NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 02/06/2017 / Esquadrão Joker, onde nascem os pilotos de caça da FAB
Esquadrão Joker, onde nascem os pilotos de caça da FAB ...
A aeronave de treinamento e ataque brasileira A-29 Super Tucano forma os pilotos de caça da FAB ...
Kaiser Konrad ...
Criado em 1947 e ativado em 1953, mas transformado em unidade de caça somente em 1983, o Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2º/5 GAv), localizado na Base Aérea de Natal, no estado do Rio Grande do Norte, Brasil, é o esquadrão responsável por realizar o Curso de Especialização Operacional da Aviação de Caça (CEO-CA). O CEO-CA é o mais exigente e complexo curso de especialização operacional da Força Aérea Brasileira (FAB). Por isso o Joker, como é chamado o esquadrão, é conhecido como o berço dos pilotos de caça da FAB.
De 1982 a 2004 operou o AT-26 Xavante, onde contabilizou a marca recorde de 260 mil horas de voo, formando mais de 700 pilotos de caça. Em 2005, formou a primeira turma de pilotos com sua nova plataforma A-29 A/B, que já contabiliza mais de 50 mil horas de voo somente na unidade. Um detalhe interessante é que a introdução do Super Tucano na FAB foi feita pelo Esquadrão Joker, cuja responsabilidade também foi a formação dos primeiros pilotos e a doutrina operacional do novo aparelho, o que foi fundamental para a implantação dos A-29 nos três esquadrões do 3º Grupo de Aviação.
Seleção dos estagiários
Segundo o Brigadeiro-do-ar Pedro Luís Farsic, comandante da Ala 10, “durante o quarto ano da Academia da Força Aérea (AFA), os cadetes são avaliados e, conforme o perfil de pilotagem de cada um, são selecionados para o tipo de aviação que irão se especializar. As opções são: caça, asas rotativas, transporte, patrulha e reconhecimento. Esse perfil de pilotagem engloba, dentre outros fatores, a capacidade psicomotora do piloto. Nesse contexto, a AFA estipulou uma nota de voo mínima (ponto de corte) baseada em estatísticas de aproveitamento dos estagiários no curso de caça. Além da média de voo, todos os cadetes passam por uma avaliação antropométrica para verificar se estão dentro do envelope do assento ejetável do A-29. Com todos esses dados em mãos, a Ala 10 e a AFA se reúnem em um conselho para escolher quais cadetes realizarão o curso de caça do ano seguinte. A quantidade de cadetes selecionados varia de acordo com o número de vagas disponibilizadas para o CEO-CA”.
Curso de caça
O CEO-CA tem duração de aproximadamente nove meses, entre os meses de março e dezembro. Ele tem início na primeira quinzena de março com a Instrução Técnica da Aeronave (ITA). Nessa fase do curso, os estagiários têm quatro semanas de aulas teóricas sobre os sistemas da aeronave, procedimentos normais, procedimentos de emergência e, também, sobre as manobras básicas da fase de adaptação diurna. Além das aulas, os estagiários são submetidos a cinco avaliações terrestres (ITA-1, ITA-2, Procedimentos de emergência, Emergências críticas e Fase de adaptação diurna). Após concluírem a instrução terrestre, os estagiários estão aptos para iniciar a atividade aérea, que é dividida entre o módulo básico e o módulo avançado. O simulador de voo é uma ferramenta fundamental nesse processo.
No início de cada fase de voo, o piloto realiza missões que permitem uma melhor adaptação do piloto à aeronave. O módulo básico, como o nome sugere, é composto pelas fases de voo que servirão de base para todas as missões que o estagiário deverá cumprir na aviação de caça. Apenas 15 por cento dos estagiários que iniciam o curso são desligados, o que representa uma taxa de atrito muito baixa em comparação a outros cursos de formação de pilotos de caça.
FASES E OBJETIVOS DO MÓDULO BÁSICO
Adaptação diurna: Decolar, pousar e efetuar as manobras básicas com segurança.
Adaptação noturna: Decolar, pousar e efetuar as manobras básicas com segurança no período noturno.
Instrumento avançado: Pousar com segurança em um aeródromo operando por instrumentos (IMC).
Formatura básica: Voar em formação com segurança e executar manobras na ala.
Formatura operacional: Treinar as formaturas operacionais utilizadas em missões de combate.
Navegação por contato: Navegar em condições visuais, respeitando o cenário tático e seguindo as referências do solo.
Navegação rádio: Deslocar entre duas localidades em condições IMC usando o sistema de navegação do A-29.
Adaptação noturna: Decolar, pousar e efetuar as manobras básicas com segurança no período noturno.
Instrumento avançado: Pousar com segurança em um aeródromo operando por instrumentos (IMC).
Formatura básica: Voar em formação com segurança e executar manobras na ala.
Formatura operacional: Treinar as formaturas operacionais utilizadas em missões de combate.
Navegação por contato: Navegar em condições visuais, respeitando o cenário tático e seguindo as referências do solo.
Navegação rádio: Deslocar entre duas localidades em condições IMC usando o sistema de navegação do A-29.
O módulo avançado é composto pelas fases de voo em que o estagiário empregará a aeronave A-29 como plataforma de armas e treinará as principais ações de força aérea realizadas pela aviação de caça. Nesse módulo, o estagiário é avaliado sobre a sua capacidade de combate contra alvos terrestres e aéreos.
FASES E OBJETIVOS DO MÓDULO AVANÇADO
Emprego ar-solo: Realizar o emprego ar-solo da aeronave A-29, nos diversos tipos de armamentos disponíveis na aeronave.
Emprego ar-ar: Realizar o emprego ar-ar, contra um alvo aéreo rebocado por outra aeronave.
Combate aéreo: Treinar manobras básicas de combate contra outra aeronave, utilizando as diversas táticas de combate aéreo.
Interceptação: Executar a interceptação de alvos aéreos em condições visuais, seguindo as orientações do controle radar.
Ataque ao solo (manobra operacional): Realizar missões de ataque ao solo, como ala operacional, em um contexto de guerra simulada.
Escolta (manobra operacional): Escoltar forças amigas em território inimigo e engajar combate com a defesa aérea oponente em um contexto de guerra simulada.
Emprego real (manobra operacional): Empregar armamento real contra alvos táticos no estante de tiro em um contexto de guerra simulada.
Emprego ar-ar: Realizar o emprego ar-ar, contra um alvo aéreo rebocado por outra aeronave.
Combate aéreo: Treinar manobras básicas de combate contra outra aeronave, utilizando as diversas táticas de combate aéreo.
