NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 12/09/2017 / Negociações da Embraer com Portugal para avião militar devem avançar até final do ano
Negociações da Embraer com Portugal para avião militar devem avançar até final do ano ...
O presidente executivo da Embraer espera que as negociações sobre a venda do avião de transporte militar KC-390 para Portugal avancem até ao final de 2017 ...
O presidente executivo da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, disse esta segunda-feira em Singapura, citado pela Bloomberg, que espera que as negociações sobre a venda do avião de transporte militar KC-390 para Portugal avancem até ao final do ano.
Recorde-se que até 27 de Outubro o Governo português espera ter em mãos os números indicativos para o preço a pagar pelos novos aviões KC-390, bem como as possíveis soluções de financiamento da aquisição, que poderão passar pelo recurso a fundos comunitários.
Foi o que determinou a resolução do Conselho de Ministros, aprovada a 8 de Junho e publicada a 27 de Julho em Diário da República e que estabelece que os aparelhos deverão estar operacionais até ao final de 2021.
Paulo Cesar de Souza e Silva também falou, hoje, sobre a hipótese de a fabricante de aviões abrir uma unidade para produzir jactos comerciais na China daqui a dois anos. "A empresa vai esperar a primeira entrega do novo jacto E195-E2, prevista para 2019, para depois avaliar uma fábrica na China", disse.
Uma fábrica de aeronaves seria justificada pela grande procura por parte daquele país asiático nas próximas décadas.
O responsável da fabricante de aviões brasileira também explicou que existe potencial para produzir cerca de mil aviões regionais, da dimensão dos que a empresa já produz, nos próximos 20 anos na China.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Família brasileira é resgatada no Caribe após furacão: "pior que esperava"
Lucas Borges Teixeira
Uma família brasileira conseguiu sair a salvo de São Martinho, no Caribe, depois da passagem do furacão Irma pela ilha na última quarta-feira (6). De acordo com parentes, eles foram resgatados por um avião francês após a ilha ficar destruída com as tormentas.
Mariana Fischer, Rafael Forno passavam férias com a filha Giovana em São Martinho quando a ilha foi atingida pelo furacão. O irmão da médica, Maurício Fischer, conseguiu falar com ela pouco antes da chegada do fenômeno.
"O hotel fez uma reunião com os hóspedes para alertá-los e ela me avisou no WhatsApp trinta minutos antes de o furacão passar", conta o empresário ao UOL. "Disse que não queria assustar a família e que o hotel estava preparado."
A família de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, no entanto, ficou toda a quinta-feira (7) sem ter notícias da filha. Só na sexta-feira (8), Mariana, grávida de quatro meses, conseguiu enviar um áudio pelo aplicativo de conversa, mas mostrava preocupação.
"Ela disse que o furacão foi muito pior que esperavam. O quarto dela estava em pé, mas o hotel estava quase todo destruído", conta o irmão. "Ela falou que a ilha estava sem nada. Faltava água, luz, comida... Estava todo mundo querendo ir embora."
Do Brasil, os Fischer entraram em contato com o Itamaraty e órgãos internacionais que pudessem ajudar. Sem conseguir falar com Mariana no sábado (9), ficou combinado que a Força Aérea nacional (FAB) disponibilizaria um avião na próxima terça-feira (12) para resgatar 32 brasileiros em São Martinho. Eles deveriam pegar este avião.
Na madrugada desta segunda-feira (11), Mariana entrou em contato com a família no Brasil e contou que ela, o marido e a filha tinham conseguido embarcar em um avião da Força Aérea Francesa e estavam a salvo na ilha de Martinica, território francês, ao sul de São Martinho.
"Eles conseguiram embarcar porque temos cidadania italiana", explica Maurício. "Eles devem descansar hoje e tentar voltar amanhã. Ainda não sabemos como será, mas já está tudo mais tranquilo."
Por meio de nota, o Itamaraty informou ao UOL que "vem monitorando diretamente a situação dos nacionais brasileiros afetados", mas que não pode informar a situação deles. De acordo com o jornal "Folha de S. Paulo", há 65 cidadãos brasileiros no Caribe, sem confirmação de mortes.
Furacão Irma
Durante a passagem pelo Caribe na última semana, o furacão Irma deixou ao menos 27 mortos. O fenômeno atingiu o estado norte-americano da Flórida no último domingo (10), já com força reduzida de 3 para 2. Dois policiais morreram em serviço.
