NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 01/08/2018 / Embraer tem prejuízo líquido de R$ 467 milhões no segundo trimestre
#Aviação #Indústria - Embraer tem prejuízo líquido de R$ 467 milhões no segundo trimestre ...
Raquel Stenzel ...
SÃO PAULO (Reuters) - A Embraer registrou um prejuízo líquido atribuído aos acionistas de R$ 467 milhões no segundo trimestre, ante um lucro de R$ 200,9 milhões no mesmo período do ano passado, em um trimestre marcado pelo menor número de entregas e aumento dos custos com o desenvolvimento do cargueiro militar KC-390.
Excluindo impostos diferidos, contribuições sociais e itens especiais, o lucro líquido ajustado foi de R$ 2,3 milhões, ante lucro de R$ 409,4 milhões no segundo trimestre do ano passado, informou a fabricante de aeronaves brasileira nesta terça-feira (31).
O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) despencou 83% para R$ 140,4 milhões no segundo trimestre, incluindo o impacto negativo, não recorrente, de R$ 458,7 milhões referente à revisão da base de custos do contrato de desenvolvimento do cargueiro KC-390, em decorrência do incidente com o protótipo ocorrido em maio.
A margem Ebitda despencou para 3,1% no segundo trimestre, ante 14,6% um ano antes.
Sem contabilizar a revisão do custo do cargueiro, o Ebitda ajustado recuou para R$ 599,1 milhões, ante R$ 803,4 milhões no mesmo período de 2017. A margem Ebitda ajustada caiu para 13,2%, ante 14,1% um ano antes.
"A companhia reafirma todas as suas estimativas financeiras e de entregas para 2018, que não incluem o impacto não recorrente da revisão de base de custos do KC-390, ocorrida no segundo trimestre", disse a Embraer em nota de divulgação do resultado.
A receita líquida da Embraer recuou 20% para R$ 4,533 bilhões no segundo trimestre, devido ao menor número de entregas nos segmentos de aviação comercial e executiva e à queda de 90% na receita do segmento de defesa e segurança por conta do incidente com o KC-390. A margem bruta consolidada caiu para 10,7%, ante 17,8% no segundo trimestre do ano passado.
No segundo trimestre, a Embraer entregou 28 aeronaves comerciais e 20 executivas, ante entregas totais de 59 aeronaves no segundo trimestre do ano passado. Apesar do recuo, a Embraer mantém a previsão de entregar de 85 a 95 jatos comerciais e 105 a 125 jatos executivos no ano.
Acordo com a Boeing
Acordo com a Boeing
A Embraer fechou neste mês um acordo com a norte-americana Boeing para a formação de uma joint venture de R$ 4,75 bilhões da área de aviação comercial.
A Boeing assumirá o controle da divisão de aviação comercial, a maior geradora de receita da empresa brasileira, com participação de 80% da joint venture.
A Boeing assumirá o controle da divisão de aviação comercial, a maior geradora de receita da empresa brasileira, com participação de 80% da joint venture.
O segmento de Aviação Comercial respondeu por 60,5% da receita líquida total da Embraer, ante 52,8% um ano antes, enquanto a participação do segmento de Defesa & Segurança recuou para 2,2%, ante 17,1% em 2017, em função da queda da receita no período.
Já o segmento de Serviços & Suporte teve crescimento de 18% da receita, para R$ 918,5 milhões, respondendo por 20,3% da receita líquida da companhia, ante 13,7% no mesmo período de 2017.
Dívida e investimentos
Dívida e investimentos
A Embraer gerou R$ 175,5 milhões de fluxo de caixa livre ajustado no segundo trimestre, e no final de junho tinha uma posição de caixa de R$ 12,88 bilhões, com uma dívida bruta de R$ 15,66 bilhões.
O aumento da dívida líquida de 10,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior, para R$ 2,781 bilhões no fim de junho, refletiu a variação cambial no período, disse a empresa.
A Embraer investiu R$ 58,6 milhões no segundo trimestre, elevando o total aplicado no primeiro semestre a R$ 132,6 milhões. A empresa acredita que os gastos de capital devem aumentar no segundo semestre, mas devem ficar abaixo dos US$ 200 milhões estimados pela companhia para o ano.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Embraer tem prejuízo líquido de R$ 467 milhões no segundo trimestre
Raquel Stenzel, Reuters Publicada Em 31/07 - 07h25
SÃO PAULO (Reuters) - A Embraer registrou um prejuízo líquido atribuído aos acionistas de R$ 467 milhões no segundo trimestre, ante um lucro de R$ 200,9 milhões no mesmo período do ano passado, em um trimestre marcado pelo menor número de entregas e aumento dos custos com o desenvolvimento do cargueiro militar KC-390.
