NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 26/03/2018 / Sem relicitação, Viracopos avalia quatro opções
Sem relicitação, Viracopos avalia quatro opções ...
Fernanda Pires ...
O aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), trabalha com ao menos quatro cenários caso a Justiça negue a liminar em que pede para o governo decidir definitivamente sobre a relicitação da concessão. São eles: solicitar recuperação judicial; rescindir unilateralmente o contrato; aguardar o desfecho do processo de caducidade aberto pela Anac (agência reguladora); ou atrair um comprador.
As alternativas correm paralelamente. Contudo, uma transferência acionária - solução de mercado que o próprio governo prefere - esfriou desde que a Anac instaurou em fevereiro o processo de caducidade contra a concessionária.
Na quinta-feira a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos (ABV) entrou com liminar para o governo analisar o pleito de relicitação, feito em julho com base na Lei 13.448, de 2017. A legislação instituiu o mecanismo de "devolução amigável" de concessões.
Apesar de as solicitações para qualificar o contrato no Programa de Parcerias de Investimento (PPI) e instaurar o processo de relicitação terem ocorrido há oito meses, ainda não houve "decisão ou manifestação conclusiva", diz a ação do escritório Vernalha Guimarães & Pereira Advogados.
"Além de não se manifestarem, ainda instauraram a caducidade e seguem nos cobrando os valores da outorga. É o pior dos mundos", disse o presidente da ABV, Gustavo Müssnich.
No pedido de liminar, a concessionária solicita também a suspensão da exigência das outorgas vencidas em 2017 até que haja definição sobre o pleito de qualificação. Caso o empreendimento seja qualificado no PPI, um dos efeitos automáticos é a interrupção da caducidade.
Se a Justiça recusar a liminar, a tese da recuperação judicial pode, sim, ganhar força, disse Müssnich. "Mas não é nossa preferência nesse momento. Queremos a relicitação", afirmou, destacando haver um leque de possibilidades.
Entre elas, uma quinta alternativa. Mesmo que a Justiça negue a liminar, o governo pode decidir finalmente enquadrar o pedido para a devolução da concessão por conta própria.
O ineditismo da devolução amigável, contudo, impõe desafios ao poder concedente. Conforme o Valor apurou, o atraso deriva, ao menos em parte, de uma divergência entre interpretações de órgãos do governo. Para um grupo, a Lei 13.448 precisa de um decreto regulamentador, prometido há meses mas que ainda não saiu. Uma outra ala avalia que a legislação é autoaplicável e, por isso, concessões consideradas problemáticas já poderiam ser relicitadas com base no texto legal.
Quando a concessionária decidiu pedir a relicitação, os sócios já haviam cogitado a recuperação judicial. O tema foi inclusive objeto de apreciação na assembleia geral de acionistas. Mas naquele momento optou-se por uma medida menos drástica para a concessão, que enfrenta problemas financeiros e sem perspectiva de melhora.
Com o tráfego real muito abaixo da demanda projetada e desequilíbrios em operações cujas receitas são fundamentais, Viracopos não é viável sem uma repactuação do contrato, já afirmaram os acionistas. O bloco privado, que detém 51% da concessão, é formado por Triunfo Participações e Investimentos (TPI) e UTC, a primeira em recuperação extrajudicial e a segunda, em judicial. Os demais 49% são da estatal Infraero. Para aprovar um pedido de recuperação judicial basta a decisão da maioria.
O drama é que as receitas não pagam todas as obrigações. O que Viracopos arrecada honra 100% da operação, 100% dos juros e serviço da dívida mas não toda a outorga. O aeroporto está inadimplente com as outorgas variável e fixa que venceram no ano passado. As duas pendências somam R$ 210 milhões aproximadamente.
A proposta firme do aeroporto, ressalta o executivo, é resolver o problema de forma administrativa. Mas isso exige um encadeamento de ações desafiadoras que envolvem a Anac, a seguradora (acionada para pagar a outorga) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um dos credores do aeroporto e que bloqueia R$ 70 milhões da concessionária.
