NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 06/10/2017 / "A política é um reflexo da sociedade", diz Obama
"A política é um reflexo da sociedade", diz Obama ...
São Paulo, outubro de 2017 - "A lista é longa e começa por não ter começado a tingir meus cabelos". Barack Obama já estava ao fim dos 60 minutos de sua fala no evento "Cidadão Global", promovido pelo Valor, Santander e AAdvantage, quando foi indagado sobre o que lamentava não ter sido possível fazer em sua vida pública.
Ao responder, com bom humor e velada referência ao sucessor, à pergunta do diretor geral da Infoglobo, Frederic Kachar, o ex-presidente dos Estados Unidos não fugiu à responsabilidade pelo que aconteceu em seu país depois de ter deixado a Casa Branca. Disse lamentar não ter sido capaz de aproximar as posições que se radicalizaram depois da grande crise financeira de 2008.
"Conseguimos evitar uma grande depressão no país, mas não fomos capazes de nos aproximar das pessoas que se frustraram com a crise. A polarização e ódio aumentaram. Não fui capaz de evitar isso, ainda que seja injusto dizer que o presidente tenha sido o único responsável", afirmou. "Mas a boa notícia é que não podemos contribuir apenas como presidente. Tenho pelos menos 30 anos pela frente para tentar levar uma mensagem de esperança não apenas para os Estados Unidos mas para o resto do mundo".
Obama atribuiu a frustração das pessoas não ao capitalismo, "responsável por uma economia mais próspera", mas à concentração de renda. "A globalização nos deu benefícios incríveis, o mundo está mais seguro e mais educado do que em qualquer outro momento da história", afirmou, ao ponderar que se vive o melhor e o pior dos momentos. "Mas a globalização também enfraqueceu a condição dos trabalhadores para conseguir salários mais justos. Em um mundo em que apenas 1% controla a riqueza não veremos estabilidade política. As economias não crescem com sucesso quando se tem muita concentração de riqueza sem expansão da classe média. É preciso que a nova economia funcione para todos".
A saída contra a xenofobia, o populismo e o nacionalismo, para o ex-presidente americano, passa pela trilogia da tolerância, estado de direito e pluralismo. Minutos antes, em palestra que antecedeu a de Obama, o principal colunista econômico do "Financial Times", Martin Wolf, dissera que, depois da crise de 2008, 80% da população do mundo desenvolvido teve sua renda estagnada.
Entre os feitos de sua vida pública que o orgulham, Obama mencionou a reforma do sistema de saúde, que teria incluído 20 milhões de pessoas e hoje está sob ataque de Donald Trump. Citou ainda o acordo com o Irã que tirou este país da rota seguida pela Coreia do Norte: "Quando assumi, já era tarde demais para um acordo com a Coreia do Norte, mas o Irã exportava problemas para a região e para outras partes do mundo. Percebi a oportunidade de evitar o desenvolvimento de armas nucleares naquele país. Levou sete ou oito anos de trabalho, mas deu certo. Temos diferenças e tensões entre nós, mas o problema foi solucionado sem um único tiro."
Sem citar nominalmente seu sucessor, ao qual se referiu como "a pessoa que me substituiu", Obama fez dura crítica ao belicismo da geopolítica na nova ordem mundial: "Precisamos de uma diplomacia forte para assegurar a paz. O poder das idéias é mais importante do que a força militar. Não podemos resolver os problemas do mundo só com tanques e aviões". Ao alertar contra o tom supremacista da política externa americana - "Quando países dizem que são melhores que os outros, sabemos onde isso termina" - não deixou alternativa à plateia senão a comparação com o sucessor. Numa outra crítica velada a Donald Trump, que tirou os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima, Obama disse ver com naturalidade a divergência sobre os meios e os custos para se enfrentar o aquecimento global, mas que não era possível negá-lo.
Tanto em seu discurso quanto nas respostas às perguntas que lhe foram dirigidas, Obama fez uma profissão de fé na política. Disse que há tecnologia para se solucionar quase todos os problemas do mundo e que é a política - ou a ausência dela - que bloqueia sua resolução. Citou as filhas - "Elas passam muito tempo digitando no celular e lhes pergunto, por que não se encontram com seus amigos cara a cara?" - para dizer que um dos maiores desafios da contemporaneidade é fazer com que as pessoas discutam, "não necessariamente para concordar com tudo o que o outro diz".
Citou o poder da internet tanto para conectar as pessoas quanto para espalhar ódio e terror: "Estamos mais conectados, mas muitas vezes nos refugiamos em tribos e bolhas. Não trocamos impressões, o que vemos é aquilo que um algoritmo diz que devemos ver". Citou a Fox News e o "The New York Times", nos Estados Unidos, como filtros de dois mundos completamente diferentes. "Eu não votaria em mim mesmo se assistisse apenas a Fox News", disse, arrancando risos na plateia, antes de concluir que é pelo estímulo à divergência que se fortalece a democracia: "Ficamos tão seguros de nossas crenças que excluímos opiniões que não se encaixam nelas."
Disse que a única maneira de "curar" a democracia é aumentar a participação política e renovar o poder, que se ressente quando é ocupado pelas mesmas pessoas por muito tempo, sem sangue ou ideias novas: "Se ainda fosse presidente, a Michelle não estaria mais comigo". Reconheceu ameaças autoritárias em todo o mundo, mas disse não acreditar que o futuro pertença aos autocratas.
Ao ser indagado sobre o poder da educação, o ex-presidente citou Cingapura. "É um país pequeno, não tem nada lá, mas seu povo é extraordinariamente bem educado e o país está indo muito bem, ao contrário de muitos países grandes e com muitos recursos naturais - não vou dizer que países são esses [risos da plateia] - que estão em outra direção". Disse que o investimento em educação deve privilegiar a primeira infância, quando o cérebro da criança funciona como uma esponja para absorver estímulos. Foi aplaudido ao rechaçar investimentos em educação a partir de um viés de gênero ou raça.
Fez propaganda da fundação que leva seu nome e à qual passou a se dedicar depois de deixar o poder. "Ser presidente te dá uma boa cadeira para observar o mundo", disse, numa referência singela ao comando da maior potência mundial. "Foi assim que decidi que o melhor que posso fazer é emprestar meus esforços para treinar jovens e fazer com que eles se envolvam nas questões de sua comunidade. Eles estão dispostos a mudar o mundo. Eles nos inspiram e nós os encorajamos. É assim que se resolvem os problemas. A solução não vem do topo, mas da mudança com quem está ao seu lado".
Indagado por Kachar sobre a mensagem que deixaria para um país imerso em uma crise política e econômica sem precedentes, o ex-presidente americano não se imiscuiu na política interna brasileira mas voltou-se para sua plateia de empresários, banqueiros, profissionais liberais e artistas: "Em muitos países, as pessoas dizem que odeiam os políticos e o governo, mas o governo e os políticos são um reflexo de nós mesmos. Se uma sociedade é saudável, a política também será. Se uma sociedade é doente, a política também será." Com leveza, o ex-presidente americano compartilhou a culpa pela crise com cada um dos que ali estavam. O recado era duro e, fosse outro o palestrante, face ao grau de esgarçamento da conjuntura brasileira, poderia ter sido recebido com ressalvas, mas foi sob as palmas de uma plateia embevecida que Obama deixou o palco.
Foi a segunda vez que o ex-presidente americano esteve no Brasil. Na primeira, em 2011, veio com a mulher, Michelle, e as duas filhas, Malia e Sasha. Foi recebido pela ex-presidente Dilma Rousseff, em Brasília, e pelo ex-governador Sérgio Cabral, hoje preso. No Rio, esteve na favela Cidade de Deus, lembrada ontem em seu discurso.
O ex-presidente chegou na noite de quarta-feira a São Paulo e pernoitou em um hotel da zona sul. Sua palestra foi precedida de uma abertura do vice-presidente do Grupo Globo, José Roberto Marinho, do discurso do presidente do Santander, Sérgio Rial, de uma palestra do professor da Universidade de Nova York, Robert Salomon e de uma entrevista pública com o colunista do "Financial Times", Martin Wolf, conduzida pelo editor de internacional do Valor, Humberto Saccomandi.
Ao deixar o evento no Teatro Santander, na zona sul de São Paulo, o ex-presidente americano encontrou-se com 11 jovens de diversas regiões do país que atuam com educação, mobilização social e redução da desigualdade. Depois foi jantar no Fasano, nos Jardins, com um grupo de 12 pessoas. Obama embarcou para Córdoba, na Argentina.