Desde 2010, 83 pessoas morreram em 174 acidentes de ultraleves no país
Nos voos nesse tipo de aeronave, o piloto e o tripulante assumem o risco pela menor garantia de segurança
Luís Cláudio Cicci - Especial Para O Correio
O prazer de voar num ultraleve tem custo para piloto e eventual tripulante que vai além dos gastos com equipamentos, combustível e horas de voo. E a possibilidade de um passeio aéreo acabar em morte é maior, se comparada às ocorrências com aviões que passaram por testes, simulações e certificação.
Os registros do Ministério da Aeronáutica, por meio do Painel Sipaer, mostram que, desde 2010, houve 174 acidentes com ultraleves, dos quais 73 foram fatais, com 83 mortes. Isso significa que, para cada 40 ocorrências com essas aeronaves, cujo peso limite para decolagem é 750 quilos, 19 pessoas perdem a vida. A letalidade no caso dos aviões que têm estrutura mais robusta é de 18,39 óbitos a cada 40 acidentes — mas é preciso considerar que o número máximo de viajantes num ultraleve não pode passar de duas pessoas, quando aviões podem carregar mais de 300 passageiros.
Em agosto, dois acidentes com ultraleves foram fatais para duas pessoas, um piloto e um tripulante. No primeiro, o ex-senador boliviano Roger Pinto Molina, de 57 anos, sofreu ferimentos na cabeça e no peito que, depois de quatro dias em hospital de Brasília, resultaram na sua morte. O parlamentar do país vizinho vivia como asilado no Brasil desde 2013 e, numa tarde de sábado, em seguida à decolagem, enfrentou, no aeroporto de Luziânia, suposta falha de motor do seu Excel Cargo. O único ocupante da aeronave perdeu o controle da aeronave fabricada em 2010 e bateu de frente em uma pequena elevação à beira da pista.
No outro caso, um advogado de 63 anos perdeu a vida depois que um ultraleve caiu na zona rural de Palmas. A queda foi a aproximadamente 100 metros de distância da pista de decolagem. O piloto conseguiu escapar com vida, mas o passageiro José Simone Nastari morreu carbonizado, porque não conseguiu se desprender da estrutura incendiada da aeronave. Esse acidente é o 240º com registro no sistema de controle do Ministério da Aeronáutica, que divulga acidentes ocorridos desde 2006 — contudo, a divulgação do número de mortes só considera ocorrências a partir de 2010.
O voo numa aeronave experimental, sem certificação, significa que piloto e, se houver, o tripulante assumem o risco pela menor garantia de segurança. E a diferença vai além da óbvia estrutura simplificada em comparação com um avião mais bem equipado, um monomotor, por exemplo, que tem certificação. “É algo que serve para diversão, para lazer, no máximo, isso porque não tem tanto rigor na fabricação, na manutenção e na operação”, explica um engenheiro civil e piloto amador, com mais de 1,5 mil horas de voo, que pede o anonimato.
Custos
A Associação Brasileira de Pilotos de Aeronaves Leves (Abul) detalha os custos para aprender a voar. Para se tornar sócio da Abul, é preciso pagar taxa anual de R$ 457. O treinamento, custa, em média, de R$ 8 mil a R$ 9 mil. Por fim, o candidato a piloto precisa ser aprovado em provas teóricas e passar por um teste prático — o prazo e o total de horas de treinamento variam conforme as pessoas. “Se considerarmos o prazer embutido, custa muito pouco”, informa uma das páginas que a Abul mantém na internet.
Na Associação de Pilotos de Ultraleve de Brasília (Apub), a certificação para piloto recreativo pode demandar de R$ 15 mil a R$ 25 mil. “A parte prática consiste em dezenas de horas de treinamento ao lado de um instrutor certificado, até que o piloto atinja a proficiência para decolar sozinho”, informou, por escrito, o presidente da Apub, Flávio Macedo. “Há um mínimo de horas exigido para cada tipo de certificação, mas, a partir daí, depende da curva de aprendizado de cada um.” O candidato deve ainda se submeter ao que seria rigorosa bateria de exames médicos e psicológicos.
A Anac informa que não há intenção ou previsão de mudanças nas normas que regulam o voo de ultraleves no Brasil. “É uma legislação adequada, para um veículo esportivo, não é preciso criar mais regras”, avalia o professor aposentado da Universidade de Brasília (UnB), Adyr Silva, que é presidente da organização não governamental Instituto de Transporte Aéreo do Brasil e coordenou o Programa de Gestão da Aviação Civil da UnB. “O governo deve parar de se preocupar com bagagens e esse tipo de coisa, se não, daqui a pouco, vão querer controlar até quem solta pipa.”
