NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 03/11/2017 / Embraer já está fabricando três aeronaves KC-390 de série
Embraer já está fabricando três aeronaves KC-390 de série ...
Pouco antes de finalizar as certificações iniciais do KC-390, a Embraer declarou na divulgação dos resultados financeiros do 3º trimestre deste ano que já está avançando com a produção em série de três aviões da linha KC-390, os S/N 003, 004 e 005.
Os KC-390 de série são as aeronaves destinadas para o Governo Brasileiro, e futuramente também para os outros clientes, como o Governo de Portugal, que neste ano comprou 5 aviões deste tipo.
A Embraer também aproveitou para ressaltar que os dois protótipos de testes já completaram 1350 horas de voo, e já fizeram testes de atividades militares recentemente, como o lançamento de paraquedistas em altitude elevada pela porta traseira, além de usar equipamentos de visão noturna.
O KC-390 é uma aeronave de transporte tático desenvolvida para estabelecer novos padrões na sua categoria, apresentando ao mesmo tempo o menor custo do ciclo de vida do mercado. É capaz de realizar diversas missões, como transporte de carga, tropa ou paraquedistas, reabastecimento aéreo, além de apoio a missões humanitárias, busca e resgate, evacuação médica e combate aéreo a incêndios.
O KC-390 transporta até 26 toneladas de carga a uma velocidade máxima de 470 nós (870 km/h), com capacidade para operar em ambientes hostis, incluindo pistas não-preparadas ou danificadas.
Trata-se de um projeto da Força Aérea Brasileira (FAB) que, em 2009, contratou a Embraer para realizar o desenvolvimento da aeronave. De acordo com a Embraer, a campanha de testes do KC-390 está avançando de forma extremamente satisfatória, atendendo todos os requisitos da aeronave e validando os objetivos de desempenho e capacidade previstos por meio do uso de avançadas ferramentas de engenharia.
A Capacidade Operacional Inicial deve ser atingida até o final deste ano e as entregas estão programadas para começar no primeiro semestre de 2018.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
A escrava que não é Isaura
É uma afronta à Lei Áurea e aos direitos humanos utilizar a lei que aboliu a escravidão no País como argumento para receber mais que o teto previsto na Constituição
A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, apresentou um pedido ao governo para acumular o seu salário de ministra com o de desembargadora aposentada, o que lhe garantiria vencimento bruto de R$ 61,4 mil mensais, revelou o Estado. Por força do teto constitucional, ela recebe atualmente R$ 33,7 mil mensais. Essa situação, “sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo, o que também é rejeitado, peremptoriamente, pela legislação brasileira desde os idos de 1888 com a Lei da Abolição da Escravatura”, diz o pedido apresentado no início de outubro.
É uma afronta à Lei Áurea e aos direitos humanos utilizar a lei que aboliu a escravidão no País como argumento para receber mais que o teto previsto na Constituição. A remuneração dos ocupantes de cargos públicos não pode exceder o subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), diz o art. 37, XI da Constituição.
Insatisfeita com os seus rendimentos de R$ 33,7 mil mensais, a ministra dos Direitos Humanos fez uma interpretação muito peculiar do que seria o teto constitucional. “Ao criar o teto remuneratório, não se pretendeu, obviamente, desmerecer ou apequenar o trabalho daquele que, por direito adquirido, já percebia, legalmente, os proventos como sói acontecer na minha situação”, diz Luislinda Valois, referindo-se ao fato de que ela – obviamente sem contar as famosas verbas indenizatórias – já recebia R$ 30.471,10 como desembargadora aposentada e, portanto, o acréscimo em seus proventos pelo cargo de ministra se resume a R$ 3.292 mensais brutos.
E é justamente isso – receber pelo cargo de ministra apenas R$ 3.292 mensais – que faz a ministra dos Direitos Humanos achar que sua situação é equiparável à dos escravos. “Todo mundo sabe que quem trabalha sem receber é escravo”, disse Luislinda Valois ao Estado. Talvez não seja de todo inútil informar-lhe que o salário mínimo no País é de R$ 937 e que a imensa maioria dos trabalhadores não tem direito ao que Luislinda Valois, pelo fato de ser ministra, tem: carro com motorista, jatinhos da FAB à disposição, cartão corporativo e imóvel funcional.
Se Luislinda Valois sente-se insatisfeita e desmerecida com as condições de seu trabalho a ponto de equipará-lo à escravidão, deve imediatamente pedir demissão de seu cargo de ministra de Direitos Humanos, em vez de requisitar que o governo descumpra a Constituição e lhe pague R$ 61,4 mil mensais.
