NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 20/06/2017 / EUA avaliam Super Tucano da Embraer
EUA avaliam Super Tucano da Embraer ...
Ensaios com o avião de ataque da fabricante brasileira tem potencial para se converter na aquisição de mais de 120 unidades, por US$ 1,2 bi ...
Roberto Godoy ...
O avião de ataque A-29 Super Tucano, da Embraer Defesa e Segurança (EDS), será avaliado em julho pela Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), para substituição do jato A-10 Javali na frota de ações contra alvos no solo. Os ensaios serão conduzidos no complexo de Holloman, no Novo México. A observação ainda não é um programa, todavia, especialistas militares americanos estimam que um futuro pacote, a ser definido nos próximos anos, possa abranger mais de 120 unidades, valendo acima de US$ 1,2 bilhão.
O convite é importante para a Embraer. A demanda por aeronaves da classe do Super Tucano está em crescimento na Ásia, África, Oriente Médio e América Latina. O convite do Pentágono é fator de prestígio, e eventualmente um bom argumento comercial, em um segmento avaliado em US$ 3,5 bilhões, envolvendo encomendas potenciais de 300 aeronaves. O principal produto militar da companhia já atua regularmente na aviação do Afeganistão, Angola, Brasil, Burkina-Fasso, Chile, Colômbia, Equador, Indonésia, EUA, Líbano, Mauritânia, Mali e Republica Dominicana.
O viés do estudo OA-X (Conceito de Observação e ataque na sigla em inglês) é definir os benefícios do uso de um modelo novo, de baixo custo, e que não requeira desenvolvimentos para fornecer o apoio tático à tropa, em missões em ambiente de baixo risco – por exemplo, onde as defesas antiaéreas estiverem limitadas a metralhadoras ou mísseis disparados do ombro de um soldado. O modelo examinado deverá ter, ainda, capacidade para receber acessórios que permitam realizar voos de coleta de informações de inteligência.
A análise considera uma solução em dois vieses: a compra de uma aeronave para fazer esse trabalho mais leve, associada à modernização de uma parte da frota do A-10, providência capaz de estender a vida útil do pesado e caro Javali até ao menos 2035. O ágil turboélice A-29 não está sozinho na OA-X. A USAF convidou também as empresas Beechcraft, com o AT-6 Wolverine – muito parecido com o Super Tucano –, e a Textron Airland, por meio do Scorpion, o único jato do grupo.
A preocupação das autoridades americanas com o gasto operacional é grande. Uma hora de voo do A-10 não sai por menos de US$ 17 mil. O novo F-35 Lightning exige entre US$ 35 mil e US$ 42 mil. A despesa com o Super Tucano, pelo mesmo tempo de emprego, fica na faixa entre US$ 1 mil e US$ 1,5 mil. “O nosso produto é a solução ideal para a USAF porque é especialmente adequado para o tipo de missão pretendido”, disse Jackson Schneider, presidente da EDS.
Com uma vasta lista de admiradores e volumosa ficha de sucesso em combate, o Javali, entrou em operação há 40 anos – ainda é eficiente, mas ficou velho. A rigor, o A-10 foi desenhado em torno do maior canhão embarcado de sua classe: o GAU-8 Vingador, um gigante de 300 kg, 6 metros de comprimento e 7 canos rotativos de 30 mm. A arma é um metro mais comprida que o Mercedes Benz S/500L, um dos maiores sedãs do catálogo da fabricante alemã.
Sucessão
A Comissão das Forças Armadas do Senado dos EUA quer que a desmobilização comece já em 2017 no âmbito de um corte proposto de despesas da aviação militar da ordem de US$ 4 bilhões. Não é tão simples. “O A-10 é muito bom no que faz”, diz o ex-piloto ‘Bock’ Martin, lembrando que nas duas guerras do Iraque, em 1991 e 2003, “foram cumpridos mais de 4 mil ataques com os Javalis – o índice de êxitos foi superior a 94%, um recorde – fica difícil tirar do ar um recurso eficiente assim”.
O problema é que o A-10 não tem sucessor claro. A solução mais prática para o problema, de acordo com os consultores do Pentágono, é submeter a um amplo programa de modernização de 173 exemplares extraídos da atual frota pronta para uso, cerca de 290 unidades – 160 delas compondo esquadrões em permanente mobilização. Esse conjunto permaneceria engajado nas tarefas mais pesadas.
As missões mais leves caberiam a uma outra aeronave, entre as avaliadas na OA-X. Leve vantagem para o A-29 Super Tucano, da EDS. Considerado o melhor de sua classe em produção no mundo, com 200 aviões produzidos, e uso regular em 13 países contra insurgentes, no trabalho de apoio aproximado da tropa em terra, o A-29 leva a vantagem de já ter sido escolhido uma vez pelo Departamento de Defesa dos EUA e de já estar sendo fabricado em território americano.
Mais do que isso: o avião brasileiro é citado nos EUA em todos os principais estudos a respeito da troca do A-10 como opção para atender ao segundo viés do empreendimento: “ataque leve em território hostil de baixo risco”. O Super Tucano foi selecionado pela Força Aérea dos EUA para ser comprado e repassado para a aviação do Afeganistão. O contrato, de US$ 428 milhões, cobre 20 aviões. Parte desse lote, 8 aeronaves, permanecerá em território americano servindo ao treinamento de pilotos na base de Moodys.
Os 12 restantes já foram entregues e estão sendo empregados para atingir alvos do Taleban, da Al- Qaeda e do Estado Islâmico. Entre janeiro e março de 2016 – único balanço oficial divulgado – foram realizados 260 ataques. Em apenas um deles 42 líderes radicais teriam sido eliminados, de acordo com o comando afegão de operações aéreas.
A linha de produção americana fica em Jacksonville, na Flórida. É dessa facilidade industrial, mantida em associação com o grupo Sierra Nevada Company, que saem outras encomendas intermediadas em Washington, como os seis Super Tucanos comprados em novembro de 2015 pelo Líbano.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Concursos públicos abrem 19,1 mil vagas e salários chegam a R$ 24,8 mil
Pelo menos 102 concursos públicos no país estão com inscrições abertas nesta segunda-feira (19) e reúnem 19,1 mil vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 24.818,91 no Ministério Público de Rondônia.
Além das vagas abertas, há concursos para formação de cadastro de reserva – ou seja, os candidatos aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso.
Entre os destaques estão os concursos da Marinha, que oferecem o total de 32 vagas. Dois deles encerram as inscrições nesta segunda-feira. No Exército são 440 vagas. Já a Aeronáutica inscreve para 56 vagas.
Há ainda oito conselhos regionais oferecendo vagas de todos os níveis de escolaridade em 20 estados.
