NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 19/12/2017 / Líder mundial em jatos de médio porte, Embraer aposta na inovação
Líder mundial em jatos de médio porte, Embraer aposta na inovação ...
Embraer é responsável por uma receita de R$ 21,4 bilhões só no ano passado ...
Jaqueline Mendes ...
São Paulo — Desde que assumiu a presidência da Embraer, há um ano e meio, a rotina do executivo paulistano Paulo César de Souza e Silva, de 62 anos, tem sido administrar a rotina entre o escritório em São Paulo, a fábrica em São José dos Campos (SP) e os três centros de inovação e pesquisa nos Estados Unidos: na cidade de Melbourne (estado da Flórida), no famoso Vale do Silício (Califórnia), e em Boston (Massachusetts). Isso porque o executivo não está apenas projetando seu próximo avião ou oferecendo jatos mundo afora.
O principal objetivo é conduzir a Embraer, dona de uma receita de R$ 21,4 bilhões no ano passado, no mais desafiador ambiente de transformações tecnológicas de que se tem notícia na história da humanidade. “Grande parte de tudo aquilo que consideramos inovações hoje será obsoleto daqui a poucos anos”, afirma o presidente da Embraer. “Não podemos parar nem para piscar quando o que está em jogo é a inovação.”
O principal objetivo é conduzir a Embraer, dona de uma receita de R$ 21,4 bilhões no ano passado, no mais desafiador ambiente de transformações tecnológicas de que se tem notícia na história da humanidade. “Grande parte de tudo aquilo que consideramos inovações hoje será obsoleto daqui a poucos anos”, afirma o presidente da Embraer. “Não podemos parar nem para piscar quando o que está em jogo é a inovação.”
O senso de urgência explica, em parte, a recente parceria entre a Embraer e a americana Uber, com sede em São Francisco (EUA). Uma equipe de engenheiros brasileiros se uniu a um time de engenheiros da Uber (time esse liderado por um ex-cientista da Nasa) para criar um veículo voador urbano. A aeronave será totalmente elétrica e terá autonomia de voo de 80 a 100 quilômetros — o suficiente para uma viagem entre São Paulo e Campinas, por exemplo.
O veículo, tipo um mini-helicóptero, poderá transportar até quatro pessoas, além do piloto. O primeiro voo experimental deve ser realizado em 2021, em Dubai e em Dallas. O “Uber da Embraer” será oferecido, comercialmente, a partir de 2024. “O futuro da aviação e da mobilidade passam pela condução autônoma e pela propulsão elétrica, com emissão zero e baixíssimo ruído”, diz Silva.
O veículo, tipo um mini-helicóptero, poderá transportar até quatro pessoas, além do piloto. O primeiro voo experimental deve ser realizado em 2021, em Dubai e em Dallas. O “Uber da Embraer” será oferecido, comercialmente, a partir de 2024. “O futuro da aviação e da mobilidade passam pela condução autônoma e pela propulsão elétrica, com emissão zero e baixíssimo ruído”, diz Silva.
Pode parecer trivial, mas a parceria da Embraer com a Uber deve, de fato, revolucionar a indústria da mobilidade nas grandes cidades. “Na prática, a Embraer está entrando em uma disputa direta com as montadoras de automóvel, que terão de repensar seu modelo de negócios para não ser engolidas por uma sociedade que não vê sentido em se locomover com as tradicionais quatro rodas”, afirma o consultor Elvio Perez Fonseca, mestre em mobilidade urbana pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
O veículo voador terá capacidade para pousar e decolar de heliportos, terraços de prédios ou pequenas áreas em meio a casas e edifícios. “Imagine o potencial dessa inovação numa cidade como São Paulo, com trânsito caótico e que já tem a maior frota de helicópteros do mundo, sem falar da estrutura já montada”, diz o presidente da Embraer.
O veículo voador terá capacidade para pousar e decolar de heliportos, terraços de prédios ou pequenas áreas em meio a casas e edifícios. “Imagine o potencial dessa inovação numa cidade como São Paulo, com trânsito caótico e que já tem a maior frota de helicópteros do mundo, sem falar da estrutura já montada”, diz o presidente da Embraer.
A revolução tecnológica da empresa, que de 1969 a 1994 foi uma estatal símbolo de má gestão, não se resume ao Uber voador. A empresa afirma que não irá negligenciar seu core business, o de jatos comerciais de médio porte, com capacidade para transportar até 150 passageiros. E com razão. A companhia brasileira detém nada menos do que 58% do mercado global.
“Cada ano que passa, criamos aviões muito mais inteligentes e eficientes em consumo de combustível”, garante o executivo. “Nossos modelos mais recentes, os da família E-2, consomem 16% menos, vantagem que faz toda a diferença em uma operação de uma companhia aérea.”
“Cada ano que passa, criamos aviões muito mais inteligentes e eficientes em consumo de combustível”, garante o executivo. “Nossos modelos mais recentes, os da família E-2, consomem 16% menos, vantagem que faz toda a diferença em uma operação de uma companhia aérea.”
O avião E195-E2, o maior já fabricado pela Embraer, com capacidade para até 146 assentos, realizou o primeiro voo em março e coloca a empresa em um novo cenário competitivo, disputando mercados diretamente com Boeing e Airbus, no segmento denominado 150 assentos. O primeiro E195-E2 será entregue em 2018 à companhia norueguesa Widerøe.
Além disso, a empresa avança a passos largos no setor de aviação militar, com o modelo KC-390, um gigantesco avião de transporte voltado a situações de combate. “Temos um contrato de fornecimento de 28 aviões com o governo brasileiro, que começarão a ser entregues já em 2018, mas também assinamos com o governo de Portugal e estamos em negociação com vários países”, afirma Silva, que acredita que será possível fazer negócios também com o governo americano.
Além disso, a empresa avança a passos largos no setor de aviação militar, com o modelo KC-390, um gigantesco avião de transporte voltado a situações de combate. “Temos um contrato de fornecimento de 28 aviões com o governo brasileiro, que começarão a ser entregues já em 2018, mas também assinamos com o governo de Portugal e estamos em negociação com vários países”, afirma Silva, que acredita que será possível fazer negócios também com o governo americano.
O que alimenta o otimismo é, principalmente, o empenho e o investimento em pesquisas e desenvolvimento. Nos últimos anos, a Embraer reverteu 10% de sua receita total em investimentos em inovação, percentual 20 vezes maior do que a média de 0,5% da indústria brasileira. Isso corresponde a cerca de US$ 4 bilhões.
Segundo Silva, graças a essa enxurrada de recursos em pesquisas, 50% das receitas da Embraer são provenientes dessas inovações. “A Embraer é um exemplo de empresa eficiente, produtiva e capaz de dar respostas rápidas globalmente”, diz o consultor José Roberto Ferro, presidente do Lean Institute Brasil.
Segundo Silva, graças a essa enxurrada de recursos em pesquisas, 50% das receitas da Embraer são provenientes dessas inovações. “A Embraer é um exemplo de empresa eficiente, produtiva e capaz de dar respostas rápidas globalmente”, diz o consultor José Roberto Ferro, presidente do Lean Institute Brasil.
Para colocar a Embraer na vanguarda da inovação e tecnologia, o novo presidente precisou promover uma faxina e fazer as pazes com o passado. Assim que assumiu, fechou um acordo de US$ 206 milhões no Brasil e nos Estados Unidos para encerrar investigações relacionadas ao pagamento de propina em quatro países.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Presidente recebe recomendação para impedir uso indevido de aviões
Assessoria Mpf Publicado Em 18/12/17 - 22:00
O Ministério Público Federal em Brasília (MPF/DF) enviou recomendação ao presidente da República, Michel Temer, com o objetivo de impedir o uso indevido de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) por parte de ministros de Estado e outros integrantes do governo.
O pedido é para que sejam feitas alterações no Decreto nº 4.244/2002, que regulamenta o transporte aéreo de autoridades em aviões da aeronáutica. Isso porque, em investigação, o MPF constatou dois fatos relevantes: o número elevado de voos realizados para levar ministros de Estado a suas respectivas cidades de domicílio e também para buscá-los e a utilização de aviões para transportar parentes, amigos lobistas das autoridades.
A solicitação do MPF tem como fundamento informações colhidas em inquérito civil público instaurado em 2016 para apurar o uso irregular de aviões da FAB.