A opinião de que a atuação do poder público em relação ao voo de ultraleves é suficiente tem o apoio do presidente da Apub. “No Brasil as regras em geral são mais restritivas que nos Estados Unidos”, comenta Flávio Macedo. “No caso específico, as restrições são ainda maiores: aqui, por exemplo, os ultraleves são proibidos de voar entre o pôr e o nascer do sol e também não podem voar por instrumentos, o que faz necessárias sempre condições de clima favoráveis ao voo visual para sua operação”, diz.
O Caribe conta os danos
Cuba começa o difícil trabalho de contabilizar os vastos danos causados pela passagem do furacão Irma, no fim de semana, e a organizar o atendimento aos desabrigados e a reabilitação da infraestrutura. O governo da ilha confirmou a morte de 10 pessoas, saldo que faz de Irma a tempestade mais letal a atingir o país desde Dennis, em 2005. Outras ilhas caribenhas devastadas pelo furacão começam a receber ajuda da Europa e dos EUA — em especial, o território franco-holandês de Saint-Martin, onde a maior parte dos 80 mil habitantes ficou sem teto. O governo brasileiro confirmou o envio de um avião da FAB para buscar 35 cidadãos que se encontram em St. Martin.
Havana, a capital cubana, amanheceu ontem com funcionários da companhia de eletricidade e brigadas de voluntários retirando das ruas postes e fios arrancados pelos ventos de mais de 200km/h e pelas chuvas torrenciais. “Isso foi catastrófico. Muitos edifícios aqui não estão preparados para um dilúvio como esse”, disse Yanmara Suárez, trabalhadora autônoma de 36 anos que vive em Centro Habana — área próxima ao Malecón, a avenida beira-mar, fortemente inundada pelo mar no domingo. A cidade registrou também interrupções no fornecimento de água e na telefonia. As escolas suspenderam as aulas.
Em Caibarién, cidade costeira da região central da ilha e uma das mais castigadas, a população se prepara para um retorno difícil e prolongado à normalidade. “Se (a tempestade) durasse um dia mais, não restaria nada aqui”, relatou à agência de notícias France-Presse Angel Cordero, agricultor de 69 anos que teve a casa inundada e perdeu os cultivos de frutas.
Em uma mensagem pela tevê, o presidente Raúl Castro reconheceu que os dias “foram duros” para o povo cubano. Irma “causou severos danos ao país, os quais, justamente por sua envergadura, ainda não pudemos quantificar. Uma observação preliminar evidencia danos a moradias, ao sistema eletroenergético e à agricultura.” Um balanço preliminar da Defesa Civil indica que a maioria das 15 províncias sofreu “graves danos” no setor agrícola. Outro foco de preocupação é com os balneários e ilhotas do litoral norte, um dos destinos preferidos dos visitantes estrangeiros. O turismo gera anualmente para Cuba uma receita da ordem de US$ 3 bilhões.
Ajuda externa
França, Holanda, Reino Unido e EUA ampliaram os esforços de socorro aos territórios caribenhos castigados pela passagem de Irma. O governo de Paris confirmou 10 mortes em Saint Barts e no lado francês de St. Martin e anunciou para hoje a partida de um navio militar da base de Toulon. Além de poder servir como hospital flutuante, a embarcação levará quatro helicópteros, equipamento de engenharia, material médico e mil toneladas de suprimentos. A França mobilizou 1.500 pessoas na operação de apoio e destinará 1 milhão de litros de água para St. Martin, onde as três estações de tratamento ficarão meses em reparos.
O presidente Emmanuel Macron anunciou viagem para a ilha, onde o rei da Holanda, Willem-Alexander, era esperado na parte holandesa da ilha, que registrou quatro mortes. Criticado pela demora em reagir, o governo de Haia enviou um avião com 60 toneladas de mantimentos, remédios e equipamento para assistência. O Reino Unido, cuja premiê, Theresa May, também foi criticada, prometeu ajuda de 32 milhões de libras esterlinas (US$ 42 milhões) e enviou 10 voos com donativos para os territórios das Ilhas Virgens Britânicas e de Anguilla, onde a tempestade deixou seis mortos.
