NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 28/03/2018 / Embraer e Boeing - Fornecedores também querem ser parceiros
Embraer e Boeing - Fornecedores também querem ser parceiros ...
São Paulo - Próximas de fechar uma proposta de parceria para ser apresentada ao governo brasileiro, Embraer e Boeing começam a ser pressionadas para acomodar no negócio a cadeia de fornecedores da fabricante brasileira. Um manifesto liderado pelo Centro das Indústrias de São Paulo (Ciesp), de São José dos Campos, sede da Embraer, e a favor da associação entre as duas fabricantes pede que o cluster aeronáutico da região, que reúne mais de 70 empresas, seja incluído nas negociações envolvendo as duas companhias.
Parte importante da cadeia produtiva dos aviões produzidos pela Embraer, os fornecedores temem ser trocados por companhias internacionais que já atendem à Boeing em outros países. “Nosso destino está atrelado à Embraer. Queremos ter algum nível de influência nessa negociação, porque estão decidindo a vida das nossas empresas e dos nossos empregos”, disse Cezar Augusto Teixeira, diretor do Ciesp.
O documento, que também é assinado pela Prefeitura de São José dos Campos e pelo Instituto Invoz, que tem como presidente de honra o ex-ministro Ozires Silva, um dos fundadores e ex-presidente da Embraer, diz que toda a indústria aeronáutica brasileira tem manifestado “irrestrito apoio ao sucesso das negociações” entre as duas companhias. Uma associação, segundo o manifesto, resultará em oportunidades de negócios para toda a base industrial aeronáutica. “Essa fusão pode trazer novos negócios para a Embraer e para seus fornecedores, além de acesso aos mercados que normalmente temos dificuldade de atingir”, complementa o diretor do Ciesp.
Pelos cálculos de Teixeira, a fusão entre as duas fabricantes de aviões permitirá às empresas brasileiras disputar o mercado mundial de fornecedores, que movimenta US$ 60 bilhões por ano. Desse montante, 40% são produzidos na América do Norte, 40% nos países europeus e 20% na China. Para Teixeira, que é sócio da Akaer, um grupo de sete empresas que fornecem sistemas de engenharia e componentes para as aeronaves da Embraer, a Boeing pode abrir o mercado para o Brasil, estimulando a criação de empregos de qualidade na região. Atualmente, a cadeia de fornecedores da Embraer emprega cerca 4 mil trabalhadores. “Se pegarmos participação de 1% ou 2%, podemos faturar acima de US$ 1 bilhão”, avalia o executivo.
De acordo com os empresários da região, desde que as duas fabricantes anunciaram o interesse em torno de uma cooperação comercial, em dezembro do ano passado, nunca a assinatura da parceria esteve tão próxima. Entre os pontos mais debatidos até agora está a preservação de informações de defesa e segurança da empresa brasileira, responsável pelo desenvolvimento dos equipamentos de controle de fronteira e pela fabricação de aviões para a Força Aérea Brasileira.
A ideia do Ciesp é que o governo brasileiro, que é dono de uma ação de classe especial (golden share) que lhe assegura o poder de veto, interfira de forma a garantir que as fornecedoras continuem existindo. Para isso, sugere que seja criado um programa de capacitação e modernização com parâmetros de preço e qualidade dos equipamentos e produtos para atender ao mercado externo.
Segundo Teixeira, o setor não quer proteção, mas apoio institucional em uma fase de transição e até a possibilidade de negociar para que as empresas brasileiras participem da cadeia de fornecedores da fabricante norte-americana. “Não falamos em proteção, mas de apoio institucional, suporte, estrutura. Tem-se de preservar a indústria nacional e a cadeia.”
Para o presidente do Instituto Invoz, Manoel Oliveira, que foi o diretor financeiro da Embraer, o momento é de mobilização de toda a cadeia. “Assim como a Embraer, as empresas fornecedoras precisam de novos mercados para crescer. Sozinhas, não vão conseguir”, afirmou ele, lembrando ainda que a única forma de preservar empregos de alta qualidade é expandir mercados. “Nossa defesa é competir, e temos muita competência para isso”.
Para o presidente do Instituto Invoz, Manoel Oliveira, que foi o diretor financeiro da Embraer, o momento é de mobilização de toda a cadeia. “Assim como a Embraer, as empresas fornecedoras precisam de novos mercados para crescer. Sozinhas, não vão conseguir”, afirmou ele, lembrando ainda que a única forma de preservar empregos de alta qualidade é expandir mercados. “Nossa defesa é competir, e temos muita competência para isso”.
Oliveira, responsável pelo encontro entre fornecedores e ex-funcionários que resultou no manifesto, acredita que os termos da união entre as duas companhias devem sair nos próximos 15 dias. Segundo ele, as duas empresas precisam dessa fusão e a Embraer não pode perder esta oportunidade. “Queremos que o Brasil não dê um passo atrás”.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Patrulha "intensificada" do Exército tem seis viaturas para três regiões do Rio
Intenção é dar visibilidade à atuação das tropas em áreas de grande circulação
Sérgio Rangel / Luiza Franco Publicado Em 27/03 - 16h19
Seis viaturas do Exército estão reforçando o patrulhamento nesta terça (27) no Rio.
Os carros da PE (Polícia do Exército) estão percorrendo bairros das zonas sul e norte, além da região central da cidade.
Segundo nota do CML (Comando MIlitar do Leste), os militares vão vigiar “áreas de grande circulação de pessoas e veículos”. Três viaturas foram encontradas pela Folha fazendo o patrulhamento pela cidade uma na avenida Rio Branco, no centro, e duas em Copacabana.
