|

NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 13/07/2018 / Como a parceria Boeing-Embraer pode impactar a indústria aeroespacial brasileira



#Indústria #Aviação - Como a parceria Boeing-Embraer pode impactar a indústria aeroespacial brasileira ...  


Negócio de U$ 4,75 bilhões deve criar nova empresa, com fatia menor para a Embraer. Analista e representante de fornecedores falam sobre os efeitos na indústria de aviação brasileira ...  


Flávia Silveira ...  


Boeing e Embraer anunciaram, no último dia 5 de julho, joint venture que, se aprovada, deve criar uma nova empresa avaliada em U$ 4,75 bilhões e que deterá a totalidade das operações e serviços de aviação da companhia brasileira. A Boeing ficaria com 80% da empresa, enquanto a Embraer teria a fatia restante, de 20%.

As incertezas que permeiam o acordo, ainda em elaboração, fazem com que diferentes expectativas e análises apareçam sobre os impactos desta aliança para o setor industrial aeroespacial brasileiro. De qualquer forma, o acordo pode ser considerado previsível e conveniente, segundo Adeodato Volpi Netto, estrategista-chefe da Eleven Financial, empresa de análises econômicas e financeiras.

“É uma indústria muito pouco pulverizada, com grande concentração nas quatro principais (Airbus e Bombardier, Boeing e Embraer). Com os debates do ano passado sobre a possível tarifação da Bombardier no território americano, foi natural a aproximação da Embraer com a Boeing”, considera.

No início de 2018, a canadense Bombardier venceu uma disputa comercial pleiteada pela Boeing, que pedia que fossem aplicadas tarifas maiores sobre a concorrente na venda do jato C-Series para operadoras dos EUA. A Boeing alegava ter sido prejudicada pelas vendas dos jatos a preços abaixo do mercado americano e pedia que as vendas fossem tarifadas em quase 300%, o que foi rejeitado pela Comissão de Comércio Internacional dos EUA. A queixa da Boeing foi feita em 2017, logo após a Bombardier se unir a Airbus, principal concorrente direta da Boeing.

Na avaliação de Netto, a operação resultante da união Boeing-Embraer é mais forte que a da Airbus-Bombardier, dando origem a um player mais forte. “A diferença está na forma e na velocidade de execução desta aliança em função do envolvimento público brasileiro, as regras de governança e a questão das Golden Share, que tornam tudo mais complexo e pode tornar o processo mais vagaroso”, avalia. A previsão é de que a transação seja concluída até o fim de 2019.

A proposta da Boeing é pagar U$ 3,8 bilhões pelos 80%, assumindo fatia majoritária das operações comerciais. “O número é bastante razoável, não desabona o valor da Embraer. Costumo dizer que é melhor ter 20% de um negócio que vale US$ 1.000, que 100% de um que vale US$ 100”, afirma Netto. O estrategista lembra que a aviação é uma indústria de ciclos longos, e que se pensado em prazos maiores, os valores são positivos.

“A troca entre players relevantes faz muito sentido em um setor concentrado como este. Não só na ótica comercial, mas também pensando tecnológica e operacionalmente”, acrescenta Netto. A Embraer é reconhecida globalmente pela tecnologia, engenharia e soluções que desenvolve, e, para Netto, isso não deve mudar. “Será uma troca, com evolução das duas companhias. O negócio não está sendo feito com uma empresa que nasceu ontem e sem valor reconhecido. A Boeing tem uma das principais participações no índice Dow Jones, por exemplo”, lembra.

Como ficam os fornecedores da Embraer com o acordo com a Boeing?
Em matéria publicada no último final de semana pelo jornal Valor, o diretor titular do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Cesar Augusto Andrade e Silva, demonstrou preocupação quanto aos impactos do acordo para a cadeia de fornecedores da Embraer.

Segundo Silva, das 70 empresas que atendem a Embraer, e que empregam cerca de 5 mil funcionários, apenas 10 são exportadoras. Na reportagem, o diretor do Ciesp afirma que é preciso que o governo brasileiro garanta proteção para estes fornecedores, senão “a cadeia vai morrer num curto espaço de tempo, por falta de acesso ao mercado global e de competitividade”, disse.

A preocupação de Silva, que inclusive é dono de uma empresa que fornece à Embraer, não vai de encontro com a do Brazilian Aerospace Cluster, que reúne cerca de 90 empresas da cadeia aeroespacial e de defesa, 70% delas fornecedoras da Embraer. A maioria das empresas está localizada em São José dos Campos, onde também fica a Embraer.

Marcelo Nunes, que coordena o Cluster, conta que desde que surgiram os primeiros rumores sobre a possível aliança, os empresários do setor já vinham se preparando. “Enxergamos de forma positiva, pois há uma ampliação do mercado de fornecimento de peças, aeroestruturas e serviços para um nível global, que é a capilaridade que a Boeing tem, com toda sua estrutura de manutenção, comercialização e suporte”, acredita.

Segundo Nunes, nos dez anos de existência do Cluster diversas ações foram desenvolvidas para que a indústria se aprimorasse para dar um próximo passo. Uma das parceiras neste sentido foi a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que ajuda a preparar empresas para o mercado internacional. “Temos 44 empresas, atualmente, em um programa aeroespacial se internacionalizando”, conta.

A indústria aeroespacial brasileira, de acordo com Nunes, é formada por uma grande quantidade de empresas que fornecem peças e não subconjuntos ou subsistemas, que possuem maior valor agregado. “É possível que surjam empresas maiores que façam a aquisição das menores, ou mesmo joint ventures. Com isso, talvez a gente veja no mercado o surgimento de empresas mais maduras, com capacidade de fornecer diretamente para os grandes players”, cogita.