O pedido apresentado por Luislinda Valois é manifestação de absoluta incompatibilidade com o cargo que ocupa. O respeito aos direitos humanos tem como requisito primário o cumprimento da lei. Quem busca um privilégio que afronta a Constituição – receber do Estado R$ 61,4 mil mensais – não preenche as condições para ocupar a chefia do Ministério dos Direitos Humanos.
Além de respeitar a lei, quem comanda o Ministério de Direitos Humanos precisa ter um mínimo de sensibilidade com a situação do governo e do País. Há um grave problema fiscal, de difícil resolução, com consequências para todos, população e governo. Basta ver a árdua batalha para aprovar a reforma da Previdência. Além disso, há gravíssimos problemas sociais, a começar pelos 12,96 milhões de brasileiros desempregados, segundo dados do IBGE. Enquanto isso, a ministra dos Direitos Humanos apresenta um pedido de 207 páginas ao governo federal para que possa receber R$ 61,4 mil mensais.
Quando questionada sobre a razoabilidade de seu requerimento e de seu argumento sobre a escravidão, Luislinda Valois disse-se triste com a repercussão do caso. “Estou muito triste. Sempre fui muito correta, estudiosa e não admito que queiram me levar para o lado negativo. (...) Tanta coisa que tem que se fazer no País e as pessoas ficam se apegando a miudezas? Eu só quero o meu direito de peticionar.”
Certamente, cabe-lhe o direito de postular suas pretensões salariais e de dizer o que pensa. O que não cabe é fazer tais pedidos e interpretações e continuar ocupando o Ministério dos Direitos Humanos. Se o pesado cargo lhe é demais, alforrie-se. Ela é livre para isso. O que ela chama de “miudezas” está longe de ser miudezas – são acintosos privilégios num país de desprivilegiados.
Imagens mostram traficantes com armas de guerra em baile funk no Rio
Grupo foi flagrado pelo Globocop no Complexo da Maré. Bandido foi identificado pela polícia como um dos invasores a UPA.
Um grupo de traficantes foi flagrado exibindo armas de guerra num baile funk, numa das maiores favelas do Rio. As imagens foram feitas pelo Globocop. Um dos bandidos participou da invasão de um posto de saúde, no mês passado.
O baile começou durante o Fla-Flu, na noite de quarta (1). E às 6h30 ainda dava para ver muita gente bebendo, dançando e exibindo armas de guerra. Dá para contar na imagem: cinco fuzis. Os bandidos ostentavam poder até na frente de uma criança que brincava com um balão de gás. Há tempos esse baile acontece na Vila do João, uma das comunidades do Complexo da Maré. O conjunto de favelas é dos mais populosos do Rio.
A Maré é vizinha da Fundação Oswaldo Cruz, um dos mais importantes centros de pesquisas do país. Fica perto também do campus da Universidade Federal Do Rio. Está a cinco quilômetros do aeroporto internacional e cruza as três principais vias expressas de acesso à cidade.
Em 2014, as Forças Armadas ocuparam a Maré. Ficaram lá durante um ano. Os militares prepararam o terreno para a Unidade de Polícia Pacificadora, que nunca chegou a ser implantada.
Traficantes armados voltaram a circular pelas comunidades. Os confrontos fazem parte da rotina e a população, amedrontada, não sabe o que fazer. Em fevereiro, uma bala perdida matou uma menina de sete anos.
No ano passado, durante a Olimpíada, um soldado da Força Nacional morreu baleado ao entrar por engano nesse território. E há menos de um mês, bandidos com fuzis invadiram a unidade de pronto atendimento da Maré para socorrer um traficante. Eles sequestraram um médico e roubaram uma ambulância para levar o ferido para uma clínica clandestina. O médico depois foi liberado.
A Polícia Civil afirma que um bandido que participou da invasão a UPA também aparece nos flagrantes do Globocop. É um dos chefes do bando. Um acessório que ele usa, bem chamativo, ajudou no reconhecimento. O homem de camisa preta e cordão dourado é Paulo Sérgio Medeiros da Cunha, o Paulinho Pl, que tem mandado de prisão por homicídio.
No mês passado, o Fantástico mostrou Paulinho Pl num outro baile, também no Complexo da Maré. Policiais analisaram as imagens gravadas nesta quinta (2) e observaram três fuzis tipo AK-47. Um homem carrega um modelo alemão, chamado G3.