(Leia acima ...)
Embraer reforça que prevê concluir negócio com Boeing até 2019
Na véspera, empresa informou que foi intimada a se manifestar sobre uma ação movida por 4 deputados que pedem a suspensão das negociações.
G1 Publicada Em 31/07 - 12h23
A Embraer manteve a previsão de que transação com Boeing estará concluída até o fim de 2019, conforme reforçou nesta terça-feira (31), aproveitando a divulgação de seu balanço, no qual registrou um prejuízo líquido atribuído aos acionistas de R$ 467 milhões no segundo trimestre.
“A Embraer espera que esta transação seja concluída até o final de 2019, e uma vez finalizada, deverá trazer recursos significativos em caixa para reforçar o balanço patrimonial da Embraer e gerar lucros significativos aos seus acionistas”, disse a empresa brasileira.
A empresa informou que foi intimada a se manifestar sobre uma ação movida por 4 deputados que pedem a suspensão das negociações para a fusão da empresa brasileira com a Boeing. A empresa disse que “adotará todas as medidas necessárias para exercer seu direito de defesa perante o juízo competente”.
Entenda o acordo
Em 5 de julho, a companhia anunciou que assinou um acordo preliminar e não vinculante com Boeing, por meio do qual as partes estabeleceram as premissas básicas para uma potencial combinação de determinados negócios, que incluirá a criação de uma joint venture (nova empresa).
A nova empresa vai assumir os negócios de Aviação Comercial da Embraer e de suas operações relacionadas, serviços e capacidades de engenharia. A Boeing, que após o fechamento da transação, terá 80% da joint venture, pagando US$ 3,8 bilhões, enquanto a Embraer reterá uma participação de 20%.
A Embraer reiterou que manterá as unidades de negócios de Aviação Executiva e de Defesa & Segurança, bem como suas operações relacionadas, serviços e recursos de engenharia.
A fabricante destacou que as duas empresa entrarão em contratos operacionais de longo prazo envolvendo serviços de engenharia, licenças recíprocas de propriedade intelectual, acordos de pesquisa e desenvolvimento, acordo de compartilhamento e uso de certas instalações e tratamento preferencial no fornecimento de certos produtos, componentes e matérias-primas.
“Além disso, a Boeing e a Embraer avaliarão a viabilidade de investimentos conjuntos para a promoção e desenvolvimento de novos mercados e aplicações para produtos e serviços de defesa, especialmente o KC-390, em oportunidades identificadas conjuntamente”, disse a fabricante brasileira.
A Embraer e a Boeing iniciaram negociações sobre os documentos finais da transação, que orientarão de forma vinculante, a estrutura e os termos financeiros da transação em bases mutuamente satisfatórias.
A Embraer disse que, após a conclusão das diligências e da auditoria de desmembramento, e no caso da Boeing e a Embraer chegarem a um consenso sobre tais documentos definitivos da transação, as partes enviarão as aprovações necessárias para a conclusão da transação, incluindo, entre outras:
aprovação pelo governo brasileiro;aprovações pelos órgãos corporativos competentes de ambas as partes envolvidas na transação;
aprovação de autoridades antitruste.
Jungmann assina na Argentina acordo de combate ao crime organizado
A cooperação prevê troca de informações para fortalecer segurança
Monica Yanakiew Publicada Em 31/07 - 21h52
Brasil e Argentina assinaram um acordo, nesta terça-feira (31), em Buenos Aires, para unir forças no combate ao crime organizado que, segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann – “é cada vez mais transnacional e globalizado” e já não pode ser enfrentado por um país, individualmente. O documento prevê ampliar e agilizar a troca de informações entre os dois países, criando uma base de dados comum que possa ser acessada em tempo real por ambos.
“Não se combate mais o crime organizado em um espaço nacional – não há a menor chance”, disse Jungmann, em entrevista após a assinatura do acordo com a ministra de Segurança da Argentina, Patricia Bullrich. “Temos que ter ações de inteligência integradas e compartilhadas”, acrescentou.
