NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 24/12/2017 / Boeing tem interesse em parceria também de Defesa com Embraer, diz fonte
Boeing tem interesse em parceria também de Defesa com Embraer, diz fonte ...
Tim Hepner ...
PARIS (Reuters) - A Boeing tem interesse em uma parceria com a Embraer que vá além da aviação comercial e atinja também as áreas de Defesa e serviços mundiais, mas o formato da associação depende de negociações com o governo brasileiro.
O grupo aeroespacial norte-americano ainda não fez uma oferta formal, e a estrutura final da proposta deve ser definida após a retomada das conversas, nas próximas semanas. Contudo, fontes dizem que o objetivo é ir bem além de uma joint venture ou de uma simples injeção de capital.
"Uma associação mais ampla seria preferível, mas a Boeing está sensível a preocupações que o governo pode ter quanto a Defesa. Se isso puder ser equacionado, esse acordo pode vingar", disse uma pessoa com conhecimento direto das negociações.
Os obstáculos políticos diminuíram desde que um escândalo de espionagem prejudicou a Boeing na escolha da compra de caças pelo governo brasileiro, em 2013. O Brasil acabou optando pelos jatos Gripen, da sueca Saab.
Mas a subida ao poder do presidente Michel Temer — e sua agenda liberal-econômica, com políticas pró-mercado, de privatizações e redução do papel do Estado — animou a Boeing.
Contudo, a alta impopularidade de Temer, que não chega nem a 10 por cento de aprovação nas pesquisas de opinião, fazem com que autoridades prevejam que ele vetaria qualquer tentativa de compra absoluta da empresa brasileira.
"As empresas estão agora atravessando os temas regulatórios do governo brasileiro. O portfólio de Defesa seria gerenciado de acordo com o governo do Brasil e as discussões gerais e sobre a golden share estão em andamento", disse a fonte.
Um acordo revigoraria a capacidade comercial da Boeing nos aviões comerciais de pequeno porte, cujas vendas da empresa norte-americana caíram. Também seria uma resposta à venture entre a Airbus e a canadense Bombardier.
Analistas dizem que o acordo de outubro, segundo o qual a Airbus assumirá o controle do projeto canadense de aviões da série C, deixou a Embraer exposta com sua aeronave da série E, menor em tamanho, e com possível concorrência da China a caminho.
Embora muitas fontes digam que o acordo ligou o alerta vermelho na Embraer, pessoas envolvidas nas negociações com a Boeing insistem que as conversas já vinham ocorrendo.
"É uma relação de longo prazo que evoluiu com o tempo. Essas discussões estão acontecendo ao longo do ano e foram intensificadas há dois meses, mas muito antes do anúncio da Airbus e da Bombardier. Não é algo reativo", disse uma pessoa próxima às negociações.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Boeing & Embraer
Celso Ming Publicado Em 24/12
O anúncio de que Embraer e Boeing negociam um arranjo não pode ser analisado pela ótica da desnacionalização em marcha, como os aflitos de sempre se apressam em protestar. Tem que ser visto pelo lado do que é melhor para o Brasil. E há aí muita coisa boa a desfrutar.
Há o reconhecimento de que a Embraer conquistou lugar especial no setor. Se não tivesse sido privatizada, como foi em 1994, não passaria de um monte de sucata ou de cabide de empregos, como aconteceu com a Engesa, que fazia veículos bélicos para uso em terra.
A Boeing está vindo atrás porque sentiu que precisa se posicionar no segmento de jatos de médio porte, principalmente depois que a europeia Airbus e a canadense Bombardier anunciaram, em outubro, planos de fusão.
Também é preciso ter em conta que a Embraer, terceira maior produtora de jatos no mundo, se tornou um dos campeões nacionais porque livrou-se de vícios que tomam outros setores da indústria, como subsídios e, principalmente, políticas supostamente nacionalistas, como exigências de conteúdo local. De 17% a 20% dos componentes das aeronaves da Embraer vêm de fora. Ela não foi obrigada a pagar mais caro para desenvolver o que outros países e empresas fazem mais barato. No caso das aeronaves da família E-Jet E2, as asas têm parte da estrutura feita em Portugal; a cabine e seus assentos são do Reino Unido; o motor das turbinas, do Canadá; o sistema estabilizador, dos Estados Unidos; o sistema de controle de flaps vem da Alemanha.. E assim vai. A Embraer se especializou em produzir projetos e conceitos.
