NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 21/10/2017 / Ministério quer excluir Congonhas de lista de privatizações
Ministério quer excluir Congonhas de lista de privatizações ...
Rafael Bitencourt / Fabio Graner ...
BRASÍLIA - O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil informou nesta sexta-feira que levará a frente o pleito de retirada do aeroporto de Congonhas da lista de 14 terminais de passageiros a serem privatizados pelo Programa de Parcerias e Investimentos (PPI). Tal reivindicação já teria sido atendida pelo Planalto, segundo reportagem da edição hoje da "Folha de S. Paulo", em troca de votos do PR contrários à segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados.
Questionado sobre a exclusão de Congonhas do plano de concessão, o ministério informou que "vai solicitar uma reunião com o conselho do Programa de Parcerias e Investimentos para avaliar o assunto". Desde o anúncio da privatização do terminal, o ministro Maurício Quintella (PR) tem admitido, abertamente, que se posicionou contra a transferência de controle do aeroporto da Infraero para a iniciativa privada.
Em nota, o ministro informou que apresentou a Temer, ontem, "análises de consultorias independentes e estudos da aviação civil demonstrando que, sem as receitas do aeroporto de Congonhas, a Infraero perde a sustentabilidade financeira. Dessa forma, os outros aeroportos do Sistema Infraero do país poderiam ser inviabilizados. Diante disso, o governo reavalia a concessão de Congonhas seguindo, única e exclusivamente, argumentação técnico-financeira do Ministério, sem interferências políticas externas".
O ministério prevê, para a próxima semana, a divulgação da lista de empresas qualificadas no Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para apresentar estudos sobre as novas concessões de aeroportos. Segundo o órgão federal, os interessados em estruturar projetos para Congonhas não devem mais fazer parte da lista que será divulgada, que contemplará os 13 empreendimentos restantes.
A Secretaria-Geral da Presidência da República, responsável por coordenar as ações do PPI, informou nesta sexta-feira que nenhuma decisão foi tomada sobre retirar Congonhas do PPI. Ainda segundo a secretaria, não há reunião do conselho do PPI agendada.
Segundo o Valor apurou, já havia chegado ao Palácio do Planalto a minuta de decreto incluindo Congonhas no Programa Nacional de Desestatização (PND). A privatização do aeroporto era um fator que ajudaria o governo no fechamento das contas públicas. O cronograma previa a realização do leilão no último trimestre de 2018.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Brasil olímpico tem queda em pódios na largada do ciclo para Tóquio-2020
Paulo Roberto Conde
Diante do cenário de crise com a renúncia Carlos Arthur Nuzman do comando do COB (Comitê Olímpico do Brasil), o esporte nacional teve em 2017 número de conquistas semelhante ao dos Jogos do Rio, mas que decaiu na comparação direta com o início do ciclo anterior.
Nesta temporada, competidores do país obtiveram 19 medalhas em provas que integram o programa esportivo da Olimpíada em Mundiais ou equivalentes, tidos como referência na análise.
Foram três ouros, oito pratas e oito bronzes. Os carros-chefe foram o judô, que saiu do Mundial de Budapeste, no mês passado, com cinco pódios, os vôleis de quadra e praia e os esportes aquáticos.
Como os judocas David Moura e Rafael Silva foram ao pódio na mesma categoria pesado, o COB considera apenas uma láurea –só um atleta do país pode competir por peso no judô nos Jogos Olímpicos–, o que faz a medição cair para 18 medalhas.
Até o final do ano ainda serão disputados outros Mundiais, mas com pouca chance de pódio para o país, como os de handebol feminino.
Na análise fria dos números, as 19 medalhas em 2017 igualam o obtido pela delegação na Rio-2016 (sete ouros, seis pratas e seis bronzes.
Porém, representam decréscimo de 29,6% no cotejo com as 27 de 2013, ano em que o esporte olímpico nacional teve seu ano mais prolífico.
Na época, todos surfavam na onda de investimentos de mais de R$ 4 bilhões do governo federal, Forças Armadas, estatais e outros entes na preparação olímpica.
Com o fim dos Jogos do Rio, o contexto mudou. Houve retração e fuga de patrocinadores privados e públicos, como por exemplo a Petrobras, que cortou todo seu incentivo.
Para atletas, técnicos e dirigentes, até pelo arrocho financeiro, os resultados da temporada foram razoáveis.
Salvo 2013, nos demais primeiros anos de ciclos olímpicos deste século a quantidade de pódios foi menor.
Em 2001 foram obtidas sete medalhas. Em 2005, 11. E em 2009, nove. Nesses três casos não havia a impulsão dos Jogos de 2016, que despejou bilhões na preparação.
"Alguns atletas foram muito beneficiados com dinheiro no ciclo passado, o que não foi meu caso. Eu sempre tive dificuldade em arrumar patrocínio. O que fiz foi continuar a treinar e competir, e o resultado veio", disse o marchador Caio Bonfim, 26, bronze na prova de 20 km no Mundial de Londres, em agosto.
Ele, a canoísta Ana Sátila e os skatistas Kevin Hoefler, Pedro Barros e Letícia Bufoni foram algumas das novidades que despontaram com medalhas na temporada –surfe e skate farão suas estreias olímpicas em Tóquio-2020.
Ele, a canoísta Ana Sátila e os skatistas Kevin Hoefler, Pedro Barros e Letícia Bufoni foram algumas das novidades que despontaram com medalhas na temporada –surfe e skate farão suas estreias olímpicas em Tóquio-2020.
No geral, contudo, poucos novos talentos apareceram e as medalhas ficaram concentradas em nomes conhecidos.
A natação, que não obteve nem sequer um pódio na Rio-2016, saiu com duas pratas em provas olímpicas no Mundial de Budapeste: no 4 x 100 m livre e nos 50 m livre.
Foram, ainda, obtidas outras três medalhas em provas ausentes do programa olímpico. Quase todos os que foram ao pódio são "veteranos" de Mundiais e Olimpíadas.
"Estamos satisfeitos, mas com pé no chão para não sermos hipócritas", disse Alberto Pinto da Silva, treinador-chefe da seleção masculina.
Para Silva, é preciso caminhar na direção de revelar de mais talentos, apesar das restrições de verba. "Para o futuro eu quero que tenhamos um programa que possibilite subir degraus na elite internacional. Vamos atrás disso."
Jorge Bichara, gerente de performance esportiva do COB, afirmou que o resultado do ano foi satisfatório, mas poderia ser ainda melhor se medalhistas olímpicos ou outros atletas de ponta do país estivessem em condições.
Ele citou o ginasta Arthur Nory, bronze na Rio-2016 e que passou por duas cirurgias que prejudicaram seus objetivos para o ano, o boxeador campeão olímpico Robson Conceição, que se profissionalizou ainda em 2016.
"O ano pós-olímpico carrega características diferentes, como atletas que aproveitam para se recuperar ou baixam a bola", afirmou o dirigente.
Bichara lembrou que nomes importantes passam por má fase, como o saltador Thiago Braz, ouro no Rio que devido aos resultados foi sacado do Mundial de Londres.
"Como é o primeiro ano do ciclo, prefiro olhar pelo lado de que a ausência de pódios de atletas como Thiago como algo ainda positivo", disse.
O perigo é que medalhões demorem a retomar o ritmo e a falta de recursos se prolongue. "O impacto financeiro pode ser grande. Resta sermos criativos com recursos e ser eficiente", completou.
