NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 23/08/2018 / Porta-helicópteros comprado pela Marinha por R$ 350 milhões chega ao Rio no sábado
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Luis Kawaguti ...
O navio porta-helicópteros comprado pelo Brasil por R$ 350 milhões da marinha britânica chegará ao Rio de Janeiro no próximo sábado (25). Ele passa a ser o maior e mais importante navio da esquadra brasileira.
A embarcação é um porta-helicópteros multipropósito construído no Reino Unido em 1995. Na marinha real britânica, o navio era chamado de HMS Ocean, mas no Brasil foi rebatizado de Atlântico.
O porta-helicópteros tem 203 metros de comprimento, abriga 800 militares e pode operar simultaneamente com sete helicópteros (chegando a armazenar até 12 se estiver fora de operação).
O Atlântico poderá ser usado tanto em eventuais operações de guerra, como em missões humanitárias, pois tem uma grande estrutura hospitalar em seu interior. Ele poderia ser usado, por exemplo, em uma missão de socorro a uma nação vítima de terremoto, como os Estados Unidos fizeram no Haiti em 2010.
O navio já está em águas brasileiras, na região de Arraial do Cabo (litoral carioca), mas só chegará ao Rio no sábado (25). Ele será recebido com uma parada naval com aproximadamente 10 navios de guerra, que começará às 8h na Barra da Tijuca e terminará às 11h na Baía de Guanabara. Será possível ver as embarcações de praticamente toda a costa da capital.
Compra a prazo
A compra do navio começou a ser negociada em 2017 pelo Ministério da Defesa e concluída em 29 de junho deste ano com a entrega para militares brasileiros no porto de Plymouth, na Inglaterra.
A compra ocorreu porque o principal navio da esquadra brasileira, o porta-aviões São Paulo, estava impossibilitado de operar desde o início de 2017, pois necessitava passar por um processo de modernização que poderia custar até R$ 1,2 bilhão. Ele se encontra atualmente parado no porto do Rio de Janeiro, segundo a Marinha.
O Ministério da Defesa não tinha toda a verba para pagar pelo navio à vista, mas negociou um pagamento a prazo com o governo britânico.
Preparação
Um grupo de 303 militares brasileiros passou cinco meses, de fevereiro a junho de 2018, em treinamento no navio junto com uma tripulação britânica. Eles fizeram cursos com a marinha real e com representantes dos fabricantes dos equipamentos instalados no navio.
No Brasil, outros 129 militares se juntarão à tripulação que deixou a Inglaterra em 29 de junho a caminho do Brasil.
Além da tripulação essencial de 300 marinheiros, o navio poderá transportar mais cerca de 800 fuzileiros navais para eventuais ações de desembarque de tropas em praias inimigas, 40 veículos e um total de 12 helicópteros (que o Brasil já possui). Ele é capaz de deslocar ao todo mais de 21 mil toneladas.
Além dos helicópteros, a defesa do navio é feita por quatro canhões navais de 30 milímetros.
Polêmica
A venda da embarcação ao Brasil gerou grande polêmica no Reino Unido. A embarcação havia passado, três anos antes, por uma modernização que custou cerca de 65 milhões de libras e foi vendida ao Brasil por 85 milhões de libras.
Políticos e alguns membros da marinha britânica criticaram a operação, dizendo que era desperdício de dinheiro e deixaria a marinha real desfalcada.
Políticos e alguns membros da marinha britânica criticaram a operação, dizendo que era desperdício de dinheiro e deixaria a marinha real desfalcada.
A decisão de vender o navio ocorreu porque duas embarcações maiores que estão sendo construídas poderão substituí-lo: os porta-aviões HMS Queen Elizabeth e o HMS Prince of Wales – mas eles só ficarão prontos a partir de 2020. Também pesou na decisão britânica uma restrição de recursos no orçamento da defesa, segundo o jornal Mirror.
O HMS Ocean, antigo nome do Atlântico, era o maior navio da esquadra britânica. Ele era conhecido pelos marinheiros como o "Poderoso O".
