NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 18/05/2018 / Indústria de drones decola no Brasil
Indústria de drones decola no Brasil ...
Lino Rodrigues ...
São Paulo — Com mais de 40 mil drones registrados nos órgãos reguladores e outros 60 mil voando sem registro (a maioria de uso recreativo), a indústria de drones comerciais no Brasil emergiu do marasmo e, depois da regulamentação em maio do ano passado, está crescendo rapidamente.
Em 2017, a cadeia produtiva de drones no país movimentou R$ 300 milhões, 50% a mais que no ano anterior. Hoje, já são mais de 700 empresas, aí incluídos fabricantes, importadores e fornecedores de componentes e serviços.
A previsão é dobrar de tamanho nos próximos dois anos. “Até 2017, o mercado estava retraído porque não havia segurança jurídica. Grandes empresas públicas e privadas deixavam de utilizar drones por falta de regulamentação”, diz Emerson Zanon Granemann, diretor da MundoGeo, organizadora da Droneshow, feira anual do setor, que aconteceu esta semana, em São Paulo.
A previsão é dobrar de tamanho nos próximos dois anos. “Até 2017, o mercado estava retraído porque não havia segurança jurídica. Grandes empresas públicas e privadas deixavam de utilizar drones por falta de regulamentação”, diz Emerson Zanon Granemann, diretor da MundoGeo, organizadora da Droneshow, feira anual do setor, que aconteceu esta semana, em São Paulo.
Para o executivo, é consenso que os drones estão trazendo melhorias em praticamente todas as áreas e deixando o segmento recreativo para crescer nas aplicações empresariais e de segurança. No feriado de 1º de Maio, quando um incêndio de grandes proporções fez ruir o edifício Wilton Paes de Almeida, no Centro da capital paulista, os drones entraram em ação sobrevoando os escombros atrás de sobreviventes. Eles também foram usados pelos engenheiros na avaliação externa dos prédios vizinhos ao Wilton Paes, que foram afetados pelo fogo.
“Foi uma forma de avaliar com segurança se não houve danos estruturais aparentes nos prédios afetados pelo calor antes que as equipes técnicas entrassem nos locais”, disse o guarda-civil metropolitano Richard Mariano, diretor da DronePol, departamento para gerenciar os drones criado no ano passado pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana de São Paulo para apoiar as ações da Guarda Civil Metropolitana (GMC) na cidade.
Salvamento
Salvamento
O departamento recebeu o primeiro kit com cinco drones, em uma parceria com a chinesa Dahua, ao custo de R$ 650 mil. Nesta semana, outros dois também foram doados pelas empresas. Um deles, da gaúcha SkiDrone, equipado com um sistema de boia que infla no contato com a água, será usado nas ações de salvamento nas represas da cidade. O outro, também da Dahua, carrega uma câmera com reconhecimento facial com a função de identificar criminosos em áreas públicas, além de ser utilizado em operações da GCM na “cracolândia paulistana”, local com grande concentração de usuários de drogas no centro de São Paulo.
A chinesa Dahua chegou ao Brasil há dois anos como fornecedora de equipamentos e soluções de segurança eletrônica. Durante a Olimpíada do Rio, a empresa forneceu duas mil câmeras ao governo brasileiro para monitoramento dos jogos. A área de drones é uma nova aposta da companhia, que espera comercializar pelo menos 50 unidades no mercado brasileiro em 2018. Os equipamentos têm preços a partir de US$ 100 mil. A experiência em São Paulo abriu as portas em outros estados como Rio Janeiro, Minas Gerais e Brasília, onde foram abertas negociações.
“Brinquedo”
A maior aceitação dos drones no cotidiano das empresas é o que tem movido a Santos Lab, que há 10 anos vem atendendo empresas comerciais e agrícolas nas atividades de mapeamento e imagens aéreas. A empresa nasceu de projeto de faculdade de seu fundador, Gabriel Klabin, que “gostava (e ainda gosta) de tudo que voa”.
Durante teste de voo de um de seus drones, no Rio de janeiro, um oficial da Marinha se interessou pelo “brinquedo” e pediu para ele fazer uma demonstração para outros oficiais. Depois da apresentação aos militares, saiu com três pedidos e a promessa de que iria montar uma empresa para formalizar a parceria com a Marinha.
Em pouco tempo, o “Carcará”, nome dado ao primeiro equipamento da Santos Lab, já fazia parte dos treinamentos dos marinheiros brasileiros no litoral do Rio de Janeiro e, mais recentemente, das operações contra o tráfico de drogas nas favelas cariocas. Ainda na fase de pré-regulamentação do setor, e já com 30 pessoas trabalhando na empresa, Klabin percebeu que era hora de expandir os negócios e tirar o foco da área militar.
“A área militar nos deu muitas horas de voo. Há dois anos começamos a adaptar as plataformas de software e hardware para a área civil. Aproveitamos também para nos reestruturarmos”, contou ele, lembrando que, no ano passado, foi inaugurado o laboratório de pesquisa e desenvolvimento para apoiar as aplicações com algoritmos próprios que serão utilizados em equipamentos para o mundo empresarial.
“Tudo que estamos fazendo é para dar informações e resultados para os clientes. Tem muita gente comprando drone sem nem saber como será usado”, reforça o CEO da Santos, Bruno Teixeira, salientando que o foco será atender clientes dos setores da agricultura e de óleo e gás, que estão vivendo um bom momento.
A SkyDrones também quer aproveitar a nova onda. Com fabricação própria de drones e parcerias com grandes multinacionais como a gigante chinesa DJI, a empresa tem planos de desenvolver uma rede de franquias para atender esse mercado em todo o país. Com sede em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, ela quer crescer criando soluções alternativas que serão levadas pelos drones e aplicadas no mundo real, como o caso da boia desenvolvida para equipar drones no socorro a vítimas de afogamentos. “O drone já é uma commodity. O interessante será criar e desenvolver soluções que atendam às necessidades de uma sociedade cada vez mais tecnológica”, afirma Francisco Nogara, sócio da SkyDrone.
A origem dos nomes
Drone
O termo drone é apenas um nome genérico. Drone (em português: zangão, zumbido) é um apelido informal, originado nos EUA, que se difundiu no mundo para nomear todo e qualquer objeto voador não tripulado, seja profissional, recreativo, militar ou comercial.
Vant
Veículo Aéreo Não Tripulado é a terminologia oficial prevista pelos órgãos reguladores brasileiros do transporte aéreo para definir este escopo de atividade. No Brasil, segundo a legislação pertinente (Circular de Informações Aéreas AIC N. 21/10), caracteriza-se como Vant toda aeronave projetada para operar sem piloto a bordo, de caráter não recreativo e que possui carga útil embarcada.
RPA
Em português, Aeronave Remotamente Pilotada. Nessa condição, o piloto não está a bordo, mas controla a aeronave remotamente de uma interface qualquer (computador, simulador, dispositivo digital, controle remoto etc.).
Legislação tenta barrar ilegais
Garantir a segurança do espaço aéreo é um dos principais desafios enfrentados atualmente por órgãos reguladores e pelos fabricantes. É claro que ainda falta infraestrutura para ajudar as autoridades a aplicar as regras estabelecidas pela legislação e rastrear comportamentos ilegais.
Voar perto de prisões, aeroportos ou outras áreas de risco é proibido. Todos os voos em áreas urbanas não devem superar a altura de 30 metros, e é necessário autorização do Decea, órgão da Aeronáutica responsável pelo controle do espaço aéreo brasileiro. Drones acima de 250 gramas precisam ser registrados no Sistema de Aeronaves Não Tripuladas (Sisant), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e os pilotos precisam de habilitação.
O Decea recebe cerca de 250 solicitações de voos por dia em todo o país. As autorizações demoram de dois até 18 dias para serem concedidas, dependendo do tipo e localização do voo. Órgãos de segurança pública, dos governos federal, estadual, municipal e militares não precisam de autorização prévia.
Além das questões de privacidade, danos às pessoas e propriedades, as autoridades têm uma preocupação especial com os aeroportos. Em dezembro do ano passado, um drone invadiu o espaço aéreo do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, afetando o pouso e decolagem de 41 aeronaves. O terminal, o mais movimentado do país, ficou fechado por duas horas. “Não podemos perder o controle desse mercado de drones”, afirma o tenente-coronel Jorge Vargas, do Decea.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Temer diz que militares lutaram pela democracia e regimes fechados `lá atrás´
Na data de um ano da revelação das gravações de Joesley, presidente evita o assunto
Cristiane Jungblut Publicado Em 17/05/2018 - 17h49
BRASÍLIA - O presidente Michel Temer destacou nesta quinta-feira o papel dos militares na defesa da democracia durante a Segunda Guerra Mundial, ao discursar na abertura da cerimônia "Entre a Saudade e a Guerra", sobre a participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Ao lado de representantes das Forças Armadas, Temer disse que "lá atrás" a FEB teve papel no combate em favor da democracia contra um regime autoritário que a Alemanha tentava implantar em toda a Europa. A declaração ocorre num momento em que surgiram documentos da CIA revelando que o então presidente Ernesto Geisel sabia da morte de 104 opositores.
