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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 29/06/2017 / Brasil, Chile, Colômbia e Equador trocam informações sobre avião de ataque


Brasil, Chile, Colômbia e Equador trocam informações sobre avião de ataque ...  


Por meio de um memorando de entendimento, os quatro países estabeleceram acordo de cooperação em relação ao emprego e à manutenção da aeronave A-29 Super Tucano, usada em operações de interceptação aérea, ataque e vigilância ...  

Andréa Barretto ...  


Com a chegada do segundo semestre de 2017, pilotos de aeronaves A-29 Super Tucano do Brasil e do Chile se preparam para um intercâmbio sobre questões relacionadas à operação desse caça leve de ataque. A data precisa ainda não foi divulgada, mas a iniciativa faz parte de uma série de atividades que Brasil, Chile, Colômbia e Equador vão desenvolver a partir do memorando de entendimento estabelecido pelas forças aéreas das quatro nações.

Com o documento, as instituições assumiram o compromisso da criação de um fórum para cooperação quanto a aspectos técnicos, logísticos e operacionais do Super Tucano. Todos os esquadrões que empregam essas aeronaves nos países partícipes vão integrar o grupo de operadores atuantes no fórum.

“A expertise dos operadores do A-29 poderá ser compartilhada por intermédio de conferências periódicas e também pelos intercâmbios operacionais e logísticos”, afirmou o Coronel da Força Aérea do Brasil Marco Antonio Telles Ramos, chefe da subchefia de Acordo e Intercâmbios Internacionais do Estado-Maior da Aeronáutica do Brasil. “Esses intercâmbios permitirão, por exemplo, diminuir custos de manutenção e operação do equipamento”, ressaltou ainda o Cel Ramos.

Ele diz que a ideia da criação do grupo de operadores foi da Força Aérea do Chile (FACh), motivada pelos bons resultados da experiência de troca mantida com outros países sobre outra aeronave, a F-16 Fighting Falcon. Com isso, veio a proposta para a Colômbia, o Equador e o Brasil. Este último é o fabricante dos caças Super Tucano por meio da empresa nacional Embraer.

O encontro para a assinatura do convênio ocorreu em Santiago, capital chilena, às vésperas da comemoração dos 87 anos da Força Aérea desse país, no último 20 de março. O evento teve a presença do Tenente-Brigadeiro-do-Ar Paulo João Cury, comandante do Comando-Geral de Apoio da Força Aérea Brasileira (FAB); do Brigadeiro Patricio Mora Escobar, comandante da Força Aérea do Equador e do Tenente-Brigadeiro-do-Ar Jorge Robles Mella, comandante-em-chefe da FACh. A Força Aérea da Colômbia (FAC) ainda assinará o documento.

“A assinatura do acordo é a materialização do interesse comum das forças aéreas do Brasil, Colômbia, Equador e Chile em ter uma ferramenta que permita o desenvolvimento de capacidades e a estabilidade de custos de operação através de melhorias de logística e planos de obsolescência, considerando-se que operamos em diferentes cenários, missões e configurações”, ressaltou o Ten Brig Robles na ocasião.

A-29 na América Latina
Em 2003, a FAB recebeu suas primeiras aeronaves A-29, compradas com o objetivo de serem usadas nas atividades do projeto Sistema de Vigilância da Amazônia. Atualmente, estão em operação no Brasil cerca de 90 desses aviões, empregados principalmente na formação de pilotos de caça e nas ações de defesa aérea da fronteira amazônica. “A aeronave é ideal para missões de interceptação a aeronaves de baixa performance utilizadas em atividades ilícitas nessa região”, informou a Assessoria de Comunicação da FAB.

No Brasil, quatro esquadrões da FAB operam o Super Tucano: o Primeiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (1º/3º GAv), em Boa Vista (Roraima); o Segundo Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (2º/3º GAv), em Porto Velho (Rondônia); o Terceiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (3º/3º GAv), em Campo Grande (Mato Grosso do Sul); e o Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2º/5º GAv), em Natal (Rio Grande do Norte). Nesse último, chamado de Esquadrão Joker, nascem os pilotos de caça brasileiros. Por meio do Curso de Especialização Operacional da Aviação de Caça, os militares são treinados durante nove meses em uma aeronave A-29.

A Colômbia possui 24 unidades do Super Tucano. Elas foram adquiridas pela FAC em 2005, tendo em vista a necessidade dessa força de contar com um avião de combate como meio para fortalecer a luta contra a guerrilha e o narcotráfico. As unidades foram entregues entre 2006 e 2008, fazendo da Colômbia o primeiro destino de exportação do Super Tucano na Amêrica do Sul.

Depois de Brasil e Colômbia, o Chile foi o terceiro país latino-americano a constituir uma frota de aeronaves A-29. Entre 2009 e 2010, a FACh recebeu as suas 12 unidades, compradas inicialmente com o intuito de servir ao treinamento de pilotos. Já o Equador passou a usar o A-29 entre 2010 e 2011. A compra de 18 aeronaves foi motivada pela necessidade de sua Força Aérea de recuperar a capacidade de realização de operações nas regiões amazônica e de fronteira.