Deu início à investigação uma representação encaminhada ao MPF por congressistas expondo que 21 ministros de Estado teriam feito pelo menos 238 voos sem a justificativa adequada. A partir disso, o MPF/DF enviou ofícios ao Comando da Aeronáutica e à Secretaria Executiva de cada Ministério apontado na manifestação, buscando informações sobre o custo dos voos realizados pelos ministros e sobre a agenda oficial dos chefes de cada pasta.
Em resposta, o MPF recebeu o dado de que foram gastos mais de R$ 34 milhões com os voos dos ministros de Estado da gestão do presidente Michel Temer no período de maio de 2016 a março de 2017.
Também com base nas informações recebidas, o MPF constatou que dos 781 transportes realizados, 238 tiveram como destino/origem a cidade de residência dos ministros sob o fundamento de necessidade de “segurança” e “serviço”.
Também com base nas informações recebidas, o MPF constatou que dos 781 transportes realizados, 238 tiveram como destino/origem a cidade de residência dos ministros sob o fundamento de necessidade de “segurança” e “serviço”.
Segundo o Ministério Público, a justificativa viola o Decreto nº 8.432, vigente desde 2015 e que restringe o uso de aeronaves do Comando da Aeronáutica em deslocamentos dessas autoridades para o local de domicílio.
Na investigação, foi identificado que a solicitação de locomoção tinha como destino o local de domicílio de residência requisitante às quintas ou sextas-feiras, com retorno previsto para Brasília nas segundas ou terças-feiras.
Sobre o uso abusivo e ilegal dos voos da FAB, a recomendação destaca que “não há justificativa plausível para que a Administração Pública continue financiando esses gastos desmedidos, razão pela qual a revisão do Decreto nº 4.244/2002, bem como a punição dos que infringiram a restrição é medida que se impõe”.
Além disso, o MPF afirma que a norma lista, taxativamente, as autoridades públicas autorizadas a solicitar o uso dos aviões do Comando da Aeronáutica, mas é omissa em relação à possibilidade de acompanhantes. Para o Ministério Público, a lacuna normativa dá espaço para interpretações e pode servir de motivo para validar as “caronas”.
ALTERAÇÃO DECRETO
Para impedir que a Administração continue financiando os gastos desmedidos com o transporte de integrantes do governo ou possibilitando requisições que ofendem a moralidade, o MPF pede para que sejam incluídas regras específicas no decreto.
Como exemplo, cita que a norma deve informar se as autoridades solicitantes podem ou não embarcar em companhia de parentes ou terceiros e, em caso, positivo, discriminar em quais circunstâncias. Além disso, é necessário definir objetivamente “viagens a serviços” e “compromissos oficiais”, especificando os eventos com tais características, de modo a ser possível distingui-los daqueles considerados de interesse particular da autoridade ou de importância reduzida.
A regulamentação também deve incluir a previsão de ressarcimento aos cofres públicos em caso de uso indevido do transporte da FAB.
O MPF também solicita que a classificação do motivo “segurança” seja feita pelo Gabinete de Segurança Institucional ou Polícia Federal, e não pela autoridade que solicitar o transporte. Por fim, a norma deve exigir que as viagens para comparecimento a compromissos constem previamente da agenda pública do ministro, com o indicativo de uso da aeronave oficial.
Ainda no documento, o MPF informa que, caso não sejam saneadas as deficiências apontadas, poderá adotar medidas judiciais.
Conforme prevê a Lei Complementar 75/1993, o documento ao presidente Michel Temer deverá ser encaminhado por meio da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O prazo para o cumprimento da recomendação passará a contar a partir da data do recebimento do documento por parte da Presidência da República.
Ciência claudicante
Editorial
Um dos efeitos mais deletérios da crise orçamentária em que se debate o país é a desorganização imposta a instituições essenciais, como as responsáveis por segurança pública, saúde e educação.
Nesse rol deve figurar também a pesquisa científica, que no entanto nem sempre é assim percebida pelos governantes e pelo público.
Nesse rol deve figurar também a pesquisa científica, que no entanto nem sempre é assim percebida pelos governantes e pelo público.
A desvantagem do setor reside em que sua contribuição para a sociedade e a economia não se mostra tão óbvia nem imediata quanto as do trio mencionado.
Parece evidente, entretanto, que o Brasil não ostentaria uma indústria aeronáutica e uma agricultura tão competitivas, hoje, se não tivesse investido décadas a fio em pesquisa básica e institutos tecnológicos nessas áreas.
"É mais difícil para a ciência e a tecnologia do que para um hospital demonstrar os benefícios que elas trazem", bem resumiu em entrevista à Folha o diretor científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Carlos Henrique de Brito Cruz.
O físico e engenheiro eletrônico, que já foi reitor da Unicamp, não se filia ao contingente de cientistas que se limitam a deblaterar contra os cortes orçamentários no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Como este jornal, advoga que o momento de escassez pede também flexibilidade, eficiência e iniciativa da comunidade científica.
Ser mais flexível implica diversificar fontes de financiamento, em particular no setor privado. A dependência de recursos governamentais sempre representou um calcanhar de aquiles da ciência nacional, para nada dizer do fosso que dificulta o translado do conhecimento gerado na academia para a esfera da produção.
Para Brito Cruz, universidades e institutos necessitam perseguir e demonstrar a própria eficiência. Não bastam mais as análises quantitativas, como reiterar que o país deu um salto de produtividade entre 2003 e 2015, passando de 1,39% para 2,57% da produção mundial de artigos científicos.
Importam também avanços em qualidade, como a abertura de empresas em setores dinâmicos.
Por fim, não podem os pesquisadores se acomodar numa atitude de lamúria catastrofista.
Cabe a eles tomar a iniciativa de mostrar à sociedade que não faz sentido, por exemplo, garantir o pagamento de salários a docentes de universidades federais (oriundos de recursos do MEC preservados por regra constitucional) e estrangular a verba que possibilita o funcionamento contínuo de laboratórios e projetos de pesquisa.
"No Brasil, não temos muito apreço pela organização", diz Temer
Gustavo Uribe De Brasília Publicado Em 18/12/17 - 15:39
O presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira (18) que a sociedade brasileira não tem muito apreço pela hierarquia e pela organização.
Em almoço com generais das Forças Armadas, no qual decidiu discursar de improviso, o peemedebista fez a análise quando elogiava a disciplina e o respeito às regras dos oficiais militares.
"O Brasil se posicionou no mundo de maneira muito positiva em função da presença disciplinada, hierarquizada e organizada das Forças Armadas. E nós no Brasil, convenhamos, não temos muito apreço pela hierarquia, no geral, pela organização", disse.
O peemedebista disse também que não se tem no país muito apreço pelas instituições, defendendo a necessidade de se reinstitucionalizar o país. "Certa solenidade, certa cerimônia no trato entre os poderes da República é fundamental", defendeu.
No discurso, após evento de condecoração de generais, o presidente criticou o fato de gerar especulações encontros entre representantes do Executivo e do Judiciário. Segundo ele, achar que ele é capaz de influenciar um ministro é algo "desmoralizante" para o magistrado.
Desde que assumiu o Palácio do Planalto, Temer se reúne frequentemente, em encontros fora da agenda oficial, com o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes. O ministro se tornou um dos principais conselheiros do presidente sobre questões jurídicas.
"Se alguém do Executivo fala com alguém do Judiciário, já gera uma especulação, o que é desmoralizante para quem ouve. Se eu falo com alguém do Judiciário e sou capaz de influenciá-lo a ponto dele mudar uma opinião pessoal ou jurídica, é porque ele não se presta ao cargo que exerce", disse.
Em sua fala, ele exaltou a liberdade de imprensa e disse que a atuação dela como fiscalizadora é importante para ajudar a governar o país. Apesar da defesa aos veículos de comunicação, não foi permitido aos jornalistas ou cinegrafistas entrar na cerimônia.
Procuradoria pede a Temer que mude regras para uso de voos da FAB
Fábio Fabrini / Camila Mattoso De Brasília Publicado Em 18/12/17 - 19:02
O MPF (Ministério Público Federal) em Brasília vai pedir ao presidente Michel Temer que altere o decreto que regulamenta o uso de aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira) para impedir abusos por parte de ministros e de outros integrantes do governo.
A recomendação, assinada por 11 procuradores, se baseia em irregularidades apuradas durante uma investigação e em reportagem da Folha, publicada na segunda-feira (11) –que mostrou que autoridades da gestão Temer usam os jatos para, em viagens "a trabalho", dar carona a parentes, amigos, lobistas e outras pessoas sem vínculo com a administração pública, não raro a locais turísticos e eventos festivos.
