NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 31/05/2017 / EUA lançam interceptador e simulam derrubada de míssil balístico no Pacífico
EUA lançam interceptador e simulam derrubada de míssil balístico no Pacífico ...
Teste ocorreu dois dias após Coreia do Norte lançar novo míssil ...
Os Estados Unidos lançaram nesta terça-feira (30) um interceptador de míssil a partir de uma base na Califórnia para simular a derrubada de um míssil balístico intercontinental. Segundo o diretor da Agência de Defesa de Mísseis dos EUA, Jim Syring, o interceptador derrubou um míssil que foi lançado das Ilhas Marshall, no centro do Oceano Pacífico, e o teste teve êxito.
O objetivo era que o interceptador, lançado a partir da base Vandenberg, na Califórnia, sobrevoasse o Oceano Pacífico, lançasse um "veículo matador", que por sua vez derrubaria o míssil lançado das Ilhas Marshall. O veículo usa energia cinética para destruir o objeto que vem na sua direção.
O exercício testa o desempenho do sistema de "defesa em terra na metade do percurso" (GMD, na sigla em inglês), que teve alguns problemas em testes anteriores. A tecnologia que move o GMD é extremamente complexa e o sistema utiliza sensores disponibilizados globalmente para detectar e rastrear ameaças de mísseis balísticos.
"Esse sistema é muito importante para a defesa do nosso país e esse teste demonstra que contamos com um artefato confiável para deter uma ameaça real", disse Syring.
O lançamento do interceptador pôde ser visto em um raio de mais de 80 km da base na Califórnia, mas a derrubada do míssil não seria visível em terra.
Este é o primeiro teste do tipo em quase três anos e o primeiro para interceptar um míssil de alcance internacional, como o que a Coreia do Norte está desenvolvendo.
Ameaça da Coreia do Norte
O teste dos EUA é realizado dois dias depois de a Coreia do Norte disparar um míssil que percorreu 450 quilômetros em direção ao leste até cair em águas da Zona Econômica Especial (ZEE) do Japão, espaço que se estende cerca de 370 quilômetros a partir de seu litoral.
A Coreia do Norte segue tentando desenvolver tecnologia de mísseis de longo alcance capaz de chegar a território americano, bem como uma ogiva nuclear suficientemente compacta para ser armada em um míssil.
Um porta-voz do Pentágono afirmou nesta terça que o teste não foi conduzido por conta das ações recentes da Coreia do Norte, mas citou o país como uma das nações, junto com o Irã, que geram preocupação aos EUA.
"A Coreia do Norte expandiu o tamanho e a sofisticação das suas forças de míssil balístico, desde os de curto alcance até os intercontinentais", disse o porta-voz Jeff Davis. "Eles continuam conduzindo lançamentos de teste, como vimos inclusive nesse final de semana, enquanto também usam uma retórica perigosa que sugere que eles vão atacar os Estados Unidos".
Até o final de 2017 o sistema GMD terá 44 interceptores - baseados no Alasca e na Califórnia - de modo que poderá enfrentar um ataque lançado de outro país com vários mísseis. Mas ele ainda não é capaz de enfrentar um ataque em grande escala de países como Rússia ou China, que têm capacidade de lançar dezenas de mísseis simultaneamente.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Por recorde no salto, Thiago Braz abre mão de pódios e foca em treinos
Paulo Roberto Conde
Campeão olímpico do salto com vara, Thiago Braz, 23, e seu técnico, Vitaly Petrov, estabeleceram marca e data para tentarem a quebra do recorde mundial de 6,16 m, que desde 2014 está em poder do francês Renaud Lavillenie –a quem o brasileiro derrotou nos Jogos Olímpicos do Rio.
Petrov e Braz querem obter um salto de 6,20 m e estipularam a temporada de 2019 como ideal para realizá-la.
A obsessão pelo registro fez com que o treinador ucraniano estabelecesse uma nova rotina de treinos para Braz.
O foco passou a ser dirigido na parte física, principalmente no processo de fortalecimento muscular.
As ações já surtem efeito em duas vertentes: o saltador tem ganhado massa, mas também perdido a velocidade habitual, que deve ser readquirida mais adiante.