Nunes considera o movimento de adensamento da cadeia produtiva como algo natural. “É mais simples para a empresa âncora negociar com poucos fornecedores e deixar com estes mesmos a responsabilidade de trabalhar com fornecedores menores”, completa.

O Brasil exporta, atualmente, fuselagem (“corpo” da aeronave), aeroestrutura (estruturas mais complexas que envolvem diversas peças conectadas), aviônicos (sistemas eletrônicos com software embarcados), e engenharia, de acordo com Nunes.

Uma importante questão, enquanto estratégia nacional, seria a facilitação burocrática e fiscal pelo governo federal para a importação de matéria-prima, que é, de acordo com Nunes, um dos gargalos da cadeia produtiva. Apesar de existirem instrumentos que visam facilitar, o processo é bastante burocrático, faltando, então, agilidade necessária para entrega de um produto ou peça de forma completa, seja para o mercado nacional ou para o internacional.

Nunes conta que, até então, o trâmite para a importação de matéria-prima era feito pela própria Embraer, que, pelo alto volume de compras, conseguia uma negociação mais atraente. A empresa, então, fornecia os insumos para o fabricante. “Agora, talvez, ele precise começar a fazer a negociação de importação. Muitas empresas acabam desistindo por conta de o processo ser tão burocrático”, revela.

Mas, assim como Netto, Nunes também vê o negócio entre Embraer e Boeing com bons olhos. “Será um desafio, mas as empresas já estão se preparando há um bom tempo. Agora é hora de mostrar tudo que fizemos até aqui”, diz.

“Todas as indústrias vão passar por momentos em que precisarão crescer e evoluir, isso é natural. Não gosto de pensar que é uma indústria fraca e que precisamos proteger. O que pode haver é uma seleção natural, e não um canibalismo”, finaliza Netto.

A Gazeta do Povo tentou entrevistar representantes do Ciesp, mas nenhum diretor estava disponível, segundo assessoria de imprensa do órgão.

Sindicato do metalúrgicos de posicionou contra acordo Boeing-Embraer
O memorando publicado pela Embraer também não deixou claro qual deve ser o futuro dos empregados da empresa, o que vem sendo apontado, desde o início dos rumores da negociação, como uma grande preocupação do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. Na data do anúncio, a entidade posicionou-se contra e defendeu que o acordo seja vetado.

A Embraer emprega cerca de 15 mil funcionários. De acordo com o diretor do sindicato, Herbert Claros, estima-se que cerca de 300 demissões já tenham acontecido desde janeiro. “Em nossa opinião, tem a ver com esta transação, pois não há nenhum outro motivo aparente. Não houve diminuição de produção, por exemplo”, diz. O Sindicato também não acredita que a Boeing vá priorizar os fornecedores brasileiros, e sim continuar a trabalhar com os americanos e mexicanos.

Nesta sexta-feira (13), membros de três sindicatos que representam os funcionários da Embraer se reúnem com o presidente da empresa, Paulo Cesar de Souza e Silva. “Por enquanto, queremos ouvir o que a Embraer tem a dizer sobre o assunto, já que até agora não houve diálogo com os trabalhadores”, diz Claros.

Ainda nessa semana, o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp) preferiu não divulgar nenhum posicionamento antes que as dúvidas envolvendo os funcionários sejam esclarecidas.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




REDE GLOBO


Embraer e Boeing terão que definir destino das unidades da fabricante brasileira


Publicado Em 12/07

A maior delas, em São José, vai ser repassada à nova empresa.

https://globoplay.globo.com/v/6868013/

Imagem

PORTAL G1


Força Aérea Brasileira abre 3º lote de ingressos gratuitos para Domingo Aéreo

Evento ocorre no dia 19 de agosto, das 9h às 17h, em Pirassununga (SP).

Por G1 São Carlos E Araraquara Publicado Em 12/07 - 11h41

Academia da Força Aérea (AFA) de Pirassununga (SP) abriu nesta quinta-feira (12) o terceiro lote de ingressos gratuitos para o Domingo Aéreo, que será realizado no dia 19 de agosto, das 9h às 17h. A estimativa do público é de 60 mil pessoas.
O evento reúne inúmeras atividades, como exposição de aeronaves, show aéreo com aeronaves civis, exibição da Esquadrilha da Fumaça, atrações para crianças e área com praça de alimentação.
Os ingressos podem ser adquiridos gratuitamente pelo sistema de credenciamento gratuito no site do evento. Os lotes disponíveis são:
3º Lote: 12 de julho
4º Lote: 19 de julho
Todos os lotes serão liberados a partir das 11h das datas informadas e encerram-se às 23h59 do dia 15 de agosto (horário de Brasília).
A AFA está localizada na Rodovia João Basptista Cabral (SP-225), no km 39, Jardim Bandeirantes.

PORTAL R7


Aeronaves se chocam durante curso para pilotos, em Itápolis (SP)

Testemunha relata que aeronaves teriam iniciado pouso ao mesmo tempo, quando a hélice de uma se chocou com o estabilizador da outra

Fabíola Perez E Márcio Neves, Do R7 Publicado Em 12/07 - 15h47

Duas aeronaves colidiram por volta das 7h30 da manhã desta quinta-feira (12) no Aeroclube de Itápolis, município do interior de São Paulo. 
De acordo com o depoimento de um piloto que testemunhou o acidente e preferiu não se pronunciar, uma das aeronaves estava sendo utilizada para um treinamento e o outro avião, do aeroclube, estaria em voo solo.