Em 20 anos de serviço, ele participou da intervenção britânica na guerra civil de Serra Leoa no ano 2000, da invasão do Iraque por forças ocidentais em 2003, da guerra na Líbia em 2011 e da segurança da Olimpíada de Londres em 2012, entre outras operações.
O navio também foi usado em diversas operações humanitárias, entre elas o socorro a Honduras e Nicarágua após a passagem do furacão Mitch em 1998, ações humanitárias no fim da guerra do Kosovo em 1999 e o socorro a ilhas do Caribe devastadas pelo furacão Irma no ano passado.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Porta-helicópteros comprado pela Marinha por R$ 350 milhões chega ao Rio no sábado
Luis Kawaguti Publicado Em 22/08 - 19h56
O navio porta-helicópteros comprado pelo Brasil por R$ 350 milhões da marinha britânica chegará ao Rio de Janeiro no próximo sábado (25). Ele passa a ser o maior e mais importante navio da esquadra brasileira.
(Leia acima ...)
Tropas federais ocupam complexos da Penha, Alemão e Maré por tempo indeterminado
Oito pessoas foram mortas desde segunda, sendo cinco suspeitos e três militares - o último deles morreu nesta quarta (22) no hospital. Setenta pessoas foram presas.
G1 Rio Publicado Em 22/08 - 15h16
O Gabinete de Intervenção Federal informou, na manhã desta quarta-feira (22), que a ocupação nos complexos do Alemão, Penha e Maré, na Zona Norte do Rio, continua por tempo indeterminado.
Desde segunda-feira (20), quando as operações começaram, 70 pessoas foram presas, e oito pessoas foram mortas. Cinco suspeitos e dois militares morreram no primeiro dia da ação. Um terceiro militar foi hospitalizado e morreu nesta quarta.
Ainda de acordo com o CML, 14 armas foram apreendidas, entre elas 5 fuzis, 1.045 projéteis, sete carregadores, 554 quilos de maconha e uma moto.
A ação do Comando Conjunto da Intervenção Federal acontece simultaneamente nos três complexos, com participação de 4,2 mil militares das Forças Armadas e auxílio de policiais civis e militares. Blindados e aeronaves participam da operação.
Durante a ação, os militares realizam revistas em moradores e cumprem mandados de prisão. Na segunda, após a chegada dos militares nas comunidades, criminosos atearam fogo em ônibus em represália a ação das tropas.
O veículo foi incendiado na Linha Amarela, perto do Complexo do Alemão. Em seu perfil no Twitter, a Polícia Militar informou que ocorreram "atos criminosos" na via expressa.
“O ônibus incendiado é fruto de uma determinação da criminalidade para que a população atrapalhe o nosso avanço. A população fica refém, não tem como dizer que não vai fazer, e acaba cometendo essas ações”, afirmou o coronel.
Nesta terça (21), os corpos dos dois militares mortos foram enterrados em Japeri, na Baixada Fluminense. Mais do que colegas de farda, o cabo Fabiano de Oliveira Santos, de 36 anos, e o soldado João Viktor da Silva, de 21, mortos no mesmo dia durante operação no Complexo do Alemão, tinham um enorme orgulho de pertencer às Forças Armadas.
Fabiano era motorista de ônibus, estudou muito para passar na prova do Exército e foi convocado para operação no dia do 36º aniversário; João Viktor sonhava ser paraquedista.
Defensoria
A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro acompanha as audiências de custódia dos presos nas comunidades e reúne relatos de moradores sobre a circulação das tropas nas comunidades.
Os defensores também analisam denúncias de supostas mortes ocorridas durante as operações e que teriam sido omitidas do balanço oficial, segundo moradores.
Queixas de abusos de autoridade policial podem ser encaminhadas à Defensoria Pública do estado. O atendimento ao cidadão está disponível no telefone 129. O plantão do órgão auxilia em questões de saúde com risco de morte; autorização para viagem de menor; busca e apreensão de menor; alvará para sepultamento; violência doméstica e prisão em flagrante. Confira os documentos necessários e os postos abertos em regime de plantão.
Mais de R$ 18 milhões serão investidos em novas pesquisas na Antártica
Kleber Sampaio Publicado Em 22/08 - 11h33
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lançaram nesta quarta-feira (22) edital de R$ 18,028 milhões para pesquisas do Programa Antártico Brasileiro (Proantar).
