NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 14/11/2017 / Um dia após drone afetar operações, Congonhas tenta normalizar rotina
Um dia após drone afetar operações, Congonhas tenta normalizar rotina ...
SÃO PAULO - O aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, teve movimento praticamente normalizado na manhã desta segunda-feira, após ter as operações interrompidas no domingo por um drone que sobrevoou a cabeceira de uma das pistas, colocando em risco pousos e decolagens de aviões. Entre 7h e 7h40, a Infraero confirmou três voos atrasados, dois para Goiânia (GO) e um para Joinville (SC).
O drone -- não há informação sobre a apreensão do equipamento -- causou muitos transtornos entre 22h16 de domingo e 2h25 desta madrugada, com 34 voos desviados para os aeroportos de Guarulhos, Campinas, Ribeirão Preto, Galeão e Curitiba. O aparelho prejudicou conexões de centenas de passageiros e muitos tiveram que passar a noite em hotéis próximos de Congonhas. O funcionamento do terminal, normalmente até às 23h, foi ampliado até a 1h.
A Polícia Militar (PM) fez buscas com um helicóptero para tentar localizar o drone e a Polícia Federal (PF) realizou patrulhas no entorno do aeroporto, mas nada foi encontrado. De acordo com a Infraero, o drone, que sobrevoou a região por meia hora, foi visto perto da cabeceira do Jabaquara. Se identificado, o operador do equipamento pode ser preso.
Anac regulamentou uso
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou um regulamento para drones em maio deste ano, estabelecendo processos administrativo, civil e penal para quem for flagrado usando drones ilegalmente. Segundo o documento, aeromodelos são as "aeronaves não tripuladas remotamente pilotadas usadas para recreação e lazer".
Já as aeronaves remotamente pilotadas (RPA) são as "não tripuladas utilizadas para outros fins como experimentais, comerciais ou institucionais". Os dois tipos (aeromodelos e RPA) só podem ser operados em áreas com no mínimo 30 metros horizontais de distância das pessoas e cada piloto remoto só tem autorização para operar um equipamento por vez.
Já as aeronaves remotamente pilotadas (RPA) são as "não tripuladas utilizadas para outros fins como experimentais, comerciais ou institucionais". Os dois tipos (aeromodelos e RPA) só podem ser operados em áreas com no mínimo 30 metros horizontais de distância das pessoas e cada piloto remoto só tem autorização para operar um equipamento por vez.
O Brasil tem hoje 14.909 drones de uso recreativo e 9.386 de uso profissional cadastrados pela Anac.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
FAB vai levar kits de padaria a vítimas de terremotos no México
Sonia Racy
Agentes da FAB (Força Aérea Brasileira) vão levar 12 kits de padaria para vítimas dos terremotos no México. Cada conjunto contém uma mesa de aço inoxidável, uma estante para assadeiras, um forno a gás, um liquidificador industrial e quatro formas.
A ideia é que eles qualifiquem as vítimas dos terremotos, de modo que elas possam melhorar sua alimentação e sua renda.
Para se prepararem para a tarefa, participaram, na última sexta (10), de curso da padaria artesanal do Palácio dos Bandeirantes, em ação viabilizada pela Assessoria Especial para Assuntos Internacionais do governo paulista.
Um dia após drone afetar operações, Congonhas tenta normalizar rotina
Por Agência O Globo
SÃO PAULO - O aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, tem movimento praticamente normalizado na manhã desta segunda-feira, após ter as operações interrompidas no domingo por um drone que sobrevoou a cabeceira de uma das pistas, colocando em risco pousos e decolagens de aviões. Entre 7h e 7h40, a Infraero confirmou três voos atrasados, dois para Goiânia (GO) e um para Joinville (SC).
O drone -- não há informação sobre a apreensão do equipamento -- causou muitos transtornos entre 22h16 de domingo e 2h25 desta madrugada, com 34 voos desviados para os aeroportos de Guarulhos, Campinas, Ribeirão Preto, Galeão e Curitiba. O aparelho prejudicou conexões de centenas de passageiros e muitos tiveram que passar a noite em hotéis próximos de Congonhas. O funcionamento do terminal, normalmente até às 23h, foi ampliado até a 1h.
A Polícia Militar (PM) fez buscas com um helicóptero para tentar localizar o drone e a Polícia Federal (PF) realizou patrulhas no entorno do aeroporto, mas nada foi encontrado. De acordo com a Infraero, o drone, que sobrevoou a região por meia hora, foi visto perto da cabeceira do Jabaquara. Se identificado, o operador do equipamento pode ser preso.
Anac regulamentou uso
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou um regulamento para drones em maio deste ano, estabelecendo processos administrativo, civil e penal para quem for flagrado usando drones ilegalmente. Segundo o documento, aeromodelos são as "aeronaves não tripuladas remotamente pilotadas usadas para recreação e lazer". Já as aeronaves remotamente pilotadas (RPA) são as "não tripuladas utilizadas para outros fins como experimentais, comerciais ou institucionais". Os dois tipos (aeromodelos e RPA) só podem ser operados em áreas com no mínimo 30 metros horizontais de distância das pessoas e cada piloto remoto só tem autorização para operar um equipamento por vez.
O Brasil tem hoje 14.909 drones de uso recreativo e 9.386 de uso profissional cadastrados pela Anac.
Governo quer dar mais autonomia a instituições
Fabio Graner E Catherine Vieira
Para abrir mais espaço no orçamento nos próximos anos, o governo estuda a possibilidade de dar mais autonomia financeira às instituições públicas, como universidades e agências, na captação e gestão de seus recursos. A ideia, segundo apurou o Valor, é permitir que elas encontrem mecanismos para obter recursos próprios sem que estes entrem na conta única do Tesouro e sejam passíveis de contingenciamento. Com a vigência do teto para o gasto público e o aumento das despesas obrigatórias, torna-se mais urgente buscar soluções para ampliar a margem no orçamento.
Com isso, esses órgãos teriam mais capacidade de gerenciar suas contas e projetos em um ambiente de forte restrição fiscal. Os estudos obedecem à política do governo de reduzir o tamanho do Estado com medidas como privatizações e fechamento de empresas que não fazem mais sentido como públicas.
Também já vem sendo dado pela área técnica do governo apoio à tramitação do projeto de lei da deputada Bruna Furlan (PSDB-SP) que autoriza a criação de fundos patrimoniais ("endowment fund") nas instituições de ensino federal. Havia uma discussão para a construção de um substitutivo ao projeto que permite a criação de fundos compostos por doações feitas por pessoas jurídicas e físicas a essas universidades.
Uma das propostas em discussão, inclusive, é permitir doações com objetivos específicos, como o financiamento de uma determinada pesquisa científica. Recentemente, o projeto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e aguarda redação final para ser enviado ao Senado. Um dos objetivos da medida, conforme a proposta original da deputada, é que esse tipo de fundo venha a se tornar "uma fonte vitalícia de recursos, imune às interveniências políticas na definição do orçamento da instituição federal de ensino superior", além de reforçar os recursos disponíveis para o financiamento não só de melhorias na estrutura física das universidades, mas até de bolsas.
Um dos caminhos para dar maior autonomia a instituições públicas é transformá-las em Organização Social (OS) ou alguma outra estrutura que permita ter uma arrecadação privada que sustente seus gastos de custeio, como pessoal e outros.
Essa possibilidade se aplicaria a centros como o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) ou a Universidade de Brasília, além de museus e parques, entre outros.
No caso de centros como o ITA e a UNB, que são vistos como estruturas com potencial relevante de geração de recursos próprios por meio de consultorias, proximidade com empresas grandes como a Embraer, serviços como concursos, um exemplo que tem sido considerado é do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), uma OS vista como bem sucedida.
A avaliação no governo é de que ter esse tipo de instituição totalmente vinculada ao governo só as atrapalha, impedindo voos mais altos e melhores condições para seus funcionários de nível mais elevado e até um aumento nos seus quadros de pessoal. No caso dos funcionários públicos atuais, uma das hipóteses é dar a eles a opção de serem transferidos para essas OS, sem obrigatoriedade. Se fizerem a opção, deixariam de ser funcionários públicos.
O outro lado da história é que, à medida que elas aumentam sua capacidade de geração de caixa, o governo vai se distanciando e não retornaria para compensar eventuais frustrações.
No caso de agências reguladoras como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Agência Nacional de Energia Elétrica Aneel), por exemplo, uma mudança que conferisse maior autonomia de recursos é vista como mais complicada porque envolve alteração na Constituição, ainda que isso seja visto como possível em algum momento futuro.
Apesar dos estudos, o governo sabe que o impacto orçamentário de dar mais autonomia para algumas instituições não é tão grande, ainda que para elas o ganho da liberdade de se autofinanciar possa ser muito relevante. Por isso, a equipe econômica insiste na necessidade de reformar a Previdência para conter a trajetória de alta dos gastos obrigatórios.
´O centro de engenharia de BH é muito importante´, diz presidente da Cete BH
Economista fala sobre busca por eficiência e expansão no país
Marta Vieira
Maior aeronave desenvolvida pela Embraer, o cargueiro militar KC-390, em fase de testes, leva a marca do trabalho de uma centena e meia de engenheiros que a companhia emprega em Belo Horizonte.
Boa parte de sofisticados componentes do avião, como a ponta da asa e o chamado pilone aeronáutico, peça que conecta os motores à estrutura do avião ganhou forma e conteúdo nos computadores do Centro de Engenharia e Tecnologia
Embraer (Cete) de BH, o primeiro criado para este fim fora de São José dos Campos (SP), sede operacional da companhia aberta, a terceira fabricante de aviões comerciais do mundo.
A unidade mineira completa cinco anos neste mês, com investimentos que alcançam R$ 60 milhões por ano, e nova possibilidade de expansão, informou o presidente da empresa, Paulo Cesar de Souza e Silva, nesta entrevista ao Estado de Minas.