As duas aeronaves teriam iniciado o pouso ao mesmo tempo, quando a hélice do avião do aeroclube se chocou com o estabilizador da aeronave utilizada para o treinamento.
Com isso, ambas se chocaram e a aeronave em treinamento, que estava voando mais baixo, caiu. De acordo com a testemunha, três pessoas saíram dos aviões de pequeno porte sem ferimentos graves. O piloto relatou ainda que as pistas chegam a ter 15 aeronaves em um mesmo circuito. "É muito raro acontecer isso", relatou.

A reportagem do R7 entrou em contato com o Aeroclube de Itápolis, mas não obteve retorno até o momento da publicação da matéria. 
Pelas imagens, é possível perceber que a cabine e as asas de uma das aeronaves ficaram totalmente destruídas.
Segundo o Cenipa, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV) realizarão a chamada ação inicial da ocorrência, envolvendo as aeronaves de matrícula PR-JEA e PR-EJK.
O procedimento, segundo o órgão, é o começo do processo de investigação e tem como objetivo coletar dados, fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que observaram a sequência dos fatos.
Além disso, a investigação realizada pelo Cenipa busca prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram.

AGÊNCIA REUTERS


Aprovação do negócio entre Embraer e Boeing depende de BNDES e Previ, dizem fontes


Por Tatiana Bautzer E Carolina Mandl Publicado Em 12/07 - 07h48

SÃO PAULO (Reuters) - A Embraer está contando com os votos de acionistas de entidades próximas do setor público para superar qualquer potencial objeção de investidores à venda do controle de sua divisão de jatos comerciais para a Boeing, disseram duas fontes com conhecimento do assunto.
Dúvidas sobre o valor atribuído pela Boeing à divisão de aviação comercial da Embraer fizeram as ações da fabricante brasileira despencarem quase 15 por cento na quinta-feira passada, dia em que as empresas anunciaram a assinatura de um memorando de entendimentos, embora as ações ainda acumulem uma alta de 32 por cento desde as primeiras notícias sobre a negociação entre as companhias. O memorando atribuiu valor de 4,75 bilhões de dólares para a divisão.
Alguns acionistas minoritários da Embraer reclamaram que o acordo dá efetivamente à Boeing controle da principal unidade geradora de lucro da companhia sem a necessidade de ter de pagar um prêmio de 50 por cento estabelecido em cláusula de veneno no estatuto da empresa brasileira. Os principais acionistas estrangeiros até o momento se mantiveram calados sobre a questão.
Mas mesmo que alguns investidores se oponham ao negócio, uma cláusula pouco conhecida do estatuto da Embraer dará aos votos de acionistas brasileiros cerca de seis vezes mais peso que aqueles dos investidores estrangeiros em uma assembleia de acionistas, afirmaram as fontes.
O apoio do fundo de pensão Previ e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que juntos detêm cerca de 10 por cento da Embraer, ao negócio pode então se mostrar decisivo, disseram as fontes, ressaltando o poder de veto do governo brasileiro por meio de uma golden share na empresa.
Embraer, Boeing e Previ se recusaram a comentar a questão. O BNDES não respondeu o pedido de comentários.
A assembleia de acionistas ainda não foi marcada, mas duas pessoas próximas ao negócio acreditam que ela possa ocorrer entre setembro e outubro.

REGRA POUCO CONHECIDA
As regras do estatuto da Embraer garantem a acionistas brasileiros pelo menos 60 por cento de poder de voto em assembleias, apesar de estes investidores deterem apenas 19 por cento das ações em circulação da companhia. Cerca de metade dessa participação está nas mãos de Previ e BNDES.
O BNDES, que detém participação na Embraer por meio de seu braço de participações BNDESPar, participou do grupo de trabalho montado pelo governo para discutir o negócio entre Boeing e Embraer, junto com representantes dos ministérios da Fazenda e da Defesa, que discutiu o valor atribuído à divisão comercial da Embraer.
O presidente do BNDES, Drogo Oliveira, disse na terça-feira que a considera operação das empresas “certamente um bom negócio (para os acionistas)”.
A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, até agora não comentou publicamente sua posição em relação ao negócio.
Os principais acionistas da Embraer —Brandes Investimento Partires, BlackRock e Mondaria Investimento Partners—também podem ter sua manifestação restringida pelo estatuto a um máximo de 5 por cento do total de votos. Representantes dos três gestores de investimentos não comentaram o assunto.

RESISTÊNCIA DOS ACIONISTAS
Apesar das ações da Embraer ainda mostrarem uma valorização de 32 por cento em relação ao dia anterior do anúncio do interesse da Boeing, alguns analistas avaliam que os investidores seguem descontentes com a oferta da companhia norte-americana.
“Vemos grandes chances de os acionistas da Embraer exigirem um preço mais alto pela participação no segmento de aviação comercial, dado o valor estratégico da unidade e o baixo impacto financeiro para a Boeing”, escreveu o analista Renato Mímica, do BTG Pactua.
Um gestor de fundo que detém menos de 1 por cento das ações da Embraer, que pediu para não ser identificado para preservar sua relação com a administração da companhia, afirmou que o valor atribuído à unidade foi baixo e questionou por que outros investidores, além do BNDES, não foram consultados previamente.
Em meio à discussão prévia à assembleia, Renato Chaves, acionista com uma pequena participação e ex-diretor da Previ, encaminhou uma reclamação na semana passada à Comissão de Valores Mobiliários (COM) acusando as empresas de desenhar o negócio de maneira a evitar a cláusula de veneno do estatuto da Embraer.
A cláusula assegura uma oferta a todos os acionistas da empresa com um prêmio de 50 por cento sobre os preços de mercado se qualquer investido comprar 35 por cento ou mais da companhia brasileira.
“O que eu vejo é a Embraer vendendo 85 por cento de sua receita para a Boeing e a cláusula de veneno deveria ser aplicada”, disse Chaves. “O que eles estão fazendo é uma aquisição disfarçada para evitar a cláusula de veneno.”
De qualquer maneira, o formato atual do negócio foi exigido pelo governo brasileiro durante as discussões por meio de sua golden share, e não o inicialmente proposto pela Boeing, de uma aquisição simples da Embraer.
A COM não se pronuncia sobre queixas de investidores além de suas decisões públicas.