Em termos de vagas, o Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia tem 2.373 em vários estados. O Corpo de Bombeiros e Polícia Militar da Bahia oferecem 2.750 oportunidades. A Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo do Ceará abriu 1.034 vagas. Na Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo são também 1.034.
A Secretaria da Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte abriu 571 postos. Na Prefeitura de Osasco (SP) são 1.271 vagas em todos os níveis. Na Prefeitura de Guarujá (SP) são 2 mil. Na Prefeitura de Campo Grande (MS) são 1.700.
EUA avaliam Super Tucano da Embraer
Ensaios com o avião de ataque da fabricante brasileira tem potencial para se converter na aquisição de mais de 120 unidades, por US$ 1,2 bi
Roberto Godoy
Edição de 19 Jun 2017
O avião de ataque A-29 Super Tucano, da Embraer Defesa e Segurança (EDS), será avaliado em julho pela Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), para substituição do jato A-10 Javali na frota de ações contra alvos no solo. Os ensaios serão conduzidos no complexo de Holloman, no Novo México. A observação ainda não é um programa, todavia, especialistas militares americanos estimam que um futuro pacote, a ser definido nos próximos anos, possa abranger mais de 120 unidades, valendo acima de US$ 1,2 bilhão.
O convite é importante para a Embraer. A demanda por aeronaves da classe do Super Tucano está em crescimento na Ásia, África, Oriente Médio e América Latina. O convite do Pentágono é fator de prestígio, e eventualmente um bom argumento comercial, em um segmento avaliado em US$ 3,5 bilhões, envolvendo encomendas potenciais de 300 aeronaves. O principal produto militar da companhia já atua regularmente na aviação do Afeganistão, Angola, Brasil, Burkina-Fasso, Chile, Colômbia, Equador, Indonésia, EUA, Líbano, Mauritânia, Mali e Republica Dominicana.
O viés do estudo OA-X (Conceito de Observação e ataque na sigla em inglês) é definir os benefícios do uso de um modelo novo, de baixo custo, e que não requeira desenvolvimentos para fornecer o apoio tático à tropa, em missões em ambiente de baixo risco – por exemplo, onde as defesas antiaéreas estiverem limitadas a metralhadoras ou mísseis disparados do ombro de um soldado. O modelo examinado deverá ter, ainda, capacidade para receber acessórios que permitam realizar voos de coleta de informações de inteligência.
A análise considera uma solução em dois vieses: a compra de uma aeronave para fazer esse trabalho mais leve, associada à modernização de uma parte da frota do A-10, providência capaz de estender a vida útil do pesado e caro Javali até ao menos 2035. O ágil turboélice A-29 não está sozinho na OA-X. A USAF convidou também as empresas Beechcraft, com o AT-6 Wolverine – muito parecido com o Super Tucano –, e a Textron Airland, por meio do Scorpion, o único jato do grupo.
A preocupação das autoridades americanas com o gasto operacional é grande. Uma hora de voo do A- 10 não sai por menos de US$ 17 mil. O novo F-35 Lightning exige entre US$ 35 mil e US$ 42 mil. A despesa com o Super Tucano, pelo mesmo tempo de emprego, fica na faixa entre US$ 1 mil e US$ 1,5 mil. “O nosso produto é a solução ideal para a USAF porque é especialmente adequado para o tipo de missão pretendido”, disse Jackson Schneider, presidente da EDS.
Com uma vasta lista de admiradores e volumosa ficha de sucesso em combate, o Javali, entrou em operação há 40 anos – ainda é eficiente, mas ficou velho. A rigor, o A-10 foi desenhado em torno do maior canhão embarcado de sua classe: o GAU-8 Vingador, um gigante de 300 kg, 6 metros de comprimento e 7 canos rotativos de 30 mm. A arma é um metro mais comprida que o Mercedes Benz S/500L, um dos maiores sedãs do catálogo da fabricante alemã.
Sucessão
A Comissão das Forças Armadas do Senado dos EUA quer que a desmobilização comece já em 2017 no âmbito de um corte proposto de despesas da aviação militar da ordem de US$ 4 bilhões. Não é tão simples. “O A-10 é muito bom no que faz”, diz o ex-piloto ‘Bock’ Martin, lembrando que nas duas guerras do Iraque, em 1991 e 2003, “foram cumpridos mais de 4 mil ataques com os Javalis – o índice de êxitos foi superior a 94%, um recorde – fica difícil tirar do ar um recurso eficiente assim”.
O problema é que o A-10 não tem sucessor claro. A solução mais prática para o problema, de acordo com os consultores do Pentágono, é submeter a um amplo programa de modernização de 173 exemplares extraídos da atual frota pronta para uso, cerca de 290 unidades – 160 delas compondo esquadrões em permanente mobilização. Esse conjunto permaneceria engajado nas tarefas mais pesadas.
As missões mais leves caberiam a uma outra aeronave, entre as avaliadas na OA-X. Leve vantagem para o A-29 Super Tucano, da EDS. Considerado o melhor de sua classe em produção no mundo, com 200 aviões produzidos, e uso regular em 13 países contra insurgentes, no trabalho de apoio aproximado da tropa em terra, o A-29 leva a vantagem de já ter sido escolhido uma vez pelo Departamento de Defesa dos EUA e de já estar sendo fabricado em território americano.
Mais do que isso: o avião brasileiro é citado nos EUA em todos os principais estudos a respeito da troca do A-10 como opção para atender ao segundo viés do empreendimento: “ataque leve em território hostil de baixo risco”. O Super Tucano foi selecionado pela Força Aérea dos EUA para ser comprado e repassado para a aviação do Afeganistão. O contrato, de US$ 428 milhões, cobre 20 aviões. Parte desse lote, 8 aeronaves, permanecerá em território americano servindo ao treinamento de pilotos na base de Moodys.
Os 12 restantes já foram entregues e estão sendo empregados para atingir alvos do Taleban, da Al- Qaeda e do Estado Islâmico. Entre janeiro e março de 2016 – único balanço oficial divulgado – foram realizados 260 ataques. Em apenas um deles 42 líderes radicais teriam sido eliminados, de acordo com o comando afegão de operações aéreas.
A linha de produção americana fica em Jacksonville, na Flórida. É dessa facilidade industrial, mantida em associação com o grupo Sierra Nevada Company, que saem outras encomendas intermediadas em Washington, como os seis Super Tucanos comprados em novembro de 2015 pelo Líbano.
Fabricante fecha 1ª venda em três meses
Edição de 19 Jun 2017
O diretor-presidente da Embraer Paulo Cesar de Souza e Silva, espera sacramentar a primeira venda do cargueiro KC-390 nos próximos três meses. “A sinalização de Portugal é muito positiva. Na quinta-feira da semana passada, o Conselho de Ministros de Portugal aprovou a operação de compra e o primeiro- ministro de Portugal esteve no Brasil no domingo passado. Agora temos 90 dias para negociar o contrato”, afirmou o executivo ao Estado.