— Foi para isso que foram à Itália, para lutar pela democracia. Foram combater em nome da democracia. Relembrar este fato é fundamental para saber que o Brasil lá atrás, em 1943, em 1945, ajudou a restaurar a democracia — disse Temer.
Temer fez questão de dizer que a exposição era o principal fato do dia, sem fazer qualquer referência ao fato de nesta quinta-feira completar um ano que O GLOBO revelou que o empresário Joesley Batista gravou conversas comprometedoras com o próprio presidente da República.
— O dia de hoje está marcado por essa solenidade — disse Temer.
Ao lado dos militares, Temer disse que "cada momento histórico exige um esforço" do governante.
— Cada momento histórico exige um esforço dos brasileiros, em particular de quem governa. Não há homenagem alguma que seja bastante para exaltar aqueles que enfrentaram a morte em nome da liberdade, que combateram regimes autoritários, fechados, em nome da democracia — disse Temer.
O presidente inaugurou a exposição no Palácio do Planalto, com fotografias, cartas e documentos sobre os expedicionários brasileiros. Ele percorreu a exposição ao lado do veterano da FEB, coronel Nestor da Silva, de 101 anos.
Temer evitou aproximação com a imprensa, fazendo apenas um sinal de positivo.
— À medida em que o tempo passa, a memória da FEB se torna mais cara ao Brasil; sempre há de inspirar um profundo sentimento de respeito — disse ele.
Planalto faz caça ao tesouro por presentes dados a Lula e Dilma
Investigação foi aberta há dez dias e encontrou 390 peças no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo
Robson Bonin E Karla Gamba Publicado Em 18/06/2018 - 4h30
BRASÍLIA — O Palácio do Planalto abriu há dez dias uma investigação para identificar o paradeiro de 712 itens registrados no acervo da Presidência da República que teriam desaparecido durante os governos dos ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. As buscas foram determinadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em 2016, a partir de uma lista de presentes recebidos pelos dois em eventos oficiais durante seus mandatos. Quando deixam o Planalto, ex-presidentes só podem levar itens de natureza estritamente pessoal e não objetos entregues em função do cargo que ocuparam.
Depois de um longo processo de catalogação de milhares de objetos que integram o patrimônio presidencial, o Planalto abriu o procedimento no dia 7 deste mês para ir a campo localizar as peças que estariam em poder dos ex-presidentes. A comissão decidiu começar as diligências pelos locais onde foram guardados os bens pessoais do ex-presidente Lula a partir de sua saída do Palácio do Planalto, em 31 de dezembro de 2010. Além dos artigos relacionados ao petista, o Planalto vai utilizar um avião da Força Aérea Brasileira para resgatar 144 artigos ligados a Dilma Rousseff que já foram separados pelos assessores da ex-presidente.
Desde o início da semana passada, um grupo de servidores do Planalto vem vasculhando centenas de caixas guardadas no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo com os bens pessoais de Lula para localizar cerca de 568 objetos desaparecidos. Desse total, os servidores já encontraram 390 peças que serão reintegradas ao patrimônio presidencial.
Entre esses itens, estão três peças — uma delas um vaso chinês — que integram o acervo do Museu de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Segundo assessores do Planalto, depois de identificadas, as peças já teriam sido devolvidas ao museu. Fazem parte dessa lista de bens a serem reincorporados ao patrimônio público “documentos bibliográficos e museológicos recebidos pelos presidentes da República em cerimônias de troca de presentes com chefes de Estado”, tanto no Brasil quanto no exterior.
ATÉ FAIXA PRESIDENCIAL DESAPARECEU
Em 2016, quando o presidente Michel Temer assumiu o governo, assessores foram destacados para fazer um amplo levantamento nos bens da Presidência. O resultado da varredura tornou-se objeto de julgamento do TCU, que determinou as buscas das peças desaparecidas. Entre 4,5 mil itens do patrimônio da Presidência de paradeiro desconhecido, o levantamento apontava para o sumiço até de uma faixa presidencial. Localizada dias depois, a faixa estava sem o broche de ouro e diamante que fazia parte da peça. Após o Palácio ter anunciado a abertura de uma investigação, a joia apareceu sob um dos armários do Planalto. A lista de objetos desaparecidos também inclui obras de arte, utensílios domésticos, peças de decoração, material de escritório e computadores.
Em março de 2016, a Lava-Jato localizou um cofre numa agência bancária em São Paulo no qual o ex-presidente Lula guardava presentes recebidos durante os oito anos de Presidência. Dentro da sala estavam guardados 186 itens, entre moedas e joias. O cofre está no nome da ex-primeira-dama Marisa Letícia e no de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do casal. Segundo o relato de funcionários do banco aos policiais federais, as peças chegaram ao local em 23 de janeiro de 2011. Entre as peças armazenadas no cofre, estão moedas de ouro com símbolos do Vaticano, uma imagem de santa trabalhada em prata e pedras preciosas, um crucifixo de madeira, um camelo de ouro e uma adaga dourada com empunhadura de marfim cravejada de rubis.
Na ocasião, o Instituto Lula informou que, quando Lula deixou governo, “a Presidência da República catalogou todos os objetos de seu acervo e providenciou a mudança para São Paulo”. Segundo a entidade, “todos os objetos listados (no Banco do Brasil) estão guardados, preservados e intocados.” A lei determina que os presentes trocados entre chefes de Estado sejam incorporados ao patrimônio da União. Entre os objetos extraviados, há computadores, equipamentos de segurança, peças da coleção de prataria palaciana, tapetes persas, porcelana chinesa, pinturas de artistas brasileiros. Apenas no Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência, foi constatado o sumiço de 391 objetos. Já na Granja do Torto, uma espécie de casa de campo que fica à disposição dos presidentes, foram mais 114 bens.
O prejuízo estimado chegaria a R$ 5,8 milhões. “Há clara negligência da Secretaria de Administração da Presidência da República na guarda dos bens patrimoniais”, diz o relatório elaborado pelo TCU.
FORMULÁRIO TENTA PADRONIZAR ENTREGAS
Para comprovar as irregularidades apontadas na auditoria, o TCU procurou nos órgãos de controle de patrimônio e nos arquivos do Ministério das Relações Exteriores os registros de viagens oficiais dos presidentes ao exterior e de visitas de líderes mundiais ao Brasil. Com base em fotos e relatórios diplomáticos constataram-se várias ocasiões em que os presentes recebidos por Lula e Dilma foram incorporados aos seus bens pessoais.
Em função do episódio, os ministros do tribunal determinaram que o gabinete presidencial, o cerimonial do Planalto e o cerimonial do Ministério das Relações Exteriores passassem a utilizar um formulário para registrar todos os “presentes” recebidos pelos presidentes em eventos oficiais. A Casa Civil também foi instada pelo tribunal a promover estudos “para aperfeiçoar a legislação que regulamenta os acervos documentais privados dos presidentes da República”.
Com crescimento de homicídios, sensação de insegurança persiste
Números do ISP mostram que, mesmo sob intervenção federal desde fevereiro, o Rio continua enfrentando uma escalada de mortes violentas
Carina Bacelar E Renan Rodrigues Publicado Em 18/05/2018 - 04h30
RIO - Ela aproveitou a hora do almoço para sair às pressas do supermercado onde trabalhava, na Tijuca. Precisava, em um intervalo de uma hora, enfrentar fila de banco, sacar dinheiro e fazer algumas compras numa papelaria. Ágil, Valdiza Mota Souza, de 60 anos, conseguiu completar suas tarefas, mas não voltou para casa. Foi morta por bandidos que tentavam assaltar a loja onde estava, justamente no momento em que se dirigia para a porta. Baleada no peito, Valdiza entrou para a estatística de homicídios dolosos cometidos mês passado no estado. Números do Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgados nesta quinta-feira mostram que, mesmo sob intervenção federal desde fevereiro, o Rio continua enfrentando uma escalada de mortes violentas.