(Colaboraram Daniel Rittner e Suzi Yumi Katzumata)
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Cúpula das Forças Armadas minimiza discursos pró-intervenção de militares da ativa e da reserva
Daniela Lima
Baixar armas
Integrantes da cúpula das Forças Armadas atuam para acalmar os que enxergam perigo e focos de tensão nas manifestações de militares da ativa e da reserva por intervenção. Dizem que as falas são isoladas e não configuram risco.
Integrantes da cúpula das Forças Armadas atuam para acalmar os que enxergam perigo e focos de tensão nas manifestações de militares da ativa e da reserva por intervenção. Dizem que as falas são isoladas e não configuram risco.
Operação mobiliza polícia e Forças Armadas no Morro dos Macacos, no Rio
Operação tem ligação com conflito recente na favela da Rocinha
Bibiana Borba, O Estado De S.paulo
Policiais militares, civis, federais e agentes das Forças Armadas realizam uma megaoperação no Morro dos Macacos, na região da Vila Isabel, na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira, 6. As equipes fazem buscas a traficantes envolvidos no conflito da favela da Rocinha, que teriam fugido para a comunidade. São cumpridos 31 mandados de prisão desde o início do dia, com a participação de cerca de mil agentes.
O principal procurado é o traficante Leandro Nunes Botelho, conhecido como Scooby, considerado o chefe do tráfico na região. Ele tem envolvimento direto na invasão da Rocinha, no final de setembro, e estaria planejando uma nova ocupação da favela junto a outros traficantes, conforme a Polícia Civil. Na madrugada, foi registrado um novo tiroteio na Rocinha, segundo relatos de moradores em redes sociais.
Conforme comunicado da Secretaria de Estado de Segurança (Seseg), as Forças Armadas estão responsáveis pelo cerco da comunidade e baseadas em pontos estratégicos, enquanto as polícias atuam dentro da favela. Helicópteros controlam a operação do alto e a circulação de aviões na área está restrita.
"No Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, representantes de todas as instituições envolvidas na operação estão acompanhando e orientando, em tempo integral, os desdobramentos, desde as cinco horas da manhã", segundo a nota divulgada pela secretaria.
"Saio daqui com a alma confortada, incendiada e abençoada", diz Temer em Belém
Estadão Conteúdo
Enquanto se defende da acusação de formação de quadrilha e obstrução de Justiça, o presidente Michel Temer desembarcou em Belém, em meio às festividades do Círio de Nazaré, em um afago a deputados do Estado e ao ministro da integração Nacional, Helder Barbalho, que é do Estado. Ele afirmou que a cerimônia desta quinta-feira, 5, foi articulada e consolidada em apenas sete dias a pedido do ministro e de Raul Jungmann (Defesa).
Temer disse que sabe que precisa “fazer tudo rapidamente” e justamente por isso veio participar do evento. “Quero dizer o quanto os deputados tiveram de trabalho em torno deste tema. Nos últimos dias tive conhecimento do pleito dos deputados. Há sete dias Helder e Jungmann me procuraram para tratar esse pleito”, afirmou. No fim da cerimônia, Temer posou para fotos como deputados, incluindo, Wladimir Costa (SD-PA) – que ficou conhecido por ter feito uma tatuagem falsa no ombro com o nome de Temer na época da primeira denúncia contra o presidente.
Temer, que vem a Belém pela primeira vez como presidente, dividiu o palco também com o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e ao ser lembrado durante o seu discurso que havia esquecido de citar o nome do senador fez afagos dizendo que se esqueceu “pois estão sempre juntos” e pediu aplausos a Jader.
O presidente visitou a capital paraense para ser testemunha da assinatura de um protocolo de intenções firmado pelos ministros Dyogo Oliveira (Planejamento) e Jungmann, com o arcebispo metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, para destinar à Arquidiocese de Belém uma área de 10,8 mil metros quadrados, no bairro de Nazaré. Segundo o presidente a área fará uma religação dos romeiros com a espiritualidade do Cirio de Nazaré.
Temer disse ainda que o ato de hoje não era meramente administrativo e também espiritual e afirmou que deixava a capital paraense com a alma “alma confortada, incendiada e abençoada”.
Em seu discurso, Helder Barbalho afirmou que o Círio é o “natal dos paraenses” e que a melhoria na estrutura do local vai ajudar a promover o turismo local. “Queria agradecer aos ministros por terem compreendido a importância do pleito que eu fiz a vocês”, destacou. O ministro quebrou o protocolo da cerimônia e pediu licença para chamar deputados estaduais para entregar uma homenagem de “titulo de cidadão” da cidade ao presidente.
Já o ministro do Planejamento disse que se sentia um “pouco paraense” já que a sua família é de Marabá e afirmou que o terreno vai ajudar a festa religiosa a ser ainda mais importante. “Vivemos épocas turbulentas e nossos valores cristãos precisam ser renovados”, disse Dyogo Oliveira.
Jungmann fez afagos a Helder e ao presidente Temer, a quem chamou de “grande brasileiro”. “O senhor tem dado destino ao nosso país ao demonstrar que nós não estávamos fadados a crise e ao desgoverno anterior”, disse. Jungmann disse ainda que Temer é o líder e responsável pelas melhorias no País e que tem certeza que “dias melhores virão”.
Olho em 2018
Além da presença do presidente, os tradicionais festejos do Círio de Nazaré atraíram para Belém dois pré-candidatos à sua sucessão em 2018: o deputado Jair Bolsonaro (RJ) e o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).
Às 14hs, Bolsonaro chega a Belém. Grupos de direita como o ‘Endireita Pará’ espalharam cartazes pela cidade e convocaram ativistas pelas redes sociais para receber o deputado no aeroporto.
Já o prefeito João Doria será o único “presidenciável” que vai acompanhar no sábado as quatro procissões da Nossa Senhora de Nazaré – fluvial, de moto, carro e a pé.
Sem respostas
Aos jornalistas, Temer não quis responder sobre a sanção do fundo eleitoral, aprovado na quarta-feira, 4, pela Câmara, e nem sobre a denúncia por obstrução de justiça e formação de quadrilha, que está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Depois de ouvir os questionamentos, o presidente acenou e foi embora. Temer segue agora para o Maranhão, onde fará uma visita a Base de Alcântara. Depois, o presidente retorna a Brasília.
"A política é um reflexo da sociedade", diz Obama
"A lista é longa e começa por não ter começado a tingir meus cabelos". Barack Obama já estava ao fim dos 60 minutos de sua fala no evento "Cidadão Global", promovido pelo Valor, Santander e AAdvantage, quando foi indagado sobre o que lamentava não ter sido possível fazer em sua vida pública.
Ao responder, com bom humor e velada referência ao sucessor, à pergunta do diretor geral da Infoglobo, Frederic Kachar, o ex-presidente dos Estados Unidos não fugiu à responsabilidade pelo que aconteceu em seu país depois de ter deixado a Casa Branca. Disse lamentar não ter sido capaz de aproximar as posições que se radicalizaram depois da grande crise financeira de 2008.
"Conseguimos evitar uma grande depressão no país, mas não fomos capazes de nos aproximar das pessoas que se frustraram com a crise. A polarização e ódio aumentaram. Não fui capaz de evitar isso, ainda que seja injusto dizer que o presidente tenha sido o único responsável", afirmou. "Mas a boa notícia é que não podemos contribuir apenas como presidente. Tenho pelos menos 30 anos pela frente para tentar levar uma mensagem de esperança não apenas para os Estados Unidos mas para o resto do mundo".
Obama atribuiu a frustração das pessoas não ao capitalismo, "responsável por uma economia mais próspera", mas à concentração de renda. "A globalização nos deu benefícios incríveis, o mundo está mais seguro e mais educado do que em qualquer outro momento da história", afirmou, ao ponderar que se vive o melhor e o pior dos momentos. "Mas a globalização também enfraqueceu a condição dos trabalhadores para conseguir salários mais justos. Em um mundo em que apenas 1% controla a riqueza não veremos estabilidade política. As economias não crescem com sucesso quando se tem muita concentração de riqueza sem expansão da classe média. É preciso que a nova economia funcione para todos".
A saída contra a xenofobia, o populismo e o nacionalismo, para o ex-presidente americano, passa pela trilogia da tolerância, estado de direito e pluralismo. Minutos antes, em palestra que antecedeu a de Obama, o principal colunista econômico do "Financial Times", Martin Wolf, dissera que, depois da crise de 2008, 80% da população do mundo desenvolvido teve sua renda estagnada (ver reportagem à página A8).