Presidente do BNDES diz que Embraer não vai valer muito sem Boeing


Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Embraer “não vai valer muita coisa” em alguns anos se a empresa não fizer uma aliança com a Boeing, afirmou o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, nesta quinta-feira à Reuters.

Na segunda ocasião em que defende o negócio da Embraer com a Boeing anunciado na semana passada, Oliveira afirmou que a operação será positiva para os acionistas da fabricante brasileira porque garantirá a sobrevivência e a sustentabilidade da companhia.

Embraer e Boeing anunciaram na semana passada um memorando de entendimento para um acordo futuro em que a fabricante brasileira vai vender sua principal operação, a de jatos comerciais, para a Boeing, criando uma terceira empresa que será 80 por cento controlada pelo grupo norte-americano.
O BNDES, por meio da BNDESPar, é um dos maiores acionistas da Embraer, cujo poder de voto deverá ser ampliado em uma assembleia de acionistas que decidirá se o acordo entre as duas empresas poderá seguir adiante.
Oliveira não comentou quando a assembleia de acionistas da Embraer poderá ser realizada ou a cláusula de veneno do estatuto da empresa que exige um pagamento de 50 por cento de prêmio sobre as ações da empresa em caso de uma tomada de controle.

“Hoje somos sócios de uma empresa que sem a Boeing não vai valer muita coisa em poucos anos”, disse Oliveira. Ele citou o anúncio nesta semana da companhia aérea norte-americana Jet Blue, uma das principais clientes da Embraer, que decidiu trocar sua frota de aeronaves da fabricante brasileira por modelos produzidos pela parceria Airbus-Bombardier.

GAZETA DO POVO


Como a parceria Boeing-Embraer pode impactar a indústria aeroespacial brasileira

Negócio de U$ 4,75 bilhões deve criar nova empresa, com fatia menor para a Embraer. Analista e representante de fornecedores falam sobre os efeitos na indústria de aviação brasileira

Flávia Silveira Publicado Em 12/07 - 19h57

Boeing e Embraer anunciaram, no último dia 5 de julho, joint venture que, se aprovada, deve criar uma nova empresa avaliada em U$ 4,75 bilhões e que deterá a totalidade das operações e serviços de aviação da companhia brasileira. A Boeing ficaria com 80% da empresa, enquanto a Embraer teria a fatia restante, de 20%.