As regiões não são as mais conflagradas da capital. A intenção dos militares é dar visibilidade à atuação das tropas.
"Mal vi que estavam aqui. Não mudou nada na segurança. Já estava ruim e continua assim", diz o vendedor João Carlos dos Santos, 38
A operação foi anunciada nesta segunda (26) pelo CML. Na ocasião, as Forças Armadas patrulharam (de forma não estática) e reconheceram “o terreno visando identificar pontos adequados”.
A ofensiva dos militares acontece depois de uma final de semana violento na cidade e na região metropolitana. Pelo menos 13 jovens foram mortos em duas comunidades.
O governo federal nomeou um interventor para cuidar da segurança do Rio em fevereiro. Comandante do CML, o general Braga Netto é o interventor.
As estatísticas de crimes de fevereiro e de março ainda não foram divulgadas pelo ISP (Instituto de Segurança Pública).
Nesta quarta (28), o Exército entregará seis veículos blindados - três Urutus para a PM e três “caveirões” para a Polícia Civil. A cerimônia será realizada na frente do Palácio Duque de Caxias, no centro, região popular do Rio.
Temer assina MP que destina R$ 1,2 bi à intervenção no Rio
Valor é ligeiramente superior ao anunciado na semana anterior
Talita Fernandes Publicado Em 27/03 - 17h03
O presidente Michel Temer assinou nesta terça-feira (27) uma Medida Provisória que destina R$ 1,2 bilhão para a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.
A medida provisória entra em vigor a partir da publicação no Diário Oficial da União, o que está previsto para quarta-feira (28). O texto tem então um prazo de 120 dias para ser aprovado na Câmara e no Senado.
O valor é ligeiramente superior a valores anunciados inicialmente pelo próprio presidente. Na semana passada, ele havia falado em um repasse de R$ 1 bilhão ao estado fluminense.
Interventor do Rio, general Braga Netto, chegou a dar declarações de que seriam necessários no mínimo R$ 3,1 bilhões para cobrir as despesas do estado em segurança pública. O governo contesta a cifra, afirmando que o general se referiu a despesas que não podem ser cobertas pela União, como salários atrasados.
A origem dos recursos ainda não está clara. A ideia do governo era de que o dinheiro viesse da reoneração da folha de pagamentos, projeto em discussão na Câmara.
Devido à dificuldade da aprovação do texto, o governo divulgou na semana passada um bloqueio orçamentário de R$ 1 bilhão para destinar à segurança pública do Rio. Durante o anúncio, o Ministério do Planejamento disse que retiraria recursos de outras pastas (sem mencionar quais) para bancar o crédito extraordinário para intervenção no Rio.
A intervenção no Rio de Janeiro tem sido usada como uma das principais bandeiras do governo Temer. O presidente, que já anunciou sua intenção de disputar reeleição em outubro, pretende usar o tema da segurança pública como uma de suas bandeiras eleitorais.
Cenário: Com patrulha sem PM, militares mudam tom
Soldados e fuzileiros navais estão fazendo patrulhas próprias em locais mantidos em sigilo até a ordem de saída do grupo para as ruas
Roberto Godoy, O Estado De S.paulo Publicado Em 28/03 - 03h01
A intervenção das Forças Armadas no Rio subiu de tom. A escalada militar é discreta, na difícil medida em que pode ser sutil a mobilização de 3,4 mil combatentes da tropa, acompanhados de grandes blindados e apoiados por 350 agentes policiais, para atuar no Complexo do Lins, um entreposto do tráfico.
Ao mesmo tempo, em Bangu, 220 homens do Exército entraram sem cerimônia na Penitenciária Gabriel Castilho para uma revista nas “celas dos ilustres”, os líderes do crime organizado. Não é missão das Forças Armadas, reconhecia ontem um oficial envolvido no planejamento, “mas é preciso mostrar que não há lugar ou espaço de santuário nos quais não possamos entrar e dominar”.
A ação no Lins começou bem cedo, por volta das 6 horas, com troca de tiros e explosões ao longo de toda a manhã, segundo os moradores, ou durante 45 minutos, de acordo com a polícia. Pouco depois do meio-dia a, área foi considerada estabilizada. No local, continuaram funcionando os postos de controle e de observação.
Esta é uma novidade. Soldados e fuzileiros navais, em grupos de 10 ou 12 militares, eventualmente guarnecidos por veículos armados, agora estão fazendo patrulhas próprias, sem a participação da PM, em locais mantidos em sigilo até a ordem de saída do grupo para as ruas.
Violência piora após intervenção e leva tropa às ruas
Roubos de veículos e cargas subiram mais de 12%
Natalia Boere, Rafael Soares Selma Schmidit Publicado Em 28/03
Para ser vista. Equipe da Polícia do Exército em Copacabana: militares, que se revezaram em três pontos da cidade, foram criticados por ficarem pouco tempo em cada local
Exército prende 24 pessoas no Lins e recolhe apenas um celular em Bangu 3
A mudança de estratégia que levou as Forças Armadas a patrulhar as ruas é consequência do aumento de índices de violência, entre eles o roubo de cargas e veículos, constatado no primeiro mês de intervenção em relação ao mesmo período de 2017, e de episódios traumáticos, como o assassinato da vereadora Marielle Franco e as mortes na Rocinha. Numa operação com a PM, tropas do Exército prenderam 24 pessoas no Complexo do Lins. Soldados estiveram também em Copacabana, Botafogo e Centro. Em outra ação, militares recolheram um celular em inspeção na cadeia de Bangu 3, onde estão confinados chefes do Comando Vermelho.