Interceptação: Executar a interceptação de alvos aéreos em condições visuais, seguindo as orientações do controle radar.
Ataque ao solo (manobra operacional): Realizar missões de ataque ao solo, como ala operacional, em um contexto de guerra simulada.
Escolta (manobra operacional): Escoltar forças amigas em território inimigo e engajar combate com a defesa aérea oponente em um contexto de guerra simulada.
Emprego real (manobra operacional): Empregar armamento real contra alvos táticos no estante de tiro em um contexto de guerra simulada.
Após concluírem o curso, os estagiários são declarados alas operacionais de caça e estão aptos a realizar qualquer missão de guerra com a aeronave A-29, nas posições de número 2 e número 4 de uma esquadrilha. Depois do curso em Natal, os pilotos são enviados para os esquadrões do 3º Grupo de Aviação, nas Alas aéreas de Boa Vista, Porto Velho e Campo Grande, onde participam de missões operacionais de policiamento do espaço aéreo na região de fronteira e enquanto realizam o curso de líder de esquadrilha.
“Depois de haver concluído o CEO-CA na aeronave A-29 Super Tucano pertencente ao Esquadrão Joker, posso afirmar o excelente nível acadêmico e profissional do esquadrão para cumprir sua missão, que é formar novos pilotos de caça. A conjunção de uma doutrina sem erros com uma máquina de voo nos níveis tecnológicos das primeiras forças aéreas do mundo proporciona aos futuros pilotos de combate o conhecimento, a capacidade e confiança, necessários para enfrentar todos os problemas”, disse o Alférez (Aviador) Pablo Velarde, da Força Aérea do Uruguai, após concluir o curso de caça no Brasil.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Última tropa brasileira da missão no Haiti embarca em Viracopos e Jungmann sinaliza nova operação na África
Cerca de 250 militares do Exército, Aeronáutica e Marinha partiram na manhã desta quinta-feira (1º) para finalizar a missão de paz.
Duzentos e cinquenta militares das Forças Armadas embarcaram para a 26ª, e última, missão de paz no Haiti, nesta quinta-feira (1), no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). Esta foi a última tropa enviada para a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), que encerra as atividades após 13 anos no país caribenho. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, participou da solenidade e sinalizou para uma possível operação na África, em breve.
“Temos de 13 a 14 possibilidades [de destinos em novas missões]. Mas, aquela que vem despontando – portanto não é uma decisão, compete ao presidente da república e sobretudo ao Congresso Nacional – será muito provavelmente na África. E, na África, um dos três locais que desponta com a maior possibilidade, mas que não é definitivo, é a República Centro Africana”, disse o ministro durante a solenidade de embarque.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu em abril que encerrará neste ano - até 15 de outubro - a missão de paz da organização no Haiti (Minustah), substituindo-a por uma operação policial menor da ONU, que será retirada ao longo de dois anos na medida em que o país aumente sua própria força.
De acordo com o Ministério da Defesa, desde que teve início a Missão de Paz no Haiti, em 2004, foram 29.627 militares do Exército atuando no país. São, ao todo, 36.058 militares das Forças Armadas - Marinha teve 6.114 e Aeronáutica, 317.
Nesta última missão, 850 homens e mulheres participam da desmobilização das tropas naquele país. Outros 600 soldados já haviam embarcado nas últimas semanas em três viagens. Ao final da 26º missão, serão aproximadamente 37 mil militares.
Eles vão passar a missão para a polícia da ONU. Um dos motivos para o Brasil encerrar a missão é o fato de o país ter conseguido reativar a polícia local. Neste momento, apenas militares brasileiros estão neste tipo de missão no Haiti.
Famílias
Familías de militares que seguiram para o Haiti participaram da solenidade de embarque nesta quinta-feira e puderam se despedir na pista de embarque, até minutos antes da viagem. A esteticista Ana Paula Lima foi se despedir do noivo, que é tenente e está no grupo enviado, que só deverá retornar em cinco meses.
"Estou chorando, mas é o sonho dele e nós apoiamos porque é um sonho que ele tem que realizar. É a missão que ele escolheu para a vida e tem que ir", conta Ana Paula.
Embarque
Entre os que estão seguindo para o Haiti, nesta quinta-feira, estão militares da Força Aérea Brasileira (FAB), lotados em São José dos Campos (SP), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial. Os soldados do Exército são do Vale do Paraíba. E os fuzileiros navais são do Espírito Santo.
Os militares da engenharia do Exército responsáveis por desmontar toda a estrutura das Forças Armadas no Haiti são do Mato Grosso do Sul.
Após a solenidade e o embarque, o avião foi "batizado" em uma cerimônia final com jatos de água sobre a aeronave.
Terremoto
No terremoto que devastou o Haiti, em janeiro de 2010, 18 militares brasileiros morreram, além do diplomata Luiz Carlos da Costa e da médica Zilda Arns, que fazia um trabalho voluntário.
Após o tremor, o Brasil aumentou o contingente na missão de paz, dobrando o número de militares. Por quase seis meses, mais de dois mil brasileiros permaneceram no país. Há um ano, a ONU começou a reduzir o contingente, com o objetivo de encerrar a operação em outubro de 2017.
Militares na rua e Previdência
Durante a entrevista à imprensa nesta quinta, o ministro da Defesa, Raul Jungmann também defendeu a presença das Forças Armadas nas ruas em defesa da Constituição.
"Quando as Forças Armadas vão para as ruas, elas vão em defesa da Constituição, de acordo com a legalidade. E para as Forças Armadas, em resumo: dentro da Constituição, tudo. Fora da Constituição, nada. As Forças Armadas são o ativo democrático que o Brasil tem hoje para a sua paz e a sua tranquilidade", afirma.
O presidente Michel Temer revogou há uma semana, por meio de uma edição extraordinária do "Diário Oficial da União", o decreto que autorizou o uso de tropas das Forças Armadas na Esplanada dos Ministérios. Militares ocuparam ruas de Brasília após protesto de centrais sindicais terminar em vandalismo.
O ministro também falou sobre a previdência dos militares, que está em negociação entre os ministérios da Defesa, Planejamento, Fazenda e Casa Civil. A previsão dele é que ainda no mês de junho seja finalizada a discussão. No dia 17 de maio ele informou que a reforma da Previdência para os militares incluirá a exigência de uma idade mínima para a aposentadoria.