Em abril, o total de homicídios dolosos cresceu 8,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. No total, foram 475 casos — 39 a mais. Na mesma comparação, o indicador de letalidade violenta, que reúne, além dos homicídios dolosos, os decorrentes de intervenção policial, latrocínio e lesões corporais seguidas de morte, aumentou quase 10%. Foram 592 casos, contra 539 em 2017. As mortes ocorridas durante confrontos com a polícia tiveram um incremento de 26%, na mesma comparação.
O balanço do ISP revelou que também houve ganhos no período. Os roubos de celulares caíram 16,5% em abril, em relação ao mesmo mês do ano passado. Os de veículos tiveram uma melhora de 4,8%, e os de carga, reduziram 13,6%. Mas, diante de tantas vidas perdidas, os indicadores que registraram avanços não foram suficientes para resgatar a combalida sensação de segurança da população, que ficou chocada, nos últimos dias, com o assassinato de Soraia Macedo, de 17 anos, baleada na cabeça mesmo após ter entregue seu celular a bandidos na Ilha do Governador; com o caso de um bebê de 6 meses baleado no colo da mãe dentro de um colégio no Cosme Velho, e com a morte de um idoso na Rocinha, atingido por bala perdida.
SENSAÇÃO DE INSEGURANÇA PERMANECE
Para especialistas em segurança pública ouvidos pelo GLOBO, a intervenção federal ainda não teve sucesso no combate à violência, alimentada não só pelo incremento de mortes violentas, mas pela explosão de tiroteios e arrastões. De acordo com o site Fogo Cruzado, a Região Metropolitana registrou 2.309 tiroteios desde que o presidente Michel Temer decretou a intervenção (foram 1.842 nos três meses imediatamente anteriores). Ao todo, desde que o decreto de intervenção foi assinado, 27 pessoas foram atingidas por balas perdidas, e três morreram.
— O carioca está desesperado, desanimado. Essa sensação de frustração aumenta toda a sensibilidade negativa em relação à violência — avalia a professora de criminologia da UniRio Elizabeth Sussekind, que diz que a intervenção não poderia, num período curto, reduzir os homicídios. — As promessas da intervenção não foram bem medidas, e ela não poderia mesmo entregar esse tipo de redução (de mortes violentas). O que ela poderia entregar, e não entregou, era um controle maior de fronteiras no Rio, um alívio nos tiroteios, menos invasões de comunidades. Só isso.
Para a cientista social Silvia Ramos, coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) da Universidade Candido Mendes e integrante do Observatório da Intervenção Federal, a situação do Rio continua preocupante.
— Após três meses de intervenção, a análise de indicadores de distintas fontes revela que a violência continua em níveis muito preocupantes. O comando da intervenção não fez as mudanças prometidas, pelo contrário, alguns padrões históricos das políticas de segurança se agravaram, como a manutenção das operações policiais violentas, as violações aos direitos dos moradores de favelas e a corrupção — opina Silvia.
A especialista defende que é preciso comparar os meses sob vigência da intervenção com os imediatamente anteriores, nos quais o estado se via acometido por uma violência sem precedentes.
— Nós olhamos mais para a comparação com os meses anteriores ao decreto, pois, em 2017, atingimos uma curva máxima de violência em anos. E essa violência chegou a níveis altíssimos em dezembro, janeiro e fevereiro. Então, esperava-se um alívio em março e abril — pondera Silvia.
O mês de abril, por exemplo, registrou mais casos de alguns crimes do que janeiro, o único mês do ano que não teve qualquer ação da intervenção, já que ela ainda não havia sido decretada. Foi o caso dos homicídios, que no primeiro mês do ano chegaram a 469. Roubos a aparelhos celulares também subiram, segundo esse parâmetro — 2.103, em abril, contra 2.053, em janeiro). Outras ocorrências melhoraram na mesma comparação de períodos: foram os casos dos roubos a transeuntes (7.602 contra 7.829) e roubos de carga (892 em abril, e 977 em janeiro).
Em nota, o Gabinete de Intervenção Federal informou que “está empenhado em reduzir progressivamente os índices de criminalidade”. Além disso, afirmou que os “dados divulgados comprovam que as medidas emergenciais e estruturantes que vêm sendo tomadas estão surtindo efeito”. Índices que impactam diretamente na sensação de segurança da população — caso do roubo de veículo, roubo de carga e roubos de rua — apresentam redução em abril”.
Mortes violentas e roubos de rua se mantêm elevados mesmo com intervenção no Rio
Hanrrikson De Andrade E Paula Bianchi Publicado Em 17/05/2018 - 13h53
Os indicadores estratégicos da Secretaria de de Segurança Pública do Rio de Janeiro em relação a mortes violentas e roubos de rua se mantiveram elevados nos meses de março e abril deste ano, período em que a intervenção federal no Estado completou dois meses.
Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (17) pelo ISP (Instituto de Segurança Pública), em comparação com o mesmo bimestre do ano passado, o estado registrou 34 mortes violentas a mais em 2018 --1.228, no total, com aumento de 3%.
Já em relação aos roubos de rua, em março e abril deste ano, foram 283 ocorrências a mais (22.289, com variação de 1%). As estatísticas de 2017 podem estar abaixo dos índices reais, pois a Polícia Civil fluminense realizou uma greve de janeiro e março de 2017. Nesse período, apenas as ocorrências consideradas mais graves foram registradas.
O indicador relativo à letalidade violenta abrange quatro crimes: homicídio doloso, homicídio decorrente de intervenção policial (mortos pela polícia), latrocínio (roubo seguido de morte) e lesão corporal seguida de morte. Os roubos de rua representam o somatório de roubo a transeunte, roubo de celular e roubo em ônibus. Ambos os indicadores contribuem para mensurar a sensação de segurança da população.
Março e abril deste ano são os primeiros meses completos da intervenção federal no RJ no escopo estatístico do ISP. Ou seja, mesmo com a intervenção, é possível observar que os indicadores estratégicos pouco oscilaram.
O decreto que transferiu para a União a gestão da segurança pública fluminense foi publicado pelo presidente Michel Temer (MDB) em 16 de fevereiro. Desde então, o comando foi transferido para o GIF (Gabinete de Intervenção Federal) e para o CML (Comando Militar do Leste), que atuam em parceria com as polícias Civil, Militar e Federal, com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), com a Guarda Municipal e outros órgãos.
A partir da transferência de gestão, os militares passaram a coordenar e executar operações de combate à criminalidade, além de reforçar o patrulhamento nas ruas e realizar inspeções em batalhões e outras unidades das forças policiais do Estado.
Em abril, queda de roubos de carga e de veículos
A pesquisa também mostra que, pela primeira vez neste ano, houve uma redução do número de roubo de veículo no Estado. As delegacias registraram 4.647 casos em abril, o que representa queda de 4,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado quando houve 4.891.
Em relação a março de 2018, a polícia observou redução de cerca de 13% no indicador de roubo de veículo. A área que integra as cidades de Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis e Duque de Caxias, todas na Baixada Fluminense, foi a que teve a maior queda.
O estudo indica ainda que os roubos de carga caíram cerca de 13% na comparação entre abril de 2018 e abril de 2017. O combate a roubos de carga é um dos focos da equipe de intervenção.
Já o indicador de mortes pela polícia manteve tendência observada nos meses anteriores, crescendo 26% em abril em relação ao mesmo mês do ano passado.
Veja a seguir os indicadores de abril que tiveram alta ante o mesmo mês de 2017:
• Homicídio doloso – aumento de 8,9% (436 em abril de 2017 – 475 em abril de 2018)
• Letalidade violenta – aumento de 9,8% (539 em 2017 – 592 em 2018)
• Homicídio decorrente de oposição à intervenção policial – aumento de 26,3% (80 em 2017 – 101 em 2018)
• Letalidade violenta – aumento de 9,8% (539 em 2017 – 592 em 2018)
• Homicídio decorrente de oposição à intervenção policial – aumento de 26,3% (80 em 2017 – 101 em 2018)
Registraram redução em relação a abril do ano passado os seguintes indicadores:
• Policiais civis e militares mortos em serviço – redução de seis vítimas (7 em 2017 – 1 em 2018)
• Latrocínio – redução de oito vítimas (22 em 2017 – 14 em 2018)
• Roubo de veículo - redução de 4,8% (4.891 em 2017 – 4.657 em 2018)
• Roubo de rua - redução de 12,6% (12.654 em 2017 – 11.057 em 2018)
• Roubo de carga - redução de 13,6% ante abril de 2017 (1.032 em 2017 – 892 em 2018)
• Roubo a residência - redução de 18,9% ante abril de 2017 (127 em 2017 – 103 em 2018)
• Latrocínio – redução de oito vítimas (22 em 2017 – 14 em 2018)
• Roubo de veículo - redução de 4,8% (4.891 em 2017 – 4.657 em 2018)
• Roubo de rua - redução de 12,6% (12.654 em 2017 – 11.057 em 2018)
• Roubo de carga - redução de 13,6% ante abril de 2017 (1.032 em 2017 – 892 em 2018)
• Roubo a residência - redução de 18,9% ante abril de 2017 (127 em 2017 – 103 em 2018)
Indústria de drones decola no Brasil
Lino Rodrigues Publicado Em 17/05/18
São Paulo — Com mais de 40 mil drones registrados nos órgãos reguladores e outros 60 mil voando sem registro (a maioria de uso recreativo), a indústria de drones comerciais no Brasil emergiu do marasmo e, depois da regulamentação em maio do ano passado, está crescendo rapidamente.