Provavelmente a partir da próxima temporada, o saltador deve adotar novo padrão de vara, maior e que permita transpor o sarrafo a 6,20 m.
A falta de explosão explica a temporada apenas razoável de Braz até agora. Sua melhor marca foi de 5,60 m, mais de 40 centímetros inferior àquela com a qual se sagrou ouro no Rio (6,03 m).
Segundo o superintendente de alto rendimento da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), Antonio Carlos Gomes, a meta de bater o recorde e se concentrar especialmente nos Jogos de Tóquio, em 2020, é justificável.
"Nós queremos que o Thiago pense neste recorde, porque é possível, e tenha o foco nisso", afirmou o dirigente.
Até por isso, acrescentou, eventuais desempenhos ruins do atleta em torneios internacionais e no Mundial de Londres, em agosto próximo, devem ser relativizados.
"O Thiago deve fazer um polimento para ir bem, com certeza, mas o foco está lá na frente", complementou.
"O Petrov costuma dizer que os dois primeiros anos de um ciclo olímpico são para treinar, e os dois últimos para competir e obter o resultado desejado. É nisso que nós estamos apostando."
O efeito colateral é que, na condição de campeão olímpico, o saltador não quer passar por período como coadjuvante no cenário mundial.
Braz treina há dois anos e meio na cidade italiana de Formia, onde funciona centro administrado por Petrov, que era consultor da seleção brasileira antes de se dedicar exclusivamente ao pupilo.
O salário do treinador, de aproximadamente R$ 35 mil mensais, é pago pelo Comitê Olímpico do Brasil. A CBAt arca com despesas de viagem para treinos e competições.
Devido ao ouro nos Jogos do Rio, a confederação também repassou prêmio de R$ 100 mil ao atleta e de R$ 50 mil ao treinador –Braz também receberá anualmente cerca de R$ 350 mil da Caixa, que renovou acordo de patrocínio com a CBAt até 2020, para ação promocional.
Nas próximas duas semanas, o campeão olímpico disputará competições no país, ambas em São Bernardo. No sábado (3), haverá um Grande Prêmio internacional e, na outra semana, o Troféu Brasil, que definirá a equipe nacional para o Mundial.
Os dois eventos custarão cerca de R$ 1,1 milhão aos cofres da confederação.
A entidade tentou abrigar o Troféu Brasil no Engenhão, que foi palco do atletismo nos Jogos Olímpicos do Rio, mas o valor diário de R$ 350 mil inibiu a locação do estádio, que é gerido pelo Botafogo.
Ele já obteve classificação. A confederação espera levar cerca de 30 atletas para o campeonato em Londres.
Na última edição do Mundial, em Pequim-2015, o Brasil obteve só uma medalha. Justamente no salto com vara, com Fabiana Murer. Braz, promessa à época, nem sequer avançou para a final.
Joesley usou avião da JBS para ir aos EUA por "segurança", diz empresa
Joana Cunha - Danielle Brant
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) questionou a JBS na sexta (26) sobre o uso feito pelo controlador Joesley Batista de um avião pertencente à companhia de capital aberto da qual também são sócios o BNDES e a Caixa.
O empresário e sua família viajaram para os Estados Unidos no avião após a delação dos Batista na Lava Jato.
O uso da propriedade de uma empresa de capital aberto para fins particulares do controlador desatrelados dos interesses dos outros acionistas é considerado má prática de governança corporativa e prejudica indiretamente outros sócios da companhia.
Nesta terça (30), a JBS respondeu que o jato foi usado para "garantir a segurança pessoal" do empresário, que na ocasião era presidente do conselho de administração.
O questionamento foi desencadeado por reportagem da Folha de sexta, que informava que o avião não pertence à pessoa física de Joesley, e sim à companhia.
A cada vez que a família Batista usa o avião para atividades privadas —como foi o caso da mudança que levou também o diretor Ricardo Saud—, quem divide a conta são BNDES e Caixa, que, juntos, detêm cerca de 26% de participação na JBS, além dos outros acionistas minoritários, com cerca de 30%.
A CVM, então, pediu à empresa que apresentasse documentos que comprovassem que a prática respeitou a política de remuneração.