Os projetos podem ser submetidos até 8 de outubro de 2018. O resultado final será divulgado no dia 30 de novembro deste ano.
O dinheiro vai ser aplicado no financiamento de pesquisas sobre o papel da criosfera no sistema terrestre e as interações com a América do Sul, a dinâmica da alta atmosfera na Antártica, interações com o geoespaço e conexões com a América do Sul, além das mudanças climáticas e o Oceano Austral.
As pesquisas incluirão ainda a biocomplexidade dos ecossistemas antárticos, suas conexões com a América do Sul e mudanças climáticas, geodinâmica e história geológica da Antártica e suas relações com a América do Sul, química dos oceanos, geoquímica marinha e poluição marinha, ciências humanas e sociais, biologia humana e medicina polar e inovação em novas tecnologias.
Do valor total do edital, R$ 7,1 milhões são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e R$ 3,704 milhões do orçamento do MCTIC. Já o CNPq vai destinar R$ 1,5 milhão para o edital, enquanto a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vai aportar R$ 5,724 milhões.
Momento
A liberação dos recursos ocorre no momento em que são concluídas as obras de construção da nova Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), que substituirá a antiga estrutura, destruída em um incêndio em 2012.
A nova base brasileira terá 4,5 mil m², com espaço para 17 laboratórios, refeitório, ultrafreezers para armazenamento de amostras e materiais usados nas atividades científicas, setor de saúde, biblioteca e sala de estar.
Governo promete acelerar processo de interiorização de venezuelanos
Por Paulo Victor Chagas Publicado Em 22/08/2018 - 20h44
Após o retorno da equipe interministerial a Roraima, o governo federal prometeu acelerar o processo de interiorização de venezuelanos para outros estados. Até a semana que vem, cerca de 250 imigrantes deixarão a fronteira brasileira para buscar oportunidades de trabalho em grandes centros urbanos do país. Até o fim do mês que vem, a meta é retirar voluntariamente 1.000 venezuelanos de Roraima, que se somarão aos 830 cujo processo de interiorização já foi concluído.
De acordo com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, dos R$ 185 milhões liberados pela União para o governo de Roraima e prefeituras do estado investirem na área da saúde, R$ 70 milhões ainda estão disponíveis. Ele disse que o governo federal está analisando os novos pleitos enviados hoje (22) pela governadora de Roraima, Suely Campos.
Nesta terça-feira, o presidente Michel Temer reuniu-se com a equipe que viajou a Roraima e com ministros de diversas áreas para discutir o assunto. A subchefe substituta de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, Viviane Esse, que foi a Boa Vista e Pacaraima, disse que o processo de interiorização é feito tendo como prioridade os venezuelanos que querem permanecer no Brasil e não conseguem se deslocar para outros estados por conta própria.
“A gente tem que fazer sensibilização dos imigrantes. Eles vão vacinados, regulamentados do ponto de vista das exigências migratórias, vão com carteira de trabalho, CPF. A gente fala para onde eles vão, se irão para um abrigo, como é a cidade, o clima. Há um esclarecimento sobre condições de trabalho”, explicou.
Alegando motivos protocolares, o general Etchegoyen não adiantou os estados que receberão os imigrantes. A lista de destino deve ser divulgada somente na semana em que a interiorização vai ocorrer. “A expectativa é que a gente tenha outros voos, totalizando entre os meses de agosto e setembro mais 1.000 pessoas”. afirmou Viviane, confirmando o número anunciado anteriormente.
Segundo Viviane, apesar do fluxo intenso de venezuelanos que cruzam a fronteira todos os dias, cerca de 60% não permanecem no Brasil. O trabalho de sensibilização dos estrangeiros é feito com apoio da Organização Internacional de Migrações (OIM) e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
“Estamos sendo procurados por municípios, ONGs [organizações não governamentais], parceiros e entidades religiosas querendo participar do processo. Oferecendo acolhimento, bolsas, oportunidades de trabalho. Está sendo bastante positiva a procura dessas entidades como parceiras do governo federal”, complementou.