O valor do contrato ainda dependerá das configurações e equipamentos das aeronaves, mas a despeito das questões em aberto a Embraer pode obter acesso privilegiado de seu novo produto à maior aliança militar do mundo, a OTAN. “Isso é muito importante porque a entrada na Europa é muito importante. É uma vitrine para o mundo”, diz Souza e Silva. Se confirmada a venda a Portugal, ela se somará à encomenda já feita pela Força Aérea Brasileira (FAB), que vai adquirir 28 unidades da aeronave – a primeira delas com previsão de entrega em meados de 2018.
A produção do KC-390 marca o retorno dos altos investimentos da Embraer no mercado militar. Nesse mercado, a empresa tem um best seller mundial, o avião de treinamento EMB 314 Super Tucano.
Fabricante da série de aviões comerciais regionais com capacidades entre 70 e 130 assentos, que lhe garantem posição de liderança no mercado e o posto de terceira maior construtora do mundo, atrás de Boeing e Airbus, a companhia brasileira busca agora tomar uma posição no setor de aviação militar de transporte de carga e pessoal, reabastecimento, missões humanitárias e de buscas. Esse mercado, hoje dominado pelo Hercules, é estimado pela Embraer em US$ 50 bilhões por ano, enquanto a demanda projetada para o KC-390 seria de US$ 1,5 bilhão. / A.N.
Polícia de SP investiga mais um roubo de armas num fórum no estado
Quadrilha levou a maioria das 391 armas guardadas no Fórum de Diadema. Em Guarujá, bandidos levaram 372 armas do Fórum.
A polícia de São Paulo está investigando mais um roubo de armas num fórum no estado. Em 15 dias, bandidos levaram mais de 700. Neste fim de semana, o ataque foi em Diadema.
Os investigadores entraram no Fórum na manhã desta segunda-feira (19) e confirmaram que as câmeras de segurança estavam desligadas quando aconteceu o roubo.
Três bandidos encapuzados dominaram os vigilantes dentro do Fórum. Os ladrões amarraram os seguranças e colocaram capuzes neles. Serraram cadeados e passaram por três portas até chegar à sala de armas. A quadrilha levou a maioria das 391 armas guardadas no prédio, em carrinhos usados para transportar processos. A primeira suspeita da polícia é que os ladrões soubessem onde estava o armamento. A maior parte era de revólveres e pistolas. Eles também levaram três metralhadoras e um fuzil.
“É óbvio que a informação privilegiada em algum momento ela surgiu, porque a quadrilha que lá adentrou foi diretamente na sala do depósito das armas. Ou seja, não houve arrombamento de salas anexas”, disse o delegado Miguel Ferreira da Silva.
Em números, dá para entender com mais clareza o perigo dessas armas de volta às ruas. Só nos primeiros quatro meses deste ano, 51 armas foram apreendidas na cidade de Diadema. Uma média de 13 por mês. As policias, então, teriam que trabalhar dois anos e meio só para tirar de circulação o arsenal roubado do Fórum.
Foi o segundo assalto em fóruns de São Paulo em 15 dias. Em Guarujá, no litoral paulista, bandidos também levaram 372 armas do Fórum.
Desde junho de 2016, a Justiça paulista e o Exército tinham decidido que as armas não deveriam ficar mais nos fóruns. Onze mil já tinham sido recolhidas. As que ainda estão nos prédios, devem ser levadas para batalhões da PM.
Para o Instituto Sou da Paz, as armas não precisam ficar no Fórum até o processo ser julgado.
“Uma vez que o laudo pericial, a análise técnica feita dessas armas, ela é disponibilizada tanto para acusação quanto para defesa. Se ambas estiverem de acordo que esse laudo é válido, essa arma pode imediatamente ser destinada à destruição, porque a prova em si ela já está feita, não tem mais nada a se fazer com essa arma”, explicou Ivan Marques, diretor-executivo do Instituto Sou da Paz
O Tribunal de Justiça de São Paulo declarou que está acelerando os procedimentos com o comando do Exército para a destruição semanal de um número maior de armas. A Secretaria estadual de Segurança anunciou o reforço do policiamento das comarcas que guardam armas.
Portugal avalia cargueiro da Embraer
Por Daniela Fernandes | Para O Valor, De Paris
Edição de 19 Jun 2017
A Embraer poderá anunciar em cerca de 90 dias a primeira venda para o governo de Portugal do novo cargueiro militar KC-390. As negociações vão começar rapidamente, após o conselho de ministros de Portugal ter aprovado, na semana passada, urna resolução que autoriza o início das discussões com o fabricante brasileiro para a aquisição do modelo.
"Prevemos ter no prazo de cerca de 90 dias a oficialização desse interesse por meio de um contrato firme que vai estabelecer todas as regras da operação, como preços, características do avião e o prazo de entrega", afirmou Jackson Schneider, vice-presidente da área de defesa e segurança da Embraer.
O KC-390 será exibido a partir de hoje no salão da aeronáutica de Le Bourget, nos arredores de Paris, a maior feira de aviação do mundo, que reúne mais de 2 mil expositores. "0 mercado está bastante interessado em conhecer o KC-390. Delegações internacionais de vários países vão visitar nosso estande e ter reuniões com as nossas equipes", afirma Paulo Cesar de Souza e Silva, presidente da Embraer. A companhia não prevê, no entanto, anunciar alguma venda do avião militar durante a feira parisiense, que vai até domingo.
Se o negócio com o governo de Portugal — que prevê a aquisição de cinco aeronaves KC-390, com opção de mais uma — for concluído, será a primeira venda do cargueiro para um país estrangeiro. O avião está em fase final de testes e inicia o processo de certificação.
Na semana passada, o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, participou de um voo do KC-390 entre São Paulo e Rio de Janeiro, conta Souza e Silva. "Temos realmente a expectativa de assinar ainda neste ano o primeiro contrato dessa aeronave", afirma, se referindo a um país estrangeiro.
Até o momento, a única encomenda foi realizada pelo governo brasileiro que adquiriu, por R$ 7,2 bilhões, 28 unidades. A primeira será entregue em 2018. As discussões com Portugal são as mais avançadas, mas há pelo menos um outro país, provavelmente do sudeste asiático, onde as conversas para um futuro contrato também estão em fase adiantada.
Mais de dez países, diz Schneider, iniciaram conversas com a Embraer sobre o novo cargueiro que poderão, eventualmente, resultar em vendas. "Existem diferentes estágios de interesse por parte de vários países", ressalta.