Em visita ao Cete BH na semana passada, o executivo conversou com todo o grupo de profissionais sobre as perspectivas da Embraer e recebeu a reportagem do EM.
“Estamos na reta final de um ciclo de investimentos e ainda não temos a decisão tomada sobre um novo programa. O centro de engenharia de BH é muito importante para nós e, no conceito com o qual trabalhamos, a ideia é expandir”, afirmou.
No comando da Embraer desde meados de 2016, Paulo Cesar Silva diz que buscar eficiência é meta vital para a empresa num cenário de acirramento da concorrência no mercado internacional, competição movida por subsídios que estão sendo concedidos à indústria aeronáutica pelos governos da China, Canadá e Japão.
TECNOLOGIA MINEIRA
Este centro (Centro de Engenharia e Tecnologia Embraer BH) é uma unidade muito importante, que trabalha no desenvolvimento de aeronaves para aviação executiva, comercial e a área de defesa. Boa parte desse trabalho é feito aqui, são softwares embarcados, sistemas integrados, estudos de materiais e também boa parte de componentes específicos, como partes do nosso cargueiro militar KC-390 – a ponta da asa e o pilone, que conecta a motor na asa. Podemos dizer que os nossos aviões voam o mundo todo e têm a marca dessa unidade de Belo Horizonte. É um centro que tem grande eficiência e trabalha integrado com a nossa matriz. Foi a minha primeira visita aqui (Paulo Cesar Silva assumiu em meados de 2016 o comando da Embraer, que atua em 10 cidades do Brasil e 17 no exterior, com 17 mil empregados), e fiquei bastante surpreso com a quantidade de jovens engenheiros. É realmente espetacular isso, ver uma turma muito motivada pela oportunidade de trabalhar em projetos importantes e com competência muito grande. Quando a gente olha para isso pensa que o Brasil tem de dar certo.”
EXPRESSO PÃO DE QUEIJO
A expansão deste centro de engenharia de Belo Horizonte vai depender muito da evolução do mercado da aviação, fundamentalmente (o Centro de Engenharia e Tecnologia de BH foi aberto em 2012 nas instalações do Centro de Inovação e Tecnologia Senai/Fiemg, no Bairro do Horto, e dobrou de tamanho em estrutura física, em 2015, empregando hoje 150 profissionais de um total de 200 a que pode chegar no modelo atual).Nos últimos anos, investimentos em inovação de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões, o equivalente a 10% do faturamento da empresa (de US$ 6 bilhões por ano). Somos a empresa que mais investe nessa área. Estamos na reta final de dois projetos superimportantes, a segunda geração dos jatos comerciais (os chamados E2) que entram em serviço no ano que vem e o KC-390, o maior avião que a Embraer já desenvolveu, que vai entrar em operação em 2018. A partir de agora temos de ver o que seria um programa de desenvolvimento novo. Ainda não temos a decisão tomada. O centro de engenharia de BH é muito importante para nós e, no conceito com o qual trabalhamos, a ideia é expandir. Há tantos mineiros em São José dos Campos que criamos lá o Expresso Pão de Queijo, para trazer essa turma às sextas-feiras e levá-la aos domingos. A Embraer cresceu muito. O número de empregados só na engenharia saiu de 3,5 mil para 5,5 mil nos últimos três anos e lançamos 15 produtos nos últimos 15 anos.”
CONCORRÊNCIA
Precisamos consolidar os nossos investimentos recentes e estamos engajados num programa para trazer eficiência para a companhia, num cenário de enormes desafios e de concentração da atividade (recentemente, a Airbus anunciou ter comprado fatia preponderante de um programa de produção de jatos da canadense Bombardier, o que, para analistas do setor, pode ameaçar a atuação da Embraer). Há concorrência muito forte com novas empresas que estão entrando no mercado maciçamente apoiadas pelos governos de seus países ou com capital público (da China, Japão e Rússia) e subsídio é algo muito ruim. Se a gente não opera em condições iguais de mercado, as desvantagens são muito grandes. No Brasil, a Força Aérea Brasileira é uma grande parceira nossa e investe no desenvolvimento de aviões militares, mas não dispomos de apoios financeiros como esses concorrentes. O governo brasileiro nos apoia na defesa em meio a briga comercial na OMC (Organização Mundial do Comércio). Há dois meses, foi aberto um painel novo contra o Canadá, em razão de subsídios que consideramos ilegais por volta de US$ 3 bilhões concedidos à Bombardier. Precisamos agora é de uma robustez maior para competir nas condições comerciais. É briga feia. O nosso avião Phenom é o mais vendido no mundo pelo quarto ano seguido na área da aviação executiva. Nossa participação nesse mercado é de 20% e competimos com empresas que estão no ramo há até 80 anos. (Criada em 1969, a Embraer completou 48 anos). No segmento comercial, temos 58% do mercado. O jato E-195 E2, com capacidade para 140 passageiros, vai competir com a menor aeronave da Airbus. Do ponto de vista do custo operacional, a nossa família de jatos é a mais eficiente.”
NOVOS INVESTIMENTOS
“Estamos analisando o próximo ciclo de projetos. Já estamos operando em 50 países em que atendemos 70 clientes. Neste ano, lançamos o EBIC (Embraer Business Inovation Center) na Flórida, um centro de engenharia voltado à inovação, temos agora também presença no Vale do Sicílio, na Califórnia, e outro centro de tecnologia em Boston. Lá estamos investindo em startups, que trabalham no desenvolvimento produtos e serviços dentro da nossa atividade. Fizemos parceria recente com o Uber para desenvolver um veículo elétrico vertical para operar nas grandes metrópoles, o que seria um táxi-aéreo, o Uber aéreo. O protótipo deve ser concluído em 2020 com voo experimental previsto para Dallas e Dubai. Esses investimentos nos permitem dar passos importantes para o desenvolvimento de um avião elétrico híbrido e autônomo (sem piloto), que é o futuro da aviação.”
Radares de aeroportos não detectam drones, segundo Aeronáutica
Equipamento fechou aeroporto de Congonhas no domingo e causou atraso e cancelamento de voos; especialista defende instalação de transponder nos drones.
Tahiane Stochero E Márcio Pinho, G1 Sp
Os radares dos aeroportos brasileiros não conseguem detectar o uso de drones nas imediações das pistas e nas rotas dos aviões, segundo o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão da Aeronática. No domingo (13), um drone fechou o aeroporto de Congonhas por duas horas, causando lotação e dezenas de voos atrasados. O equipamento não tripulado foi avistado por dois pilotos de aviões.
Segundo o coronel da Aeronáutica Jorge Vargas, que atua na área de veículos aéreos não tripulados (vants) no Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), os radares não conseguem detectar drones porque os pequenos equipamentos não possuem nenhum tipo de equipamento de identificação de envio de sinais, como o transponder, presente em aviões.
"Nenhum tipo de radar pega aquele drone, porque ele não tem nenhum tipo de equipamento. Por isso é que ele deve ser usado em espaços aéreos segregados. As regras do Decea existem desde 2009, proibindo o uso de drones próximos a aeroportos", afirmou o coronel ao G1. As regras da Aeronáutica dizem que drones devem ser usados a uma distância de 9 quilômetros de aeroportos.
O drone avistado pelos pilotos é um quadricóptero de pequeno porte. Ele estava no eixo de aproximação da cabeceira da pista 35, que é a pista principal de Congonhas. O drone foi percebido porque tinha luzes em sua estrutura. Ele sobrevoou o local por 30 minutos. Segundo o oficial da Aeronáutica, o drone estava "no rota de aproximação do aeroporto", bem em cima do aeroporto.
A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o caso e já tem informações sobre quem estava operando o drone, segundo o coronel Jorge Vargas. O proprietário e o operador da aeronave não tripulada podem responder pelo crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo, que prevê pena de 2 a 5 anos. Caso tivesse ocorrido algum acidente, a pena seria de pelo menos 12 anos de prisão.
Novas regras
O comandante Decio Correa, presidente do Fórum Brasileiro para o Desenvolvimento da Aviação Civil, afirma que drones pequenos e leves, feitos principalmente de plástico, não são detectáveis pelos radares dos aeroportos e tampouco pelo equipamento anticolisão presente nos aviões, o TCAS.
Segundo ele, o problema não acontece só no Brasil. Nos Estados Unidos, com a popularização dos drones, já há uma discussão no sentido de obrigar a indústria fabricante de drones a instalar aparelhos que emitam sinais.
“O que é preciso é que os drones passam a laver um tipo de equipamento que possa ser identificado pelo serviço de radar e pelo serviço de TCAs que nós temos a bordo das aeronaves. Sem isso, não vamos chegar a lugar nenhum”.
Ele afirma que, sem essa obrigatoriedade, as regulamentações já feitas em relação aos drones acabam tendo a mesma ineficácia que uma regulamentação de “balões perto de aeroportos”.
Em julho, o estado de São Paulo tinha cerca de 4.500 drones registrados e agora são 8.600, um crescimento de 91%. No país, há mais de 24 mil drones cadastrados.
Regras
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou em maio o regulamento para o uso de drones. Segundo o órgão, quem for flagrado usando drones em desacordo com as normas pode responder a processo administrativo, civil e penal.
No caso deste domingo, o operador pode ser preso quando localizado. Uma das normas prevê detenção em casos em que o equipamento coloca embarcações ou aeronaves em perigo, ou que traz risco direto à vida ou à saúde de outras pessoas.
Uma regulamentação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determina que deve ser respeitada a distância de 30 metros em relação a pessoas que não têm relação com o voo do drone. A pena é de até 1 ano de prisão para quem desrespeitar a regra.