"Nós estamos finalizando as negociações dentro do governo, tivemos um atraso, mas eu acredito que ainda no mês de junho nós vamos finalizar esta questão. E, evidentemente, quando irá para o Congresso, é algo que depende do presidente da República decidir, quando irá para o Congresso. Nós entendemos que a reforma da Previdência é importante, estamos contribuindo e vamos contribuir com ela".
Últimos militares do 25º Contingente retornam do Haiti neste sábado
Ao todo, 990 militares do Exército Brasileiro, Marinha e Força Aérea formam o 25º CONTBRAS, em sua maioria composto por tropas de Pernambuco
Neste sábado, chegam a Pernambuco os últimos militares que integram o 25º Contingente Brasileiro (CONTBRAS) da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH). O retorno dos oficiais iniciou no dia 17 do mês passado. Uma solenidade militar acontecerá, na tarde deste sábado, para recepcioná-los.
Ao todo, 990 militares do Exército Brasileiro, Marinha e Força Aérea formam o 25º CONTBRAS, em sua maioria composto por tropas de Pernambuco. O Comando da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada, sediado no Recife, foi o responsável pelo preparo de todos os militares.
Essa é a quarta vez que as tropas nordestinas participam da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti. Em 2011, um ano após o terremoto de 12 de janeiro de 2010, o contigente desempenhou um importante papel ajudando na busca por um ambiente seguro no Haiti.
Latam e Fraport discutem hub no CE
A Latam Airlines já entrou em contato com a nova concessionária do Aeroporto Pinto Martins, a Fraport, para discutir questões referentes ao hub (centro de conexões) da companhia em Fortaleza. A informação foi dada ontem (1º) pelo secretário do Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), Cesar Ribeiro.
"Eles (Latam) já tiveram contato com a Fraport. Isso é muito importante. Já começaram a conversar, então essa é uma evolução do contato que precisava ser feito e aconteceu. Vamos agora passando para as novas etapas", assegurou Ribeiro.
De acordo com ele, foi realizada ainda uma reunião entre a Latam e o governo do Estado, através da SDE, em São Paulo. "Nós tivemos uma reunião e foi uma oportunidade de fazer uma visita, que foi muito boa. Eu fiquei de posicionar o governador Camilo Santana sobre a evolução dessa conversa e posteriormente ele vai consolidar as informações", disse o titular da Pasta.
Ribeiro informou também que no momento não pode repassar mais detalhes sobre a reunião porque são assuntos técnicos referentes à operação da Latam. "Mas o que eu posso adiantar é que esta reunião foi muito boa e que a gente está no caminho, brigando pelo hub".
Conforme o Diário do Nordeste publicou ontem, a Latam procurou a Secretaria do Turismo (Setur) querendo promover mais nove trechos envolvendo o Estado. Do total, oito são frequências domésticas e o nona seria mais um voo para Miami, nos Estados Unidos.
Embraer completing final aircraft in Super Tucano order for Lebanon
Embraer is wrapping up its final of six Super Tucano aircraft it is providing to Lebanon via the US Air Force (IHS Markit/Gareth Jennings).
Embraer is finishing up the last Sierra Nevada Corporation (SNC)-Embraer A-29 Super Tucano light attack turboprop as part of a six-aircraft deal with the US Air Force (USAF) to provide the aircraft to Lebanon, according to a company executive.
Embraer spokesperson Valtecio Alencar told reporters on 1 June four of the six aircraft are currently at Moody Air Force Base in Georgia. The contract for six Super Tucanos was finalised in late October 2015 and should wrap up by July 2019. Embraer did not respond to a request for comment by press time on 1 June.
Gary Spulak, president of Embraer Aircraft Holding, told reporters on 1 June Moody AFB is also where the USAF is training Afghanistan pilots and mechanics for Afghanistan"s order of Super Tucanos.
Spulak said 20 Super Tucanos, the contract quantity, have been delivered to Afghanistan via the USAF. As of late March, 12 of the 20 aircraft were in Afghanistan, seven were at Moody AFB, and one was lost in a 6 March accident.
The original US Defense Security Co-operation Agency (DSCA) announcement for the sale said the Lebanese Super Tucanos would be armed with 70 mm rockets fitted with BAE Systems" Advanced Precision Kill Weapon System (APKWS) guidance kit. DSCA said it would be protected by AN/AAR-60(V)2 missile launch detection systems and AN/ALE-47 countermeasure dispensers. The Super Tucano also comes with two 12.7 mm (.50 calibre) machine guns.
"Vamos perder apenas 7% dos voos e nenhum destino"
Margareth Grilo
As obras de recuperação da pista principal do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, que começa dia 11 de setembro, com previsão de conclusão em 10 de outubro, terá um impacto mínimo nas operações aéreas do terminal aeroviário. Apenas 7% dos voos regulares deixarão de ser feitos nos 30 dias de suspensão temporária dos voos noturnos. A garantia foi dada pelo presidente do Consórcio Inframerica, Daniel Ketchibachian, em entrevista exclusiva à TRIBUNA DO NORTE na tarde da quarta-feira (31) - a primeira em que ele detalha a logística dos reparos e de operação do terminal. Daniel Ketchibachian anunciou que as companhias refizeram as malhas aéreas, reprogramando os voos da noite para o período da manhã e garantiu que o voo cargueiro semanal da Lufthansa será mantido. O que permitirá, segundo ele, a operacionalidade do aeroporto é a adequação da pista de taxiamento, para que opere nos parâmetros da pista principal. Os serviços nas duas pistas aguardam autorização da Agência Nacional de Aviação (ANAC). "Não vamos perder nenhum destino, vamos fazer 93% dos voos. Nossa previsão é que não vamos perder nenhum passageiro”, afirmou. Das 38 operações do aeroporto, entre pousos e decolagens diárias, dez ocorrem entre às 20h e 04h10, horários nos quais o terminal ficará fechado . Daniel Ketchibachian confirmou que haverá um pedido, após encerramento das obras, de reequilíbrio financeiro. Confira a entrevista.
As obras de reparo na pista principal do Aeroporto estão programadas para inicia no dia 11 de setembro e seguir por 30 dias. Essa previsão está mantida?