A novidade é que países do sudeste asiático e Oriente Médio se somaram a interessados já conhecidos, como Chile, Colômbia, República Checa e Argentina, que enviaram cartas de intenções, e a Nova Zelândia, onde a Embraer disputa uma concorrência pública.
Após ser exibido no salão da aviação de Paris, o KC-390 (que antes de chegar a França passou pela Suécia) irá iniciar um tour, de mais de 40 dias, que passará por Portugal, Oriente Médio e o sul da Ásia e irá até a Nova Zelândia. O vice-presidente da área de defesa irá apenas para um país do sudeste asiático, o que sugere que nesse mercado, que ele não informou qual, as negociações estariam avançadas.
O presidente da Embraer se diz bastante otimista em relação à feira em Paris. Pela primeira vez, a companhia apresenta em Le Bourget, ao mesmo tempo, modelos de defesa (o KC-390), de aviação comercial, com o 195 E-2 — sua maior aeronave nesse segmento, com capacidade para até 146 assentos — e de aviação executiva, com Legacy 450.
"Acho que será uma feira excelente para a Embraer", destaca Souza e Silva. "Há várias negociações em andamento e esperamos realmente ter um bom ano. Nosso otimismo é muito grande porque existe um forte interesse do mercado", completa. No último salão de Le Bourget, em 2015, a Embraer anunciou a venda de 103 aviões, sendo 50 pedidos firmes. Anúncios de vendas poderão ser feitos a partir de amanhã.
O otimismo da Embraer contrasta com a visão de outros grandes fabricantes. "Este ano será bastante desacelerado para as encomendas da Airbus, como para a toda indústria", estimou recentemente John Leahy, diretor de vendas da Airbus.
O Novo Jeito arrecadou 425 Toneladas de donativos para atingidos pelas enchentes em Pernambuco
Belém de Maria foi a última cidade a receber o mutirão de serviços, que contou com a ajuda de 2.500 voluntários
Menos de um mês, esse foi o tempo necessário para a ONG O Novo Jeito conseguir arrecadar e entregar 425 toneladas aos moradores da Zona da Mata e Agreste pernambucano atingidos pelas enchentes. A campanha, encerrada nesse domingo (18), envolveu 2.500 voluntários e beneficiou 24 cidades numa verdadeira corrente do bem.
Apenas nesse domingo, cerca de duzentos voluntários do movimento se misturaram aos desabrigados das chuvas no Em Belém de Maria, na Mata Sul. Do dia 28 de maio a 18 de junho, os milhares de voluntários se uniram numa grande corrente do bem e se mobilizaram para fazer doações, triar os donativos recebidos, transportar o material até o interior em 65 caminhões e ônibus, limpar uma escola, um hospital, um centro de assistência social, um ginásio de esportes e, juntas, dedicar 13.800 horas de trabalho para beneficiar os municípios atingidos pelas enchentes.
"Foi exatamente numa situação como esta que o movimento nasceu. Em junho de 2010, quando as mesmas cidades foram atingidas pelas cheias, decidimos nos mobilizar e ajudar as vítimas. Este ano, não poderíamos deixar de fazer o mesmo, e na manhã do primeiro dia de chuvas, já tínhamos cinco pontos de arrecadação organizados. Ficamos muito felizes com a mobilização da sociedade civil, que entendeu o chamado e se dedicou, não só às doações, mas também ao trabalho voluntário", afirma Fábio Silva, idealizador do movimento.
Nos fins de semana, mutirões de serviços foram realizados nos municípios de Catende, Rio Formoso e Belém de Maria. A mobilização também contou com o apoio de mais de 50 empresas e instituições, que formaram pontos de arrecadação de donativos, cederam funcionários e caminhões e realizaram campanhas com seus clientes, revertendo o lucro para a compra de colchões e cestas básicas.
A Interne Soluções em Saúde cedeu o galpão que se transformou temporariamente do "quartel general" da ação. A Aeronáutica enviou soldados para ajudar no carregamento de donativos nos veículos que seguiriam para o interior, assim como a Celpe, que também cedeu colaboradores
Números
Números
Em números, foram 21 dias, com 2500 voluntários engajados em 24 cidades. 65 caminhões e ônibus cedidos para a logística, com a ajuda de 54 empresas parceiras. 425,7 toneladas de donativos arrecadados, em 13.800 horas de trabalho voluntário. 1 escola recuperada em Catende; 1 hospital, 1 Centro de Assistência Social e 1 ginásio, em Rio Formoso.
Moradores de Água Preta, Amaraji, Barra de Guabiraba, Barreiros, Belém de Maria, Catende, Cortês, Gameleira, Jaqueira, Maraial, Palmares, Primavera, Ribeirão, Rio Formoso, Sirinhaém, Caruaru, Ipojuca, Joaquim Nabuco, Jurema, Lagoa dos Gatos, Quipapá, São Benedito do Sul, Tamandaré e Xexéu foram beneficiados com roupas, sapatos, alimentos, garrafas de água, colchões, brinquedos, produtos de limpeza e móveis.
FAB diz que não foi avisada sobre resgate frustrado de piloto após pouso forçado em rio na selva, em RR
Na quarta, piloto teve de pousar monomotor dentro de rio. Empresa dona da aeronave mandou resgate que só conseguiu salvar técnico em enfermagem, que também estava no voo, e corpo do piloto foi achado 3 dias depois.
Por G1 Rr
A Aeronáutica informou neste domingo (18) que não foi avisada sobre o resgate frustrado do piloto Elcides Rodrigues Pereira, de 64 anos, após ele ter pousado à força o monomotor que guiava dentro do rio Catrimani, na Terra Indígena Yanomami, região Sul de Roraima.
A tentativa de resgate do piloto, que sobreviveu ao pouso, foi feita pela Paramazônia Táxi Aéreo, a própria empresa dona do monomotor, e só salvou o técnico em enfermagem Ednilson Cardoso, de 28 anos, que também estava no voo. O acidente aéreo ocorreu na quarta (14) e o corpo do piloto só foi achado três dias depois pelos Bombeiros.
Por meio de nota, a Aeronáutica divulgou que recebeu a informação que empresa iria buscar os sobreviventes uma hora após o pouso, assumindo a partir de então, a responsabilidade pela ação.
Porém, segundo a nota, nada foi dito sobre o acidente durante o resgate. Uma investigação foi aberta pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa).
Ao G1, Arthur Neto, dono da Paramazônia, negou ter ocultado a tentativa frustrada de resgate do piloto. Ele disse que avisou, na mesma tarde, a Força Aérea Brasileira sobre o ocorrido.
"Informei, sim, a FAB. Tanto é que mandaram equipe do Cenipa [Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos] para cá", declarou Neto. Ele não quis dar mais declarações.