Resgate de brasileiros
Um avião VC-2 da Força Aérea Brasileira (FAB) deve resgatar hoje 32 brasileiros que estavam na ilha franco-holandesa de Saint Martin, uma das mais atingidas na passagem do furacão Irma pelo Caribe. A operação é coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) e depende de condições meteorológicas favoráveis para o pouso da aeronave. O governo brasileiro negocia também com o governo britânico a organização de voos para as ilhas Tortolas e Turcs e Caicos, onde mais 33 brasileiros aguardam transporte para retornar ao país. O MRE montou um núcleo de atendimento de emergência em Brasília e uma rede de comunicação em tempo real nos postos consulares no Caribe, para viabilizar a troca de informações.
México registra mais vítimas do terremoto
Aumentou ontem para 96 o número de mortos no violento terremoto que sacudiu na quinta-feira o sul do México, em especial o estado de Oaxaca. Com magnitude 8,2 na escala Richter, o tremor foi considerado o mais forte a atingir o país no intervalo de um século. O porta-voz Eduardo Sánchez confirmou uma visita do presidente Enrique Peña Nieto às regiões afetadas para supervisionar a entrega de ajuda à população.
O governo federal afirmou que as tarefas de emergência prosseguem, com a distribuição de dezenas de milhares de pacotes de alimentos, mantimentos, leite, cobertores e outros itens em Oaxaca e no vizinho estado de Chiapa. Muitos moradores, no entanto, que viram suas casas reduzidas a escombros ou prestes a desabar, reclamam da lentidão no socorro.
“Continuamos sem água e sem luz, dormimos com as crianças do lado de fora, ninguém veio nos ajudar”, protestou María de los Ángeles Orozco, mãe de uma das muitas famílias que perderam sua casa e que agora vivem nas ruas de Juchitán (Oaxaca). A cidade, com 100 mil habitantes, foi a mais destruída pela tragédia e registrou dezenas de mortos.
A família de Juana Luis improvisou abrigo sob uma grande árvore depois que a casa desabou, aproveitando uma mesa, cadeiras e outros objetos que foram possível recuperar. Mas ela e as crianças sofrem com a especulação, em particular nos preços dos alimentos. “Antes, comprávamos um frango por 70 pesos (US$ 4). Agora, vendem por 300”, denuncia Juana. “Por mais que eu queira comprar, quando meus filhos pedem, não posso.”
Exército coordena Operação Duplo Cerco em unidades prisionais de RO
Operação de Garantia da Lei e da Ordem acontece nas unidades prisionais Pandinha e Ênio Pinheiro. Diversas instituições e órgãos de segurança pública estão envolvidos na ação.
Por G1 Ro
A 17ª Brigada de Infantaria de Selva iniciou na madrugada desta segunda-feira (11) a Operação Duplo Cerco II nas unidades prisionais Pandinha e Penitenciária Estadual Ênio Pinheiro em Porto Velho. A ação é para detectar armas, aparelhos de celular, drogas e outros materiais que são ilícitos ou proibidos nas unidades.
A operação é o resultado da autorização que outorga a permissão às Forças Armadas de entrada nos presídios, de forma que atenda a solicitação do Governo Estadual, para a garantia da "Lei e da Ordem".
Na ação estão envolvidas diversas instituições e órgãos de segurança pública, a 17ª Brigada de Infantaria de Selva, Marinha do Brasil, Força Aérea Brasileira, o Ministério Público Militar, Polícia Militar do Estado de Rondônia, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Rondônia e Secretaria de Justiça do Estado de Rondônia.
Registros de balões em rota de avião cresce e caminha para novo recorde
Incidência nos maiores aeroportos do País preocupa pilotos e autoridades
Fernando Mellis, Do R7
Balões de dezenas de quilos, com fogo e botijões de gás, passam diariamente a poucos metros de aviões nos aeroportos mais movimentados do Brasil.
Esse tipo de ameaça, uma exclusividade brasileira, espalha-se e preocupa cada vez mais pilotos, controladores de voo e autoridades.
Os números justificam a preocupação de quem trabalha na aviação e até mesmo de passageiros.
Entre janeiro e agosto, já são 498 registros de balões em rotas de aeronaves em todo o País, ou duas notificações por dia. Em relação ao mesmo período de 2016, a alta é de 31% (veja evolução no quadro abaixo).
É o maior número de registros para o período janeiro-agosto desde que o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) começou a contabilizar esses episódios, em 2012.
Ao final de agosto, o número de reportes de balões próximos a aeroportos já se aproximava do total em todo o ano passado, que foi de 511.
O coronel-aviador Antônio Heleno da Silva Filho, especialista em risco baloeiro no Cenipa, afirma que as campanhas desenvolvidas pelo órgão e pela SAC (Secretaria Nacional de Aviação Civil) fizeram com que aumentassem as notificações.