“Mas já?”, questionou uma moradora de Copacabana no momento em que militares iam embora da orla, meia hora depois de terem chegado ao bairro, na manhã de ontem. A pergunta deu o tom do primeiro dia de patrulhamento das Forças Armadas nas ruas do Rio desde o início da intervenção federal na segurança pública do estado, em 16 de fevereiro. No mês passado, oficiais do Exército haviam descartado a possibilidade de mobilizar soldados para ações de policiamento, mas um aumento nas estatísticas de criminalidade motivou uma mudança de planos.
De 16 de fevereiro até o último dia 16, o município do Rio teve 1.954 roubos de carros, 19% a mais na comparação com o mesmo período do ano passado, quando houve 1.632 registros desse tipo de crime. A quantidade de homicídios permaneceu no mesmo (e alto) patamar: passou de 111 para 113 casos. Já a estatística de roubos de cargas subiu 12%, saltando de 281 para 317 ocorrências.
Quando o primeiro mês da intervenção é comparado com o período de 30 dias imediatamente anterior (18 de janeiro a 15 de fevereiro), roubos de cargas e homicídios na cidade aumentaram 3% e 6%, respectivamente: a quantidade de registros do primeiro tipo de crime subiu de 109 para 113; a do segundo passou de 299 para 317. Já os roubos de veículos caíram 8%, de 2.103 para 1.954.
O único indicador que caiu drasticamente no município durante o primeiro mês da intervenção federal é o de homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial, também conhecidos como autos de resistência. Foram 27, contra 49 no mesmo período de 2017. No período imediatamente anterior, entre 18 de janeiro e 15 de fevereiro deste ano, houve 51 casos.
Na comparação entre os mesmos períodos, o número de roubos a pedestres na cidade subiu de 2.703 para 3.285 (21% a mais), e o de assaltos a estabelecimentos comerciais passou de 92 para 170 (54% de aumento). Porém é preciso considerar que, em janeiro e fevereiro de 2017, agentes da Polícia Civil estavam em greve, o que comprometeu a elaboração de registros de crimes de menor gravidade. ‘PARADINHAS’ MILITARES PELA CIDADE Números de todo o mês de fevereiro, compilados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) no estado, foram apresentados na semana passada ao secretário de Segurança, general Richard Nunes. Os dados foram analisados por integrantes do gabinete da intervenção, que também avaliaram casos de violência com grande repercussão, como o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), no último dia 14, e as nove mortes provocadas por ações policiais realizadas na Rocinha entre sábado passado e segunda-feira.
Numa reunião, a cúpula da segurança do estado concluiu que era necessário dar mais visibilidade à tropa, cuja atuação estava focada apenas na Vila Kennedy, na Zona Oeste. Apesar disso, o que cariocas e turistas viram ontem foi uma sucessão de “paradinhas” militares: três equipes da Polícia do Exército, cada uma com oito homens e dois veículos, se revezaram na ocupação de três locais — além de um trecho do calçadão em frente ao hotel Copacabana Palace, foram ao cruzamento das avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, no Centro; e à Praia de Botafogo, na altura do shopping onde bandidos fizeram disparos durante uma tentativa de assalto a uma loja, na noite de segunda-feira.
— Eles ( os militares) chegaram, ficam pouco mais de 20 minutos de prontidão e voltaram para a caminhonete. Quase uma hora depois, uma outra equipe apareceu e fez o mesmo. Esperava mais desse reforço no policiamento — reclamou a aposentada Carmen Braga enquanto fazia sua caminhada matinal em Copacabana.
A vendedora Karina de Souza, que trabalha no Botafogo Praia Shopping, também lamentou o esquema de patrulhamento adotado pela Polícia do Exército:
— Não faz muita diferença. O que adianta uma equipe das Forças Armadas ficar tão pouco tempo parada na praia? À tarde, nenhum soldado apareceu. Aqui é muito perigoso, na semana passada, bandidos tentaram roubar a mesma joalheria que invadiram ontem (segunda-feira). Estamos apavorados.
Questionado sobre o motivo da curta permanência de militares nas ruas e os pontos escolhidos para o início das ações de patrulhamento, o coronel Carlos Frederico Gomes Cinelli, chefe da comunicação do Comando Militar do Leste, disse que “o tempo é variável” e que “os locais mudarão todo dia”:
— Se eu informar os critérios adotados para a escolha das áreas, a divulgação comprometerá o processo. Não se trata de falta de transparência. Há dados que precisam ser resguardados sob pena de desdobramentos indesejáveis.
As ações de patrulhamento do Exército foram anunciadas anteontem, um mês após o general Walter Braga Netto ter dito, em uma entrevista coletiva, que a intervenção federal desempenharia um “papel gerencial” no estado. Escolhido para comandar o processo, o oficial citou como prioridade a reestruturação das polícias Civil e Militar. O discurso está mantido, mas especialistas em segurança viram um desvio de rumo na estratégia de levar um pequeno número de soldados para as ruas.
— Quiseram apenas dar visibilidade à intervenção — disse o presidente do Instituto de Criminalística e Ciências Políticas da América Latina, José Ricardo Bandeira, acrescentando que, ao longo de 40 dias, a intervenção se mostrou “inócua”, já que não reduziu importantes índices de criminalidade.
Ex-chefe do Estado Maior da PM, o coronel da reserva e antropólogo Robson Rodrigues também fez críticas:
— Não vejo planejamento para resolver o problema do aumento da criminalidade. Os interventores estão tentando dar uma solução superficial.
O antropólogo Paulo Storani, que foi capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM, destacou que a tendência de crescimento da violência se manteve no primeiro mês da intervenção:
— A criminalidade não se intimidou, até porque as Forças Armadas não partiram para o enfrentamento, deixaram isso para o estado. Se um soldado do Exército matar um inocente, vão criticar a intervenção. Não querem um enfrentamento que possa ser transformado em bandeira política se houver um erro grave.