Ainda segundo a legislação, drones com mais de 25 kg precisam de registro obrigatório. A pena para quem coloca em risco a navegação de aviões é de até 5 anos.
Atrasos
A presença do drone fez 34 voos serem cancelados e desviados para outros aeroportos, provocando lotação no terminal e fechamento de Congonhas por duas horas. O drone desviou pousos, cancelou voos e atrapalhou conexões de centenas de passageiros. O problema afetou o funcionamento do terminal entre as 20h15 e as 22h40.
Nesta segunda, o aeroporto tinha 18 voos atrasados e 2 cancelados até as 10h.
Dois passageiros do avião que caiu na cidade de Goiás são dos EUA, diz Corpo de Bombeiros
Também estavam na aeronave dois brasileiros, entre eles o piloto. Todos os ocupantes sobreviveram.
Por Paula Resende, G1 Go
Dois passageiros que estavam no avião que caiu na cidade de Goiás, na região Central do estado, são naturais dos Estados Unidos, informou ao G1 o capitão do Corpo de Bombeiros Bruno Silva. Além deles, estavam na aeronave o piloto e outro ocupante, que são brasileiros. Todos sobreviveram ao acidente.
O acidente aconteceu na sexta-feira (10). A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o avião saiu de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, em direção a Anápolis, em Goiás. Porém, caiu antes de chegar ao destino, por volta das 14h30. De acordo com os bombeiros, a queda aconteceu a cerca de 2 quilômetros do aeroporto da cidade de Goiás.
A sargento Herisângela Cássio explicou que os estrangeiros foram identificados como David J. Vandergrid e James Allen Cable. Já o piloto se trata de Moacir Baia Lacerda, morador de Brasília. O quarto ocupante da aeronave era Alexandre Silva de Moraes, que nasceu em Anápolis, a 55 km de Goiânia.
Após os quatro homens deixarem a aeronave, ela pegou fogo. A maior parte das bagagens ficou destruída.
Estado de saúde
No momento do resgate, os bombeiros informaram que o piloto e os passageiros estavam conscientes. Os feridos foram levados ao Hospital São Pedro e, depois, transferidos a outras unidades de saúde.
O piloto Moacir Baia Lacerda está internado no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). De acordo com boletim médico divulgado nesta segunda-feira (13), o paciente tem bom estado geral, está consciente e respira espontaneamente.
Não há informação sobre quais hospitais os demais passageiros foram encaminhados ou se receberam alta médica.
Investigação
A Força Área Brasileira (FAB) investiga as causas do acidente. De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, uma equipe foi ao local do acidente para coletar informações, imagens e materiais para subsidiar o procedimento.
De acordo com a FAB, ainda não é possível apontar os indícios que causaram a queda. Ainda de acordo com o órgão, o objetivo é concluir o relatório da investigação o mais rápido possível, mas ainda não é possível informar quando isto ocorrerá.
Aeronave com registro nos EUA
O Corpo de Bombeiros informou que a aeronave é do modelo Kodiak 100. Segundo a FAB, a matrícula do avião é norte-americana: N154KQ.
Apesar de ser registrada no exterior, a aeronave tinha autorização de voo e sobrevoo no Brasil até o dia 16 de novembro, conforme informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Além disso, seguia o plano de voo previsto
No site da Federal Aviation Administration (FAA), entidade que regula a aviação nos Estados Unidos, consta que o avião tem registro válido até agosto de 2019.
Marinha resgata dois corpos de naufrágio de barco pesqueiro em Angra dos Reis
Douglas Corrêa Repórter Da Agência Brasil
O Comando do 1° Distrito Naval, da Marinha do Brasil, informou, por meio de nota, que resgatou dois corpos na tarde de hoje (13), a 120 quilômetros ao sul da baía da Ilha Grande, na área marítima onde está sendo realizada a operação de busca e salvamento dos cinco desaparecidos no naufrágio da embarcação de pesca Nossa Senhora do Carmo 1. Uma aeronave localizou visualmente os corpos, que foram recolhidos pelo navio patrulha Macaé, que está regressando para o Rio de Janeiro.
O barco pesqueiro Nossa Senhora do Carmo naufragou na noite da quarta-feira (8) passada nas proximidades de Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio de Janeiro, deixando cinco pessoas desaparecidas. Dos 23 tripulantes a bordo, 18 foram resgatados com vida pelo barco pesqueiro Costa Amendôla, que estava perto do local do naufrágio.
As buscas prosseguem de forma ininterrupta desde quinta-feira (9), quando a Marinha tomou conhecimento do incidente. O navio patrulha Macaé está realizando buscas no local, inclusive durante a madrugada, utilizando radares e busca visual. As aeronaves da Marinha e da Força Aérea Brasileira (FAB) participam das ações, além de embarcações que transitam na região .
O Salvamar Sueste, estrutura responsável por ações de busca e salvamento no mar, emitiu um aviso aos navegantes para que outras embarcações que se encontrem na região do naufrágio possam apoiar as buscas.
Tecnologia poderia encontrar piloto de drone de Congonhas
Sistema de monitoramento consegue dar as coordenadas da posição do operador de um drone
Lucas Agrela
São Paulo – Um drone interrompeu operações no Aeroporto de Congonhas no último domingo, causando atrasos em diversos voos. O piloto do drone não foi identificado, mas já existe uma tecnologia no mercado brasileiro que poderia ter ajudado as autoridades a encontrá-lo.
Anunciado há pouco mais de um mês no Brasil, a tecnologia DroneTracker usa uma combinação de câmeras de vigilância com software e sensores de radiofrequência para determinar se um drone invadir a área protegida. Com esse sistema, também é possível determinar a latitude e longitude do operadora do drone que atua de forma irregular.
O sistema DroneTracker tem a junção de tecnologias da sueca Axis Communications e com a americana Dedrone. Com quatro câmeras, o sistema consegue cobrir um raio de 2 quilômetros.
“No caso de aeroportos, é possível ampliar essa área para atingir os 9 km de distância de um aeroporto que um drone precisa ter”, disse Paulo Santos, gerente de soluções da Axis Communications, em entrevista a EXAME. “De até pássaros podem causar problemas em uma turbina, imagine um drone”, afirmou Santos.
Por ora, o DroneTracker funciona em segmentos como segurança de transporte de valores e indústrias. Santos conta que ainda não há acordos com aeroportos para fazer o monitoramento de drones.
A Infraero informa que 35 chegadas programadas foram afetadas pelo sobrevoo do drone em Congonhas, entre 20h15 e 22h15. “Assim que foi percebido, a Infraero acionou as polícias Federal e Militar de São Paulo para que fizessem buscas na região, conforme previsto nas normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e no Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7565/1986). Após a liberação do tráfego aéreo pelas autoridades competentes, o Aeroporto de Congonhas teve suas operações prorrogadas até meia-noite para que as empresas aéreas pudessem iniciar a adequação de suas programações de voos”, diz o comunicado da Infraero enviado a EXAME.
De acordo com a Latam, 28 dos seus voos foram impactados pelo sobrevoo do drone, sendo 16 cancelados e 12 alterados para Guarulhos, Belo Horizonte, Campinas, Rio de Janeiro e Ribeirão Preto. “A LATAM esclarece que os passageiros impactados receberam a assistência necessária. Por fim, a empresa reitera que a segurança é um valor imprescindível e, sobretudo, todas as suas decisões visam garantir uma operação segura”, segundo o comunicado oficial da companhia aérea.
Delegado diz que houve confronto entre traficantes e Exército em São Gonçalo
Sete pessoas foram mortas e seis ficaram feridas em um baile funk no Complexo do Salgueiro, onde ocorria uma operação da Core com militares
Rafael Nascimento
Rio - O delegado da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) Marcus Amin afirmou que os policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) não atiraram na ocasião em que sete pessoas foram mortas e seis ficaram feridas em um baile funk, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. Segundo Amin, houve confronto com o Exército.
Na ocasião, a Polícia Civil fez uma operação em conjunto com os militares na favela. Amin é o responsável pela investigação desses homicídios. "Os policiais da Core não efetuaram disparos. Eles disseram que estavam no local fazendo levantamento para operações futuras. Houve confronto com o Exército", explicou o delegado.
Amin afirmou ainda que as investigações estão comprometidas porque o Exército agiu em missão de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), quando a Polícia Civil não pode investigar crimes até mesmo contra a vida cometidos por homens das Forças Armadas. A lei é nova e foi sancionada pelo presidente da república, Michel Temer, mês passado.
O porta-voz do Comando Militar do Leste, coronel Roberto Itamar, disse que o Exército não teve envolvimento com a morte das sete pessoas. O coronel informou que os sete já estavam mortos quando a Polícia Civil e o Exército entraram na comunidade.
O coronel Itamar afirmou que, quando as forças de segurança entraram na comunidade, já estava havendo um confronto. “E, ao lá chegarem, encontraram vários mortos ao longo da estrada, em uma extensão de mais ou menos 1 quilômetro. Esses mortos foram identificados pela Polícia Civil, e foi feita a segurança, já que se trata de uma área de mata, por integrantes do Exército Brasileiro. Não houve confronto entre as forças de segurança e das Forças Armadas com integrantes de facções criminosas. E não há o que investigar em relação a qualquer disparo realizado por militares do Exército nessa oportunidade”, relatu o porta-voz.
De acordo com Itamar, nenhum inquérito policial-militar foi aberto porque não há motivo para isso. “Não há investigação, porque não há razão para isso, uma vez que as armas não realizaram disparos naquela oportunidade”, disse o coronel.
Feridos continuam internados
Os feridos Daniel de Matos, Marcos Vinicius Gonçalves de Almeida e Luiz Otáveio Rosa dos Santos continuam internados. Daniel e Luiz Otávio estão no Pronto Socorro Doutor Armando Gomes de Sá Couto. Enquanto Marcos Vinicius foi transferido para o Hospital Estadual Alberto Torres.