COB MUDA DE SEDE
O presidente do comitê, Paulo Wanderley, afirmou à Folha que a entidade vai se mudar de um prédio na Av. das Américas, no Rio, para o Parque Aquático Maria Lenk, que faz parte do Parque Olímpico da Barra, no primeiro trimestre de 2018.
O COB administra o Maria Lenk há anos. A medida é para contenção de gastos. A Folha apurou que os gastos mensais de aluguel custavam em torno de R$ 300 mil para o comitê.
Um estudo de viabilidade está prestes a ser concluído para cortes em outras áreas.
A entidade estuda descontinuar o Prêmio Brasil Olímpico, premiação anual que distribui honrarias aos melhores atletas do ano e que ocorre desde o final dos anos 1990. Por ora, a edição de 2017 está cancelada.
* Os atletas Thiago Braz, Arthur Nory e Ana Sátila são sargentos da Força Aérea Brasileira e integrantes do programa de alto rendimento das Forças Armadas
Desconfiança nos políticos aumenta, diz pesquisa Ipsos
Entre as nove instituições avaliadas, apenas as Forças Armadas e a PF obtiveram índices de confiança maior do que o de desconfiança
Marianna Holanda , O Estado De S.paulo
A um ano das eleições, os políticos continuam no patamar mais alto de desconfiança entre os brasileiros, segundo levantamento mais recente do Ipsos. De acordo com o estudo, 93% não confiam nos políticos em geral e 90% não confiam no presidente da República. Ao mesmo tempo, as instituições mais confiáveis para os entrevistados são as Forças Armadas (66%) e a Polícia Federal (64%).
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 19, no lançamento de uma publicação do Ipsos intitulada Brasil 2018: Caiu a Máscara. Para o levantamento, foram entrevistados 1,2 mil pessoas, em 72 municípios, entre os dias 1.º e 14 de julho deste ano. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais.
O estudo apontou que 86% dos entrevistados disseram concordar, parcialmente ou totalmente, com a frase: “Os partidos e políticos tradicionais não se preocupam com pessoas como eu”. “Há uma desconfiança generalizada nas instituições em um contexto de crise econômica e vácuo de lideranças”, explicou Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs.
Ele avaliou que a maioria dos entrevistados considera que os militares e os policiais federais são os personagens que vão resolver os problemas sem grandes rituais. “Em um momento de crise moral no País, são as forças armadas e a polícia que têm esse capital de imagem do ponto de vista de serem instituições intocáveis, mais puras”, afirmou.
Ele avaliou que a maioria dos entrevistados considera que os militares e os policiais federais são os personagens que vão resolver os problemas sem grandes rituais. “Em um momento de crise moral no País, são as forças armadas e a polícia que têm esse capital de imagem do ponto de vista de serem instituições intocáveis, mais puras”, afirmou.
Líderes da confiança dos brasileiros, as Forças Armadas e a PF, também, representam, para os entrevistados, o “moralismo e conservadorismo”, observou o diretor da Ipsos Public Affairs. “As pessoas as apoiam por isso, porque acham que elas podem corrigir o sistema falido”, afirmou Cersosimo.
Entre as nove instituições avaliadas, apenas as Forças Armadas e a PF obtiveram índices de confiança maior do que o de desconfiança. Em relação às demais – Polícia Militar, Ministério Público, Supremo Tribunal Federal, Justiça, Congresso, presidente da República e políticos em geral – mais de 50% dos entrevistados disseram não confiar. “A confiança foi sendo perdida por etapas. Primeiro, naqueles que representam, depois na Justiça. O entendimento é de que a Justiça não é para todos, é lenta e não é para o pobre”, disse Cersosimo.
Intervenção. O diretor ressaltou, contudo, que o alto índice de confiança nas Forças Armadas não necessariamente significa apoio a uma intervenção militar. “Não foi essa a pergunta feita (sobre intervenção). Mas, apesar de não ter números neste momento, acredito que é uma pequena parcela desse total”, disse.
Ao Estado, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, avaliou que os pedidos de intervenção militar surgem a partir da perda de credibilidade da política representativa. “A política tradicional, representativa e democrática, está em declínio, então aumentam as outras expectativas”, disse o ministro.
“Intervenção militar para quê? Para resolver o problema da Previdência? Dos juros? O desemprego? E a corrupção? Ela está sendo enfrentada. Você tem empresários na cadeia, ex-ministros, deputado, todos estão tendo de acertar contas com a Justiça”, afirmou Jungmann.
Revolta. Os brasileiros que vão às urnas no próximo ano escolher presidente da República, governadores de Estado, senadores e deputados federais e estaduais estão de mau humor. Segundo a pesquisa, o eleitor vê com revolta (34%) e preocupação (56%) o futuro do País.
A mesma pergunta foi feita em agosto do ano passado, no mês em que o Senado confirmou o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff. À época, os sentimentos que prevaleciam eram os mesmos, mas, enquanto a preocupação continuou estável (à época era de 55%), a revolta aumentou 14 pontos porcentuais.
Além disso, o otimismo em relação ao futuro caiu de 14% para 6% após o presidente Michel Temer assumir o Palácio do Planalto. Apesar de não ter sido avaliado nesta pesquisa, em um estudo divulgado pelo Ipsos em setembro, o peemedebista tinha 94% de rejeição.
“Se isso (o sentimento de revolta e preocupação) não arrefecer nos próximos meses, é a tempestade perfeita para um discurso mais reacionário e extremista”, afirmou o diretor da Ipsos Public Affairs.
Líder forte. Outra conclusão do estudo é de que os brasileiros têm uma “carência” por um líder forte. Entre os entrevistados na pesquisa, 90% disseram concordar, total ou parcialmente, com a seguinte afirmação: “Para consertar o Brasil, precisamos de um líder forte disposto a infringir as regras”. / COLABOROU VITOR MARQUES
Governo pode desistir de privatizar Congonhas
Aeroporto pode sair do pacote de leilões como contrapartida ao apoio do PR na Câmara para barrar aprovação de denúncia contra Temer
Lu Aiko Otta Vera Rosa
Voto vencido dentro do governo na decisão de conceder o aeroporto de Congonhas, o Ministério dos Transportes vai pedir uma reunião extraordinária do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para reavaliar a questão. O fim dos planos de entregar o aeroporto à iniciativa privada, se implementado, atende a pressões do PR às vésperas da votação, pela Câmara, da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. O partido tem 38 deputados.
Também para agrado do partido, o ministério avalia a reabertura de Pampulha (MG) para voos de longa distância. Atualmente, o aeroporto opera apenas voos que não conectam Belo Horizonte a outra capital. Isso foi feito para favorecer Confins, na mesma cidade, privatizado em 2013. Mas, argumentam fontes da área técnica, não há no contrato de concessão cláusula que obrigue o governo a manter essa situação.
As duas medidas eram objeto de pressão do ex-deputado Valdemar Costa Neto, que na prática lidera o PR na Câmara. Ontem, o jornal Folha de S. Paulo informou que o presidente Michel Temer prometeu a adoção de ambas, para angariar o apoio do partido na votação da denúncia. A informação foi confirmada ao Estado por fontes do governo. No entanto, a medida depende da aprovação do grupo de ministros integrantes do PPI e há resistências, segundo admitem aliados de Valdemar.