Em 2017, a cadeia produtiva de drones no país movimentou R$ 300 milhões, 50% a mais que no ano anterior. Hoje, já são mais de 700 empresas, aí incluídos fabricantes, importadores e fornecedores de componentes e serviços. A previsão é dobrar de tamanho nos próximos dois anos. “Até 2017, o mercado estava retraído porque não havia segurança jurídica. Grandes empresas públicas e privadas deixavam de utilizar drones por falta de regulamentação”, diz Emerson Zanon Granemann, diretor da MundoGeo, organizadora da Droneshow, feira anual do setor, que aconteceu esta semana, em São Paulo.
Para o executivo, é consenso que os drones estão trazendo melhorias em praticamente todas as áreas e deixando o segmento recreativo para crescer nas aplicações empresariais e de segurança. No feriado de 1º de Maio, quando um incêndio de grandes proporções fez ruir o edifício Wilton Paes de Almeida, no Centro da capital paulista, os drones entraram em ação sobrevoando os escombros atrás de sobreviventes. Eles também foram usados pelos engenheiros na avaliação externa dos prédios vizinhos ao Wilton Paes, que foram afetados pelo fogo.
“Foi uma forma de avaliar com segurança se não houve danos estruturais aparentes nos prédios afetados pelo calor antes que as equipes técnicas entrassem nos locais”, disse o guarda-civil metropolitano Richard Mariano, diretor da DronePol, departamento para gerenciar os drones criado no ano passado pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana de São Paulo para apoiar as ações da Guarda Civil Metropolitana (GMC) na cidade.
Salvamento
Salvamento
O departamento recebeu o primeiro kit com cinco drones, em uma parceria com a chinesa Dahua, ao custo de R$ 650 mil. Nesta semana, outros dois também foram doados pelas empresas. Um deles, da gaúcha SkiDrone, equipado com um sistema de boia que infla no contato com a água, será usado nas ações de salvamento nas represas da cidade. O outro, também da Dahua, carrega uma câmera com reconhecimento facial com a função de identificar criminosos em áreas públicas, além de ser utilizado em operações da GCM na “cracolândia paulistana”, local com grande concentração de usuários de drogas no centro de São Paulo.
A chinesa Dahua chegou ao Brasil há dois anos como fornecedora de equipamentos e soluções de segurança eletrônica. Durante a Olimpíada do Rio, a empresa forneceu duas mil câmeras ao governo brasileiro para monitoramento dos jogos. A área de drones é uma nova aposta da companhia, que espera comercializar pelo menos 50 unidades no mercado brasileiro em 2018. Os equipamentos têm preços a partir de US$ 100 mil A experiência em São Paulo abriu as portas em outros estados como Rio Janeiro, Minas Gerais e Brasília, onde foram abertas negociações.
“Brinquedo”
A maior aceitação dos drones no cotidiano das empresas é o que tem movido a Santos Lab, que há 10 anos vem atendendo empresas comerciais e agrícolas nas atividades de mapeamento e imagens aéreas. A empresa nasceu de projeto de faculdade de seu fundador, Gabriel Klabin, que “gostava (e ainda gosta) de tudo que voa”.
Durante teste de voo de um de seus drones, no Rio de janeiro, um oficial da Marinha se interessou pelo “brinquedo” e pediu para ele fazer uma demonstração para outros oficiais. Depois da apresentação aos militares, saiu com três pedidos e a promessa de que iria montar uma empresa para formalizar a parceria com a Marinha.
Em pouco tempo, o “Carcará”, nome dado ao primeiro equipamento da Santos Lab, já fazia parte dos treinamentos dos marinheiros brasileiros no litoral Rio de Janeiro e, mais recentemente, das operações contra o tráfico de drogas nas favelas cariocas. Ainda na fase pré-regulamentação do setor, e já com 30 pessoas trabalhando na empresa, Klabin percebeu que era hora de expandir os negócios e tirar o foco da área militar.
“A área militar nos deu muitas horas de voo. Há dois anos começamos a adaptar as plataformas de software e hardware para a área civil. Aproveitamos também para nos reestruturarmos”, contou ele, lembrando que, no ano passado, foi inaugurado o laboratório de pesquisa e desenvolvimento para apoiar as aplicações com algoritmos próprios que serão utilizados em equipamentos para o mundo empresarial.
“Tudo que estamos fazendo é para dar informações e resultados para os clientes. Tem muita gente comprando drone sem nem saber como será usado”, reforça o CEO da Santos, Bruno Teixeira, salientando que o foco será atender clientes dos setores da agricultura e de óleo e gás, que estão vivendo um bom momento.
A SkyDrones também quer aproveitar a nova onda. Com fabricação própria de drones e parcerias com grandes multinacionais como a gigante chinesa DJI, a empresa tem planos de desenvolver uma rede de franquias para atender esse mercado em todo o país. Com sede em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, ela quer crescer criando soluções alternativas que serão levadas pelos drones e aplicadas no mundo real, como o caso da boia desenvolvida para equipar drones no socorro a vítimas de afogamentos. “O drone já é uma commodity. O interessante será criar e desenvolver soluções que atendam às necessidades de uma sociedade cada vez mais tecnológica”, afirma Francisco Nogara, sócio da SkyDrone.
A origem dos nomes
Drone
O termo drone é apenas um nome genérico. Drone (em português: zangão, zumbido) é um apelido informal, originado nos EUA, que se difundiu no mundo para nomear todo e qualquer objeto voador não tripulado, seja profissional, recreativo, militar ou comercial.
Vant
Veículo Aéreo Não Tripulado é a terminologia oficial prevista pelos órgãos reguladores brasileiros do transporte aéreo para definir este escopo de atividade. No Brasil, segundo a legislação pertinente (Circular de Informações Aéreas AIC N. 21/10), caracteriza-se como Vant toda aeronave projetada para operar sem piloto a bordo, de caráter não recreativo e que possui carga útil embarcada.
RPA
Em português, Aeronave Remotamente Pilotada. Nessa condição, o piloto não está a bordo, mas controla a aeronave remotamente de uma interface qualquer (computador, simulador, dispositivo digital, controle remoto etc.).
Legislação tenta barrar ilegais
Garantir a segurança do espaço aéreo é um dos principais desafios enfrentados atualmente por órgãos reguladores e pelos fabricantes. É claro que ainda falta infraestrutura para ajudar as autoridades a aplicar as regras estabelecidas pela legislação e rastrear comportamentos ilegais.
Voar perto de prisões, aeroportos ou outras áreas de risco é proibido. Todos os voos em áreas urbanas não devem superar a altura de 30 metros, e é necessário autorização do Decea, órgão da Aeronáutica responsável pelo controle do espaço aéreo brasileiro. Drones acima de 250 gramas precisam ser registrados no Sistema de Aeronaves Não Tripuladas (Sisant), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e os pilotos precisam de habilitação.
O Decea recebe cerca de 250 solicitações de voos por dia em todo o país. As autorizações demoram de dois até 18 dias para serem concedidas, dependendo do tipo e localização do voo. Órgãos de segurança pública, dos governos federal, estadual, municipal e militares não precisam de autorização prévia.
Além das questões de privacidade, danos às pessoas e propriedades, as autoridades têm uma preocupação especial com os aeroportos. Em dezembro do ano passado, um drone invadiu o espaço aéreo do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, afetando o pouso e decolagem de 41 aeronaves. O terminal, o mais movimentado do país, ficou fechado por duas horas. “Não podemos perder o controle desse mercado de drones”, afirma o tenente-coronel Jorge Vargas, do Decea.