As incertezas que permeiam o acordo, ainda em elaboração, fazem com que diferentes expectativas e análises apareçam sobre os impactos desta aliança para o setor industrial aeroespacial brasileiro. De qualquer forma, o acordo pode ser considerado previsível e conveniente, segundo Adeodato Volpi Netto, estrategista-chefe da Eleven Financial, empresa de análises econômicas e financeiras.
“É uma indústria muito pouco pulverizada, com grande concentração nas quatro principais (Airbus e Bombardier, Boeing e Embraer). Com os debates do ano passado sobre a possível tarifação da Bombardier no território americano, foi natural a aproximação da Embraer com a Boeing”, considera.
No início de 2018, a canadense Bombardier venceu uma disputa comercial pleiteada pela Boeing, que pedia que fossem aplicadas tarifas maiores sobre a concorrente na venda do jato C-Series para operadoras dos EUA. A Boeing alegava ter sido prejudicada pelas vendas dos jatos a preços abaixo do mercado americano e pedia que as vendas fossem tarifadas em quase 300%, o que foi rejeitado pela Comissão de Comércio Internacional dos EUA. A queixa da Boeing foi feita em 2017, logo após a Bombardier se unir a Airbus, principal concorrente direta da Boeing.
Na avaliação de Netto, a operação resultante da união Boeing-Embraer é mais forte que a da Airbus-Bombardier, dando origem a um player mais forte. “A diferença está na forma e na velocidade de execução desta aliança em função do envolvimento público brasileiro, as regras de governança e a questão das Golden Share, que tornam tudo mais complexo e pode tornar o processo mais vagaroso”, avalia. A previsão é de que a transação seja concluída até o fim de 2019.
A proposta da Boeing é pagar U$ 3,8 bilhões pelos 80%, assumindo fatia majoritária das operações comerciais. “O número é bastante razoável, não desabona o valor da Embraer. Costumo dizer que é melhor ter 20% de um negócio que vale US$ 1.000, que 100% de um que vale US$ 100”, afirma Netto. O estrategista lembra que a aviação é uma indústria de ciclos longos, e que se pensado em prazos maiores, os valores são positivos.
“A troca entre players relevantes faz muito sentido em um setor concentrado como este. Não só na ótica comercial, mas também pensando tecnológica e operacionalmente”, acrescenta Netto. A Embraer é reconhecida globalmente pela tecnologia, engenharia e soluções que desenvolve, e, para Netto, isso não deve mudar. “Será uma troca, com evolução das duas companhias. O negócio não está sendo feito com uma empresa que nasceu ontem e sem valor reconhecido. A Boeing tem uma das principais participações no índice Dow Jones, por exemplo”, lembra.
Como ficam os fornecedores da Embraer com o acordo com a Boeing?
Em matéria publicada no último final de semana pelo jornal Valor, o diretor titular do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Cesar Augusto Andrade e Silva, demonstrou preocupação quanto aos impactos do acordo para a cadeia de fornecedores da Embraer.
Segundo Silva, das 70 empresas que atendem a Embraer, e que empregam cerca de 5 mil funcionários, apenas 10 são exportadoras. Na reportagem, o diretor do Ciesp afirma que é preciso que o governo brasileiro garanta proteção para estes fornecedores, senão “a cadeia vai morrer num curto espaço de tempo, por falta de acesso ao mercado global e de competitividade”, disse.
A preocupação de Silva, que inclusive é dono de uma empresa que fornece à Embraer, não vai de encontro com a do Brazilian Aerospace Cluster, que reúne cerca de 90 empresas da cadeia aeroespacial e de defesa, 70% delas fornecedoras da Embraer. A maioria das empresas está localizada em São José dos Campos, onde também fica a Embraer.
Marcelo Nunes, que coordena o Cluster, conta que desde que surgiram os primeiros rumores sobre a possível aliança, os empresários do setor já vinham se preparando. “Enxergamos de forma positiva, pois há uma ampliação do mercado de fornecimento de peças, aeroestruturas e serviços para um nível global, que é a capilaridade que a Boeing tem, com toda sua estrutura de manutenção, comercialização e suporte”, acredita.
Segundo Nunes, nos dez anos de existência do Cluster diversas ações foram desenvolvidas para que a indústria se aprimorasse para dar um próximo passo. Uma das parceiras neste sentido foi a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que ajuda a preparar empresas para o mercado internacional. “Temos 44 empresas, atualmente, em um programa aeroespacial se internacionalizando”, conta.
A indústria aeroespacial brasileira, de acordo com Nunes, é formada por uma grande quantidade de empresas que fornecem peças e não subconjuntos ou subsistemas, que possuem maior valor agregado. “É possível que surjam empresas maiores que façam a aquisição das menores, ou mesmo joint ventures. Com isso, talvez a gente veja no mercado o surgimento de empresas mais maduras, com capacidade de fornecer diretamente para os grandes players”, cogita.
Nunes considera o movimento de adensamento da cadeia produtiva como algo natural. “É mais simples para a empresa âncora negociar com poucos fornecedores e deixar com estes mesmos a responsabilidade de trabalhar com fornecedores menores”, completa.
O Brasil exporta, atualmente, fuselagem (“corpo” da aeronave), aeroestrutura (estruturas mais complexas que envolvem diversas peças conectadas), aviônicos (sistemas eletrônicos com software embarcados), e engenharia, de acordo com Nunes.
Uma importante questão, enquanto estratégia nacional, seria a facilitação burocrática e fiscal pelo governo federal para a importação de matéria-prima, que é, de acordo com Nunes, um dos gargalos da cadeia produtiva. Apesar de existirem instrumentos que visam facilitar, o processo é bastante burocrático, faltando, então, agilidade necessária para entrega de um produto ou peça de forma completa, seja para o mercado nacional ou para o internacional.
Nunes conta que, até então, o trâmite para a importação de matéria-prima era feito pela própria Embraer, que, pelo alto volume de compras, conseguia uma negociação mais atraente. A empresa, então, fornecia os insumos para o fabricante. “Agora, talvez, ele precise começar a fazer a negociação de importação. Muitas empresas acabam desistindo por conta de o processo ser tão burocrático”, revela.
Mas, assim como Netto, Nunes também vê o negócio entre Embraer e Boeing com bons olhos. “Será um desafio, mas as empresas já estão se preparando há um bom tempo. Agora é hora de mostrar tudo que fizemos até aqui”, diz.
“Todas as indústrias vão passar por momentos em que precisarão crescer e evoluir, isso é natural. Não gosto de pensar que é uma indústria fraca e que precisamos proteger. O que pode haver é uma seleção natural, e não um canibalismo”, finaliza Netto.
A Gazeta do Povo tentou entrevistar representantes do Ciesp, mas nenhum diretor estava disponível, segundo assessoria de imprensa do órgão.
Sindicato do metalúrgicos de posicionou contra acordo Boeing-Embraer
O memorando publicado pela Embraer também não deixou claro qual deve ser o futuro dos empregados da empresa, o que vem sendo apontado, desde o início dos rumores da negociação, como uma grande preocupação do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. Na data do anúncio, a entidade posicionou-se contra e defendeu que o acordo seja vetado.
A Embraer emprega cerca de 15 mil funcionários. De acordo com o diretor sindicato Herbert Claros, estima-se que cerca de 300 demissões já tenham acontecido desde janeiro. “Em nossa opinião, tem a ver com esta transação, pois não há nenhum outro motivo aparente. Não houve diminuição de produção, por exemplo”, diz. O Sindicato também não acredita que a Boeing vá priorizar os fornecedores brasileiros, e sim continuar a trabalhar com os americanos e mexicanos.
Nesta sexta-feira (13), membros de três sindicatos que representam os funcionários da Embraer se reúnem com o presidente da empresa, Paulo Cesar de Souza e Silva. “Por enquanto, queremos ouvir o que a Embraer tem a dizer sobre o assunto, já que até agora não houve diálogo com os trabalhadores”, diz Claros.
Ainda nessa semana, o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp) preferiu não divulgar nenhum posicionamento antes que as dúvidas envolvendo os funcionários sejam esclarecidas.

MINISTÉRIO DA DEFESA


Rondonistas iniciam ações da Operação Pantanal


Texto: Juny Hugen Publicado Em 12/07 - 18h17

ImagemCampo Grande (MS) – Os 252 rondonistas, que participam da Operação Pantanal, foram recepcionados com desfile de militares e carros de combate ao chegarem em Campo Grande (MS). Os universitários, que vão atuar em 12 municípios do estado, vieram de todas as unidades da Federação, inclusive de MS.
Eles foram recebidos na Ala 5 e encaminhados para o 20º Regimento de Cavalaria Blindado da capital de Mato Grosso do Sul. As instalações do Regimento serão a base dos rondonistas durante as atividades de abertura e encerramento da operação. Antes de dar início ao trabalho, o grupo assistiu a palestras para aprenderem mais sobre o Projeto Rondon.