Entre os feitos de sua vida pública que o orgulham, Obama mencionou a reforma do sistema de saúde, que teria incluído 20 milhões de pessoas e hoje está sob ataque de Donald Trump. Citou ainda o acordo com o Irã que tirou este país da rota seguida pela Coreia do Norte: "Quando assumi, já era tarde demais para um acordo com a Coreia do Norte, mas o Irã exportava problemas para a região e para outras partes do mundo. Percebi a oportunidade de evitar o desenvolvimento de armas nucleares naquele país. Levou sete ou oito anos de trabalho, mas deu certo. Temos diferenças e tensões entre nós, mas o problema foi solucionado sem um único tiro."
Sem citar nominalmente seu sucessor, ao qual se referiu como "a pessoa que me substituiu", Obama fez dura crítica ao belicismo da geopolítica na nova ordem mundial: "Precisamos de uma diplomacia forte para assegurar a paz. O poder das ideias é mais importante do que a força militar. Não podemos resolver os problemas do mundo só com tanques e aviões". Ao alertar contra o tom supremacista da política externa americana - "Quando países dizem que são melhores que os outros, sabemos onde isso termina" - não deixou alternativa à plateia senão a comparação com o sucessor. Numa outra crítica velada a Donald Trump, que tirou os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima, Obama disse ver com naturalidade a divergência sobre os meios e os custos para se enfrentar o aquecimento global, mas que não era possível negá-lo.
Tanto em seu discurso quanto nas respostas às perguntas que lhe foram dirigidas, Obama fez uma profissão de fé na política. Disse que há tecnologia para se solucionar quase todos os problemas do mundo e que é a política - ou a ausência dela - que bloqueia sua resolução. Citou as filhas - "Elas passam muito tempo digitando no celular e lhes pergunto, por que não se encontram com seus amigos cara a cara?" - para dizer que um dos maiores desafios da contemporaneidade é fazer com que as pessoas discutam, "não necessariamente para concordar com tudo o que o outro diz".
Citou o poder da internet tanto para conectar as pessoas quanto para espalhar ódio e terror: "Estamos mais conectados, mas muitas vezes nos refugiamos em tribos e bolhas. Não trocamos impressões, o que vemos é aquilo que um algoritmo diz que devemos ver". Citou a Fox News e o "The New York Times", nos Estados Unidos, como filtros de dois mundos completamente diferentes. "Eu não votaria em mim mesmo se assistisse apenas a Fox News", disse, arrancando risos na plateia, antes de concluir que é pelo estímulo à divergência que se fortalece a democracia: "Ficamos tão seguros de nossas crenças que excluímos opiniões que não se encaixam nelas."
Disse que a única maneira de "curar" a democracia é aumentar a participação política e renovar o poder, que se ressente quando é ocupado pelas mesmas pessoas por muito tempo, sem sangue ou ideias novas: "Se ainda fosse presidente, a Michelle não estaria mais comigo". Reconheceu ameaças autoritárias em todo o mundo, mas disse não acreditar que o futuro pertença aos autocratas.
Ao ser indagado sobre o poder da educação, o ex-presidente citou Cingapura. "É um país pequeno, não tem nada lá, mas seu povo é extraordinariamente bem educado e o país está indo muito bem, ao contrário de muitos países grandes e com muitos recursos naturais - não vou dizer que países são esses [risos da plateia] - que estão em outra direção". Disse que o investimento em educação deve privilegiar a primeira infância, quando o cérebro da criança funciona como uma esponja para absorver estímulos. Foi aplaudido ao rechaçar investimentos em educação a partir de um viés de gênero ou raça.
Fez propaganda da fundação que leva seu nome e à qual passou a se dedicar depois de deixar o poder. "Ser presidente te dá uma boa cadeira para observar o mundo", disse, numa referência singela ao comando da maior potência mundial. "Foi assim que decidi que o melhor que posso fazer é emprestar meus esforços para treinar jovens e fazer com que eles se envolvam nas questões de sua comunidade. Eles estão dispostos a mudar o mundo. Eles nos inspiram e nós os encorajamos. É assim que se resolvem os problemas. A solução não vem do topo, mas da mudança com quem está ao seu lado".
Indagado por Kachar sobre a mensagem que deixaria para um país imerso em uma crise política e econômica sem precedentes, o ex-presidente americano não se imiscuiu na política interna brasileira mas voltou-se para sua plateia de empresários, banqueiros, profissionais liberais e artistas: "Em muitos países, as pessoas dizem que odeiam os políticos e o governo, mas o governo e os políticos são um reflexo de nós mesmos. Se uma sociedade é saudável, a política também será. Se uma sociedade é doente, a política também será." Com leveza, o ex-presidente americano compartilhou a culpa pela crise com cada um dos que ali estavam. O recado era duro e, fosse outro o palestrante, face ao grau de esgarçamento da conjuntura brasileira, poderia ter sido recebido com ressalvas, mas foi sob as palmas de uma plateia embevecida que Obama deixou o palco.
Foi a segunda vez que o ex-presidente americano esteve no Brasil. Na primeira, em 2011, veio com a mulher, Michelle, e as duas filhas, Malia e Sasha. Foi recebido pela ex-presidente Dilma Rousseff, em Brasília, e pelo ex-governador Sérgio Cabral, hoje preso. No Rio, esteve na favela Cidade de Deus, lembrada ontem em seu discurso.
O ex-presidente chegou na noite de quarta-feira a São Paulo e pernoitou em um hotel da zona sul. Sua palestra foi precedida de uma abertura do vice-presidente do Grupo Globo, José Roberto Marinho, do discurso do presidente do Santander, Sérgio Rial, de uma palestra do professor da Universidade de Nova York, Robert Salomon e de uma entrevista pública com o colunista do "Financial Times", Martin Wolf, conduzida pelo editor de internacional do Valor, Humberto Saccomandi.
Ao deixar o evento no Teatro Santander, na zona sul de São Paulo, o ex-presidente americano encontrou-se com 11 jovens de diversas regiões do país que atuam com educação, mobilização social e redução da desigualdade. Depois foi jantar no Fasano, nos Jardins, com um grupo de 12 pessoas. Obama embarca hoje para Córdoba, na Argentina.
(Colaboraram Daniel Rittner e Suzi Yumi Katzumata)
Temer aponta "maneira sacrificada" de como as Forças Armadas têm atuado
Presidente fez declaração em evento no Pará do qual também participou o ministro da Defesa, Raul Jungmann. Militares têm reclamado de atuação em segurança pública e de cortes orçamentários.
Por Guilherme Mazui, G1, Brasília
O presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira (5), em discurso durante uma cerimônia em Belém (PA), que as Forças Armadas têm atuado de "maneira sacrificada", inclusive com ações no "campo da segurança pública".
Temer foi ao Pará para assinatura do protocolo de intenções para doação de um terreno da União à Igreja Católica. Conforme a assessoria do Palácio do Planalto, a área será utilizada Basílica de Nossa Senhora de Nazaré.
O presidente visitou Belém durante as celebrações do Círio de Nazaré – festa religiosa que costuma reunir cerca de 2 milhões de fiéis – um dia depois de ter apresentado à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara defesa contra a denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República, que o acusa de obstrução de justiça e organização criminosa.
Durante discurso na solenidade de concessão do terreno da União, o presidente aproveitou a presença do ministro da Defesa, Raul Jungmann, para abordar a questão das Forças Armadas.
"Nossas Forças Armadas têm prestado uma colaboração extraordinária, aliás, convenhamos até, de uma maneira sacrificada, introduzindo-se até pelo campo da segurança pública", disse Temer.
As dificuldades orçamentárias do governo e consequente contingenciamento de verbas previstas para as Forças Armadas geraram críticas de integrantes da caserna nos últimos meses. Em agosto, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou em sua conta no Twitter que faz o "dever de casa" diante dos cortes de recursos, mas que "há limites". “Conduzo seguidas reuniões sobre a gestão dos cortes orçamentários impostos ao Exército. Fazemos nosso dever de casa, mas há limites”, disse o general na ocasião.
Segundo Temer, a população tem demonstrado apoio ao emprego dos militares nestas situações. "Em tantos e tantos episódios, assistimos o aplauso extraordinário com que, ao determinamos que as Forças Armadas fossem para certos estados, eram recebidas com salvas de palmas", completou.
Em razão da crise na segurança pública, o governo tem autorizado o emprego de militares em ações nos estados, a exemplo do que ocorreu no Espírito Santo e ocorre no Rio de Janeiro. Em setembro, após confronto entre fações e tiroteios entre criminosos e policiais, as Forças Armadas ficaram por uma semana na comunidade da Rocinha.
Reclamações sobre orçamento
Até mesmo o ministro da Defesa já chegou a fazer críticas indiretas aos cortes orçamentários. No mês passado, durante uma visita ao Recife, Jungmann afirmou que a situação estava no "limite" na área da Defesa em razão do contigenciamento.