O documento aponta também que é "exacerbado" o número de voos para levar e trazer ministros de seus locais de domicílio. Desde 2015, embarques com o propósito exclusivo de deslocamento ao lugar de residência estão proibidos.
Além da medida do MPF, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu investigação sobre as condutas dos ministros citados na reportagem da Folha.
NAS ASAS DA FAB
Políticos dão carona para parentes, aliados e amigos em voos gratuitos.
DECRETO
O documento requer que o decreto que disciplina o uso dos aviões, de 2002, seja alterado para informar se as autoridades podem ou não embarcar terceiros, como parentes, e, em caso positivo, em quais circunstâncias a carona é lícita.
Pede ainda que se defina objetivamente o que são "viagens a serviço" e "compromissos oficiais", detalhando quais são os eventos com essas características, para evitar que agendas de trabalho sejam criadas apenas para acobertar deslocamentos de caráter privado.
Outra requisição é para que o decreto preveja o ressarcimento dos gastos da FAB quando se constatar o uso indevido.
Para facilitar o controle social sobre as viagens, pede-se também que o comparecimento a compromissos conste previamente da agenda do ministro, com a indicação, se for o caso, de uso da frota da FAB.
A proposta do MPF é que o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência ou a Polícia Federal, e não a autoridade requisitante do voo, classifique quando o voo é por motivo de segurança.
INQUÉRITO
O MPF abriu um inquérito civil para apurar irregularidades no uso dos voos da FAB em 2016. A investigação constatou que o transporte dos ministros da gestão Temer, entre maio do ano passado e maio deste ano, consumiu R$ 34 milhões.
Dos 781 transportes realizados, 238 tiveram como destino/origem a cidade de residência dos ministros. Os fundamentos usados são os de necessidade de "segurança" e "serviço". É comum o deslocamento de ida ser às quintas ou às sextas-feiras, com retorno na segunda ou na terça, após o fim de semana.
Para os procuradores, as justificativas violam decreto de 2015, assinado pela ex-presidente Dilma Rousseff, que vetou o uso de aeronaves para deslocamentos aos locais de domicílio dos ministros.
O MPF sustenta não haver motivo "plausível" para que a administração pública continue financiando "esses gastos desmedidos", razão pela qual se impõem a revisão do decreto que disciplina o uso da frota oficial e a "punição" dos que o infringiram
"A partir de um aperfeiçoamento constante da legislação, a tendência ao abuso da prerrogativa de utilização de aviões oficiais pode ser amenizada, de modo a evitar eventuais ações de improbidade ou ressarcimento", escrevem os procuradores.
Para Temer, povo brasileiro não tem "muito apreço" pelas instituições
Presidente diz que o comportamento das Forças Armadas deveria servir de exemplo no Brasil
Carla Araújo E Felipe Frazão, O Estado De S.paulo Publicado Em 18/12/17 - 15h04
BRASÍLIA - O presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira, 18, que o povo brasileiro não tem apreço pelas instituições e que o comportamento das Forças Armadas como "disciplina, hierarquia e organização" deveria servir de exemplo. "Convenhamos, nós no Brasil não temos muito apreço pela hierarquia, pela organização, não temos muito apreço pelas instituições", afirmou, durante cerimônia de apresentação de oficiais-generais promovidos, na base aérea de Brasília. "Não são poucas as vezes que digo que temos que reinstitucionalizar o País", completou.
Temer fez críticas ao fato de que relações entre autoridades dos Poderes podem gerar desconfiança. "Verifico que, se alguém do Executivo fala com alguém do Judiciário, isso já gera uma especulação, o que é desmoralizante para quem ouve", disse. "Porque se eu falo com alguém do Judiciário e sou capaz de influenciá-lo a ponto de ele mudar uma opinião pessoal ou jurídica ou científica ou o que seja, é porque ele não se presta para o cargo que exerce", completou.
O presidente disse que as relações institucionais entre os entes é fundamental porque todos "são autoridades constituídas". "Nós temos o dever de olhar para o Brasil, agir na nossa pátria como quem quer o progresso do seu povo", destacou, ressaltando também ter um respeito pela liberdade de imprensa. "Eu respeito a imprensa. Eu gravo em alto e bom som: viva a liberdade de imprensa, pois ela é fiscalizadora."
Temer disse que tem orgulho dos relatos que destacam o que seu governo conseguiu fazer em apenas um ano e meio. " (Raul) Jungmann (ministro da Defesa) citou feitos desse governo que não foi de 4 anos, mas de 1 ano e 8 meses", disse, referindo-se ao discurso feito antes ao seu pelo ministro da Defesa.
Ao elogiar Jungmann, Temer citou ainda que, por meio das Forças Armadas, o Brasil "ultrapassou fronteiras, numa concepção muito positiva". No início do mês, o Comando do Exército demitiu do cargo o general da ativa do Exército Antônio Hamilton Martins Mourão, depois de ele dizer que Temer promovia um "balcão de negócios" no Congresso para tentar chegar ao fim do mandato. O general também citou casos em que as Forças Armadas, em seu entendimento, deveriam intervir no País para evitar o caos. Mourão não descarta lançar-se candidato a um cargo político nas eleições de 2018.
No fim de seu discurso, Temer citou o "espírito de Natal" e afirmou que deseja que 2018 seja um ano próspero. "Neste espírito de Natal, desejo que venhamos renascer em 2018 para um ano muito melhor".
No evento desta segunda, foram promovidos oito oficiais-generais do Exército, sete da Aeronáutica e três da Marinha.
Jungmann: Marinha promoverá chamamento público para construção de novas corvetas
O ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), anunciou nesta segunda-feira, 18, que a Marinha vai promover um chamamento público à indústria naval nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, para a construção de quatro novas corvetas. O ministro disse que os novos navios fazem parte de um "processo de modernização do poder naval" da esquadra brasileira.
Jungmann participou de cerimônia para promoção de oficiais a generais na Base Aérea de Brasília e afirmou que as Forças Armadas brasileiras são conhecidas pelo profissionalismo.
Ele citou a atuação das três forças em ações de Garantia da Lei e da Ordem no Rio de Janeiro "sem um único deslize", a participação da Marinha no Líbano, e disse que em 13 anos no Haiti o comando das Forças de Paz das Nações Unidas, cuja missão liderada pelo Brasil encerrou-se neste ano, nunca recebeu denúncias de abuso.
Jungmann disse que as forças são um "ativo democrático" e se "mantiveram no rumo", respeitando o mandato outorgado pela Constituição na garantia da soberania e do território nacionais.
O ministro citou diversos projetos militares, ressaltou a relevância de o País ter lançado seu primeiro satélite próprio e afirmou que Brasil desbrava o setor nuclear por não ter o "beneplácito das grandes potências" para desenvolver tecnologia de interesse militar e na área de saúde. Ele afirmou que o programa de construção de submarinos, o Prosub, caminha muito bem.
Procuradoria quer impedir "uso indevido" de aviões da FAB por ministros, familiares e lobistas "amigos"
Ministério Público Federal no Distrito Federal vai encaminhar ao presidente Michel Temer, via Procuradoria-Geral da República, recomendação para alteração da norma que regulamenta a utilização das aeronaves
Rafael Moraes Moura E Amanda Pupo/brasília Publicado Em 18/12/17 - 18:41
O Ministério Público Federal em Brasília vai encaminhar uma recomendação ao presidente Michel Temer "com o objetivo de impedir o uso indevido de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) por parte de ministros de Estado e outros integrantes do governo". O documento será entregue à presidência por meio da Procuradoria-Geral da República.
O pedido é para que sejam feitas alterações no Decreto n º4.244/2002 que regulamenta o transporte aéreo de autoridades em aviões da Força. Isso porque, em investigação, a Procuradoria constatou dois fatos relevantes – o número elevado de voos realizados para levar ministros de Estado a suas respectivas cidades de domicílio e também para buscá-los e a utilização de aviões para transportar parentes, amigos lobistas das autoridades.
O pedido é para que sejam feitas alterações no Decreto n º4.244/2002 que regulamenta o transporte aéreo de autoridades em aviões da Força. Isso porque, em investigação, a Procuradoria constatou dois fatos relevantes – o número elevado de voos realizados para levar ministros de Estado a suas respectivas cidades de domicílio e também para buscá-los e a utilização de aviões para transportar parentes, amigos lobistas das autoridades.
A solicitação do Ministério Público Federal tem como fundamento informações colhidas em inquérito civil público instaurado em 2016 para apurar o uso irregular de aviões da FAB.