Em resposta à CVM, a JBS diz que o jato tem como finalidade ser "meio de transporte para seus administradores e executivos no exercício de suas atividades" e que a utilização do avião por Joesley foi autorizada por Wesley Batista, diretor-presidente da JBS e irmão do empresário.
Wesley disse que o uso da aeronave foi autorizado para "garantir a segurança pessoal do então presidente do conselho de administração" e que a viagem foi autorizada pela Procuradoria-Geral da República.
Segundo Wesley, a proteção seria "essencial para a salvaguarda de interesses da companhia", devido à delação dos irmãos que abalou o governo Michel Temer.
INTEGRIDADE FÍSICA
"A integridade física e moral do sr. Joesley Batista, assim como a dos demais colaboradores que são ou eram administradores da JBS, está, por esse motivo, asseverou o diretor-presidente, compassada com os melhores interesses da companhia", diz o comunicado.
O jato Gulfstream Aerospace GV-SP (550) da JBS usado por Joesley é top de linha em sua categoria e tem preço estimado em US$ 65 milhões.
Temer: "Vou entregar a casa em ordem no fim de 2018"
Durante evento em São Paulo, presidente tentou mostrar a investidores união em torno das reformas e reforçou que não há "plano B"
Por Eduardo Gonçalves
Em mais um esforço para minimizar a maior crise já enfrentada por seu governo, o presidente Michel Temer (PMDB) tentou nesta terça-feira convencer uma plateia de investidores e empresários nacionais e estrangeiros de que ele é a única opção viável para colocar o país nos trilhos.
O presidente reforçou que não pretende deixar o Planalto e que “não há plano B“. No fim, concluiu o discurso, dizendo que traz uma mensagem de otimismo e de “confiança na segurança jurídica do país”. “Nós chegaremos ao fim de 2018 com a casa em ordem. Quem apanhar essa locomotiva em 2018 encontrará o país nos trilhos. Essa trajetória não será interrompida. Nela seguiremos e não podemos e não devemos abandoná-la. Faço isso em nome dos 14 milhões de desempregados do Brasil”, disse Temer, referindo-se à necessidade de aprovação das reformas trabalhista e previdenciária, que tramitam no Congresso.
A fala do presidente durou cerca de 20 minutos e se ateve basicamente em exaltar os feitos da sua gestão na área econômica –Temer não fez nenhuma menção às investigações da Operação Lava Jato ou à crise política que acomete o seu governo. Comentou apenas que o país vive um momento de “brasileiro contra brasileiro” e que o governo “não titubeou” e tomou “medidas saneadoras para restabelecer a ordem”, justificando a convocação das Forças Armadas para conter protestos na semana passada.
Tentando mostrar que o governo está unido e empenhado em viabilizar as reformas, Temer organizou uma verdadeira força-tarefa para comparecer ao Fórum de Investimentos 2017, que acontece nesta terça e quarta-feira no hotel Grand Hyatt, na Zona Sul de São Paulo. Marcaram presença evento os presidentes do Senado e da Câmara, Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Rodrigo Maia (PMDB-RJ); os ministros Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Moreira Franco (Secretaria da Presidência), Dyogo Oliveira (Planejamento), Henrique Meirelles (Fazenda), Ricardo Barros (Saúde), Mendonça Filho (Educação) e Raul Jungmann (Defesa); e o governador e prefeito de São Paulo, Geraldo Alckmin e João Doria.
Militares
Anísio Teodoro
O Brasil é recordista mundial em assassinatos. Matam-se mais pessoas do que em certas guerras. Por isso, os militares deveriam ter sido convocados, há muito tempo, para ajudar a Polícia Militar a estancar essa sangria. Acertou o governo na convocação, no dia 24, das Forças Armadas. O governo brasileiro em atividade em 1964 foi tachado de comunista pelos americanos, menção descabida, mas aceita por parte da sociedade inconsciente, governo comunista não tentaria fazer reforma agrária nem daria aumentos salariais. O golpe de 1964 somente ocorreu porque contou com o apoio dos então governadores de Minas Gerais, Magalhães Pinto, de São Paulo, Ademar de Barros, e do Rio de Janeiro, Carlos Lacerda. Os dois últimos perceberam o erro que tinham cometido, voltaram atrás e foram cassados. Portanto, deixem as Forças Armadas trabalharem, não se preocupem com os falastrões.