— É possível que os números até estejam estáveis e as visualizações estão sendo mais reportadas em função desse esforço para que a gente tenha estatísticas melhores para poder atuar onde seja necessário. É um problema muito antigo, de quase 20 anos.
Já o piloto comercial e diretor de segurança de voo do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) Mateus Ghisleni diz que o número de notificações é “infinitamente menor” à quantidade de balões nos ares.
— Às vezes, [o piloto] relata via rádio ao controlador, mas quando pousa não faz o relatório oficial à companhia aérea ou ao Cenipa. Então, a subnotificação ainda é muito grande.
O coronel do Cenipa e o piloto concordam ao dizer que o Brasil é o único país onde a aviação tem esse componente de risco. Na Ásia, existe uma tradição de lamparinas, mas que é controlada para não expor perigo às aeronaves.
O aeroporto mais movimentado do País, Guarulhos, é também onde os pilotos mais enfrentam esse tipo de problema.
Neste ano, os casos já somam 98. Dois em cada dez balões notificados em 2017 estavam próximos ao aeroporto de Guarulhos.
No último sábado (26), um balão caiu no pátio onde as aeronaves estavam estacionadas no aeroporto.
No começo do ano, um controlador de voo de Guarulhos expõs a situação ao Cenipa: “A partir de um dado momento, verificamos que as aeronaves não tinham condições de serem vetoradas. Quando o controle solicitava algum vetor ou descida, as mesmas informavam não terem condições de fazê-lo, pois a quantidade de balões era enorme”.
Em 23 de agosto, um Airbus A380, maior avião de passageiros do mundo, chegava de Dubai e estava em aproximação final para pouso em Guarulhos quando o piloto reportou um balão a apenas 150 m abaixo da aeronave.
"Impacto pode ser catastrófico"
O coronel-aviador do Cenipa alerta para o risco que os balões oferecem.
— A gente tem registros de balões de 40 m, 50 m, que carregam centenas de quilos de fogos. O impacto de uma coisa dessas contra um avião pode ser catastrófico. Existe essa possibilidade concreta de uma tragédia de grandes proporções, com perdas de muitas vidas. Uma massa de 15 kg, por exemplo, colidindo com um avião a 300 km/h gera um impacto de 3,5 toneladas.
Ghisleni, do SNA, explica que não há ferramentas para identificar a localização dos balões.
— Na aeronave, nós não temos nenhum sistema que possa detectá-los que não seja a visão do piloto. Os radares de tráfego aéreo também não captam. Não existe hoje um mecanismo eficaz de saber onde os balões estejam senão a visão. [...] No dia a dia, quando você avista o balão, tem vezes que está tão perto que não dá tempo de desviar. Só não colide por sorte. Eu diria que é uma questão de sorte e de tempo para acontecer outra colisão.
Entre 2012 e 2015, foram seis registros de colisões de aeronaves e balões. Desde então, nenhum novo episódio ocorreu.
Grandes altitudes
O perigo vai além das proximidades de aeroportos. Há relatos de balões em grandes altitudes, por volta de 11.000 m, como o feito por um piloto da Latam de um voo de São Paulo para Porto Seguro (BA), no fim de julho.
“Sugiro mais cobranças e sanções a essas pessoas que nesses passos estarão causando um grande acidente em breve”, escreveu.
O comandante Marcelo Diulgheroglo, gerente-sênior de Segurança Operacional da Latam Brasil, explica os transtornos que balões em aeroportos movimentados podem ocasionar.
— A presença de balões em áreas próximas a aeroportos pode provocar fechamento de pista, cancelamento, necessidade de interrupção de decolagens, além de atrasos de voos, fatos que atrapalham o dia a dia de muitos passageiros.
Em São Paulo, Estado que responde por mais da metade das ocorrências, a Polícia Militar informou que realiza operações constantes nos eixos dos aeroportos de Campinas, Guarulhos e Congonhas.
De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, entre janeiro e o dia 15 de agosto, 78 pessoas foram presas em flagrante e 157 balões foram apreendidos. As multas aplicadas aos baloeiros somam R$ 1,3 milhão.
Fabricar, vender, transportar ou soltar balões prevê pena de detenção de um a três anos ou multa, de acordo com a lei 9.605/98.