Daniel foi baleado nas duas mãos, já passou por uma cirurgia e deve ser operado novamente. Já Marcos foi atingido no queixo e seu estado de saúde é gravíssimo. Já Luiz Otávio, que ficou ferido nas costas, está estável e não deve precisar ser operado. Os moradores fizeram um protesto contra a morte dos jovens, na BR-101.
FAB celebra 73 anos do Dia do Material Bélico da Aeronáutica
A data relembra feito da Segunda Guerra Mundial
Neste sábado (11/11) é celebrado o Dia do Material Bélico da Aeronáutica. Todo o Sistema de Material Bélico da Aeronáutica (SISMAB) é dirigido pela Diretoria de Material Bélico (DIRMAB) e operacionalizado pelo Parque de Material Bélico da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAMB-RJ).
Composto por 33 remotos e 314 operadores, o sistema tem como responsabilidade o planejamento, a supervisão e o controle das atividades de aquisição, manutenção, distribuição e suprimento de itens bélicos para toda a Força Aérea Brasileira (FAB). De acordo com o Diretor do PAMB-RJ, Coronel Aviador Raul Carlos Camara Borges, não existe Força Aérea se não tiver armamento.
“Não adianta apenas ter o avião, o armamento é que faz toda a diferença. Além disso, é excepcional a variedade de material bélico da FAB, que vai desde a pistola que equipa a guarda e segurança até o míssil da aeronave de combate que vai manter a soberania do espaço aéreo”, destaca.
Por meio da Ordem do Dia, o Comandante-Geral de Apoio (COMGAP), Tenente-Brigadeiro do Ar Paulo João Cury, parabenizou todos os militares que labutam em prol do SISMAB da FAB.
“Aos homens e mulheres integrantes do Sistema de Material Aeronáutico e Bélico, que fazem “Da Força! O Sabre”, parabéns pela contribuição e empenho nessa atividade tão importante. Continuem motivados e convictos da responsabilidade que possuem em manter a Força preparada para a guerra e, deste modo, garantindo a paz”, ressaltou.
Histórico
A escolha da data remonta ao ano de 1944, quando nos céus do Velho Continente, o 1° Grupo de Aviação de Caça - Esquadrão Jambock - voava em combate, pela primeira vez, como Unidade Aérea independente, com aeronaves armadas pelo seu próprio efetivo de especialistas, chefiado pelo então 2º Tenente Especialista em Armamento Jorge da Silva Prado.
O jovem Tenente Prado tinha apenas 20 anos e foi o responsável por todo o armamento empregado pelo Esquadrão na Campanha da Força Expedicionária Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial.
O militar ainda introduziu novos métodos de armazenagem de material bélico, modificou o Sistema de Ordens Técnicas e estabeleceu nomenclatura adotada pelas Forças Armadas do Brasil. Também idealizou bombas incendiárias e produziu os primeiros foguetes de aviação fabricados no País. Posteriormente, o Tenente-Coronel Especialista em Armamento se tornou Patrono do Material Bélico da Aeronáutica.
Ministro da Defesa visita exercício multinacional AMAZONLOG17 em Tabatinga
Adriana Fortes
Tabatinga, no Tupi Guarani, significa "casa pequena”, mas, há seis dias, a "Capital do Alto Solimões”, como é conhecida esta cidade localizada no oeste do estado do Amazonas, vive uma rotina diferente.
Uma rotina de casa cheia. Integrantes das Forças Armadas do Brasil, Colômbia, Peru e Estados Unidos, observadores militares de nações amigas, representantes de ministérios, de agências brasileiras, estrangeiras e de empresas de material de emprego militar de uso dual (civil e militar) estão reunidos no município para o AMAZONLOG17.
O objetivo do exercício, inédito na América do Sul, é desenvolver doutrina para ações humanitárias que respondam de forma rápida a adversidades causadas por ondas migratórias, catástrofes e acidentes.
São cerca de 2 mil pessoas, sendo 490 militares estrangeiros e 350 civis atuando de forma conjunta, no desdobramento de uma base, que será responsável por coordenar todas as ações logísticas necessárias para uma resposta efetiva em situações diversas.
Foi nesse contexto, que o ministro da Defesa, Raul Jungmann, esteve neste sábado (11), acompanhando as operações e conhecendo as instalações dessa base multinacional. O exercício é organizado pelo Comando Logístico do Exército Brasileiro (COLOG) e envolve 22 agências governamentais.
“Nós temos aqui 23 países unidos com um só objetivo: ajuda humanitária. O Amazonlog reúne as Forças Armadas do Brasil e de países vizinhos e irmãos em uma unidade a favor das comunidades e dos povos. Esse é um trabalho em favor da vida. E todos os países que quiserem colaborar nesta missão serão muito bem tratados e reconhecidos pelo povo brasileiro”, disse Jungmann.
O capitão de mar e guerra Schonfelder, da Marinha do Brasil, explica que a Força Naval deverá fazer dois atendimentos durante o exercício, um em Tabatinga e outro em Belém do Solimões, além disso, um grupo de médicos já está também atuando no hospital de guarnição local. “Estamos com dois navios navios de patrulha fluvial, Amapá e o navio de Assistência Hospitalar Dr. Montenegro, uma tropa de 40 fuzileiros, que está cuidando da segurança da base, entre eles quatro militares de Defesa Química Biológica Radiológica e Nuclear (DQBRN), que participam dos exercícios de controle biológico”, explicou o comandante.
A escolha do local para a montagem da base logística não foi por acaso. Entre os maiores desafios da Amazônia estão as dificuldades de deslocamentos e comunicações, e a logística, neste caso, é imprescindível.
Por isso, o Amazonlog irá proporcionar a troca de experiências entre países no enfrentamento de situações que requerem urgência de atendimento, pois envolvem as vidas humanas.
O acesso à cidade se dá por barco ou por avião, inexistindo estradas que unam Tabatinga a Manaus. A viagem fluvial no trecho Tabatinga - Manaus consome cerca de três dias e, no trecho contrário, cerca de sete dias.
O comandante logístico do Exército e da operação do exercício, general Teophilo, explica que o local foi escolhido pela dificuldade logística, pelos desafios e soluções que estão sendo apresentadas. “Nós estamos na coordenação, no emprego desta difícil missão que é a ajuda humanitária. Toda hora nós misturamos operações do exercício com operações reais, pelo local que foi escolhido”, argumenta o general do Exército Brasileiro.
E algumas dessas operações reais, às quais o general Teophilo se refere, foram realizadas com o apoio da Aeronáutica. Em seis dias de exercício, cinco vidas foram salvas. Entre elas, a de um bebê que nasceu prematuro na comunidade de Palmeira do Javari e foi transportada para Tabatinga.
Além de um rapaz, que sofreu uma fratura de crânio e foi removido para Manaus, e uma grávida que precisou ser resgatada do Estirão do Equador. Durante a visita do ministro da Defesa, também foram realizadas algumas simulações.
Um C-105 Amazonas, do 1º Esquadrão do 9º Grupo de Aviação da Força Aérea Brasileira, efetuou um lançamento de uma carga de 225 kg, utilizando um sistema semiautomático, no qual o paraquedas é acionado por uma fita de abertura, que fica conectada ao cabia cabo de ancoragem da aeronave.
Isso tudo a uma altura de 400 pés e uma velocidade de 250 km/h. O general Nardi, chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa (MD), falou da importância da interação entre as agências nacionais e internacionais: “Esta operação vai trazer uma série de ensinamentos que poderão ser muito uteis nos planejamentos futuros e no aperfeiçoamento da atividade logística na região. Cada país tem suas especialidades e aqui é um grande fórum de discussão de problemas e apresentação de soluções”, ressaltou.
Uma das agências envolvidas no exercício é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). O chefe de operações aéreas da instituição, Wilson Rocha, destaca que cerca de 20 vinte pessoas do instituto ajudam no trabalho de fiscalização e emergência ambiental, além de duas aeronaves completas, com tripulação e guincho, para apoio nas simulações que são realizadas. “É uma forma de integrar, já que unimos diversas realidades e uma forma de nos aprimorarmos em termos de doutrina”, afirmou Rocha.
O coordenador do Departamento de Operações de Socorro em Desastres, do Ministério da Integração, Cesar Santana, explicou que o enfrentamento de situações requer urgência de atendimento, pois envolve as vidas humanas. “A vida não se repõe. Todo esforço que se puder fazer para a preservação da vida é válido.
Essa interação entre as agências que compõem o sistema nacional de defesa civil é de suma importância. Vamos dar continuidade a esta ação e buscar firmar um protocolo de interação entre agências tanto nacionais, quanto internacionais”, lembrou ele.
O General Jimenez é chefe do Estado Maior de Operações do Exército da Colômbia e disse estar orgulhoso em compartilhar esta experiência: “Isso vai permitir engrandecer nosso Exército, nossas forças militares e interagir melhor com países que sempre estão do nosso lado, como é o caso do Brasil, do Peru e de todos os outros países que, de alguma forma. participaram deste exercício, como observadores ou colaboraram com este exercício colaboradores”, disse.
Nossos vizinhos argentinos foram representados pelo general Sosa, chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas da Argentina, que também defende a unidade entre as nações para uma pronta resposta em situações de calamidade: “Ter um uma capacidade integrada internacional, que pode prestar ajuda humanitária, e ter todas as agências e países amigos reunidos poderá ajudar a criar um sistema, o que é uma coisa absolutamente positiva, e que permitirá que todos estejam em melhores condições para enfrentar desastres que estão cada vez mais fortes”, afirmou Sosa.
O AMAZONLOG17
O Exercício Amazonlog17 foi inspirado no Capable Logistician, atividade semelhante promovida por países que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em 2015, na Hungria.