Está mantida sim. Nós só aguardando algum tempo para fazer esse comunicado mais detalhado que estamos fazendo hoje (quarta-feira, 31) com vocês porque queríamos ter certeza da publicação das malhas aéreas das companhias. Então, o que vai acontecer é que nós vamos fazer uma obra que vai demorar trinta dias, na verdade vai demorar menos, mas estamos prevendo trinta (dias) porque como as malhas vão ser refeitas, temos que ter uma margem de erro para não sustar a malha nacional. A obra vai durar entre 20 e 25 dias, mas o que será comunicado (a ANAC) são trinta (dias). Em qualquer outro aeroporto, e nós temos 53 aeroportos no mundo, o procedimento tradicional é fechar o aeroporto, fazer a pista e abrir o aeroporto. Esse processo dura entre dois e três meses. Nós amanhã, por exemplo, estamos fechando o aeroporto de Tucamãn, no Norte da Argentina, por três meses para fazer a pista nova, e os pousos vão acontecer em cidades próximas a Tucumãn. Por que estou falando isso: para que se compreenda o esforço que estamos fazendo. Que vai fazer a Inframerica em Natal: Nós vamos investir na taxiway, pista que está do lado da pista principal e que é utilizada para as aeronaves taxiar até os gates e para circulação e que tem uma infraestrutura muito aceitável. Com um investimento adicional nós vamos colocar essa pista como pista principal, e assim conseguimos que o aeroporto não feche.
Mas ela terá condição de voos noturnos?
Não, não terão voos noturnos. Que vamos fazer: durante todo esse tempo - que não fizemos nenhum comunicado - estávamos trabalhando para ter toda a operação do aeroporto das seis da manhã até as seis da tarde. Muita gente fala: ah, então vamos perder todos os voos da noite. Não, não é assim. De jeito nenhum. O trabalho que fizemos com as aéreas foi que eles refizeram a malha aérea para trazer os voos da noite para diurnos. Então, nós não vamos perder nenhum destino e vamos fazer 93% dos voos. Então, vamos perder apenas 7% dos voos. Mas uma informação que é muito importante para o turismo de Natal é que nossa previsão é que não vamos perder nenhum passageiro, porque como escolhemos um mês de temporada baixa, um mês onde as aeronaves tinham uma ocupação de 70%, aproximadamente, os passageiros vão poder utilizar esses voos para poder voar. As únicas aeronaves que não podem pousar na pista taxiway são as de grande porte. Por isso é que a TAP (que faz a rota Natal/Lisboa) não vai poder operar. Então, o único destino que vamos perder, por um mês, é o voo da TAP.
Já há alguma logística para atender a esses passageiros da TAP?
Então, a Azul o que fez: a TAP ao invés de pousar em Natal, vai pousar em Recife e a Azul já aumentou a malha Recife-Natal para que essa conectividade seja imediata. Então, o passageiro vai pousar em Recife e, imediatamente, vai pegar o voo Azul (TAP e Azul têm o mesmo dono). O importante é que esses passageiros, turistas, que já tinham passagem para Natal ou de Natal para a Europa, vão ser mantidos. A única diferença é que vai ter uma escala, que vai ser muito curta, porque vai estar toda combinada com a Azul, que repito, reforçou os voos Recife-Natal justamente para esta conexão. Então não vamos perder nenhum passageiro da TAP. Nenhum. Isso é uma coisa boa e, logo que terminemos a obra da pista, a TAP já informou que vai colocar um voo adicional. Hoje, temos três voos diretos por semana para a Europa, vamos ter quatro. Essa é uma informação muito importante, porque isso é turismo adicional, isso atrai turista em maior quantidade para a região.
O senhor está anunciando uma ampliação na pista auxiliar. Que serviços exatamente serão ou estão sendo feitos?
Ainda não foi feito, mas vai estar feito para setembro, logicamente. O que vamos fazer é uma obra para adequar essa pista à condição de pista principal. Ai tem pintura, tem reforços nas áreas laterais da pista, e uma série de outras condicionais para deixá-la com a mesma segurança que tem a pista principal. O importante é que essa obra já foi avalizada, aprovada pelas linhas aéreas, e já foi apresentada para a ANAC. Não é uma obra que ainda vamos apresentar, não é. O comunicado que estamos fazendo hoje já é com uma certeza de 100%. Isso é importantíssimo porque a segurança do aeroporto se mantém e já foi avalizada pelas linhas aéreas.
Quais são os próximos passos?
O primeiro passo é que a ANAC aprove a obra, que por uma questão de tempo da ANAC ainda não foi aprovado, mas os técnicos já nos avisaram que está tudo correndo bem, e não só isso, que a ANAC já se comunicou com as Aéreas para falar que tudo está certo. Então, as malhas já estão prontas. O que estamos esperando é esse passo formal, de que a obra seja aprovada, ai sai Notam (documento de informação aeronáutica) e imediatamente já se publica as malhas. Mas falando com as áreas de planejamento das Aéreas, as malhas já estão aprovadas, já estão prontas. Quando eu falo em perder somente 7% (dos voos), de não perder passageiros, não é uma suposição nossa. Já é com as novas malhas que elas (as Aéreas) nos enviaram, mas ainda não foram publicadas, o que esperamos que aconteça na próxima semana.
A Inframerica já divulgou que os 3 km do asfalto da pista serão retirados e substituídos. O senhor pode detalhar essas intervenções?
É uma questão bastante técnica, não sou engenheiro para dar uma explicação mais aprofundada. Mas o que posso falar é que a patologia que nos encontramos na camada de asfalto, nos percebemos no decorrer do tempo de utilização. Uma pista que era para ser utilizada para 15, 20 anos, já no segundo ano trouxe problemas. Então, o que vamos fazer é o recapeamento de toda a extensão da pista, todo ela será refeita. Será uma pista para uso em 15, 20 anos, como deveria ser.
Quando exatamente a Inframerica identificou essa anomalia no leito na pista?
Nos fomos percebendo alguns deteriorações, fomos consertamos, mas no decorrer, do final do ano passado e início deste ano foi que identificamos que deveríamos refazer a pista. No começo, achávamos que com pequenos reparos poderia ser contornado o problema, mas como essa situação se repetia, se repetia, verificamos que não tinha outra saída, tínhamos que refazer a pista. Grupos fizeram análises, nossas equipes técnicas, tanto a Inframerica como da Corporação América, fizeram visitas in loco para analisar o problema e tomar uma decisão acertada.
O senhor pode nos informar o valor dos investimentos nas duas pistas?
Ainda estamos montando esses orçamentos, então não tenho valor para passar aqui. Assim que tivermos os valores, com certeza, vamos estar informando. É um mérito da Inframerica colocar esse dinheiro e, é importante falar que é um dinheiro que não tem financiamento, que não estava previsto. O acionista vai colocar esse dinheiro diretamente do capital próprio.
Já está certo que a Inframerica vai pedir compensação financeira, emitindo um novo pedido de reequilíbrio financeiro?