A Embraer não é uma empresa que tenha um dono. Cerca de 65% de seu capital está pulverizado no mercado. Tem como principais acionistas a norte-americana Brandes (15% do total), a Mondrian (10%), o BNDES (5%) e o fundo Blackrock (5%). O Tesouro brasileiro possui uma golden share, ou prerrogativa de vetar qualquer negócio que contrarie o interesse nacional.
A proposta em negociação não está clara. Mas não dá para dizer que seja de compra pela Boeing. Por disposição estatutária, nenhum acionista pode ter mais do que 35% das ações da empresa.
Mas já dá para antever algumas das vantagens de que desfrutaria a Embraer a partir de uma associação com a Boeing. A primeira delas seria o fortalecimento do seu próprio segmento do mercado que está sendo deslealmente atacado pela Bombardier e pode enfrentar forte concorrência de novos players, especialmente da China, do Japão e da Coreia do Sul. Segunda vantagem, a Embraer poderia partilhar com a Boeing a faixa de aviões de grande porte E, terceira, ganharia importante reforço em seu capital.
Não faz sentido o discurso de que a Embraer também fabrica aviões militares e, por isso, não se podem misturar interesses das empresas por motivos de segurança nacional. É difícil imaginar que os produtos da Embraer para fins militares sejam segredos importantes para os norte-americanos - até porque qualquer um dos produtos pode ser adquirido no mercado. Em segundo lugar, a Boeing tem mais abrangência e produtos de defesa do que a Embraer.
De todo modo, antes de conhecer melhor o que está em jogo, não se terão os principais elementos para uma melhor avaliação desse pretendido acordo.
Lá na frente
Andreza Matais Publicado Em 24/12
Seguro de que estará no 2.º turno, o presidenciável Jair Bolsonaro tem dito a empresários que, se não quiserem votar nele na primeira fase da disputa, que o façam na segunda para “combater a esquerda e salvar o Brasil”.
Dê as ordens.
Bolsonaro desistiu de criticar eventual parceria entre a Embraer e a Boeing após consultar o economista Paulo Guedes, que escalou para ser seu ministro da Fazenda.
Disciplinado.
Como prova de que não fará loucuras na economia se eleito, Bolsonaro mostrou a um empresário o WhatsApp que trocou com Guedes com o tema sobre o qual foi orientado a não se manifestar. No que depender do presidente Michel Temer o negócio da Boeing com a Embraer não sai durante seu governo.
Boeing tem interesse em parceria também de Defesa com Embraer, diz fonte
Tim Hepner Publicado Em 23/12 - 12h13
PARIS (Reuters) - A Boeing tem interesse em uma parceria com a Embraer que vá além da aviação comercial e atinja também as áreas de Defesa e serviços mundiais, mas o formato da associação depende de negociações com o governo brasileiro.
O grupo aeroespacial norte-americano ainda não fez uma oferta formal, e a estrutura final da proposta deve ser definida após a retomada das conversas, nas próximas semanas. Contudo, fontes dizem que o objetivo é ir bem além de uma joint venture ou de uma simples injeção de capital.
"Uma associação mais ampla seria preferível, mas a Boeing está sensível a preocupações que o governo pode ter quanto a Defesa. Se isso puder ser equacionado, esse acordo pode vingar", disse uma pessoa com conhecimento direto das negociações.
Os obstáculos políticos diminuíram desde que um escândalo de espionagem prejudicou a Boeing na escolha da compra de caças pelo governo brasileiro, em 2013. O Brasil acabou optando pelos jatos Gripen, da sueca Saab.
Mas a subida ao poder do presidente Michel Temer — e sua agenda liberal-econômica, com políticas pró-mercado, de privatizações e redução do papel do Estado — animou a Boeing.
Contudo, a alta impopularidade de Temer, que não chega nem a 10 por cento de aprovação nas pesquisas de opinião, fazem com que autoridades prevejam que ele vetaria qualquer tentativa de compra absoluta da empresa brasileira.
"As empresas estão agora atravessando os temas regulatórios do governo brasileiro. O portfólio de Defesa seria gerenciado de acordo com o governo do Brasil e as discussões gerais e sobre a golden share estão em andamento", disse a fonte.
Um acordo revigoraria a capacidade comercial da Boeing nos aviões comerciais de pequeno porte, cujas vendas da empresa norte-americana caíram. Também seria uma resposta à venture entre a Airbus e a canadense Bombardier.
Analistas dizem que o acordo de outubro, segundo o qual a Airbus assumirá o controle do projeto canadense de aviões da série C, deixou a Embraer exposta com sua aeronave da série E, menor em tamanho, e com possível concorrência da China a caminho.