Uma lei aprovada semana passada pelo Congresso Nacional tornou crime hediondo a posse ou o porte ilegal de armas de uso restrito, como os fuzis. Os condenados cumprem pena em regime inicialmente fechado, sem direito a fiança, anistia ou indulto. E tem progressão de regime mais lenta.
O passeio chefiado por Maia tem a cara cafajeste do Brasil
Oficialmente, a comitiva liderada por Rodrigo Maia participa de "uma cerimônia no monumento votivo militar brasileiro". Conversa de 171
Augusto Nunes
Nesta quinta-feira, Dia de Finados, os brasileiros comuns estarão visitando o túmulo da família, que frequentemente abriga dez parentes. Enquanto isso, na Itália, dez brasileiros da classe especial estarão caprichando na pose de viúva inconsolável num cemitério em Pistoia que hoje abriga um homem só. É o único soldado da FEB morto na 2ª Guerra Mundial que não foi identificado.
É o único que ficou por lá depois do traslado para o Brasil do último dos mais de 600 pracinhas sepultados na cidade italiana. Todos os anos, o país é representado nessa solenidade pelo embaixador em Roma. Desta vez, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, estará por lá escoltado por nove deputados. Segundo a programação oficial da comitiva, os dez pais-da-pátria estão abrilhantando “uma cerimônia no monumento votivo militar brasileiro”. Conversa de 171.
Os turistas com foro privilegiado precisavam de algum pretexto para incluir a Itália no roteiro da missão oficial que começou em Israel no fim de semana e vai terminar em Lisboa no próximo sábado. Ninguém sabe o que os integrantes da excursão fizeram de útil nos cinco dias em que desfrutaram dos confortos do Hotel Rei David, o mais estrelado de Jerusalém e um dos melhores do Oriente Médio.
A diária mais barata cobrada pelo hotel supera os US$ 428 embolsados a cada 24 horas pelos acompanhantes de Rodrigo Maia — que, por ser presidente da Câmara, ganha US$ 550 por dia. Se gastaram tudo no hotel, de onde veio o dinheiro para a comida, a bebida e os deslocamentos urbanos em Israel? O transporte aéreo é grátis. Para eles, porque os pagadores de impostos bancam também o avião da FAB — mais precisamente, da frota da FABTur — que já na sexta-feira voará para Lisboa levando a bordo a carga de congressistas.
Na capital portuguesa, a comitiva programou dois compromissos: um “encontro com diplomatas”, cujos nomes não foram revelados, e “uma palestra”, sabe Deus ministrada por quem abe quem dará a palestra. Como ninguém e de ferro, o sábado foi reservado a uma “agenda privada”. Tradução: os viajantes poderão gastar nosso dinheiro como e onde quiserem.
Se essas missões oficiais de araque fossem simplesmente abolidas, o Brasil não perderia nada. E ficaria um pouco menos cafajeste.
Ministro pode ter falado verdade sobre RJ de forma errada, diz Maia
PISTOIA (ITÁLIA) - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse, em Pistoia (Itália), acreditar que as declarações do ministro da Justiça, Torquato Jardim, sobre a condução da segurança pública no Estado do Rio de Janeiro sejam verdadeiras, mas que o ministro agiu de forma inadequada.
"Eu acho que ele falou muita verdade ali, só que não sei se foi da forma adequada. Eu acho que talvez aquela entrevista valesse depois de uma ação da polícia, com meses de investigação, pegando aqueles que estão boicotando as ações de segurança no Rio", declarou Maia à reportagem.
Ao blogueiro do UOL Josias de Souza, o ministro afirmou nesta semana que o sistema de segurança pública do Rio não é controlado por suas autoridades, mas sim por um acordo entre deputados estaduais e o crime organizado.
O ministro disse, ainda, estar convencido de que a morte do Coronel Luiz Gustavo Lima Teixeira, 48, no último dia 26, se tratava de "acerto de contas". Teixeira, que era comandante do 3º batalhão da PM do Rio, estava em um carro que foi atingido por 17 tiros. O episódio aconteceu durante um arrastão, segundo a polícia.
As afirmações abriram uma crise entre a pasta e autoridades estaduais, com acusações do presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), respostas duras do secretário de Segurança, Roberto Sá, e oficiais da Polícia Militar ameaçando entregar seus postos.
Em viagem internacional nesta semana, Maia já cobrou provas das afirmações do ministro.