A reforma da Previdência é inadiável
Por Antonio Delfim Netto
É preciso ampliar rapidamente o conhecimento da sociedade sobre o nosso regime de previdência. Ele paga a aposentadoria mensalmente com os recursos recolhidos ao INSS pelos trabalhadores na ativa e pelos empresários. Não há capitalização nem reservas. Ele impõe uma relação simples e direta entre a taxa de contribuição e o nível de recuperação dos salários que os aposentados podem receber com relação aos que recebiam na vida ativa. A Previdência é, assim, fortemente influenciada pela evolução demográfica.
Para nos convencermos disso, façamos um exercício simplificado. Suponhamos 1) uma recuperação do salário na aposentadoria de 80% e 2) que a relação entre os trabalhadores na ativa e os aposentados seja de 5 por 1, isto é, para cada aposentado há cinco trabalhadores.
Ou se reformam os parâmetros, ou vai-se à insolvência!
Se cinco trabalhadores estão na ativa e um está aposentado, para sustentar seu salário em 80% do da ativa, cada um dos trabalhadores deverá recolher 16% do seu salário (80/5).
Com a mudança demográfica, não é surpresa que o déficit da Previdência venha crescendo exponencialmente, como se vê no gráfico nº 2, abaixo. O problema é ainda mais complicado porque, nos Estados, a aposentadoria já consome, em média, 40% da despesa bruta. Alguns Estados já dão sinal de fadiga. No Rio Grande do Sul, as despesas com aposentadoria atingem 63% da folha de pagamentos, e no Rio de Janeiro, 43%.
Para nos convencermos disso, façamos um exercício simplificado. Suponhamos 1) uma recuperação do salário na aposentadoria de 80% e 2) que a relação entre os trabalhadores na ativa e os aposentados seja de 5 por 1, isto é, para cada aposentado há cinco trabalhadores.
Ou se reformam os parâmetros, ou vai-se à insolvência!
Se cinco trabalhadores estão na ativa e um está aposentado, para sustentar seu salário em 80% do da ativa, cada um dos trabalhadores deverá recolher 16% do seu salário (80/5).
Com a mudança demográfica, não é surpresa que o déficit da Previdência venha crescendo exponencialmente, como se vê no gráfico nº 2, abaixo. O problema é ainda mais complicado porque, nos Estados, a aposentadoria já consome, em média, 40% da despesa bruta. Alguns Estados já dão sinal de fadiga. No Rio Grande do Sul, as despesas com aposentadoria atingem 63% da folha de pagamentos, e no Rio de Janeiro, 43%.
Uma boa parte das críticas à reforma da Previdência é que ela não alcança as aposentadorias e pensões das Forças Armadas, que é altamente deficitária. Elas envolvem quase 720 mil pessoas (385 mil na ativa e 335 mil aposentados e pensionistas). De 2010 a 2016, os militares tiveram seu poder de compra reduzido em torno de 10% sem gritar, enquanto o funcionalismo civil, que se apropriou do Estado, gritou alto (com suas ameaças de greve) e, no mesmo período, os seus salários aumentaram e eles foram poupados de todos os inconvenientes do processo recessivo que o resto da sociedade está sofrendo.
A ausência da reforma da área militar, até agora, justifica-se porque se quer construir uma paridade entre o setor civil e o militar, o que não pode ser feito antes que o Congresso aprove a proposta do governo. Como o objetivo final da reforma é republicano, no futuro todos os brasileiros vão aposentar-se pelo mesmo regime, e a reforma da aposentadoria e pensões das Forças Armadas não exige reforma constitucional, ela só pode ser feita depois de aprovado o projeto de reforma que está sendo apreciado pelo Legislativo.
O futuro do Brasil dependerá de nossa capacidade de deixar de lado, por um instante, nossas diferenças ideológicas e aprovarmos a reforma da Previdência como ela saiu da Comissão Especial da Câmara. A oposição tem que mostrar que põe o Brasil acima de Temer! Mesmo porque ele levará só os ônus. Os bônus serão recolhidos por nossos filhos e netos, qualquer que tenha sido a posição política de seus pais.