O aeroporto solicitou ao BNDES a liberação desse valor para saldar parte dos R$ 210 milhões que estão atrasados. O banco condicionou isso à garantia de que na data do pagamento a concessionária tenha a diferença no caixa. Os acionistas já sinalizaram que vão aprovar a subscrição e integralização dos R$ 140 milhões restantes.
Outra exigência é fazer com que a Anac se manifeste atestando que, se a ABV pagar a outorga e renovar o seguro, dará uma garantia de que arquiva o procedimento de caducidade. A terceira tarefa é a renovação do seguro-garantia. "É difícil mas é viável, estamos trabalhando muito fortemente nisso", disse o presidente.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
General critica decisão do STF pró-Lula
Antonio Hamilton Martins Mourão criticou, nas redes sociais, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de garantir salvo-conduto ao ex-presidente até o dia 4 de abril
O Estado De S.paulo Publicado Em 24/03/2018 - 17:28
RIO – O general da reserva Antonio Hamilton Martins Mourão criticou, nas redes sociais, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de garantir salvo-conduto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o dia 4 de abril, quando a Corte vai analisar o mérito do habeas corpus pedido por seus defensores. Ao se aposentar no mês passado, o general afastou a ideia de ser candidato nas eleições deste ano – estava cotado para ser o vice do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) -, mas prometeu subir no palanque do parlamentar: “Se tiver que subir no palanque, eu subo”.
Mourão afirma que nos últimos quatro anos pertenceu ao Alto Comando do Exército – composto por generais de quatro estrelas -, onde debateu temas de interesse do País. “Apesar das diferenças de opinião, o ponto focal sempre foi o bem do País. Jamais vi personalismos, discussões deletérias ou ofensas pessoais, pois ali nosso farol era a tríade honra, dever e pátria”.
O militar afirmou que ao ver a decisão do STF da última quinta-feira, em que a Corte suspendeu o julgamento do habeas corpus de Lula e concedeu liminarmente garantias para que ele não fosse preso, sentiu-se “envergonhado” pela o que chamou de “covardia moral” do ministros do Supremo.
“Ao ver o STF, corte maior de nosso Brasil, sinto-me envergonhado pela falta de espírito público, pela covardia moral, pela linguagem empolada - destinada a enganar o homem comum -, pelas falsidades e, principalmente, por observar que uns merecem mais que outros ante os olhos daquele colegiado. Fica claro que os que possuem ‘pertences’ jamais cumprirão a pena que merecem por haver surrupiado o bem público. Fica o alerta de Soldado, cuidado com a cólera das legiões!!!!”.
Com a decisão, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), de segunda instância, que condenou Lula a 12 anos e 1 mês em regime fechado, não poderá decretar a prisão do ex-presidente na próxima segunda-feira caso não aceite os embargos de declarações pedidos pelos defensores do petistas.
Conhecido por defender a intervenção militar no Brasil no ano passado, Mourão criticou a situação em que se encontra o poder judiciário no País, que para ele deveria ser um dos pilares para solucionar os problemas brasileiros, “ou vamos viver o caos”. “O judiciário tem que exercer sua responsabilidade ou vão fazer justiça com as próprias mãos”, afirmou ao Estado. “Os presídios estão cheios de presos pobres e os de colarinho branco soltos, com o judiciário sentado em cima dos processos”, disse por telefone nesta sábado.
Nesta semana, o militar já havia publicado um vídeo em suas redes socais convocando apoiadores para um ato na Avenida Paulista no dia 31 de março em pró da ditadura militar. “Todos os brasileiros patriotas que desejam que o nosso País tenha um projeto, um rumo, um norte pra seguir, longe da corrupção, longe da incompetência, longe da má-gestão, eu convido para o dia 31 de março comemorarmos o 54º aniversário da contrarrevolução de 64 e também principalmente congregarmos e termos esse sentimento de brasilidade cada vez mais aflorado. Viva o Brasil”.
O general se aposentou do serviço militar no mês passado. Em cerimônia em Brasília onde oficializou a ida para a reserva após 49 anos de serviços, Mourão fez críticas à intervenção no Rio de Janeiro e à classe política. “O general Braga Netto não tem poder político, é um cachorro acuado e não vai conseguir resolver dessa forma. É uma intervenção meia-sola”, disse o militar. Para ele, todos, inclusive o governador do estado Luiz Fernando Pezão (PMDB), deveriam ser afastados. “Se é intervenção, é intervenção. Já que há o desgaste, vamos nos desgastar por inteiro.”