Procurado, o gabinete da intervenção não forneceu um balanço de suas ações no estado.
Bairro do Rio disputado por tráfico e milícia teve 17 horas de tiroteio
Lola Ferreira E Luis Kawaguti / Do Uol, No Rio Publicado Em 28/03 - 04h00
"Esse é um bairro pobre e ninguém nem lembra que existe. Se não está nos holofotes, ninguém dá atenção." O desabafo é de um morador da Praça Seca, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, que pediu para não ter o nome revelado por medo da violência. O bairro, que vive uma guerra entre milicianos e traficantes, sofreu uma escalada no número de tiroteios no mês passado de 9 em janeiro para 47 em fevereiro e, nesta semana, registrou em um só dia 17 horas com disparos de armas de fogo e tiroteios.
Os números são da organização não governamental Fogo Cruzado, que faz um levantamento de conflitos no Rio a partir de fontes abertas, como órgãos de imprensa e mídias sociais. A elevação dos casos ocorreu no mesmo mês em que começou a intervenção federal no Rio. Desde então, não houve nenhuma ação das Forças Armadas na região. Uma operação do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) foi realizada na segunda-feira (26) depois que um helicóptero da TV Globo flagrou milicianos atirando e correndo com fuzis por uma grande avenida do bairro.
A Secretaria de Segurança Pública não deu entrevista. Mas fontes ligadas à cúpula da intervenção afirmaram que os órgãos policiais estariam fazendo ações de inteligência para prender chefes do tráfico e da milícia na região. Uma dessas fontes apontou como resultado dessas ações a prisão, no início de fevereiro, de um criminoso conhecido como Júnior Play, suposto chefe de milicianos da região. O UOL apurou que os interventores não descartam levar as Forças Armadas para a região.
Mas as ações da polícia ainda não foram suficientes para aumentar a sensação de segurança na região, segundo moradores ouvidos pela reportagem.
Amanda, moradora de região e que pediu para ser identificada sem o sobrenome, diz que os moradores que vivem em territórios dominados pela milícia ou pelo tráfico não têm paz. Apenas uma via, a rua Cândido Benício, separa fisicamente as comunidades controladas por milicianos e pelo Comando Vermelho, que estão em guerra no bairro.
A milícia é o nome genérico dado a organizações formadas por policiais e ex-policiais que controlam regiões e cobra taxas de "proteção" de forma semelhante a organizações mafiosas. O Comando Vermelho é uma das mais fortes facções criminosas dedicadas ao tráfico de drogas no Rio.
"Vivemos à mercê deles. O lado dominado pelos traficantes tem que se acostumar com barricadas pelas ruas, bandidos desfilando no bairro com tranquilidade e há bocas de fumo em cada esquina. Do lado da milícia, moradores também obedecem a ordens, pagam a taxa de segurança, de água e TV a cabo. Os moradores têm que se adequar às ordens de cada facção, já que o Estado nos ignora e finge que não existimos", disse Amanda.
"Não posso chegar depois das 21h30, porque eu tenho medo: passam homens em motos, armados, ou correndo pela rua. Então, nunca sei se vão mexer comigo ou não. Nem no portão eu fico, me sinto em cárcere privado", disse ela.
Áreas instáveis
Desde o início da intervenção federal, as maiores operações de segurança envolvendo militares das Forças Armadas ocorreram em favelas em que não havia sinais aparentes de conflitos armados entre criminosos de grupos diferentes, como ocorre na Praça Seca. A maioria era controlada por apenas um bando criminoso.
As ações ocorreram no Complexo do Lins e Kelson s, na zona norte; Jardim Catarina, em São Gonçalo; Viradouro, em Niterói; Vila Vintém, Corea, Vila Aliança e Vila Kennedy, na zona oeste. A última foi tratada como a experiência piloto de ações ostensivas da intervenção.
Fornecedores também querem ser parceiros
Edição Digital Publicado Em 28/03
São Paulo - Próximas de fechar uma proposta de parceria para ser apresentada ao governo brasileiro, Embraer e Boeing começam a ser pressionadas para acomodar no negócio a cadeia de fornecedores da fabricante brasileira. Um manifesto liderado pelo Centro das Indústrias de São Paulo (Ciesp), de São José dos Campos, sede da Embraer, e a favor da associação entre as duas fabricantes pede que o cluster aeronáutico da região, que reúne mais de 70 empresas, seja incluído nas negociações envolvendo as duas companhias.
Parte importante da cadeia produtiva dos aviões produzidos pela Embraer, os fornecedores temem ser trocados por companhias internacionais que já atendem à Boeing em outros países. “Nosso destino está atrelado à Embraer. Queremos ter algum nível de influência nessa negociação, porque estão decidindo a vida das nossas empresas e dos nossos empregos”, disse Cezar Augusto Teixeira, diretor do Ciesp.
O documento, que também é assinado pela Prefeitura de São José dos Campos e pelo Instituto Invoz, que tem como presidente de honra o ex-ministro Ozires Silva, um dos fundadores e ex-presidente da Embraer, diz que toda a indústria aeronáutica brasileira tem manifestado “irrestrito apoio ao sucesso das negociações” entre as duas companhias. Uma associação, segundo o manifesto, resultará em oportunidades de negócios para toda a base industrial aeronáutica. “Essa fusão pode trazer novos negócios para a Embraer e para seus fornecedores, além de acesso aos mercados que normalmente temos dificuldade de atingir”, complementa o diretor do Ciesp.
