. Em ação conjunta, a Força Aérea Brasileira, o Exército Brasileiro, a Marinha do Brasil e órgãos de segurança pública e de investigação testaram as estruturas em diversos níveis de comando e controle, visando ao combate a crimes ambientais e ilícitos nacionais e transnacionais, como narcotráfico, contrabando de armas e munições.
Sob a responsabilidade do Ministério da Defesa e com coordenação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, a Operação Ágata Graal integra o Plano Estratégico de Fronteiras do Governo Federal.
A atividade contou com a participação de mais de 3 mil militares e civis, 30 aeronaves, 15 embarcações fluviais e 20 blindados, dentre outros veículos terrestres. A sede das operações ficou em Cascavel, sob o Comando do Major-Brigadeiro do Ar Ricardo Cesar Mangrich. Esta foi a primeira vez que a Força Aérea Brasileira comandou uma Operação Conjunta com as três Forças Armadas, além dos órgãos de segurança pública e de investigação.
A atividade foi realizada pelo Ministério da Defesa, nos dias 24 e 25 de setembro, ao longo da faixa de 3.500 km de fronteira dos estados de Mato Grosso (MT), Mato Grosso do Sul (MS), Paraná (PR) e Santa Catarina (SC).
A Operação Ágata Graal englobou vigilância do espaço aéreo, ações de bloqueio de estradas e patrulhas terrestres, além de patrulhamentos fluviais. Em ação conjunta, a Força Aérea Brasileira, o Exército Brasileiro, a Marinha do Brasil e órgãos de segurança pública e de investigação testaram as estruturas em diversos níveis de comando e controle, visando ao combate a crimes ambientais e ilícitos nacionais e transnacionais, como narcotráfico, contrabando de armas e munições.
Sob a responsabilidade do Ministério da Defesa e com coordenação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, a Operação Ágata Graal integra o Plano Estratégico de Fronteiras do Governo Federal.
A atividade contou com a participação de mais de 3 mil militares e civis, 30 aeronaves, 15 embarcações fluviais e 20 blindados, dentre outros veículos terrestres. A sede das operações ficou em Cascavel, sob o Comando do Major-Brigadeiro do Ar Ricardo Cesar Mangrich. Esta foi a primeira vez que a Força Aérea Brasileira comandou uma Operação Conjunta com as três Forças Armadas, além dos órgãos de segurança pública e de investigação.
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