Com certeza que sim. Hoje, nossa prioridade é a ampliação, estamos muito preocupados em fazer desse um processo bem feito, não afetar a malha do aeroporto, não afetar o turismo. Hoje, estamos preocupados com isso. Assim que terminar o processo, que passar esses trinta dias, em outubro, com certeza, vamos pedir um reequilíbrio porque não é uma obra que estava planejada no contrato de concessão. Nunca imaginávamos que íamos refazer uma pista com três anos de utilização.
Quanto ao prazo da obra, há risco de extrapolar os 30 dias?
Como toda obra, sempre tem risco. Mas, logicamente, que fizemos muitos estudos, trabalhamos muito com as equipes para minimizar o máximo esses riscos. Os tempos informados de obra são entre 20 e 25 dias, então temos uma margem entre cinco e seis dias, que é uma margem suficiente e posso falar que o risco (de atraso) é quase nulo. Como as malhas vão ser refeitas, estamos garantindo que, no mês de outubro, as aeronaves vão poder pousar e decolar. Isso é muito importante e não podemos errar. Nas últimas obras que fizemos sempre concluímos dentro do prazo, como aqui em Brasília. E a equipe que vai trabalhar (em Natal) é a mesma, e tem muita experiência, então duvido que isso (um atraso) venha a acontecer.
Esse período noturno concentra cerca de 25% dos voos. Essa reestruturação da malha, garante a decolagem da maioria deles?
Nós vamos perder 7% dos voos, como disse, porque as aéreas concordaram e conseguiram refazer suas malhas e trazer esses voos da noite para o dia. Se não tivéssemos isso, perderíamos sim 25% dos voos. Estamos também garantindo, pela conversa que tivemos com as Aéreas, que 7% a menos de oferta de voos não quer dizer que vamos perder 7% dos passageiros, porque esses passageiros vão ter ainda espaço nesses voos (diurnos) para continuar voando. Temos previsão de manter os 7%, acreditando também que esse é um ano que o aeroporto continua a crescer. Este ano, temos um crescimento de 7,4% no primeiro quadrimestre. É uma notícia muito positiva para o aeroporto para a região numa época de crise falar em crescimento. No aeroporto de Brasília estamos caindo, em Natal estamos crescendo. Então, isso reforça ainda mais nossa convicção de que o aeroporto de Natal está numa curva ascendente.
Quanto o aeroporto concentra em termos de voos nesse período de setembro/outubro?
Dependendo do ano entre 3,5 e 5%, então a média é 8%. Janeiro fevereiro e julho são meses que temos 30 a 40% de ocupação.
Em relação ao voo cargueiro da Lufthansa, a empresa já declarou que não tem condições de utilizar a pista taxiway. Haverá prejuízo nesse caso específico?
Em princípio, não vemos nenhuma mudança nos voos cargueiros. Nossas conversas com Lufthansa são positivas. Eles não enxergam nenhuma necessidade de mudança na malha deles. Então, continuaríamos com os voos de carga. Não teria nenhum impacto.
O trade turístico tem divulgado que haverá perda de passageiros e negócios com o fechamento temporário da pista. O senhor garante a operacionalidade do aeroporto, sem prejuízos, então?
Eu acho que isso [as preocupações do Trade turístico] são bem razoáveis porque nós não tínhamos feito ainda um comunicado detalhado como estamos fazendo com vocês, porque não podíamos falar até que as linhas aéreas refizessem as malhas. Então, com a informação que estamos trazendo o trade turístico tem que ficar super satisfeito. A Inframerica está fazendo esse investimento adicional para manter esse fluxo turístico. Importante também que tivemos hoje (quarta) com o governador do Estado, Robinson Faria, aqui em Brasília, dando tranquilidade também para ele. A informação que estamos trazendo, hoje, de que não vamos perder nenhum passageiro é muito positiva.
Essa redefinição da malha com as Aéreas aconteceu quando?
Refazer uma malha aérea para um país é muito difícil porque envolve aproveitamento de aeronaves e de percursos, então estamos trabalhando isso nesses últimos dois, três meses. Escolhemos esse mês de setembro (para os serviços na pista), por ser um mês de fluxo baixo, nenhum feriado cai dentro desse planejamento, e a relação que temos com as Aéreas nos permitiu fazer um trabalho a quatro mãos com todas, e elas compreenderam o esforço que estamos fazendo e, por isso, elas também devolveram esse esforço com essa boa informação da manutenção dos voos.
De uma forma geral, há planejamento de melhorias e ampliações no aeroporto?
O que nós temos hoje é uma infraestrutura de nível internacional. O terminal é um dos melhores avaliados do país, e a pista está entre as melhores em termos de diâmetro, largura e extensão, e depois dessa obra, com certeza, vamos voltar a ter um nível de segurança que hoje temos, mas garantindo isso em longo prazo. Falando em novos investimentos tem a questão dos Correios, que enxergaram Natal como ‘aeroporto hub’ para a região, e essa é uma situação muito positiva. E estamos participando de feiras internacionais, tentando continuar trazendo novas frotas, assim como a da TAP.
A busca de novo sócio para o Aeroporto de Natal avançou?
Está em andamento. Nossa intenção como Corporação América é termos um parceiro para continuar investindo nos aeroportos. Nossa previsão é de longo prazo aqui no Brasil, nós continuamos participando dos leilões, continuamos investindo tanto em Natal, quanto em Brasília, e para isso é importante que nosso planejamento tenha um parceiro. Mas também não é uma situação que estamos assim super preocupados. Estamos em andamento, se aparece alguém que compreenda o negócio como nós compreendemos, e que tenha a mesma vocação que a gente tem de investimento de longo prazo, vamos fazer uma parceria, se não aparecer, continuaremos cuidando das operações como fazemos hoje.
Existe uma negociação em curso?
Sim, existe um processo aberto, e tem empresas interessadas, mas não posso abrir quais empresas. Não temos nenhuma pressão externa, uma data limite. Estamos conversando. E, isso, não muda nenhuma virgula no nosso planejamento.
Alcântara está pronto para uso, diz ministro
Ministério das Relações Exteriores firmou acordo com os Estados Unidos, que deve ser o primeiro país a utilizar o centro de lançamento
O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, está pronto para uso pelos países parceiros, Estados Unidos, França, Rússia e Israel, disse o ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante o Fórum de Investimentos Brasil 2017, em São Paulo.