No Brasil, até 13 de novembro, uma Base Logística Multinacional Integrada em Tabatinga, na região da tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, integra pessoal, viaturas, aeronaves e equipamentos logísticos necessários para atender a diversos eventos simulados, relacionados a temas como controle de fluxos migratórios não autorizados em casos de ajuda humanitária e assistência humanitária em grandes eventos e operações de paz.
Focado na cooperação e na interoperabilidade entre as Forças Armadas, em integração com agências governamentais e países amigos, o Exercício tem o Brasil, a Colômbia e o Peru com tropas no terreno, para atender ao Estado-Maior Conjunto Combinado nas operações simuladas decorrentes de ações de apoio humanitário.
Antes da execução, propriamente dita, o Amazonlog foi tema de duas conferências internacionais de planejamento em Brasília (DF); um evento-teste, simpósio e exposição de produtos de defesa em Manaus (AM). Todos eventos organizados pelo Comando Logístico do Exército.
Ao final do exercício, os participantes terão adquirido conhecimentos necessários ao emprego logístico e ao trabalho integrado para resposta rápida a situações de calamidades, enchentes, terremotos, catástrofes que atingem populações de diversos países.
AMAZONLOG17 - O trabalho de tropas do Exército na Região Amazônica
6º Batalhão de Engenharia de Construção amplia estrutura de Unidade Básica de Saúde em Tabatinga (AM)
Tabatinga (AM) - O fortalecimento da presença dos Estados da tríplice fronteira em regiões de difícil acesso é um dos legados tangíveis do AMAZONLOG17, Exercício Logístico Multinacional Interagências, que acontece em Tabatinga (AM).
Foi com essa perspectiva que o Exército Brasileiro, por intermédio do 6º Batalhão de Engenharia de Construção (6º BEC), realizou a ampliação da Unidade Básica de Saúde (UBS) de Santa Rosa, bairro daquela cidade amazonense.
A obra foi inaugurada nessa sexta-feira, 10 de novembro e aumentará a capacidade de cobertura daquela unidade médica de duas mil para dez mil pessoas, beneficiando as comunidades próximas.
A ampliação da UBS durou cerca de 40 dias, com efetivo de dez militares envolvidos. A equipe promoveu a construção de mais dois consultórios médicos, com rampas de acesso aos portadores de necessidades especiais e cobertura.
Além disso, toda a estrutura da unidade de saúde recebeu pintura nova, proporcionando maior conforto aos usuários. “Fomos brindados com um presente ofertado pelo Exército Brasileiro.
Só temos a agradecer pela possibilidade de aumentar a cobertura de saúde da nossa população”, salientou o Secretário de Saúde de Tabatinga, Marlem Ferreira. “Este é um benefício para toda a nossa comunidade, que acabou criando um vínculo muito bom com os militares que fizeram a obra.
Nossa palavra é de pura gratidão”, comentou Izete Ferreira, coordenadora-geral da UBS Santa Rosa. Estiveram presentes na cerimônia o Comandante Logístico, General de Exército Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, o Comandante Militar da Amazônia, General de Exército Geraldo Antonio Miotto, o Comandante de Operações Terrestres, General de Exército Paulo Humberto Cesar de Oliveira, outros oficiais-generais do Exército e o Prefeito de Tabatinga, Saul Bermeguy.
Jornalistas visitam Base e conhecem trabalho de tropa do Exército especializada no combate na Região Amazônica
Equipes de imprensa que realizam a cobertura do AMAZONLOG17 conheceram algumas das técnicas empregadas pelo Exército Brasileiro para sobrevivência na selva.
O contexto apresentado foi o caso de emprego em situações emergenciais, especialmente o resgate de vítimas de acidentes em regiões inóspitas e pouco povoadas, como a Amazônia.
Em cenários como o descrito, militares especializados no combate em ambiente de selva são os primeiros a serem acionados para efetuar a busca e o resgate das pessoas atingidas. Os jornalistas visitaram uma área de estacionamento, com militares do 1º Batalhão de Infantaria de Selva, reforçados por outros do Comando de Fronteira Solimões – 8º Batalhão de Infantaria de Selva, compondo uma subunidade.
Essa tropa é a vanguarda do socorro às vítimas, atuando antes da chegada dos meios logísticos com maior suporte de resgate naquela região. Durante a visita à Base de Selva, o Cap Pereira (1º BIS) apresentou à comitiva as técnicas de montagem de redes de selva e abrigos, demonstração de escalada de árvores com por meio de uso da técnica da peconha, obtenção e preparo de alimentos de origens vegetal e animal, além de peculiaridades como a oração e as leis da Guerra na Selva.
Uma das exposições foi procedida na língua Ticuna, por parte do Sd Ferreira (CF Sol – 8º BIS), indígena daquela etnia.
Comunidade de Umariaçu II (AM) recebe ações de cidadania e saúde durante o Exercício AMAZONLOG17.
Na quarta-feira, 8 de novembro, terceiro dia de atividades do AMAZONLOG17, a Mão Amiga do Exército Brasileiro chegou à comunidade indígena da etnia Ticuna, localizada em Umariaçu II, zona rural de Tabatinga (AM).
A assistência em locais de difícil acesso é uma preocupação deste Exercício de Logística Multinacional Interagências, que acontece até o dia 13 de novembro.
Com o trabalho em conjunto com outras agências, o Exército promoveu ações de cidadania e saúde para os Ticuna, um dos povos indígenas mais populosos da Amazônia brasileira.
Ao longo do dia, aconteceu uma Ação Cívico-Social (ACISO), na qual foram realizados atendimentos clínicos, pediátricos, ginecológicos, odontológicos e farmacêuticos, com prioridade para idosos, crianças e gestantes; exames laboratoriais, como tipagem sanguínea, sumário de urina, hepatites B e C e malária, e testes rápidos de diagnóstico do HIV e sífilis, bem como distribuídos medicamentos diversos.
Também ocorreram atividades educativas e sociais. A ação foi coordenada pelo Comando de Fronteira Solimões - 8° Batalhão de Infantaria de Selva (CFSol - 8º BIS), com o apoio da Marinha do Brasil, e Força Aérea Brasileira, Secretaria Nacional de Defesa Civil, Distrito Especial Indígena (DSEI), Ministério da Saúde, Universidade Federal do Amazonas, Secretaria de Educação de Tabatinga, além do Exército e Força Aérea da Colômbia.
Graças aos mais de 50 profissionais que participaram da ação, foi possível realizar cerca de oitocentos atendimentos num único dia, beneficiando a população local.
Simpósio internacional aborda ações humanitárias e desenvolvimento sustentável na região da Pan-Amazônia
Letícia (Colômbia) - Dentro das atividades paralelas ao AMAZONLOG17, exercício logístico que ocorre na região de Tabatinga (AM), tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, foi realizado ontem o 1º Simpósio de Ações Humanitárias e Desenvolvimento Sustentável do Alto Solimões.
A atividade, promovida pelo Exército Brasileiro, aconteceu em dois períodos: pela manhã, no auditório do Banco de La República, na cidade colombiana de Letícia; à tarde, no campus da Universidade do Estado do Amazonas em Tabatinga.
O objetivo do evento foi proporcionar o encontro de lideranças das instituições públicas e privadas para fomentar a busca de soluções dos desafios referentes às ações humanitárias e desenvolvimento sustentável da região. Também se buscou o estímulo da participação do meio acadêmico das diversas instituições de ensino do Brasil, Colômbia e Peru.
A abertura do simpósio foi procedida pelo Governador do Amazonas, Amazonino Mendes, que saudou a realização do evento como “uma homenagem ao homem da Amazônia, heroicos para o Brasil, por conservarem essa região, mesmo enfrentando intempéries e uma série de dificuldades para sua sobrevivência”.
Já o Comandante Logístico, General de Exército Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, qualificou a atividade como um relevante fórum de debates sobre a busca por soluções sustentáveis para o desenvolvimento do Alto Solimões. “Pelo próprio gabarito dos palestrantes aqui presentes, temos noção da importância que damos à temática envolvendo essa região tão especial como a Amazônia, que envolve povos irmãos, separados apenas por limites imaginários”, ressaltou.
O simpósio foi dividido em quatro eixos temáticos, intercalados com debates. O primeiro foi a “prevenção de catástrofes e endemias sazonais da região da tríplice fronteira e Alto Solimões”, apresentado pela presidente da Fundação de Vigilância em Saúde, Rosemary Costa Pinto.
Na sequência, a pesquisadora da Universidade Federal do Amazonas, Giane Zupellari, proferiu palestra sobre aspectos da saúde na região onde ocorre o AMAZONLOG17. A questão indígena foi o foco da exposição do Presidente da Fundação Nacional do Índio, General de Brigada Franklimberg Ribeiro de Freitas.
O último palestrante foi o General Miguel Ernesto Perez, diretor-geral da Defesa Civil Colombiana, uma das agências estrangeiras participantes do exercício logístico.
PORTAL PREPARADO PRA VALER
Tem o sonho de seguir a carreira militar? Saiba como e onde ingressar
por Lucas Palomo
O sonho de alguns jovens é seguir a carreira militar por conta da estabilidade financeira, além de poder defender o país em casos de necessidade. Mas no que muitos acabam se enganando é na forma de ingressar na Forças Armadas, já que existem diferentes jeitos para entrar e crescer no meio militar.
Dividida entre Exército, Aeronáutica e Marinha, o serviço militar oferece várias áreas de ingresso. Segundo o "Guia do Estudante", algumas academias exigem pré-requisitos, como ensino médio completo ou formação em Medicina, Enfermagem, Medicina Veterinária, Engenharia, Contabilidade e Administração, indo além do senso comum de que ficam como soldados ou cabos eternamente.