Quando uma força aérea estrangeira adquire o Super Tucano, muitas vezes, como no caso do Chile e da Colômbia, pilotos da FAB realizam um intercâmbio operacional para instrução de voo na aeronave. Com o memorando de entendimento e a criação do grupo de operadores, essa troca passa a ser permanente, como enfatizou o Cel Ramos. “A importância desse acordo para a FAB, e para os outros países, está na criação de um fórum permanente para troca de experiências operacionais e logísticas, possibilitando um intercâmbio de ideias e de interesses mútuos, além do fortalecimento da amizade que une essas nações e suas forças aéreas.”



Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


Prazo para alistamento militar termina na sexta-feira

Jovens brasileiros do sexo masculino que completam 18 anos em 2017 devem se apresentar à Junta de Serviço Militar (JSM) para se inscrever.

O prazo para o alistamento militar termina nesta semana. Os jovens brasileiros do sexo masculino que completam 18 anos em 2017 devem se apresentar à Junta de Serviço Militar (JSM) para se inscrever até sexta-feira (30). Anualmente, cerca de 1,8 milhão de jovens fazem o alistamento militar e aproximadamente 100 mil são incorporados às Forças Armadas.
Além das juntas militares, o alistamento em algumas cidades também pode ser feito pela internet. O alistamento é obrigatório e, sem ele, o rapaz fica impedido de tirar passaporte, ingressar no serviço público ou ser matriculado em qualquer instituição de ensino – inclusive universidades. Além disso, está previsto pagamento de multa, que varia de acordo com a quantidade de dias em que o candidato deixou de se alistar.
O alistamento é a primeira etapa do serviço militar obrigatório. A segunda é a convocação das Forças Armadas, que ocorre no ano seguinte ao do alistamento. Durante a seleção geral, o brasileiro poderá indicar sua preferência pela Marinha, Exército ou Força Aérea. No entanto, somente será atendido caso venha a se enquadrar nos perfis e padrões previamente estabelecidos para cada Força Armada, de acordo com a disponibilidade de vagas.
O serviço militar inicial tem duração de 12 meses e pode ser reduzido por dois meses ou prorrogado por até seis meses. De acordo com a existência de vagas nas diversas organizações militares, uma parcela dos jovens que concluem o serviço militar inicial pode permanecer no serviço militar voluntário como soldados. Durante essa permanência, de acordo com cada Força, há a possibilidade de realizar curso para promoção a cabo.
Os documentos necessários para efetivação do alistamento são certidão de nascimento ou equivalente (carteiras de identidade, de motorista ou de trabalho), comprovante de residência e uma foto 3x4 recente. Veja mais informações no site do Serviço Militar.

Balão cai com tocha acesa e mobiliza equipe da Divisão Florestal em Jundiaí

De acordo com a Guarda Municipal, oficiais monitoraram o objeto até a queda. Os responsáveis pelo balão não foram localizados e o material foi apreendido.

Por G1 Sorocaba E Jundiaí

Um balão medindo aproximadamente quatro metros quadrados foi apreendido pela Divisão Florestal na manhã desta quarta-feira (28), na região do Bairro da Malota, em Jundiaí (SP).
De acordo com a Guarda Municipal, o objeto foi monitorado pelos guardas até a queda, com a tocha ainda acesa, mas não chegou a atingir a área da Serra do japi.
O material foi levado para o centro de gerenciamento para ser destruído. O dono não foi localizado.
Ainda segundo a GM, cinco balões foram apreendidos na região este ano.
AGÊNCIA BRASIL