Antonio Delfim Netto é professor emérito da FEA-USP, ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento. Escreve às terças-feiras
A ausência da reforma da área militar, até agora, justifica-se porque se quer construir uma paridade entre o setor civil e o militar, o que não pode ser feito antes que o Congresso aprove a proposta do governo. Como o objetivo final da reforma é republicano, no futuro todos os brasileiros vão aposentar-se pelo mesmo regime, e a reforma da aposentadoria e pensões das Forças Armadas não exige reforma constitucional, ela só pode ser feita depois de aprovado o projeto de reforma que está sendo apreciado pelo Legislativo.
O futuro do Brasil dependerá de nossa capacidade de deixar de lado, por um instante, nossas diferenças ideológicas e aprovarmos a reforma da Previdência como ela saiu da Comissão Especial da Câmara. A oposição tem que mostrar que põe o Brasil acima de Temer! Mesmo porque ele levará só os ônus. Os bônus serão recolhidos por nossos filhos e netos, qualquer que tenha sido a posição política de seus pais.
Antonio Delfim Netto é professor emérito da FEA-USP, ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento. Escreve às terças-feiras
Polícia paraguaia apreende 513 kg de cocaína em operação contra tráfico de drogas aéreo
Operação na segunda-feira (29) foi para desarticular estrutura aérea de facção criminosa no Paraguai, segundo Secretaria Nacional Antidrogas (Senad).
Por Tv Morena
A Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad) apreendeu 513 quilos de cocaína em uma pista de voo clandestina em Bella Vista do Norte, durante uma operação nesta segunda-feira (29).
A tripulação da aeronave que seria responsável pelo transporte da droga foi encontrada no aeroporto de Pedro Juan Caballero.
Simultaneamente, os policiais também fizeram buscas em estabelecimentos rurais e escritórios ligados à investigação.
As investigações começaram há 15 meses e o principal objetivo da Senad era desmantelar o centro de operações aéreas do PCC no Paraguai, considerada a maior estrutura de tráfico aéreo do país.
Segundo apurado pela Polícia Nacional do Paraguai, a estrutura da facção criminosa era capaz de operar média de 20 voos mensais com remessas de droga desde a Bolívia até Brasil e Europa, totalizando cerca de 5 toneladas de cocaína por mês.
A operação foi batizada de Pulp Fiction, em referência ao filme de mesmo nome, e teve apoio das Forças Armadas, Departamento Antidrogas dos Estados Unidos, Polícia Federal e Ministério Público e seus órgãos de inteligência.
O número de detidos e a quantidade de material apreendido será divulgada posteriormente pela polícia paraguaia.
EUA lançam interceptador e simulam derrubada de míssil balístico no Pacífico
Teste ocorreu dois dias após Coreia do Norte lançar novo míssil.
Os Estados Unidos lançaram nesta terça-feira (30) um interceptador de míssil a partir de uma base na Califórnia para simular a derrubada de um míssil balístico intercontinental. Segundo o diretor da Agência de Defesa de Mísseis dos EUA, Jim Syring, o interceptador derrubou um míssil que foi lançado das Ilhas Marshall, no centro do Oceano Pacífico, e o teste teve êxito.
O objetivo era que o interceptador, lançado a partir da base Vandenberg, na Califórnia, sobrevoasse o Oceano Pacífico, lançasse um "veículo matador", que por sua vez derrubaria o míssil lançado das Ilhas Marshall. O veículo usa energia cinética para destruir o objeto que vem na sua direção.
O exercício testa o desempenho do sistema de "defesa em terra na metade do percurso" (GMD, na sigla em inglês), que teve alguns problemas em testes anteriores. A tecnologia que move o GMD é extremamente complexa e o sistema utiliza sensores disponibilizados globalmente para detectar e rastrear ameaças de mísseis balísticos.
"Esse sistema é muito importante para a defesa do nosso país e esse teste demonstra que contamos com um artefato confiável para deter uma ameaça real", disse Syring.
O lançamento do interceptador pôde ser visto em um raio de mais de 80 km da base na Califórnia, mas a derrubada do míssil não seria visível em terra.
Este é o primeiro teste do tipo em quase três anos e o primeiro para interceptar um míssil de alcance internacional, como o que a Coreia do Norte está desenvolvendo.