“Está pronta e acabada, é só virar a chave. Com aquela localização [privilegiada], a gente precisa, de fato, gerar recursos”, declarou o ministro durante o Fórum de Investimentos Brasil 2017, na capital paulista.
Segundo Jungmann, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) firmou acordo com os Estados Unidos, que deve ser o primeiro país a utilizar o centro. A França também enviou, há um mês, uma equipe que conheceu a unidade. No entanto, ainda não há prazo para o início das operações.
O ministro citou a dificuldade de expansão da base por causa da questão quilombola. A área de 60 mil hectares foi desapropriada, restando 8 mil hectares para os lançamentos da plataforma.
“Se você tiver mais 12 mil hectares, e isto está em negociação, você vai poder colocar até seis países no centro de lançamento. Seria uma melhora muito grande nos recursos”, disse. Segundo ele, com a expansão, os recursos passariam de US$ 1,2 bilhão para US$ 1,5 bilhão.
A base opera no lançamento de foguetes em menor escala. “Não tem lançamento de satélites, tem de foguetes de pesquisa.”
Exportação
O ministro destacou ainda algumas possibilidades de exportação de equipamentos de defesa brasileiros. Segundo ele, a aeronave Embraer KC-390 será apresentada a países como Suécia, República Tcheca, Polônia e Eslováquia.
Há ainda radares, que despertaram interesse da França, sonares e submarinos. “O [submarino blindado] Guarani é uma boa oportunidade, é um equipamento relacionado à tecnologia de alta intensidade com potencial enorme”, disse.
EZUTE - Visita do Ministro Defesa Raul Jungmann
A Fundação EZUTE recebeu, no dia 30 de maio de 2017, a comitiva do ministério da Defesa, em sua sede na capital paulista. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, chegou acompanhado do Major-Brigadeiro do Ar João Tadeu Fiorentini, do secretário de Produtos de Defesa (SEPROD), Flávio Basílio, e de uma comitiva composta por mais seis autoridades, além do ex-embaixador do Brasil em Washington Rubens Barbosa.
O presidente Eduardo Marson pôde apresentar ao ministro o histórico de atuação da EZUTE na área de Defesa.
O Ministro Jungmann tomou conhecimento da série de atividades desenvolvidas no âmbito militar e que tem a aplicação dual, ou seja, podem ser empregadas também no meio civil.
Hospitais do Exército atenderão vítimas das enchentes no Nordeste
Unidades têm capacidade para realizar até 150 atendimentos ambulatoriais e capacidade para fazer 100 procedimentos médicos
Felipe Barra Md
Dois módulos de Hospitais de Campanha do Exército serão montados para atender às vítimas das fortes chuvas que atingiram os estados de Pernambuco e Alagoas no último fim de semana. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (31) pelo Ministério da Defesa.
Uma das unidades será instalada na região da Mata Sul, na cidade de Rio Formoso, em Pernambuco. Cada módulo possui 10 barracas preparadas para realizar 150 atendimentos ambulatoriais, enfermaria com sete leitos e capacidade para fazer 100 procedimentos médicos.
Mais de 30 mil pessoas estão desabrigadas no estado pernambucano. Em Alagoas, segundo informações da Defesa Civil, o número de pessoas desalojadas e desabrigadas passa de 24 mil.
De acordo com o ministério, as ações para prestar apoio às populações estão sendo executadas por meio do Exército, da Aeronáutica e da Marinha.
Apoio
No último domingo (21), o presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Defesa, Raul Jungmann, estiveram em Recife para acompanhar as ações emergenciais. Na ocasião, Temer anunciou a liberação de recursos federais para dar continuidade às obras hídricas.
Além disso, um helicóptero H-36 Caracal da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou de Recife, na terça-feira (30), para dar apoio às vítimas na região. Já foram transportados cerca de 1,5 mil litros de água para a cidade de Barreiros (PE), situada a 100 km da capital pernambucana. O material foi destinado pela Defesa Civil às populações ilhadas.
Ainda na manhã de terça-feira, a aeronave da FAB fez um voo de reconhecimento para definir os pontos estratégicos da missão. A equipe ficará responsável por levar alimentos e água para áreas mais atingidas pelas chuvas e, também, fazer o transporte de desabrigados.
Cerca de 100 militares do Exército atuam na capital Maceió, em cidades do interior e ao redor da Lagoa de Mundau. Para estas regiões, foram deslocadas 10 viaturas para o resgate de moradores em áreas de riscos ou isoladas.
Esquadrão Joker, onde nascem os pilotos de caça da FAB
A aeronave de treinamento e ataque brasileira A-29 Super Tucano forma os pilotos de caça da FAB.
Kaiser Konrad
Criado em 1947 e ativado em 1953, mas transformado em unidade de caça somente em 1983, o Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2º/5 GAv), localizado na Base Aérea de Natal, no estado do Rio Grande do Norte, Brasil, é o esquadrão responsável por realizar o Curso de Especialização Operacional da Aviação de Caça (CEO-CA). O CEO-CA é o mais exigente e complexo curso de especialização operacional da Força Aérea Brasileira (FAB). Por isso o Joker, como é chamado o esquadrão, é conhecido como o berço dos pilotos de caça da FAB.
De 1982 a 2004 operou o AT-26 Xavante, onde contabilizou a marca recorde de 260 mil horas de voo, formando mais de 700 pilotos de caça. Em 2005, formou a primeira turma de pilotos com sua nova plataforma A-29 A/B, que já contabiliza mais de 50 mil horas de voo somente na unidade. Um detalhe interessante é que a introdução do Super Tucano na FAB foi feita pelo Esquadrão Joker, cuja responsabilidade também foi a formação dos primeiros pilotos e a doutrina operacional do novo aparelho, o que foi fundamental para a implantação dos A-29 nos três esquadrões do 3º Grupo de Aviação.
Seleção dos estagiários
Segundo o Brigadeiro-do-ar Pedro Luís Farsic, comandante da Ala 10, “durante o quarto ano da Academia da Força Aérea (AFA), os cadetes são avaliados e, conforme o perfil de pilotagem de cada um, são selecionados para o tipo de aviação que irão se especializar. As opções são: caça, asas rotativas, transporte, patrulha e reconhecimento. Esse perfil de pilotagem engloba, dentre outros fatores, a capacidade psicomotora do piloto. Nesse contexto, a AFA estipulou uma nota de voo mínima (ponto de corte) baseada em estatísticas de aproveitamento dos estagiários no curso de caça. Além da média de voo, todos os cadetes passam por uma avaliação antropométrica para verificar se estão dentro do envelope do assento ejetável do A-29. Com todos esses dados em mãos, a Ala 10 e a AFA se reúnem em um conselho para escolher quais cadetes realizarão o curso de caça do ano seguinte. A quantidade de cadetes selecionados varia de acordo com o número de vagas disponibilizadas para o CEO-CA”.