O administrador de Fernando de Noronha discute moradia e transporte aéreo
Plínio Pimentel participou de uma série de reuniões no Recife
Ana Clara Marinho Publicada Em 17/05/2018 - 14h49
O administrador de Fernando de Noronha, Plínio Pimentel, participou de uma série de reuniões no Recife nessa quarta-feira (16), para discutir questões relativas a moradia e transporte aéreo. No encontro com o brigadeiro Walcyr Araújo, comandante do II Comando Aéreo, foram discutidas a cessão de casas na Vila da Aeronáutica e a transferência de um terreno na região da Estrada Velha do Sueste.
“Engenheiros da Administração da Ilha e da Aeronáutica vão realizar uma vistoria nas casas do DPV (Departamento de Proteção do Voo) para finalizar o orçamento para recuperação desses imóveis. Eu acredito que podemos fechar a cessão dessas casas até o final do mês”, informou Pimentel.
O administrador também disse que as negociações para a transferência do terreno na Estrada Velha do Sueste devem demorar mais um pouco, mas, o que o brigadeiro demostrou boa vontade em realizar a cessão.
Plínio Pimentel também esteve com o secretário de Transportes, Antônio Júnior, e o gerente de Sistemas de Aeródromos, Fernando Maranhão. Na reunião foram discutidas obras de balizamento noturno do aeroporto e dos morros próximos e a ampliação do terminal de passageiros.
“Não pretendemos ultrapassar a capacidade de carga do arquipélago com novos voos comerciais. A medida visa, prioritariamente, atender possíveis voos emergenciais. Por exemplo, para transportar uma pessoa com qualquer tipo de problema de saúde mais grave, é necessário aguardar o dia amanhecer para enviar o avião de salvamento. Em casos onde o tempo é essencial, essa espera pode ser crucial”, relatou o administrador.
Conforme determinação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), é preciso fazer a iluminação na pista do aeroporto e nos morros, entretanto, a obra aguarda análise do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio). “Vamos agendar uma reunião com o brigadeiro, Walcyr Josué de Castilho Araújo, comandante do Cindacta III, com objetivo de somar esforços relativos ao balizamento noturno”, sugeriu Antonio Junior. O encontro proposto, acatado pelo administrador da Ilha, deverá ocorrer em breve”, disse o secretário de Transportes, Antônio Júnior.
Plinio Pimentel também esteve no Tribunal Regional Eleitoral para tentar autorização para a concessão de casas e terrenos para os moradores de Fernando de Noronha ainda este ano. A Procuradoria Geral do Estado avaliou que as entregas não podem ser feitas por conta de impedimentos da Lei Eleitoral, mas caso o TRE dê um parecer positivo o Governo pode fazer as concessões. “Nós estamos formalizando o questionamento e eu acredito que termos resposta até meados de junho. A minha expectativa é positiva”, finalizou Pimentel.
Buscas por aeronave que desapareceu em floresta são retomadas no interior do AM
Duas aeronaves sobrevoam o possível local da queda, próximo ao município de Urucurituba.
Ive Rylo Publicado Em 17/05/2018 - 11h55
Foram retomadas, na manhã desta quinta-feira (17), as buscas ao avião de pequeno porte que desapareceu próximo ao município de Urucurituba, a 207 km de Manaus, no do dia anterior. De acordo com informações repassadas pela Forla Aérea Brasileira (FAB), o monomotor sumiu em uma área de mata na região limitrofe aos municípios Nova Olinda do Norte, Urucurituba e Itacoatiara.
Uma força tarefa envolve representantes da empresa de aviação, Defesa Civil, Guarda Municipal, Polícia Militar e militares Força Aérea Brasileira na operação de buscas.
Nas primeira horas da manhã desta quinta feira (17), uma aeronave SC-105 da FAB iniciou as buscas pelo monomotor. Por volta das 9h, dois aviões da empresa do monomotor desaparecido passaram a ajudar nas buscas. A operação se concentra nas proximidades de Urucurituba.
Na quarta-feira (16), o helicóptero H-60 Black Hawk, do Esquadrão Harpia (7°/8° GAV), efetuou buscas na mesma região.
A operação é coordenada pelo Centro de Coordenação e Salvamento Amazônico (RCC-AZ).
O sumiço da aeronave de matrícula PR-RCJ foi confirmada pela FAB na tarde desta quarta-feira (16). Segundo a polícia militar do município, há informações que o avião possa ter caído nas imediações do rio Arari, próximo a Olinda do Norte, Urucurituba e Itacoatiara.
Equipes de socorro
Policiais militares, agentes de saúde e guardas municipais estão a postos em lanchas atracadas no porto de Urucurituba, para prestarem socorro para a tripulação da aeronave.
“Nossas equipes estão de lanche e bote procurando. Reunimos Defesa Civil e Guarda Municipal. Até o fim do dia vamos prosseguir com as buscas. Mas até agora não temos nenhum posição adequada de encontro do possível acidente”, disse o subsecretário de Saúde de Urucurituba, Otoniel da Cruz Souza ao G1.
Documentos da CIA sobre ditadura são assunto encerrado desde a Lei da Anistia, diz ministro da Defesa
General Silva e Luna deu a resposta ao ser questionado sobre pedido do governo brasileiro para norte-americanos compartilharem arquivos sobre a ditadura militar.
Guilherme Mazui E Roniara Castilhos Publicado Em 17/05/2018 - 16h30
O ministro interino da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, afirmou nesta quinta-feira (17) que, em razão da Lei da Anistia, documentos da CIA sobre execuções e tortura de opositores ao regime militar durante a ditadura no Brasil são "assunto encerrado".
A Lei da Anistia foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada em 1979, durante o governo de João Figueiredo, o último dos presidentes do regime militar.
A lei perdoou crimes cometidos por agentes do Estado e por opositores da ditadura. Foi com base na Lei da Anistia, por exemplo exemplo, que se permitiu a libertação de presos políticos e o retorno ao Brasil de exilados.
Silva e Luna conversou com jornalistas no Palácio do Planalto, após a abertura de uma exposição sobre a atuação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na 2ª Guerra Mundial.
Na semana passada, se tornou de conhecimento público um memorando da CIA (agência de inteligência norte-americana) que relata uma autorização do ex-presidente militar Ernesto Geisel a execuções sumárias de opositores.
O episódio gerou um pedido do Ministério das Relações Exteriores (MRE) ao governo americano para receber os documentos produzidos pela CIA sobre operações de tortura e morte de brasileiros.
Perguntado sobre o que o Ministério da Defesa pretende fazer quando a documentação chegar ao Brasil, Silva e Luna afirmou que o caso é para historiadores ou para a Justiça, se for acionada.
“Para o Ministério da Defesa esse tema aí, ele se esgota na Lei da Anistia. A partir daí, é uma atividade para historiadores e, se houver demanda, para Justiça”, disse o ministro.
Os jornalistas perguntaram novamente se o ministério pretende se posicionar sobre o conteúdo do material.
“Reafirmo: isso passa a ser um assunto para historiadores e para a Justiça, se houver demanda. Com a Lei da Anistia, do ponto de vista militar, esse assunto fica encerrado”, completou o ministro.
Intervenção e caso Marielle
Na entrevista, Silva e Luna também respondeu perguntas sobre a intervenção federal no Rio de Janeiro e sobre as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).
Segundo o general, os “resultados” da intervenção “estão acontecendo”. A intenção é encerrar a intervenção, que tem previsão de durar até 31 de dezembro deste ano, com as polícias estruturadas no estado e “índices de criminalidade aceitáveis”.
A respeito da investigação da morte de Marielle, Silva e Luna declarou que todos estão “ansiosos” por resultados.
“Estamos correndo atrás para se obter uma forma bem comprovada para que não tenha nenhum dado insustentável”, disse.
Após 3 meses, R$ 1,2 bi prometido para a intervenção federal ainda não chegou
Liberação da verba destinada pelo Governo Federal às forças de segurança dependia de votação do Congresso, realizada apenas na terça-feira (15). Delegacias funcionam com doações de moradores.
Publicado Em 17/05/2018 - 17h34
A intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro completou três meses, mas o dinheiro prometido pelo Governo Federal para a ação - R$ 1,2 bilhão - ainda não chegou, como mostrou o Jornal Hoje nesta quinta-feira (17).
A liberação da verba dependia de uma série de medias que aguardavam autorização do Congresso para gerenciar e planejar o uso desses recursos. E essa votação só aconteceu na última terça-feira (15), em Brasília.
Ainda assim, o secretário de Estado de Segurança Pública, general Richard Nunes, garante que as forças de segurança já estão preparadas para colocar em prática ações planejadas tão logo o dinheiro chegue.