Pelos cálculos de Teixeira, a fusão entre as duas fabricantes de aviões permitirá às empresas brasileiras disputar o mercado mundial de fornecedores, que movimenta US$ 60 bilhões por ano. Desse montante, 40% são produzidos na América do Norte, 40% nos países europeus e 20% na China. Para Teixeira, que é sócio da Akaer, um grupo de sete empresas que fornecem sistemas de engenharia e componentes para as aeronaves da Embraer, a Boeing pode abrir o mercado para o Brasil, estimulando a criação de empregos de qualidade na região. Atualmente, a cadeia de fornecedores da Embraer emprega cerca 4 mil trabalhadores. “Se pegarmos participação de 1% ou 2%, podemos faturar acima de US$ 1 bilhão”, avalia o executivo.
De acordo com os empresários da região, desde que as duas fabricantes anunciaram o interesse em torno de uma cooperação comercial, em dezembro do ano passado, nunca a assinatura da parceria esteve tão próxima. Entre os pontos mais debatidos até agora está a preservação de informações de defesa e segurança da empresa brasileira, responsável pelo desenvolvimento dos equipamentos de controle de fronteira e pela fabricação de aviões para o Exército brasileiro.
A ideia do Ciesp é que o governo brasileiro, que é dono de uma ação de classe especial (golden share) que lhe assegura o poder de veto, interfira de forma a garantir que as fornecedoras continuem existindo. Para isso, sugere que seja criado um programa de capacitação e modernização com parâmetros de preço e qualidade dos equipamentos e produtos para atender ao mercado externo.
Segundo Teixeira, o setor não quer proteção, mas apoio institucional em uma fase de transição e até a possibilidade de negociar para que as empresas brasileiras participem da cadeia de fornecedores da fabricante norte-americana. “Não falamos em proteção, mas de apoio institucional, suporte, estrutura. Tem-se de preservar a indústria nacional e a cadeia.”
Para o presidente do Instituto Invoz, Manoel Oliveira, que foi o diretor financeiro da Embraer, o momento é de mobilização de toda a cadeia. “Assim como a Embraer, as empresas fornecedoras precisam de novos mercados para crescer. Sozinhas, não vão conseguir”, afirmou ele, lembrando ainda que a única forma de preservar empregos de alta qualidade é expandir mercados. “Nossa defesa é competir, e temos muita competência para isso”.
Para o presidente do Instituto Invoz, Manoel Oliveira, que foi o diretor financeiro da Embraer, o momento é de mobilização de toda a cadeia. “Assim como a Embraer, as empresas fornecedoras precisam de novos mercados para crescer. Sozinhas, não vão conseguir”, afirmou ele, lembrando ainda que a única forma de preservar empregos de alta qualidade é expandir mercados. “Nossa defesa é competir, e temos muita competência para isso”.
Oliveira, responsável pelo encontro entre fornecedores e ex-funcionários que resultou no manifesto, acredita que os termos da união entre as duas companhias devem sair nos próximos 15 dias. Segundo ele, as duas empresas precisam dessa fusão e a Embraer não pode perder esta oportunidade. “Queremos que o Brasil não dê um passo atrás”.
Forças Armadas temem que Sistema Único de Segurança Pública impacte orçamentos militares
Por Matheus Leitão Publicado Em 27/03 - 09h34
As Forças Armadas se preocupam com a forma com que as fontes de financiamento de um eventual Sistema Único de Segurança Pública (Susp) poderiam impactar o orçamento do Exército, Marinha e Aeronáutica.
O Susp é um dos pontos do projeto de lei que está pautado para ser votado na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (27) e que pretende fazer a integração das atividades da Polícia Federal, das polícias civis e militares, Polícia Rodoviária Federal e Bombeiros.
Mesmo que o texto não apresente nenhum embaraço às Forças Armadas, os militares temem que, indiretamente, a criação do Sistema Único de Segurança Pública gere futuras perdas no orçamento destinado a eles.
Apesar da preocupação com os valores necessários para investimentos e manutenção das Forças Armadas, os militares são favoráveis à criação do Susp e simpáticos a pontos de outro projeto sobre segurança pública em tramitação no Congresso, como o que prevê aumento de pena para os furtos ou roubos quando envolva explosivos.
Definição de competências
Integrantes de entidades da PF, como os da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária (ADPJ), contudo, enviaram pedidos à Câmara para que o projeto sobre a criação do Susp não seja votado sem ampla discussão.
Entre as preocupações dos delegados está o que foi definido por eles como uma suposta invasão de competências e a pretensão de "superposição da PM sobre as Polícias Judiciárias, Civis e Federal", com poderes não previstos na Constituição.
Segundo a entidade, a proposta prevê que, na ausência do órgão competente, um policial militar poderá executar o auto de prisão em flagrante (documento que cumpre as formalidades da prisão), além de atos de investigação criminal, atividades que são atribuição exclusiva da Polícia Civil e da Polícia Federal.
O Projeto de Lei foi criado em abril de 2012, mas apenas nas últimas semanas o plenário da Câmara aprovou requerimento de urgência do relator e deputado Alberto Fraga (DEM-DF).
Forças Armadas fazem operação no "escritório do crime" do presídio de Bangu 3
Ação conta com 220 militares e 120 inspetores da secretaria para operação de varredura e apreensão, principalmente de celulares.
Por G1 Rio Publicado Em 27/03 - 09h28 Atualizada As 13h28
As Forças Armadas e a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária fazem nesta terça-feira (27) uma operação na Penitenciária Gabriel Ferreira Castilho, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, para apreender materiais ilegais, principalmente celulares e antenas. Também nesta terça, o Exército faz uma operação no Lins, Zona Norte do Rio.