“Até aqui, nós não tivemos comprometimento operacional das Forças, mas nós estamos no limite. Ou seja, o nosso limite é exatamente o mês de setembro", disse
Após a aprovação da mudança da meta fiscal pelo Congresso Nacional, que prevê um déficit nas contas públicas de até R$ 159 bilhões em 2017, o governo avalizou novos gastos em diversas áreas.
Na última terça-feira (3), o Ministério da Defesa ficou com a maior fatia dos R$ 9,8 bilhões liberados pelo governo. Conforme o Ministério do Planejamento, a Defesa pode fazer até R$ 2,11 bilhões em novos gastos.
Maranhão
No período da tarde, Temer visitou a base de lançamento de foguetes de Alcântara, no Maranhão, acompanhado dos ministros da Defesa, Raul Jungmann; das Relações Exteriores, Aloysio Nunes; do Planejamento, Dyogo Oliveira; da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy; do Meio Ambiente, Sarney Filho; do Gabinete de Segurança Institucional, general Sergio Etchegoyen; da advogada-geral da União, Grace Mendonça; e do comandante da Aeronáutica, Nivaldo Rossato.
A comitiva assistiu a uma exposição de militares da Aeronáutica sobre o lançamento de foguetes pela base. Durante a visita, Temer passou pela torre da qual são lançados os foguetes brasileiros. Conforme a assessoria do Planalto, para 2019 está previsto o envio ao espaço de um veículo lançador de microssatélites.
Cerimônia de Abertura da Exposição Força Aérea Brasileira: de Santos Dumont a Dimensão 22
A Câmara dos Deputados, por meio da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, e a Aeronáutica realizam a exposição Força Aérea Brasileira: de Santos Dumont a Dimensão 22, de 10 a 31 de outubro, no Salão Negro do Congresso Nacional. A abertura será no dia 10 de outubro, às 11 horas, no Salão Negro do Congresso Nacional.
A mostra reunirá réplicas de aeronaves de elevado significado e simbolismo para a aviação brasileira – o 14 Bis e o Demoiselle. Além das réplicas, pretende-se disponibilizar aos visitantes material informativo e ilustrativo de outras frentes de atuação da FAB, de modo que se possa ampliar a interação e a aproximação entre o público e a Força Aérea Brasileira.
A exposição ficará aberta à visitação até dia 31/10, de quinta a segunda-feira, das 9 às 17h30, no Salão Negro da Câmara dos Deputados.
Programação:
10/10/2017 11:00 às 13:00 - Salão Negro. Força Aérea Brasileira, o passado e o futuro.
FAB debate novos modelos de financiamento a produtos de defesa
Encontro internacional sobre financiamento a produtos de defesa ocorre este mês em SP
Ten Jussara Peccini - Agência Força Aérea
Especialistas brasileiros e estrangeiros apresentam experiências nos dias 17 e 18 de outubro em São Paulo. A necessidade de encontrar novas soluções para financiar a indústria de defesa será o principal foco do II Encontro Internacional sobre Financiamento a Projetos de Defesa.
O evento, que tem como tema “Conectando soluções e inovações para o fomento da Base Industrial de Defesa”, é promovido pelo Comando da Aeronáutica e será realizado nos dias 17 e 18 de outubro no auditório 9 do Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo (SP).
“Queremos debater como alavancar a indústria e os produtos da área de defesa, cujas tecnologias têm uso civil e militar. São projetos de longo prazo e não é fácil conseguir financiamento”, afirma o Major-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues, coordenador do evento e Diretor de Economia e Finanças da Aeronáutica (DIREF).
O evento é direcionado a empresários, instituições governamentais e entidades acadêmicas. Responsável por estruturar operações de crédito para aquisições e financiamentos de projetos estratégicos da Força Aérea Brasileira há pelo menos 20 anos, a DIREF propõe fortalecer a interlocução entre os diferentes agentes governamentais e privados na busca de novas soluções para desenvolver projetos.
“Entendemos que o offset ou a colaboração entre instituições públicas e privadas são alternativas de financiamento”, complementa o Oficial-General. Os acordos de offset são compensações de natureza industrial, técnica ou tecnológica envolvidas nos contratos de aquisição ou desenvolvimento de produtos ou tecnologias.
Ao facilitar a interlocução entre os agentes que atuam nas áreas de financiamento e exportação, o primeiro encontro, realizado em dezembro de 2016 na capital federal, produziu resultados importantes: o anúncio da abertura de uma linha de crédito para exportação de produtos de defesa por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a inclusão do Ministério da Defesa na Câmara de Comércio Exterior (CAMEX).
Programação – Nesta edição, a organização traz representantes de instituições que têm experiência em inovação, no gerenciamento de projetos que envolvem offset e incentivos a startups. Pelo menos 30 palestrantes devem compartilhar experiências adquiridas no Reino Unido, Suécia, Noruega, Portugal e no Brasil durante os dois dias de evento.
Entre os convidados, estão o presidente do Centro de Pesquisa e Tecnologia da Boeing no Brasil, Antoninni Puppin Macedo; o coordenador do curso de offset da Crandfield University. do Reino Unido, Professor Ron Matthew; e o representante da Associação Europeia das Indústrias de Defesa e Aeroespaciais, Jan Pie.
Também serão realizados três painéis para debater o fomento ao crédito às exportações de defesa, como fortalecer as parcerias neste setor e os acordos de compensação nas Forças Armadas brasileiras. Entre os convidados, estão representantes do BNDES, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, das Secretarias de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e do Ministério da Fazenda e da Agência de Crédito de Exportação da Suécia.
A abertura do II Encontro Internacional sobre Financiamento a Projetos de Defesa contará com a presença do Ministro da Defesa, Raul Jungmann, e com uma palestra sobre a reestruturação administrativa e operacional da Força Aérea Brasileira, com o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato.
Serviço:
Data: 17 e 18 de outubro.
Local: Auditório 09 do Centro de Convenções do Anhembi - Av. Olavo Fontoura, 1.209 (entrada pela portaria B) - São Paulo-SP
Inscrições pelo email: encontrofinanciamento@gmail.com com os seguintes dados: nome completo; empresa/instituição; posto/cargo; email e telefone. Vagas limitadas.* Matéria replicada da Agência Força Aérea
THE STAR.COM
UN to end peacekeeping mission in Haiti after 13 years
MINUSTAH began operations in Haiti in 2004, when a violent rebellion swept the country and forced then-president Jean-Bertrand Aristide out of power and into exile. Its goals included restoring security and rebuilding the shattered political institutions.By Evens SanonThe Associated Press
PORT-AU-PRINCE, HAITI— A UN peacekeeping mission in Haiti that has helped maintain order through 13 years of political turmoil and catastrophe is coming to an end as the last of the blue-helmeted soldiers from around the world leave despite concerns that the police and justice system are still not adequate to ensure security in the country.
The UN planned to lower its flag at its headquarters in Port-au-Prince during a ceremony Thursday that will be attended by President Jovenel Moise. After a gradual winding down, there are now about 100 international soldiers in the country and they will leave within days. The mission will officially end on Oct. 15.
Immediately afterward, the UN will start a new mission made up of about 1,300 international civilian police officers, along with 350 civilians who will help the country reform a deeply troubled justice system. Various agencies and programs of the international body, such as the Food and Agricultural Organization, will also still be working in the country.
“It will be a much smaller peacekeeping mission,” said Sandra Honore, a diplomat from Trinidad and Tobago who has served since July 2013 as the head of the UN mission in Haiti known as MINUSTAH, its French acronym. “The United Nations is not leaving.”
MINUSTAH began operations in Haiti in 2004, when a violent rebellion swept the country and forced then-president Jean-Bertrand Aristide out of power and into exile. Its goals included restoring security and rebuilding the shattered political institutions. In April, the Security Council deemed the country sufficiently stable and voted to wind down the international military presence, which then consisted of about 4,700 troops.
Many Haitians have viewed the multinational peacekeepers as an affront to national sovereignty. UN troops are believed to have inadvertently introduced the deadly cholera bacteria to the country and have also been accused of causing civilian casualties in fierce battles with gangs in Port-au-Prince and of sexually abusing minors.
But the mission, with additional help from the U.S. and other nations, is also credited with stabilizing the country, particularly after the January 2010 earthquake, and building up the national police force.
“The job may not be complete but they have essentially done much of what they were originally designed to do in terms of preventing any kind of armed takeover of the state, in terms of increasing the safety of civilians,” said Mark Schneider, a senior adviser with the Center for Strategic and International Studies in Washington. “It takes work to maintain that and Haiti needs to maintain that.”