Jungmann e Patricia Bullrich acertaram realizar uma videoconferência a cada 15 dias, para acompanhar o cumprimento do Acordo de Cooperação sobre a Troca de Informações para o Fortalecimento da Segurança, como o documento foi intitulado. O ministro brasileiro também propôs criar um fórum sobre segurança regional que inclua todos os países da América do Sul.
“Não temos uma organização sul-americana que integre as diversas seguranças”, disse Jungmann. Segundo ele, os países enfrentarão cada vez mais problemas de fronteira, em um continente que reúne grandes produtores e consumidores de drogas. “Os bandidos se organizam por WhatsApp em tempo real e nos ficamos presos na burocracia, nas regras, na diplomacia – não tem como [combater o crime]”.
Metástase
O ministro brasileiro também respondeu criticas à intervenção militar no Rio de Janeiro e comparou a cidade com Medellín – um dos centros dos cartéis de narcotráfico da Colômbia, que levou oito anos para melhorar os índices de criminalidade e violência. Mas, segundo ele, dados do Instituto de Segurança Publica (ISP) do Rio de Janeiro já apresentam uma queda em vários tipos de crime, como roubo de cargas, furtos e também homicídios. O único crime que aumentou, segundo ele, foi a letalidade policial.
O ministro defendeu a continuidade da intervenção alegando que, no Rio de Janeiro, 1 milhão de pessoas em 800 comunidades “vivem em estado de exceção, sem direitos nem garantias constitucionais, porque são controladas pelo crime organizado, as milícias e os traficantes de drogas”. Jungmann comparou a criminalidade no estado com uma “metástase”, que se multiplica e se espalha por todos os setores da sociedade. “Até recentemente, os três últimos governadores, os três presidentes de Assembleias Legislativas e seis dos sete juízes do Tribunal de Contas estavam presos”, citou.
Mas a manutenção da intervenção militar terá que ser decidida pelo próximo presidente e o governador do estado. O ministro vê um “entrave” para essa possibilidade. “Durante a intervenção, não pode emendar a Constituição e todos os presidentes têm apresentado emendas constitucionais”, lembrou. Mas, segundo Jungmann, dois terços dos cariocas aprovam a presença das Forcas Armadas.
Câmara vai analisar acordo de defesa assinado com governo espanhol
Janary Júnior Publicada Em 31/07 - 11h56
O Plenário vai analisar o acordo de cooperação na área de defesa assinado em 2010 entre o Brasil e a Espanha. Enviado à Câmara dos Deputados como mensagem presidencial (MSC 76/18), o texto do acordo foi transformando no Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 950/18.
O objetivo do pacto, segundo o governo, é promover a cooperação em assuntos relativos à defesa, especialmente nas áreas de planejamento e pesquisa militar, apoio logístico e aquisição de produtos e serviços, assessoramento em tecnologia militar, intercâmbio de experiências e treinamento militar. O Brasil tem acordos semelhantes com outros países, como Holanda, Grã-Bretanha e Ucrânia.
Atividades
As atividades de cooperações envolvem visitas de delegações de alto nível, encontros de caráter técnico, reuniões entre instituições de defesa equivalentes, intercâmbio de instrutores e alunos em centros de ensino militar, participação em cursos em entidades e instituições militares e participação em manobras e exercícios, entre outras. Os dois países estabelecerão um grupo de trabalho com o objetivo de coordenar as atividades.
O texto estabelece também que um país não poderá abrir processo civil contra membro das Forças Armadas da outra nação por danos causados no exercício das atividades previstas no acordo. Perdas ou danos causados por militares a terceiros, por imprudência, imperícia ou negligência, serão assumidos pelo país anfitrião.
Tramitação
Antes de ser votado no Plenário, o PDC 950/18 será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Bombeiros continuam buscas por pai de deputado estadual
O monomotor decolou de Porto Belo com destino a Itanhaém, em São Paulo
Letícia Lopes Publicada Em 31/07 - 11h46
Agentes do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina e da Aeronáutica continuam as buscas pelo pai do deputado estadual e pré-candidato ao governo do Rio, Pedro Fernandes, do PDT.
Os trabalhos foram retomados na manhã desta terça-feira (31).
José Ubirajara Moreira da Silva estava em um avião que caiu no mar em Santa Catarina. O acidente aconteceu na última sexta-feira (27).