Embora muitas fontes digam que o acordo ligou o alerta vermelho na Embraer, pessoas envolvidas nas negociações com a Boeing insistem que as conversas já vinham ocorrendo.
"É uma relação de longo prazo que evoluiu com o tempo. Essas discussões estão acontecendo ao longo do ano e foram intensificadas há dois meses, mas muito antes do anúncio da Airbus e da Bombardier. Não é algo reativo", disse uma pessoa próxima às negociações.
A inteligência de 2018
Denise Rothenburg Publicado Em 24/12
O presidente Michel Temer determinou aos ministros Torquato Jardim, da Justiça, e Raul lungmann, da Defesa, que procedam a união dos serviços de inteligência do país. Hoje, o Planalto tem um, a Polícia Federal tem outro, e, na Defesa. cada Força tem o seu. Foi numa viagem internacional que o presidente descobriu que nenhum desses serviços conversa com os demais.
Onde houve uma certa harmonia no trabalho foi na Copa do Mundo, e olhe lá. A ordem agora é ver se esse espírito natalino se prorroga pelo menos até o início de 2018, para que possa haver mais parceria entre todos os setores de inteligência. Está cada vez mais claro para todos os setores do governo que a única forma de tentar ganhar do crime organizado no Brasil é se antecipando às ações dele. É nesse sentido que o Poder Executivo pretende trabalhar para ver se consegue aumentar a sensação de segurança no pais no ano que vem. Faz sentido.
Pré-sal responde por quase metade do petróleo produzido no país e fatia de estrangeiras chega a 33%
EPE projeta que pré-sal representará 74% da produção até 2026. Com novos leilões e entrada do bloco de Libra, participação da Petrobras tende a ficar menor.
Darlan Alvarenga Publicado Em 23/12 - 11h30
Passados 11 anos do anúncio da sua descoberta, o pré-sal já responde por praticamente metade do total de petróleo e gás natural produzido no Brasil e tem impulsionado o avanço da participação das petroleiras estrangeiras no setor. A fatia das empresas privadas já representa 33% do total da produção no pré-sal. Com a entrada em operação do bloco de Libra e a retomada do calendário de leilões, a tendência é que a participação da Petrobras caia ainda mais nos próximos anos.
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a participação da Petrobras na produção total no país caiu de um patamar acima de 90% até 2013 para 77% em 2017. No pré-sal, a fatia atual da estatal é menor, de 67%.
A produção do pré-sal vem crescendo ano a ano e alcançou 1,677 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) em setembro, o correspondente a 49,8% do total produzido no Brasil. Em outubro, houve uma queda de 2,9% em relação ao mês anterior, e a participação do pré-sal ficou em 48,6% do total. Na comparação anual, entretanto, o volume de óleo extraído cresceu 14,3%.
Até 2012, o pré-sal ainda representava menos de 10% da produção total nacional. No final de 2014, já correspondia a 25%. Em 2016, alcançou os 40% e desde então vem batendo sucessivos recordes. Em junho de 2017, a produção no pré-sal ultrapassou pela primeira vez a do pós-sal. A expectativa agora é superar também a soma da produção do pós-sal e dos campos terrestres.
"Os 50% já estão dados. Se não for no próximo mês, vai ser em breve. Praticamente tudo o que é novo está no pré-sal e a tendência é que com a entrada dos novos projetos essa participação cresça ainda mais rápido", afirma Walter de Vitto, economista da consultoria Tendências.
Segundo o analista, o avanço das estrangeiras vem ocorrendo gradativamente à medida em que muitos dos novos campos que tem entrado em operação não são mais 100% da Petrobras. "No pré-sal, a participação dessas empresas cresce num ritmo mais rápido. Há campos em que a Petrobras tem 30%, 40% da produção. Então, é natural que ocorra uma diluição", explica.
Atualmente, Shell (Reino Unido), Petrogal (Portugal) e Repsol Sinopec (Espanha) são as únicas estrangeiras com produção no pré-sal, com participação de 21%, 6% e 5% respectivamente no volume total extraído. Outras estrangeiras, no entanto, começam a entrar.
O Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), que representa as petroleiras no Brasil, estima que a fatia das empresas privadas na produção total de petróleo no país poderá passar de 30% até 2030. Já no pré-sal, as projeções do mercado apontam para a participação ainda maior até o final da próxima década.