Nesta quinta (2), em visita ao Monumento Votivo Militar Brasileiro, na Itália, o presidente da Câmara comentou novamente sobre a decisão de Torquato: "Essa investigação certamente vai dar resultado, mas vazar antes da hora talvez tenha atrapalhado".
Nos últimos anos, Maia tem ganhado força política e ele é um dos citadas para concorrer à eleição ao governo do Estado do Rio de Janeiro no próximo ano.
Nesta quarta (1º), o atual governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), questionou no STF (Supremo Tribunal Federal) as declarações do ministro da Justiça.
Para o presidente da Câmara, o pemedebista "está defendendo o direito dele, o que é legítimo".
O Rio enfrenta uma grave crise financeira, com cortes de serviços e atrasos de salários de servidores, e está perto de um colapso na segurança pública.
Um outro efeito dessa crise tem sido o aumento dos índices de criminalidade e a redução do número de policiais em favelas ocupadas por facções criminosas. As UPPs, bases policiais em comunidades controladas pelo tráfico, perderam parte de seu efetivo.
Nos últimos meses, têm sido rotina mortos e feridos por bala perdida, além de motoristas obrigados a descer de seus carros para se proteger dos tiros.
Outro braço dessa crise é a morte de policiais. Só neste ano já foram 113 PMs assassinados no Estado. A situação de insegurança também levou o presidente Michel Temer (PMDB) autorizar o uso das Forças Armadas para fazer a segurança pública do Rio até o final do ano que vem.
Ministra desiste de pedir remuneração de R$ 61 mil
Marcelo Ribeiro
A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, desistiu ontem de pedir a acumulação do salário integral do atual cargo com a aposentadoria de desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia, o que lhe daria uma remuneração de R$ 61 mil, quase o dobro do teto de R$ 33,7 mil do funcionalismo. Luislinda havia apresentado um requerimento em outubro pedindo o acúmulo, segundo informou ontem o jornal "O Estado de S.Paulo". Diante da reação geral à sua pretensão, recuou no fim do dia.
Atualmente, Luislinda recebe mensalmente R$ 30,4 mil referente à aposentadoria como desembargadora e R$ 3,3 mil das suas atividades como ministra, tendo descontados R$ 27,6 mil, do chamado "abate teto". Além disso, ela ainda tem direito a carro, motorista, viagens de avião da Força Aérea para compromissos profissionais, cartão corporativo e imóvel funcional. Em 2017, a ministra já recebeu mais de R$ 45 mil em diárias do governo federal.
Para reivindicar o acúmulo das duas remunerações, a ministra encaminhou à Casa Civil um documento de 207 páginas, no qual lamenta que o teto constitucional limite seus rendimentos a R$ 33,7 mil e alega que essa situação "sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo, o que também é rejeitado, peremptoriamente, pela legislação brasileira desde os idos de 1888 com a Lei da Abolição da Escravatura".
A Casa Civil deu um parecer negando a solicitação da ministra do PSDB e enviou o caso ao Ministério do Planejamento, que não emitiu nenhum parecer até agora.
Após a reação ao seu pedido, a ministra dos Direitos Humanos, que comparou sua remuneração à do trabalho escravo, apresentou um requerimento de desistência e arquivamento da solicitação que fez ao governo, informou a assessoria de imprensa da pasta.
Antes da desistência, a ministra afirmou que era seu direito receber o valor integral para trabalhar como ministra, porque o cargo lhe impõe custos como se "vestir com dignidade" e "usar maquiagem".
A iniciativa de Luislinda foi criticada pelo presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia.
Em vídeo encaminhado à imprensa, ele classificou como "inaceitável" e "um deboche com a sociedade" a estratégia da ministra de explorar "o triste passado da história da escravidão para justificar um benefício manifestamente ilegal".
"O teto constitucional, hoje, é uma verdadeira ficção e precisa ser enfrentado por todos. Precisamos do exemplo de agentes públicos e políticos para que o teto seja efetivamente cumprido. A lei vale para todos e precisa ser observada por aqueles que tem a obrigação de dar o exemplo", criticou Lamachia, acrescentando que a analogia feita por Luislinda ao trabalho escravo é uma afronta ao bom senso.
Segundo apurou o Valor, o Palácio do Planalto não estuda afastar a ministra em reação à repercussão negativa da petição. Correligionário de Luislinda, o ministro Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo) afirmou ter recebido com surpresa o pedido da titular da pasta de Direitos Humanos e acredita que a decisão de arquivar a solicitação deve ser suficiente para enterrar a polêmica. "Diante da decisão da ministra de desistir do pedido, acreditamos que o assunto está encerrado", disse Imbassahy.