Sobre o pedido do governo de Roraima para arcar com as despesas de quase R$ 200 milhões que o estado já teve com a chegada em massa dos venezuelanos na região de Pacaraima, Etchegoyen disse que “não há por quê” colocar mais dinheiro agora porque o governo federal já enviou recursos à região.
“Tem dinheiro disponível para o governo de Roraima, muito recurso tem sido posto lá em atendimento aos venezuelanos. O governo investiu em Roraima e nos municípios – só na área de saúde, mais de R$ 185 milhões. Desses, 70 mi ainda estão disponíveis”, disse.
No último fim de semana, moradores de Pacaraima atacaram barracas e abrigos de venezuelanos, ateando fogo e provocando o retorno de 1,2 mil imigrantes para o país vizinho. Após o ocorrido, o governo enviou uma comissão interministerial para avaliar a situação e tomar as medidas cabíveis. Segundo Etchegoyen, a interiorização será intensificada “já, de imediato”, mas não há necessidade de instalação de novos hospitais de campanha na fronteira.
Quanto ao pedido do líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB), que é candidato à reeleição por Roraima, de suspender temporariamente a entrada de venezuelanos pelo estado, o ministro voltou a dizer que “não há, nesse momento, nenhuma perspectiva de fechamento” da fronteira.
“Nós temos na frente dois problemas para resolver: a monumental crise humanitária criada pelas decisões do governo venezuelano e a necessidade prioritária de garantir o bem-estar e a segurança dos brasileiros em Roraima ou em qualquer lugar”, afirmou.
No Twitter, Temer lamenta morte de 3º militar em operação no Rio
Soldado Marcus Vinicius Viana morreu nesta 4ª
Publicado Em 22/08 - 16h17
O presidente Michel Temer lamentou nesta 4ª feira (22.ago.2018) a morte do 3º militar morto durante operação conjunta das Forças Armadas e da Polícia Civil em comunidades da zona norte do Rio de Janeiro.
A morte do soldado Marcus Vinicius Viana foi confirmada nesta 4ª. Em sua conta no Twitter, Temer disse que recebeu a notícia “com pesar” e prestou solidariedade à família e amigos.
O presidente já havia comentado o falecimento do cabo Fabiano de Oliveira Santos e do soldado João Viktor da Silva. O enterro de ambos foi realizado nesta 3ª.
Ao todo, são 3 mortos desde o início da intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, decretada em fevereiro.
Como funciona um helicóptero de guerra?
Tiago Cordeiro Publicado Em 22/08 - 16h45
SISTEMA COMPLEXO
Qualquer helicóptero é formado basicamente por quatro partes: cockpit, apoiado sobre os esquis de pouso; rotor principal (a hélice), apoiado pela árvore de acionamento; corpo, com motor, tanque de combustível e sistema de transmissão; e cauda, com o rotor de cauda. A hélice tem peças alinhadas entre si, que permitem que a máquina suba ou desça.
Qualquer helicóptero é formado basicamente por quatro partes: cockpit, apoiado sobre os esquis de pouso; rotor principal (a hélice), apoiado pela árvore de acionamento; corpo, com motor, tanque de combustível e sistema de transmissão; e cauda, com o rotor de cauda. A hélice tem peças alinhadas entre si, que permitem que a máquina suba ou desça.
DUAS MÃOS E DOIS PÉS
Sozinha, a hélice principal faria o aparelho girar em 360o o tempo todo. Por isso há o rotor traseiro, controlado por dois pedais – o da esquerda joga a máquina inclinada para a esquerda. O da direita, para a direita. O piloto ainda usa o manche para subir, descer e ir para os lados, sem inclinação. Ou seja, ele acaba usando os dois pés e as duas mãos.
Sozinha, a hélice principal faria o aparelho girar em 360o o tempo todo. Por isso há o rotor traseiro, controlado por dois pedais – o da esquerda joga a máquina inclinada para a esquerda. O da direita, para a direita. O piloto ainda usa o manche para subir, descer e ir para os lados, sem inclinação. Ou seja, ele acaba usando os dois pés e as duas mãos.