Jungmann diz que uso das Forças Armadas nos estados deve ser limitada


O ministro da Defesa, Raul Jungmann, concordou hoje (28) que há uso excessivo das Forças Armadas em ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). De acordo com o ministro, o treinamento e a capacitação dos militares não são voltados para esse tipo de função, e defendeu que deve ser o último recurso a ser utilizado em ações de segurança. Em audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro disse que em 30 anos foram feitas 115 Garantias da Lei da Ordem, sendo que 29 ocorreram só nos últimos 7 anos.
O ministro disse que o uso de militares das Forças Armadas é permitido pela Constituição em situações especiais, quando há o colapso das forças de segurança locais. A utilização, no entanto, deve ser episódica e limitada, segundo Jungmann.
“Se querem minha opinião, eu acho que há uma utilização excessiva. Acho inclusive que nós temos que desenvolver outros mecanismos, e aqui eu volto à ideia da guarda nacional, ou da Força Nacional de Segurança, que deverá inclusive ser ampliada para fazer esse papel”, disse.
Sobre o decreto presidencial do dia 24 de maio, que determinou o emprego dos militares no reforço da segurança durante manifestações no Distrito Federal, Jungmann justificou que a ação foi necessária, pois não havia contingente suficiente de agentes da Força Nacional de Segurança em Brasília naquele dia.
“Isso [o decreto] se deu sobretudo porque, a partir de um certo momento, nós tínhamos prédios sendo incendiados e pessoas correndo risco de vida e muito medo. E nós não percebíamos a capacidade que teria a Polícia Militar de dar conta especificamente daquilo”, explicou o ministro em referência aos atos de vandalismo ocorridos durante os protestos.
O ministro ressaltou ainda que a situação era dramática e que a ordem de ação para as tropas militares era restrita à proteção dos imóveis federais. “As tropas engajadas em momento algum poderiam sair praticamente do meio-fio, e eventualmente cuidar para que as pessoas pudessem sair sem correr riscos”, esclareceu.
Jungmann destacou também a ação de apoio à segurança nos presídios federais, depois da ocorrência de diversas rebeliões que resultaram em centenas de mortes. Segundo o ministro, durante a Operação Varredura, em andamento desde o início do ano, os militares encontraram em 11 penitenciárias federais cerca de 4.200 armas brancas, 300 substâncias suspeitas, 306 aparelhos eletrônicos, mais de 3.600 itens proibidos e uma arma de fogo, entre outros objetos.
“O total de prisioneiros envolvidos nas varreduras é 12 mil. Se eu tenho 4 mil armas, então um em cada três apenados tem uma arma e isso é um vetor de amplificação da tragédia e do morticínio que a gente vê. Então, está na hora de fazer uma reflexão, porque de fato não podemos esconder o sol com a peneira”, disse.
Jungmann também lembrou a Operação Capixaba, realizada para reforçar a segurança no estado do Espírito Santo. Ele classificou a situação como “delicadíssima” e difícil, no entanto, avaliou que os militares tiveram êxito na ação.

PORTAL BRASIL


Transporte de órgãos para transplante aumentou 35% no primeiro trimestre de 2017

Órgãos e tecidos foram levados, gratuitamente, por empresas da aviação civil que assinaram termo de cooperação

A Central Nacional de Transplantes (CNT) transportou 330 órgãos, 818 tecidos e outros 606 itens para transplantes no primeiro trimestre de 2017, total de 1.754 -- 35% a mais do que no mesmo período do ano passado.
Esse número representa 88,5% de todos os órgãos transportados no Brasil nos primeiros três meses do ano, e foram levados gratuitamente de um ponto a outro do País em aeronaves de aviação civil. No ano passado, foram transportados, ao todo, 6 mil itens para transplantes.
A operação é possível graças a um termo de cooperação do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Embora a CNT funcione desde 2001, foi a partir da assinatura deste termo, em 2011, que o transporte aéreo ganhou mais agilidade, eficiência e segurança.
O transporte
Desde 2011, os órgãos transportados por avião são conduzidos pelas cinco empresas aéreas que assinaram o termo – Latam, Avianca, Gol, Azul e Passaredo –, assinado também pelo Ministério da Saúde, Aeronáutica, além de outras instituições públicas e privadas.
No primeiro trimestre de 2017, as companhias aéreas foram responsáveis por aproximadamente 88,5% (1.093 voos) da movimentação de órgãos, tecidos e outros itens de apoio à captação realizada no País. As empresas oferecem gratuitamente o transporte dos órgãos e da equipe. Os demais modais juntos fizeram 142 transportes de órgãos.
Nos três primeiros meses deste ano, a Força Aérea Brasileira (FAB) fez o transporte de 69 órgãos, a maior parte deles de corações e fígados – o coração é um órgão com tempo de retirada e implante menor (quatro horas). A FAB é acionada somente quando não há voos para atender a uma emergência.
Como funciona
Na CNT, plantonistas recebem ligações de todos os estados ofertando órgãos que precisam ser distribuídos para a lista nacional única: os estados ofertam órgãos quando naquele local não é realizada a modalidade específica de transplante ou não há receptores na lista. A CNT recebe as ofertas e gera uma lista de distribuição para os demais estados, de acordo com as prioridades. O número da central é 0800 644 6445.
Após confirmar o destino do órgão, a central busca a melhor forma de fazer o transporte e contata as companhias aéreas. O voo escolhido tem prioridade nos pousos e nas decolagens. Caso o voo já esteja lotado, as empresas consultam os passageiros para saber se algum deles pode ceder o lugar. Até hoje, segundo as companhias, todos cederam.
Para expandir o projeto, o Ministério dos Transportes e os demais órgãos envolvidos estão estudando a possibilidade de agregar novos parceiros, como os aeroportos regionais, no interior do País, e aeroportos internacionais.