Na Itália, comitiva de Maia participa de homenagem a militares mortos
Thiago Resende
PISTOIA (ITÁLIA) - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a comitiva que o acompanha em viagem internacional participaram hoje de uma cerimônia, em Pistoia (Itália), em homenagem aos militares brasileiros mortos em batalhas da Segunda Guerra Mundial no norte do país europeu.
Em discurso, Maia disse que o Monumento Votivo Militar Brasileiro, construído nos anos 1960 em memória dos 465 combatentes que morreram na região, "é uma terra sagrada" e um pedaço do Brasil na Itália.
O embaixador do Brasil na Itália e ex-ministro de Relações Exteriores do governo Dilma Rousseff, Antonio Patriota, também participou da cerimônia e defendeu o estreitamento das relações bilaterais.
Por ano, 800 pessoas, em média, visitam o Monumento Votivo. O local, no entanto, saiu do roteiro dos governantes brasileiros. José Sarney e Fernando Collor de Mello foram os últimos presidentes que visitaram o memorial.
Maia foi o primeiro presidente da Câmara a realizar uma visita oficial, relatou o administrador do monumento, Mário Pereira, que, além de cuidar da manutenção, busca divulgar e manter essa parte da história do país viva.
A parada de um dia na Itália teve influência do deputado federal Heráclito Fortes (PSB-PI), articulador político e um dos mais próximos de Maia.
O deputado piauiense tem vaga cativa nas viagens internacionais da Câmara e integra a caravana que viaja por quatro países nesta semana.
Nos últimos dois meses, enquanto buscava controlar as desavenças entre Maia e o presidente Michel Temer, Heráclito também atuou para que a comitiva fosse ao memorial.
Não foi a primeira vez que Heráclito esteve em Pistoia. Há mais ou menos dois anos, Pereira trabalhava no escritório, quando, de repente, viu, pelas imagens das câmeras de segurança, que um homem caminhava pelo local. Era Heráclito Fortes.
Os dois conversaram por quase duas horas, enquanto Pereira explicava parte da história de mais de 25 mil militares que participaram da Força Expedicionária Brasileira (FEB), da qual seu pai -Miguel Pereira- fez parte.
Heráclito, a princípio, não se apresentou como parlamentar brasileiro. Mas os dois continuaram em contato. O deputado queria saber se, entre os mortos, havia alguém do Piauí.
"Ele [Heráclito] disse que ia fazer alguma coisa para dar mais importância a essa história [representada pelo memorial]", contou o administrador. Até que, há dois meses, as conversas -que passaram a incluir a assessoria de Maia- trataram da ida da comitiva à cerimônia durante o Dia de Finados.
A Câmara dos Deputados realizou, em 2015, uma sessão em homenagem aos 70 anos da participação da FEB na Segunda Guerra Mundial. Heráclito discursou e contou sobre a viagem a Pistoia: "Fui lá por curiosidade e patriotismo e para procurar ver quantos piauienses tinham perecido nas terras italianas. Encontrei dois".
Maia e Heráclito costuram a criação de um novo partido que integraria o DEM e dissidentes de outras siglas, principalmente o PSB.
A nova legenda, segundo a previsão de Heráclito, poderá alcançar uma bancada de 50 deputados até o fim do ano. "Ainda estamos discutindo o nome, mas o partido deve ser lançado muito em breve", disse à Folha.
Se a previsão se confirmar, a sigla teria mais cadeiras na Câmara que o PSDB atualmente.
Essa viagem tem sido duramente criticada por acontecer em um momento crítico da política brasileira e pelo fato de ter sido custeada pelos cofres públicos.
A comitiva, à qual se agregou a mulher de Rodrigo Maia, formada por Baleia Rossi (PMDB-SP), Marcos Montes (PSD-MG), José Rocha (PR-BA), Alexandre Baldy (PODE-GO), Benito Gama (PTB-BA), Cleber Verde (PRB-MA), Heráclito Fortes (PSB-PI), Orlando Silva (PC do B-SP) e Rubens Bueno (PPS-PR), hospedou-se no David Citadel, hotel cinco estrelas em Jerusalém cuja diária gira em torno de R$ 1.400 por quarto.