Em nota, o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil afirmou que a análise sobre Congonhas segue “única e exclusivamente, argumentação técnico-financeira do Ministério, sem interferências políticas externas.” O dado técnico, no caso, são estudos mostrando que, sem Congonhas, a Infraero “perde a sustentabilidade financeira” e, com isso, outros aeroportos do País podem ser “inviabilizados”. Esses estudos foram levados pelo ministro dos Transportes, Maurício Quintella, a Temer.
“Essa é a posição que a gente sempre defendeu”, disse Quintella ao Estado. Ele contou ter recebido estudos encomendados a uma consultoria. “Continuamos com a mesma conclusão: a concessão de Congonhas vai causar um dano muito grande à Infraero e ao sistema”, disse. A pasta pede uma reunião do PPI para mostrar os dados e para “solicitar oficialmente a retirada de Congonhas do PPI.”
Há dois meses, o governo decidiu incluir Congonhas no programa de concessões por pressão da área econômica. O leilão renderia no mínimo R$ 6 bilhões em taxas de outorga, a serem pagos ainda em 2018.
Argumento. Derrotado naquela discussão, o Ministério dos Transportes acredita ter agora um argumento definitivo para enterrar a concessão de Congonhas: o dinheiro não entrará no caixa em 2018. A área técnica constatou que, trabalhando rápido, o leilão do aeroporto ocorrerá em setembro do ano que vem. Dali até a assinatura do contrato e consequente pagamento, são necessários pelo menos mais quatro meses. Ou seja, o dinheiro só ingressaria no início de 2019.
Além de não ajudar a fechar as contas do ano que vem, a concessão do aeroporto transformaria a Infraero num problema para o Tesouro Nacional. Primeiro, a estatal passaria a depender de injeções de recurso público para sobreviver. Segundo, o governo teria gastos elevados para demitir cerca de 10 mil funcionários que ficariam ociosos após a concessão.
Resta saber se esses argumentos serão suficientes para convencer a área econômica e o PPI, que votaram em agosto pela inclusão do aeroporto no programa de concessões. Procurado, o PPI informou que não houve nenhuma alteração em sua carteira de projetos para leiloar.
Dia 20 de outubro é dedicado ao controlador de tráfego aéreo
Matéria sobre o dia do controlador de tráfego aéreo exibida no programa Estúdio I na última sexta-feira (20/10). A matéria possui três minutos e 24 segundos. Segue link abaixo:
Temer admite reforma da Previdência limitada e não garante aprovação este ano
Reuters
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer admitiu, em entrevista ao site "Poder 360", publicada nesta sexta-feira (20), que a reforma da Previdência poderá ficar restrita à idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, à regra de transição e ao fim das diferenças entre o sistema público e privado.
Na conversa, da qual participaram também os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, Temer afirmou que se transição e idade mínima forem aprovados pelo Congresso, "já estaria de bom tamanho".
Padilha acrescentou, então, a necessidade do corte de privilégios aos servidores, afirmando que esses três itens preservariam 75% da reforma planejada pelo governo.
O presidente ainda admitiu, na entrevista, que não sabe se o governo terá condições de levar adiante a reforma, mesmo limitada, ainda em 2017, como pretendia.
"O ideal é que isso seja aprovado neste ano. Agora, eu faço mais uma ressalva aqui, para tirar qualquer pretensão. Temos de consultar as bancadas novamente, como foi feito na primeira vez. Na primeira vez estava tudo ajustado para aprovar, não fosse uma certa irresponsabilidade denunciativa", disse Temer, fazendo referência à primeira denúncia apresentada contra ele pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em junho.
"Então, vamos fazer uma nova avaliação e verificar se é possível ou não. E tentar aprovar este ano", acrescentou.
O presidente disse, ainda, que poderá enviar o pacote de medidas de ajuste fiscal, com que a equipe econômica conta para fechar o Orçamento, por projeto de lei, e não por medida provisória.
Entre os temas estão a suspensão do reajuste dos servidores, a elevação da contribuição previdenciária dos servidores de 11% para 14% e a equiparação do modelo de tributação dos fundos fechados de investimento com o dos fundos abertos.
"Se acontecer o que aconteceu agora com o projeto referente ao Banco Central (sobre acordos de leniência), aprovado praticamente em um ou dois dias, pode ser via projeto de lei", afirmou Temer. "Se isso acontecer, posso até mandar o projeto de lei. Se houver dificuldade, aí sou obrigado a me utilizar da medida provisória".
Temer disse ainda "não ser improvável" que edite uma MP prorrogando mais uma vez a adesão ao Refis. Segundo o presidente, vai haver vetos no projeto, mas esses ainda não estão definidos. O governo tem até 3 de novembro para sancionar o projeto, mas a adesão é apenas até o final deste mês.
Trabalho escravo
Temer ainda confirmou informações publicadas nesta quinta-feira de que estuda modificações sugeridas pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, na portaria que alterou a definição de trabalho escravo, mas que a norma não deve ser suspensa.
"A portaria é do ministro do Trabalho. Mas ainda hoje ele falou comigo e já esteve duas vezes com a dra. Raquel Dodge", disse. "Ele esteve duas vezes com ela e recebeu sugestões que ela fez. Ele está examinando as sugestões. É muito provável que incorpore várias".
As modificações, segundo o presidente, seriam feitas através de uma nova portaria. Uma delas, contou, pode ser a criação de uma delegacia da Polícia Federal para trabalho escravo no Ministério da Justiça.
Suposto Óvni teria pousado em Peruíbe
Prefeitura da cidade do litoral paulista isola área de terreno que teria tido a vegetação "amassada" por uma nave alienígena
Os moradores de Peruíbe, litoral de São Paulo, estão intrigados com um mistério. Testemunhas alegam que um Óvni (objeto voador não identificado) pousou num terreno no bairro Balneário São João Batista 3, em 7 de outubro deste ano.
A vegetação do local ficou parcialmente amassada, como nessa imagem aérea feita por um drone e divulgada nesta semana pela própria prefeitura local.
A área que foi "amassada" tem cerca de 130 m².
O mistério chamou a atenção dos moradores. Autoridades da prefeitura precisaram isolar a área do terreno.
Relatos nas redes sociais dizem que alguns moradores avistaram luzes no local no dia 7 de outubro.
Na manhã seguinte, se depararam com o mato amassado.
O fato chamou a atenção de ufólogos, que compareceram ao local para investigar.
Não é a primeira vez que ó litoral paulista tem eventos deste tipo. Desde 2000, pelo menos quatro casos em que a vegetação ficou misteriosamente amassada foram registrados.
Demanda doméstica por transporte aéreo tem melhor setembro da história
Os 7,5 bi de passageiros-quilômetros transportados no período representam o melhor resultado para o mês de setembro na série histórica da Abear
A demanda doméstica por transporte aéreo cresceu 6,6% em setembro deste ano na comparação com o mesmo mês de 2016, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (20/10), pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne os dados de suas associadas (Avianca, Azul, Latam e Gol).
Os 7,5 bilhões de passageiros-quilômetros transportados (RPK) no período representam o melhor resultado para o mês de setembro na série histórica da Abear, iniciada em 2012, e na série da Anac, com dados desde 2000. "Esse desempenho permite ao setor continuar a trajetória de crescimento do ponto em que ela foi interrompida", diz a entidade, em nota.