O coronel Martins, coordenador regional da Operação Pantanal, falou sobre a história do projeto, que teve a primeira missão em 1967, foi interrompido nos anos 80, e reativado em 2005. “O Rondon foi reativado com uma nova concepção, que é a de levar capacitação e fomentar o desenvolvimento dos municípios”, enfatizou. Além do coronel Martins, o chefe do Estado Maior do Comando Militar do Oeste, general Marcio Bessa Campos, palestrou sobre a atuação do Exército Brasileiro na fronteira Oeste.
Durante a manhã de recepção ao grupo, os participantes do projeto Rondon ainda mostraram os gritos de guerra de cada equipe e ouviram a experiência de professores coordenadores e adjuntos das Instituições de Ensino Superior (IES). Entre eles, estava o professor da PUC/RS, Denis Dockhorn. Atualmente, ele é o rondonista mais antigo na ativa. Docklom participou 19 vezes do projeto e enfatizou que “o Rondon é aprendizado”.
Outra presença de destaque no evento foi da professora da Universidade de Passo Fundo (UPF), Ana Maria Migott. Ela anunciou sua despedida do projeto, após dez anos de participação. A docente destacou que a inciativa é “fundamental para estimular e desenvolver cidadãos. Quando colocamos o chapéu, recebemos a outorga da lição de vida e cidadania. Além disso, nós recebemos a prática da cidadania”, enfatizou.
Após a cerimônia de abertura, na parte da tarde, os rondonistas retornaram à Ala 5 para conhecer as atividades desenvolvidas no local. Divididos em quatro grupos, eles foram informados sobre o trabalho da equipe de resgate e das demais atividades realizadas ali, bem como viram as aeronaves. “Os rondonistas ficaram entusiasmados em conhecer como funciona a Ala 5 e acharam muito interessante o trabalho desenvolvido”, disse a professora Daniela Rebello, responsável por coordenar as atividades do Conjunto “C” da Operação Pantanal. “A visita foi muito legal, e também mostra que ser rondonista é viver experiências novas todos os dias”, completou.

ImagemUniversitários em ação
No domingo, 8, os universitários partiram com representantes das IES deles para as cidades em que serão desenvolvidas as ações da Operação Pantanal. A acadêmica do Instituto Federal Paraná (IFPR), campus de Palmas, Alana Silveira de Lima seguiu para Bodoquena, município de cerca de 8 mil habitantes, situado na Serra da Bodoquena. Alana contou que a preparação para realizar as ações do Projeto Rondon teve início em abril. “Tivemos todo esse tempo de preparo. Quero ir lá para sensibilizar, trabalhar e mudar meus conceitos sobre a realidade”, destacou. Uma das atividades do IFPR – Palmas será desenvolver um festival cultural para a comunidade.
As equipes da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFSCPA) e da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) se deslocaram para Corumbá/Ladário com o apoio da Força Aérea Brasileira, no avião C-105, juntamente com a coordenação-geral do Projeto Rondon. Lá, foram recebidas pelo almirante Luiz Octávio Barros Coutinho, comandante do 6º Distrito Naval. Os rondonistas conheceram a estrutura do Distrito Naval e embarcaram em um de seus navios, o Monitor Parnaíba, navegando por aproximadamente uma hora pelo Rio Paraguai.

Além dos professores coordenadores e adjuntos, cada IES é acompanhada por um anjo. Trata-se de militar responsável por facilitar as ações dos rondonistas, além de orientar os professores de cada instituição de ensino em relação à segurança e à saúde dos acadêmicos voluntários.
“Nós somos a extensão dos olhos dos coordenadores regionais. Cuidamos dos estudantes para que eles trabalhem da melhor forma possível”, destacou o sargento Rondineli Stasiak, que é anjo pela segunda vez. Ele explicou que para assumir a função, os militares interessados participam de uma seleção. “É uma experiência única, tanto para os estudantes, quanto para nós”, garantiu.
Além de Bodoquena, os municípios de Bandeirantes, Corguinho, Corumbá/Ladário, Dois Irmãos do Buriti, Jaguari, Miranda, Nioaque, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso, Rochedo e Terenos recebem a Operação Pantanal.

PORTAL DEFENSA.COM (Espanha)


Brasil tendrá un satélite desarrollado por su propia industria con participación de Embraer-noticia defensa.com


Javier Bonilla Publicado Em 13/07

El contrato fue firmado por la Empresa Brasileña de Investigación e Innovación (Embrapii), el Instituto Senai de Innovación de Florianópolis (Santa Catarina) y la empresa Visiona Tecnología Espacial, joint venture de Telebrás y Embraer. El programa está presupuestado en casi 3 millones de dólares, de los cuales cerca de la tercera parte serán financiados sin reembolso por Embrapii.
Con 11 kilos, el microsatélite contará con un subsistema aún no totalmente desarrollado por Brasil, denominado Sistema de Control de Actitud y Órbita (AOCS), una radio reconfigurable y una pequeña cámara de observación de la Tierra. Las tres tecnologías serán validadas en órbita con el lanzamiento del microsatélite, previsto para ocurrir dentro de 18 meses.
Según el presidente de la Agencia Espacial Brasileña(AEB), José Raimundo Braga Coelho, se hizo una gran inversión para que el software fuera desarrollado aquí en el país, probado en vuelo y calificado para ser utilizado en otros satélites. "Todo este proceso representa la iniciativa de una empresa brasileña que actúa en el área espacial, y demuestra una actitud empresarial osada que va a ayudarla a calificarse y destacarse en el sector espacial".
Para el director de Satélites y Aplicaciones de Desarrollo de la AEB, Carlos Gurgel, "el desarrollo de ese satélite contribuirá a la consolidación de una empresa integradora de satélites en Brasil". El director de Tecnología Espacial de Visiona, Himilcon Carvalho, subrayó que ese satélite promoverá una gran evolución en la autonomía tecnológica del país. (Javier Bonilla, corresponsal del Grupo Edefa en Río de Janeiro)
JORNAL O VALE (S.J. DOS  CAMPOS -SP)


