NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 17/06/2017 / C295SAR – FAB recebe a 1ª Aeronave
C295SAR – FAB recebe a 1ª Aeronave ...
Força Aérea Brasileira recebe primeira aeronave Airbus C295 para busca e resgate. Aeronave será exibida no Paris Air Show neste mês de junho antes de fazer um tour pela Ásia e América do Norte ...
Sevilha, junho de 2017 – O Brasil recebeu a sua primeira aeronave Airbus C295 na configuração de busca e resgate (SAR - Search and Rescue). A entrega foi feita nas instalações da Airbus Defence and Space, em Sevilha, na presença de Raul Jungmann, ministro da defesa do Brasil, o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, e de Bernhard Brenner, vice-presidente de marketing e vendas da Airbus Defence and Space.
A aeronave será integrada em julho à frota existente de 12 C295s configurados para transporte, aumentando a frota da Força Aérea Brasileira para 13 modelos. Os termos do acordo também incluem um contrato de cinco anos para suporte completo durante a operação (FISS - Full In Service Support).
"Somos muito gratos por esta renovada demonstração de confiança vinda de um cliente de muitos anos, que usará o C295 para realizar tarefas críticas para a Força Aérea Brasileira. O C295 tem grande aprovação em missões de busca e resgate e representará um grande salto em capacidade para o Brasil", diz Brenner.
Após a cerimônia, a nova aeronave voará para o Paris Air Show para ser exibida na área de exposição estática da Airbus durante o evento.
Depois, a aeronave será levada para um tour de um mês por países da Ásia e da América do Norte, demonstrando sua capacidade em diversos ambientes, antes de chegar ao Brasil para entrar em operação.
Além da frota de aeronaves, a FAB também utiliza um simulador de voo completo do C295 na base aérea de Manaus (BAMN), o que permite uma autonomia completa para o treinamento de sua tripulação.
Mais de 180 modelos C295 já foram encomendados por 25 países. Na América Latina, mais de 100 aeronaves Airbus de transporte militar de todos os tipos estão em operação.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
FAB lança campanha para chamar atenção sobre o risco de soltar balões
Número de balões aumenta 75% em relação à média anual em junho. Soltar balão é crime ambiental; pena vai de multa a prisão de 1 a 5 anos.
Redação
Um alerta da Aeronáutica: nesta época de festas juninas, o número de balões no céu aumenta até 75%. Uma brincadeira perigosa principalmente para a segurança dos voos no país.
Aeroporto Internacional de Guarulhos. No meio do pátio dos aviões particulares, um balão cai e pega fogo. Em poucos segundos, as chamas atingem a vegetação que também se incendeia, enquanto outro balão sobe por trás da mata. A imagem foi registrada no sábado (10) à noite e os bombeiros tiveram que ser acionados para evitar um desastre.
No mesmo dia, outro balão caiu no setor administrativo do aeroporto. A tocha ficou acesa e, mais uma vez, os bombeiros tiveram que correr para evitar um incêndio.
O perigo é grande e frequente. O Cenipa, Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, divulgou um balaço do número de balões avistados em todo o país. Em 2014, foram 336. Em 2015, quase a mesma quantidade. Mas em 2016, foram 510. Um aumento de 57%.
Em 2017, foram avistados 134 balões entre janeiro e abril. Mas esse número deve crescer bastante. Junho é o pior mês do ano para enfrentar esse problema. O tempo fica seco, chamas se espalham com mais facilidade. E, segundo o Cenipa, o número de balões no céu aumenta 75% em relação à média anual.
O balão flagrado pela equipe do Jornal Nacional caiu ao lado do Aeroporto de Congonhas. Outro registrado nesta sexta-feira (16), estava perto do aeroclube de Campinas.
“Uma brincadeira talvez inconsequente pode resultar numa tragédia. Num cenário especifico e provável, um balão pode derrubar uma aeronave”, diz o especialista em segurança de voo major Daniel Duarte Peixoto.
A Força Aérea Brasileira lançou uma campanha educativa para chamar atenção sobre o risco de soltar balões na temporada de festas juninas.