A operação conta com 120 inspetores de Segurança e Administração Penitenciária e 220 militares do Exército, além do apoio do Batalhão de Engenharia. A ação é baseada no Decreto Presidencial de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), de julho de 2017, para ações em apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública.
O foco da varredura é em uma ala onde estão líderes de facção que dão ordens para execuções de crimes, conhecida como "escritório do crime".
Segundo a Seap, as fiscalizações no interior das unidades prisionais são medidas que estão sendo implementadas desde o inícido do ano. Não existe no sistema prisional do Estado do Rio nenhum local inexpugnável, onde os inspetores da Seap não possam entrar. Todos, sem exceção, passarão pela mesma revista, disse o secretário David Anthony Gonçalves Alves.
No mês passado, logo após uma rebelião na Penitenciária Milton Dias Moreira, em Japeri, na Baixada Fluminense, os militares das Forças Armadas realizaram a primeira operação em um presídio com base no decreto de Garantia da Lei e da Ordem para ações em apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública.
Na época foram apreendidos nas celas 48 celulares, 205 invólucros de pó branco com característica de cocaína, 151 invólucros de erva seca picada e três tabletes pequenos de erva seca com característica de maconha.
Operação no Lins
Homens do Exército e das polícias do Rio também estão em comunidades do Lins de Vasconcelos, na Zona Norte do Rio na manhã desta terça. Até as 8h40, seis mandados de prisão tinham sido cumpridos.
A Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá está fechada nos dois sentidos. As alternativas para os motoristas que estiverem vindo da Zona Oeste em direção ao Centro são a Linha Amarela, o Alto da Boa Vista e a Autoestrada Lagoa-Barra.
Por volta das 2h, polícias da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), com apoio de um blindado, entraram na comunidade. Houve confronto com criminosos e troca de tiros que durou 15 minutos. Por volta das 6h, o Exército cercou a comunidade, e não houve mais registros de tiroteio.
De acordo com o Comando Militar do Leste, 3.400 militares das Forças Armadas, 150 policiais militares e 350 policiais civis participam da ação, com apoio de blindados, aeronaves e equipamentos pesados de engenharia. O objetivo da ação é impedir a fuga de criminosos e coibir roubos de veículos e de cargas
Ministro lança programa "Internet para Todos" no Acre e diz que governo vai monitorar 100% das fronteiras usando satélite
Programa vai levar banda larga para escolas, hospitais e postos de saúde. Gilberto Kassab também participou do lançamento de serviço de telefonia móvel dos Correios.
Por Adelcimar Carvalho E Quésia Melo, G1 Ac, Rio B Publicado Em 27/03 - 15h32
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, lançou o programa Internet Para Todos, em Cruzeiro do Sul, interior no Acre, nesta terça-feira (27). O programa começou em maio com o lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). Esse satélite vai permitir que o governo monitore 100% das fronteiras do país usando 30% da capacidade.
“Vocês devem imaginar o que isso significa no combate ao tráfico de drogas e armas, contrabando e crime organizado”, declarou o ministro.
O programa Internet para Todos vai levar banda larga para locais sem conectividade e deve beneficiar escolas, hospitais e postos de saúde. As antenas para distribuição do sinal de internet começam a ser instaladas em junho.
O satélite vai ser utilizado para implantar o serviço móvel de telefonia dos Correios que teve adesão dos 22 municípios do Acre.
A vida útil do satélite, conforme Kassab, é de 18 anos, tempo de consumo do combustível que o mantém no ar.
“Esse satélite tem duas características, primeiro a capacidade que é muito grande e ultrapassa a somatória da capacidade de todos os satélites privados que estão agindo no Brasil. A segunda é o tempo de vida útil. Além disso, a operação desse satélite gera receitas para o governo brasileiro”, destacou.
Meta é levar banda larga a 7 mil escolas
O ministro afirmou também que o satélite vai ser usado pelo Ministério da Educação (MEC) para distribuir internet banda larga para todas as escolas públicas brasileiras sem exceções. Ainda este ano, a meta é que o serviço chegue a 7 mil escolas. Esta semana, a cidade de Pacarana, em Roraima, vai receber a internet em 28 escolas.
Quem também deve utilizar o satélite é o Ministério da Saúde com objetivo de compartilhar informações de pacientes entre médicos, melhorando a qualidade e agilidade dos serviços. Além disso, a internet deve ser usada para disponibilizar o prontuário eletrônico.
“Além disso, a gestão na Saúde vai ser fiscalizada com muito mais eficiência. Vamos levar a banda larga para todos os órgãos de saúde”, afirmou.
Telefonia móvel do Correios
Nesta terça-feira (27), o Correios começa a operar na área de telefonia móvel no Acre. Um selo especial foi lançado para comemorar a implantação do serviço.
O evento ocorreu no Teatro Náuas, em Cruzeiro do Sul, e contou com a participação do presidente dos Correios, Guilherme Campos, do vice-presidente de Tecnologia da Informação dos Correios, Eugenio Montenegro.
Durante o evento, Kassab destacou que o Acre foi o primeiro estado que atingiu 100% dos municípios em relação à adesão no programa.
“Todos os municípios do Acre já aderiram e assinaram o contrato. Em breve vamos dar início à implantação desse programa que é tão importante”, destacou.
O presidente dos Correios explicou o funcionamento do sistema móvel de telefonia. Segundo ele, o chip vai ser vendido nos Correios e a recarga pode ser feita na agência ou via internet. Campos afirma que essa é uma readequação a uma nova realidade de comunicação do país. Ele afirma que mais de 100 mil chips já foram vendidos no Brasil.