Curso de caça
O CEO-CA tem duração de aproximadamente nove meses, entre os meses de março e dezembro. Ele tem início na primeira quinzena de março com a Instrução Técnica da Aeronave (ITA). Nessa fase do curso, os estagiários têm quatro semanas de aulas teóricas sobre os sistemas da aeronave, procedimentos normais, procedimentos de emergência e, também, sobre as manobras básicas da fase de adaptação diurna. Além das aulas, os estagiários são submetidos a cinco avaliações terrestres (ITA-1, ITA-2, Procedimentos de emergência, Emergências críticas e Fase de adaptação diurna). Após concluírem a instrução terrestre, os estagiários estão aptos para iniciar a atividade aérea, que é dividida entre o módulo básico e o módulo avançado. O simulador de voo é uma ferramenta fundamental nesse processo.
No início de cada fase de voo, o piloto realiza missões que permitem uma melhor adaptação do piloto à aeronave. O módulo básico, como o nome sugere, é composto pelas fases de voo que servirão de base para todas as missões que o estagiário deverá cumprir na aviação de caça. Apenas 15 por cento dos estagiários que iniciam o curso são desligados, o que representa uma taxa de atrito muito baixa em comparação a outros cursos de formação de pilotos de caça.
FASES E OBJETIVOS DO MÓDULO BÁSICO
Adaptação diurna: Decolar, pousar e efetuar as manobras básicas com segurança.
Adaptação noturna: Decolar, pousar e efetuar as manobras básicas com segurança no período noturno.
Instrumento avançado: Pousar com segurança em um aeródromo operando por instrumentos (IMC).
Formatura básica: Voar em formação com segurança e executar manobras na ala.
Formatura operacional: Treinar as formaturas operacionais utilizadas em missões de combate.
Navegação por contato: Navegar em condições visuais, respeitando o cenário tático e seguindo as referências do solo.
Navegação rádio: Deslocar entre duas localidades em condições IMC usando o sistema de navegação do A-29.
Adaptação noturna: Decolar, pousar e efetuar as manobras básicas com segurança no período noturno.
Instrumento avançado: Pousar com segurança em um aeródromo operando por instrumentos (IMC).
Formatura básica: Voar em formação com segurança e executar manobras na ala.
Formatura operacional: Treinar as formaturas operacionais utilizadas em missões de combate.
Navegação por contato: Navegar em condições visuais, respeitando o cenário tático e seguindo as referências do solo.
Navegação rádio: Deslocar entre duas localidades em condições IMC usando o sistema de navegação do A-29.
O módulo avançado é composto pelas fases de voo em que o estagiário empregará a aeronave A-29 como plataforma de armas e treinará as principais ações de força aérea realizadas pela aviação de caça. Nesse módulo, o estagiário é avaliado sobre a sua capacidade de combate contra alvos terrestres e aéreos.
FASES E OBJETIVOS DO MÓDULO AVANÇADO
Emprego ar-solo: Realizar o emprego ar-solo da aeronave A-29, nos diversos tipos de armamentos disponíveis na aeronave.
Emprego ar-ar: Realizar o emprego ar-ar, contra um alvo aéreo rebocado por outra aeronave.
Combate aéreo: Treinar manobras básicas de combate contra outra aeronave, utilizando as diversas táticas de combate aéreo.
Interceptação: Executar a interceptação de alvos aéreos em condições visuais, seguindo as orientações do controle radar.
Ataque ao solo (manobra operacional): Realizar missões de ataque ao solo, como ala operacional, em um contexto de guerra simulada.
Escolta (manobra operacional): Escoltar forças amigas em território inimigo e engajar combate com a defesa aérea oponente em um contexto de guerra simulada.
Emprego real (manobra operacional): Empregar armamento real contra alvos táticos no estante de tiro em um contexto de guerra simulada.
Emprego ar-ar: Realizar o emprego ar-ar, contra um alvo aéreo rebocado por outra aeronave.
Combate aéreo: Treinar manobras básicas de combate contra outra aeronave, utilizando as diversas táticas de combate aéreo.
Interceptação: Executar a interceptação de alvos aéreos em condições visuais, seguindo as orientações do controle radar.
Ataque ao solo (manobra operacional): Realizar missões de ataque ao solo, como ala operacional, em um contexto de guerra simulada.
Escolta (manobra operacional): Escoltar forças amigas em território inimigo e engajar combate com a defesa aérea oponente em um contexto de guerra simulada.
Emprego real (manobra operacional): Empregar armamento real contra alvos táticos no estante de tiro em um contexto de guerra simulada.
Após concluírem o curso, os estagiários são declarados alas operacionais de caça e estão aptos a realizar qualquer missão de guerra, com a aeronave A-29, nas posições de número 2 e número 4 de uma esquadrilha. Depois do curso em Natal, os pilotos são enviados para os esquadrões do 3º Grupo de Aviação, nas Alas aéreas de Boa Vista, Porto Velho e Campo Grande, onde participam de missões operacionais de policiamento do espaço aéreo na região de fronteira e enquanto realizam o curso de líder de esquadrilha.
“Depois de haver concluído o CEO-CA na aeronave A-29 Super Tucano pertencente ao Esquadrão Joker, posso afirmar o excelente nível acadêmico e profissional do esquadrão para cumprir sua missão, que é formar novos pilotos de caça. A conjunção de uma doutrina sem erros com uma máquina de voo nos níveis tecnológicos das primeiras forças aéreas do mundo proporciona aos futuros pilotos de combate o conhecimento, a capacidade e confiança, necessários para enfrentar todos os problemas”, disse o Alférez (Aviador) Pablo Velarde, da Força Aérea do Uruguai, após concluir o curso de caça no Brasil.
PCI CONCURSOS
Aeronáutica divulga Exame de Admissão do Curso de Adaptação de Médicos para 2018
São 56 oportunidades distribuídas em mais de vinte especialidades.
O Departamento de Ensino da Aeronáutica (DEPENS), divulgou a portaria do Exame de Admissão ao Curso de Adaptação de Médicos da Aeronáutica do ano de 2018 (CAMAR).
Este exame tem a finalidade de selecionar 56 cidadãos brasileiros de ambos os sexos, voluntários e interessados em ingressar na carreira de oficiais da Aeronáutica.