Perigo para quem está no chão também. Na semana passada, moradores de Sorocaba, no interior de São Paulo, registraram a queda de um balão bem perto da rede elétrica. Uns atingiram a fiação em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.
Em São José dos Campos, um balão caiu em cima dos telhados. Pegou fogo. Pedaços em chamas foram em direção às casas. Por sorte não provocaram um incêndio.
Soltar balão é crime ambiental. A pena vai de multa a prisão de um a cinco anos
Governo reajusta para R$ 9 auxílio-alimentação de militares
Parece piada...
Pedro Carvalho
O Governo reajustou o auxílio-alimentação dado aos militares em todo território nacional. Eles receberão 9 reais por dia para se alimentarem.
O último reajuste foi em março do ano passado. Até então, os soldados recebiam 8,20 reais por dia para alimentação.
Sobrevivente relata como foi pouso forçado de monomotor em rio no meio da selva amazônica, em RR: `nasci de novo´
Na quarta (14), avião de pequeno porte teve pane elétrica e fez o pouso forçado. Bombeiros buscam por piloto que está desaparecido: `Temos esperanças de que ele seja achado com vida´, diz filha.
Emily Costa, G1 Rr
"Eu nasci de novo", é assim que o técnico em enfermagem Ednilson Cardoso, de 28 anos, resumiu nesta sexta-feira (16) o que sentiu por ter sobrevivido só com alguns arranhões ao acidente aéreo com um monomotor na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
Na tarde de quarta-feira (14), após pane elétrica o avião em que ele estava fez pouso forçado dentro do rio Catrimani, em uma região de selva amazônica, no Sul de Roraima, durante missão pela Secretaria Estadual de Saúde Indígena (Sesai).
Na aeronave estavam o técnico em enfermagem, que foi resgatado pela empresa proprietária do avião mais de uma hora após o pouso, e o piloto Elcides Rodrigues Pereira, de 64 anos, conhecido como `Peninha´, que sobreviveu ao acidente, mas está desaparecido na região e é procurado pelo Corpo de Bombeiros.
O G1 entrou em contato com a empresa Paramazônia Táxi Aéreo, proprietária do avião, mas ainda não obteve retorno. Por telefone, a assessoria do Ministério da Saúde, responsável pela Sesai, disse que foi informada do acidente e acompanha o caso.
De acordo com o técnico em enfermagem, ele e o piloto saíram de Boa Vista às 13h de quarta para resgatar uma criança doente na comunidade indígena Marari, na Terra Yanomami.
Pouco mais de 1h após a decolagem, a aeronave apresentou pane elétrica e uma das hélices teria parado de funcionar.
"Quando notamos o problema, o Peninha fez contato com a central [da empresa responsável pelo avião] e passou as coordenadas de onde estávamos. Em seguida, começamos a procurar um local para pousar, mas foi difícil porque lá a mata é muito fechada. Então só achamos o rio para fazer o pouso".
Segundo Cardoso, o impacto do pouso na água foi grande. "Foi um pouso forçado, mas também foi uma queda, porque caímos dentro do rio e o avião afundou na água", relata.
O técnico em enfermagem disse que ele e o piloto conseguiram sair de dentro da aeronave logo depois da queda e nadaram até a margem do rio. "Eu empurrei a janela e saímos de dentro do avião. Depois, fomos até a margem e vimos o monomotor na água".
Em seguida, os dois foram à margem do rio onde chegaram a limpar a mata para que fossem vistos pelo resgate.
"Comemos algumas frutas e começamos a nos preparar até para pernoitar no local. Nesse momento, conversamos sobre o que faríamos quando fossemos resgatados e voltássemos para casa", relembra.
Resgate
Cerca de 1h30 depois da queda, aviões da Paramazônia chegaram ao local, mas não conseguiram pousar na mata, conforme Ednilson. Depois, um helicótero que também era da empresa se aproximou de onde estavam o técnico e o piloto e jogaram cordas para que eles subissem.
"Primeiro eu amarrei o Peninha, depois me prendi na corda e começamos a subir. Eu vi que o Peninha estava cansado, muito molhado e fiquei dizendo para ele ficar tranquilo, que iríamos conseguir subir".