Procurado, o STF não se pronunciou até o fechamento da edição."Uma solução exclusivamente militar não vai resolver"
Comandante do Exército pede maior engajamento do Judiciário no combate à violência no Rio e diz que ‘solução perene’ para a segurança depende de comprometimento do governo e da sociedade organizada
Rodrigo Taves Publicado Em 26/03/2018
BRASÍLIA- Em entrevista por escrito ao GLOBO, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, pediu apoio da população, maior engajamento do Poder Judiciário e união de esforços do governo e da sociedade organizada a favor da intervenção federal na segurança do Rio. E advertiu que “uma solução exclusivamente militar” não resolverá a crise da segurança no estado. Embora tenha assegurado todo o apoio do Exército à intervenção, o general disse que é preocupante a frequência com que as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) vêm ocorrendo e pediu “ação de governo efetiva”. O general também elogiou o fato de o interventor estar dando prioridade ao combate da corrupção nas polícias do Rio. A seguir, os principais trechos da entrevista:
Como o senhor avalia a decisão de intervir na segurança pública do Rio e de nomear interventor o general Walter Braga Netto?
Acredito que a situação da segurança pública no Rio de Janeiro atingiu um patamar inaceitável e necessitava com celeridade de medidas mais contundentes. A nomeação de um cidadão brasileiro fardado para exercer a função de interventor foi revestida de um simbolismo, na medida em que evidenciou a confiança depositada nas Forças Armadas, baluarte dos valores éticos e morais tão importantes para a sociedade. Além disso, os problemas de corrupção e a necessidade da valorização da classe policial estão sendo tratados com prioridade. As corregedorias deverão agir com bastante rigidez, dentro dos parâmetros legais, punindo e, se preciso for, colocando para fora o mau policial. Acredito que para chegarmos a bons termos há necessidade de uma urgente e ampla reforma da legislação penal e um maior engajamento do Poder Judiciário.
De modo geral, o que o senhor pensa da convocação cada vez mais frequente do Exército para resolver crises na segurança?
A frequência com que essas missões vêm ocorrendo é uma questão preocupante, tendo em vista o Exército ser vocacionado, por natureza, à defesa externa da nação. Uma solução exclusivamente militar não irá resolver essa questão. A experiência tem demonstrado que, após a saída das tropas, o crime organizado retorna às suas atividades e recupera o controle tácito local. É fundamental uma ação de governo efetiva nas esferas econômica e psicossocial, além de medidas que abordem questões importantes como uma eventual reforma na legislação criminal e no processo penal, a necessidade de melhoria no sistema prisional, dentre outras.
O senhor disse no Twitter que os argumentos do almirante Leal Ferreira, comandante da Marinha, em defesa da nomeação de um militar para a Defesa, são “consistentes e desprovidos de ideologia”. Pode nos dar mais detalhes do que pensa a respeito?
A nomeação dos ministros de Estado é uma prerrogativa do presidente da República. A indicação de um militar para a pasta da Defesa não viola nenhum preceito legal. Minha declaração foi no sentido de destacar que um dos fatores mais importantes a ser considerado na nomeação do ministro da Defesa deve ser a capacitação pessoal e profissional do indicado para a ocupação do cargo, independente do segmento da sociedade a que ele pertença. O general Silva e Luna (ministro da Defesa interino) é um cidadão brasileiro, possuidor de notável saber na área da defesa e isento de qualquer tipo de filiação político-partidária. Com certeza, o seu compromisso e as suas ações como ministro da Defesa buscarão atender exclusivamente aos interesses da nação.
Quais as dificuldades financeiras e administrativas que o senhor tem encontrado em sua gestão?