São contempladas as seguintes Especialidades: Alergologia (1); Anestesiologia (7); Anatomia Patológica (1); Cardiologia (7); Cancerologia (2); Cirurgia Cardíaca (1); Clínica Médica (4); Cirurgia Torácica (1); Cirurgia Vascular-periférica (1); Geriatria (1); Ginecologia e Obstetrícia (5); Infectologista (2); Hematologia (1); Hemoterapia (1); Nefrologia (2); Oftalmologia (2); Otorrinolaringologia (1); Ortopedia (2); Psiquiatria (6); Radiologia (4) e Urologia (4).
O Curso de Adaptação de Médicos da Aeronáutica terá duração aproximada de dezessete semanas e abrange instruções nos Campos Geral, Militar e Técnico-Especializado, será realizado no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), em Belo Horizonte - MG.
Para se inscrever é preciso preencher o Formulário de Solicitação de Inscrição, disponível no site www.fab.mil.br, a partir das 10h do dia 05 de junho de 2017, até às 15 do dia 03 de julho de 2017, em atenção ao horário de Brasília. A taxa de participação é de R$ 130,00.
A isenção da taxa de inscrição será concedida aos candidatos que comprovarem ser inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) para Programas Sociais do Governo Federal ou membro de família de baixa renda, conforme Lei, Decretos e prazo especificados no edital.
Os inscritos serão classificados por meio de Provas Escritas, previstas para serem aplicadas no dia 03 de setembro de 2017, as outras etapas são compostas por Inspeção de Saúde, Exame de Aptidão Pscicológica, Teste de Avaliação do Condicionamento Físico, Prova Prático-Oral e Validação Documental.
As provas serão realizadas nas cidades de Belém - PA, Recife - PE, Jabotão dos Guararapes - PE, Fortaleza - CE, Natal - RN, Parnamirim - RN, Salvador - BA, Rio de Janeiro - RJ, Belo Horizonte - MG, Lagoa Santa - MG, Guarulhos - SP, Campo Grande - MS, Porto Alegre - RS, Canoas - RS, Curitiba - PR, Brasília - DF e Manaus - AM.
Este Processo Seletivo terá validade de dez dias corridos, a contar da data subsequente à matrícula.
FOLHA VITÓRIA (ES)
Guarapari recebe feira aeronáutica pela primeira vez em setembro
A "Aerofair" será realizada no Espírito Santo pela primeira vez entre os dias 07 e 10 de setembro, e promete movimentar o município de Guarapari
Um evento aeronáutico promete movimentar o município de Guarapari no mês de setembro. Realizada pela primeira vez no município, a "Aerofair" reunirá, no aeroporto de Guarapari, pilotos, donos de aeronaves, fabricantes e diversos segmentos da aviação geral através de rodadas de negociações.
Além disso, os pilotos também poderão participar atividades exclusivas, como palestras voltadas para o segmento aeronáutico e outras. As inscrições para os pilotos são gratuitas e limitadas a 150 participantes e podem ser feitas pelo site da feira.
De acordo com o organizador do evento Thiago Mol, a estimativa é receber mais de 25 mil pessoas durante os quatro dias do evento, que acontece de 07 a 10 de setembro.
"A expectativa de público é de cerca de 25 mil pessoas nos quatro dias do evento e aproximadamente 150 pilotos. O capixaba ainda não está acostumado com esse tipo de atividade no Estado e isso movimenta a economia no sentido geral, envolvendo hospedagem, alimentação e transporte de todo esse público que participará. Faremos, de forma direta, as coisas acontecerem com oportunidades de negócios, explica.
Além das atividades voltadas para o segmento aeronáutico, a feira reunirá também várias opções de lazer para ao público em geral, como apresentações aéreas de aviões, exposições de produtos diversos, espaço kids, espaço gourmet com food trucks, passeio de avião e helicóptero, visitação de aeronaves e paraquedismo.
A famosa Esquadrilha da Fumaça também pode ser uma das atrações da feira. A solicitação já está em andamento e falta apenas o parecer das Forças Armadas para que seja autorizado.
PRESS TUR
Aviação brasileira continua a cair no sector doméstico e cresce a dois dígitos no internacional
As companhias aéreas brasileiras terminaram o primeiro quadrimestre com menos 249,1 mil passageiros transportados que no período homólogo de 2016, pela quebra de 533,2 mil em voo domésticos, que o aumento em 284,1 mil em voos internacionais não chegou para compensar.Assim, de acordo com cálculos do PressTUR a partir dos dados publicados pela ANAC Brasil, autoridade aeronáutica brasileira, as companhias aéreas brasileiras somaram 32,23 milhões de passageiros transportados nos primeiros quatro meses deste ano, -0,8% que há um ano, com quebra em 1,8% em voos domésticos, para 29,47 milhões, e aumento em 11,5% em voos internacionais, para 2,76 milhões.
A LATAM Brasil (antiga TAM) manteve-se a maior companhia brasileira em passageiros transportados, com 10,91 milhões, em baixa de 3,7% ou 418,2 mil, à frente da GOL, que teve uma queda em 5,3% ou 592,8 mil, ficando com 10,54 milhões,
Depois vêm a Azul, com 7,19 milhões, por um aumento em 10% ou 653,2 mil, e a Avianca Brasil, com 3,29 milhões e um aumento em 9,6% ou 288,2 mil.
Considerando apenas os voos domésticos, a líder é a GOL, com 9,87 milhões de passageiros transportados, em queda de 5,5% ou 579,8 mil.
A LATAM Brasil, nº2, com 9,06 milhões de passageiros, é a que teve a maior quebra do quadrimestre, em 6,6% ou 640,3 mil, para 9,06 milhões.
A Azul de David Neeleman e a Avianca dos irmãos Efromovich, por sua vez, têm crescimento, respectivamente em 9,1% ou 581,3 mil, para 6,96 milhões, e em 9,5% ou 287 mil, para 3,29 milhões.
Em voos internacionais a líder é a LATAM Brasil com 1,85 milhões de passageiros transportados e com um aumento em 13,6% ou 222 mil, a grande distância da concorrência.
A GOL somou 665,4 mil passageiros em voos internacionais, em queda de 1,9% ou 13 mil, a Azul, cuja única rota europeia é entre Viracopos (Campinas) e Lisboa, somou 237,2 mil, com aumento em 43,4% ou 71,8 mil, e a Avianca Brasil ficou em 3,3 mil, apesar de um aumento em 63,4% ou 1,2 mil.
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