Durante o resgate, no entanto, o piloto não conseguiu entrar no helicóptero, acabou caindo dentro do rio e foi levado pela correnteza, segundo o relato do técnico.
"Tentamos muito puxá-lo para dentro do helicóptero, mas ele estava muito molhado e cansado e por isso acabou caindo dentro do rio. Eu desci e fui atrás dele, mas não o achamos mais. Depois de ter ido procurá-lo e conseguir voltar para o helicóptero, apaguei", relembra.
Após ser resgatado, Cardoso chegou a Boa Vista por volta das 19h30. Ele teve apenas escoriações leves nos braços, mas mesmo assim recebeu atendimento médico no Hospital Geral de Roraima.
"Eu nasci de novo. Agradeço a Deus por estar vivo e não descarto de forma alguma a hipótese do Peninha [piloto do avião] também estar vivo. Queria ter voltado para casa com ele". Ednilson Cardoso, 28 anos.
Sobre o resgate do técnico ter sido feito pela própria empresa, o comandante do Corpo de Bombeiros de Roraima, coronel Doriedson Ribeiro, afirmou que em casos como esse o procedimento correto é acionar o Corpo de Bombeiros para fazer as buscas.
“Tem que acionar o Corpo de Bombeiros para que possa auxiliar nesse tipo de busca, até porque temos aqui militares especialistas em busca aeronáutica, na mata e em mergulhos. Então, o interessante é que se chame a corporação para que se faça esse tipo de procedimento”.
Segundo o coronel, desde a quinta pela manhã, os bombeiros buscam pelo piloto na região onde ocorreu o pouso forçado, mas ainda não há informações sobre o paradeiro dele.
`Temos esperaça de que ele seja achado com vida´, diz filha de piloto
Esperando notícias do pai, uma das cinco filhas de Elcides Pereira diz que tem muita esperança que o piloto seja encontrado com vida e bem. Ela pediu para não ter o nome divulgado.
De acordo a familiar, o piloto já tem anos de experiência, trabalha há cinco anos na empresa Paramazônia e `ama voar´.
"Nós temos muita esperança de que ele seja achado com vida, que volte para casa. Ele sabe o quanto o amamos", disse.
Temer embarca para Rússia e Noruega em busca de investimentos
Também estão previstos, ao longo da visita oficial à Rússia, encontros com autoridades do Executivo e do Legislativo russos
Reuters
O presidente Michel Temer embarca na próxima segunda-feira para duas viagens internacionais –à Rússia e à Noruega– em busca de investimentos no Brasil, enquanto segue o suspense político causado pelas delações de executivos da J&F e pelo esperado oferecimento de denúncia por parte da Procuradoria-Geral da República.
Logo no dia de chegada a Moscou, na terça-feira, Temer reúne-se com investidores russos, segundo o porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, que têm interesse nos setores de petróleo e gás, ferrovias e portos.
Também estão previstos, ao longo da visita oficial à Rússia, encontros com autoridades do Executivo e do Legislativo russos, como o presidente Vladimir Putin e o primeiro-ministro, Dmitry Medvedev.
A Rússia faz parte do bloco Brics, formado ainda por China, Índia e África do Sul.
Na Noruega, onde desembarca no dia 22, o primeiro dia de visita também será dedicado a investidores. Segundo Parola, o país é o oitavo maior investidor no Brasil, muito presente no setor de energia. Temer também terá encontros com o rei Harald V e com a primeira-ministra, Erna Solberg.
“A viagem dá continuidade a sua diplomacia presidencial, voltada para a universalização de nossas relações externas e orientada por prioridades concretas da sociedade brasileira. A promoção do crescimento e a geração de empregos são partes essenciais dessas prioridades”, disse o porta-voz em breve briefing à imprensa.
“O presidente Temer reafirmará mensagem de firme compromisso com a agenda de reformas e de maior e melhor integração do país com os fluxos globais de comércio e investimentos.”