A Aeronáutica, no entanto, rebateu a alegação do empresário. Segundo a Força Aérea, quem avisou a empresa sobre o pouso forçado do monomotor foi a própria Aeronáutica, que só ficou sabendo do sumiço do piloto após mandar equipe do Seripa VII a Boa Vista, já na quinta-feira (15).
"O Seripa VII tomou conhecimento do acidente que ocorreu durante o resgate ao efetuar a entrevista com os operadores da aeronave na quinta-feira", informou a Aeronáutica.
Um vídeo feito pelo técnico em enfermagem mostrou o momento do pouso forçado dentro do rio em uma região de mata densa, no meio da selva amazônica após o monomotor ter dado pane elétrica.
As imagens registraram que Elcides Rodrigues pediu socorro e deu a localização exata de onde iria pousar. O piloto e o técnico em enfermagem estavam em missão pela Secretaria Estadual de Saúde Indígena (Sesai).
Em nota, o Ministério da Saúde, responsável pela Sesai, informou que está acompanhando o caso do acidente aéreo e que o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami está acompanhando as investigações.
O Ministério disse ainda que a empresa Paramazônia Táxi Aéreo prestava serviço para o DSEI Yanomami há quatro anos.
No entanto, durante o resgate apenas o técnico foi salvo, porque o piloto não conseguiu subir nas cordas jogadas pelo helicóptero da empresa, caiu dentro do rio e desapareceu. O corpo dele foi achado a seis quilômetros do local do acidente.
"Tentamos muito puxá-lo para dentro do helicóptero, mas ele estava muito molhado e cansado e por isso acabou caindo dentro do rio. Eu desci e fui atrás dele, mas não o achamos mais", contou Ednilson Cardoso.
De acordo com o técnico, a aeronave decolou de Boa Vista às 13h e pouco depois, às 14, teve a pane elétrica que forçou o piloto a fazer o pouso no rio Catrimani. A missão em que os dois estavam pela Sesai consistia em buscar uma criança doente na comunidade Marari, na Terra Yanomami.
De acordo com o técnico, a aeronave decolou de Boa Vista às 13h e pouco depois, às 14, teve a pane elétrica que forçou o piloto a fazer o pouso no rio Catrimani. A missão em que os dois estavam pela Sesai consistia em buscar uma criança doente na comunidade Marari, na Terra Yanomami.
Apesar do acidente ter ocorrido na tarde de quarta, o Corpo de Bombeiros diz que só foi acionado à noite e enviou equipes de resgate para a região na manhã de quinta-feira.
Sobre o resgate ter sido feito pela própria empresa, o comandante do Corpo de Bombeiros de Roraima, coronel Doriedson Ribeiro, afirmou que em casos como esses o procedimento correto é acionar chamar os bombeiros para fazerem as buscas.
“Tem que acionar o Corpo de Bombeiros para que possa auxiliar nesse tipo de busca, até porque temos aqui militares especialistas em busca aeronáutica, na mata e em mergulhos. Então, o interessante é que se chame a corporação para que se faça esse tipo de procedimento”.
Bovespa busca recuperação e sobe 1% amparada em Embraer e Vale; política segue no radar
Flavia Bohone
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista operava no azul nesta segunda-feira, buscando uma recuperação após quedas recentes, que seguraram o Ibovespa abaixo dos 62 mil pontos ao longo da semana passada, e tendo as ações da Embraer e da Vale entre os destaques positivos.
No entanto, investidores seguem adotando cautela com o cenário político local.
A primeira parte da sessão é marcada ainda por vencimento de opções sobre ações, o que favorece alguma volatilidade aos negócios.
Às 11:55, o Ibovespa subia 0,94 por cento, a 62.203 pontos. O giro financeiro era de 3,04 bilhões de reais.
DESTAQUES
- EMBRAER ON avançava 4,22 por cento, um dos maiores ganhos do Ibovespa, após notícia de que os Estados Unidos vão avaliar o avião de ataque A-29 Super Tucano, com potencial para se converter em compra de mais de 120 unidades e expectativa por novas encomendas.
Relatório do novo Código Brasileiro de Aeronáutica deve ser apresentado na quinta
Da Redação
A comissão especial que trata do novo Código Brasileiro de Aeronáutica reúne-se na quinta-feira (22) para a leitura do relatório do senador José Maranhão (PMDB-PB) sobre o Projeto de Lei do Senado (PLS) 258/2016.
O projeto altera competências e regras administrativas do Código da Aeronáutica (Lei 7.565/1986), além de garantir direitos do consumidor e de empresas prestadoras de serviços aéreos. Conceitos, sanções, participação de capital externo, novas disposições sobre atraso de voos, regras sobre balonismo e ações em caso de acidentes aéreos também estarão no novo código.
Os trabalhos do colegiado, presidido pelo senador Vicentinho Alves (PR-TO), basearam-se no anteprojeto da Comissão de Especialistas de Reforma do Código Brasileiro de Aeronáutica, criada em junho de 2015 e que atuou por nove meses. Com 374 artigos, o anteprojeto do novo Código da Aeronáutica elaborado pela comissão foi transformado no PLS 258/2016, agora analisado pela comissão especial de senadores.
Presidida pelo professor de Direito Aeronáutico e aviador Georges Moura, a comissão, que reuniu engenheiros, juristas e especialistas do setor aéreo, foi instalada em junho de 2015. As sugestões do grupo foram consolidadas em um relatório elaborado pela professora Maria Helena Rolim, mestre em Direito e pesquisadora na área de estratégia espacial.
O texto estabelece desonerações em órgãos de fiscalização e regulação, além de uma série de isenções ao aerodesporto. Também equipara benefícios aos serviços de táxi aéreo aos que já são concedidos às linhas aéreas, como medidas que levem à ampliação das companhias e, consequentemente, ao aumento da concorrência, com a expectativa de que melhorem o atendimento aos consumidores.
A proposta estabelece ainda que o intercâmbio de aeronaves só poderá ser feito com tripulação brasileira. Esse procedimento ocorre quando uma empresa estrangeira fica com uma aeronave parada em solo nacional, à espera do voo de volta e, nesse período, uma empresa brasileira usa o avião, conforme contrato. Para que o intercâmbio ocorra, o texto exige que os tripulantes sejam brasileiros, devido às repercussões na legislação trabalhista do nosso país. Outra sugestão aceita no texto retirou a isenção de pagamento de taxas para as aeronaves experimentais e esportivas.
A reunião está prevista para 9h45, na sala 15 da Ala Senador Alexandre Costa.
Apesar do grande interesse, Brasil não se pode dar ao luxo de comprar sistemas Pantsir-S1
As restrições orçamentárias impedem que o Brasil celebre um acordo para importação dos sistemas russos Pantsir-S1, afirmou o novo embaixador brasileiro na Rússia, Antonio Salgado, em uma entrevista à Sputnik.