Deu início à investigação uma representação encaminhada ao MPF por parlamentares expondo que 21 ministros de Estado teriam feito pelo menos 238 voos sem a justificativa adequada.
A partir daí, o Ministério Público Federal no DF enviou ofícios ao Comando da Aeronáutica e à Secretaria Executiva de cada Ministério apontado na manifestação, buscando informações sobre o custo dos voos realizados pelos ministros e sobre a agenda oficial dos chefes de cada Pasta.
Em resposta, o MPF recebeu o dado de que foram gastos mais de R$ 34 milhões com os voos dos ministros de Estado da gestão do presidente Michel Temer no período de maio de 2016 a março de 2017.
Também com base nas informações recebidas, o MPF constatou que dos 781 transportes realizados, 238 tiveram como destino/origem a cidade de residência dos ministros sob o fundamento de necessidade de "segurança" e "serviço".
Segundo o Ministério Público, a justificativa viola o Decreto 8.432, vigente desde 2015 e que restringe o uso de aeronaves do Comando da Aeronáutica em deslocamentos dessas autoridades para o local de domicílio.
Na investigação, foi identificado que a solicitação de locomoção tinha como destino o local de domicílio de residência requisitante às quintas ou sextas-feiras, com retorno previsto para Brasília nas segundas ou terças-feiras.
Sobre o uso abusivo e ilegal dos voos da FAB, a recomendação destaca que "não há justificativa plausível, para que a Administração Pública continue financiando esses gastos desmedidos, razão pela qual a revisão do Decreto nº4.244/2002, bem como a punição dos que infringiram a restrição é medida que se impõe".
O Ministério Público Federal afirma que a norma lista, taxativamente, as autoridades públicas autorizadas a solicitar o uso dos aviões do Comando da Aeronáutica, "mas é omissa em relação à possibilidade de acompanhantes".
Para os procuradores, "a lacuna normativa dá espaço para interpretações e pode servir de motivo para validar as "caronas"."
Alteração do decreto – Para impedir que a Administração continue financiando "os gastos desmedidos com o transporte de integrantes do Governo ou possibilitando requisições que ofendem a moralidade", o MPF pede inclusão de regras específicas no decreto.
Como exemplo, os procuradores citam que a norma deve informar se as autoridades solicitantes podem ou não embarcar em companhia de parentes ou terceiros e, em caso, positivo, discriminar em quais circunstâncias.
Além disso, é necessário definir objetivamente "viagens a serviços" e "compromissos oficiais", especificando os eventos com tais características, de modo a ser possível distingui-los daqueles considerados de interesse particular da autoridade ou de importância reduzida.
A regulamentação também deve incluir a previsão de ressarcimento aos cofres públicos em caso de uso indevido do transporte da FAB.
O MPF também solicita que a classificação do motivo "segurança"seja feita pelo Gabinete de Segurança Institucional ou Polícia Federal, e não pela autoridade que solicitar o transporte.
Por fim, a norma "deve exigir que as viagens para comparecimento a compromissos constem previamente da agenda pública do ministro, com o indicativo de uso da aeronave oficial".
Ainda no documento, o MPF informa que, caso não sejam saneadas as deficiências apontadas, poderá adotar medidas judiciais.
Aterrissagem de avião é mais "suave" quando pilotado por mulher, diz Temer
Luciana Amaral / Do Uol, Em Brasília Publicado Em 18/12/17 - 16:46
O presidente da República, Michel Temer (PMDB), declarou nesta segunda-feira (18) que a aterrissagem do avião presidencial é mais "suave" quando pilotado por uma mulher oficial da Aeronáutica. Ele ainda questionou se a pista dos aeroportos percebem quando o "elemento feminino" está no comando do voo.
"Há uma oficial da Aeronáutica que pilota o avião presidencial e eu já percebi que, quando ela pilota o avião presidencial, a descida, a aterrissagem é mais suave. Não sei se a pista reconhece o elemento feminino, mas o fato é que toda vez eu fico observando a aterrissagem muito suave. O que significa que a presença da mulher, além de ser de uma força extraordinária, também tem uma suavidade sensível, uma suavidade que todos devemos perceber", afirmou.
A declaração foi dada durante solenidade no Palácio do Planalto para a sanção do projeto de lei complementar 147/2017, que permite mulheres em todos os cargos de oficiais da Marinha.
Líder mundial em jatos de médio porte, Embraer aposta na inovação
Embraer é responsável por uma receita de R$ 21,4 bilhões só no ano passado
Jaqueline Mendes Publicado Em 19/12/17 - 06:00
São Paulo — Desde que assumiu a presidência da Embraer, há um ano e meio, a rotina do executivo paulistano Paulo César de Souza e Silva, de 62 anos, tem sido administrar a rotina entre o escritório em São Paulo, a fábrica em São José dos Campos (SP) e os três centros de inovação e pesquisa nos Estados Unidos: na cidade de Melbourne (estado da Flórida), no famoso Vale do Silício (Califórnia), e em Boston (Massachusetts). Isso porque o executivo não está apenas projetando seu próximo avião ou oferecendo jatos mundo afora. O principal objetivo é conduzir a Embraer, dona de uma receita de R$ 21,4 bilhões no ano passado, no mais desafiador ambiente de transformações tecnológicas de que se tem notícia na história da humanidade. “Grande parte de tudo aquilo que consideramos inovações hoje será obsoleto daqui a poucos anos”, afirma o presidente da Embraer. “Não podemos parar nem para piscar quando o que está em jogo é a inovação.”
O senso de urgência explica, em parte, a recente parceria entre a Embraer e a americana Uber, com sede em São Francisco (EUA). Uma equipe de engenheiros brasileiros se uniu a um time de engenheiros da Uber (time esse liderado por um ex-cientista da Nasa) para criar um veículo voador urbano. A aeronave será totalmente elétrica e terá autonomia de voo de 80 a 100 quilômetros — o suficiente para uma viagem entre São Paulo e Campinas, por exemplo. O veículo, tipo um mini-helicóptero, poderá transportar até quatro pessoas, além do piloto. O primeiro voo experimental deve ser realizado em 2021, em Dubai e em Dallas. O “Uber da Embraer” será oferecido, comercialmente, a partir de 2024. “O futuro da aviação e da mobilidade passam pela condução autônoma e pela propulsão elétrica, com emissão zero e baixíssimo ruído”, diz Silva.
Pode parecer trivial, mas a parceria da Embraer com a Uber deve, de fato, revolucionar a indústria da mobilidade nas grandes cidades. “Na prática, a Embraer está entrando em uma disputa direta com as montadoras de automóvel, que terão de repensar seu modelo de negócios para não ser engolidas por uma sociedade que não vê sentido em se locomover com as tradicionais quatro rodas”, afirma o consultor Elvio Perez Fonseca, mestre em mobilidade urbana pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O veículo voador terá capacidade para pousar e decolar de heliportos, terraços de prédios ou pequenas áreas em meio a casas e edifícios. “Imagine o potencial dessa inovação numa cidade como São Paulo, com trânsito caótico e que já tem a maior frota de helicópteros do mundo, sem falar da estrutura já montada”, diz o presidente da Embraer.
A revolução tecnológica da empresa, que de 1969 a 1994 foi uma estatal símbolo de má gestão, não se resume ao Uber voador. A empresa afirma que não irá negligenciar seu core business, o de jatos comerciais de médio porte, com capacidade para transportar até 150 passageiros. E com razão. A companhia brasileira detém nada menos do que 58% do mercado global. “Cada ano que passa, criamos aviões muito mais inteligentes e eficientes em consumo de combustível”, garante o executivo. “Nossos modelos mais recentes, os da família E-2, consomem 16% menos, vantagem que faz toda a diferença em uma operação de uma companhia aérea.”
O avião E195-E2, o maior já fabricado pela Embraer, com capacidade para até 146 assentos, realizou o primeiro voo em março e coloca a empresa em um novo cenário competitivo, disputando mercados diretamente com Boeing e Airbus, no segmento denominado 150 assentos. O primeiro E195-E2 será entregue em 2018 à companhia norueguesa Widerøe. Além disso, a empresa avança a passos largos no setor de aviação militar, com o modelo KC-390, um gigantesco avião de transporte voltado a situações de combate. “Temos um contrato de fornecimento de 28 aviões com o governo brasileiro, que começarão a ser entregues já em 2018, mas também assinamos com o governo de Portugal e estamos em negociação com vários países”, afirma Silva, que acredita que será possível fazer negócios também com o governo americano.