No total, as companhias aéreas transportaram, juntas, 7,5 milhões de passageiros no segmento doméstico no mês passado, número 8,0% maior que o verificado no mesmo período de 2016. Com isso, o fluxo doméstico encerrou o terceiro trimestre com mais de 1 milhão de passageiros transportados se comparado ao volume de julho a setembro de 2016, configurando uma alta de 4,6%.
Os demais indicadores do setor também fecharam setembro em alta. A oferta doméstica apresentou a terceira expansão mensal consecutiva, de 2,9% em relação a setembro de 2016. Dessa forma, a taxa de ocupação mostrou novo aumento, de 2,89 pontos porcentuais, para 83,0% - melhor nível para o mês de setembro na série histórica.
Em termos de participação de mercado (market share), a Gol se manteve na liderança em voos domésticos em setembro, com 35,75%, seguida pela Latam, com 33,36%. A Azul ficou em terceiro, com 17,72% de market share, enquanto a Avianca Brasil registrou participação de 13,18%.
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a demanda doméstica apresentou crescimento de 2,49% ante o mesmo período de 2016, enquanto a oferta doméstica subiu 1,17% na mesma base de comparação. Com isso, a taxa de ocupação no intervalo melhorou 1,05 ponto porcentual, para 81,05%.
Internacional
No mercado internacional, a procura por voos manteve a trajetória de crescimento em setembro, com alta de 17,19% frente a igual mês de 2016. Já a oferta foi ampliada em 18,51%, levando a taxa de ocupação a recuar 0,97 ponto porcentual, para 85,87%.
No segmento, a Latam ficou com 73,41% do mercado, seguida pela Azul, com 11,36%. A Gol ficou com 10,39%, enquanto a Avianca teve participação de 4,84%. No segmento, as empresas brasileiras embarcaram juntas 713 mil passageiros no mês, alta de 10,72% na comparação anual.
GDF envia bombeiros para combater fogo na Chapada dos Veadeiros
Segundo incêndio já consumiu cerca de 20 mil hectares e atingiu áreas rurais, terras de comunidades kalungas, além de uma reserva natural privada
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, decidiu, na manhã desta sexta-feira (20/10), enviar auxílio para combater o segundo incêndio que atinge o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros em menos de duas semanas. Um grupo de 25 bombeiros militares do DF vai colaborar com outras cem pessoas, entre voluntários, brigadistas e militares, que combatem o fogo na região goiana. Além deles, quatro carros da corporação serão encaminhados ao local.
Após um incêndio ter suspendido a visitação na quarta-feira passada (11), o parque precisou ser fechado novamente nesta terça-feira (17), devido ao surgimento de novos focos de queimadas. Para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o fogo foi causado propositadamente e atingiu uma área próxima ao Morro da Baleia. Até agora, cerca de 20 mil hectares, de um total de 65,5 mil, foram consumidos pelo incêndio. São áreas rurais, terras de comunidades kalungas, além de uma reserva natural privada.
Combate aéreo
Já no Distrito Federal, uma das medidas adotadas para combater incêndios foi a construção de uma pista de pouso na Floresta Nacional de Brasília. A área será de uso exclusivo do Corpo de Bombeiros e foi criada para acelerar o controle do fogo nas principais regiões atingidas no DF.
Antes, as aeronaves da corporação enfrentavam tráfego aéreo de cerca de 20 minutos para conseguir chegar aos focos de incêndio. Os grupos de bombeiros saíam do Aeroporto Internacional de Brasília e precisavam aguardar uma série de procedimentos entre o pouso e a autorização para decolar.
A pista de terra, inaugurada hoje, tem 30 metros de largura por 1,5 mil de extensão. Ela será utilizada durante grandes incêndios e permitirá um acesso mais rápido a locais como o Parque Nacional de Brasília, a Chapada Imperial, a Reserva Biológica da Contagem, o Lago Oeste e o Jardim Botânico.
Ministério quer excluir Congonhas de lista de privatizações
Rafael Bitencourt E Fabio Graner
BRASÍLIA - (Atualizada às 14h) O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil informou nesta sexta-feira que levará a frente o pleito de retirada do aeroporto de Congonhas da lista de 14 terminais de passageiros a serem privatizados pelo Programa de Parcerias e Investimentos (PPI). Tal reivindicação já teria sido atendida pele Planalto, segundo reportagem da edição hoje da "Folha de S.Paulo", em troca de votos do PR contrários à segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados.
Questionado sobre a exclusão de Congonhas do plano de concessão, o ministério informou que "vai solicitar uma reunião com o conselho do Programa de Parcerias e Investimentos para avaliar o assunto". Desde o anúncio da privatização do terminal, o ministro Maurício Quintella (PR) tem admitido, abertamente, que se posicionou contra a transferência de controle do aeroporto da Infraero para a iniciativa privada.
Em nota, o ministro informou que apresentou a Temer, ontem, "análises de consultorias independentes e estudos da aviação civil demonstrando que, sem as receitas do aeroporto de Congonhas, a Infraero perde a sustentabilidade financeira. Dessa forma, os outros aeroportos do Sistema Infraero do país poderiam ser inviabilizados. Diante disso, o governo reavalia a concessão de Congonhas seguindo, única e exclusivamente, argumentação técnico-financeira do Ministério, sem interferências políticas externas".
O ministério prevê, para a próxima semana, a divulgação da lista de empresas qualificadas no Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para apresentar estudos sobre as novas concessões de aeroportos. Segundo o órgão federal, os interessados em estruturar projetos para Congonhas não devem mais fazer parte da lista que será divulgada, que contemplará os 13 empreendimentos restantes.
A Secretaria-Geral da Presidência da República, responsável por coordenar as ações do PPI, informou nesta sexta-feira que nenhuma decisão foi tomada sobre a retirar Congonhas do PPI. Ainda segundo a secretaria, não há reunião do conselho do PPI agendada.
Segundo o Valor apurou, já havia chegado ao Palácio do Planalto a minuta de decreto incluindo Congonhas no Programa Nacional de Desestatização (PND). A privatização do aeroporto era um fator que ajudaria o governo no fechamento das contas públicas. O cronograma previa a realização do leilão no último trimestre de 2018.
ITA abre inscrições em concurso público para selecionar 60 professores
Interessados devem procurar o Instituto até o dia 31 de outubro. Os salários, para níveis de doutorado, chegam até R$ 5.130,45.
Por G1 Vale Do Paraíba E Região
O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com sede em São José dos Campos (SP), está com inscrições abertas para um concurso público para selecionar 60 professores em diversas áreas. Os interessados devem se inscrever até o dia 31 de outubro.
O concurso será realizado em três etapas: prova escrita associada à formação geral e específica, prova de títulos e uma prova didática no formato de uma aula teórica ministrada em nível de graduação.
Para o cargo de Professor Adjunto A, o vencimento básico é de R$ 4.455,22 e a retribuição por tributação (título de doutor) é de R$ 5.130,45. Para o cargo de Professor Assistente A, o vencimento básico é de R$ 4.455,22 e a retribuição por tributação (título de mestre) é de R$ 2.172,21.
As inscrições devem ser feitas das 8h às 11h ou das 14h às 17h, na sala da vice-reitoria do ITA - sala 2037 – ou pelo site do Instituto. O edital do concurso está disponível na internet. O ITA fica na Praça Marechal Eduardo Gomes, 50, Vila das Acácias, em São José dos Campos.