As negociações sobre o fornecimento dos sistemas de defesa antiaérea Pantsir-S1 russos para o Brasil começaram ainda no ano de 2013, porém, devido à complexa situação política no país, a celebração do contrato foi várias vezes adiada.
De acordo com o diplomata, o Brasil conhece bem os armamentos russos, que recebem elogios por parte dos militares brasileiros.
"Eles falam bastante bem sobre o sistema Pantsir do ponto de vista tecnológico. Entretanto, as condições orçamentárias atuais impedem neste momento a concretização do negócio", afirmou o embaixador brasileiro.
"Mas eu ressalto que o campo da defesa é um campo muito promissor no desenvolvimento das relações do Brasil com a Rússia. […] As negociações já decorrem há algum tempo, mas quanto a planos de crédito ou linhas de crédito, disso eu não tenho conhecimento", adiantou.
A operação do Pantsir-S1, desde a busca de alvos até à sua destruição, se realiza com um mínimo de cálculos e com curto tempo de resposta. Ao mesmo tempo, o equipamento pode usar seus canhões e mísseis, mesmo em movimento, contra todos os tipos de alvos, tanto tripulados como não tripulados.
Devido ao sistema adaptativo de controle de mísseis por radar-ótico multifeixe, o Pantsir-S1 tem elevada proteção contra interferências e grande capacidade de sobrevivência em condições de supressão eletrônica e de fogo. Ele foi criado de forma modular e pode ser instalado sobre diferentes chassis, com rodas ou lagartas, bem como em plataformas estacionárias.
FAB divulga vídeo para alertar sobre risco de balões no espaço aéreo
Risco Baloeiro Inspirado em literatura de cordel, vídeo mostra risco de acidentes e queimadas que a prática pode causar para aeronaves e florestas
A Força Aérea Brasileira (FAB) começou a veicular campanha para conscientizar a população sobre os riscos de soltar balões. Segundo o órgão, a prática é comum principalmente nesta época de festejos juninos.
Neste ano, a campanha, que já está sendo veiculada na TV e em portais na internet, é inspirada em literatura de cordel. O vídeo alerta para o risco de acidentes e queimadas que a prática pode causar para aeronaves, cidades e florestas.
Segundo a FAB, os meses de maio, junho e julho são os que apresentam mais relatos de incidência de balões no espaço aéreo, se comparados com os quatro meses iniciais do ano e, em alguns casos, até com os cinco últimos meses.
No ano passado, nesse período, foram registradas 199 ocorrências, contra 134 de janeiro a abril (48% de aumento), e 177 de agosto a dezembro. De 2015 para 2016, o número de relatos de avistamento de balões aumentou 57%.
Os balões colocam em risco as aeronaves, dificultando – ou mesmo inviabilizando – a navegação aérea. A pessoa que soltar os artefatos pode ter a ação enquadrada como crime, conforme estabelecido no art. 261 do Código Penal, por colocar em risco as aeronaves e o espaço aéreo brasileiro.
“É uma brincadeira inconsequente e realmente pode resultar numa tragédia. Em um cenário específico, um balão pode derrubar uma aeronave”, explicou o Major Daniel Duarte Moreira Peixoto, porta-voz do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
LB 2017 - Pequenas e médias empresas brasileiras ganham espaço na maior feira aeronáutica do mundo
Ao lado do Cluster Aeroespacial Brasileiro, a cadeia produtiva do setor garante novas parcerias, prospecta novos mercados, contratos e tecnologias.
Os olhares do setor aeroespacial mundial se voltam durante a próxima semana para Paris, na França. Começa na segunda-feira (19) a 52ª edição do International Paris Air Show Le Bourget – maior feira aeroespacial do planeta – e mais uma vez o Cluster Aeroespacial Brasileiro, coordenado pelo Parque Tecnológico São José dos Campos, estará presente.
Em sua grande maioria, as empresas que formam a cadeia produtiva deste setor estão instaladas na região do Vale do Paraíba, especialmente em São José dos Campos, onde nasceu e reside a principal planta da Embraer. Hoje, o cluster coordenado pelo Parque Tecnológico conta com cerca de 100 associados.
Neste ano o pavilhão Brasil no Paris Air Show terá 130m². Participam 13 empresas e instituições que fazem parte do projeto Aerospace Brasil, também coordenado pelo Cluster Aeroespacial Brasileiro. São elas: Akaer, Altave, Aerospace Brasil Certification, Thyssen Krupp, Sobraer, Avionics, Alltec, Ags Holding, Troya, Ambra, Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais, Massucato e Latecoere.
“Este é um evento tradicional, especialmente na área comercial, e as empresas brasileiras, nossas associadas, com apoio da Apex e do Parque Tecnológico, têm a oportunidade de exporem-se de forma estruturada e conquistarem novas parcerias e negócios”, afirma Marcelo Safadi, diretor de Novos Negócios do Parque Tecnológico São José dos Campos.
Internacionalização
A participação das pequenas e médias empresas em feiras como a Paris Air Show resulta do convênio firmado entre o Parque Tecnológico e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
A Apex fomenta a internacionalização das empresas brasileiras subsidiando parte das ações de promoção da cadeia e ainda promove, em parceria com o Parque Tecnológico São José dos Campos, a capacitação e certificação necessária para atender as exigências do mercado internacional.
“A parceria com a Apex é importante e permite que, com apoio do cluster, as pequenas e médias empresas da cadeia aeronáutica também colaborem para que o Brasil melhore seu posicionamento no volume de exportações deste setor”, explica Safadi.
Para Marcelo Nunes, coordenador do Cluster Aeroespacial Brasileiro, estar na maior feira aeronáutica do mundo é ainda uma oportunidade de aumentar a base de relacionamento com grandes empresas e ampliar as opções de mercado.
“Vejo ainda uma chance de nossas empresas trazerem novas tecnologias para o país, com parcerias importantes que serão firmadas em Le Bourget”, destaca Nunes.
A Paris Air Show acontece a cada dois anos desde 1909 no aeroporto de Le Bourget, próximo a Paris, em alternância com o Farnborough International Airshow e o Show Aéreo de Berlim. A feira, considerada a maior do mundo, é famosa por grandes anúncios de contratos, lançamentos e compras, tanto dos grandes players do setor aeroespacial quanto na área de defesa, com a presença das Forças Armadas de diversos países.
Importantes acordos também ocorrerão durante o evento para as empresas do Cluster Aeroespacial Brasileiro. É o caso da Altave, associada ao Cluster e residente no Parque Tecnológico São José dos Campos, que irá anunciar no dia 21 de junho, em Paris, sua parceria industrial com a francesa Airstar Aeroespace, com presença de autoridades brasileiras e francesas. Mais detalhes do acordo serão apresentados durante a coletiva de imprensa em Le Bourget.