MINUSTAH, Schneider said, has been key in helping Haiti develop a credible civilian national police from “almost zero” to its current level of about 15,000 officers, which most experts believe is still too small for a country of nearly 11 million. The police force was intended to replace the army, which was disbanded by Aristide in 1995 because of its repeated role in a series of coups and that the Haitian government is now seeking to reconstitute over international objections.
“Haiti needs an atmosphere of peace so we can take responsibility for ourselves,” said Haitian Sen. Jacques Suaveur Jean. “We don’t need foreign soldiers.”
The new UN mission will consist of seven police units that can respond to major incidents, in addition to officers deployed throughout the country to advise and assist their Haitian counterparts. Civilians will also be working with the government to improve the country’s justice system, which the State Department said in this year’s annual human rights report has serious flaws, including severe prison overcrowding, prolonged pretrial detention and an inefficient judiciary.
Honore, in an interview ahead of Thursday’s ceremony, cited the training and hiring of police officers as one of the UN successes.
MINUSTAH had already been scaling back before the Security Council voted to end the mission. In the aftermath of the earthquake, which killed 96 UN personnel, including former head of mission Hedi Annabi, the number of troops reached more than 10,000. But when Honore arrived there were about 6,200 soldiers from around 20 countries, a figure that dropped again by nearly a third within two years.
The cholera outbreak, which started in October 2010 after peacekeepers from Nepal contaminated the country’s largest river with waste from their base, killed an estimated 9,500 people and irrevocably damaged the reputation of the organization in Haiti. Many critics felt the UN did not adequately respond to the outbreak, something the organization sought to later remedy.
“It was a fundamental error because it undermined the image not just of MINUSTAH, but of the international community,” Schneider said.
CIRCUITO MT.COM
MT registra apenas uma doação de órgão de alta complexidade em 2017
A doação foi feita em fevereiro deste ano. O número baixo é devido à falta de estrutura e à negação da família, por falta de informação
José WallisonApenas uma doação de órgão de alta complexidade (coração, rins, pâncreas, pulmões e fígado) foi realizada em Mato Grosso em 2017. Neste caso, foi retirado coração, fígado e rins do doador, e foi a primeira captação de coração da história do Estado. Isto aconteceu em fevereiro, na capital. Os dados são da Coordenadoria de Transplantes (Contran).
A situação só não é ainda mais triste do que a registrada em 2016, quando não houve registro de doação de órgãos de alta complexidade. O Estado ainda não dispõe de credenciamento para realizar transplantes de órgãos sólidos.
Segundo a coordenadora de transplantes da Secretaria de Estado de Saúde, Fabiana Molina, o número é muito baixo por causa da falta de estrutura e também pela negação da família, por falta de informação. “Como a estrutura é um fator comprometedor, a negação da família é apenas um empecilho. A estrutura nossa é que é muito deficiente”.
Ela conta que a pessoa que quer ser doadora deve contar para a família, pois os parentes, tendo ciência da vontade do ente querido, facilita o processo de consentimento. “Só acontece a doação se a família autorizar e ela tende a respeitar a vontade do ente querido. Quando uma pessoa comenta a vontade de doar, faz uma diferença enorme”, relata Molina.
Podem autorizar a doação de órgãos apenas os familiares de até segundo grau como: pais, filhos, irmãos e avós. Já no caso de menor de idade, somente os pais e avós. “Nós também usamos duas testemunhas, queremos mostrar que é um trabalho sério e que a família se sinta segura conosco”, disse.
Segundo a coordenadora, as captações de órgãos de alta complexidade são feitas por equipes de fora e de grandes centros. A equipe de extração é procurada pela central nacional para vir ao estado por meio de uma parceria com empresas aéreas que disponibilizam vagas para os enfermeiros, e também através da Força Aérea Brasileira (FAB). Neste caso, o custo é maior e utilizado em lugares de difícil acesso.
“Eles chegam, fazem a retirada e voltam para o destino de origem, tudo com rapidez e segurança para que o órgão chegue o mais rápido possível. A família do receptor e o próprio ficam aliviados e felizes quando encontram um órgão compatível. É uma nova vida, uma nova chance de viver”, relata.
A coordenadora de transplantes conta que tem um projeto de autorização para um centro de transplante renal e de medula óssea. “A expectativa de 2018 é que Mato Grosso oferte o transplante de córnea, medula e de rins”. Em 2017, o estado teve 29 doadores de córnea e foram feitos 125 transplantes.
Doação de córnea está menor que em 2016
Neste ano, Mato Grosso teve 29 doadores de córnea e foram feitos 125 transplantes, sendo que uma parte deste número de córneas transplantadas é fornecida pela Central Nacional de Transplantes (CNT).
Já em 2016 houve 73 doações de córneas e 106 transplantes e em 2015 houve 70 doações e 130 transplantes. O transplante de córnea é o único feito em Mato Grosso, apenas dois estabelecimentos e três equipes têm credenciamento para fazer o procedimento.
Em 99% dos transplantes de córnea em Mato Grosso são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e realizados na capital, que é o único município onde há os credenciados.
Paciente passou por três transplantes de córnea
O empresário Cesar Amorim passou por três transplantes de córnea no mesmo olho, sendo duas delas no ano passado. Ele é portador de ceratocone, uma doença com tendência hereditária, porém fatores externos como alergias e coçar os olhos aumentam o risco de seu aparecimento. Ele é uma das pessoas beneficiadas pelo transplante de órgãos.
Casos leves são corrigidos com sucesso pelo uso de óculos ou lentes de contato especialmente desenhadas. É feita a correção óptica, porém a doença permanece e pode evoluir diferentemente em cada pessoa.
“Ainda estou com os pontos do último transplante realizado em novembro de 2016. A primeira vez que fiz o transplante foi em 1998, quando fiquei um ano na fila de espera; na penúltima vez fiquei seis meses na fila”, conta César.
Ele ainda fala da importância de doar e narra a agonia de ficar na fila de espera pela córnea. “Eu estava com medo de ficar cego, é difícil ficar esperando. Não desejo isto para ninguém, espero que as pessoas se conscientizem e façam doação, é necessário ajudar o próximo e isto é um sinal de amor mais lindo que existe”, disse.
Cada bolsa de sangue salva quatro vidas
Vítimas de violência, de acidentes de trânsito ou de doenças são salvas pelo banco de sangue do MT Hemocentro, que tem 17 unidades em todo estado. Segundo a gerente de doação de sangue, Juliana Silva, uma bolsa de sangue salva quatro vidas.
O estoque do Hemocentro está em nível baixo devido ao aumento de transfusões, pela alta demanda e pela falta de fidelização por parte do doador. Na lista de voluntários são mais de 30 mil nomes, mas a maioria só teve esta experiência uma vez e nunca mais voltou.
“A principal dificuldade é com a fidelização do doador, que a motivação dele seja maior do que ajudar aquele parente que precisa de sangue”, relata Juliana.
Conforme o Hemocentro, um doador do gênero masculino pode doar de três em três meses. Já as mulheres podem doar num intervalo de quatro meses.
A gerente de doação ainda conta que mitos também interferem nas doações. Por exemplo: a lenda de que se doar sangue a pessoa engorda. “A doação não causa nada disso, não faz engordar nem emagrecer, não vicia. Quem fez tatuagem pode doar em um período de 12 meses, com piercing é a mesma coisa”, declarou.
Podem doar sangue a pessoas de 16 anos a 69 anos portando documento com foto; os menores devem estar acompanhados dos pais. A primeira doação deve ser feita até aos 59 anos, 11 meses e 29 dias.
O ser humano tem cinco litros de sangue e, para a doação, são tirados 250 ml; normalmente esta quantidade é reposta em 24 horas. O Hemocentro tem capacidade de receber 2 mil doares mensais e a média diária de atendimento é de 80 a 120 atendimentos.
Os principais que baixaram o estoque: O+ Rh-, sabendo-se que o O+ é prevalente na população; os positivos são mais portados pelos seres humanos e os negativos são mais raros. Dependendo da região, 5% da população têm o O-.
Como um presente de aniversário para si mesmo, o jovem Daniel Lucas aproveitou para fazer uma boa ação e salvar vidas. Ele doou pela primeira vez há alguns anos em um projeto da igreja que frequenta e passou a doar sempre que pode.
“Eu acho importante doar, ajudar o próximo é a principal missão que temos na Terra. Sinto que doar foi o melhor presente de aniversário que recebi”, falou.
Ele disse que é portador do sangue A+ e grande incentivador da causa. “Eu sempre divulgo para meus amigos e conhecidos. Falo que muita gente necessita de sangue e que não dói nada. Temos que ajudar sempre quem precisa”, frisa.