Viação e Transportes debate fechamento de terminal aéreo em Manaus
A Comissão de Viação e Transportes debate nesta quinta-feira (14) o fechamento do aeroporto Eduardinho Terminal II do aeroporto Eduardo Gomes no Município de Manaus (AM).
De acordo com o deputado Hissa Abraão (PDT-AM) a privatização aeroporto pode afetar mais duas mil pessoas que trabalham direta e indiretamente no transporte de passageiros e de cargas. “Sem contar que se fechado o Terminal II do aeroporto Eduardo Gomes, como desejam os órgãos reguladores, todos os voos regionais serão transferidos para o aeroclube, que já se encontra no limite de pousos e decolagens”, afirma o parlamentar.
Foram convidados:
- o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Mauricio Quintela Lessa;
- o diretor do Anac, José Ricardo Pataro Botelho de Queiroz.
- o diretor da Gestão estratégicas e Serviços Compartilhados da Infraero, Marx Martins Marsicanop Rodrigues;
- o senador Omar Aziz;
- o prefeito e o vice-prefeito de Manaus Arthur Virgilio Neto e Marcos Rotta;
- deputados estatuais do Amazonas; e
- o funcionário do Terminal II do aeroporto Eduardo Gomes, Ruan Pablo Martins Amorim.
- o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Mauricio Quintela Lessa;
- o diretor do Anac, José Ricardo Pataro Botelho de Queiroz.
- o diretor da Gestão estratégicas e Serviços Compartilhados da Infraero, Marx Martins Marsicanop Rodrigues;
- o senador Omar Aziz;
- o prefeito e o vice-prefeito de Manaus Arthur Virgilio Neto e Marcos Rotta;
- deputados estatuais do Amazonas; e
- o funcionário do Terminal II do aeroporto Eduardo Gomes, Ruan Pablo Martins Amorim.
A reunião será realizada às 10 horas, no plenário 11.
FAB fará resgates no Caribe
Curtas
O Ministério das Relações Exteriores informou, por meio de nota na noite deste domingo, que vai enviar um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para buscar brasileiros que ficaram isolados em ilhas do Caribe após a passagem do furacão Irma.
Segundo a pasta, foram identificados mais de 60 brasileiros em três ilhas que sofreram colapso total ou parcial de sua infraestrutura nos últimos dias: cerca de 30 em Saint Martin, 22 em Tortola e onze em Turcas e Caicos.
O governo informou que alguns dos brasileiros isolados na região já foram auxiliados por outros países, como França e Reino Unido, e que um avião da FAB deverá ser enviado para Saint Martin nesta terça-feira.
RD NEWS (MT)
Cuiabanas que estão ilhadas devem ser resgatadas pela FAB entre 3ª e 4ª, diz pai
Camila Cervantes
O pastor da Igreja de Deus, Uziel Bandeira, pai das jovens Samara Cristina Nunes Bandeira, de 17 anos, e Sara Cristina Nunes Bandeira Joseph, de 24, afirma que as filhas devem ser resgatadas da ilha Tortola, no Caribe, entre terça (12) e quarta (13).
Segundo ele, o furacão Irma passou por lá na categoria 5 (a mais alta na escala que mede esses fenômenos) e devastou tudo, inclusive, a casa delas ficou totalmente destruída.
O governo brasileiro decidiu deslocar avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para resgatar os brasileiros que se encontram na ilha de Saint Martin, no Caribe, amanhã (12). A ilha foi uma das mais atingidas pelo Furacão Irma. A afirmação é do Ministério das Relações Exteriores (MRE), que divulgou nota na noite deste domingo (10).
O Ministério tem monitorado a situação dos brasileiros afetados pela passagem do Irma nas ilhas de Saint Martin, Tortola e Turcas e Caicos, que apresentaram situação de colapso total ou parcial da infraestrutura de transportes, comunicações e abastecimento.
Tortola é uma ilha do complexo das 50 ilhas Virgens Britânicas, localizadas no Caribe. Conforme Uziel, o furacão passou por lá por volta das 14h da última quarta (6). Desde então, a comunicação tem sido precária via internet e telefonia. O pastor consegue raros contatos por telefone com o genro Marvin Joseph, casado com Sara há cinco anos com quem tem um filho de 1 ano, Brian Marvin Joseph.
Uziel ressalta que nesta segunda (11), por volta das 13h, haverá uma reunião na ilha para decidir como será realizado o resgate das famílias brasileiras que se encontram no local. Ele explica que um grupo foi criado na internet para atualizar os familiares sobre a situação nos locais atingidos. Conta ainda que outros seis brasileiros estão na mesma situação. As filhas dele e outros desabrigados estão em um hotel na região de Tortola, cujo dono cedeu gentilmente o espaço.