Os trajetos aéreos estão sendo realizados com um avião da FAB. O valor de uma passagem aérea com o trajeto São Paulo - Tel Aviv - Roma - São Paulo (sem incluir Portugal) teria o custo de R$ 28.500 em classe executiva, de acordo com o site da companhia Air France.
Além do custo aéreo da FAB, o dinheiro público envolvido na viagem inclui diárias para bancar hospedagem, transporte local e alimentação. Ela é de US$ 428 (R$ 1.408) para cada um dos deputados. Devido ao seu cargo, Maia tem direito a um valor maior: US$ 550 (R$ 1.808) -na semana passada, a assessoria de Maia afirmou que ele decidiu abrir mão do recebimento das suas diárias.
Ao todo, cada deputado receberá US$ 2.750 (R$ 8.921). Ou seja, só as diárias, somadas, custarão quase R$ 90 mil aos cofres públicos.
Roteiro
Da Itália, a comitiva liderada por Maia segue para Lisboa, onde há encontro com diplomatas brasileiros e uma palestra de encerramento do 4º Seminário Internacional de Direito do Trabalho.
O sábado é reservado apenas para "agenda privada" em Lisboa.
Edição deste ano do Enem será mais barata do que em 2016
Exame em dois domingos reduziu o número de turnos de aplicação da prova, o que garantiu a economia
A aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano ficará mais barata e terá um investimento de R$ 87,54 por candidato. No ano passado, a prova custou R$ 90,64 por aluno. Segundo a presidente do Inep, Maria Inês Fini, o exame em dois domingos reduziu o número de turnos de aplicação da prova, o que garantiu a economia. Com isso, não será mais preciso aplicar a prova em outro horário para seguidores de religiões que guardam o sábado. Nos anos anteriores, os candidatos faziam as provas em um único final de semana (sábado e domingo).
De acordo com o ministro da Educação, Mendonça Filho, a redução do valor é resultado de uma otimização dos custos e não compromete a segurança do processo.
– Todas as medidas de segurança e que asseguram maior transparência e tranquilidade no Enem foram asseguradas. Não há nenhum risco. A redução de custos não compromete em nada a segurança do exame, pelo contrário, temos mecanismos adicionais que asseguram mais segurança à prova – disse.
Foram confirmadas 6.731.300 inscrições no Enem em 1.725 municípios e 12.432 locais de aplicação. O número de candidatos ainda pode sofrer alteração, por conta de decisões judiciais que podem ocorrer até o dia da prova. A maioria dos participantes está na Região Sudeste, que tem 2,44 milhões de inscritos. Em seguida, aparecem as regiões Nordeste (2,22 milhões), Norte (793 mil), Sul (710 mil) e Centro-Oeste (563 mil).
Segundo o Inep, 70,39% dos candidatos acessaram a informação sobre o local onde farão a prova. Os candidatos que não tiverem acessado o local de prova receberão e-mail alertando para que consultem o cartão de confirmação de inscrição. A primeira prova do Enem ocorre neste domingo (5), com provas de Redação, Linguagens e Ciências Humanas. No dia 12, serão aplicadas as provas de Matemática e Ciências da Natureza.
Cerca de 23 mil agentes de segurança pública trabalham na segurança do Exame. Eles atuam nas escoltas das rotas de distribuição das provas e da Operação Reversa; na vigilância dos locais de armazenamento e no monitoramento dos processos no período da aplicação. A segurança do Enem conta com integrantes do Exército, da Marinha, da Força Aérea Brasileira, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, do Corpo de Bombeiros Militar e da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
Serão usados 67 mil detectores de metal, número que garante vistoria dos participantes na entrada e na saída de todos os banheiros das 13.638 coordenações de local de aplicação. Também haverá uso de detectores de ponto eletrônico em todos os Estados. Os novos aparelhos serão distribuídos em locais estratégicos, selecionados pela Polícia Federal, a partir de um trabalho de inteligência.
O ministro da Educação, Mendonça Filho, tranquilizou os candidatos que vão participar do exame, lembrando que as mudanças no Enem, como a realização em dois dias e o uso de detectores de pontos eletrônicos garantem melhorias no processo.
– Todo o trabalho foi desenvolvido tendo como objetivos centrais mais segurança, tranqüilidade e transparência para toda a população envolvida na aplicação do Enem 2017 – disse.
Ele também chamou a atenção para a necessidade de os candidatos estarem atentos ao horário do exame, que é aplicado com base no horário de Brasília. Todos os portões serão abertos ao meio-dia e fechados impreterivelmente às 13h. As provas começam 30 minutos após o fechamento dos portões.