`Eles aprenderam muito conosco´, diz piauiense ao voltar após missão no Haiti
A influência do Brasil foi tão intensa que estimulou crianças haitianas a falar português fluentemente. O Exército brasileiro encerrou sua participação na missão de paz no Haiti após 13 anos no país.
G1 Pi
Os militares da Guarnição de Teresina que fizeram parte dos contingentes da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) foram homenageados na manhã desta sexta-feira (20) em uma solenidade militar no 2º Batalhão de Engenharia de Construção (2º BEC). Após 13 anos no Haiti, as tropas brasileiras encerraram em 2017 suas participações nas áreas de engenharia, saúde e segurança, entre outras.
Entre os representantes que partiram do Piauí, o G1 conheceu algumas das experiências vividas por brasileiros em terras estrangeiras, onde reforçaram a carreira profissional e humanitária enquanto contribuíam para a melhoria na qualidade de vida dos haitianos.
Dos 37.500 militares brasileiros que integraram os contingentes no Haiti, 213 eram mulheres que cumpriam funções diversas nas bases da Organização das Nações Unidas (ONU).
Entre elas estava a capitão Sofia Meirose, do 2º BEC, que trabalhou nos setores de Engenharia e Comunicação Social. Ela passou um total de oito meses em missão internacional e, entre os resultados mais positivos, destacou a evolução estrutural e organizacional do Haiti.
"Fui no ano de 2011, fazia cerca de um ano e meio que havia ocorrido o terremoto e o país ainda estava bastante destruído, tinha muitos campos de pessoas deslocadas, que moravam em barracas de lonas brancas. Quando tive a oportunidade de voltar, em um período curto de tempo, em 2014 e 2015 e vi que essa situação se reverteu, esses campos não existiam mais e o país estava mais limpo e vimos a melhora do país", ressaltou.
Sentimento forte pelo Brasil
A influência da presença do Brasil foi tão marcante que após certo tempo a comunicação, que era uma das dificuldades para alguns militares, se tornou um elo principalmente com as crianças que aprenderam português. Isso chamou a atenção do cabo Caio Vieira, cuja maior dificuldade foi a distância e o tempo longe da família.
"Muitas pessoas aprenderam o nosso idioma, você chega e já vê crianças de 5 e 6 anos falando português fluentemente. Em relação à missão, isso foi um ponto positivo porque eles aprenderam muito conosco, principalmente a nossa língua", pontuou.
Tanta sincronia fez com que a paixão pelo Brasil despertasse nos corações dos haitianos que encontraram esperança e suporte nas cores verde, amarela, azul e branca estampadas na bandeira brasileira. Chamados de Bon Bagay, que significa Sangue Bom na língua local, os brasileiros viam frequentemente bandeiras do Brasil estampadas nas casas.
O segundo-sargento Leonardo José Lima, explicou ao G1 que as dificuldades dos nativos são tantas que por menor que fosse o trabalho cumprido, era possível fazer uma família sorrir.
"A gente viu que a bandeira do Brasil no Haiti é muito mais desfraldada do que aqui em nossa própria terra. Em todas as casas é possível ver uma bandeira do Brasil. Outra maneira onde percebemos o valor de nosso trabalho para eles, é que a distribuição de água e alimentos fez com que eles tivessem uma afeição muito grande por nós", contou.
Desastres
Ao longo da missão, que iniciou em 2004 e finalizou em 2017, dezoito militares faleceram no exercício de seus ofícios durante o terremoto que assolou o Haiti em 2010 deixando ruínas em todo o território, nenhum deles piauiense. Para o Coronel Alessandro da Silva, que comandou o contingente de Engenharia das Forças de Paz em 2014, servir no Haiti foi um contributo importante para a qualificação das tropas.
Além do terremoto de 2010, que registrou 7 graus de magnitude, o furacão Matthew assolou o Haiti e matou centenas de pessoas. Em outubro de 2016, o vento de 230 km/h destruiu casas e derrubou árvores, postes e pontes do país considerado o mais pobre das Américas.
"As tropas de engenharia tiveram a capacidade de realizar trabalhos como reformar creches, escolas e apoiar em casos de calamidades públicas. No caso do desastre de 2010, a participação das tropas de Engenharia foi bastante intensa. Com isso, pudemos contribuir com uma nação amiga, amenizando um pouco o sofrimento dos cidadãos haitianos", contou.
Pilotos e paraquedistas se reúnem para comemorar o Dia do Aviador em Montes Claros
Na data, comemora-se também os 30 anos da realização do primeiro salto de paraquedas na cidade; uma revoada com aeronaves será realizada durante as comemorações, neste sábado (21).
G1 Grande Minas
Em comemoração ao Dia do Aviador e aos 30 anos da realização do primeiro salto de paraquedas da turma de paraquedistas do Para-Clube Gaviões dos Montes, paraquedistas e pilotos se reúnem neste sábado (21), a partir das 14 h, na Escola Flamarion Wanderley, em Montes Claros.
O principal objetivo é promover o encontro entre os 70 paraquedistas e os pilotos que se formaram durante os 30 anos do curso. “O nosso intuito é reunir em um só lugar, os atuais e os antigos praticantes do esporte, além de tentar reativar e reaproximar os ex-praticantes desta modalidade”, afirma o diretor da escola de piloto, Marcos de Paula.
Segundo os organizadores, durante a programação do evento está marcada uma revoada com aeronaves pela cidade. Em Montes Claros, apenas a Escola Flamarion Wanderley possui a autorização para ministrar os cursos.
O Dia do Aviador
O Dia do Aviador ou Piloto é festejado anualmente no Brasil em 23 de outubro. A data é vista como o dia de lembrar a glorificação da obra do brasileiro Alberto Santos Dumont, que concretizou o primeiro voo com um aparelho que tinha mais peso que o ar, o chamado 14 Bis, além de homenagear os indivíduos que também aprenderam a arte de voar.
Varredura encontra 775 itens ilícitos no presídio de Cacoal, diz Exército
Entre os objetos aprendidos estão facas artesanais, aparelhos celulares e drogas. Operação é coordenada por militares em parceria com o Governo do Estado.
Rogério Aderbal, G1 Cacoal E Zona Da Mata
Em uma varredura realizada nesta sexta-feira (20) pela 17ª Brigada de Infantaria de Selva no mini presídio de Cacoal (RO), 775 objetos ilícitos foram encontrados nas celas da unidade prisional. Entre os produtos apreendidos estão diversos objetos cortantes, como facas artesanais, aparelhos celulares e drogas.
Participaram da ação profissionais do Exército, Marinha do Brasil, Força Aérea, Ministério Público Militar (MPM), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiros, Polícia Civil (PC), Polícia Militar (PM) e da Secretaria de Justiça de Rondônia (Sejus).
A ação acontece por intermédio de um decreto presidencial que autorizou o emprego das Forças Armadas nos presídios brasileiros. Em Rondônia, a operação é realizada atendendo uma solicitação do Governo do Estado.
De acordo com o comandante da 17º Brigada de Infantaria de Selva, general José Eduardo de Oliveira Leal, o objetivo operação denominada Príncipe da Beira é garantir a lei e a ordem nas dependências dos estabelecimentos prisionais e detectar materiais ilícitos.
“A nossa missão, segundo o decreto, consiste em localizar materiais ilícitos nas unidades prisionais. Vale ressaltar que não temos contatos com nenhum reeducando, nem visual. Primeiro a Polícia Militar e os agentes penitenciários retiram os apenados das celas, depois a nossa equipe faz a varredura cela por cela. Quando o trabalho é concluído, os apenados retornam às celas”, explica.