Seguindo carreira no Exército
O Exército oferece diversas escolas e formações para quem deseja ingressar na carreira militar. No Rio de Janeiro há a Escola de Saúde do Exército (EsSEx), que forma os sargentos oficiais da área da saúde da força, o Instituto Militar de Engenharia (IME), voltado para formação nas diversas engenharias. Já na Bahia existe a Escola de Administração do Exército (EsAEx), onde cursos como Ciências Contábeis, Economia, Psicologia, Comunicação Social, Administração, Direito, Estatística e Informática são oferecidos.
Como crescer na Aeronáutica
Outra força armada que pode ser uma opção viável é a Aeronáutica. São Paulo oferece três academias para o estudante ingressar. Voltada para a formação de oficiais intendentes, a Academia de Força Aérea (AFA) fica em Pirassununga. Outra é a Escola de Especialista da Aeronáutica, em Guaratinguetá, e forma sargentos. Já em São José dos Campos fica o Instituto Técnológico de Aeronáutica (ITA) e oferece formação em várias engenharias e oficialato. A área da saúde também não fica de fora. Em Minas Gerais, mais precisamente em Barbacena, há a CADAR, voltada para odontologia, a CAMAR, para médicos, e a CAFAR, para farmacêuticos.
Marinha também é uma opção
Mais uma opção que pode ser escolhida é a Marinha. Diversos concursos são oferecidos para diferentes áreas de atuação. Engenharia, Medicina, Administração, Odontologia e Enfermagem fazem parte das formações, que são procuradas para se trabalhar. Além de contar com as escolas para ensino fundamental e médio.
AERO MAGAZINE (SP)
Os riscos e as regras para a operação de drones no Brasil
Similar ao potencial destrutivo de um pássaro ou até de um avião, o risco do choque com uma aeronave não tripulada pode levar a um acidente fatal
Da redação
Se no mundo dos quadrinhos e cinema a ideia de minirrobôs voadores se tornou realidade há mais de 50 anos, no mundo real os populares drones ganharam os céus apenas nos últimos cinco anos. Ao mesmo tempo que trouxeram uma série de benefícios, como a possibilidade de filmagens em ângulos e situações jamais imaginadas, assim como o mapeamento de terrenos e a execução de diferentes serviços de manutenção e monitoramento, os pequenos e versáteis aparelhos se tornaram uma nova ameaça à aviação em todo o mundo, como se viu nesse domingo em São Paulo, quando as operações do aeroporto de Congonhas foram paralisadas por conta da presença de um drone.
Existe norma para operação dos drones. Em maio, a Anac aprovou uma regulamentação especial para essas aeronaves não tripuladas, por meio do RBAC E nº 94. A nova regra deverá aumentar a segurança do emprego dessas aeronaves, ao mesmo tempo em que se espera que, com a regulamentação, os fabricantes e operadores consigam promover o desenvolvimento do setor. O novo regulamento seguiu as definições adotadas por outras autoridades aeronáuticas, em especial da FAA, dos Estados Unidos, e da EASA, europeia.
Diferentes tipos
Assim, as operações de drones (de uso recreativo, corporativo, comercial ou experimental) devem seguir as novas regras da Anac, que são complementares aos normativos de outros órgãos públicos como o Decea e a Anatel.
A norma inclui dois tipos de drones, os aeromodelos e os chamados RPA (aeronaves remotamente pilotadas), que só podem ser operados em áreas com no mínimo 30 metros horizontais de distância das pessoas não anuentes ou não envolvidas com a operação e cada piloto remoto só poderá operar um equipamento por vez.
Os modelos RPA foram divididos em três classes, de acordo com o peso máximo de decolagem, que inclui o peso da bateria e/ou combustível, além da carga eventualmente transportada.
O uso próximo a aeródromos exige uma autorização especial, mas caso um tripulante observe o uso de drones na região próxima a aeroportos deve comunicar imediatamente às autoridades competentes.
Choque no ar
O risco do choque com um drone pequeno é similar ao potencial destrutivo de um pássaro, enquanto o impacto com modelos acima de 150 kg é similar ao de duas aeronaves, com elevado risco de um acidente fatal.
Embora seja um modelo de operação recente e com uma norma implementada há poucos dias, é fundamental que a comunidade aeronáutica conheça as novas regras e reconheça os riscos desse tipo de operação.
PORTAL RBJ (PR)
Planos de Proteção do Aeródromo de Palmas/PR são aprovados pela Aeronáutica
Por Guilherme Zimermann
Foi publicada na edição desta segunda-feira (13) do Diário Oficial da União, a aprovação de Planos de Zona de Proteção para o Aeródromo de Palmas, Sul do Paraná. Os planos tem por finalidade o estabelecimento de regras para o espaço aéreo, a fim de mantê-lo livre de obstáculos, permitindo a operação de pousos e decolagens de forma segura.
O Instituto de Cartografia Aeronáutica aprovou o Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo (PBZPA) e o Plano de Zona de Proteção de Procedimentos de Navegação Aérea (PZPPNA), estabelecendo a exclusividade da área do aeródromo para voos, restringindo, por exemplo, a construção de edifícios em alturas que possam pôr em risco os seus ocupantes ou impactar a segurança de cada voo, entre outras restrições.
A construção do aeroporto municipal de Palmas data de 1952. Até meados da década de 1960, houve a operação de voos comerciais, por meio da Real Transportes Aéreos. Após um período irregular, em 2015, a Agência Nacional de Aviação Civil(ANAC) autorizou novamente pousos e decolagens. Foram investidos recursos no recapeamento asfáltico e sinalização da pista de 1.100 de extensão por 23 de largura; terraplanagem às margens e cabeceiras e aterros de segurança, além da construção de um novo terminal de passageiros.
Atualmente o aeroporto é utilizado por aeronaves privadas pertencentes a empresários do setor industrial local e por compradores da produção palmense. Além disso, tem servido para organismos públicos de todas as esferas, bem como, para transporte de pacientes que vem para a Unidade de Terapia Intensiva do hospital local ou para deslocamento para outros centros médicos, em situações de emergência.
FlightGlobal (UK)
DUBAI: Embraer KC-390 set to resume flight testing after minor repairs
The Embraer KC-390 protoype involved in a stall speed incident on 12 October has not been significantly damaged and is set to return to flight testing following minor repairs.
The Brazilian airframer says in a statement provided to FlightGlobal that the aircraft, 001, “experienced an event beyond the planned limit” during a simulated icing test, which took the aircraft beyond its airspeed and load factor operating limitations.
That forced the crew to apply recovery procedures, and the aircraft returned to Embraer’s test base at Gavião Peixoto. It has not flown for more than a month since the incident.
Embraer now says that a detailed inspection of the aircraft showed that there was no damage to the primary aircraft structure, although some external fairings and access hatches will be replaced before the aircraft can resume flight testing.
“The Embraer KC-390 certification schedule is not affected and entry into service is confirmed for 2018 with the delivery of the first production aircraft to the Brazilian air force,” Embraer adds.
Based on the last announced schedule, the first two of 28 KC-390s on order for the Brazilian air force are expected to be delivered next year, another two in 2019 and three annually in subsequent years.
Flight Fleets Analyzer shows that there are 30 firm orders for the KC-390 and letters of intent for a further 32 from seven nations, including Chile, Colombia, the Czech Republic and Portugal.
Aviation International News online
Emirati Light Attack Aircraft Breaks Cover
by David Donald
Unveiled at the Dubai show this week, the Calidus B-250 is a light attack/trainer aircraft that has been developed in Brazil but which will be built in the UAE by Calidus (Chalet A34-35) as part of the Bader program. A facility is being completed in Al Ain to build the aircraft, which is intended for a range of duties, including ISR, counter-insurgency, close air support and training.
Developed under conditions of some secrecy in just 20 months, the B-250 has been designed by Novaer at São José dos Campos, near São Paulo, under the leadership of Joseph Kovács, who created the Embraer Tucano. The B-250 draws on Kovács’s work in producing the redesigned Golden Aircraft/US Aircraft Corporation A-67 Dragon, but incorporates significant elements of composite structure. It has a stepped tandem cockpit and is powered by a Pratt & Whitney Canada PT6A-68 that develops 1,600 shp.
The avionics are provided by Rockwell Collins in the form of the touchscreen Pro Line Fusion system, which supports a digital head-up display. Calidus is performing the missionization of the system and will handle further updates, drawing on Fusion’s open systems architecture.
For the ISR/light attack mission the B-250 is fitted with an electro-optic turret and can carry a range of weapons on its seven hardpoints. The example in the static display is being shown with GPS-guided bombs from Tawazun Dynamics, the LIG Nex1 LOGIR imaging infrared precision rocket and DS-16 smart munition. Avibras Skyfire-70 and Equipaer 70-mm rocket pods are also on show.
A second B-250 is taking part in the daily air display.
Alongside the B-250 is the T-Xc Sovi basic trainer aircraft, which is also a Novaer design, first flying in Brazil in 2015. The side-by-side aircraft has a pressurized cabin that permits a service ceiling of 25,000 feet, and it can be powered by either piston or turboprop powerplants. Novaer designed the aircraft with an aim of providing a successor to the Brazilian air force’s aging T-25 Universal and T-27 Tucano fleets.
CENÁRIO MT
Servidores são capacitados para utilizar drones no combate à criminalidade
A Secretaria de Segurança Pública vai utilizar drones para auxiliar no enfrentamento ao crime. Por isso, representantes da Policia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Judiciária Civil e Politec, participam durante toda a última semana do Estágio de Aeronaves Remotamente Pilotada – EOARP 2017.
A capacitação permite especializar o profissional da Segurança Pública, como Operador de RPAs na categoria de peso máximo de decolagem inferior a 25 kg, dando-lhe condições de pilotar o vetor aéreo, operar a estação remota de pilotagem, os sensores acoplados e os softwares associados.