Embraer perde R$ 3,94 bilhões em valor de mercado em apenas sete dias

Ações da fabricante negociadas na Bovespa tiveram redução de 20% desde que a empresa anunciou, no dia 5 de junho, memorando de entendimento com a Boeing; desde dezembro, papéis acumulavam alta de 65% na Bolsa

Xandu Alves@xandualves10 Publicado Em 13/07 - 02h25

ImagemAs ações da Embraer desvalorizaram cerca de 20% desde que a empresa anunciou, no dia 5 de junho, um memorando de entendimento com a Boeing para vender à empresa americana 80% do segmento de aviação comercial.
Depois de negociar as ações a R$ 26,95 na Bovespa, a Bolsa de Valores de São Paulo, os papéis da fabricante brasileira registraram o menor valor na última quarta-feira, com R$ 21,57.
A derrubada das ações fez com que a Embraer perdesse R$ 3,94 bilhões em valor de mercado, caindo de R$ 19,7 bilhões para R$ 15,8 bilhões.
O movimento de queda vai na contramão da alta acumulada de 65% que a companhia registrou em suas ações após anunciar, no final de dezembro do ano passado, que estava negociando uma parceria comercial com a Boeing.
Enquanto a expectativa do negócio foi mantida, o valor de mercado da Embraer, na Bolsa de Valores, saltou de R$ 12 bilhões para R$ 19,7 bilhões.
DÚVIDAS.
No entanto, os poucos detalhes revelados pela Embraer sobre o acordo com a Boeing frustraram o mercado, que também reagiu mal à avaliação de US$ 4,75 bilhões para todo o setor da aviação comercial da Embraer na transação com os americanos. Analistas disseram que o valor foi considerado baixo.
Em cima desse valor que a Boeing irá pagar US$ 3,8 bilhões para assumir 80% da aviação comercial da Embraer.As duas companhias formarão uma joint venture, com 20% de participação da fabricante brasileira.
A nova empresa terá sede no Brasil e será liderada por uma equipe do país, mas respondendo diretamente ao presidente da Boeing, Dennis Muilenburg.
Para a Embraer, contudo, o valor é adequado e representa nada menos do que 18 anos de lucro líquido da fabricante, tomando por base o valor do ano passado.
Ou 30 anos de lucro apenas do setor da aviação comercial.
A Embraer aposta que a aviação comercial irá prosperar exponencialmente após fechar o acordo com a Boeing, em ritmo capaz de aumentar o valor de mercado da joint venture que será criada pelas duas fabricantes. A meta é ter tudo concluído até o final de 2019. "Essa parceria vai gerar um novo ciclo virtuoso para a indústria aeroespacial brasileira, com maior potencial de vendas, aumento de produção, de investimentos e exportações, geração de empregos e renda, agregando maior valor para clientes, acionistas e empregados", afirmou Paulo Cesar de Souza e Silva, presidente e CEO da Embraer.

OUTRAS MÍDIAS


OLHAR DIRETO (MT) - Janela trincada de avião estoura durante pouso de emergência em MT


Da Redação - Wesley Santiago Publicado Em 12/07 - 15h40

Os passageiros de uma aeronave que decolou do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), passaram por momentos de tensão na tarde do último dia 04 de julho deste ano. O piloto de um Piper PA-31T2 Cheyenne precisou realizar pouso de emergência em Tangará da Serra após verificar uma trinca em um vidro do avião, que estourou já no fim do procedimento.

Segundo relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), a aeronave decolou do aeroporto de Cuiabá com destino a Porto Velho (RO). Depois de uma hora de voo, já nivelado a 24 mil pés de altura (aproximadamente 7.300 metros), próximo de Tangará da Serra, os pilotos detectaram uma trinca na janela do lado do comandante.

Sendo assim, os pilotos informaram ao Centro Amazônico a situação e deram início ao procedimento de descida de emergência. Durante a descida, a trinca começou a se espalhar pelo vidro, que se desintegrou já durante o pouso no aeroporto de Tangará da Serra.

Ao todo, estavam dentro da aeronave dois pilotos e três passageiros. Nenhum deles ficou ferido na ocorrência. A aeronave pousou normalmente. As informações constam no relatório final do Cenipa.

Colisão em plantação

No dia 27 de junho deste ano, uma aeronave que decolou do Aeródromo Bom Futuro, em Cuiabá, com destino ao Aeródromo da mesma empresa em Lucas do Rio Verde, teve de fazer um pouso de emergência em uma pista desativada da cidade de Sorriso. O piloto relatou que passou mau e por isso decidiu descer. O avião (Cirrus Aircraft SR22) saiu da pista pela lateral direita e colidiu em uma plantação de milho.