O que alimenta o otimismo é, principalmente, o empenho e o investimento em pesquisas e desenvolvimento. Nos últimos anos, a Embraer reverteu 10% de sua receita total em investimentos em inovação, percentual 20 vezes maior do que a média de 0,5% da indústria brasileira. Isso corresponde a cerca de US$ 4 bilhões. Segundo Silva, graças a essa enxurrada de recursos em pesquisas, 50% das receitas da Embraer são provenientes dessas inovações. “A Embraer é um exemplo de empresa eficiente, produtiva e capaz de dar respostas rápidas globalmente”, diz o consultor José Roberto Ferro, presidente do Lean Institute Brasil.
Para colocar a Embraer na vanguarda da inovação e tecnologia, o novo presidente precisou promover uma faxina e fazer as pazes com o passado. Assim que assumiu, fechou um acordo de US$ 206 milhões no Brasil e nos Estados Unidos para encerrar investigações relacionadas ao pagamento de propina em quatro países.
No Brasil, não temos muito apreço pela hierarquia, afirma Temer
Por Marcelo Ribeiro E Carolina Freitas | Valor Publicado Em 18/12/2017 - 14:36
BRASÍLIA - Durante cerimônia de apresentação dos 18 oficiais-generais promovidos no Exército, Marinha e Aeronáutica, o presidente Michel Temer criticou as especulações que surgem a partir de encontros entre representantes dos Poderes, como quando um integrante do Executivo se encontra com um integrante do Judiciário. Ele classificou como "desmoralizante" quando concluem que uma autoridade é capaz de influenciar a avaliação de outra apenas a partir de uma conversa.
"No Brasil, não temos muito apreço pela hierarquia, pelas instituições. Precisamos reinstitucionalizar o país, [retomar] certa cerimônia no trato entre Poderes é fundamental. No Brasil, temos uma preocupação muito grande. Se alguém do Executivo fala com alguém do Judiciário isso já gera uma especulação. É desmoralizante para quem ouve. Se eu falo com alguém do Judiciário e sou capaz de influenciá-lo a ponto de ele mudar de posição pessoal, jurídica ou o que for, é porque ele não se presta para o cargo que exerce", alfinetou Temer.
Em seu discurso, Temer desejou que todos os brasileiros, em 2018, renasçam para um ano muito melhor, de prosperidade e de desenvolvimento. O presidente acrescentou ainda ter respeito pelas pessoas e destacou que "ter respeito é uma forma de engrandecer o país".
"Eu respeito todas as instituições, as pessoas, as ideias divergentes, a imprensa, que é fiscalizadora e ajuda a governar o país. Revelo meu respeito presidencial e pessoal que todos nós temos pelo desempenho das Forças Armadas no Brasil. Ao invés de apequenar [o país] com discussões medíocres, temos que engrandecê-lo com discussões importantes", disse.
Temer reclama de especulações "quando alguém do Executivo fala com alguém do Judiciário"
Presidente fez um discurso durante almoço com generais das Forças Armadas recém promovidos. Ele disse ainda que no país "não há muito apreço" pela hierarquia, organização e instituições.
Por Guilherme Mazui E Alessandra Modzelesk
O presidente Michel Temer reclamou nesta segunda-feira (18) das especulações que, segundo ele, surgem no país quando "alguém do Executivo fala com alguém do Judiciário".
Temer deu a declaração durante um discurso em um almoço com generais das Forças Armadas recém promovidos. Ele afirmou que o Brasil "não tem muito apreço" pela hierarquia, pela organização e pelas instituições.
Em seguida, Temer citou genericamente as especulações sobre encontros entre integrantes do Executivo e do Judiciário. Ele não falou de um caso específico. Frequentemente, o presidente recebe críticas de opositores por receber na residência oficial o ministro Gilmar Mendes, membro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O mais recente desses encontros, que em algumas situações não constam na agenda oficial, ocorreu neste domingo (17).
"Verifico que se alguém do Executivo fala com alguém do Judiciário, isso já gera uma especulação. O que é desmoralizante para quem ouve", afirmou o presidente. "Se eu falo com alguém do Judiciário e sou capaz de influenciá-lo ao ponto dele mudar uma opinião pessoal, ou jurídica, ou científica ou o que seja, é porque ele não se presta para o cargo que exerce", continuou Temer.
Elogios às Forças
A uma plateia forma por militares, Temer elogiou o trabalho das Forças Armadas em missões de paz das Nações Unidas, como as realizadas no Haiti e no Líbano. Segundo ele, o Brasil se posicionou no mundo de maneira "positiva" em razão da "presença disciplinada, hierarquizada, organizada das Forças Armadas".
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, também exaltou o trabalho dos militares. Ele disse que, "apesar de todas as dificuldades, que foram ímpares", as Forças Armadas tiveram um ano de conquistas.
"Isso foi conseguido com dificuldade, com crise, mas, sobretudo, pela sua atenção, seu apreço pelas Forças Armadas, senhor presidente", disse o ministro.
Flying Uber cabs could be ready for take-off by 2024
Brad Haynes
Sao Paulo, Brazil - A network of electric aircraft Uber Technologies is developing with Brazilian planemaker Embraer is likely to launch commercially in 2024.
Embraer Chief Executive Paulo Cesar de Souza said on Friday the business model and financial commitments of the partnership had not yet been defined, but added a year to the latest forecast from the ride-hailing company; Uber chief product officer Jeff Holden had said in November that a paid, intra-city flying taxi service could start in 2023.
Souza said the companies would soon determine specifications of the proposed vertical take-off and landing aircraft. Engineers are projecting one-ton vehicles transporting a pilot and four passengers at an altitude of 800-1000 metres, he said, adding that the aircraft will be powered by batteries that can charge in as little as five minutes between flights.
Comercial Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=JuWOUEFB_IQ
The project has provided an outlet for engineering resources at Embraer, whose newest planes - the KC-390 military transport, due to enter service with the Brazilian Air Force in 2018, and a new generation of passenger jets - are well into their flight testing programs.
Temer fala em respeito às instituições e cita relação entre Poderes
Yara Aquino - Repórter Da Agência Brasil Publicado Em 18/12/17 - 15:26
Em cerimônia e almoço de apresentação de oficiais-generais promovidos, o presidente Michel Temer elogiou hoje (18) a organização e disciplina das Forças Armadas. Segundo ele, no Brasil, geralmente não há muito apreço pela hierarquia e pelas instituições, ao contrário do que ocorre nas Forças Armadas.
“Nós no Brasil não temos muito apreço pela hierarquia no geral, pela organização. Não temos muito apreço pelas instituições. Não são poucas vezes que digo que nós precisamos reinstitucionalizar o país. Certa solenidade, certa cerimônia no trato entre os Poderes é fundamental”, disse antes do almoço com militares na Base Aérea de Brasília.
Após dizer que é necessário haver cerimônia no trato entre os Poderes da República, Temer afirmou que se um representante do Executivo fala com alguém do Judiciário, isso gera especulação. Nos últimos meses, Temer sofreu críticas por se reunir com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
“Se alguém do Executivo fala com alguém do Judiciário isso já gera uma especulação, o que é desmoralizante para quem ouve, porque se eu falo com alguém do Judiciário e sou capaz de influenciá-lo ao ponto dele mudar uma opinião pessoal, ou jurídica, ou científica, é porque ele não se presta para o cargo que exerce”, disse.
Temer afirmou que respeita as instituições e também a imprensa que ele disse ter papel fiscalizador. “Eu respeito todas as instituições, as pessoas, respeito as ideias divergentes, por mais que a imprensa possa fazer isto ou aquilo, brado em alto e bom som: viva a liberdade de imprensa. Porque ela é também fiscalizadora para ajudar a governar o país. Ter respeito pelas outras figuras, pela oposição, por aqueles que nos criticam é uma foram de engrandecer o país”.
O presidente ainda elogiou o trabalho das Forças Armadas em missões de paz com as realizadas no Haiti e no Líbano. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, fez um balanço sobre as atividades das áreas militares ao longo de 2017 e disse que, apesar das dificuldades, os projetos de defesa foram mantidos.
“Apesar de todas as dificuldades que foram ímpares que seu governo enfrentou, podemos dizer que tanto a capacidade operacional das Forças como seus projeto estratégicos estão mantidos. Podemos dizer que mantivemos o rumo e a continuidade o que vinhamos construindo”, disse.