No final do estágio, o participante terá conhecimento em normas aeronáuticas que regulamentam a operação dos RPAs no Brasil, principalmente as ligadas à habilitação dos operadores, certificação dos equipamentos e autorização do uso do espaço aéreo, tanto no uso civil e pelos órgãos de segurança pública.
O secretário adjunto de Integração Operacional, coronel PM Jonildo Assis, lembrou que os drones foram adquiridos com recursos destinados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) a Sesp, por meio do Centro Integrado de Operações (Ciosp). Ele acrescenta que a ferramenta é de grande importância para a segurança pública no estado, pois pode ser usada de várias formas, desde a produção de conhecimento, até uma orientação de um serviço operacional de cada entidade.
“A capacitação é um grande avanço dentro da política de segurança pública em Mato Grosso. O curso é a concretização de um sonho idealizado pela equipe do Ciosp. A parceria com o MPT é que realmente nos deixa bastante felizes e cientes que nós fazemos segurança pública, por que somos vocacionados e queremos o bem da sociedade mato-grossense”.
O instrumento possibilita a credibilidade nas informações obtidas por realizar a observação a uma distância segura. Na pratica, as imagens captadas podem ser imprescindíveis para a responsabilização de criminosos. Nesses casos, a utilização de drones, juntamente com dados oriundos de satélites, torna os resultados ainda mais uteis.
Sobre o curso
Serão 40 horas/aula, sendo aplicado conceitos, aplicações e operação dos RPAS, segurança de voo, conhecimento técnico de RPAS, meteorologia, teoria de voo, regulamento de tráfego aéreo, navegação Aérea, instrução em simulador e instrução prática de voo.
As aulas são ministradas pelo instrutor Paulo Roberto de Oliveira Filho, referência no assunto em Mato Grosso.
JORNAL FAROL COMUNITÁRIO (MG)
Infraestrutura para transplantes em MG
Com frota própria de aeronaves, Estado avança no número de transplantes de órgãos. Diferentemente da maioria dos estados, que dependem da Força Aérea Brasileira (FAB), o MG Transplantes utiliza aviões e helicópteros do Governo do Estado para cobrir os 17 territórios mineiros e salvar vidas
Agência Minas
Minas Gerais é um dos estados com as melhores condições de realizar transplantes no Brasil. São 17 hospitais - na capital e no interior - com equipes altamente especializadas, após qualificação técnica em centros de referência do Brasil e do exterior. Outro fator fundamental para o alcance de bons resultados deve-se à logística de excelência do MG Transplantes, que utiliza a frota aérea que está sob a responsabilidade do Comando de Aviação do Estado (Comave) da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).
Segundo estado mais populoso do Brasil, com 21.119.536 habitantes (IBGE/2017), divididos em 853 municípios numa área de 588.384,30 km², Minas Gerais tem regiões muito diferentes e extensão territorial superior à de países como França, Suécia, Espanha e Japão.
Mesmo com essas características, o Governo do Estado conseguiu implantar a melhor infraestrutura do Brasil para o transporte de órgãos, utilizando aeronaves e veículos para que haja aproveitamento de todas as doações em território mineiro.
De acordo com a coordenadora estadual de logística do MG Transplantes, Sara Barroso, que há 15 anos desenvolve esse trabalho, a parceria com o Governo do Estado, por meio do Gabinete Militar, foi estabelecida já há algum tempo. Entretanto, com o decreto 47.182/2017 do governador Fernando Pimentel, que criou o Comando de Aviação do Estado (Comave) da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), os desafios passaram a ser menores.
Ao todo, são 15 aeronaves sob a responsabilidade do Comave, sendo dez helicópteros e cinco aviões para as atividades de multimissão, entre elas o transporte de órgãos. “Sempre tivemos aeronave para nos atender. Entretanto, com o Comave ficou muito mais rápido, pois no primeiro contato já sabemos qual avião ou helicóptero estará disponível para deslocar imediatamente com a equipe do MG Transplantes”, afirma.
Sara Barroso argumenta que a gestão centralizada trouxe simplificação e agilidade, pois antes o MG Transplantes fazia contato com o gabinete do governador, gabinete militar, polícia militar, polícia civil e corpo de bombeiros. “Hoje em dia falamos com o coronel de plantão e ele diz quem vai nos atender. Ao mesmo tempo, ele aciona o pessoal e aí acertamos os detalhes da viagem”, explica a coordenadora.
Números crescentes e eficiência da logística
No ano passado (2016), o transporte aéreo disponibilizado pelo governo foi usado 52 vezes. Em 2017, até o início de outubro, foram 61 vezes, um aumento de 19,3%. Na doação de órgãos, houve, no primeiro semestre deste ano, 117 famílias autorizando a captação, enquanto no primeiro semestre do ano passado foram 98 doações. Com isso, foi possível realizar 1.071 transplantes frente aos 939 no mesmo período de 2016.
As demandas são variadas e de todas as regiões, com realidades muito diferentes, sendo que algumas dependem de avião, helicóptero e carro. Existem lugares que não contam com aeroportos e a chegada tem de ser por uma cidade vizinha, enquanto há municípios que não podem receber voos noturnos. Eventualmente, a estrutura mineira vai a outros estados.
Cada atendimento tem sua especificidade, que exige esforço de todos para atender aqueles que estão na fila esperando um órgão para atenuar o sofrimento e ter uma vida normal. As aeronaves do governo mineiro não têm horário pré-estabelecido para serem utilizadas pelo MG Transplantes e estão à disposição sete dias da semana, 24 horas por dia.
“A demanda de coração é a mais diferenciada de todas e exige maior rapidez. A equipe precisa chegar aos hospitais das Clínicas e Felício Rocho de helicóptero, em duas horas após a captação do órgão em qualquer lugar do estado, enquanto o paciente já se encontra na mesa de cirurgia para receber o órgão”, revela Sara, com o entusiasmo de quem vibra com cada conquista.
Quando existe a oferta de órgãos em Minas Gerais, a comunicação chega ao Sistema Nacional de Transplantes (SNT), por meio do médico de plantão que insere todas as informações do doador. Nesse momento, é possível saber quais os pacientes que podem receber aquele órgão.
O paciente do estado na fila nacional tem preferência e a equipe onde ele se encontra é responsável pela captação do órgão no lugar em que está sendo disponibilizado. Um exemplo: se o paciente contemplado com o fígado é da Santa Casa de Belo Horizonte, é a equipe deste hospital que fará a captação.
Existem estabelecimentos capazes de captar e transplantar todos os órgãos como o Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte. O Hospital Escola de Itajubá (território Sul) transplanta fígado, rim e coração, mas na cidade não desce avião, apenas helicóptero. Assim, a equipe do MG Transplantes utiliza o aeroporto de Pouso Alegre para chegar e depois seguir de helicóptero.
Também realizam transplante de fígado e rim na região Norte (Santa Casa de Montes Claros) e na Zona da Mata, em Juiz de Fora: Santa Casa e Hospital Monte Sinai. Outros hospitais do interior também realizam transplantes diversos.
Caso um órgão doado não seja adequado a um paciente de Minas, ele é ofertado na fila nacional. Nesse caso, para atender a outro estado, vem uma equipe no avião da Força Aérea Brasileira, porém, o MG Transplantes acompanha o procedimento. “Não utilizamos os aviões da FAB porque dispomos de uma frota eficiente, mas se precisarmos temos certeza de que nos atenderá da melhor maneira”, observa.
A logística não pode falhar, pois o tempo é fundamental para o sucesso de uma tarefa complexa, que exige o comprometimento de muitos profissionais de todas as áreas. “É um trabalho que fazemos com o maior prazer. Quando os órgãos são transplantados, a tempo e a hora e os pacientes ficam bem, isso é muito gratificante”, revela Sara, com emoção.
A fila de espera em Minas Gerais
No comando de toda essa engrenagem está o diretor do Complexo MG Transplantes, Omar Lopes Cançado Júnior, que traz os números da fila de espera no estado para receber um órgão. São 3.428 pessoas, sendo que a maioria (2.300) aguarda um rim; 977 esperam voltar a enxergar com uma córnea doada; 47 precisam de transplante de fígado; 51 pessoas estão à espera de um transplante combinado de rim/pâncreas; 29 sonham com um novo coração batendo no peito.
A maioria das pessoas pode ser doadora de todos os órgãos e tecidos. Para isso, basta que manifeste em vida a sua vontade junto aos familiares que precisam autorizar a doação, depois de realizado o diagnóstico de morte encefálica. A remoção dos órgãos não tem um período pré-determinado, mas deve ser feita o mais rápido possível.
Em relação à doação de órgãos em vida, o diretor do MG Transplantes ressalta que ela é possível quando se tem saúde perfeita e quando o doador é parente até o quarto grau do futuro receptor. “Os órgãos que podem ser doados são: rim, fígado e pulmão. Para esses casos, o doador deve procurar o serviço transplantador onde está inscrito o seu parente para realização do procedimento”, orienta Omar.
A doação de órgãos no Brasil apresentou crescimento em 2017 e passou de 14 para 16 doadores para cada 1 milhão de habitantes. O número ainda é considerado baixo se comparado à Espanha, país que é referência mundial com 40 doadores para cada 1 milhão de pessoas.
Com a morte cerebral de uma pessoa saudável, outras 14 poderão ser beneficiadas, segundo informações da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Por isso, as campanhas de estímulo à doação são consideradas imprescindíveis para despertar a solidariedade na sociedade.
Estrutura do Complexo MG Transplantes
O MG Transplantes é composto por centros de notificação, captação e distribuição de órgãos na região Metropolitana de Belo Horizonte, Zona da Mata, Sul, Oeste, Nordeste e Leste do estado. É responsável por coordenar a política de transplantes de órgãos e tecidos em Minas Gerais, regulando o processo de notificação, doação, distribuição e logística, avaliando resultados, capacitando hospitais e profissionais para a atividade.