"O pré-sal tem apresentado uma produtividade maior do que se imaginava e o custo de produção também está mais baixo do que se previa, diz Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
Segundo ele, o pré-sal brasileiro e o Oriente Médio são hoje as duas áreas do mundo mais interessantes para as petroleiras e com maior potencial para aumentar a produção global.
Evolução do pré-sal
O número poços em produção no pré-sal subiu para 79 em outubro, ante 66 no mesmo mês do ano passado. "Apesar de serem muito profundos, a operação no pré-sal requer furar poucos poços, o que torna o custo muito mais atraente", afirma Vitto.
Atualmente, são 14 campos. Embora a Petrobras ainda seja a única operadora no pré-sal, em vários campos a estatal divide a produção com parceiros. No campo de Lula, responsável por 60% de toda a produção do pré-sal, a Shell tem participação de 25% e a Petrogral, 10%. Em Sapinhoá, o 2º maior campo, consórcio é formado por Petrobras (45%), Shell (30%) e Repsol Sinopec (25%).
Evolução da produção total de petróleo e gás natural no Brasil (Foto: Divulgação/ANP) Evolução da produção total de petróleo e gás natural no Brasil (Foto: Divulgação/ANP)
Evolução da produção total de petróleo e gás natural no Brasil (Foto: Divulgação/ANP) Evolução da produção total de petróleo e gás natural no Brasil (Foto: Divulgação/ANP)
No dia 30 de novembro, foi declarada a comercialidade no campo de Libra, o primeiro do país sob o regime de partilha, marcando o início da produção do consórcio formado por Petrobras (40%), Shell (20%), a francesa Total (20%), e as chinesas CNPC (10%) e CNOOC Limited (10%).
No final de outubro, outras 6 áreas do pré-sal foram arrematadas, e pela 1ª vez sem a obrigatoriedade da Petrobras como operadora. Entre as empresas que também passarão a explorar o pré-sal estão Statoil (Noruega), ExxonMobil, (EUA), BP Energy (Reino Unido) e QPI (Catar).
"O ritmo de produção no pré-sal só não vai aumentar mais porque ficamos 6 anos sem realizar nenhum leilão", afirma Pires, destacando que costuma levar de 7 a 10 anos entre o leilão e o início da produção.
Perspectivas para o pré-sal
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), projeta que, considerando apenas a produção de petróleo no país, a participação do pré-sal chegará a 58% em 2020, atingindo 74% até 2026. Considerando o calendário de leilões programados até 2019, a EPE prevê que a produção total no Brasil poderá dobrar em 10 anos, chegando a 5,2 milhões de bpd até 2026.
O crescimento da produção das petroleiras, entretanto, também depende de variáveis como evolução do preço internacional do barril de petróleo e disposição de investimentos das empresas.
Com a retomada de um calendário de rodadas de licitação e o fim da regra que obrigava a Petrobras a ser a operadora única do pré-sal, a expectativa é de retomada gradual dos investimentos no setor e um ritmo de crescimento maior da produção.
"O governo melhorou o ambiente de negócios e os últimos leilões mostraram o que esse sinal pode trazer de resultados", afirma Antonio Guimarães, secretário-executivo do IBP, citando as ofertas mais ousadas vistas nos leilões de setembro e outubro.
Ele destaca, entretanto, que as petroleiras contam também com uma maior flexibilização das regras de conteúdo local e a conclusão no Congresso Nacional da votação da MP do Repetro, que prevê incentivos tributários para a indústria de petróleo.
A Shell, a segunda maior produtora hoje no Brasil com participação de 11,69%, disse ao G1 que as perspectivas para o Brasil são "bastante promissoras", principalmente depois de ter arrematado 3 novas áreas do pré-sal, sendo duas delas como operadora.
"Somente em projetos já existentes no Brasil, a Shell está investindo um total de US$ 10 bilhões por ano, entre 2016 e 2020. No entanto, com o resultado do último leilão, estes investimentos tendem a crescer ainda mais" , disse André Araújo, presidente da Shell no Brasil.
Ele acrescentou ainda que a previsibilidade decorrente de uma agenda com novas rodadas de leilão até 2019 e regras mais claras aumenta a confiança dos investidores.
A Repsol Sinopec, que já possui participação em 2 campos do pré-sal e anunciou descobertas na Bacia de Santos, aposta no mercado de gás natural. "Temos projetos importantes em nossa carteira, que são de amadurecimento de longo prazo e entrarão em produção na próxima década, com muitos anos pela frente", destaca o presidente da companhia no Brasil, Leonardo Junqueira.