O monomotor decolou de Porto Belo com destino a Itanhaém, em São Paulo.
De acordo com o Tenente dos Bombeiros Daniel Dutra, responsável pela operação, mergulhadores estão na área onde aconteceu o último contato de José Ubirajara com a torre de controle, há cerca de 8km da costa de Itajaí, onde o sonar encontrar indícios ontem (30) e hoje durante varreduras.
No fim de semana, a mala e a mochila do piloto, além de parte da fuselagem e do trem de pouso do avião foram encontrados na região de Porto Belo e Itabema.
Relações interpessoais em missões no exterior
Publicada Em 31/07 - 11h50
Relações interpessoais são difíceis de construir em qualquer tipo de ambiente, pois subjetividades e divergência de ideias, de convicções e de religião podem criar barreiras no trabalho e na convivência. Ao ser destacado para servir no exterior, o militar depara-se com novos obstáculos: a cultura do país e o contato com as diferentes forças armadas. Contudo, seriam essas dificuldades barreira ou possibilidade de crescimento pessoal e profissional?
Ao considerar a nova experiência uma oportunidade, descobre-se que os militares, em qualquer parte do mundo, são mais parecidos do que se pode imaginar. O convívio e o trabalho, lado a lado, das Forças Armadas brasileiras com as norte-americanas e com as forças dos demais países das Américas, por exemplo, proporcionam a chance de progresso e a descoberta de que há semelhança entre seus integrantes.
Não é o tamanho, a riqueza e a cultura dos países que diferenciam seus militares. Na coexistência, eles são muito parecidos: possuem desejos, medos, ansiedades e expectativas bastante similares. Carreira e sucesso são anseios de todos, em qualquer lugar. Contudo, a busca da liderança e a vontade de mostrar capacidade constituem as aspirações que mais destacam esses profissionais.
Os militares brasileiros buscam a liderança e se fazem líderes, mesmo em ambiência externa. Essa atitude mostra que eles buscam o que a Instituição tem de mais importante: a liderança. É possível ver e entender que somos líderes, sim, até mais do que acreditamos.
A segunda aspiração, não menos importante, é a vontade de mostrar eficiência, uma vez que não existe missão que não possa ser cumprida, pois militares brasileiros são iguais aos demais combatentes de outras nações. Esse é o exemplo do Exército Brasileiro em missões no exterior, como no Haiti e, no caso deste artigo, no Colégio Interamericano de Defesa, sediado no Forte McNair, em Washington (DC). Ambas são situações reconhecidas pela Instituição: militares brasileiros que sabem trabalhar em ambiente internacional.
A relação com militares estrangeiros inicia-se no momento em que cada um observa o uniforme do outro. Não importam o tom, a cor e o tipo de camuflagem. A farda é a segunda pele, por isso, há o reconhecimento mútuo da condição de militares, que possuem valores e constroem vínculos.
Dessa forma, é importante destacar que os militares brasileiros são capazes de desenvolver bons relacionamentos interpessoais em todo o mundo, com espírito de liderança e sabendo reconhecer um líder. Eles desejam mostrar competência, pois foram bem preparados no Brasil, o que, consequentemente, eleva a imagem da Força no exterior.
Ao considerar a nova experiência uma oportunidade, descobre-se que os militares, em qualquer parte do mundo, são mais parecidos do que se pode imaginar. O convívio e o trabalho, lado a lado, das Forças Armadas brasileiras com as norte-americanas e com as forças dos demais países das Américas, por exemplo, proporcionam a chance de progresso e a descoberta de que há semelhança entre seus integrantes.
Não é o tamanho, a riqueza e a cultura dos países que diferenciam seus militares. Na coexistência, eles são muito parecidos: possuem desejos, medos, ansiedades e expectativas bastante similares. Carreira e sucesso são anseios de todos, em qualquer lugar. Contudo, a busca da liderança e a vontade de mostrar capacidade constituem as aspirações que mais destacam esses profissionais.
A primeira aspiração – ser líder ou ser guiado por um – faz parte do farol que tanto se ouve falar. Na caserna, a procura desse líder é natural, não precisando ser ensinada. Nasce no momento em que se coloca o uniforme pela primeira vez, seja o militar de maior grau hierárquico, seja o de mais idade ou o que possui liderança nata.