O governo enfrenta uma grave crise política deflagrada com a divulgação de áudio e delação de executivos da J&F, controladora da JBS. Conseguiu sobrevida após julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que absolveu a chapa Dilma-Temer em ação que pedia sua cassação.
Mas deve enfrentar, nos próximos dias, nova turbulência com a esperada denúncia que o procurador-geral da República deve oferecer em inquérito que apura se Temer cometeu os crimes de obstrução da Justiça, organização criminosa e corrupção passiva.
Janot tem até o dia 26 deste mês para apresentar a denúncia, que só prosseguirá diante da aprovação de dois terços da Câmara dos Deputados
C295SAR – FAB recebe a 1ª Aeronave
Força Aérea Brasileira recebe primeira aeronave Airbus C295 para busca e resgate Aeronave será exibida no Paris Air Show neste mês de junho antes de fazer um tour pela Ásia e América do Norte
Redação
Sevilha, 16 de junho de 2017 – O Brasil recebeu hoje a sua primeira aeronave Airbus C295 na configuração de busca e resgate (SAR - Search and Rescue). A entrega foi feita nas instalações da Airbus Defence and Space, em Sevilha, na presença de Raul Jungmann, ministro da defesa do Brasil, o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, e de Bernhard Brenner, vice-presidente de marketing e vendas da Airbus Defence and Space.
A aeronave será integrada em julho à frota existente de 12 C295s configurados para transporte, aumentando a frota da Força Aérea Brasileira para 13 modelos. Os termos do acordo também incluem um contrato de cinco anos para suporte completo durante a operação (FISS - Full In Service Support).
"Somos muito gratos por esta renovada demonstração de confiança vinda de um cliente de muitos anos, que usará o C295 para realizar tarefas críticas para a Força Aérea Brasileira. O C295 tem grande aprovação em missões de busca e resgate e representará um grande salto em capacidade para o Brasil", diz Brenner.
Após a cerimônia, a nova aeronave voará para o Paris Air Show para ser exibida na área de exposição estática da Airbus durante o evento.
Depois, a aeronave será levada para um tour de um mês por países da Ásia e da América do Norte, demonstrando sua capacidade em diversos ambientes, antes de chegar ao Brasil para entrar em operação.
Além da frota de aeronaves, a FAB também utiliza um simulador de voo completo do C295 na base aérea de Manaus (BAMN), o que permite uma autonomia completa para o treinamento de sua tripulação.
Mais de 180 modelos C295 já foram encomendados por 25 países. Na América Latina, mais de 100 aeronaves Airbus de transporte militar de todos os tipos estão em operação.
NEXO
Redação
Quais os obstáculos à ‘objeção de consciência’ no alistamento militar
Embora prevista em lei desde 1991, justificativa para a dispensa ainda emperra em resistência oficial
Ao completar 18 anos, todo brasileiro homem é obrigado a se alistar no Exército, na Marinha ou na Força Aérea. O alistamento militar é uma obrigação prevista no artigo 143 da Constituição. Quem não cumpre fica sujeito a sanções como a perda do passaporte e do título de eleitor.
Para muitos brasileiros, o alistamento representa uma oportunidade de formação profissional, de integração social e de remuneração. O chamado “soldo” pago aos alistados é atualmente de R$ 769 por mês, inferior ao salário mínimo, de R$ 937, acrescido de auxílio-transporte e tratamento médico e dentário gratuito.
Para outros, no entanto, o serviço militar obrigatório é um empecilho a planos acadêmicos e profissionais que nada tenham a ver com o quartel, ou mesmo uma agressão a convicções de ordem religiosa, política ou filosófica, para os que gostariam de nunca ter de pegar em armas.
Os que não querem servir normalmente comunicam esse desejo e torcem por uma dispensa por excesso de contingente. Aproximadamente 5% de todos os jovens que se alistam acabam retidos no Brasil. O restante é dispensado.
Além disso, a Constituição diz que “as mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz”.
Por fim, desde 1991, uma lei específica (8.239) abriu a possibilidade de os jovens “alegarem imperativo de consciência decorrente de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar”. Para esses, foi aberta a possibilidade de prestar um “serviço alternativo”.