PORTAL DEFESANET


Ala 10 forma 71 militares das Forças Armadas no Curso Doutrinário de Guerra Eletrônica

A formação incluiu militares da Marinha e do Exército

Tenente Lopes / Tenente João Elias

A Ala 10, unidade da Força Aérea Brasileira (FAB) localizada em Natal (RN), formou 71 militares, incluindo dois da Marinha e dois do Exército, no Curso Doutrinário de Guerra Eletrônica (CDGE), realizado pelo Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE).
O curso teve duração de dez semanas, sendo que a última fase da capacitação, relativa às aulas presenciais, iniciou no dia 15 de maio e foi encerrada na sexta-feira (23/06). Ao longo de seis semanas, os alunos participaram de instruções teóricas sobre a evolução da guerra eletrônica, conceitos básicos de radar, medidas de ataque e proteção eletrônica, guiamento de mísseis, entre outras.
Segundo o encarregado do Laboratório de Guerra Eletrônica do GITE, Sargento Especialista em Eletrônica Cláudio José da Silva, os alunos aprenderam o conceito doutrinário da Guerra Eletrônica, habilitando-os a utilizar os recursos de forma mais efetiva. "A utilização de cada equipamento em conjunto com os conceitos e táticas de Guerra Eletrônica possibilita, também, uma maior proteção a possíveis ataques inimigos", explica.
Nas instruções ministradas no laboratório de guerra eletrônica, os alunos puderam testar todo o conteúdo teórico adquirido em sala de aula. “O estudo teórico sobre ondas e detecções é bastante lúdico e com o laboratório o aluno consegue ver um radar operando e as diferentes técnicas, como elas atuam na detecção dos elementos do combate e os diferentes recursos possíveis”, explica um dos instrutores do CDGE, o Capitão Aviador Rodolfo Norio Toma.
O CDGE possibilita também o intercâmbio de conhecimento entre as Forças Armadas e com as diversas formas de guerra eletrônica utilizadas. O Primeiro-Sargento Emerson do Nascimento Ferreira, do Exército Brasileiro, atua no 1º Batalhão de Guerra Eletrônica em Brasília e para ele o curso possibilitou conhecer melhor a utilização da guerra eletrônica no ambiente de radar. “No Exército, a guerra eletrônica é mais voltada para a área de comunicações, então o curso é interessante para adquirir conhecimento específico no uso de radares, que é a maior ênfase da Força Aérea”, explicou o aluno.
Para a Tenente Engenheira Mecânica Aeronáutica Talita Alessandra da Silva, do Instituto de Aplicações Operacionais (IAOP), o diferencial do curso está em proporcionar ao militar toda aplicação prática dos conceitos recebidos em sala de aula. “Foi muito importante vivenciar essas aplicações que até hoje só tinha visto academicamente. O conhecimento dessas tecnologias proporcionará uma melhor realização do meu trabalho, além de poder atuar como um elo disseminador de tudo que aprendi aqui", disse.
CDGE - Inicialmente chamado de “Curso de Combate Eletrônico”, a primeira edição foi realizada em 1996 no GITE. Após quatro reformulações, o Curso Doutrinário de Guerra Eletrônica ganhou o formato atual em 2011, compilando o conhecimento inicial necessário para a atuação na área.
Com o objetivo de capacitar militares e civis do Comando da Aeronáutica e das demais Forças Armadas a identificarem os principais equipamentos e sistemas que interagem com o ambiente eletromagnético, o CDGE também torna os alunos aptos a propor soluções em face às ameaças identificadas no cenário de guerra eletrônica, tornando possível o cumprimento das missões atribuídas em suas organizações militares. “Não existe hoje, em combates de alto nível modernos, qualquer plataforma que não tenha algum artifício de guerra eletrônica”, afirmou o Capitão Aviador Rodolfo Norio Toma, instrutor do CDGE.
O comandante do GITE, Tenente-Coronel Aviador Paulo Roberto Cursino dos Santos, considera o CDGE um curso de importância estratégica para a elevação operacional do Comando de Preparo da Força Aérea, já que pode ser o primeiro degrau para a especialização dos militares que atuam com guerra eletrônica.
“Esses profissionais necessitavam ter uma elevação de nível antes de entrar nos cursos de mestrado e doutorado do ITA, por causa da complexidade e dificuldade que apresentam. Através dessa necessidade, e também da necessidade de operar sistemas de guerra eletrônica nas diversas unidades operacionais da FAB, é que esse curso foi criado aqui no GITE”, explicou o comandante.
Enquanto curso doutrinário, o CDGE habilita os alunos a operarem os equipamentos de guerra eletrônica, a entenderem o seu uso e sua potencialidade, tornando-os elos do Sistema de Guerra Eletrônica da Força Aérea.
No caso dos oficiais, oferece o embasamento necessário para iniciar uma especialização, como o mestrado em Guerra Eletrônica, oferecido pelo ITA, por meio do PPGAO. Além disso, os egressos do CDGE tornam-se aptos a chefiar seções de guerra eletrônica, além de dar instruções sobre o assunto para seus pares, nos setores em que atuam.
Futuro - A interface entre o GITE e o ITA tem se mostrado cada vez mais produtiva por causa do CDGE. Prova disso é que, este ano, cerca de 10% dos alunos concluintes do Curso Doutrinário de Guerra Eletrônica já estão matriculados em cursos de especialização e mestrado no ITA e a modernização do processo de ensino-aprendizagem é pauta do processo de reestruturação do Comando da Aeronáutica.
De acordo com o Comandante do GITE, já existem grupos de trabalho para analisar como deve ser esse relacionamento entre o COMPREP, por meio do GITE, e o ITA e como serão os novos caminhos e desafios que o CDGE enfrentará frente a essa transformação. "A velocidade das tecnologias e a hiperconectividade, estão dando um novo rumo aos processos envolvidos na gestão do ensino e na gestão do conhecimento. Para a gente é importante tentar entender como o ensino operacional é trabalhado nas diversas Forças Aéreas pelo mundo, de forma racional e econômica, maximizando e potencializando a capacidade do ser humano com a sua competência. Com isso, esperamos novidades para os próximos anos, relacionadas ao elevado uso da tecnologia na produção do conhecimento, melhoria da interface professor-aluno pelo meio virtual, entre outros”, finalizou o Tenente-Coronel Cursino.
Fonte: Agência Força Aérea