"Não estamos parados, as planilhas estão todas elaboradas. Temos o levantamento, temos os dados e sabemos onde vamos aplicar esses recursos. E isso vai ser feito de uma maneira correta e legal", disse o secretário.
Apesar dos casos diários de violência, as estatísticas mostram que, em abril, houve queda nos índices de alguns delitos, como roubo de veículos ( - 4,8%) e roubos de rua ( - 12,6%).
No entanto, os casos de mortes violentas tiveram aumento de 9,8% quando são comparados os meses de abril de 2017 e deste ano.
Falta de investimentos
A falta de investimentos na área pode ser percebida no estado precário de algumas delegacias, como a 9ª DP (Catete), onde não há sequer papel e materiais de limpeza. Para manter a unidade em funcionamento, a polícia pediu ajuda aos moradores.
"A proposta é que as pessoas entreguem o que puderem na delegacia. Se puder entregar um detergente, já é importante. O primordial é essa unidão", afirmou a fisioterapeuta Bebel Costa.
O secretário de Segurança prometeu um aumento do número de policiais nas ruas.
"Vamos fazer a nossa parte. Investigar os crimes praticados e elucidá-los de modo que os culpados sejam punidos. Queremos evitar que essa liberdade de ação dos bandidos também continue acontecendo", prometeu o secretário.
Sobre o fato de delegacias precisarem de doações, ele espera contar com o Fundo de Segurança Pública do Estado do Rio, que tem recursos dos royalties do petróleo.
"Liberdade. Eu isso hoje em dia. Eu me sinto presa, uma refém da situação que a gente vive. Houve uma inversão: você está na sua casa e não se sente livre", descreveu a gerente de produção Jaqueline Oliveira.
Corpo de Bombeiros resgata dois corpos de vítimas de acidente aéreo no interior do AM
Avião foi encontrado nesta quinta-feira (17), em área de mata fechada situada em Itacoatiara.
Publicado Em 17/05/2018 - 22h57
Dois corpos ainda não identificados foram encontrados no local onde um avião monomotor teria caído, em uma área de mata situada na comunidade do Paí, na Zona Rural de Itacoatiara, a 270 km de Manaus. A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros, na noite desta quinta-feira (17).
O G1 aguarda posicionamento da Força Aérea Brasileira (FAB) sobre a situação.
O encontro dos corpos e dos destroços da aeronave foi comunidado pela Polícia Civil, por meio do delegado de Urucurituba, e pelo Corpo de Bombeiros do Amazonas, no fim desta tarde.
A corporação disse, por meio de assessoria, que os dois corpos seriam de vítimas do acidente aéreo que ocorreu na manhã de quarta-feira (16).
Por volta de 21h30, os bombeiros informaram que os corpos estavam a caminho do hospital de Itacoatiara. Do local, eles devem seguir para o Instituto Médico Legal (IML) em Manaus, onde serão identificados.
Conforme o último pronunciamento oficial da FAB, apenas o desaparecimento do avião foi constatado, até às 18h desta quinta.
Entenda
De acordo com informações repassadas pela Força Aérea Brasileira (FAB), o monomotor de matrícula PR-RCJ sumiu na quarta-feira (16) em uma área de mata na região limitrofe aos municípios Nova Olinda do Norte, Urucurituba e Itacoatiara.
A aeronave desaparecida decolou de Itaituba, no interior do Pará, às 7h10 (hora local) e tinha previsão de pousar no Aeródromo de Flores, em Manaus, por volta de 7h55 (hora local), mas sumiu antes de chegar ao destino.
Villas Bôas diz esperar que próximo presidente melhore remuneração dos militares
Agência Estado Publicado Em 16/05/18
O comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, afirmou esperar que o próximo presidente da República melhore a remuneração dos militares. Ele citou também a previdência. “Esperamos que haja uma recuperação remuneratória e também as questões relativas à previdência. E, de uma maneira geral, de um patamar orçamentário que garanta a manutenção da operacionalidade da Força”, disse o general no programa “O Comandante Responde”, publicado nos canais do Exército na internet.
Villas Bôas afirmou que a Força não tomará partido nas eleições. “O Exército é uma instituição politicamente neutra e apartidária. O nosso posicionamento se baseia sempre nos interesses nacionais – no respeito à lei e nos valores patrióticos”, disse ele.
No entanto, ele destacou a importância da discussão sobre a Defesa nacional na campanha e pediu apoio para iniciativas militares estratégicas. Os projetos citados foram o Sisfron (de vigilância das fronteiras) e iniciativas de defesa cibernética: “São projetos de longo prazo que necessitam de continuidade. Por isso, o Exército conta que se desenvolvam políticas que garantam estabilidade orçamentária”.
Para o comandante, os grandes desafios do Exército neste ano são a intervenção federal no Rio de Janeiro e a operação em Roraima que presta apoio logístico e humanitário aos imigrantes que chegam no Brasil.
Fonte: Estadao ConteudoCosme Degenar - FAB presta Homenagem
Publicado Em 17/05/2018 - 16h57
Em Recife, a Força Aérea Brasileira homenageou o jornalista e escritor Cosme Degenar Drumond que faleceu na última quarta-feira (16/05).
O velório foi realizado no Real Hospital Português e em seguida o corpo foi conduzido para o Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III) onde foi recebido com uma justa homenagem em reconhecimento à sua contribuição para preservação e divulgação da história da FAB. O corpo foi transportado para São Paulo, onde acontecerá o sepultamento na sexta-feira (18/05) no Cemitério Parque dos Pinheiros.
Nascido 1947, o carioca Cosme Degenar Drumond, iniciou sua carreira no então Ministério da Aeronáutica como redator no período 1974-1983.
Técnico em Assuntos Culturais pelo Museu Histórico Nacional, integrou a equipe que organizou e inaugurou, em 1976, o Museu Aeroespacial (MUSAL), no Rio de Janeiro. Atuando na imprensa especializada desde 1985, cobriu os setores aeroespacial e de defesa no Brasil e no exterior, tendo artigos em publicações nacionais e internacionais.
Ativo, lançou várias publicações, em especial, no setor aeronáutico e de defesa, destacando a Aviação em Revista e Tecnologia e Defesa. Seu último projeto foi a revista Defesa Latina.
Além de vários artigos pulicados no site DefesaNet, recebeu diversas vezes o Prêmio Santos-Dumont de Jornalismo, tendo sido condecorado pelo governo brasileiro com a Medalha do Pacificador, Medalha Santos-Dumont e Medalha do Mérito Aeronáutico.
O escritor deixa suas principais obras publicadas: - O Museu Aeroespacial Brasileiro I The Brazilian Aerospace Museum, (1984); - Asas do Brasil (2004); - Alberto Santos-Dumont – Novas Revelações (2009); - O Brigadeiro - Eduardo Gomes, trajetória de um herói (2012;) – Indústria de Defesa do Brasil – História, Desenvolvimento, Desafios (2015); e, - Salgado Filho – uma Biografia (2016).
O PARANÁ (PR) - Mercadorias apreendidas ultrapassam R$ 7 milhões
Tatiane Bertolino Publicada Em 17/05/2018 - 09h59
São Miguel do Iguaçu - Em 14 dias de fiscalização intensa que reúne diversas forças de segurança de toda a região da fronteira o balanço é positivo: são cerca de R$ 7 milhões de mercadorias contrabandeadas apreendidas. O número expressivo representa um crescimento de 225% com relação à última Operação Muralha, realizada no fim do ano passado.
Conforme a Receita Federal, o aumento ocorreu por conta da grande quantidade de eletrônicos apreendida neste ano, em apenas duas semanas. Em ônibus de turismo foram recolhidos R$ 1,680 milhão desses produtos.
Os dados são referentes ao período de 30 de abril a 13 de maio na região de fronteira com o Paraguai, especificamente na região oeste do Paraná. As apreensões ocorreram principalmente na base de fiscalização que fica perto da praça de pedágio da BR-277 em São Miguel do Iguaçu.
A força-tarefa atua também em estradas secundárias, com embarcações e via aérea, visando combater o tráfico de drogas e de armas e a passagem de contrabando do país vizinho para a Costa Oeste do Paraná, considerada a principal rota desses produtos para abastecer o crime nas grandes capitais.
De acordo com balanço divulgado pela Receita Federal de Foz do Iguaçu, nas duas primeiras semanas da Operação Muralha foram apreendidos 325.500 maços de cigarros, 1.045 quilos de maconha e 68,3 quilos de haxixe, uma arma e 74 munições, 41 unidades de medicamentos e anabolizantes e R$ 7,32 milhões em mercadorias. Nove pessoas foram presas em flagrante.