Ainda de acordo com o coronel, durante a varredura são usados cães farejadores, detectores de metais e de energia.
“Com nossos equipamentos conseguimos identificar objetos que não são possíveis de serem localizados pelos agentes penitenciários e pela PM durante as revistas. Após a descoberta, todo esse material é retirado a unidade pela PM e os profissionais da Sejus. Depois, os objetos ilícitos como drogas, facas artesanais e ouros são destinados para a Polícia Civil. Já o material proibido como, excesso de TVs ou ventiladores em uma cela são encaminhados para a direção da penitenciária para que sejam tomadas as medidas cabíveis”, revela.
Após a varredura, foram localizados oito aparelhos celulares, seis chips, dois carregadores, 39 esqueiros, 181 objetos cortantes, 193 pacotes de fumo, cinco barras de ferro, cerca de meio quilo de maconha, e uma porção de cocaína.
Para o coronel o resultado da operação foi positiva, se comparado o número de apenados com a quantidade de produtos apreendidos.
“ São 775 itens proibidos encontrados, levando em conta que o presídio de Cacoal é de porte médio e comporta cerca de 300 apenados, consideramos que o resultado foi satisfatório, principalmente em razão a quantidade considerável de drogas e objetos cortantes que foram localizados”, relata.
O representante da Sejus, Ederson Cheregatto, a identificação dos apenados responsáveis por produtos ilícitos é muito complicada.
“As visitas humanizadas é o principal meio de entrada desses itens, pois não podemos fazer mais a revista íntima aos visitantes, com isso muitos acabam entrando com droga e outros produtos. Já os celulares, pôr o presídio ficar na região central, as pessoas arremessam por cima do muro os aparelhos que vão parar dentro das celas. Quando conseguimos identificar alguém, o caso é enviado para a Justiça, e as vezes o apenado é punido com a regressão ou aumento da pena”, justifica.
Além de Cacoal, a operação já foi realizada em presídios de Vilhena, Ariquemes e Porto Velho. “Temos um cronograma apresentado pelo governo do estado e nova ações devem ser realizados, porém, por segurança não podemos informar o local e nem a data”, expõe.
Para a ação foram deslocados 321 militares das Forças Armadas e 115 integrantes de órgãos de segurança do Governo de Rondônia.
Defesa Civil inclui mais cidades na lista das afetadas pelo temporal
Boletim da manhã desta sexta-feira (20) informa sobre 48 municípios com mais de 3,7 mil casas atingidas. Pode chover e ventar forte até sábado (21).
G1 Rs
Os temporais que atingiram o Rio Grande do Sul entre quarta (18) e quinta-feira (19) deixaram estragos em diversas cidades. O último boletim da Defesa Civil, divulgado na manhã desta sexta-feira (20), mostra 48 municípios atingidos, oito a mais em relação à última atualização. O número de residências atingidas chega a 3.746.
O tempo ruim continua, pelo menos, até sábado (21). Conforme o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/Inpe), pode chover, ventar forte e até cair granizo, principalmente entre o Norte e o Noroeste do estado. Mas todas as regiões têm risco para novos temporais.
Entre as cidades mais afetadas pelo último fenômeno, Santa Maria foi a que teve o maior número de residências atingidas: 1,2 mil. Em São Francisco de Assis, a Defesa Civil contabilizou 900 casas danificadas. Em Júlio de Castilhos o registro é de 400, em Rosário do Sul de 350, e em Cachoeira do Sul, 300.
Em Santa Maria, o vento forte chegou a virar um avião e arrastar outra aeronave na pista do aeroporto local. Não houve feridos.
O meteorologista da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Daniel Caetano descartou que um tornado tenha atingido a cidade. "Analisamos os radares de Santiago da base aérea e também aqui do aeroporto e com base nos estragos que não tem sinais rotacionais, nos parece que foi um evento de sentido único", explica.
Conforme a concessionária a RGE e a RGE Sul, 112.093 clientes seguiam sem energia elétrica na área da concessão nesta sexta.
Relatório da CPI da Previdência aponta que não há necessidade de reforma, diz Paim
A CPI da Previdência deve votar o seu relatório na próxima semana. A recomendação é que haja uma reforma no sentido de aprimorar a gestão sem tirar direitos dos trabalhadores. Em primeira mão, o presidente da CPI, Paulo Paim, dá detalhes sobre as conclusões da comissão.
Comissão aprova garantia de tratamento ambulatorial psiquiátrico para militares
A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados aprovou proposta que altera o Código Penal Militar (Decreto-Lei 1.001/69) para incluir a possibilidade de tratamento ambulatorial de militares que sofram de problemas mentais ou que sejam dependentes químicos e tenham cometido crime punível com detenção. A medida está prevista no Projeto de Lei 4675/16, do deputado Cabo Sabino (PR-CE).
Atualmente, os militares com patologias psíquicas que cometerem crimes puníveis com detenção devem ser internados em estabelecimento psiquiátrico ou penal. O tratamento tem objetivos terapêuticos e de ressocialização.
O relator, deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG), recomendou a aprovação da matéria. Para ele, trata-se de uma “medida de humanidade”. “Não há por que a lei impor internação, medida de extremo rigor em função da segregação social que causa, em situações em que o tratamento ambulatorial consegue cumprir seu papel com eficácia”, afirmou.
Subtenente Gonzaga também ressaltou que a imposição de tratamento ambulatorial já vem sendo aplicada por decisões do Superior Tribunal Militar.
Tramitação
A proposta será analisada ainda pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, será analisada pelo Plenário.
A proposta será analisada ainda pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, será analisada pelo Plenário.
Helicópteros “low cost” ganham mercado e tomam o céu de São Paulo
O modelo torna mais "acessível" o serviço de uma das três maiores frotas de helicópteros do mundo
São Paulo – Com cerca de 700 helicópteros e 400 heliportos em funcionamento, o estado de São Paulo possui uma das três maiores frotas deste tipo de aeronave do mundo e há seis meses oferece um serviço “low cost” que deixou ” mais acessível” um transporte para poucos.
Apenas na cidade de São Paulo há registrados cerca de 400 helicópteros, segundo o último estudo realizado em 2013, que posiciona a capital paulista à frente de cidades como Nova York.
Apenas na cidade de São Paulo há registrados cerca de 400 helicópteros, segundo o último estudo realizado em 2013, que posiciona a capital paulista à frente de cidades como Nova York.
Com cerca de 12 milhões de habitantes, São Paulo ganhou fama mundial devido a seu caótico trânsito e em 2014 bateu um novo recorde depois de registrar um engarrafamento de mais de 344 quilômetros na hora do rush.
Os intermináveis engarrafamentos transformaram o helicóptero em um veículo quase imprescindível para altos executivos e pessoas de elevado poder aquisitivo no Brasil, especialmente em São Paulo, uma das cidades com maior número de milionários da América Latina.
Apesar disso, a crise econômica e política que castiga o Brasil há mais de dois anos reduziu bastante as operações dos helicópteros e abriu espaço para aplicativos que oferecem um serviço de baixo custo.
Desde agosto, os moradores e turistas que visitam São Paulo podem solicitar um helicóptero através do Cabify, plataforma que fez uma associação com a empresa Voom, do grupo Airbus.