Ameaça da Coreia do Norte
O teste dos EUA é realizado dois dias depois de a Coreia do Norte disparar um míssil que percorreu 450 quilômetros em direção ao leste até cair em águas da Zona Econômica Especial (ZEE) do Japão, espaço que se estende cerca de 370 quilômetros a partir de seu litoral.
A Coreia do Norte segue tentando desenvolver tecnologia de mísseis de longo alcance capaz de chegar a território americano, bem como uma ogiva nuclear suficientemente compacta para ser armada em um míssil.
Um porta-voz do Pentágono afirmou nesta terça que o teste não foi conduzido por conta das ações recentes da Coreia do Norte, mas citou o país como uma das nações, junto com o Irã, que geram preocupação aos EUA.
"A Coreia do Norte expandiu o tamanho e a sofisticação das suas forças de míssil balístico, desde os de curto alcance até os intercontinentais", disse o porta-voz Jeff Davis. "Eles continuam conduzindo lançamentos de teste, como vimos inclusive nesse final de semana, enquanto também usam uma retórica perigosa que sugere que eles vão atacar os Estados Unidos".
Até o final de 2017 o sistema GMD terá 44 interceptores - baseados no Alasca e na Califórnia - de modo que poderá enfrentar um ataque lançado de outro país com vários mísseis. Mas ele ainda não é capaz de enfrentar um ataque em grande escala de países como Rússia ou China, que têm capacidade de lançar dezenas de mísseis simultaneamente.
Moradores vítimas das chuvas brigam por comida estragada em Palmares
O governo do estado enviou 24 toneladas de alimentos à população impactada pelas chuvas
A enchente que deixou 24 cidades pernambucanas em estado de emergência não causou apenas estragos nos imóveis e ruas dos municípios, mas trouxe feridas à dignidade da população. Em Palmares, pessoas famintas brigaram por comida estragada pela lama. Além de terem que lutar por alimentos e tentar recuperar casas e móveis perdidos ou danificados pela chuva, moradores relatam que não deixam as residências com medo de o pouco que restou ser roubado. Comerciantes relatam saques em lojas e mercados públicos. A Polícia Militar, no entanto, informou que nenhum saque foi registrado até a noite de ontem.
A única ocorrência policial contabilizada pela PM foi a prisão de três homens suspeitos de roubar alimentos e sapatos. O trio foi detido no município de Barreiros, Mata Sul de Pernambuco, uma das cidades em estado de emergência por conta das fortes chuvas que atingiram a região. De acordo com a Polícia Militar, os três foram presos na noite dessa segunda-feira depois que boxes do mercado da cidade, localizado em uma das principais vias do município, foram arrombados. Eles foram autuados e encaminhados para a Delegacia de Palmares. Para impedir mais roubos e saques, o policiamento foi reforçado nas cidades atingidas pela enchente.
Também nessa segunda-feira, em Palmares dezenas de pessoas disputaram comida descartada por um supermercado como lixo. Sacos de feijão, arroz, macarrão, leite, sujos de lama foram levados por moradores da cidade, algumas empurrando carros de mão e outras com a ajuda de bicicletas. Para evitar que cenas como essa se repitam, doações estão sendo recebidas e encaminhadas aos moradores das áreas atingidas. De acordo com balanço do governo do estado, enviou 24 toneladas de alimentos à população impactada pelas chuvas.
Foram distribuídos nas cidades alimentos de pronto consumo e não perecíveis, água potável, roupas, colchões, lonas plásticas e materiais de higiene e limpeza. Apenas ontem, o Gabinete de Crise, instalado no Palácio do Campo das Princesas, contabilizou o envio de 24 toneladas de alimentos, 18 mil litros de água e nove mil quilos de itens de higiene e limpeza.