Avião invade área de mata após pneu estourar durante decolagem, no AM
Feridos tiveram lesões leves; passageiros seriam fiscais do Enem, segundo a polícia
Indiara Bessa
Um avião de pequeno porte sofreu um acidente durante a decolagem nesta quinta-feira (2), no município de Canutama, a 615 km de Manaus. Segundo a Polícia Militar, a aeronave transportava quatro fiscais do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Passageiros tiveram lesões leves.
O acidente ocorreu no início da tarde. Segundo a Polícia Militar, um dos pneus do avião estourou e a aeronave deslizou na pista. Sem controle, o bimotor invadiu uma área de mata. Cinco pessoas estavam a bordo, mas ninguém sofreu graves ferimentos.
Ainda segundo a políca, após transportar provas do Enem para Canutama, os quatro fiscais seguiriam para o município de Tapauá e, em seguida, para Manaus. A PM afirmou que a aeronave estava fretada para dar apoio às provas.
O G1 não conseguiu, até a publicação desta reportagem, entrar em contato com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Amarrado e de cabeça para baixo, corpo carbonizado é encontrado entre peças de concreto na Grande Natal
Caso aconteceu no final da tarde desta quinta (2), em Parnamirim. Corpo é de uma mulher, que ainda não foi identificada.
Um corpo carbonizado, com mãos e pés amarrados, foi encontrado colocado de cabeça para baixo entre pilhas de peças de concreto em um terreno baldio em Parnamirim, município da Grande Natal. O caso aconteceu no final da tarde desta quinta-feira (2). O corpo é de uma mulher, que ainda não foi identificada.
De acordo com o 3º Batalhão da Polícia Militar, moradores da região encontraram o corpo e chamaram a polícia por volta das 17h30. Ele foi achado entre pilhas de moldes de concreto que, segundo a população, seriam usados em uma linha férrea. As peças estão no local há vários anos.
O terreno, onde há um campo de futebol, fica em frente à Maternidade Divino Amor e pertence à Força Aérea Brasileira.
Até o início da noite, a PM e a Polícia Civil ainda aguardavam a chegada do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) para tirar o corpo do local. Os agentes ainda não sabiam como os criminosos conseguiriam colocar o corpo naquele local.
O bonde de Rodrigo Maia chega a Portugal
ÀS SETE - A agenda faz parte do tour internacional que os deputados fazem desde a última sexta, e incluiu, além de Portugal, Israel, a Palestina e a Itália
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e mais nove parlamentares participam hoje em Lisboa, Portugal, de um encontro com diplomatas brasileiros e da palestra de encerramento do 4º Seminário Internacional de Direito do Trabalho.
A agenda faz parte do tour internacional que os deputados fazem desde a última sexta, e incluiu, além de Portugal, Israel, a Palestina e a Itália.
Além de Maia, que viaja acompanhado da mulher, participam da comitiva Baleia Rossi (PMDB-SP), Marcos Montes (PSD-MG), José Rocha (PR-BA), Alexandre Baldy (PODE-GO), Benito Gama (PTB-BA), Cleber Verde (PRB-MA) e Heráclito Fortes (PSB-PI), Orlando Silva (PCdoB-SP) e Rubens Bueno (PPS-PR). Todos viajaram com um avião da Força Aérea Brasileira.
Os gastos da viagem têm sido motivo de polêmica. Além do avião fretado, também entram na conta as diárias de cerca de 1.400 reais para bancar estada, transporte local e alimentação fora do país. Maia abriu mão de receber o que lhe seria pago. Ainda assim, a soma do gasto das outras nove diárias multiplicadas pelo número de dias onera os cofres públicos em quase 90.000 reais. Fora o gasto principal, das viagens em avião particular.
A agenda pouco movimentada também é alvo de críticas. Na Itália, o único compromisso foi uma visita a um monumento em homenagem aos soldados brasileiros da Segunda Guerra. Amanhã, os deputados terão um dia livre em Lisboa. Também foi feito um roteiro de turismo em Jerusalém e Belém.
Para completar, nem todos os compromissos oficiais saíram como o esperado. Os encontros com o prefeito de Jerusalém e com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, foi cancelado.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a agenda de terça teve que ser modificada de última hora e incluiu uma reunião de 20 minutos com presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, o primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah, e outros membros do Conselho Legislativo.