Os militares brasileiros buscam a liderança e se fazem líderes, mesmo em ambiência externa. Essa atitude mostra que eles buscam o que a Instituição tem de mais importante: a liderança. É possível ver e entender que somos líderes, sim, até mais do que acreditamos.
A segunda aspiração, não menos importante, é a vontade de mostrar eficiência, uma vez que não existe missão que não possa ser cumprida, pois militares brasileiros são iguais aos demais combatentes de outras nações. Esse é o exemplo do Exército Brasileiro em missões no exterior, como no Haiti e, no caso deste artigo, no Colégio Interamericano de Defesa, sediado no Forte McNair, em Washington (DC). Ambas são situações reconhecidas pela Instituição: militares brasileiros que sabem trabalhar em ambiente internacional.
A relação com militares estrangeiros inicia-se no momento em que cada um observa o uniforme do outro. Não importam o tom, a cor e o tipo de camuflagem. A farda é a segunda pele, por isso, há o reconhecimento mútuo da condição de militares, que possuem valores e constroem vínculos.
Dessa forma, é importante destacar que os militares brasileiros são capazes de desenvolver bons relacionamentos interpessoais em todo o mundo, com espírito de liderança e sabendo reconhecer um líder. Eles desejam mostrar competência, pois foram bem preparados no Brasil, o que, consequentemente, eleva a imagem da Força no exterior.
Embraer diz que 1ª entrega do KC-390 à FAB está mantida para final de 2018
Letícia Fucuchima Publicada Em 31/07 - 11h11
O primeiro KC-390 deve ser entregue à Força Aérea Brasileira (FAB) até o final de 2018, conforme previsto, mas a entrada em serviço da aeronave foi postergada para 2019.
A Embraer explica que esse adiamento vem como consequência do incidente envolvendo o protótipo 001 em maio, quando a aeronave saiu da pista enquanto realizava testes de prova em solo na unidade de Gavião Peixoto (SP), com danos extensos na fuselagem e nos trens de pouso.
Conforme a empresa, em função do incidente e do esforço para minimizar o potencial impacto na campanha de certificação final militar, a FAB concordou em disponibilizar a aeronave 003 - a primeira da produção seriada - para a Embraer usá-la na conclusão da campanha de ensaio em voo, juntamente com o protótipo 002. "Como resultado, a entrada em serviço do KC-390 com a FAB, anteriormente prevista para o final de 2018, ocorrerá agora com a entrega da segunda aeronave de série (004), em 2019", escreve.
A fabricante explicou ainda que as entregas das aeronaves de série seguintes continuarão a ocorrer sem alterações das datas contratadas e reafirmou que a certificação da aeronave básica pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está prevista para o segundo semestre de 2018, conforme planejado.
De acordo com o divulgado nesta terça-feira, 31, a Embraer contabilizou em seus resultados do segundo trimestre deste ano um item especial e não recorrente de R$ 458,7 milhões, referente à revisão da base de custos do contrato de desenvolvimento do KC-390, em decorrência do incidente com o protótipo 001 ocorrido em maio.
O vice-presidente financeiro e de Relações com Investidores da Embraer, Nelson Salgado, destacou que a companhia está "bastante confiante" no replanejamento dos custos do programa KC-390, de modo que não espera novas baixas contábeis.
"Seria irresponsabilidade nossa afirmar taxativamente que não haverá mais nenhuma revisão, porque não conseguimos fazer isso em um desenvolvimento de produto como esse. Mas a nossa expectativa é de que as coisas aconteçam conforme o replanejamento que foi feito agora", disse Salgado.
O executivo destacou que o incidente ocorrido com o KC-390 foi causado por aspectos operacionais no planejamento e execução dos ensaios em voo, e não por problemas com a aeronave propriamente dita. Salgado observou que a fase final do programa pode trazer esse tipo de dificuldade, como já aconteceu "inúmeras vezes" em campanhas e ensaios de outras fabricantes e da própria Embraer.
"Estamos absolutamente tranquilos em relação às perspectivas futuras para o KC-390", frisou o executivo, acrescentando que o próprio interesse demonstrado pela Boeing no produto poderá "alavancar enormemente" as vendas do jato multimissão para mercados não considerados previamente pela Embraer.