“A pessoa vai receber um serviço bom, bonito e barato. Fica melhor que qualquer outro serviço colocado na praça e insere os Correios dentro desse novo mundo digital em que as pessoas deixaram de usar as cartas e usam o celular como ferramenta de comunicação. A partir disso, o Correios voltam a ser aquela empresa de comunicação que todos querem”, finaliza.
Ação das Forças Armadas no Complexo do Lins tem 6 detidos
Entre levados para delegacia, três são menores de idade apreendidos em cumprimento de mandados; autoestrada Lagoa-Barra segue interditada
Ph Rosa, Do R7, Com Record Tv Rio Publicado Em 27/03 - 14h10
A ação das Forças Armadas no Complexo do Lins, zona norte do Rio de Janeiro, cumpriu três mandados de prisão na manhã desta terça-feira (27). Além dos 3.400 militares, a ação conta com 150 agentes da PM e 350 policiais civis do Rio, totalizando 3.900 homens.
De acordo com o CML (Comando Militar do Leste), o objetivo da operação, que faz parte da intervenção federal, é fazer o cerco, estabilizar a área e desobstruir vias. Para isso, a ação conta com apoio de blindados, aeronaves e equipamentos de engenharia.
Os policiais civis cumprem mandados de prisão e os policiais militares bloqueiam vias para evitar a fuga de criminosos e impedir roubos de cargas e veículos. Até o início da tarde, seis pessoas já haviam sido detidas, sendo três presos e três menores apreendidos.
Além disso, os agentes também apreenderam uma arma de fogo, rádios comunicadores, droga embalada e munições deflagradas.
De acordo com o COR (Centro de Operações Rio), a autoestrada Grajaú-Jacarepaguá segue interditada. A via foi fechada pela manhã, no início da operação.
"Algumas ruas e acessos na região poderão ser interditados e setores do espaço aéreo poderão ser controlados, oportunamente, com restrições dinâmicas para aeronaves civis. Não há interferência nas operações dos aeroportos", informa o CML em nota.
Segurança reforçada
A operação no Lins acontece um dia após o Comando Militar do Leste dar início ao reforço no patrulhamento de áreas de grande circulação do Rio.
Segundo o Comando, responsável pelas operações da intervenção federal na segurança pública, o patrulhamento vai ocorrer principalmente nas zonas norte e sul e parte da região central da cidade, em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança.
Na última terça-feira (20), o chefe de comunicação social do CML, tenente-coronel Frederico Cinelli, informou que as Forças de Segurança deixarão a Vila Kennedy dentro de duas ou três semanas, comunidade considerada "laboratório" da intervenção. A ocupação, sob o comando do interventor federal general Braga Netto, já dura cerca de um mês. Segundo Cinelli, a saída será gradual.
Reunião de hoje da Comissão Mista de Orçamento é cancelada
Da Redação Publicado Em 27/03 - 17h07 / Atualizado Em 27/03 -
Por falta de quórum, o presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador Dário Berger (PMDB-SC), cancelou há pouco a reunião desta terça-feira (27). Com isso, deixou de ser votado o relatório da deputada Laura Carneiro (DEM-RJ), favorável à Medida Provisória (MPV) 823/2018. A MP abre crédito extraordinário de R$ 190 milhões em favor do Ministério da Defesa, para assistência emergencial e acolhimento humanitário dos venezuelanos que se abrigaram no estado de Roraima.
A medida provisória só voltará a ser analisada quando for instalada a nova composição da comissão, já que hoje foi o último dia do mandato dos atuais membros.
A posse da nova composição e a eleição do presidente que irá comandar os trabalhos neste ano ainda não tem data marcada.
Sandoval diz que Forças Armadas são comprometidas com a democracia
Da Redação E Da Rádio Senado Publicado Em 27/03 - 18h33
O senador Airton Sandoval (PMDB-SP) criticou os opositores ao presidente Michel Temer por afirmarem que o governo está se militarizando para implantar mais uma ditadura no Brasil. Segundo ele, democracia precisa de ordem e este conceito está implícito na força militar do país.
Para Sandoval, as Forças Armadas são compostas por homens e mulheres comprometidos com a democracia. O senador lembrou que, durante a ditadura, cerca de sete mil membros das Forças Armadas e dos Corpos de Bombeiros foram presos ou expulsos por oposição ao regime militar.
Ele disse que o regime deixou cicatrizes e lembranças desagradáveis, mas que chegou a hora de acabar com o preconceito que ronda os militares.
- Passados mais de 30 anos da retomada da democracia, a classe militar ainda é demonizada e os militares carregam sobre si o estigma da irracionalidade e do autoritarismo. Eu era um jovem de 21 anos em 1964 e fui deputado federal nas décadas de 70 e 80. Tenho memória e vivência pessoal dessa época, o que me dá legitimidade para falar - afirmou.
Rede 4G Militar - Polícia - Proposta PPP
General Santos Guerra propõe PPP para a construção de rede 4G das Forças de Segurança
Com Informações Teletime E Convergência Digital Publicado Em 28/03 - 01h00
Enquanto radiodifusores e teles ainda brigam pela faixa de 700 MHz, diversos representantes da segurança pública deixaram claro nesta quarta-feira, 27/3, em audiência na ANATEL, que fazem questão de levar uma fatia do espectro. Exército, polícias civil e militar, além de fabricantes interessados no segmento, insistiram em peso nessa questão.
O pleito implica em que pelo menos 20 MHz dos 108 MHz a serem “vendidos” sejam destinados ao uso, ainda que compartilhado, dos diferentes órgãos de segurança, ainda que o desenho possa variar. A polícia militar de São Paulo sugere dois blocos de 5+5 MHz. O Exército quer um de 10+10 MHz.