A intensa agenda de reuniões e visitas do Cluster Aeroespacial Brasileiro em Le Bourget segue até o final do Paris Air Show, no dia 25 de junho, e as novidades e cobertura da participação no evento poderá ser acompanhada pelo site e página do Facebook do Parque Tecnológico.
Cargueiro KC-390 é apresentado em salão de Paris
Empresa brasileira espera consolidar venda do 1º cargueiro em três meses
A Embraer apresentou ontem à imprensa internacional em Le Bourget, na França, seu cargueiro KC-390, que passa por fase de certificação e deve chegar ao mercado em 2018. A apresentação aconteceu às margens do Salão Aeronáutico de Le Bourget, um dos maiores do mundo.
Com o objetivo de diversificar seu portfólio de produtos, a companhia brasileira espera confirmar nos próximos meses a venda de cinco unidades, com opção de um sexto, ao governo de Portugal (leia mais ao lado). A apresentação foi realizada no final da manhã de domingo com a presença no voo de Paulo Cesar de Souza e Silva, diretorpresidente da Embraer, e de Jackson Schneider, diretor-presidente da Embraer Defesa e Segurança, subsidiária para produtos militares.
O KC-390 é uma das atrações da companhia no salão aeronáutico e tenta conquistar uma parte do mercado hoje cativo do Hercules C-130, produzido pela americana Lockheed Martin. Os dois aviões em fase de testes já contam mais de mil horas de voo e ainda terão pela frente outras mil horas até que a certificação seja garantida, etapa essencial para a venda.
Venda da primeira unidade
O diretor-presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, espera sacramentar a primeira venda do cargueiro KC-390 nos próximos três meses. "A sinalização de Portugal é muito positiva. Na quinta-feira da semana passada, o Conselho de Ministros de Portugal aprovou a operação de compra e o primeiro-ministro de Portugal esteve no Brasil no domingo passado. Agora temos 90 dias para negociar o contrato", afirmou o executivo ao jornal O Estado de S. Paulo.
O valor do contrato ainda dependerá das configurações e equipamentos das aeronaves, mas a despeito das questões em aberto a Embraer pode obter acesso privilegiado de seu novo produto à maior aliança militar do mundo, a Otan. "Isso é muito importante porque a entrada na Europa é muito importante. É uma vitrine para o mundo", diz Souza e Silva. Se confirmada a venda a Portugal, ela se somará à encomenda já feita pela Força Aérea Brasileira (FAB), que vai adquirir 28 unidades da aeronave - a primeira delas com previsão de entrega em meados de 2018.
A produção do KC-390 marca o retorno dos altos investimentos da Embraer no mercado militar. Nesse mercado, a empresa tem um best seller mundial, o avião de treinamento EMB 314 Super Tucano. Fabricante da série de aviões comerciais regionais com capacidades entre 70 e 130 assentos, que lhe garantem posição de liderança no mercado e o posto de terceira maior construtora do mundo, atrás de Boeing e Airbus, a companhia brasileira busca agora tomar uma posição no setor de aviação militar de transporte de carga e pessoal, reabastecimento, missões humanitárias e de buscas.
Esse mercado, hoje dominado pelo Hercules, é estimado pela Embraer em US$ 50 bilhões por ano, enquanto a demanda projetada para o KC-390 seria de US$ 1,5 bilhão.
PORTAL NOTÍCIAS AO MINUTO
FAB abre inscrições para seleção de médicos da Aeronáutica
Processo é composto por provas escritas, inspeção de saúde e aptidão psicológica, validação documental, entre outros
O Curso de Adaptação de Médicos da Aeronáutica (Camar) de 2018 está com inscrições abertas até 3 de julho. Para se candidatar, é preciso acessar site do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica. A taxa de inscrição é de R$ 130.
Para participar dos exames de admissão, os candidatos devem completar 36 anos de idade após 31 de dezembro de 2018. O processo seletivo é composto de provas escritas (língua portuguesa e conhecimentos especializados), inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico e validação documental.
A aplicação das provas escritas ocorrem em 3 de setembro de 2017. Os aprovados em todas as etapas deste processo seletivo e selecionados pela Junta Especial de Avaliação (JEA) deverão se apresentar no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (Ciaar), em Belo Horizonte (MG), no dia 18 de janeiro de 2018, para habilitação à matrícula.
Após a conclusão do curso com aproveitamento, o aluno será nomeado Primeiro-Tenente do Quadro de Oficiais Médicos da Aeronáutica.
As vagas são para diversas regiões do País e para especialidades como alergologia, anestesiologia, cirurgia, geriatria, nefrologia, oftalmologia e psiquiatria, entre outras. Com informações do Portal Brasil.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO (SP)
Cinco filmes para comemorar o Dia do Cinema Brasileiro
Em comemoração ao Dia do Cinema Brasileiro, celebrado em 19 de junho, a Educação selecionou cinco filmes brasileiros para aumentar o repertório dos estudantes e ajudá-los na preparação para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e para os demais vestibulares. Confira:
1) Independência ou Morte – Com direção de Carlos Coimbra, o filme mostra o processo de independência do Brasil. Dom João VI é interpretado por Manoel da Nóbrega, Dom Pedro I, por Tarcísio Meira, José Bonifácio, por Dionísio Azevedo, e Marquesa de Santos, por Gloria Menezes. O filme é de 1972 e tem duração de uma hora e 48 minutos.
2) Olga – O filme narra a história de Olga Benário Prestes (Camila Morgado), militante comunista alemã de origem judaica. O longa traça a trajetória da revolucionária desde a sua adolescência em Munique e o romance com o líder comunista Luís Carlos Prestes (Caco Ciocler) até o nascimento de sua filha Anita Prestes e sua morte em um campo de extermínio durante o regime nazista. O filme é de 2004, a direção é de Jayme Monjardim e a duração é de 141 minutos.
3) Revolução de 30 – Todo em preto-e-branco, o documentário de Sylvio Back trata do movimento tenentista e da Revolução de 1930, com comentários dos historiadores Bóris Fausto, Edgar Carone e Paulo Sérgio Pinheiro. O documentário é de 1980 e tem duração de duas horas.
4) Senta a pua! – Neste documentário de 1999, Erik de Castro descreve a atuação do 1º Grupo de Aviação de Caça da FAB (Força Aérea Brasileira) na Segunda Guerra Mundial. Com 112 minutos de duração, o documentário é baseado no livro homônimo do brigadeiro Rui Moreira Lima.