O cliente pode pedir um helicóptero através do Cabify ou diretamente na página do Voom até 45 minutos antes do voo e com um preço 80% inferior que o dos serviços tradicionais de táxi aéreo.
Um trajeto de cinco minutos entre um hotel da Avenida Faria Lima e o aeroporto de Congonhas pode custar entre R$ 160 e R$ 400, dependendo do desconto promocional, em comparação aos R$ 3.700 de uma das companhias mais tradicionais de táxi aéreo de São Paulo.
“Queremos abrir esse espaço de usuários. Os executivos são hoje os nossos clientes principais, mas com os preços que oferecemos conseguimos abrir essa categoria para muitas mais pessoas, não só para milionários. Essa é uma das nossas propostas”, afirmou à Agência Efe Rogerio Guimarães, encarregado de novos negócios da Cabify.
A proposta do Voom é aumentar o uso dos helicópteros e reduzir assim o custo da operação, graças à associação com outras operadoras de voo, como a Go Air, uma empresa que reúne serviços de táxi aéreo, de manutenção e uma escola de pilotos.
Os serviços da Go Air, como os da maioria de empresas do setor, tiveram uma grande demanda entre os anos de 2010 e 2012, quando o Brasil registrou forte crescimento do setor de petróleo e gás, que consequentemente aumentou o transporte de passageiros até as plataformas petrolíferas.
A recessão fez com que os serviços prestados diminuíssem, mas nos últimos meses a empresa voltou a registrar alta, junto com a melhora dos indicadores macroeconômicos, segundo disse à Efe Ronaldo Santos, piloto e instrutor da Go Air.
“O mercado de viagens de helicóptero é impulsionado principalmente pelo mercado de petróleo e gás. Quando por causa de um fator externo temos uma queda da demanda de petróleo e gás, ou temos algum fator interno, como a crise política que envolveu corrupção, todo o mercado é afetado”, disse Ronaldo.
O Brasil conta com uma frota de 1.700 helicópteros em todo o território nacional, dos quais 700 se encontram no estado de São Paulo, 400 no Rio de Janeiro e cerca de 260 em Minas Gerais, segundo o último relatório realizado pela Associação Brasileira de Pilotos de Helicópteros (Abraphe), em 2013
Piloto e passageiro ficam feridos em queda de avião na fronteira
Nyelder Rodrigues
Um avião monomotor caiu em Ponta Porã - município localizado a 323 km de Campo Grande - na tarde desta sexta-feira (20), no momento que fazia um pouso na pista da Agricenter, perto do posto de combustíveis Pacuri (BR-463).
Segundo o site Ponta Porã Informa, a aeronave tem prefixo PRTL, tipo AC11, perdeu o controle durante a descida na pista agrícola e bateu em uma cerca de arame do local, pegando fogo na sequência.
Duas pessoas estavam no avião, o piloto Boanerve Leite de Melo, e o passageiro Ademir Bueno Fernandes, ambos de Campo Grande, de onde eles estavam vindo. Eles foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros.
Ainda de acordo com o Ponta Porã Informa, os dois conseguiram sair da aeronave logo após a colisão e tiveram apenas ferimentos leves. Eles foram encaminhados para o HR (Hospital Regional) de Ponta Porã. Além dos Bombeiros, também foram atenderam a ocorrência PM (Polícia Militar) e PF (Polícia Federal).
Ministério da Justiça investiga aéreas por propaganda enganosa sobre queda nas tarifas
O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), ligado ao Ministério da Justiça, determinou hoje (20) a abertura de processo administrativo contra a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) e as empresas Avianca, Azul, GOL e Latam por causa de estimativa divulgada em setembro, segundo a qual haveria queda no preço das passagens após o início da cobrança pelo despacho de bagagem. O processo pode resultar, caso a condenação ocorra, em multa de até R$ 9,5 milhões.
O despacho informando sobre a abertura do processo administrativo foi publicado na edição desta sexta-feira (20) no Diário Oficial da União. A decisão se baseou em investigação preliminar, feita no início deste mês pelo departamento, que concluiu haver “indícios de infração”.
Em setembro, a Abear disse que, após a mudança nas regras de despacho de bagagem, houve queda de 7% a 30% no valor da passagem aérea. Pesquisas da Fundação Getulio Vargas (FGV) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no entanto, indicaram aumento no valor das passagens, entre junho e setembro, de respectivamente 35,9% e 16,9%. A cobrança para despacho de bagagem foi implantada em junho pelas companhias.
A investigação do DPDC vai determinar se houve propaganda enganosa, repasse de informações falsas ao consumidor, omissão de informações relevantes e uso da fraqueza ou ignorância do consumidor.
Abear
Em nota, a Abear informou que soube da instauração do processo, mas que ainda não foi notificada. Segundo o texto, a associação demonstrará a correção dos números apresentados.
“A Abear está à disposição das autoridades e reitera que o objetivo das companhias aéreas é sempre tornar a aviação comercial brasileira mais acessível, por meio de tarifas mais justas para o consumidor", diz o comunicado.
Na segunda-feira (15), a Abear já havia lançado uma nota reafirmando os dados apresentados em setembro, “quando informou tendência de queda entre 7% e 30% nos valores dos bilhetes de suas associadas entre julho e setembro deste ano, em comparação com igual período de 2016”.
Segundo a a associação, o levantamento foi feito a partir de uma média da “amostra de tarifas efetivamente comercializadas, de acordo com a rota, os prazos fornecidos por cada empresa aérea e diferentes períodos de antecedência de compra”. (ABr)
Comando Militar do NE homenageia brasileiros que estavam em missão no Haiti
A missão durou 13 anos e aconteceu a pedido da ONU
O Comando Militar do Nordeste (CMNE) realizou, na manhã desta sexta-feira, homenagem à participantes brasileiros na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah). Os últimos militares brasileiros que estavam n missão voltaram ao País no início deste mês. Essa foi a maior participação externa do País depois da 2ª Guerra Mundial. A homenagem aconteceu no 14º Batalhão de Infantaria Motorizado, em Jaboatão dos Guararapes.
O comandante do CMNE, general Arthur Costa Moura, nfatizou na importância dessa participação, a pedido da ONU, para o Brasil. “É um país que estava em crise, e foi possível, nesses 13 anos de participação, uma estabilização e o prosseguimento das melhorias das condições de infraestrutura e de apoio à população haitiana”, explicou o general.
Atuando na área da saúde no Haiti, a sargento Michele Ferreira contou que, quando chegou ao Haiti foram feitas ações para diretas e também trabalhos à parte, como ir a orfanatos, atender crianças que perderam os pais no terremoto. “Foi uma experiência marcante porque, quando eu me deparava com aquelas crianças, eu lembrava das crianças da minha família”, contou Michele.
História
Em 2004, o Brasil ingressou na liderança da força militar internacional na missão Minustah. O Haiti se encontrava em um contexto de ausência de poder, já que o então presidente Jean-Bertrand Aristide havia renunciado. Em 12 de janeiro de 2010, o Haiti sofreu um devastador terremoto, e o Brasil ampliou o efetivo que estava no país, com a missão de contribuir para a manutenção de um ambiente seguro e estável; cooperar com a assistência humanitária e de fortalecimento das instituições nacionais e realizar operações militares de manutenção da paz.
Sargento do Exército é preso por fornecer armas ao tráfico
Segundo a Polícia Civil, militar é considerado o maior armeiro de criminosos no Rio
Rio - Policiais da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) com apoio de agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Inteligência do Exército prenderam, há pouco, na Favela da Coréia, em Senador Camará, um sargento do Exército considerado o maior armeiro do tráfico de drogas no Rio.