Qual a razão da obrigatoriedade
A Estratégia Nacional de Defesa, documento que rege a visão mais ampla das Forças Armadas brasileiras, diz que é preciso tornar o serviço militar “realmente obrigatório” no país.
Para que isso ocorra, diz o texto, é necessário reduzir o peso do “critério da auto-seleção de recrutas desejosos de servir” — ou seja, é preciso fazer com que a decisão de ser incorporado ou não no alistamento parta sempre dos critérios das próprias Forças Armadas, não do jovem que, ao se alistar, manifeste o desejo de incorporação ou de dispensa.
Caso contrário, a auto-seleção “limita o potencial do serviço militar, em prejuízo de seus objetivos de defesa nacional e de nivelamento republicano”. Por “nivelamento republicano”, entende-se a “representação de todas as classes sociais e regiões do país” dentro das Forças Armadas.
A alternativa ao serviço militar O “serviço alternativo” previsto na lei de 1991 é constituído por “atividades de caráter administrativo, assistencial, filantrópico ou mesmo produtivo, em substituição às atividades de caráter essencialmente militar”.
Ele pode incluir ainda “treinamento para atuação em áreas atingidas por desastre, em situação de emergência e estado de calamidade”, nos termos da Lei 8.239/1991.
Findo o período de serviço obrigatório, a lei determina que o jovem receba o “Certificado de Prestação Alternativa ao Serviço Militar Obrigatório, com os mesmos efeitos jurídicos do Certificado de Reservista”. Com isso, fica livre de qualquer sanção, como a perda dos direitos políticos.
Na prática, entretanto, declarar “imperativo de consciência” e pleitear a realização do “serviço alternativo” não tem sido tão simples quanto a lei faz parecer.
Caio Weslley contou ao Nexo que tentou fazer isso em janeiro de 2015, no Piauí. “Eu me declarei pacifista”, disse. Resultado: “Estou até hoje sem poder fazer uma simples matrícula em uma faculdade por causa disso, sem o certificado de reservista”.
Weslley recorreu ao “imperativo de consciência”, mas contou que o militar que o recebeu no alistamento sequer sabia do que se tratava. O Exército considerou que ele se recusou a prestar o serviço obrigatório. Assim, Weslley voltou para casa sem o documento de dispensa.
O jovem não esqueceu o assunto. Ele recorreu à Lei de Acesso à Informação para obter documentos do Exército que tratassem de casos como o seu. Recebeu cinco circulares internas trocadas entre chefes de circunscrições do Serviço Militar em Niterói (RJ) e em Juiz de Fora (MG), com dois subdiretores de Serviço Militar do Exército, o coronel Dougmar Nascimento das Mercês e o coronel Julio César Evangelista dos Santos, ambos lotados em Brasília. Quatro das correspondências são de outubro de 2014 e uma delas é de março de 2015.
As circulares tratam de “inúmeras reclamações” semelhantes a de Weslley, recebidas em locais de alistamento. O coronel César Augusto Gerken, chefe da 12ª Circunscrição de Serviço Militar, em Juiz de Fora, diz, em correspondência com data de 8 de outubro de 2014, que tinha, desde 1998, “345 eximidos cujos processos estão pendentes no Ministério da Justiça”.
As correspondências mostram a indefinição dos subordinados sobre como proceder na prática, em casos como o de Weslley. Isso acontece porque o serviço alternativo, embora tenha sido criado por uma lei que já tem 26 anos, simplesmente não existe.
Ideologia tem de ser reconhecida em cartório A ideia original da lei é a de que o jovem que alegue “imperativo de consciência” seja automaticamente enviado do serviço militar obrigatório para o serviço alternativo, inexistente.
Como os recrutadores não podem impor a prestação de um serviço que não existe, o Exército fez um remendo em seus procedimentos. Esse remendo faz parecer que o jovem é quem se recusa a prestar tanto o serviço militar quanto o serviço alternativo.
Caso o serviço alternativo existisse, bastaria o jovem alegar o “imperativo de consciência” para ser encaminhado ao serviço alternativo.