Temer sanciona lei que garante às mulheres acesso a todos os cargos da Marinha
Marcelo Brandão - Repórter Da Agência Brasil Publicado Em 18/12/17 - 18:08
O presidente Michel Temer sancionou hoje (18) lei que libera às mulheres o acesso a todos os cargos de oficiais da Marinha, como os da Armada e do corpo de Fuzileiros Navais. Até agora, apenas homens eram admitidos nessas funções.
“É importante esse ato porque abre as portas para todo e qualquer posto para mulheres na Marinha. A igualdade conquistada pelas mulheres fará termos uma sociedade melhor e nos fará homens melhores. Essa luta é importante para toda a sociedade”, disse o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que participou da cerimônia de sanção, no Palácio do Planalto.
Segundo Temer, garantir às mulheres os mesmos direitos “não faz mais do que cumprir o preceito constitucional”. Em seu discurso, Temer lembrou que um dos pilotos do avião presidencial é uma mulher e afirmou que quando a aeronave é conduzida por ela, a aterrissagem “é mais suave”.
“Já percebi que quando ela pilota o avião a descida é mais suave. Não sei se a pista reconhece o elemento feminino, mas o fato é que toda vez eu fico observando e a aterrissagem é muito mais suave; o que significa que a presença da mulher, além de ser de uma força extraordinária, também tem uma suavidade sensível, que todos podemos perceber”.
Relatório da Comissão do Código Brasileiro de Aeronáutica receberá complemento
Publicado Em 18/12/2017 - 14:14
Participação de capital estrangeiro em empresas aéreas, pagamento de bagagens, cancelamento e atrasos de voos são temas tratados no Novo Código Brasileiro de Aeronáutica. O relatório do projeto (PLS 258/2016) foi apresentado, mas ainda não foi votado. O relator, senador José Maranhão (PMDB-PB), disse que apresentará um complemento ao texto. Ouça os detalhes no áudio da repórter da Rádio Senado, Iara Farias Borges.
Link áudio - https://www12.senado.leg.br/noticias/audios/2017/12/relatorio-da-comissao-do-codigo-brasileiro-de-aeronautica-recebera-complemento
Link áudio - https://www12.senado.leg.br/noticias/audios/2017/12/relatorio-da-comissao-do-codigo-brasileiro-de-aeronautica-recebera-complemento
Forças Armadas ajudam a fortalecer imagem do Brasil, diz Temer
Presidente lembrou de atuações como a que ocorreu no Haiti por 13 anos e são reconhecidas internacionalmente
O presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta segunda-feira (18) que as Forças Armadas têm ajudado o Brasil a se posicionar no mundo "de maneira muito positiva". Ao participar da cerimônia de apresentação de oficiais-generais promovidos, Temer destacou que a presença do Exército, da Marinha e da Aeronáutica em outros países, de forma "disciplinada, hierarquizada e organizada", contribui para fortalecer a imagem do País.
Uma das atuações lembradas pelo presidente ocorreu durante 13 anos, no Haiti, onde as Forças Armadas brasileiras lideraram a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah). Depois de ajudarem a restabelecer a segurança e a controlar a violência, os militares começaram a deixar o País neste ano. O trabalho dos "capacetes azuis", como eram chamados, é reconhecido pela população local e por autoridades internacionais.
Segundo Temer, esse reconhecimento também ocorre em outros países em que os militares atuam, como no Líbano. Lá, militares da Marinha atuam em missão de paz. "Eu verifiquei o apreço que o povo libanês tinha pelos nossos militares, pela nossa Marinha", disse. O presidente ainda classificou a relação institucional entre os órgãos dos poderes com as Forças Armadas como "fundamental" para o País.
Jungmann considera a chegada da empresa suíça RUAG um feito histórico
Alexandre Gonzaga
"É um feito histórico, pois é a primeira vez, em quase 90 anos, que temos a instalação de uma fábrica de munições de uma empresa estrangeira no Brasil", afirmou o ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante a cerimônia de assinatura de Protocolo de Intenções entre o governo do estado de Pernambuco e a presidência da indústria suíça RUAG AMMOTEC, na manhã desta sexta-feira (15), em Recife.
"Nós estamos descentralizando uma planta de produção de armamentos para a região Nordeste, especificamente, para o estado de Pernambuco. O governo Paulo Câmara fez o dever de casa, colocando a indústria de defesa dentro do Prodepe (Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco), isso significa uma extraordinária vantagem”, disse Jungmann.
Ainda de acordo com o ministro, um outro aspecto chama atenção. "Por razões históricas toda a concentração da produção de armamentos e munições no Brasil está no Rio Grande do Sul", comentou.
O governo Paulo Câmara fez o dever de casa, colocando a indústria de defesa dentro do Prodepe, Jungmann também lembrou o trabalho desenvolvido pela Secretaria de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa. "Nós conseguimos que os produtos da Base Industrial de Defesa pudessem ser financiados pelo Fundo de Desenvolvimento do Nordeste e demais Fundos que temos na região. A vinda da RUAG pode ser o início do processo de um conjunto de empresas voltadas especificamente para a Base Industrial de Defesa, que representa 3,7% do PIB, com aproximadamente 60 mil empregos diretos e 240 mil indiretos, que compreende desde alimentação, vestuário, aeronaves e navios", relatou o ministro.
Em conversa com jornalistas, Jungmann disse a vinda da RUAG para o Brasil é um fator gerador de novos capitais, tecnologia e competitividade. "É Fundamental agregar conhecimento e produtos de boa qualidade", acrescentou.
A instalação da multinacional RUAG no Brasil representa um passo importante para abertura de mercado, redução de preço de munições para forças policiais (graças à produção nacional) e geração de emprego e renda.
O Protocolo de Intenções para a construção da RUAG foi assinado entre o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e a presidente da RUAG no Brasil, Maria Vasconcelos.
A estimativa é que a produção se inicie o ano que vem. Em Pernambuco, a meta é produzir calibres para armas pequenas como 9 milímetros, ponto 40 e 380, com um investimento inicial de R$ 58,5 milhões. Fundada em 1995, a empresa europeia conta com 12 fábricas em todo o mundo e emprega 9 mil pessoas.
Michel Temer - Almoço com 198 oficiais-generais e a "coragem de decidir" do Brig Rossato
“ALMOÇO COM EXMO. SR. PRESIDENTE DA REPÚBLICA” PALAVRAS DO COMANDANTE DA AERONÁUTICA
Publicado Em 18/12/17 - 23:00
“Qual é a força de alma necessária para empreender, com uma plena avaliação das consequências, uma dessas grandes batalhas das quais dependerão o destino de um exército, de um país, ou a posse de um trono?
Raramente são encontrados generais ansiosos por entrar em uma batalha. Eles de fato tomam suas posições, se estabelecem, analisam suas combinações. Mas começam então suas indecisões. E não há nada mais difícil e, no entanto, mais precioso do que saber decidir.”
Nesta citação, Napoleão Bonaparte definiu um de seus mais expressivos dogmas de fé: não há nada mais precioso do que saber decidir!
O processo evolutivo de uma nação passa por uma sequência inexorável e contínua de decisões. No Brasil, como em todos os outros países, os planos de ação escolhidos são eleitos dentre variados cenários, ambientes, análises e fatores.
Este, certamente, é um dos momentos agradáveis de nossas existências. Reunimo-nos, a cada final de ano, neste almoço de confraternização, onde, reafirmando os laços de amizade e abraçando velhos companheiros das Forças co-irmãs, revivemos instantes inesquecíveis de nossas carreiras, ao mesmo tempo temperados pelos problemas vividos ao longo do ano que se finda, e ansiosos pelos desafios que nos acenam no futuro próximo.
Este, certamente, é um dos momentos agradáveis de nossas existências. Reunimo-nos, a cada final de ano, neste almoço de confraternização, onde, reafirmando os laços de amizade e abraçando velhos companheiros das Forças co-irmãs, revivemos instantes inesquecíveis de nossas carreiras, ao mesmo tempo temperados pelos problemas vividos ao longo do ano que se finda, e ansiosos pelos desafios que nos acenam no futuro próximo.
Esta é a nossa vida! Temos o privilégio e a honra, nós todos, de dirigirmos os destinos das nossas Forças Armadas, orientando os mais jovens com firmeza e exemplos demonstrados no cotidiano.
Como oficiais-generais somos todos responsáveis pela manutenção da ordem, da hierarquia, da lealdade, do respeito, da disciplina e do perfeito entendimento, em seu mais alto nível, da tarefa constitucional de nossas Instituições.
O passado nos fala dos nossos precursores, de suas dificuldades e de seus problemas, mas também nos faz relatos de suas vitórias.