5) For All - O Trampolim da Vitória – O filme evidencia como a construção da base militar Parnamirim Field, em Parnamirim, no Rio Grande do Norte, afeta a vida das famílias locais. De repente, os brasileiros se deparam com dólares, eletrodomésticos, o glamour da cultura de Hollywood, músicas norte-americanas e a sensualidade de cantoras e atrizes famosas. De 1997, o filme ganhou diversos prêmios no Festival de Gramado e no Festival de Miami. A direção é de Buza Ferraz e Luiz Carlos Lacerda e a duração é de 95 minutos.
Dia do Cinema Brasileiro
O Dia do Cinema Brasileiro é comemorado em 19 de junho porque foi nesta data, em 1898, que o italiano Afonso Segreto fez as primeiras imagens com um cinematógrafo no Brasil. O equipamento capturou o cenário da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.
PORTAL DIÁRIO DO GRANDE ABC (SP)
Falta de sinal da SAAB preocupa S.Bernardo
Humberto Domiciano
A Prefeitura de São Bernardo manifestou preocupação com a indefinição sobre o local da fábrica da Saab no município. A empresa sueca, que deve fabricar suprimentos dos aviões-caça Gripen NG, não entrou em contato, segundo o Paço, sobre a sequência do projeto.
Na visão do Executivo, faltam detalhes sobre o início da produção e o impacto do programa para o município. “A empresa pode vir se instalar na cidade. O que tenho sobre a produção dos caças é notícia de jornal. Ouvi falar sobre aluguel de imóvel também. Considero importante (a instalação), pode ser novo case da indústria da região. Mas precisam trazer fato concreto”, comentou o prefeito Orlando Morando (PSDB).
Procurada pelo Diário, a Saab comunicou, por meio de nota, que divulgará mais informações sobre o projeto em breve. “Os detalhes da fábrica de suprimentos do programa Gripen estão sendo finalizados e serão anunciados no devido tempo. Este investimento faz parte do nosso comprometimento, dentro do programa Gripen, de contribuir para que a indústria de defesa e a Força Aérea brasileiras dominem todo o conhecimento necessário para o desenvolvimento futuro de caças, a partir do programa de transferência de tecnologia iniciado em outubro de 2015”, completou.
Procurada pelo Diário, a Saab comunicou, por meio de nota, que divulgará mais informações sobre o projeto em breve. “Os detalhes da fábrica de suprimentos do programa Gripen estão sendo finalizados e serão anunciados no devido tempo. Este investimento faz parte do nosso comprometimento, dentro do programa Gripen, de contribuir para que a indústria de defesa e a Força Aérea brasileiras dominem todo o conhecimento necessário para o desenvolvimento futuro de caças, a partir do programa de transferência de tecnologia iniciado em outubro de 2015”, completou.
De acordo com a empresa, mais de 50 engenheiros brasileiros estão sendo treinados nas instalações da Saab, na Suécia, e mais de 100 profissionais já voltaram para o Brasil e estão trabalhando no desenvolvimento da aeronave. Até 2024, segundo a companhia, mais de 350 profissionais brasileiros participarão de cursos e treinamento na Europa.
Os aviões-caça Gripen NG substituirão a frota de 36 aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira) entre os anos de 2019 e 2024.
No fim do ano passado, a Saab inaugurou, junto com a Embraer, um centro de desenvolvimento do Gripen NG, em Gavião Peixoto, no Interior de São Paulo.
Durante a inauguração, o CEO da Saab, Hakan Buskhe, afirmou que a companhia estava verificando locais para construir a fábrica de aeroestruturas e que, apesar de São Bernardo ser o principal lugar estudado, o endereço seria anunciado apenas no começo deste ano, o que ainda não ocorreu.
O centro de Gavião Peixoto, conforme dados da empresa, funciona como hub (peça de transmissão de dados) de desenvolvimento tecnológico do Gripen NG no Brasil junto às empresas parceiras. A estrutura contempla o ambiente e os simuladores necessários para o desenvolvimento dos caças.
Além disso, o centro está conectado à Saab na Suécia e aos parceiros industriais brasileiros, tendo como foco a transferência de tecnologia e desenvolvimento eficientes. (Colaborou Raphael Rocha)
AIN ONLINE (EUA)
Embraer Demo Flight Highlights KC-390 Capabilities
Paris Air Show
by Matt Thurber
In a first for the multi-mission KC-390 military transport, Embraer invited members of the media for a flight in the broad-shouldered twin-turboprop on the eve of the Paris Air Show.
After passing through several layers of high security, members of the media were escorted to the KC-390 parked on a ramp accessible to the Le Bourget taxiways. The KC-390’s big cargo ramp was stowed, so we climbed on via the airstair door and strapped in to sideways-facing troop seats mounted in the center of the 169-cubic-meter (5,970-cu-ft) cargo hold.
During the takeoff, the KC-390’s 31,330-pound thrust IAE V2500 engines pushed us sideways as the nimble jet accelerated quickly, then leaped into the sky. After climbing above the French countryside, we were able to unstrap and explore the airplane, including a brief visit to the flight deck. The sidestick-controlled fly-by-wire flight control system maximizes cockpit space, and gives pilots an uncluttered view of the large displays in the Rockwell Collins Pro Line Fusion avionics.
This KC-390 is the second prototype flying in the flight test program. First delivery to the Brazilian air force, the launch customer, is scheduled for 2018. Two KC-390s are set to be delivered in 2018, and the air force has ordered 28 so far.
On June 16, during exercises with the Brazilian army, tests were conducted on free-fall and static-line paratroop jumps and stability during heavy cargo drops from the ramp, which can remain open to 250 knots. Dry aerial refueling tests with the KC-390’s Cobham 900E-series wing air-refueling pod were done earlier this year using F-5 fighters. Crosswind and tailwind tests were conducted in Punte Arenas and Rio Gallegos, Argentina. The full flight envelope is now open to the maximum 36,000 feet and Mach 0.80 (470 knots), with high-speed flutter tests completed. Flights with ice shapes have begun, and the KC-390 will be flown into real icing conditions later this year.
To prepare for certification of the cargo and ramp system, Embraer technicians built a full-scale test rig that can be pitched and tilted to simulate airborne maneuvering. The cargo floor features flip-over pallet roller fixtures and forty-four 25,000-pound and one hundred forty-five 10,000-pound load hooks. Although the KC-390 has three 3,000-psi hydraulic systems, the ramp can also be moved with a manual backup pump. Asked how many times the handle must be pumped to open or close the ramp, loadmaster instructor Magno Ney said, “A lot.” He added that the flip-over rollers and other features of the cargo system allow faster loading using just one person compared to older cargo aircraft.
“There are no big issues [with the final stages of the certification program],” said Jackson Schneider, president of Embraer Defense and Security.
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