Segundo a Receita, 39 veículos ficaram retidos, sendo 17 automóveis de passeio, 21 ônibus e um caminhão.
O que chama a atenção da polícia é a quantidade de ônibus apreendidos, que aumentou 425% com relação à fase anterior da Operação. Isso ocorre por conta de pequenos comboios que tentam usar o transporte por ônibus para tentar passar pela barreira de forma mais fácil.
Outra forma de transporte considerada inusitada é a bicicleta. Dois ciclistas foram flagrados transportando maconha nas mochilas. O meio de transporte foi usado porque os suspeitos acreditavam que não seriam parados pela polícia.
Primeira fase
Esta é a primeira fase da Operação Muralha deste ano, que se iniciou dia 30 de abril e devem seguir pelo menos até 26 de junho, com possibilidade de prorrogação de prazo. Participam da Operação agentes da Receita Federal, Polícia Federal, Força Nacional, Polícia Rodoviária Federal, Exército, Marinha, Aeronáutica, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Agência Nacional de Transportes Terrestres , Agência Brasileira de Inteligência, Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Polícia Militar do Paraná, Polícia Civil e Departamento de Inteligência do Estado do Paraná - Diep), Ministério Público Estadual e GGIFRON-PR.
JUSTIÇA EM FOCO (DF) - Negado pedido de ex-cabo da FAB anistiado para ser promovido ao posto de capitão
Publicado Em 16/05/2018
A 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), por unanimidade, negou provimento ao recurso da autora contra sentença do Juízo da 16ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, que julgou improcedente o pedido para que seu marido, ex-cabo da Força Aérea Brasileira (FAB), falecido, fosse promovido ao posto de Capitão e, assim, passasse a receber a pensão calculada sobre o soldo de Major, bem como as diferenças remuneratórias.
Inconformada com a decisão de primeira instância, a apelante recorreu ao Tribunal alegando que o instituidor da pensão não pode cumprir os requisitos objetivos e subjetivos para promoção na carreira militar em razão de sua exclusão indevida do serviço militar e, posteriormente, reconhecida sua condição de anistiado político.
Ao analisar o caso, a relator, juiz federal convocado César Cintra Jatahy Fonseca, destacou que, mesmo diante do entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o militar anistiado político tem direito a ser reposicionado na carreira após todas as promoções a que teria direito se estivesse na ativa, independentemente de aprovação em cursos ou avaliações de merecimento, necessários para fins de concessão de promoção, tal assertiva não vale para a apelante, pois, o militar integrante da carreira de praça, caso dos autos, somente pode receber as promoções restritas ao seu quadro de carreira, e assim, alcançaria no máximo patente de suboficial, como foi o ocorrido.
O magistrado ressaltou ainda que “não preenchido o requisito objetivo (pertencimento à carreira específica) para a promoção reclamada, não faz jus a apelante à promoção pleiteada, uma vez que o instituidor da pensão não pode ser promovido a postos privativos da carreira de oficial”.
Diante do exposto, a Turma acompanhado o voto do relator, negou provimento à apelação.
Processo nº: 0005260-53.2015.4.01.3400/DF
PORTAL ICMBio (DF) - ICMBio, Ibama e PF combatem garimpo na Flona Crepori
Ação acabou em aplicação de 34 autos de infração, que totalizaram R$ 49,4 milhões.
Publicado Em 17/05/2018 - 10h41
Os agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ibama e Polícia Federal, com apoio da Polícia Militar do Pará e da Força Aérea Brasileira (FAB), realizaram a Operação Pajé Brabo, uma determinação do Ministério Público. O objetivo da ação, que aconteceu de 1 a 4 de maio, foi combater à exploração mineral ilegal no interior da Floresta Nacional do Crepori e da Terra Indígena Munduruku, ambas áreas situadas no município de Jacareacanga/PA.
Participaram da operação 50 agentes. Ao todo, em ambas áreas protegidas, foram aplicados 34 autos de infração, que totalizam R$ 49,4 milhões. Devido à inexistência de estradas na Unidade, a mesma só pode ser acessada por via aérea e fluvial. Desta forma, para melhor execução da operação foram utilizados 3 helicópteros do Ibama e 1 Black Hawk da FAB, que percorreram diariamente mais de 400 quilômetros para ter acesso ao local, sendo necessário um ponto de reabastecimento montado no interior da Flona do Jamanxim, Unidade localizada entre a sede de Novo Progresso e a Flona do Crepori.
Ao todo, foram inutilizadas 08 escavadeiras hidráulicas e um trator, sendo 06 delas no interior da Unidade, e uma área de 185,52 hectares foi embargada. A Floresta Nacional do Crepori possui 740.661 hectares e tem como objetivo básico promover o manejo de uso múltiplo sustentável dos recursos florestais, a manutenção e a proteção dos recursos hídricos e da biodiversidade, bem como o apoio ao desenvolvimento de métodos de exploração sustentável dos recursos naturais.
A exploração mineral ilegal, que aumenta desde o ano de 2013, impede que estes objetivos sejam alcançados e é apontada como principal responsável pelo desmatamento na Unidade, ressalta a analista ambiental da Flona, Mila Ferreira. Para sua execução, são utilizadas máquinas pesadas que custam uma média de R$500.000. "A utilização destes equipamentos, além de suprimir a vegetação, impacta os corpos hídricos e traz à superfície o mercúrio endógeno típico da região do Tapajós, disponibilizando-o para entrar na cadeia alimentar e contaminar os seres vivos locais, incluindo a população humana. Considerando a dificuldade de acesso, a necessidade de garantir a presença institucional na área e coibir outros crimes envolvidos com a garimpagem, operações conjuntas com outros órgãos devem ser frequentes na Flona do Crepori", ressalta.
TELESÍNTESE - Telebras reitera que é a única responsável pela operação do SGDC
Estatal emitiu comunicado ao mercado no qual afirma que acordo com Viasat não prevê transferência alguma de ativos, que 42% da capacidade civil do SGDC será usada para conectar governo e políticas públicas, enquanto os 58% restantes poderão ser explorados comercialmente pela parceira.
Rafael Bucco Publicado Em 17/05/2018
A Telebras emitiu comunicado ao mercado no qual comenta o acordo firmado com a empresa Viasat para exploração comercial do satélite brasileiro SGDC-1. A estatal passou a ser alvo de críticas e foi acionada na Justiça desde o anúncio da parceria, no começo do ano. Entre os argumentos dos críticos ao acordo e dos juízes que jugaram liminares até aqui, estaria o risco à soberania nacional.
A estatal nega que haja qualquer risco dessa natureza. “A Telebras continuará sendo a única proprietária do SGDC, e também a única responsável pela operação e gestão da banda civil, que representa 70% dos recursos do satélite”, reitera a companhia no comunicado enviado à CVM.
O satélite tem 30% da capacidade em banda X, de uso exclusivo das Forças Armadas e operada pelo Ministério da Defesa. Outros 70% são em banda Ka, de responsabilidade da Telebras, conforme o infográfico criado pela empresa.
“A soberania e segurança nacional são garantidas por este arranjo estratégico, pois a propriedade, a gestão, operação e controle de todo o satélite e das bandas militar e civil são administrados pela Telebras e pelo Ministério da Defesa, sendo o único satélite com tais características”, defende a Telebras.
O mesmo entendimento não é compartilhado, no entanto, por magistrados nem pela PGR, que manifestaram apreensão com o fato de uma empresa estrangeira ter acesso à capacidade satelital civil do SGDC.
Capacidade dividida
A Telebras também afirma no comunicado de hoje que a capacidade civil do satélite será usada em parte para o atendimento a Governo Federal e a políticas públicas, enquanto outra parte será explorada comercialmente pela Viasat.
A empresa ressalta: “não houve qualquer transferência de ativos, do controle ou da responsabilidade de operação da banda civil do SGDC. Também não há locação ou cessão de uso envolvendo integralmente a banda civil do satélite”.
Vale lembrar que, na publicação de seu balanço financeiro de 2017, a estatal afirmava: “O contrato de parceria Telebras-Viasat compreende serviços e equipamentos fornecidos pela Viasat e o uso de 100% da capacidade da banda Ka do SGDC-1, operado pela Telebras”.
BAGUETE (RS) - Eleva cria superdrone a combustão
Júlia Merker Publicado Em 17/05/2018 - 15h08
Os profissionais Celso Faria de Souza, Luciano Castro e Norberto Maraschin Filho, formados no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), criaram o superdrone Eleva Spray 150, que pesa 150kg e tem capacidade de estocar até 80L de insumo por operação de pulverização de lavouras.