Com efeito, é delicado o momento atual vivido pelo povo brasileiro. Por isso, devemos, neste tempo de festas natalinas, analisar o que passamos; os problemas surgidos e as soluções encontradas, a fim de nos prepararmos para enfrentar dificuldades futuras, deixando, para aqueles que nos sucederem, as lições extraídas do momento presente.
Por esse motivo, Senhor Presidente, guardados em nossos corações e alimentados por nossas mentes indagadoras, é que dizemos da alegria e da honra em proclamarmos a certeza dos homens e mulheres, profissionais do mar, da terra e do ar, de que todos devemos participar do enorme esforço desenvolvido em seu governo, com o fito de oferecer ao nosso País a oportunidade de transformar-se em uma sociedade mais justa, com um povo mais feliz.
As Forças Armadas, graças ao incansável trabalho desenvolvido pelo Senhor Ministro da Defesa Raul Jungmann e o seu Ministério, assim como todos os nossos efetivos, aqui representados pelos senhores oficiais-generais, voltaram-se para o cumprimento das metas propostas em nossas diretrizes e, juntos, enfrentamos, no transcorrer deste ano, desafios de toda ordem e em todas as áreas.
Podemos perceber, portanto, que o ano foi difícil. No entanto, fizemos o que nos foi possível e continuaremos a realizar, pois, em época de crise, usa-se a imaginação, buscam-se processos ainda mais econômicos, evita-se o desperdício, priorizam-se metas e o resultado acaba sendo minimante aceitável.
Estamos conscientes de que os desafios não cessarão com o findar deste ano. Mas há em nós a vontade de vencer. Revigora-nos a lembrança de momentos mais difíceis do que o atual, e que foram ultrapassados pelos que nos legaram Forças Armadas como hoje são: queridas, admiradas e respeitadas. Conquista de homens que fizeram delas três nobres altares, onde depositaram os mais altivos ideais, as virtudes e os valores morais e profissionais, ao lado de suas esperanças e convicções.
Daí, inferimos a necessidade de, continuamente, alertarmos os nossos comandados, no sentido de estarem conscientes de nossa destinação constitucional. É nosso dever, como oficiais-generais, orientadores dos caminhos de nossas Instituições, levarmos aos integrantes de nossas organizações, uma mensagem de fé, de compreensão do contexto externo e interno, relembrando-lhes o quanto espera de nós o Brasil e que a eficiência, a lealdade, a honra, o dever e a firmeza de propósitos são as ferramentas de que o soldado necessita para sair vitorioso em qualquer combate.
Senhor Presidente,
Este era um dos dogmas de fé de Napoleão Bonaparte: não há nada mais precioso do que saber decidir!
As suas decisões não têm receio do futuro e Vossa Excelência não tem medo de ter coragem e está convicto de que a batalha nacional não se vence se não estivermos todos dentro dela. A sua lide continuará sendo a de perceber qual o caminho seguro e quais os melhores processos para conduzir os que dependem da sua liderança, das suas decisões, “pois não há nada mais precioso do que saber decidir!”
Que o final de ano propicie a Vossa Excelência o descanso merecido entre batalhas.
O Natal se aproxima, as luzes de 2017 começam a se apagar, a humanidade prossegue em sua marcha, desenvolvendo potencialidades, crescendo e aprimorando conhecimentos.
Desejo a todos muita harmonia. Que este Natal venha a ser, no seio da família militar brasileira, de paz, de compreensão e de solidariedade.
Que 2018 seja confortador, trazendo a todas às senhoras e aos senhores toda a sorte de realizações pessoais e profissionais.
Senhor Presidente,
Este momento é privilegiado. Daqui partiremos revigorados pelo estímulo transmitido na convicção de suas ideias, incentivando-nos a prosseguirmos no compromisso que estabelecemos com o futuro do Brasil.
Um feliz Natal!
Um feliz Natal!
Muito obrigado.
Tenente-Brigadeiro do Ar NIVALDO LUIZ ROSSATO
Comandante da Aeronáutica
Comandante da Aeronáutica
Greve contra reforma da Previdência na Argentina afeta voos do Brasil
"Aqui não é o Brasil", gritam os manifestantes nas ruas de Buenos Aires
Publicado Em 18/12/17 - 12:42
Com forte adesão das principais associações aeronáuticas da Argentina, a greve convocada nesta segunda-feira (18) contra a proposta de reforma da Previdência do governo de Maurício Macri paralisou os voos de companhias aéreas que partiam do Brasil.
As companhias Aerolíneas Argentinas e Latam pediram aos passageiros que evitem os aeroportos daquele país e que entrem em contato com os respectivos atendimentos a fim de obterem informações sobre eventuais cancelamentos de voos. Já a Gol cancelou voos que partiam do Brasil para a Argentina e vice-versa. A Azul informou que tentará reacomodar seus passageiros.
O transporte público no país também será afetado pela greve a partir da meia-noite desta terça-feira (19), segundo informaram em coletiva de imprensa representantes da CGT.
Nos últimos dias, manifestantes vêm ocupando as ruas de Buenos Aires para protestar contra a reforma que a Câmara dos Deputados tentará aprovar nesta segunda-feira (18). Os ativistas fazem alusão à tentativa do governo de Michel Temer de tentar aprovar no Brasil as mudanças na Previdência e têm como uma das palavras de ordem "Aqui não é o Brasil!", para se referir à falta de mobilização da população brasileira para protestar contra as medidas.
BAGUETE (RS)
New Space é estratégica para Defesa
Maurício Renner
O Grupo New Space, especializado em serviços de tecnologia para o setor financeiro no Brasil, foi certificado pelo Ministério da Defesa como uma empresa estratégica de defesa (EED, na sigla).
A unidade de negócio analisada foi a NS Prevention, focada em inteligência cibernética, prevenção a fraudes e análise de riscos, tecnologias que também tem aplicação em um contexto militar.
O selo é concedido a companhias que investem desenvolvimento nacional de produtos considerados estratégicos pelos militares brasileiros e garante redução das alíquotas de IPI, PIS/Pasep e Cofins para os selecionados.
De acordo com o Ministério da Defesa, os benefícios permitem desonerar a cadeia produtiva entre 13% e 18%, tornando-as mais competitivas nos mercados interno e externo.
Em contrapartida as empresas devem dividir com as forças armadas os direitos de propriedade intelectual e industrial de seus produtos (uma limitação benigna, uma vez que só existe um exército no país para o qual vender tecnologia).
"Esse reconhecimento traz ainda mais credibilidade para os nossos serviços e soluções, já que se trata de um processo de certificação extremamente rigoroso", comemora Thiago Bordini, Diretor de Inteligência Cibernética do Grupo New Space.
O Ministério de Defesa criou o programa de EEDs em 2013 e desde então foram certificadas cerca de 80 empresas, incluindo desde gigantes de aeronáutica como Embraer e AEL Sistemas, até uma série de empresas de segurança da informação como Módulo, BluePex e Axur.
O Grupo New Space tem 3 mil funcionários e atende 150 clientes. Do total do faturamento, 90% vem do segmento bancário.
FOLHAMAX.COM.BR (CUIABÁ - MT)
Sinop receberá R$ 8 milhões para o aeroporto
A prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PR), segue para Brasília, esta semana, onde irá participar da assinatura de um convênio que prevê recursos na ordem de R$ 8 milhões para obras no Aeroporto Municipal Presidente João Batista de Figueiredo.
Os recursos são do Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional de Aviação Civil, e serão destinados para obras de melhorias na pista de pouso e no pátio do aeroporto municipal.
Além da assinatura do convênio, também será realizada esta semana em Brasília uma reunião entre a secretária Municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento, Ivete Mallmann, e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), para que seja dada entrada no processo de certificação operacional IFR (voos por instrumentos).
Já em Sinop, nesta segunda-feira (18), haverá a visita de uma equipe do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) da Força Aérea Brasileira (FAB), para análises dos Indicadores de Percurso de Aproximação de Precisão (PAPIs) e liberação definitiva da Estação Prestadora de Serviço de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTA).
PORTAL BOA INFORMAÇÃO (AL)
Festival de erros em relação ao Aeroporto da Pampulha
Publicado em 18/12/17 - 12:41
Mais uma vez ressurge das cinzas a polêmica sobre a volta de voos comerciais nacionais a partir da Pampulha, em Belo Horizonte. O recuo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Ministério dos Transportes não teve fundamentação técnica convincente. É um verdadeiro festival de equívocos envolvendo essa decisão.