MÁQUINA POTENTE
Helicópteros militares conseguem carregar mais peso que os civis, além de serem, obviamente, mais resistentes para suportar ataques inimigos. Essa segunda característica é marcante no Apache, uma das máquinas mais importantes da atualidade. O arsenal carregado pode variar bastante.
Helicópteros militares conseguem carregar mais peso que os civis, além de serem, obviamente, mais resistentes para suportar ataques inimigos. Essa segunda característica é marcante no Apache, uma das máquinas mais importantes da atualidade. O arsenal carregado pode variar bastante.
PROTÓTIPOS PERIGOSOS
O helicóptero de guerra funciona de maneira parecida com o civil. Os primeiros protótipos surgiram no século 19, porém até os anos 1930 eles não eram confiáveis. A máquina deu as caras na 2ª Guerra Mundial, mas ainda em pequena quantidade. Ela ficou mais comum somente na Guerra do Vietnã, nos anos 1960.
O helicóptero de guerra funciona de maneira parecida com o civil. Os primeiros protótipos surgiram no século 19, porém até os anos 1930 eles não eram confiáveis. A máquina deu as caras na 2ª Guerra Mundial, mas ainda em pequena quantidade. Ela ficou mais comum somente na Guerra do Vietnã, nos anos 1960.
COMO SER PILOTO
O treinamento é intenso e as exigências são grandes. No Brasil, os pilotos são formados na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga, SP (antes, é possível cursar o ensino médio na Escola Preparatória de Cadetes do Ar, em Barbacena, MG). Após se tornarem oficiais, eles fazem mais um ano de curso, em Natal, RN.
O treinamento é intenso e as exigências são grandes. No Brasil, os pilotos são formados na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga, SP (antes, é possível cursar o ensino médio na Escola Preparatória de Cadetes do Ar, em Barbacena, MG). Após se tornarem oficiais, eles fazem mais um ano de curso, em Natal, RN.
O HOJE - Base Aérea de Anápolis é primeira a receber novas aeronaves
O local passa por reformas e adaptações para se tornar um dos principais pontos aeroespaciais do país
Gabriel Araújo Publicado Em 22/08 - 06h00
A Base Aérea de Anápolis, localizada a 55 km de Goiânia e a 68 km da Capital Federal, vai ser a primeira cidade a receber as mais novas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB). Parte do processo de atualização da FAB, a base está passando por adequações e deve receber mais de 30 aeronaves supersônicas Gripen e duas unidades do cargueiro KC-390.
Em 2014 o Governo Federal e o Ministério da Defesa fecharam um contrato de troca tecnológica que previa a compra de 36 jatos suecos Gripen série E. O primeiro modelo já foi produzido e passa por testes que contam com a participação de profissionais da Embraer, empresa que será a responsável pela construção de 15 unidades. O valor do contrato é de US$ 5,4 bilhões, com uma taxa de juros de 2,19% ao ano no contrato, que deve ser encerrado em 2024, ano de entrega da última aeronave.
De acordo com o coronel Antônio Marcos Mioni, comandante responsável pela unidade, a base possui uma localização privilegiada para a proteção nacional e missões em todas as regiões do país devido a sua proximidade com o centro do país. “Nós estamos nos preparando para receber dois projetos: a ampliação do pátio, construção de hangar e reforma de instalações, além de vários processos para receber esses novos aviões”, afirmou.
Conforme informado pela Força Aérea, dos 36 caças encomendados, 32 terão como base a Ala 2, onde está estacionado o batalhão de defesa aérea. A base ainda deve receber duas unidades do cargueiro KC-390, que está em fase final de desenvolvimento na Embraer. O modelo é um pedido da FAB para substituir os antigos Lockheed C-130, conhecidos como Hércules, e que estão em uso desde a década de 1960.
Os KC-390 estavam previstos para serem entrega à FAB este ano, mas a Embraer já afirmou que, devido a um incidente envolvendo a primeira unidade construída, a entrega será realizada somente no ano de vem. O KC-390 serie 001 sofreu um acidente durante um teste no interior de São Paulo e teve sérios danos à fuselagem.