“Reconhecemos a importância dos serviços privados, mas a segurança do cidadão também tem relevância. O pleito do Exército é de que 20 MHz sejam destinados à segurança, ainda que não para uso exclusivo. Podemos inaugurar uma administração compartilhada em alguns estados”, defendeu o general Antonino dos Santos Guerra, ex-comandante do Centro de Comunicações e de Guerra Eletrônica do Exército.
Santos Guerra coordena testes de 4G/LTE na faixa de 700 MHz, nos quais são utilizados equipamentos da Motorola. Não por menos, a fabricante também foi a público defender o uso de um pedaço do espectro pelos órgãos de segurança. “É extremamente importante a alocação exclusivamente para segurança e defesa. O LTE, ao contrário de tecnologias de banda estreita, não se presta bem ao uso secundário”, ressaltou o gerente de negócios da Motorola Solutions, Bruno Novak.
Além deles, representantes das polícias civil e militar de São Paulo se juntaram ao coro. O tenente coronel Ronaldo de Oliveira Filho, da PMSP, apresentou o pleito dos dois blocos de 5+5 MHz. “Precisamos que esteja no regulamento uma reserva de espectro em caráter primário. Por enquanto ele fala apenas em uma possibilidade”, insistiu. “É necessário que tenhamos também esta faixa de espectro para que possamos ter provida comunicação de ponta”, completou o delegado da polícia civil, Renato Rodrigues.
Parceria Público Privada
O general Antonino dos Santos Guerra Neto, propôs duas alternativas para levar o projeto adiante: uma Parceria Público Privada (PPP) ou uma parceria com a TELEBRAS. O setor público tem direito a 5+5 MHz na faixa de 700 MHz.
O general Antonino dos Santos Guerra Neto, propôs duas alternativas para levar o projeto adiante: uma Parceria Público Privada (PPP) ou uma parceria com a TELEBRAS. O setor público tem direito a 5+5 MHz na faixa de 700 MHz.
A PPP seria com alguma operadora privada. Nela, os militares concederiam sua faixa de espectro em troca de acesso à rede da companhia privada. “Nós conversamos com uma empresa que está interessada neste modelo de PPP. Uma operadora que não tem espectro de 700 MHz. Foi um bom diálogo”, revelou o militar.“ Não vejo dificuldades em oferecer isso à Anatel. E não enxergo problemas em conciliar outros serviços privados com esse uso”, completa.
Por sua vez, a parceria com a TELEBRAS seria similar à FirstNet dos Estados Unidos. O problema é que a estatal passa por mudanças de gestão com o retorno de Maximiliano Martinhão ao MCTIC, com quem o general havia conversando anteriormente.
“A visão que existe hoje entre as diversas camadas do governo é de compartilhamento da frequência e da infraestrutura. No entanto, falta definir quem vai gerenciar essa rede. Não há coordenação entre ANATEL, MCTIC, Ministério da Defesa. Ninguém assume esse papel”, disse o general.
Esta necessidade do desenvolvimento da rede 4G para o setor público foi tema de conversa entre Mobile Time e Elton Borgonovo, CEO da Motorola no Brasil, em janeiro deste ano. Na época, o executivo ressaltou que o Brasil precisa de uma política pública para a tecnologia: “Existe uma demanda para criar compartilhamento de rede LTE. Por exemplo, se a polícia de SP pede licença para usar o LTE em 700 MHz, ela fica com a faixa daquela região. Se o Exército naquela mesma região pedir o mesmo, não terá espaço, pois está com a polícia”.
Só Notícias - Aeronave interceptada pela FAB com 330 kg de drogas no Pará será levada para Sinop
Só Notícias/cleber Romero Publicado Em 27/03 - 09h57 (atualizada às 1h15)
O delegado da Polícia Federal, Samir Zugaibe confirmou, há pouco, ao Só Notícias, que o avião Cessna Aircraft, modelo 210N, com cerca de 330 kg de cocaína, que foi interceptado, ontem à tarde, pela Força Aérea Brasileira (FAB), em Jacareacanga, no Pará (cerca de 300 km em linha reta até a divisa com Mato Grosso) está sendo encaminhado para Sinop, onde ficará apreendido. “O delegado responsável por essas investigações vai instaurar um inquérito para saber o destino e de onde saiu a aeronave. A princípio, a droga e o avião vão ficar apreendidos aqui em Sinop. O local exato ainda não sabemos. Não houve prisões".
O avião transportando o entorpecente entrou em espaço aéreo brasileiro e foi seguido pela FAB até uma pista clandestina, em Jacareacanga. A droga estava no monomotor que foi classificado como tráfego aéreo desconhecido por não ter apresentado plano de voo, provavelmente veio da Bolívia, e a última posição da aeronave dos traficantes, conhecida pelos órgãos de defesa aérea, foi próxima ao rio Crepori, afluente do Tapajós.
Ainda de acordo com a assessoria da FAB, após a localização do avião, em uma pista clandestina, a equipe do Ciopaer decolou do aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, com um policial federal. Em seguida, pousou em Sinop, onde embarcaram mais dois policiais federais que fizeram a abordagem em solo. Na aeronave havia um tambor que possivelmente seria usado para levar combustível. Ainda será apurado se o monomotor é roubado.
A ação da Força Aérea Brasileira faz parte da Operação Ostium para coibir ilícitos transfronteiriços e atua em conjunto com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança pública. Um avião radar E-99 também foi usado na operação desta segunda.
Consta no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) que a aeronave está na categoria serviço aéreo privados e com situação de aeronavegabilidade normal. A validade do Certificado de Aeronavegabilidade (CA) vencerá em 2019. Além disso, houve uma comunicação de venda.
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