Salve vidas
Além do Hemocentro, localizado na Rua 13 de Junho, nº 1055, bairro Centro Sul, Cuiabá, existem outros 17 pontos de coleta em todo o Estado. Eles estão localizados em Água Boa, Alta Floresta, Barra do Bugres, Barra do Garças, Cáceres, Colíder, Jaciara, Juara, Juína, Mirassol D’Oeste, Porto Alegre do Norte, Primavera do Leste, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Tangará da Serra, e, em Cuiabá, no Pronto-Socorro Municipal.
Procure o endereço mais próximo e ajuda a salvar vidas. Seja um doador!
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Ingressos para Exposição de Aeronaves em Santa Maria estão esgotados
Conforme a organização da Expoaer, ingressos foram limitados para garantir segurança do público
Camille Wegner
Os ingressos para a tradicional Exposição de Aeronaves de Santa Maria, Expoaer, já estão esgotados. Conforme nota enviada pela organização do evento, os ingressos foram limitados para permitir a tranquilidade, segurança e comodidade do público para assistir às apresentações aéreas.
A Expoaer será realizada no domingo, dia 8 de outubro, das 10h às 18h. O evento, que não ocorria há dois anos no município, tem como objetivo mostrar as atividades desenvolvidas pela guarnição de aeronáutica.
A exposição ocorrerá na Ala 4, antiga Base Aérea de Santa Maria, com exposições de aeronaves e de equipamentos militares, apresentações de aeromodelismo, demonstração de cães de guerra, praça de alimentação, entre outras atrações. Uma das atividades mais esperadas é a Esquadrilha da Fumaça, que não se apresenta na cidade desde 2012.
CHAPECÓ.SC.GOV
Esquadrilha da Fumaça fará apresentação em Chapecó
A emoção de homens e máquinas em manobras incríveis em show para toda família chapecoense. No dia 07 de outubro, sábado, às 16 horas no bairro Efapi, acontecerá o show de apresentação do Esquadrão de Demonstração Aérea – EDA - da Força Aérea Brasileira – mais conhecido por Esquadrilha da Fumaça na Servidão Anjos da Guarda, acesso principal do Campus da Unochapecó.
O show aéreo terá duração de cerca de 40 minutos, período em que os sete aviões modelo Super Tucano farão as mais loucas e eletrizantes acrobacias aéreas. As pessoas que estiverem nas proximidades da área do campus da universidade e do Parque de Exposições Tancredo Neves, onde estará ocorrendo a EFAPI 2017 poderão assistir ao show aéreo.
Além dos sete pilotos, uma equipe formada por 43 pessoas, entre mecânicos, pessoal de logística e equipe de divulgação dará suporte técnico e operacional ao show.
Esquadrilha da Fumaça
A Esquadrilha da Fumaça originou-se pela iniciativa de jovens instrutores de vôo da antiga Escola de Aeronáutica, sediada na cidade do Rio de Janeiro. Em suas horas de folga, os pilotos treinavam acrobacias em grupo com o intuito de incentivar os Cadetes a confiarem em suas aptidões e na segurança das aeronaves utilizadas na instrução, motivando-os para a pilotagem militar.
Com as aeronaves NA T-6 eram executadas manobras de precisão como "Loopings" e "Tounneaux" com duas aeronaves. Posteriormente, após os comentários em terra, onde discutiam todos os detalhes, os aviadores passaram a voar com três aeronaves e, finalmente, com quatro.
Em 14 de maio de 1952 foi realizada a primeira demonstração oficial do grupo. Após algumas apresentações, percebeu-se a necessidade de proporcionar ao público uma melhor visualização das manobras executadas. Com isso, em 1953, acrescentou-se aos NA T-6 um tanque de óleo exclusivo para a produção de fumaça. Foi assim que os Cadetes e o público, carinhosamente, batizaram a equipe de "Esquadrilha da Fumaça". A primeira escrita foi a sigla "FAB", nos céus da praia de Copacabana.
Em 1955, a Esquadrilha passou a ter cinco aviões de uso exclusivo, com distintivo e pintura próprios. Diante do elevado número de pedidos de demonstração, dava-se, então, o início da função de Comunicação Social da Esquadrilha, aumentando cada vez mais o número de cidades que passavam a conhecer a FAB por seu intermédio. Assim, a Esquadrilha da Fumaça foi aumentando o número de manobras e se popularizando cada vez mais no Brasil e no exterior, até que em 1963 foi transformada em "Unidade Oficial de Demonstrações Acrobáticas da Força Aérea Brasileira", única no mundo a se apresentar com aviões convencionais, até 1969.
Nesse ano a Fumaça recebeu sete jatos Super Fouga Magister que, por suas limitações técnicas, operaram até 1972. Como não haviam abandonado o velho T-6, continuaram as apresentações até que, em 1976, após 1.272 demonstrações, o então Ministério da Aeronáutica resolveu não utilizar mais a aeronave. A partir daquela data, a Fumaça cessou suas atividades por um breve período.
Renascimento
Alguns anos mais tarde, já na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), o seu Comandante incentivou a reativação da Fumaça. Após selecionar alguns instrutores, que passaram a treinar com os T-25 Universal que equipavam o Esquadrão de Instrução Aérea, colocou no ar o "Cometa Branco", o qual incorporou os procedimentos de segurança e a doutrina da antiga Fumaça.
Em 10 de julho de 1980 aconteceu a primeira demonstração daquele grupo de instrutores, durante a cerimônia de entrega de Espadins aos Cadetes que, naquele ano, haviam ingressado na AFA. Após 55 demonstrações, os "Tangões" passaram a incorporar a famosa Fumaça e, em 21 de outubro de 1982, era criado o Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA).
Em 8 de dezembro de 1983 foram adquiridos os EMB-312 Tucano da Embraer, aeronave utilizada até março de 2013. Com o tempo, as aeronaves e as acrobacias mudaram. Embora com uma estrutura bastante diferenciada do início, a essência da Esquadrilha mantém preservado o espírito de arrojo e determinação do grupo, procurando resguardar, hoje, os princípios que lhe deram sustentação ao longo da sua existência.
Seguindo sempre os últimos avanços em sistemas aviônicos, em março de 2013, a Esquadrilha da Fumaça iniciou o processo de implantação operacional e logística das aeronaves A-29 Super Tucano. As cores da Bandeira do Brasil continuam a compor a pintura do novo avião, que ganhou tonalidades mais fortes e marcantes: a própria Bandeira Nacional é destacada na cauda do A-29, ressaltando o alto grau tecnológico da indústria brasileira e o excelente profissionalismo dos pilotos da Força Aérea, além de evocar o sentimento patriótico do público.
Em julho de 2015 a Fumaça retomou sua agenda de demonstrações e realizou uma apresentação na Cerimônia Militar de Entrega de Espadins da Turma Jaguar na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga. O vôo histórico no “Ninho das Águias” foi mais uma confirmação da forte ligação existente entre a Fumaça e os Cadetes, uma vez que a instituição foi criada para incentivá-los a confiarem em suas aptidões. O momento marcou a retomada das demonstrações após a conclusão do programa de Implantação da aeronave A-29 Super Tucano no Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA).
Diante do reconhecimento nacional e internacional, concretizou-se como instrumento de difusão da política de Comunicação Social do Comando da Aeronáutica, atingindo um lugar de destaque nos principais meios de comunicação dos países por onde passa.
O IMPARCIAL.COM
Temer garante R$ 15 milhões para obras em São Luís
A verba é destinada às reformas de prédios do Centro da capital, referentes ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O presidente Michel Temer garantiu, na noite de terça-feira, dia 3, o descongestionamento de R$ 15 milhões para a continuidade das obras realizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em São Luís, durante reunião com a bancada maranhense no Congresso.
Entre as obras do PAC Cidades Históricas que devem ser atendidas, estão o Fórum Universitário, Jucema, Palácio das Lágrimas e Cristo Rei, Museu de Artes Visuais, Centro Artístico Operário, além dos Teatros Arthur Azevedo e João do Vale, e a Rua Grande.
Em setembro deste ano, os parlamentares maranhenses também dialogaram com o IPHAN para restabelecer as obras do PAC. Ao todo, o programa previa 44 obras em São Luís para serem concluídas até o final de 2016, mas somente 4 foram finalizadas. O orçamento inicial, aprovado em 2012, previa cerca de R$ 133 milhões para restaurar os prédios históricos da capital maranhense.
Estratégias de Temer
Estratégias de Temer
Ainda no início de outubro, a vez foi de Roseana Sarney visitar o presidente Michel Temer. Acompanhada dos ministros do governo Moreira Franco (Secretaria-Geral), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) a pmdbista discutiu o cenário político e a segunda denúncia contra Temer na Câmera dos Deputados, por obstrução da justiça e organização criminosa.