Se ele também se recusasse a prestar o serviço alternativo, além do serviço militar, teria então de apresentar uma “declaração do dirigente da comunidade religiosa, partido político ou entidade filosófica a que pertence (...), com firma reconhecida”, como previsto na Portaria nº 163.
Com base na lei, jovem pacifista pode se recusar a prestar serviço militar, mas fica obrigado a apresentar ‘declaração de líder de organização filosófica’, com firma reconhecida A portaria diz claramente que essa exigência só se aplica “para o caso do cidadão se eximir do Serviço Militar e se recusar a prestar o Serviço Alternativo”. Na prática, essa exigência tem sido imposta a todos.
Correspondência de outubro de 2014, obtida via Lei de Acesso à Informação, traz a seguinte orientação aos recrutadores: “o indivíduo que alegar imperativo de consciência deverá apresentar (...) Declaração do Dirigente da Comunidade Religiosa ou Entidade Filosófica”, para, só então, obter o CDSA (Certificado de Dispensa do Serviço Alternativo) e o CDI (Certificado de Dispensa de Incorporação).
Em casos como o de Weslley — que diz ser pacifista, um argumento de ordem filosófica —, não existe uma entidade filosófica em particular à qual ele possa pertencer, muito menos firma a ser reconhecida em cartório.Ele diz que nunca se recusou a prestar o serviço alternativo, mas que essa alternativa simplesmente nunca foi oferecida a ele.
As correspondências enviadas por Brasília determinam que as alegações apresentadas pelos jovens “sejam submetidas a um processo administrativo para fins de comprovação de convicção manifestada”, demonstrando que a palavra do jovem sobre sua própria convicção não é suficiente.
Confirmação oficial
O Nexo perguntou ao Centro de Comunicação Social do Exército qual o procedimento padrão em relação aos jovens que evocam o “imperativo de consciência” para trocar o serviço militar pelo serviço alternativo. O órgão confirmou que “a alternativa ao Serviço Militar Obrigatório, embora regulada, não foi, ainda, efetivamente implementada”.
“Na conjuntura atual”, diz o Exército, “o jovem, após o alistamento, ao optar pelo serviço alternativo, deverá preencher o requerimento no qual aceita o serviço alternativo”, mesmo que ele não exista. O Exército reconheceu também que o requerimento a ser preenchido pelo jovem que deseja trocar o serviço militar pelo serviço alternativo pede que o jovem apresente “declaração do dirigente da comunidade religiosa, partido político ou entidade filosófica a que pertencer o requerente, com firma reconhecida”, mesmo que, pela portaria aplicável, essa exigência só seja feita aos que se recusem a prestar tanto o serviço militar quanto o serviço alternativo.
A existência do imperativo de consciência e do serviço alternativo também não é comunicada em campanhas de comunicação do alistamento militar obrigatório. O Nexo perguntou ao Ministério da Defesa duas vezes — em 16 de maio e em 31 de maio — quantos jovens evocaram o imperativo de consciência no Brasil desde que a lei do serviço alternativo foi criada, em 1991, e quantos jovens se recusaram a prestar tanto o serviço militar quanto o serviço alternativo nos últimos 26 anos. Não houve resposta.
MEON
Alunos do Cephas e voluntários atuam no restauro do Bandeirante
Modelo será devolvido ao Parque Santos Dumont no aniversário da cidadeDa redação
Será entregue até o dia 27 de julho, data do aniversário de São José dos Campos, o protótipo do avião Bandeirante totalmente restaurado. O modelo foi retirado do Parque Santos Dumont para passar por um processo de lixamento no hangar do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeronáutica).
O protótipo irá passar no próximo sábado (24) por um processo de restauro na pintura, mantendo as cores originais do modelo -- azul, amarelo, vermelho e preto. Posteriormente, será realizada a remontagem do avião e a montagem do interior.
O restauro acontece no mesmo local em que o avião foi construído, o hangar do DCTA, e é executado por voluntários, que são ex-funcionários da Embraer (pintores e mecânicos) e alunos do curso de manutenção de aeronaves do Cephas (Centro de Educação Profissional Hélio Augusto de Souza).