Queda dos investimentos da Petrobras
O avanço das estrangeiras sobre o pré-sal ocorre em um momento em que a Petrobras reduziu investimentos. A estatal, que investiu cerca de US$ 43,4 bilhões em 2010, prevê investir US$ 16 bilhões em 2017.
"A Petrobras não tem hoje o ritmo que tinha. Só de pagamento do serviço da dívida, a Petrobras gastou no ano passado US$ 7,5 bilhões. Com esse dinheiro, ela poderia aumentar a produção por ano em 150 mil bpd", estima Pires.
Em 2016, a produção de petróleo da Petrobras cresceu apenas 0,75% ao passo que a produção total no país cresceu 3,2%, segundo a ANP.
De acordo com o Plano de Negócios e Gestão da estatal, a meta de produção de petróleo no Brasil foi fixada em 2,77 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) para 2021, ante os 2,13 milhões registrados em novembro.
Apesar das limitações de caixa, a Petrobras levou 3 das 6 áreas arrematadas no último leilão, com participação de 40% a 50% dos consórcios, e já anunciou que pretende exercer direito de preferência em 3 das 5 áreas da 4ª rodada do pré-sal, previsto para junho de 2018.
Para os analistas, o maior protagonismo de petroleiras estrangeiras não significa, entretanto, um enfraquecimento da Petrobras, uma vez que a estatal continuará mantendo uma posição dominante no mercado e atuando como a principal operadora do pré-sal. "Ainda é muito raro um campo operado por outra empresa e sem participação da Petrobras", destaca Vitto.
Segundo Guimarães, a maior participação de estrangeiros garantirá um maior crescimento da produção e, consequentemente, maior arrecadação de royalties para os cofres públicos. E no caso da exploração sob regime de partilha, mais repasse de óleo excedente para a União.
"Boa parte do que foi vendido agora nos leilões só irá começar a produzir na próxima década, entre 2024 e 2027, isso se descobrirem petróleo nessas áreas. Os tempos da indústria do petróleo são longos, é por isso que é preciso fazer leilões todo ano porque o resultado só começa a ser visto muito tempo depois", destaca.
Liberação de voos semanais entre Brasil e EUA é benéfico para o setor, diz Abav
Julia Buonafina Publicado Em 23/12 - 08h50
O acordo que altera o limite de voos semanais entre Brasil e Estados Unidos, aprovado nesta semana pela Câmara dos Deputados, pode beneficiar o turismo no país, segundo o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav), Carlos Palmeira. O Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 424/16, ilimita a quantidade de voos oferecidos pelas companhias aéreas e prevê a abertura de novas rotas, que passam a ser livres.
"A medida é benéficas para o setor. Esse tipo de ação amplia o número de oferta de voos e, consequentemente, na redução de preços das tarifas. Entendo essa aprovação da Câmara como extremamente benéfica para todo o turismo nacional”, afirmou.
Levantamento da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, sigla em inglês) mostra que o número de passageiros em rotas internacionais com origem ou destino no Brasil pode aumentar 47% após a ratificação do chamado "céus abertos".
Atualmente, são permitidos no máximo 301 voos semanais entre os dois países. O acordo prevê que as receitas obtidas com o serviço prestado no outro país poderão ser remetidas à sede sem taxas e encargos adicionais além dos cobrados pelos bancos.
O regime de preços livres, criação de novos itinerários e a oferta de code-share (acordo de cooperação pelo qual uma companhia aérea transporta passageiros cujos bilhetes tenham sido emitidos por outra companhia), é um dos artigos que está previsto no texto e que já está vigorando.
Para o o ministro do Turismo, Marx Beltrão, é importante reduzir os entraves burocráticos que impedem o fortalecimento e o avanço do turismo brasileiro. "Estamos confiantes que o Senado também faré uma leitura positiva em relação a esse tema”, disse.
Passageiros lotam aeroportos na antevéspera de Natal
Karine Melo Publicado Em 23/12 - 09h30
Maior concentração de passageiros nos aeroportos brasileiros deve ser registrada nos próximos dias por causa das festividades de final de ano. A empresa responsável pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, o mais movimentado do país, espera receber para o Natal, entre 22 e 26 de dezembro mais de 584 mil passageiros, aumento de 11% em relação ao mesmo período de 2016.