OUTRAS MÍDIAS


REVISTA DIÁLOGO AMÉRICAS


Brasil auxilia Argentina na elaboração de novos procedimentos de navegação aérea

Nelza Oliveira
ImagemCerca de 20 militares da Força Aérea Brasileira (FAB) se revezaram de 20 de março a 10 de junho para auxiliar a Argentina na atualização de procedimentos de navegação aérea e reestruturação do espaço aéreo. O “Projeto PBN Argentina” resultou na elaboração de 64 cartas aeronáuticas de procedimentos de voo por instrumentos (IFP, por sua sigla em inglês) para diversos aeródromos da Argentina, incluindo os aeroportos mais movimentados, como o Aeroporto Internacional de Ezeiza e o Aeroparque Regional Jorge Newbery, ambos em Buenos Aires. As cartas seguem o conceito de navegação aérea baseada em performance (PBN, por sua sigla em inglês), com procedimentos que redesenham as trajetórias de voo para que sejam mais curtas e diretas, orientadas por meio de satélites e comunicação digital.
O Brigadeiro Luiz Ricardo de Souza Nascimento, chefe do Subdepartamento de Operação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) do Brasil, contou que tudo começou durante a última assembleia geral da Organização da Aviação Civil Internacional, agência especializada das Nações Unidas responsável pela promoção do desenvolvimento seguro e ordenado da aviação civil mundial, no final de setembro de 2016, em Montreal, Canadá, quando a Empresa Argentina de Navegação Aérea (EANA) procurou os representantes do DECEA para sondar a possibilidade do projeto.
“A partir daí foi tudo muito rápido. Eles [representantes da EANA] estiveram aqui [no Rio de Janeiro] em dezembro [de 2016] e rapidamente começamos a operar. E já entregamos tudo que combinamos. São 64 procedimentos de navegação aérea com as técnicas mais avançadas no mundo à disposição da sociedade e do povo argentino”, disse o Brig Luiz Ricardo. “Nós temos vários acordos bilaterais com outros países do ponto de vista técnico, de formação. É muito comum nosso Instituto de Controle do Espaço Aéreo, em São José dos Campos, São Paulo, receber pessoas de outros países para capacitação em vários cursos. Mas é a primeira vez que o Brasil faz uma parceria na área de navegação aérea nesse volume e envolvendo deslocamento de equipe para outro país”, acrescentou o Brig Luiz Ricardo.
Expertise brasileira
Com rotas mais precisas e distâncias encurtadas, a utilização de navegação PBN em várias partes do mundo mostrou-se mais vantajosa e eficaz do que as formas convencionais de navegação, além de fornecer uma série de benefícios, como redução de gastos com combustíveis e emissão de gases poluentes. No Brasil, a elaboração de cartas PBN começou em 2009. A FAB afirmou que o país integra o grupo que está mais avançado na implantação do sistema, ao lado dos Estados Unidos, de países da Europa e do Japão.
Este tipo de navegação já funciona no espaço aéreo de Brasília, Recife, Belo Horizonte e do eixo Rio-São Paulo. Atualmente, o Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA) do Brasil, órgão do DECEA, trabalha em sua implementação na região sul do país. O cronograma prevê ainda a implantação nas regiões norte e nordeste, com maior dimensão territorial e menor fluxo de voo. O Projeto PBN Argentina utiliza ferramentas computacionais, como os softwaresFlight Procedure Design and Airspace Management e o Global Mapper, os mesmos utilizados pelo Brasil.