Questionado sobre a baixa participação de Defesa & Segurança na receita líquida deste trimestre, e se isso poderia oferecer alguma oposição ao acordo com a Boeing - já que a Embraer restaria basicamente com essa divisão e a de aviação executiva -, Nelson Salgado lembrou que o pequeno share do segmento refletiu diretamente a revisão dos custos do KC-390. "Nesse segundo trimestre, tivemos que estornar mais ou menos US$ 100 milhões de receita referentes ao programa", explicou, apontando que esse efeito não recorrente irá se normalizar daqui para frente.
JANES - KC-390 problems hit Embraer Defense & Security revenues
Beth Stevenson, London Publicada Em 31/07
Embraer has reported a significant drop in year-on-year revenues in its Defence and Security business line in the second quarter of 2018 (Q2 2018) due to problems experienced in testing the Embraer KC-390.
The company has reported an 88.8% drop in revenues in Q2 of this year, with the Defence and Security division now only representing 2.7% of Embraer’s total revenues over the period, compared with 17.2% in Q2 2017.
KC-390 prototype 001 underwent a runway excursion incident in May when carrying out ground tests at the company’s Gavião Peixoto facility in Brazil. The incident caused damage to the fuselage and landing gear, creating delays to the aircraft’s development programme.
AEROFLAP - Embraer posterga a primeira entrega do KC-390 para a Força Aérea Brasileira
Publicada Em 31/07
A Embraer vai precisar de seis meses adicionais para a segunda parte do desenvolvimento do KC-390, principalmente agora que só conta com uma aeronave para testes.
Esse adiamento da primeira entrega em seis meses foi anunciado hoje pela empresa, durante uma coletiva de imprensa para apresentar os resultados financeiros do segundo trimestre.
O terceiro KC-390 produzido, e o primeiro em série, seria entregue para a Força Aérea Brasileira ainda em 2018, mas agora esse avião será integrado à frota de testes temporariamente, para cumprir as missões dada ao primeiro protótipo (001), que sofreu um novo incidente em maio deste ano, inviabilizando o uso do mesmo.
A Embraer planejava entregar o terceiro KC-390 à força aérea brasileira até o final do ano, mas a aeronave será desviada para ajudar a empresa a completar a campanha de testes de voo na ausência do primeiro protótipo. A empresa relata que 96% dos testes previstos estão concluídos.
O quarto KC-390 será agora a primeira das 28 aeronaves entregues à força aérea brasileira, em meados do primeiro semestre de 2019.
Os atrasos do projeto e as readequações de produção causaram um prejuízo não previsto ao caixa da empresa de R$ 459 milhões, no segundo trimestre de 2018.
O KC-390 ainda precisa passar por testes remanescentes de reabastecimento aéreo, lançamento de cargas e outros, visando o atingimento da Capacidade Final de Operação (Final Operational Capability – FOC), objeto da certificação militar final da aeronave.
O incidente
A Embraer foi firme em confirmar que os dois incidentes do primeiro protótipo foram meramente operacionais, sem relação com características de projeto da aeronave. A empresa provou isso falando sobre as apresentações ao público do segundo protótipo, realizadas recentemente no Farnborough Airshow 2018.
A empresa ainda afirmou que não espera mais incidentes durante esses meses restantes do desenvolvimento do KC-390, até atingir a capacidade operacional final.
Parceria com a Boeing
Recentemente a Embraer anunciou uma parceria com a Boeing para trabalhar no marketing e vendas do KC-390, com finalidade de potencializar o avião no mercado internacional, ainda dominado pelo C-130J.
Como exigido pela Força Aérea Brasileira, a Embraer ainda continuará independente na direção do programa KC-390, visto que a empresa deseja manter fatores da soberania nacional, tanto de tecnologia como de fabricação.
A parceria com a Boeing seria de vital importância para implementar o KC-390 nos países do Oriente Médio, e até mesmo nos EUA daqui alguns anos, em substituição ao Super Hercules da Lockheed Martin.
O KC-390
O Embraer KC-390 é capaz de executar diversas missões, como transporte de carga, lançamento de tropas ou de paraquedistas, reabastecimento aéreo, busca e salvamento, evacuação aeromédica e combate a incêndios, além de apoio a missões humanitárias.
A aeronave pode transportar até 26 toneladas de carga a uma velocidade máxima de 470 nós (870 km/h), além de operar em ambientes hostis, inclusive a partir de pistas não preparadas ou danificadas.
Trata-se de um projeto da Força Aérea Brasileira (FAB) que, em 2009, contratou a Embraer para realizar o desenvolvimento da aeronave.
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