A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018, aprovada para o Exército, apontou uma redução de R$ 400 milhões, em relação a 2017, que pode eventualmente impactar a realização de algumas atividades em 2018 e a própria vida vegetativa das organizações militares. Apesar disto, 95% do valor previsto na LOA foi liberado para empenho, o que permite ao Exército ter em suas mãos, desde o início do ano, grande parte do seu orçamento, favorecendo o planejamento e a execução das despesas com maior eficiência e diminuindo os impactos negativos da redução.
República clandestina
Em breve, será preciso aumentar a frota de jatinhos da FAB
Por Ricardo Noblat Publicado Em 25/03/2018 - 10:00
Com medo de serem hostilizados, ministros do Supremo Tribunal Federal agora entram por portas laterais nos aeroportos, alguns protegidos por agentes de segurança, e desembarcam direto dentro dos aviões.
No ritmo que vai o tribunal, qualquer dia desses ministros passarão a usar aeroportos militares e a voar em jatinhos da Força Aérea Brasileira. Os mais cautelosos talvez se disfarcem. Por que não?
Político acusado de corrupção já não voa em avião de carreira. Renan Calheiros (PMDB) por acaso voa? Aécio Neves (PSDB)? Lula voa de jatinho de empresário amigo desde que deixou a presidência da República.
Não são poucos os deputados que preferem esconder o broche de lapela que os distingue para não sofrer constrangimentos. É dura a vida dos que prevaricam ou se veem tentado a prevaricar. Muito dura e arriscada.
Fusão da Boeing com a Embraer vai agregar área de jatinhos
Para decolar de vez
Por Mauricio Lima Publicado Em 25/03/2018
Na fusão entre Boeing e Embraer, todo o setor de defesa ficará de fora do acordo. Para engordar o faturamento dessa nova empresa, a ideia é agregar ali também a área de jatinhos executivos da companhia, responsável hoje por 15% do faturamento da Embraer.
Coração de pedra
Mauricio Lima Publicado Em 25/03/2018
O general Sergio Etchegoyen ficou irado ao ver colegas do governo homenageando Marielle Franco. O militar esbravejou que o mesmo não ocorre quando um soldado morre em combate.
Exclusivo: Temer assume candidatura à Presidência
Carlos J. M., Sérgio P., Germano O. E Rudolfo L. Publicado Em 25/03/2018
A intervenção no Rio ainda não surtiu o efeito que se imaginava. Não bastasse o brutal assassinato da vereadora Marielle Franco, há uma escalada de crimes ainda sem solução. Os responsáveis pelo setor batem cabeça. O ministro da Segurança Raul Jungmann se contradisse sobre a origem das balas, o interventor Braga Netto pede R$ 3 bilhões, mas recebe R$ 1 bilhão… A intervenção fracassou, presidente?
A intervenção mal começou. Ela é outro gesto de coragem do nosso governo. Desde que eu era secretário de Segurança em São Paulo já se falava na necessidade de o governo federal entrar de forma mais ativa no tema da segurança. Quando eu cheguei ao governo, logo transformei o Ministério da Justiça de Ministério da Justiça e Cidadania para Ministério da Justiça e Segurança Pública. Depois, criei o Ministério da Segurança Pública. Então, eu tive a coragem de assumir a questão da segurança pública, que nenhum governo quis assumir. Foi ousado. No caso da intervenção do Rio de Janeiro, nós identificamos essa questão há algum tempo.
O senhor admitiu que pode suspender a intervenção até setembro…
Está decretada até o final de dezembro. Pode ser que se encerre antes. O que eu tenho é a informação de que a população vê com muita satisfação a presença física das forças de segurança. As polícias, as Forças Armadas, a Força Nacional. Dá uma situação de conforto. As organizações criminosas hoje são muito organizadas. Isso assusta a população. Então, é preciso agora desbaratar essas organizações. E é isso que está sendo feito com o uso da inteligência pelo general Braga Netto. O interventor falou em R$ 3 bilhões como um passivo do próprio Estado. Há verbas lá que não podem ser direcionadas pela União sob pena de crime de responsabilidade. Coisas do passado. Estamos destinando para lá R$ 1 bilhão. Se for necessário, destinaremos mais.