Trabalho Histórico
José Roberto Cruz Vidal, 62 anos, é ex-funcionário da Embraer e trabalhou na construção do modelo na década de 70 e destaca a importância do restauro do Bandeirante para São José e para o Brasil.
"Trabalhei na construção do Bandeirante e agora estou tendo a oportunidade de ajudar no projeto de restauro deste avião histórico, passando para os alunos do Cephas os conhecimentos que adquiri em 43 anos de Embraer. Fico feliz de poder dar esta contribuição para São José e para o Brasil", disse José Roberto.
Os alunos do Cephas também estão empolgados com os conhecimentos que estão adquirindo e com a oportunidade de fazer parte da história da aviação.
"É uma experiência muito rica poder conviver com este pessoal que trabalhou tanto tempo na Embraer. É muito bom fazer parte da história e dar minha contribuição para a aviação, para São José e para o Brasil", disse o estudante Alex de Souza Leandro, 22 anos.
"Estou aprendendo bastante. É um marco histórico o restauro do Bandeirante e fico feliz de estar participando deste trabalho", afirmou a estudante Cíntia Santos, 23 anos.
Bandeirante - Restauro
Ícone da Aeronáutica
O Embraer EMB-110, mais conhecido por Bandeirante, é um avião com capacidade de 15 a 21 passageiros, para uso civil ou militar, desenvolvido pela Embraer. O primeiro voo ocorreu no dia 22 de outubro de 1968 e a partir de maio de 1971, teve início a produção em série do avião.
O Bandeirante é um ícone da aeronáutica brasileira. Até o encerramento da produção, no final de 1991, foram construídas 498 unidades, vendidas para diversos países.
O protótipo que passa por restauro em São José dos Campos foi instalado no Parque Santos Dumont em 21 de fevereiro de 1981. Atualmente o primeiro protótipo se encontra em exposição no Musal (Museu Aeroespacial), no bairro do Campos dos Afonsos, na capital do estado do Rio de Janeiro.
PBAGORA (PB)
Com Rômulo, presidente da Telebras fala sobre satélite brasileiro em Campina Grande
Redação
O presidente da Telebras, Antônio Loss, esteve sexta-feira (16) em Campina Grande, a convite do deputado federal Rômulo Gouveia (PSD). Durante a manhã, ele participou de reunião no Centro Tecnológico Telmo Araújo – Citta. Em pauta: a disponibilização de imagens do SGDC, Satélite Geoestacionário Brasileiro, lançado no mês passado, para entidades públicas e filantrópicas. À tarde o Presidente da Telebras visitou o departamento de Engenharia de Universidade Federal de Campina Grande.
Antonio destacou a expansão da rede de fibra ótica e da banda larga, além da implementação do serviço nas entidades filantrópicas e de cunho social, potencializando e agilizando as ações.
O deputado Rômulo Gouveia lembrou que os investimentos em tecnologias, através do satélite brasileiro, vai garantir independência do país e maior segurança nas informações brasileiras, além de ampliar a oferta de acesso a internet de qualidade.
O presidente da Telebras também esteve com a secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia, Francilene Garcia; com o Presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba, Claudio Benedito; com o Presidente da Associação Comercial, Marcos Procópio e com os secretários municipais: Andre Agra (Planejamento e Gestão), Dunga Júnior (Ciência E Tecnologia) e Eva Gouveia (Assistência Social). Campina Grande é considerada um dos principais polos industriais do nordeste, bem como um dos maiores polos tecnológicos da América Latina. O município é, também, um importante centro universitário, contando com dezessete universidades e faculdades, sendo três delas públicas. É uma das cidades com proporcionalmente o maior número de doutores do Brasil, 1 para cada 590 habitantes, seis vezes a média nacional. Em um ranking da Revista Você S/A, Campina Grande aparece como uma das 100 melhores cidades para se trabalhar e fazer carreira do Brasil. Segundo “A Gazeta Mercantil” a cidade foi apontada como uma das 20 metrópoles brasileiras do futuro.
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