TELETIME (SP) - Teles vão à Justiça e ao TCU contra contratações da Telebras sem licitação


Samuel Possebon Publicado Em 12/07 - 17h39

As operadoras de telecomunicações abriram uma verdadeira guerra contra a Telebras na frente comercial de oferta de serviços ao governo. O SindiTelebrasil, que representa as grandes operadoras do mercado e já havia contestado a contratação por inexigibilidade de licitação da estatal para a oferta do GESAC (Programa Governo Eletrônico – Atendimento ao Cidadão). Há cerca de um mês passou a questionar outros contratos da Estatal obtidos sem licitação tendo como argumento o decreto do Plano Nacional de Banda Larga (Decreto 7.175/2010) quanto o Decreto 8.135/2013 (que estabelece dispensa de licitação para comunicações de dados que possam comprometer a segurança nacional por parte da administração pública federal direta, autárquica e fundacional). E esta semana levou a disputa ao Tribunal de Contas da União, com a apresentação de duas denúncias (uma sobre o GESAC e outra sobre outros casos de dispensa de licitação).
O argumento central das teles, em todos os casos, é que a contratação sem licitação traz danos ao erário por privar o governo de uma contratação nas melhores condições possíveis, com competição plena entre os diferentes atores que poderiam oferecer os mesmos serviços, como prevê a Constituição.
Para as teles, os decretos não podem sustentar dispensa de licitação, o que depende exclusivamente de condições estabelecidas em lei. E mesmo no caso em que a dispensa de licitação aconteceu sob o argumento de segurança nacional, as operadoras privadas alegam que a Telebras presta o serviço muitas vezes utilizando-se de meios de terceiros.
O mercado de serviços ao Governo Federal é estimado pela própria Telebrás em mais de R$ 5 bilhões ao ano, e representa uma parte importante da atuação comercial das operadoras. Lembrando que o mercado de telecomunicações foi desestatizado em 1998 e estabeleceu-se um regime de plena competição. De modo que, dizem as teles, a atuação da Telebras sem licitação é uma ofensa ao próprio modelo de telecomunicações estabelecido.
Entre os outros contratos que estão sendo questionados na Justiça e junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) estão a prestações de serviços ao Comando da Aeronáutica, no valor de R$ 20,5 milhões; Agência Nacional de Transportes (ANTT), no valor de R$ 10 milhões; Ibama, no valor de R$ 7,2 milhões; Ministério do Trabalho, no valor de R$ 63 milhões; e Dataprev, no valor de R$ 290 milhões. Além, é claro, do Gesac, de mais de R$ 660 milhões.
No caso do Gesac, que questiona tangencialmente também o acordo da Telebras com a Viasat (pois a Viasat é que será responsável por fornecer os equipamentos que permitirão à estatal a prestação dos serviços), a ação judicial não resultou em liminar na primeira instância e também houve recurso para suspensão do contrato no TRF negado, mas o mérito ainda não foi julgado. No caso das demais contratações, a ação pede suspensão liminar mas ainda não houve decisão. No Tribunal de Contas da União, a primeira denúncia foi encaminhada no último dia 10 e uma nova denúncia deve dar entrada ainda esta semana. Não houve manifestaçao do TCU, portanto.

EM TEMPO (AM) - Votação pela LDO deve aumentar recursos para infraestrutura aviária

O objetivo é dar continuidade e concluir as obras de construção e recuperação dos aeroportos em toda região amazônica

Em Tempo Publicado Em 12/07 - 14h24

Manaus - Na última votação das emendas parlamentares para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), o deputado estadual Pauderney Avelino (DEM) incluiu a destinação de recursos ao Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC). O objetivo é dar continuidade e concluir as obras de construção e recuperação dos aeroportos em toda região amazônica.
A ação é responsabilidade da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (Comara). Até 2004, o Departamento de Aviação Civil, subordinado ao Comando da Aeronáutica, fazia a gestão do fundo aeroviário. Parte dos recursos deste fundo era destinado à Comara.

Com a criação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), porém, várias mudanças ocorreram dentre elas a implantação do Fundo Nacional de Aviação Civil, passando a dar prioridade para construção e recuperação de aeroportos de interesse civil e deixando de depositar dinheiro à comissão.
Pauderney explicou sua decisão afirmando que a infraestrutura aviária é essencial na Amazônia, devido a grande quantidade rios. “É fundamental manter a verba para a Comara. As distâncias entre os municípios da Amazônia são continentais. As estradas são os rios, que demandam dias de navegação. Então, em muitos casos, só temos o avião como meio de transporte viável. Em especial, para o atendimento médico de pacientes que precisam de urgência no deslocamento de uma cidade para outra”, justificou.
“A manutenção das pistas que já existem é muito importante, porque a Amazônia se localiza numa região que liga muitos estados e países. Portanto, é uma alternativa para casos de panes que necessitem de pouso emergencial”, ponderou.
Histórico
Em 2017, por exemplo, a Comara recebeu apenas R$7,6 milhões para obras em toda região, mas com esse valor está sendo possível tocar apenas a obra de uma pista. Para manter a média de 4 a 6 pistas em obras é necessário um fluxo anual de pelo menos R$100 milhões.
“Os custos são altíssimos para se construir uma pista de pouso. É necessário transportar todo material de construção na época da cheia e fazer a obra durante a seca, e isso deixa a logística bem mais complicada. Preservar recursos para essas pistas no Amazonas significa evitar o colapso de um modal tão caro para os habitantes de uma região carente”, concluiu Pauderney.
De acordo com a Comara, ao longo dos últimos 60 anos, já foram construídas 182 pistas na Amazônia. Nos anos 1950 só existiam 17 pistas em operação, sendo apenas 3 pavimentadas.



Leia também:









Receba as Últimas Notícias por e-mail, RSS,
Twitter ou Facebook


Entre aqui o seu endereço de e-mail:

___

Assine o RSS feed

Siga-nos no e

Dúvidas? Clique aqui




◄ Compartilhe esta notícia!

Bookmark and Share






Publicidade






Recently Added

Recently Commented