Outros encontros da agenda, como com o presidente do Parlamento, Yuli Edelstein, e o ministro de Segurança Pública, Gilad Erdan, também tiveram curta duração. O contato com a imprensa foi restringido por ordem de Maia.
AEROFLAP
Embraer já está fabricando três aeronaves KC-390 de série
Pouco antes de finalizar as certificações iniciais do KC-390, a Embraer declarou na divulgação dos resultados financeiros do 3º trimestre deste ano que já está avançando com a produção em série de três aviões da linha KC-390, os S/N 003, 004 e 005.
Os KC-390 de série são as aeronaves destinadas para o Governo Brasileiro, e futuramente também para os outros clientes, como o Governo de Portugal, que neste ano comprou 5 aviões deste tipo.
A Embraer também aproveitou para ressaltar que os dois protótipos de testes já completaram 1350 horas de voo, e já fizeram testes de atividades militares recentemente, como o lançamento de paraquedistas em altitude elevada pela porta traseira, além de usar equipamentos de visão noturna.
O KC-390 é uma aeronave de transporte tático desenvolvida para estabelecer novos padrões na sua categoria, apresentando ao mesmo tempo o menor custo do ciclo de vida do mercado. É capaz de realizar diversas missões, como transporte de carga, tropa ou paraquedistas, reabastecimento aéreo, além de apoio a missões humanitárias, busca e resgate, evacuação médica e combate aéreo a incêndios.
O KC-390 transporta até 26 toneladas de carga a uma velocidade máxima de 470 nós (870 km/h), com capacidade para operar em ambientes hostis, incluindo pistas não-preparadas ou danificadas.
Trata-se de um projeto da Força Aérea Brasileira (FAB) que, em 2009, contratou a Embraer para realizar o desenvolvimento da aeronave. De acordo com a Embraer, a campanha de testes do KC-390 está avançando de forma extremamente satisfatória, atendendo todos os requisitos da aeronave e validando os objetivos de desempenho e capacidade previstos por meio do uso de avançadas ferramentas de engenharia.
A Capacidade Operacional Inicial deve ser atingida até o final deste ano e as entregas estão programadas para começar no primeiro semestre de 2018.
BLOG DO JAMILDO (PE)
Senado tem projeto para dar prioridade a pobres nas Forças Armadas
Enquanto ocupava a vaga de Telmário Mota (PTB-RR), o suplente Thieres Pinto apresentou um projeto de lei para dar prioridade a jovens pobres nas Forças Armadas. Segundo a proposta, devem ser chamados para o serviço militar obrigatório principalmente pessoas com renda familiar abaixo de dois salários mínimos.
“Diante da situação preocupante em que se encontram nossos jovens e do valor do serviço militar, apresentamos este projeto de lei, o qual permitirá a jovens economicamente incapazes ingressar nas Forças Armadas e ali aprenderem não só uma profissão, como desenvolver valores que lhes serão fundamentais ao longo da vida”, justifica o suplente na proposta encaminhada ao Senado.
“Também diante do papel de formar cidadão que têm as Forças Armadas, entendemos que a incorporação em seus quadros desses jovens daria a eles uma oportunidade de orgulhar suas famílias, a sociedade e o país, tendo a opção de seguir a carreira militar”, diz ainda. “Não podemos deixar a juventude desamparada.”
O projeto aguarda a definição de um relator na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
Em consulta no site do Senado, a maioria dos que votaram é contrária à proposta. Até esta quinta-feira (2), havia recebido 3.345 votos ‘não’ e 1.486 votos ‘sim’.
Na página oficial da Casa no Facebook, em que era a publicação com mais interações no início da tarde, havia divergências. “Ou seja, filho de pobre pega exército. Filho de rico faz cursinho e faculdade. Uma bizarrice dessa só aumenta a distância. Garantam ensino superior acessível se quiserem resolver alguma coisa, uma lei dessa é bizarra”, afirmou um dos que discordavam do projeto. “Ou seja, o objetivo de cortar gastos sociais, principalmente na educação é pra ter mais pobres, ignorantes, e com isso ter mais controle pra ficar mais fácil doutriná-los. É isso que o Estado tem a oferecer aos pobres como meio de superar sua miséria?”, questionou outro.
“Eu concordo porque às vezes o baixa renda terá uma oportunidade de ter um futuro e abrir a visão para uma oportunidade, já o filho de rico já tem futuro prometido só vai pra encher linguiça. Eu acho que o filho de pobre vai ter mais oportunidade de ingressar e dar valor”, disse um que concordava com a proposta.
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