Durante o período do Projeto PBN Argentina, uma equipe composta por dois elaboradores de procedimentos e um cartógrafo do ICA era enviada quinzenalmente para Buenos Aires. O acordo entre os dois países não envolveu recursos financeiros, apenas as despesas da equipe brasileira com passagens, hospedagem e a diária, normalmente paga aos militares quando nesse tipo de missão, foram custeadas pela EANA.
 “A parceria é de Estado. Podemos dizer que foi um projeto custo zero para eles porque as propostas que receberam de empresas de fora eram bastante vultosas. Mas é um aprendizado para nós, uma oportunidade boa de enriquecimento profissional para o meu pessoal”, ressaltou o Brig Luiz Ricardo. Além da produção de cartas aeronáuticas, os profissionais brasileiros realizaram o treinamento prático final dos técnicos argentinos.
“O trabalho conjunto entre as instituições brasileira e argentina é de grande importância e traça um excelente exemplo de benefício para toda a região sul-americana. O ICA oferece um forte apoio à EANA na elaboração de novos IFPs em vários aeródromos da Argentina”, atestou Rodrigo Devesa, chefe do Departamento de Desenho do Espaço Aéreo da EANA, em um comunicado distribuído pela FAB no início do projeto. “O pessoal do ICA está trabalhando com grande compromisso e vocação, gerando um ambiente laboral muito bom e não apenas realizando tarefas específicas de desenho e cartografia, mas também trazendo experiências, opiniões, políticas de trabalho e apoiando o departamento de desenho da EANA a decidir em certas questões técnicas”, completou Devesa.
Fluidez no espaço aéreo da América do Sul
O Brig Luiz Ricardo explicou que o Projeto PBN vai impactar positivamente na otimização da navegação aérea na América do Sul. “O nosso grande objetivo estratégico final é esse: Melhorar as condições de navegação para toda a região, com uma tecnologia bastante moderna, com procedimentos adequados do ponto de vista técnico, de segurança, de acessibilidade”, disse o Brig Luiz Ricardo. “Um avião em órbita, que não consegue pousar, seja por conta da meteorologia ou capacidade do aeroporto, custa para todos em perda de tempo, reflete no preço da passagem, gasto com combustível, mais emissão de CO2 no meio ambiente; um mundo de fatores negativos que a gente pode diminuir”, enumerou.
Para exemplificar os ganhos operacionais, o Brig Luiz Ricardo contou o caso de um aeroporto no interior da Argentina que tinha uma média anual de não pouso, principalmente por causa de condições meteorológicas, de mais de 60 por cento. Segundo ele, após começar a operar com o PBN, a média caiu para cinco por cento.
A avaliação do trabalho foi tão positiva que logo depois do PBN Argentina um novo projeto na área de navegação aérea foi iniciado com o país vizinho, dessa vez para auxiliar a Argentina com o Gerenciamento de Fluxo de Tráfego Aéreo, envolvendo 16 profissionais brasileiros. A primeira equipe de militares foi enviada para Buenos Aires no dia 12 de junho.
“Nós temos há dez anos o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea e a Argentina quer adotar essa expertise lá. Ou seja, já é um outro projeto baseado na mesma relação, no mesmo acordo, que tivemos com o Projeto PBN Argentina”, contou o Brig Luiz Ricardo. “Nós vamos ajudá-los a escrever as normas de fluxo de tráfego aéreo. Vamos fazer toda a fundamentação teórica necessária para aplicar aos serviços relacionados, principalmente identificar os gargalos da navegação aérea nos grandes aeroportos da Argentina e no espaço aéreo daquele país”, finalizou.