Carlos Alberto de Almeida, 36 anos, conhecido como Soldado, era lotado na Escola de Sargentos de Logística do Exército Brasileiro (Eslog) tendo ficado por mais de 25 anos na reserva de armamento da unidade militar. Foram apreendidos 7 fuzis, 6 pistolas, diversas peças de arma de fogo, acessórios de armas, carregadores e munições.
Alexsandro Rodrigues Ferreiras 34 anos, Felipe Rodrigues Figueira, 31, e Murilo Barbosa Ludigerio, 22 anos, também foram capturados. Os agentes da Desarme prenderam o quarteto no momento em que fabricavam peças de armas e faziam a montagem de fuzis que seriam entregues aos chefes do tráfico de drogas da facção Terceiro Comando Puro (TCP).
Segundo o delegado Fabrício Olveira, a oficina tinha maquinário de ponta, incluindo tornos mecânicos computadorizados, que eram utilizados para fabricar peças de armas e recondicionar armamento. O sargento trabalhava, há pelo menos dez anos, como armeiro para os chefes do tráfico do TCP na Vila Aliança, Coréia, Vila dos Pinheiros, Parada de Lucas, Serrinha, Dendê e outras da Baixada Fluminense.
Na sexta-feira, véspera do início dos confrontos Rocinha, Carlos Alberto e seus comparsas montaram uma oficina de armas no interior da favela com o objetivo de preparar as armas de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que se preparava para a guerra pelo controle dos pontos de venda de drogas na comunidade.
Carlos Alberto foi contratado diretamente por Rogério 157 e atuaria pela primeira vez em uma comunidade dominada pela facção Amigos dos Amigos (ADA).
PORTAL PLENO NEWS (RJ)
Saiba mais sobre o trabalho dos capelães militares
Religiosos dão assistência espiritual aos soldados e oficiais
Jade Nunes
Eles usam farda, são submetidos às mesmas normas e regulamentos dos militares, cumprem o expediente da tropa, mas não são soldados. Presentes na Marinha, Aeronáutica, Exército e no Corpo de Bombeiros, os capelães militares têm por finalidade “prestar assistência religiosa e espiritual aos militares, aos civis das organizações militares e às suas famílias, bem como atender a encargos relacionados com as atividades de educação moral realizadas nas Forças Armadas”, de acordo com a Lei Nº 6.923, de 29 de Junho de 1981.
No Exército, o Quadro de Capelães (QCM) é composto por padres e pastores. Como a função é de não combatente, os religiosos não são habilitados ao porte ou uso de arma no exercício da função, mesmo quando acompanham a tropa em situações reais como as de Garantia da Lei e da Ordem.
No Exército, o Quadro de Capelães (QCM) é composto por padres e pastores. Como a função é de não combatente, os religiosos não são habilitados ao porte ou uso de arma no exercício da função, mesmo quando acompanham a tropa em situações reais como as de Garantia da Lei e da Ordem.
O capitão de corveta e capelão-adjunto, Ubiratan de Oliveira Araújo, conta a razão de ter optado por seguir essa profissão:
– Eu fui recruta e posteriormente marinheiro, oriundo do período de alistamento militar aos 18 anos. Devido à busca de outras formações profissionais e, também, para iniciar meu processo vocacional para o sacerdócio católico, desliguei-me da vida militar como praça. Durante esse processo até minha ordenação, como já conhecia a realidade militar, sempre tive contato com a Capelania e, mais especificamente, com o Capelão-Chefe no período do meu diaconato. Assim, fui alimentando a possibilidade de ser instrumento de Deus naquele ambiente que tão bem já conhecia. Após o período exigido por edital, prestei o concurso que me trouxe de volta à vida militar.
O capelão ainda afirma que o melhor aspecto do trabalho é estar inserido em um ambiente de missão espiritual:
– A melhor parte é poder caminhar lado a lado, ombro a ombro, no mandato evangélico anunciando a Palavra da Salvação. O Apóstolo Paulo afirma: “fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns”(1 Coríntios 9:22). Esse é o espírito e o aspecto que envolve nosso trabalho.
O dia a dia das atividades do serviço religioso envolve duas linhas de direcionamento: A primeira é a assistência espiritual, que tem por objetivo despertar a esse lado do militar e dos seus familiares, bem como assisti-los nos momentos de crise ou de dificuldade; já a segunda é de assistência religiosa, que procura atender as demandas específicas da fé dos segmentos mais representativos da Força. É realizada quando um capelão ministra uma missa, culto, reunião espírita, catequese, aula de Escola Bíblica e estudo de doutrina da ministração dos Sacramentos.
FOLHA DE BOA VISTA
Exército realiza operação na região de fronteira com a Guiana
Finalidade da patrulha é combater os ilícitos transfronteiriços ao longo da linha de fronteira entre o Brasil e a Guiana
A 1ª Brigada de Infantaria de Selva (1ª BdaInfSl), por meio do 1º Pelotão Especial de Fronteira (1º PEF), está realizando uma patrulha fluvial no Rio Tacutu, com a finalidade de combater os ilícitos transfronteiriços ao longo da linha de fronteira entre o Brasil e a República Cooperativista da Guiana. A patrulha binacional será realizada até sábado, 21, em conjunto com integrantes da Guyana Defense Force (Força de Defesa da Guiana, em tradução livre) e do Departamento de Polícia de Lethem.
Mais de dez militares brasileiros, cinco da GDF e um policial do Departamento de Polícia de Lethem participam do patrulhamento. Conforme o comandante da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, general Gustavo Henrique Dutra, ao longo dos 31 quilômetros navegados no rio, foram feitas diversas abordagens. “As abordagens foram realizadas em mais de 10 embarcações, mas felizmente não houve nenhuma apreensão”, disse.
Ainda conforme o general Dutra, o objetivo da patrulha é combater os ilícitos transfronteiriços. “Nós sabemos que naquela fronteira com a Guiana tem o descaminho do alho e tem contrabando de droga. Além disso, é comum que motocicletas roubadas aqui em Boa Vista sejam trocadas por maconha na região de Lethem”, acrescentou.
Segundo o general, o Exército Brasileiro realiza operações nas fronteiras o ano todo, divididas em níveis denominados de ‘Ágata 1, 2 e 3’. “A Ágata nível 1 compreende a operação Escudo, que acontece o ano todo. A patrulha binacional realizada no Rio Tacutu está inserida nessa operação”, explicou.
Ainda em entrevista à Folha, o general Dutra explicou que a patrulha, feita em parceria com a GDF, se inicia por meio de reuniões bilaterais realizadas anualmente no Brasil ou na Guiana. “Para reforçar e dar uma guia de orientação nesse contato existem as reuniões bilaterais, onde acertamos diversos entendimentos bilaterais. Um deles é a realização de patrulha ao longo do leito do Rio Tacutu para o combate ao ilícito transfronteiriço nessa região”, ressaltou.
“Paralelamente a isso, nós sabemos que Roraima é o estado que tem a terceira maior linha de fronteira no Brasil. São mil quilômetros de fronteira com a Venezuela e mil quilômetros com a Guiana. Isso faz com que demos muita atenção no que chamamos de diplomacia militar para a realização dessas operações”, concluiu. (E.M)
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