Sem relicitação, Viracopos avalia quatro opções
Por Fernanda Pires - De São Paulo Publicado Em 26/03/2018 - 05:00
O aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), trabalha com ao menos quatro cenários caso a Justiça negue a liminar em que pede para o governo decidir definitivamente sobre a relicitação da concessão. São eles: solicitar recuperação judicial; rescindir unilateralmente o contrato; aguardar o desfecho do processo de caducidade aberto pela Anac (agência reguladora); ou atrair um comprador.
As alternativas correm paralelamente. Contudo, uma transferência acionária - solução de mercado que o próprio governo prefere - esfriou desde que a Anac instaurou em fevereiro o processo de caducidade contra a concessionária.
Na quinta-feira a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos (ABV) entrou com liminar para o governo analisar o pleito de relicitação, feito em julho com base na Lei 13.448, de 2017. A legislação instituiu o mecanismo de "devolução amigável" de concessões.
Apesar de as solicitações para qualificar o contrato no Programa de Parcerias de Investimento (PPI) e instaurar o processo de relicitação terem ocorrido há oito meses, ainda não houve "decisão ou manifestação conclusiva", diz a ação do escritório Vernalha Guimarães & Pereira Advogados.
"Além de não se manifestarem, ainda instauraram a caducidade e seguem nos cobrando os valores da outorga. É o pior dos mundos", disse o presidente da ABV, Gustavo Müssnich.
No pedido de liminar, a concessionária solicita também a suspensão da exigência das outorgas vencidas em 2017 até que haja definição sobre o pleito de qualificação. Caso o empreendimento seja qualificado no PPI, um dos efeitos automáticos é a interrupção da caducidade.
Se a Justiça recusar a liminar, a tese da recuperação judicial pode, sim, ganhar força, disse Müssnich. "Mas não é nossa preferência nesse momento. Queremos a relicitação", afirmou, destacando haver um leque de possibilidades.
Entre elas, uma quinta alternativa. Mesmo que a Justiça negue a liminar, o governo pode decidir finalmente enquadrar o pedido para a devolução da concessão por conta própria.
O ineditismo da devolução amigável, contudo, impõe desafios ao poder concedente. Conforme o Valor apurou, o atraso deriva, ao menos em parte, de uma divergência entre interpretações de órgãos do governo. Para um grupo, a Lei 13.448 precisa de um decreto regulamentador, prometido há meses mas que ainda não saiu. Uma outra ala avalia que a legislação é autoaplicável e, por isso, concessões consideradas problemáticas já poderiam ser relicitadas com base no texto legal.
Quando a concessionária decidiu pedir a relicitação, os sócios já haviam cogitado a recuperação judicial. O tema foi inclusive objeto de apreciação na assembleia geral de acionistas. Mas naquele momento optou-se por uma medida menos drástica para a concessão, que enfrenta problemas financeiros e sem perspectiva de melhora.
Com o tráfego real muito abaixo da demanda projetada e desequilíbrios em operações cujas receitas são fundamentais, Viracopos não é viável sem uma repactuação do contrato, já afirmaram os acionistas. O bloco privado, que detém 51% da concessão, é formado por Triunfo Participações e Investimentos (TPI) e UTC, a primeira em recuperação extrajudicial e a segunda, em judicial. Os demais 49% são da estatal Infraero. Para aprovar um pedido de recuperação judicial basta a decisão da maioria.
O drama é que as receitas não pagam todas as obrigações. O que Viracopos arrecada honra 100% da operação, 100% dos juros e serviço da dívida mas não toda a outorga. O aeroporto está inadimplente com as outorgas variável e fixa que venceram no ano passado. As duas pendências somam R$ 210 milhões aproximadamente.
A proposta firme do aeroporto, ressalta o executivo, é resolver o problema de forma administrativa. Mas isso exige um encadeamento de ações desafiadoras que envolvem a Anac, a seguradora (acionada para pagar a outorga) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um dos credores do aeroporto e que bloqueia R$ 70 milhões da concessionária.
O aeroporto solicitou ao BNDES a liberação desse valor para saldar parte dos R$ 210 milhões que estão atrasados. O banco condicionou isso à garantia de que na data do pagamento a concessionária tenha a diferença no caixa. Os acionistas já sinalizaram que vão aprovar a subscrição e integralização dos R$ 140 milhões restantes.