REVISTA DIÁLOGO AMÉRICAS


Brasil, Chile, Colômbia e Equador trocam informações sobre avião de ataque

Por meio de um memorando de entendimento, os quatro países estabeleceram acordo de cooperação em relação ao emprego e à manutenção da aeronave A-29 Super Tucano, usada em operações de interceptação aérea, ataque e vigilância.
Andréa Barretto
Com a chegada do segundo semestre de 2017, pilotos de aeronaves A-29 Super Tucano do Brasil e do Chile se preparam para um intercâmbio sobre questões relacionadas à operação desse caça leve de ataque. A data precisa ainda não foi divulgada, mas a iniciativa faz parte de uma série de atividades que Brasil, Chile, Colômbia e Equador vão desenvolver a partir do memorando de entendimento estabelecido pelas forças aéreas das quatro nações.
Com o documento, as instituições assumiram o compromisso da criação de um fórum para cooperação quanto a aspectos técnicos, logísticos e operacionais do Super Tucano. Todos os esquadrões que empregam essas aeronaves nos países partícipes vão integrar o grupo de operadores atuantes no fórum.
“A expertise dos operadores do A-29 poderá ser compartilhada por intermédio de conferências periódicas e também pelos intercâmbios operacionais e logísticos”, afirmou o Coronel da Força Aérea do Brasil Marco Antonio Telles Ramos, chefe da subchefia de Acordo e Intercâmbios Internacionais do Estado-Maior da Aeronáutica do Brasil. “Esses intercâmbios permitirão, por exemplo, diminuir custos de manutenção e operação do equipamento”, ressaltou ainda o Cel Ramos.
Ele diz que a ideia da criação do grupo de operadores foi da Força Aérea do Chile (FACh), motivada pelos bons resultados da experiência de troca mantida com outros países sobre outra aeronave, a F-16 Fighting Falcon. Com isso, veio a proposta para a Colômbia, o Equador e o Brasil. Este último é o fabricante dos caças Super Tucano por meio da empresa nacional Embraer.
O encontro para a assinatura do convênio ocorreu em Santiago, capital chilena, às vésperas da comemoração dos 87 anos da Força Aérea desse país, no último 20 de março. O evento teve a presença do Tenente-Brigadeiro-do-Ar Paulo João Cury, comandante do Comando-Geral de Apoio da Força Aérea Brasileira (FAB); do Brigadeiro Patricio Mora Escobar, comandante da Força Aérea do Equador e do Tenente-Brigadeiro-do-Ar Jorge Robles Mella, comandante-em-chefe da FACh. A Força Aérea da Colômbia (FAC) ainda assinará o documento.
“A assinatura do acordo é a materialização do interesse comum das forças aéreas do Brasil, Colômbia, Equador e Chile em ter uma ferramenta que permita o desenvolvimento de capacidades e a estabilidade de custos de operação através de melhorias de logística e planos de obsolescência, considerando-se que operamos em diferentes cenários, missões e configurações”, ressaltou o Ten Brig Robles na ocasião.
A-29 na América Latina
Em 2003, a FAB recebeu suas primeiras aeronaves A-29, compradas com o objetivo de serem usadas nas atividades do projeto Sistema de Vigilância da Amazônia. Atualmente, estão em operação no Brasil cerca de 90 desses aviões, empregados principalmente na formação de pilotos de caça e nas ações de defesa aérea da fronteira amazônica. “A aeronave é ideal para missões de interceptação a aeronaves de baixa performance utilizadas em atividades ilícitas nessa região”, informou a Assessoria de Comunicação da FAB.
No Brasil, quatro esquadrões da FAB operam o Super Tucano: o Primeiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (1º/3º GAv), em Boa Vista (Roraima); o Segundo Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (2º/3º GAv), em Porto Velho (Rondônia); o Terceiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (3º/3º GAv), em Campo Grande (Mato Grosso do Sul); e o Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2º/5º GAv), em Natal (Rio Grande do Norte). Nesse último, chamado de Esquadrão Joker, nascem os pilotos de caça brasileiros. Por meio do Curso de Especialização Operacional da Aviação de Caça, os militares são treinados durante nove meses em uma aeronave A-29.
A Colômbia possui 24 unidades do Super Tucano. Elas foram adquiridas pela FAC em 2005, tendo em vista a necessidade dessa força de contar com um avião de combate como meio para fortalecer a luta contra a guerrilha e o narcotráfico. As unidades foram entregues entre 2006 e 2008, fazendo da Colômbia o primeiro destino de exportação do Super Tucano na Amêrica do Sul.
Depois de Brasil e Colômbia, o Chile foi o terceiro país latino-americano a constituir uma frota de aeronaves A-29. Entre 2009 e 2010, a FACh recebeu as suas 12 unidades, compradas inicialmente com o intuito de servir ao treinamento de pilotos. Já o Equador passou a usar o A-29 entre 2010 e 2011. A compra de 18 aeronaves foi motivada pela necessidade de sua Força Aérea de recuperar a capacidade de realização de operações nas regiões amazônica e de fronteira.
Quando uma força aérea estrangeira adquire o Super Tucano, muitas vezes, como no caso do Chile e da Colômbia, pilotos da FAB realizam um intercâmbio operacional para instrução de voo na aeronave. Com o memorando de entendimento e a criação do grupo de operadores, essa troca passa a ser permanente, como enfatizou o Cel Ramos. “A importância desse acordo para a FAB, e para os outros países, está na criação de um fórum permanente para troca de experiências operacionais e logísticas, possibilitando um intercâmbio de ideias e de interesses mútuos, além do fortalecimento da amizade que une essas nações e suas forças aéreas.”