Os laços de Temer com o Maranhão continuam a ser estreitados em visita marcada para hoje, dia 5, na cidade de Alcântara. O presidente visita as instalações da base de Alcântara e do Programa Espacial Brasileiro para a busca de parcerias com o Governo dos Estados Unidos.
PORTAL SEGS (SP)
Estudantes do Interior paulista levam 20 aviões para Competição SAE BRASIL AeroDesign
Competição de engenharia reunirá mais de 1.100 universitários do Brasil (16 Estados e DF) e do Exterior (México e Venezuela), entre 26 e 29 de outubro, em São José Campos/ SPMaria do Socorro Diogo
Equacionar competitividade e confiabilidade é o desafio de aproximadamente 300 universitários do Interior paulista, que fazem os últimos ajustes em 20 aviões, projetados e construídos dentro de suas instituições de ensino. Os estudantes de engenharia irão participar da 19ª Competição SAE BRASIL AeroDesign, que será realizada de 26 a 29 de outubro, no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, SP.
As 20 equipes do Interior Paulista integram as 94 equipes inscritas nesta edição, sendo 89 brasileiras e cinco estrangeiras. No total, mais de 1,3 mil participantes – entre estudantes, professores orientadores e pilotos – representarão 76 instituições de ensino superior do Brasil (16 Estados e Distrito Federal) e do Exterior (México e Venezuela).
Salto – Com uma formação completamente nova, a equipe Tapera Baby, do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), inovou ao utilizar uma garrafa PET de dois litros para construir o compartimento de carga da pequena aeronave, capaz de transportar 1,1 kg de areia ou cimento e atingir a velocidade de 12 m/s. “Optamos pela garrafa em razão do formato, que propicia excelente aerodinâmica para o protótipo e uma grande facilidade construtiva. Outra vantagem é a facilidade para extração de carga via paraquedas”, aponta Natasha Vitória Brandão, 18, estudante do segundo semestre de Tecnologia em Gestão da Produção Industrial e capitã da equipe. Inscrito na Classe Micro, o avião possui asa retangular bipartida, empenagem também retangular e motor elétrico.
Bauru – Eficiência estrutural foi a prioridade da equipe Canarinho Micro, composta por sete estudantes da Universidade Estadual Paulista (UNESP), para o desenvolvimento da micro aeronave, que possui asa alta com diedro positivo, empenagem em H, trem de pouso convencional e motor elétrico com hélice de duas pás. “Buscou-se uma aeronave extremamente leve, capaz de levar grande quantidade de carga”, conta Felipe Reyes Barbosa, 20, aluno do terceiro ano de Engenharia Mecânica e capitão da equipe, que empregou materiais como madeira balsa, madeira compensada e fibra de carbono. O projeto que tem capacidade para alcançar velocidade de 20 m/s e transportar 4,5 kg de areia de fundição.
Do Interior paulista ainda participarão as equipes Leviatã e Montenegro, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA); Iuna AeroDesign, do Centro Universitário Hermínio Ometto (UNIARARAS); AeroUnisal, do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL); AeroEEL, da Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo (EEL USP); EESC-USP Alpha, EESC-USP Bravo e EESC-USP Charlie, da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC USP); ETEP Flying Regular, da ETEP Faculdades; Falcons AeroDesign, da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (FACENS); Megazord Aerodesign, da Faculdade de Tecnologia (FATEC) em São José dos Campos; AeroTau, da Universidade de Taubaté (UNITAU); Canarinho Advanced, da UNESP em Bauru; Aerofeg, da UNESP em Guaratinguetá; Zebra, da UNESP em Ilha Solteira; Urubus AeroDesign e Urubus Micro, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); e UFSCar Dragão Branco, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).
Ao todo a competição terá 25 equipes de São Paulo, 15 de Minas Gerais e oito do Rio Grande do Sul. Rio de Janeiro e Santa Catarina serão representados por seis equipes cada. Paraná e Rio Grande do Norte contam com cinco equipes. Bahia e Distrito Federal aparecem com três cada. Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco e Piauí possuem duas equipes cada uma. Amazonas, Ceará e Espírito Santo têm uma equipe cada. Do Exterior, três equipes são da Venezuela e duas do México.
Aeronaves – Com mudanças no Regulamento da Competição, as 94 equipes enfrentarão novos desafios, conforme as categorias Micro, Regular e Advanced.
Na Classe Micro concorrem 25 equipes. Nesta categoria, as aeronaves poderão transportar como carga útil materiais de quaisquer tipo e dimensões – exceto chumbo. A novidade é a possibilidade de lançar a carga durante os voos com o uso de paraquedas para aumentar a pontuação da equipe, em adição ao simples alijamento da carga como em 2016. Na categoria não há restrição de geometria ou número de motores – todos elétricos –, porém as equipes deverão ser capazes de desmontar o avião depois dos voos e transportar a aeronave desmontada em caixa de volume de 0,1 m³.
Na Classe Regular, que tem 61 equipes inscritas, os aviões deverão ter dimensões compatíveis com o espaço definido por um cone. Para 2017, o cone tem diâmetro de 2,9 metros e altura de 75 centímetros. Além disso, as aeronaves estão liberadas para transportar como carga útil materiais de quaisquer tipo e dimensões – exceto chumbo. A categoria segue restrita a avião monomotor.
Na Classe Advanced, com oito equipes, os aviões seguem com o desafio de avançar na eletrônica embarcada. Além do tempo de voo, os sistemas a bordo deverão computar a velocidade, que será usada na soma da pontuação de voo. Quando carregadas, as aeronaves não deverão exceder 30 kg. Permanece opcional a escolha do tipo de propulsão (combustão ou elétrica). A única restrição relativa à motorização é a somatória de área total das hélices multiplicada pelo número de pás, que não poderá ultrapassar 0,206 m². A exemplo da Classe Regular, as aeronaves poderão transportar como carga útil materiais de quaisquer tipo e dimensões, exceto chumbo.
Provas – Na Competição SAE BRASIL AeroDesign, as avaliações são realizadas em duas etapas: Competição de Projeto e Competição de Voo, conforme regulamento. Na Competição de Projeto, as equipes realizam apresentações orais dos projetos para a Comissão Técnica da Competição, formada por engenheiros da indústria aeronáutica. Na Competição de Voo, os aviões passam por baterias de voos e devem ser capazes de decolar e transportar cargas sempre crescentes, até as condições limite do projeto. Ao final do evento, duas equipes da Classe Regular, uma da Advanced e uma da Classe Micro, que obtiverem as melhores as pontuações, ganharão o direito de representar o Brasil na SAE Aerodesign East Competition, em 2018, nos EUA, onde equipes brasileiras já acumulam histórico expressivo de participações: oito primeiros lugares na Classe Regular, quatro na Classe Advanced e um na Classe Micro. A SAE Aerodesign East Competition é realizada pela SAE International, da qual a SAE BRASIL é afiliada.
Organizado pela Seção Regional São José dos Campos, da SAE BRASIL, o Projeto AeroDesign é programa de fins educacionais que tem como objetivo propiciar a difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimentos de engenharia aeronáutica entre estudantes e futuros profissionais da engenharia da mobilidade, por meio de aplicações práticas e competição entre equipes, formadas por estudantes de graduação e pós-graduação de Engenharia, Física e Tecnologia relacionada à mobilidade. A Competição é realizada anualmente desde 1999.
“Os programas estudantis da SAE BRASIL motivam os jovens à carreira de engenharia e lançam desafios encontrados na prática profissional que levam muito além do conhecimento acadêmico adquirido na sala de aula”, analisa Mauro Correia, presidente da SAE BRASIL.
Reconhecida pelo Ministério da Educação, a competição é patrocinada pelas empresas Grupo Airbus, Altair, Embraer, GE, Honeywell, Parker, Rolls-Royce e United Technologies. Também conta com o apoio das instituições ADC Embraer, DCTA, ITA, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Prefeitura de São José dos Campos e São José dos Campos Convention & Visitors Bureau. Tem parcerias com Emercor Pronto Vida, Hotel Nacional Inn e Novotel.
19ª Competição SAE BRASIL AeroDesign
Dia 26 – das 8h30 às 17h – solenidade de abertura, showroom dos projetos e apresentações orais das equipes no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) – Prédio de Eletrônica e Computação.
Dias 27, 28 e 29 – das 7h30 às 18h – Competição de voo no Aeroporto do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) – aberta ao público. Entrada pela avenida Faria Lima, ao lado do MAB, em São José dos Campos/ SP.
Dias 27, 28 e 29 – das 7h30 às 18h – Competição de voo no Aeroporto do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) – aberta ao público. Entrada pela avenida Faria Lima, ao lado do MAB, em São José dos Campos/ SP.