O equipamento tem desempenho para aplicação de, ao menos, 20 hectares por hora, durante as 24h do dia.
Os executivos responsáveis pela Eleva se conheceram no ITA em 1996. No entanto, se juntaram para criar a empresa apenas em 2016. Antes, Souza e Castro fundaram juntos a Enhanced Works, empresa com mais de 15 anos que fornece soluções de engenharia para o mercado aeronáutico e a indústria em geral.
Maraschin Filho integra a equipe da Positivo Tecnologia desde 2009, quando assumiu a gerência de Estratégia e Novos Negócios.
No ano seguinte, coordenou as negociações para entrada da companhia nos mercados da Argentina e do Uruguai, com a criação da joint venture entre a Positivo Tecnologia e a BGH. Ele assumiu como CEO da Informática Fueguina, empresa resultante desse processo, com sede em Buenos Aires. Depois de três anos, foi repatriado para assumir a vice-presidência de Mobilidade e Negócios Internacionais.
Ao longo de sua carreira, Celso Faria de Souza atuou em empresas como SETE Linhas Aéreas, Aliança Aviação, Brasil Vida Táxi Aéreo, KI Avionics e NEO Táxi Aéreo.
Castro entrou para a Força Aérea Brasileira e permaneceu até 2010. Entre os projetos dos quais foi líder está o T-27, no qual foi responsável por uma frota de mais de cem aviões. Também acumulou experiências na VLI Logística e na Capital51.
A iniciativa da Eleva tem seus esforços concentrados no Amazonas, já que o projeto Eleva Spray é financiado com verba de Pesquisa e Desenvolvimento na Zona Franca de Manaus e realizado em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT), sob a supervisão da Suframa.
O grupo apresentou o projeto na Agrishow 2018.
“Interagimos com dezenas de potenciais investidores. Agora, após a feira, a Eleva se lança no mercado em busca de uma nova rodada de investimentos para conversão do protótipo num produto comercializável, para industrialização e comercialização do Eleva Spray, além de focar em buscar as certificações necessárias para operação, como de ANAC e ANATEL, por exemplo”, destaca o diretor-executivo da Eleva, Luciano Castro
Com 5m de largura e barra de pulverização de 6m, o superdrone Eleva Spray 150 está em processo de desenvolvimento final para comercialização a partir de 2019 no Brasil e em mercados globais com características semelhantes às grandes áreas de produção rural, como os Estados Unidos, Argentina e Austrália.
“Uma vantagem da Eleva é que a legislação brasileira para uso de VANTs é baseada na europeia, que é a mais restritiva mundialmente. Portanto, as certificações no Brasil vão garantir que o equipamento esteja preparado para passar nos testes no exterior também. Essa é a principal premissa para ganharmos escala com agilidade”, comenta Celso Faria de Souza, diretor técnico da Eleva.
O sistema é composto, basicamente, pelo VANT e estação de controle, a GS – Ground Station, além de pessoal técnico responsável pela operação em dois modos: pilotagem manual e automatizada.
Entre os atributos que diferenciam o Eleva Spray 150 está a possibilidade de o equipamento ser utilizado à noite, quando algumas condições estão mais favoráveis à pulverização: maior umidade, menor temperatura, menos ventos e maior facilidade da planta em absorver os defensivos sistêmicos, entre outros.
FOLHA DE LONDRINA (PR) - Defesa Civil vai usar drones para mapear áreas de risco
Levantamento aéreo vai aumentar eficácia das ações de prevenção de desastres naturais; equipamentos foram doados pela Receita Federal
Publicado Em 17/05/2018
A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil iniciou nesta semana o treinamento e capacitação de seu efetivo para a utilização de RPA (Aeronaves Remotamente Pilotadas), conhecidas como drones. Desde o ano passado, três equipamentos vinham sendo utilizados em operações de prevenção e preparação, mas a partir de agora essas ações poderão ser reforçadas em todo o Estado, com o uso de outros 17 drones, totalizando 22 aparelhos.
Os equipamentos são provenientes de apreensões e foram doados à Defesa Civil estadual pela Receita Federal. Quarenta e oito membros da instituição, além de integrantes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e colaboradores da Secretaria de Estado da Administração e Previdência, realizaram o treinamento nesta semana, em Curitiba. Na semana que vem, a capacitação acontece em Foz do Iguaçu (Oeste), direcionada ao efetivo das regionais do interior do Estado.
Chefe do setor administrativo da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, major Mario Sergio Garcez Silva aponta o avanço que os drones representarão para as operações da instituição. "Na fase de normalidade, dividimos nossas ações em preparação e prevenção e temos os planos de contingência. Fazemos o levantamento das áreas de atenção, de alagamento, deslizamento e inundação por meio de fotos. Sempre fazíamos as fotos em plano horizontal. Com o levantamento aéreo, fica melhor para a tomada de decisão. Vemos as residências que ficam dentro da área de atenção e conseguimos ter uma visualização melhor."
Em caso de desastres, quando são feitas ações de contingência, os drones possibilitarão que sejam feitas fotos dos abrigos e permitirão um registro mais detalhado de áreas atingidas por granizo ou vendaval, por exemplo. "Com a possibilidade de fazer um levantamento muito mais rápido da dimensão do desastre, nossa resposta poderá ser muito mais efetiva, inclusive na solicitação de recursos do governo federal ou estadual", comentou o major. "É uma ferramenta de tecnologia fácil, acessiva, barata e que não requer desenvolvimento humano para ser utilizada."
O treinamento do efetivo que irá operar os drones durou dois dias, divididos em teoria e prática. O major ressaltou que um dos objetivos da capacitação foi reforçar a parte da regulamentação e da legislação que rege o uso desses aparelhos. "Para operar os drones, é preciso registros na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). E para cada saída, é obrigatório registrar o voo, com horário de decolagem e pouso e local a ser sobrevoado", explicou o major.
Cada uma das 15 regionais da Defesa Civil terá um aparelho. Todos os drones e tablets que os controlam são do mesmo padrão e cada operação contará sempre com um piloto e um observador, para aumentar a margem de segurança do voo.
FLIGHT GLOBAL - Saab bullish on Gripen sales prospects
Smooth progress with the Gripen E/F development programme for Brazil has heightened interest in the Swedish-designed fighter among numerous other potential customer nations, Saab officials say.
Craig Hoyle Publicado Em 17/05/2018
"The success of Gripen in Brazil has really helped strengthen the Gripen brand globally," says head of marketing and sales Richard Smith. "We have a very positive outlook," he adds.
Detailing the company´s current export campaigns during its annual Gripen seminar in Stockholm on 16 May, Smith referred to activity in more than a dozen nations, stating: "I am 100% certain we will sell more Gripens over the coming years." Its promotional work with the single-engined type spans the in-service C/D version, including a proposed Aggressor variant, and the new-generation E/F.
"We see short- and near-term win possibilities for the Gripen C-series, and are seeing increased market interest for the E-series," says Smith.
Prospective buyers for the C/D-version include Botswana, which has shown interest in the type as a replacement for its Northrop F-5s. Despite a recent setback in Europe when Croatia opted to acquire secondhand Lockheed Martin F-16s refurbished in Israel, Bulgaria and Slovakia remain firm targets for Gripen deals via the Swedish government. Indonesia the Philippines are also seen as opportunities, although Jakarta recently selected the Sukhoi Su-30 for a fighter renewal deal.
Meanwhile, Saab is also eyeing "Red Air" contract opportunities in the UK and the USA with its proposed Aggressor variant (below), which was unveiled at last year´s DSEI exhibition in London. Smith says an emerging requirement to support combat training for the UK Royal Air Force could require between six and 10 aircraft, and describes the US aggressor fleet opportunity as "an enormous market – they are looking for 30,000h per year across several bases."
Smith lists longer-term prospects for the Gripen E/F as including Austria, Canada, Colombia, Finland, India and Switzerland, and points to its Brazilian programme and relationship with Embraer as a key selling point.
Colombian air force pilots have previously flown the Gripen in Sweden, and Smith says that interest in the programme has recently increased in the nation, with Saab receiving support from Brazil.
"The business model and industrial packages we´ve put forward in Brazil would be a perfect template for India, to increase and boost its aerospace and defence industry," he says. Saab will respond to a request for information from New Delhi seeking more than 100 light fighters "just before the summer period", he adds.
The air forces of the Czech Republic, Hungary, South Africa, Sweden and Thailand currently operate the Gripen C/D, while Brazil and Sweden will introduce the E/F from late 2019.
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