DIÁRIO DO GRANDE ABC


Artigo - Risco Baloeiro

Valdemar Conti
Balão no céu é sinal de alerta máximo para as empresas do Polo Petroquímico do Grande ABC, que realizam o monitoramento permanente do céu e redobram a atenção nesta época do ano, de festas juninas, quando os baloeiros intensificam a prática criminosa e negligenciam os riscos. Como tudo o que sobe desce, os balões podem cair em chamas sobre casas, escolas, indústrias e florestas. Historicamente o principal risco externo para o Polo é a queda de balões, que tem indicador mensal desde 2001, controlado pelo PAM (Plano de Auxílio Mútuo), departamento do Cofip ABC (Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC). O plano visa a atuação integrada de empresas e órgãos públicos para maior eficiência no controle de emergências. De 2001 a 2017, mais de 1.100 ocorrências com balões já foram registradas no complexo industrial.
Quando balão é avistado em rota de queda nas proximidades do Polo, os brigadistas acionam o sistema interno de comunicação para fazer o alerta e podem atuar com rapidez por meio de vias internas bem sinalizadas, que interligam as plantas industriais. Em viaturas equipadas com canhões, que podem ser acoplados a qualquer linha da rede de hidrante, é possível abater o balão ainda no ar. Como são mantidos no ar por tochas acesas, que recebem materiais com elevado e duradouro poder de queima, os balões podem cair ainda em chamas. Quanto maior a estrutura do balão, maior sua capacidade de transportar apetrechos. Os balões de grande porte podem levar bandeiras, além dos tradicionais fogos de artifício, que ultimamente têm sido direcionados para baixo. Dessa forma, quando são disparados durante o voo, os fogos ainda podem atingir lugares sensíveis e iniciar incêndios, independentemente de sua queda.
Em sua trajetória sem controle, o balão representa ameaça constante a pessoas e patrimônios. Além de provocar explosões e incêndios, pode atingir cabos de energia elétrica e provocar grandes apagões. E ainda tem mais: ao se chocar com avião, durante o pouso ou a decolagem, o balão pode ser sugado por sua turbina, o que gera o risco de derrubada da aeronave.
Desde 13 de fevereiro de 1998, fabricar, comercializar, transportar ou soltar balões são crimes ambientais, passíveis de punição, que pode chegar a três anos de detenção, conforme a lei federal 9.605. Os balões não existem sem os baloeiros, assim como os baloeiros não poderão atuar caso a população se mobilize e não permita que riscos enormes e desnecessários passem incólumes. Portanto, é fundamental que todos ajudem a coibir a ação dos baloeiros por meio de denúncias, que podem ser feitas ao Disque Denúncia (181) ou à Polícia Militar (190).
Valdemar Conti é coordenador do PAM (Plano de Auxílio Mútuo).

JORNAL DIA A DIA (MS)


Alerta sobre balões cresce 33% e especialista aponta perigos 

Foram 295 notificações registradas em 2017 contra 221 em 2016
Os céus do país estão cada vez mais perigosos para o transporte aéreo. O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes) registrou aumento de 33% no número de alertas sobre balões nos seis primeiros meses de 2017 em comparação com igual período de 2016. Neste ano, o órgão anotou 295 notificações sobre balões próximos a aeronaves, contra 221 anotações no ano passado.
O período das festividades juninas deve ampliar ainda mais os alertas sobre esses artefatos na rota das aeronaves. “Além da possibilidade de interromper o tráfego aéreo em um aeroporto, causando adiamento de pousos e decolagens, as unidades menores podem não ser detectadas por radares e aumentar ainda mais os riscos de colisão com aeronaves”, alerta Shailon Ian, engenheiro aeronáutico formado pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e presidente da Vinci Aeronáutica.
O aumento no registro de balões nas rotas provocou prejuízos para o país. O Brasil já foi colocado em uma lista na área de aviação aeronáutica onde figuram países em zona de guerra. O espaço aéreo brasileiro foi classificado pela Federação Internacional de Pilotos Comerciais (Ifalpa, na sigla em inglês) como “criticamente deficiente”. “A imprudência de algumas pessoas pode provocar tragédias no setor aéreo do país”, sentencia o especialista.
Para Shailon Ian, o aumento de notificações de balões ajuda os pilotos durante os voos, mas pode provocar impactos nos custos das operações das companhias. Com o crescimento dos riscos, as empresas seguradoras também analisarão o quesito na hora de renovação do contrato. “Mesmo sem registros de incidentes, o consumidor pagará a conta dessas pessoas que provocam um grande risco para a sociedade”, aponta o engenheiro.
Impactos ambientais – De incêndios de grandes proporções em áreas urbanas a queimadas em áreas verdes de difícil combate, a soltura de balões pode provocar prejuízos incalculáveis às pessoas e também ao meio ambiente, à natureza.
O Biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS), diz que as queimadas destroem a fauna e a flora nativas, causando o empobrecimento do solo e reduzindo a penetração de água no subsolo, entre outros danos ao meio ambiente. “Além da destruição imediata, o local atingido pelo fogo sofre com outras sérias consequências. O desaparecimento de determinadas espécies, animal ou vegetal, acaba desencadeando outros problemas e ameaça seriamente a nossa biodiversidade”, alerta Puorto.
Proibida desde 1998, a prática de soltar balões é considerada crime ambiental, com pena de até três anos de detenção e pagamento de multa. “No entanto, só a lei não inibe a ação dos baloeiros. Por isso, é importante maior rigor no combate à prática, principalmente por meio de denúncias, até mesmo em casos apenas de suspeita”, defende o Biólogo.
Sobre Shailon Ian - Formado como engenheiro aeroespacial do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) – a escola PREMIER no Brasil para o setor aeroespacial e aeronáutico – Shailon Ian serviu como tenente durante 5 anos na Força Aérea Brasileira (FAB), onde trabalhou na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e teve a oportunidade de trabalhar em mais de 200 auditorias de aeronaves e empresas em todo o mundo. Depois de deixar a organização, ele atendeu clientes na área privada, trabalhando com todas as marcas e modelos de aeronaves e helicópteros corporativos. Desde 2014 é presidente e fundador da Vinci Aeronáutica.



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