Atendimento
Os parentes com dificuldade de contato com pessoas nas áreas afetadas pelo furacão podem recorrer ao Núcleo de Assistência a Brasileiros em Brasília, pelos telefones +55 61 2030 8803/8804 das 8h às 20h, ou pelo e-mail dac@itamaraty.gov.br. Entre 20h e 8h, poderão ser acionados os telefones + 55 61-98197-2284 (plantão consular) e +55 61-99834-6963 (plantão Consular para atendimentos relacionados às ilhas do Caribe).
Para brasileiros que estão na Flórida, o telefone de plantão do Consulado-Geral do Brasil no país é: 305-801.6201 / 305-285.6208 / 305-285.6258/ 305-285.6251 / 305-285.6213.
JORNAL DE NEGÓCIOS (PT)
Negociações da Embraer com Portugal para avião militar devem avançar até final do ano
O presidente executivo da Embraer espera que as negociações sobre a venda do avião de transporte militar KC-390 para Portugal avancem até ao final de 2017.
O presidente executivo da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, disse esta segunda-feira em Singapura, citado pela Bloomberg, que espera que as negociações sobre a venda do avião de transporte militar KC-390 para Portugal avancem até ao final do ano.
Recorde-se que até 27 de Outubro o Governo português espera ter em mãos os números indicativos para o preço a pagar pelos novos aviões KC-390, bem como as possíveis soluções de financiamento da aquisição, que poderão passar pelo recurso a fundos comunitários.
Foi o que determinou a resolução do Conselho de Ministros, aprovada a 8 de Junho e publicada a 27 de Julho em Diário da República e que estabelece que os aparelhos deverão estar operacionais até ao final de 2021.
Paulo Cesar de Souza e Silva também falou, hoje, sobre a hipótese de a fabricante de aviões abrir uma unidade para produzir jactos comerciais na China daqui a dois anos. "A empresa vai esperar a primeira entrega do novo jacto E195-E2, prevista para 2019, para depois avaliar uma fábrica na China", disse.
Uma fábrica de aeronaves seria justificada pela grande procura por parte daquele país asiático nas próximas décadas.
O responsável da fabricante de aviões brasileira também explicou que existe potencial para produzir cerca de mil aviões regionais, da dimensão dos que a empresa já produz, nos próximos 20 anos na China.
INFODEFENSA.COM (ESPANHA)
Argentina retira sus últimas tropas de la misión de paz en Haití
Repliegue del Hospital Militar Reubicable
El contingente de cascos azules del Hospital Militar Reubicable. Foto: Ministerio de Defensa argentino
Irene Valiente
La Misión de las Naciones Unidas para la Estabilización en Haití (Minustah) concluirá su trabajo el próximo 15 de octubre, como informó Infodefensa el pasado abril. Esto ha provocado que, en los últimos meses, los países que participaban en ella hayan comenzado a retirar sus efectivos de la zona, como es el caso de Argentina, que ha dado por concluido el trabajo de su último contingente de cascos azules que quedaba desplegado: los integrantes de la dotación XXV del Hospital Militar Reubicable.
El cese de sus actividades fue sellado en Puerto Príncipe en un acto en el que los soldados fueron condecorados con medallas y que contó con la presencia de representantes de la Minustah, el embajador argentino en Haití, Alejandro Escobal, comandantes de diferentes contingentes y otras autoridades políticas y castrenses. Durante la ceremonia se realizó el arriado final de los pabellones que por 13 años flamearon en el hospital, tras lo que se entregó la bandera de la ONU a la Minustah y la argentina, a Escobal.
"Podemos decir que fue una misión cumplida, una misión que nos llena de orgullo y agradecimiento para con nuestro personal, altamente preparado y profesional para actuar en favor de la paz en el mundo. El Hospital Militar Reubicable brindó asistencia a los haitianos en momentos muy duros y sus profesionales siempre demostraron su enorme compromiso y valor", valoró el ministro de Defensa argentino, Oscar Aguad, en un comunicado.
El repliegue
El país austral ya había replegado el Batallón Conjunto Argentino que estaba destinado en Gonaives y Saint Marc, y la Unidad Aérea Argentina, también en Puerto Príncipe, y con esta última medida se suma a la reciente retirada definitiva de otros países, como Brasil. El objetivo de todos ellos es cumplir con lo establecido por el Consejo de Seguridad de Naciones Unidas, que en 2015 ordenó el progresivo repliegue de tropas internacionales de Haití, al entender que existe una relativa situación de estabilidad y, por tanto, el desafío actual del país caribeño es reforzar la seguridad mediante la promoción de la instrucción y la incorporación de nuevos efectivos a su propia Policía.