No período do Ano Novo, entre 29 de dezembro e 2 de janeiro de 2018, o movimento deve chegar em 593 mil passageiros. O volume é 14% maior que o registrado em 2016 nos mesmos dias. "Muitas ações durante o ano impulsionaram a alta na movimentação para o final de 2017. O GRU Airport anunciou novas rotas e, agora em dezembro, trabalha com mais uma operação para Roma, um segundo voo da Aeroméxico, além dos habituais reforços de alta temporada para os destinos de turismo dentro do Brasil – em especial, para o Nordeste", justificou o presidente do GRU Airport, Gustavo Figueiredo.
Brasília
A Inframerica, administradora do Aeroporto Internacional de Brasília, terceiro mais movimentado do país, por exemplo, também prevê terminal cheio nesse período. A administradora estima, para os dias 22, 23, 29 e 30 de dezembro, um fluxo diário de 60 mil passageiros, um acréscimo de mais 10% em relação a movimentação normal na capital federal. As regiões mais procuradas são Nordeste e Sudeste do país. Durante todo o mês de dezembro, estão previstos 204 voos extras e um total de 11.159 pousos e decolagens no Aeroporto de Brasília.
Dicas
Para quem já está de malas prontas para viajar, a recomendação é fazer o check in com antecedência pela internet e chegar com pelo menos 1h30 antes para voos nacionais e 2h para internacionais.
Celso Amorim: "Venda de Embraer seria crime de lesa-pátria"
Publicado Em 23/12 - 09h30
A notícia de que a Embraer, a Empresa Brasileira de Aeronáutica e a Boeing estão discutindo uma combinação de seus negócios obrigou o governo brasileiro a dar uma resposta imediata ao assunto.
O Planalto tem poder de veto a uma eventual venda em razão do chamado golden share, um mecanismo que concede maior peso ao voto do governo. Segundo apuração da Folha de São Paulo, o presidente golpista Michel Temer (MDB) seria contrário ao controle acionário da empresa brasileira pelos americanos.
O ex-ministro da Defesa e das Relações Exterior, Celso Amorim se colocou também contra as negociações e afirmou que mesmo com o "furor privatista" do governo Temer, a venda não deveria ser permitida. "Totalmente contrário, acho isso um crime de lesa-pátria. O governo brasileiro tem que usar o golden share que ele dispõe para impedir essa fusão, porque não é fusão é uma incorporação", afirma.
Ele afirma que a Embraer é estratégica demais para o Brasil do ponto de vista comercial, tecnológico e de defesa do país e lembra que os aviões são um dos principais itens de exportação."Não há como passar esse controle para uma empresa estrangeira sem que ela divida o mercado de acordo com seu interesse", considera.
Darc Costa, ex-vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e professor de Economia Política Internacional na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acredita que a Embraer é o maior êxito que o Brasil tem em termos de tecnologia.
Embora não veja chances reais da empresa brasileira acabar nas mãos dos estadunidenses, Costa enxerga esse possível cenário como negativo para o Brasil. "A venda dessa empresa para o exterior representa mais uma perda da soberania nacional. Algo que o governo nacional tem colocado como defensor dessa ideia de que a internacionalização deve ser conduzida para que o progresso do país ocorra", avalia.
O ex-vice-presidentes do BNDES lembra que a Embraer, embora privada hoje, é uma construção do estado nacional e se tornou uma grande empresa graças ao apoio permanente do BNDES.
Luciano Huck vai até Bacuri, no interior do Maranhão, entregar premio de R$ 1 Milhão
Publicado Em 23/12
Programa, exibido no sábado (23/12), fez uma visita ao Centro de Lançamento de Alcântara e mostrou peculiaridades do Programa Espacial Brasileiro.
https://globoplay.globo.com/v/6377827/
https://globoplay.globo.com/v/6377827/
DIÁRIO DE NOTÍCIAS (PORTUGAL) - Dois mortos em queda de pequeno avião nas Ilhas Turcas e Caicos, nas Caraíbas
Publicado Em 24/12 - 02h
Um pequeno avião despenhou-se no sábado nas Ilhas Turcas e Caicos, nas Caraíbas, fazendo dois mortos, indicaram as autoridades locais.
Segundo o presidente executivo do aeroporto, John Smith, a aeronave despenhou-se pouco depois de ter decolado de Providenciales, uma das ilhas daquele arquipélago.
Fotografias mostram o pequeno avião envolto em chamas e fumo espesso na sequência do acidente ao longo de uma estrada perto do aeroporto.
O mesmo responsável escusou-se a identificar o operador do avião ou as nacionalidades das duas pessoas que seguiam a bordo.
Uma investigação para apurar as causas do acidente está em curso, indicou John Smith, citado pela agência de notícias norte-americana Associated Press.
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