O MG Transplantes é vinculado à Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e tem seis centrais regionais: Uberlândia (Triângulo Norte), Juiz de Fora (Mata), Montes Claros (Norte), Governador Valadares (Vale do Rio Doce), Pouso Alegre (Sul) e Região Metropolitana de Belo Horizonte. Dos 17 hospitais que realizam transplantes em Minas Gerais, oito estão na capital e nove no interior atendendo a todas as regiões do estado.
Linha de orientação à população:
08000-283-7183
E-mail: mgtransplantes@saude.mg.gov.br
Sede do MG Transplantes:
Avenida Professor Alfredo Balena, 400/ 1º andar
bairro Santa Efigênia, Belo Horizonte (MG)
Telefones: (31) 3219-9200 e (31) 3219-9211
08000-283-7183
E-mail: mgtransplantes@saude.mg.gov.br
Sede do MG Transplantes:
Avenida Professor Alfredo Balena, 400/ 1º andar
bairro Santa Efigênia, Belo Horizonte (MG)
Telefones: (31) 3219-9200 e (31) 3219-9211
PORTAL NOTÍCIAS DO ACRE (AC)
Acre realiza mais um transplante de fígado no fim de semana
Por: Lane Valle
“Se a população compreendesse a grandiosidade do que estamos realizando no Acre, salvando e mudando vidas, não teríamos tanta recusa em doar órgãos no Estado.” A frase é da coordenadora da Central de Transplantes do Acre, Regiane Ferrari, ressaltando que, proporcionalmente, o Acre, único estado da Região Norte com programa de fígado ativo, realiza mais transplantes do que a Grande São Paulo.
Não por acaso, o estado vem se destacando nos últimos anos entre os que mais realizam transplantes de fígado por milhão de população (PMP). No sábado, 11, o sucesso de mais uma cirurgia tirou da fila de transplantes Josuel Alves da Silva, de 53 anos.
O paciente, que sofria de disfunção hepática, aguardou por quatro meses o procedimento. A doação veio por meio de um gesto de amor da família de um homem de 27 anos, natural de Goiânia (GO), que faleceu vítima de acidente de trânsito. O fígado foi transportado por uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), chegando durante a madrugada de sábado.
De 2006 para cá, 11 anos desde a criação da Central de Transplantes, o Acre já realizou 316 transplantes apenas no Hospital das Clínicas. Desse total, 28 foram de fígado, 89 de rim, e 199 de córneas. Somando com os mais de 300 acreanos que foram transplantados via TFD (Tratamento Fora de Domicilio), o estado já contabiliza mais de 600 procedimentos.
AEROFLAP
FAB transporta doações para vítimas de terremoto no México
O Boeing 767, do Esquadrão Corsário da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou da Ala 13, em Guarulhos (SP), com destino ao México, transportando cerca de 10 toneladas de materiais doados ao país. A aeronave desembarcou, nesta segunda-feira (13/11), em Tuxtla Gutiérrez, capital de Chiapas, localidade que foi o epicentro do terremoto que ocorreu em setembro deste ano.
“É motivador participar de uma missão nobre como essa. Poder levar ajuda e conforto aos nossos irmãos mexicanos me engrandece muito como militar e como pessoa”, expressou o Comandante da missão, Tenente-Coronel Elton David França.
A missão, que conta com o apoio do Fundo de Solidariedade de São Paulo, da Defesa Civil do Estado de São Paulo e da Receita Federal, tem como objetivo levar ajuda às áreas afetadas, por meio da doação de kits dormitório, materiais de higiene pessoal e de limpeza, material escolar, roupas, fornos e utensílios de panificação.
De acordo com o Capitão da Polícia Militar Walter Cabello Neto, coordenador da doação pela Defesa Civil, em tragédias como esta que assolou o México, os desabrigados passam por dificuldades básicas que aumentam o estresse e o risco de proliferação de doenças. “Essa coordenação entre várias organizações para dar assistência às vítimas dos terremotos que pretende minimizar os efeitos da tragédia é uma ação humanitária e ficamos honrados em poder colaborar”, ressaltou.
Doze militares da FAB participam da missão, entre eles os sargentos Bruno Andrade Ramos e Maycon Felipe de Moraes Soares, que fizeram um curso de capacitação na padaria artesanal do Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, com o intuito de aprender técnicas de panificação e de utilização dos fornos e utensílios doados ao México.
“É muito gratificante poder ajudar e levar esperanças a um povo que está em dificuldade. Agora somos agentes multiplicadores, vamos repassar o que aprendemos aos sobreviventes do terremoto. Em situações como essas é importante ensinar a tarefa. Com o material de padaria eles poderão, além de fabricar seu próprio alimento, vender e, com isso, obter alguma renda para sua sobrevivência”, concluiu o Sargento Andrade.
Via – Força Aérea Brasileira
DRONE POLICIAL
Voo irresponsável de Drones é um caso só da Polícia?
EDUARDO ALEXANDRE BENICoronel RR Polícia Militar de São Paulo
São Paulo – A noite de domingo (12) foi um dia de muita confusão no Aeroporto de Congonhas, zona sul da capital paulista. Qual foi a causa? Um drone voando próximo da cabeceira 35 da pista, o que impediu o pouso das aeronaves no aeroporto por duas horas. O Brasil possui regras claras sobre o emprego de drones e aeromodelos, mas ainda é preciso fazer muito mais, tanto na fiscalização, como na implantação de mecanismos de rastreamento.
Os prejuízos dessa vez foram “somente” o atraso e o descontentamento de passageiros e tripulações. O acidente não aconteceu porque houve o reporte imediato de pilotos, a rápida decisão dos controladores de voo em suspender os pousos e o acionamento da polícia, inclusive do helicóptero Águia da Polícia Militar.
Mas esse não é um problema exclusivo do Brasil. Muitos países que já regulamentaram a operação de drones passam diuturnamente por problemas semelhantes, inclusive no sábado (11) um avião Boeing 737 800 da Aerolíneas Argentinas, que estava prestes a pousar no terminal de Buenos Aires, Argentina, colidiu com um drone. Houve apenas danos na fuselagem.
Aqui no Piloto Policial publicamos diversos artigos sobre o uso responsável e irresponsável desse equipamento, participamos das discussões sobre a elaboração das normas publicadas pela ANAC e DECEA, mas sobre a fiscalização ainda existem muitas coisas a serem feitas e discutidas.
Como se não bastassem todos os problemas que a segurança pública enfrenta no Brasil, eis ai mais um para administrar. Além da utilização dos drones para enviar drogas e celulares a presos, existe o risco potencial para a aviação tripulada.
Como se sabe, a responsabilidade pela fiscalização administrativa é da ANAC e do DECEA, porém, quando vamos para o campo criminal essa responsabilidade pela investigação passa, dependendo do caso, para a Polícia Federal ou para as Policias Civis. As Polícias Militares, Polícia Rodoviária Federal e Guardas Municipais certamente serão acionadas para o primeiro atendimento.
No final das contas, as Polícias Militares e até mesmo as Guardas Municipais, arcarão com mais essa atribuição, primeiro porque estão presentes em todos os lugares do Brasil e segundo porque as pessoas vão ligar 190, pois não existe ainda um serviço de atendimento 24h ao cidadão, amplamente divulgado pela ANAC ou pelo DECEA.
O problema é que apesar de haver, por exemplo, um suposto cometimento de crime, a pessoa que opera o drone pode estar regulamentada. Então o Policial deverá estar treinado para saber quais documentos pedir, identificar se a pessoa realiza operação desportiva ou comercial, conhecer as regras sobre o uso do espaço aéreo, conhecer as regras sobre o registro/cadastro do equipamento, se precisa ou não de seguro, se o equipamento tem ou não licença ANATEL, saber para quem ligar no DECEA ou ANAC, a fim de colher mais informações ou enviar o boletim de ocorrência. E por ai vai.
Estamos diante de algo complexo, que é a fiscalização. Sabemos também que endurecer as normas por si só não resolve nada, pelo contrário. Existe um mercado promissor surgindo com pessoas responsáveis e engajadas na bandeira da segurança de voo, como vem fazendo, por exemplo, a feira Drone Show e empresas especializadas.
Então o Ministério Público, a OAB, SENASP, Receita Federal, a Polícia Federal, Rodoviária Federal, Polícias Civis, Polícias Militares, etc terão que entrar em cena. É preciso que essas Instituições se debrucem sobre o problema e discutam essas questões com o DECEA e a ANAC, além de uma ampla divulgação nos meios de comunicação sobre como voar um drone ou um aeromodelo de forma legal.
O caso de Congonhas não foi o primeiro. Tivemos inclusive casos que envolveram voos próximos de aeronaves policiais na Bahia e em Minas Gerais, amplamente divulgados aqui no Piloto Policial. Essa aviação corre riscos porque voa baixo e sempre em ocorrências que demandam muita atenção da tripulação.
Por isso, a segurança deve ser uma bandeira de todos nós, inclusive da “novata” Aviação Não Tripulada.
Em breve, o site Piloto Policial e a feira Drone Show apresentarão um Webinar para disseminar e discutir as regras e penalidades. O objetivo é falar um pouco sobre o sistema, além de disseminar aos órgãos policiais e reguladores a necessidade de uma atuação mais ostensiva em busca da segurança nas operações.
Além disso, a feira Drone Show, em parceria com o Piloto Policial, pretende promover um encontro entre a ANAC, DECEA, ANATEL, Receita Federal, Ministério da Defesa, Policiais Civis e Militares, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, etc, na feira Drone Show que acontecerá nos dias 15 a 17 de maio de 2018, em São Paulo.
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