Mais uma vez ressurge das cinzas a polêmica sobre a volta de voos comerciais nacionais a partir da Pampulha, em Belo Horizonte. O recuo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Ministério dos Transportes não teve fundamentação técnica convincente. É um verdadeiro festival de equívocos envolvendo essa decisão.
Em primeiro lugar, não é uma decisão democrática. Moradores da região, a bancada de Minas no Congresso e os prefeitos da região metropolitana não foram consultados. Não houve sequer uma audiência pública, prática corrente na vida das agências regulatórias, para que os diversos atores envolvidos pudessem expressar seu ponto de vista acerca da mudança. A previsão é que o primeiro voo ocorra no dia 8 de janeiro.
Além disso, a decisão da Anac agride um planejamento cuidadoso para o desenvolvimento da região metropolitana, conhecido como Projeto Vetor Norte. Uma ação integrada procurou descentralizar o desenvolvimento da região metropolitana. A Linha Verde, a Cidade Administrativa, o Aeroporto Industrial, a transferência dos voos nacionais, a concessão para a iniciativa privada da gestão e exploração do terminal de Confins, o Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova, foram iniciativas estruturantes que tiraram do papel o plano estratégico concebido. Como pode o Ministério dos Transportes, em uma única “canetada”, desfazer uma decisão longamente amadurecida e meticulosamente implantada?
Isso já bastaria para desfazer o erro, mas há uma grave dimensão de natureza institucional e macroeconômica. Vivemos recentemente a maior recessão de nossa história. Demos marcha ré. Somente agora o Brasil começa a sair do atoleiro. Mas a recuperação é lenta, frágil e de fôlego curto.
Os sinais de reversão da recessão partem de ocupação de capacidade ociosa a partir do aumento do consumo. Mas o motor da economia são os investimentos. E o nível de investimentos é incrivelmente baixo. O Brasil precisaria de uma taxa de investimento superior a 20% do PIB para sustentar um crescimento de 4% ao ano, estamos abaixo dos 16%. A infraestrutura exigiria investimentos de, no mínimo, 6% do PIB. A crise fiscal inviabiliza a participação significativa do setor público. logo, dependemos do investimento privado. isto é, de privatizações, concessões e PPPs.
O investidor privado para tomar suas decisões precisa de ambiente econômico saudável e de estabilidade política, contratual, regulatória e institucional. O Aeroporto de Confins é hoje orgulho para os mineiros. Finalmente temos um aeroporto compatível com uma grande metrópole como BH. A transferência dos voos para a Pampulha afetará o equilíbrio econômico-financeiro do contrato, inviabilizando a operação, e minará a credibilidade do governo para novos leilões de concessões de outros aeroportos.
Por último, todos nós sabemos que o Aeroporto da Pampulha não tem estrutura para receber metade do fluxo de passageiros que hoje viaja por Confins. Perde igualmente o usuário.
Belo Horizonte não merece tamanho equívoco em seus 120 anos!
PORTAL CAMPO GRANDE NEWS (MS)
Polícia apreende avião que "caiu" com família Huck e investiga duas mortes
Equipe também apreendeu computadores, documentos e peças de avião em hangares do Aeroporto Teruel
Anahi Zurutuza e Liniker Ribeiro
Anahi Zurutuza e Liniker Ribeiro
Publicado em 18/12/17 - 12:57
A Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), que deflagrou mais uma fase da Operação Ícaro nesta segunda-feira (18), apreendeu a aeronave que transportou o casal de apresentadores Luciano Huck e Angélica, os filhos e duas babás, em maio de 2015.
A Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), que deflagrou mais uma fase da Operação Ícaro nesta segunda-feira (18), apreendeu a aeronave que transportou o casal de apresentadores Luciano Huck e Angélica, os filhos e duas babás, em maio de 2015.
O avião teve uma pane seca e precisão fazer um pouso forçado na área rural de Campo Grande. A polícia agora investiga se aeronave havia recebido manutenção ilegal.
Além do avião modelo EMB 821 Carajá, prefixo PT ENM, que transportou a família Huck e agora é chamado de “sucatão” porque servia apenas para a retirada de peças que seriam reutilizadas pelas oficinas clandestinas, outras três aeronaves em manutenção foram apreendidas.
Os policiais também levaram computadores, documentos e peças encontrados em pelo menos três hangares vistoriados no Aeroporto Teruel, das empresas Hora Hangar Oficina e Recuperação de Aviões, MS Táxi Aéreo – ambas de Arlindo Dias Barbosa – e da Avionics Bertin, que pertence a Marcelo Bertin, que estava no local e não quis falar com a imprensa.
Mortes – Esta fase da Operação Ícaro, chamada Vastum (sucata), também investiga duas mortes. A mais recente aconteceu em setembro do ano passado.
Mortes – Esta fase da Operação Ícaro, chamada Vastum (sucata), também investiga duas mortes. A mais recente aconteceu em setembro do ano passado.
O avião de prefixo PT-VKY, modelo Embraer EMD-810 Sêneca III saiu de Campo Grande com destino a Miranda, no dia 19 de setembro. Estavam na aeronave o piloto Marcos David Xavier de 34 anos e mais cinco passageiros que ficaram na fazenda BR PEC. Na volta, o avião caiu e o piloto, que prestava serviços para a MS Táxi Aéreo, morreu.
Outro acidente aconteceu em Jaraguari, a 25 quilômetros de Campo Grande, em 6 de dezembro de 2014. O advogado Marco Túlio Murano Garcia, e o piloto do avião morreram.
Operação – Até agora, quatro pessoas foram presas nesta segunda-feira. Segundo a delegada Ana Cláudia Medina, titular da Deco, durante mandados de busca e apreensão foram presos com armas e munições Arlindo Dias Barbosa, o primo dele, Amadeu Barbosa, da empresa ATT Aerotur Transporte e Turismo, Nelson Heleno, da Heleno Tur Transportes, e um homem identificado apenas como Bueno, gerente da Aerotur.
O objetivo da fase Vastum é desarticular quadrilha que utilizava peças ilegais em manutenção de aeronaves.
No total, foram expedidos 20 mandados de busca e apreensão.
TECNOBLOG
A maior fabricante de chips de operadora tem um novo dono
Por Felipe Ventura
Algumas empresas são conhecidas pelos componentes que fabricam para smartphones. Temos as telas AMOLED da Samsung, os displays IPS da LG, os processadores da Qualcomm e Apple, entre outros. E quando aos chips da operadora?
Algumas empresas são conhecidas pelos componentes que fabricam para smartphones. Temos as telas AMOLED da Samsung, os displays IPS da LG, os processadores da Qualcomm e Apple, entre outros. E quando aos chips da operadora?
A maior fabricante global de SIM cards é a holandesa Gemalto. Ela também é conhecida por seus chips de cartões bancários. A empresa agora tem um novo dono: foi adquirida por US$ 5,43 bilhões pelo grupo francês Thales.
Esta é uma aquisição curiosa. A Thales é mais conhecida por atuar nos setores de defesa e aeroespacial. Inclusive, foi ela que montou o SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas), satélite brasileiro que levará banda larga a áreas remotas.
Esta é uma aquisição curiosa. A Thales é mais conhecida por atuar nos setores de defesa e aeroespacial. Inclusive, foi ela que montou o SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas), satélite brasileiro que levará banda larga a áreas remotas.
No entanto, as duas empresas têm um ponto em comum: segurança digital. Como lembra o TechCrunch, a Gemalto é uma das principais fabricantes de SIM cards e chips NFC para celulares, mas também fornece chips EMV para cartões de débito e crédito, sistemas de token para autorizar transações de online banking, e até mesmo biometria para passaportes. Além disso, ela atua com segurança e criptografia em serviços de nuvem.
A Thales e a Gemalto têm, combinadas, mais de 28 mil engenheiros e 3 mil pesquisadores. Elas não esperam demitir ninguém por causa da aquisição — uma das maiores do ano entre empresas de tecnologia.
A Gemalto esteve brevemente nas manchetes em 2015, quando documentos vazados por Edward Snowden revelaram que a NSA e o GCHQ roubaram milhões de chaves de criptografia de SIM cards. Isso permitiria espionar usuários usando uma torre celular falsa.
A empresa minimizou o incidente na época, dizendo que poucas chaves foram interceptadas, e que isso afetaria apenas quem usa chips 2G; chips 3G e 4G são protegidos contra esse tipo de ataque. Ela tem como clientes mais de 450 operadoras ao redor do mundo, incluindo as quatro grandes do Brasil.
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