El Hospital Militar Reubicable participó en varias misiones humanitarias en el mundo hasta que en septiembre de 2004, tras el paso del huracán Jeanne, fue traslado a Haití para brindar ayuda humanitaria y atender a las víctimas de un país devastado.
PORTAL RONDONIA AGORA
Forças Armadas apreendem 13 celulares e 266 objetos cortantes no Pandinha e Ênio Pinheiro
As Forças Armadas obtiveram grande êxito durante essa segunda-feira em mais uma etapa da Operação Garantia da Lei e da Ordem, realizada nos presídios Pandinha e Ênio Pinheiro, em Porto Velho, após pedido do Governo do Estado.
Em coletiva no final da tarde a 17ª Brigada de Infantaria de Selva, que coordenou a ação, apresentou os números da operação: foram apreendidos 13 celulares, 11 carregadores, 3 chips, 131 pacotes suspeitos (possivelmente droga), 78 isqueiros, 266 objetos cortantes, 366 objetos que poderiam ser usados como arma, 88 pêndulos para drogas, 52 pacotes de fumo, 22 cachimbos, 66 barras de ferro, 4 maços de cigarro.
Ainda de acordo com a coordenação, foram empregados 70 viaturas, 17 detectores de minas, 2 de equipamentos eletrônicos, 3 cães farejadores, 295 homens da Forças Armadas e mais 228 integrantes de órgãos públicos estaduais.
A ação tem o apoio da Marinha do Brasil, Força Aérea Brasileira, Ministério Público Militar, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Secretaria de Justiça do Estado de Rondônia.
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Pilotos e controladores se comunicarão por mensagens de texto
CPDLC
Depois de testes bem-sucedidos experiência no controle dos voos transatlânticos, o uso de comandos de texto para as comunicações piloto-controlador, ou conceito Comunicação entre Pilotos e Controladores de Tráfego Aéreo por Enlace de Dados (CPDLC), deverá estender-se, em breve, aos voos sobre o continente brasileiro.
Em julho, o Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) sediou a primeira reunião do Grupo de Trabalho Continental, que é responsável pelo planejamento e testes operacionais para implementação do conceito sobre a região.
O CPDLC é a ferramenta utilizada para a comunicação de dados entre piloto e controlador. Por meio de sua interface, pilotos passam a fazer requisições e informes, por exemplo, através de comandos de texto, correspondentes a fraseologia convencional, que ficam já dispostos em uma tela na forma de palavras-chave. O mesmo ocorre com as orientações, liberações e informações emitidas pelo controlador na tela da interface do CPDLC à sua frente.
Além dos comandos pré-convencionados, o equipamento também viabiliza a inscrição de texto livre, em caso de necessidade de uma comunicação não conforme com os padrões definidos.
Vantagens
A comunicação piloto-torre por mensagens de textos alivia a saturação dos canais de comunicação por voz e diminui consideravelmente os problemas advindos da má qualidade de áudio, de barreiras linguísticas e de problemas de propagação de sinal.
Desde 2009, o CPDLC já trouxera inúmeros benefícios às operações do Centro de Controle de Área Oceânico do CINDACTA III, em Recife, que atua no espaço aéreo de responsabilidade brasileira sobre o Oceano Atlântico: aumento da capacidade e clareza nas comunicações entre controladores de tráfego aéreo e pilotos; redução do congestionamento do canal de voz; registro de histórico de comunicação; impressão das comunicações e principalmente redução de equívocos na comunicação.
O conceito CPDLC é tendência mundial e, no Brasil, é parte do programa SIRIUS do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Para dar suporte aos ensaios e treinamentos decorrentes da implantação do CPDLC Continental, o ICEA desenvolveu um simulador em tempo real integrado ao Simulador de Baixo Custo (SRBC), denominado Módulo do Sistema de Comunicação do SRBC (MSCS), que já se encontra em operação no Centro de Controle de Área Oceânico.
Os primeiros órgãos de controle de tráfego aéreo beneficiados serão o Centro de Controle de Área de Recife (ACC-RE), também no CINDACTA III, e o Centro de Controle de Área Amazônico (ACC-AZ), no CINDACTA IV, em Manaus.
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