Outra exigência é fazer com que a Anac se manifeste atestando que, se a ABV pagar a outorga e renovar o seguro, dará uma garantia de que arquiva o procedimento de caducidade. A terceira tarefa é a renovação do seguro-garantia. "É difícil mas é viável, estamos trabalhando muito fortemente nisso", disse o presidente.
Esquadrilha da Fumaça leva emoção ao céu da capital
Exibição de acrobacias de sete aeronaves A-29 Super Tucano encantou público em evento pelo aniversário da Capital
Publicado Em 25/03/2018 - 18:04
Uma multidão ocupou a orla do Guaíba neste domingo (25) para apreciar a exibição da Esquadrilha da Fumaça. Com a Avenida Edvaldo Pereira Paiva fechada para o trânsito de automóveis, o público se espalhou pela via para se divertir com as acrobacias das sete aeronaves A-29 Super Tucano. O evento fez parte das comemorações pelo aniversário de 246 anos de Porto Alegre, celebrado nesta segunda-feira (26).
A manhã chuvosa e nublada ameaçou a apresentação dos pilotos, mas no meio da tarde o sol apareceu e, às 16h25min, os aviões surgiram no horizonte sobre as águas do Guaíba, arrancando aplausos e gritos de comemoração do público. Pouco antes, a estudante Larissa Rodrigues, 21 anos, aproveitou a espera para visitar os estandes da Aeronáutica e vestir um macacão idêntico ao dos pilotos. Fã de aviação, Larissa sonha em seguir carreira militar.
— Sempre gostei de aviões, comprava muitas revistas. Pretendo fazer concurso e um dia entrar na Força Aérea. Foi uma honra vestir o uniforme — emocionou-se.
Na primeira apresentação do ano da esquadrilha, os pilotos fizeram uma exibição mais curta. Foram 25 minutos de manobras no ar, ante os tradicionais 40 minutos de espetáculo. Apesar do pouco tempo, não faltou emoção. Em ações coordenadas e de extrema precisão, os pilotos voaram de cabeça para baixo, giraram as aeronaves em torno do próprio eixo, balançaram as asas e fizeram subidas verticais que tiraram o fôlego do público. Nos momentos de maior adrenalina, os aviões se cruzavam no ar, em alta velocidade e a poucos metros de distância.
— Foi lindo. Nunca tinha visto a esquadrilha antes e achei sensacional — comemorou o estudante Yago Alge, 15 anos.
A Embraer vai de Boeing?
Hugo Cilo Publicado Em 25/03/2018
As negociações de fusão ou parceria entre a Boeing e a Embraer, iniciadas no fim do ano passado, podem estar perto de uma definição. Fontes ligadas às empresas garantem que os detalhes do negócio devem ser apresentados nos próximos dias, e que os americanos irão propor a criação de uma nova empresa de aviação, controlada pela Boeing, que ficaria com 80% a 90% do capital. A Embraer responderia por 10% a 20% segundo reportagem do Valor Econômico. O desafio é convencer o governo brasileiro de que a união não comprometerá áreas estratégicas da Embraer, como a de Defesa.
O FUXICO. COM - Cozinheiros disputam primeira prova em equipe no Masterchef
Henrique Fogaça, Paola Carosella, Erick Jacquin e Ana Paula Padrão chegam à Base Aérea de Santos
Luigi Civalli Publicado Em 26/03/2018 - 00:00
Na próxima terça-feira (27), às 22h30, os cozinheiros enfrentam a primeira prova em equipe da temporada. Eles terão de cozinhar para convidados que vêm do céu, os paraquedistas da Força Aérea Brasileira (FAB). Os 20 participantes terão de fazer um prato saboroso com linguiça artesanal que seja adequado para alimentar 150 militares.
Os 10 piores cozinheiros dessa prova terão de preparar uma iguaria genuinamente brasileira: uma coxinha. Extremamente popular em todo país, a coxinha tem massas e recheios diferentes para cada região do Brasil, o que torna o desafio de fazer a coxinha perfeita ainda mais complexo cozinheiros. O autor da pior coxinha deixa a competição.
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