Conforme informado pela Embraer, por meio do balanço trimestral da empresa, a campanha de testes do KC-390 já atingiu mais de 1.700 horas no final do último trimestre e a aeronave conta com um certificado "básico". O objetivo principal é alcançar a capacidade operacional final em até dois anos.
No início desde ano, o Coronel Samir Mustafá, gerente do Programa na Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), afirmou que as unidades ainda precisam passar por diversos testes antes da entrega. "As duas unidades vão ser entregues com capacidade inicial, com condições de cumprir variadas missões, como transporte aerologístico, lançamento de fardos e paraquedistas, neste caso, tanto pela rampa quanto pela porta", completou.
Antigas aeronaves
Nos últimos anos o Brasil passou a ter como principal ponto de defesa aérea os caças Mirage 2000, de produção francesa e comprados no final de 2004. Como os dozes aviões já foram aposentados, fato ocorrido em 2014, a principal defesa se tornou os jatos F-5, que são mais lentos e com uma menor capacidade de abate.
Enquanto os caças F-5 ainda devem continuar em operação, os Mirage foram desativados e muitos foram desmontados. Em dezembro de 2013, o último modelo em uso do Mirage, o avião 4948, foi aposentado e virou peça de museu. Após mais de 10,6 mil horas de voo no país, e já sucateado, sem munição e com alto custo de manutenção, o avião partiu da base aérea de Anápolis, em Goiás, com destino ao museu da Força Aérea no Rio de Janeiro, onde pousou para nunca mais decolar.
Na época apenas uma aeronave estava em uso, já que as outras foram desmontadas para a retirada de peças de substituição. De acordo a FAB o custo para uma hora de voo era maior que US$ 7 mil, devido aos problemas de manutenção e ao alto gasto dos componentes mecânicos.
Em 2016, os remanescentes dos Mirage foram colocados a venda pela FAB. Os valores partiram de US$ 2,5 milhões e qualquer pessoa física poderia comprá-los desde que sejam cumpridos todos os requisitos estipulados pelo órgão.
Atualmente, o caça Frances é utilizado por forças aéreas de diversos países, como o Emirados Árabes Unidos, Egito, Peru, Índia, Grécia, além da própria França, com mais de 300 aeronaves ativas.
Força Aérea Brasileira passa por atualizações tecnológicas
A Força Aérea Brasileira (FAB) vem passando por diversas mudanças em toda a sua estrutura. Segundo o próprio órgão, as medidas visaM tornar a defesa aérea mais operacional e eficiente.
Somente em 2016 foram implantados os novos Grupamentos de Apoio (GAP) com o objetivo de concentrar as atividades relacionadas com licitações, contratos, convênios e instrumentos congêneres, finanças, subsistência, almoxarifado, tecnologia da informação, transportes de superfície, protocolo e arquivo, fardamento, pessoal e outras específicas de cada organização que não refletem a atividade-fim da Força.
De acordo com o órgão, a eficiência é a principal razão para a criação destes grupos. "O resultado esperado com a concentração dos processos administrativos é o aumento da eficiência em função da mão de obra qualificada, cultura organizacional, padronização de procedimentos, economia nas aquisições e contratações de serviços, além do pleno atendimento das expectativas das organizações apoiadas e a desoneração dessas OMs para que foquem em sua atividade principal", afirmou o órgão.
No mesmo ano foram desativadas as estruturas de Comandos Aéreos Regionais (COMAR) para a criação das Alas, organizações militares voltadas para a área operacional. A Ala é uma organização operativa de nível tático, comandada por um Brigadeiro do Ar ou Coronel-Aviador, que tem a responsabilidade focada tanto nas atividades de preparo quanto nas ações de emprego da Força, quando assim for determinado. Em outras palavras, as Alas, distribuídas pelo território nacional, são o símbolo de uma Força Aérea focada em sua missão-fim.
O objetivo do comandante da Ala é a atividade operacional, o treinamento e o emprego dos esquadrões subordinados, de acordo com as diretrizes e os planos emitidos pelos escalões superiores. As novas atividades não são ligadas às atividades administrativas como funcionava anteriormente, mas o responsável deverá coordenar com os órgãos especializados todo o apoio necessário para que seus comandados alcancem os padrões previamente definidos, de forma segura, eficaz e eficiente.
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