AEROFLAP.COM.BR
ITA realiza concurso para contratação de 60 professores
O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), unidade da Força Aérea Brasileira (FAB) localizada em São José dos Campos (SP), está com inscrições abertas para o Concurso Público de Provas e Títulos que vai selecionar profissionais para o cargo efetivo de Professor em diversas áreas. As inscrições podem ser realizadas até o dia 31 deste mês. Ao total, são 60 vagas.
O concurso será realizado em três etapas: prova escrita associada à formação geral e específica; prova de títulos e uma prova didática, que consistirá em uma aula teórica ministrada em nível de graduação.
A remuneração inicial será de acordo com a Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais, Carreira de Magistério Superior, Dedicação Exclusiva, para o cargo de Professor Adjunto A, composta pelo Vencimento Básico de R$ 4.455,22 e da Retribuição por Titulação de R$ 5.130,45 (título de doutor), e para o cargo de Professor Assistente A, composta pelo Vencimento Básico de R$ 4.455,22 e da Retribuição por Titulação de R$ 2.172,21 (título de mestre). Os valores estão em conformidade com as tabelas constantes na Lei nº 13.325, de 29 de julho de 2016, além das previstas na legislação.
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Fapes, Ufes e Vale assinam acordo para implantação do Centro de Estudos Climáticos no ES
Wanderson AmorimPara potencializar pesquisas, promover o desenvolvimento científico e tecnológico, e visando o fortalecimento da inovação no Espírito Santo, o Governo do Estado – por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) –, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e a Vale assinaram, nesta quinta-feira (05), um Protocolo de Intenções.
O acordo trata da implantação do Centro de Estudos Climáticos Avançados do Espírito Santo, que ficará localizado nas dependências da Ufes. O Centro vai realizar pesquisas que unem o clima às diversas áreas de estudos, como agricultura, logística, saúde entre outros.
Em discurso, o governador Paulo Hartung foi cético e disse aguardar a criação imediata do Centro de Estudos Climáticos. “Este será um momento histórico se transformarmos esse papel em realidade. Quero conclamar para assinarmos um papel em definitivo nos próximos 30 dias. Aqui é uma intenção, mas devemos sair do gesto para o concreto e rapidamente. É um tema que desafia o planeta. Podemos trabalhar unindo a Universidade, Governo do Estado e a Vale. Estou feliz, mas quero ver funcionar e viabilizarmos o Centro de Estudos”, ponderou o governador.
O diretor-presidente da Fapes, José Antônio Bof Buffon, acrescentou que a climatologia é uma das áreas mais proeminentes da fronteira científica na atualidade. “Estamos vivendo um processo preocupante de mudança climática, que impactará todas as dimensões da sociedade. No caso do Espírito Santo, em particular, as consequências das mudanças climáticas na agricultura e no gerenciamento costeiro são mais do que evidentes”, destacou.
Para o reitor da Ufes, Reinaldo Centoducatte, a parceria entre as instituições potencializa novas ações objetivando o desenvolvimento científico e tecnológico do Espírito Santo. “O protocolo de intenções articulado pelo Governo do Estado é um passo inicial muito importante. Este movimento, certamente, impulsionará a pesquisa numa área fundamental, que são os estudos climatológicos. Receber o Centro de Estudos Climáticos na Ufes, nos possibilita promover a integração multidisciplinar de diferentes áreas de pesquisa em torno da temática do clima”, destacou.
Acordo
No Protocolo de Intenções assinado entre a Fapes, a Vale e a Ufes, cada instituição parceira se responsabiliza em contribuir com determinado recurso. Para o Centro de Estudos, a Fapes vai lançar edital contemplando a concessão de três bolsas de mestrado, duas de doutorado e uma de pós doutorado. A Ufes vai disponibilizar um espaço no Campus de Vitória para a implantação do Centro de Estudos Climáticos Avançados. A ideia é que as atividades na instituição iniciem no primeiro semestre do ano que vem.
O gerente-executivo de Tecnologia e Inovação da Vale, Luiz Mello, destaca a importância dessa parceria público-privada voltada para estudos climáticos. “Queremos contribuir para a consolidação das instituições científicas, para avançar e divulgar conhecimento e buscar ações de mitigação que possam diminuir os efeitos dos eventos climáticos”, destaca Mello.
Já a Vale aportará recursos à Fapes para viabilizar a participação do pesquisador Carlos Nobre, engenheiro eletrônico pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), PhD pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), e referência internacional em climatologia, que atuará como coordenador da implantação do centro.
DIÁRIO DO COMÉRCIO (MG)
Aeroportos: união planeja parceria com setor privado
Brasília - O governo estuda uma forma de dar sustentabilidade à Infraero após as novas concessões de aeroportos. “Estamos vendo se conseguimos construir alguma parceira entre o setor privado e a Infraero para gerar valor para a Infraero”, disse ontem o secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério do Planejamento, Fernando Antônio Ribeiro Soares. Essa solução, ainda em elaboração, poderia passar pela abertura de capital da estatal ou por uma fusão e aquisição (M&A, na sigla em inglês).
Os estudos, que ainda estão no nível técnico, buscam encontrar uma fórmula para a Infraero seguir em operação com os aeroportos que restarão em sua carteira. Entre eles, há ativos importantes como os aeroportos de Manaus e Curitiba, e o Santos Dumont (RJ).
Uma alternativa, admitiu o secretário, é colocar em operação uma proposta elaborada pela própria estatal que circulou internamente no governo: a vinda de um sócio privado para a Infraero. É um modelo utilizado na França, por exemplo. “Mas ainda precisamos calibrar essa proposta”, ressalvou o secretário.
Para Soares, a situação da Infraero após as concessões é grave. Provavelmente, admitiu, só não é pior do que a dos Correios
Entre as medidas que o governo já vem adotando para melhorar a situação da empresa estão, por exemplo, a destinação de parte dos recursos arrecadados com os leilões de concessão dos aeroportos para o caixa da estatal. Com isso, ela consegue impulsionar seu programa de redução de pessoal, que é permanente. Hoje, a Infraero tem 10.880 empregados, ante mais de 14 mil em 2015.
O governo trabalha também numa medida legal para tirar da Infraero uma operação deficitária, que é o controle de voo. Essa atividade será transferida para outra empresa, na qual será também incorporado o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), uma estrutura da Aeronáutica.
Fundos de pensão - As empresas estatais deverão apertar seus controles sobre os fundos de pensão que patrocinam, disse Soares. “Nós não atuamos diretamente no fundo, mas naquilo que é proposta dos fundos em relação às estatais”, explicou, ao comentar a intervenção decretada ontem no Postalis, o fundo de pensão dos Correios. “Nós analisamos os planos de investimento, até porque vai ter conta para nós”, comentou, referindo-se a eventuais prejuízos do fundo.
O secretário informou que uma resolução editada no atual governo determina um acompanhamento específico dos fundos de pensão e prevê responsabilização dos gestores das estatais. “Estamos orientando as empresas a fazer maior acompanhamento de suas entidades patrocinadoras dos fundos de pensão”, disse. Cabe ao governo analisar “com lupa” se o planejamento de aportes faz sentido e se o estatuto do fundo está adequado. Dessa forma, será feito um trabalho preventivo para evitar a repetição de casos como o do Postalis.
PLANALTO.GOV
Acompanhado de ministros, Temer visita Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão
Presidente da República conhece o centro de comando e controle da unidade, assim como as centrais para o programa espacial brasileiro
Acompanhado de ministros, o presidente da república, Michel Temer, visitou, nessa quinta-feira (5), o Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão. Durante a agenda, Temer conheceu o centro de comando e controle da unidade, essenciais para a operação do Programa Espacial Brasileiro.
Fizeram parte da delegação que acompanhou o presidente os ministros da Defesa, Raul Jungmann; do Planejamento, Gestão e Desenvolvimento, Dyogo Oliveira; das Relações Exteriores, Aloysio Nunes; do Meio Ambiente, Sarney Filho; da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy; do Gabinete de Segurança Institcional, Sérgio Etchegoyen; e a advogada-geral da União, Grace Mendonça.
Além disso, o presidente ainda passou pela torre móvel de integração de onde são lançados os foguetes brasileiros. O próximo a ser enviado ao espaço é o veículo lançador de microssatélites, em 2019.
O Centro de Lançamento de Alcântara é considerado um dos mais bem localizados do mundo para o lançamento de foguetes e satélites, devido a sua posição geográfica, próximo à Linha do Equador. Em 34 anos de operação, o CLA já realizou o lançamento de mais de 470 foguetes nacionais e internacionais.
Fonte: Planalto
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