Estão recebendo as doações os municípios em estado de emergência: Caruaru, Ipojuca, Joaquim Nabuco, Jurema, Lagoa dos Gatos, Primavera, Quipapá, Sirinhaém, Tamandaré, Xexéu, Belém de Maria, Gameleira, Palmares, Amaraji, Maraial, Ribeirão, Cortês, Barra de Guabiraba, São Benedito do Sul, Rio Formoso, Catende, Água Preta, Jaqueira e Barreiros. Para fazer a distribuição de alimentos nas áreas afetadas, trabalhos de buscas, resgates e deslocamento de pessoas, dois helicópteros do modelo H-225M, sendo um da Marinha do Brasil e outro da Força Aérea Brasileira, chegaram, ontem, a Pernambuco, e ficam por tempo indeterminado. As aeronaves, que têm condições de operar em condições climáticas desfavoráveis, têm capacidade de carga para dois mil quilos de mantimentos.
Além do Quartel do Derby e do Quartel dos Bombeiros, há outros postos de arrecadação para o recebimento das doações, como terminais rodoviários de dez cidades, a sede do Detran, na Iputinga, e o galpão do Ceasa.
O que doar
água
alimentos não perecíveis e de pronto consumo
colchões
lençois
travesseiros
fronhas
agasalhos
lonas plásticas
produtos de higiene e de limpeza
Postos de arrecadação
QUARTÉIS DOS BOMBEIROS
QUARTEL DO COMANDO GERAL
Av. João de Barros, 399 – Boa Vista – Recife.
GRUPAMENTO DE BOMBEIROS DE SALVAMENTO
Av. Ingo Hering, s/n - Distrito Industrial - Abreu e Lima.
GRUPAMENTO DE BOMBEIROS DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
Av. Presidente Kennedy, 145, Santa Tereza, Olinda.
GRUPAMENTO DE BOMBEIROS DE INCÊNDIO
Rua Arão Lins de Andrade, 1043 - Prazeres – Jab. dos Guararapes.
GRUPAMENTO DE BOMBEIROS MARÍTMO
Av. Beira Mar, 604 A - Piedade – Jab. dos Guararapes.
1º GRUPAMENTO DE BOMBEIROS
PE 45, KM 2 – Bairro Lídia Queiroz – Vitória de Santo Antão.
2º GRUPAMENTO DE BOMBEIROS
Rua Cel Fernando Pontes Filho, 226 - Agamenon Magalhães – Caruaru.
3º GRUPAMENTO DE BOMBEIROS
Av. Vicente Inácio de Oliveira, s/n, BR 232, Km 415, São Sebastião,
Serra Talhada.
5º GRUPAMENTO DE BOMBEIROS
Rodovia BR 116, KM 26, s/n, Nossa Srª. Aparecida, Salgueiro
6º GRUPAMENTO DE BOMBEIROS
Avenida Júlio Brasileiro com a Rua Pedro Rocha, s/n, Centro, Garanhuns
PMPE
Quartel do Derby e demais quartéis da Polícia Militar
TERMINAIS RODOVIÁRIOS
Gravatá
Endereço: Av. Cícero Batista de Oliveira, S/N, BR-232.
Araripina
Endereço: R. Dionísio de Deus Lima, S/N.
Arcoverde
Endereço: Av. José Bonifácio, 300, São Cristóvão.
Caruaru
Endereço: Av. José Pinheiro dos Santos, S/N, Pinheirópolis.
Garanhuns
Endereço: Av. Pedro Rocha, S/N, Heliópolis.
Limoeiro
Endereço: Praça Othon Bezerra de Melo, S/N, Centro.
Salgueiro
Endereço: R. João Vera de Siqueira, S/N.
Serra Talhada
Endereço: R. Monsenhor Pinto Campos, S/N.
Petrolina
Endereço: Av. Nilo Coelho, 30, Jercino Coelho.
CPRH
Agência Estadual de Meio Ambiente
Rua Santana, 367, Casa Forte, Recife
Pontos de arrecadação de doação na CPRH: na recepção e próximo aos
quadros de avisos (Ponto de entrada da agência)
ITERPE
Avenida Caxangá, 2200, Cordeiro, Recife
SEDE DO DETRAN - PE
Rua Estrada do Barbalho, nº 889, Iputinga, Recife e nas circunscrições
Regional de Trânsito (CIRETRANS)
• Sedes da Secretaria das Cidades e do Detran/PE - Estrada do
Barbalho, 889, bairro Iputinga;
• lojas do Detran/PE nos shoppings Recife, Tacaruna, Guararapes, Costa
Dourada e Plaza;
• TIP e terminais integrados de Xambá, PE-15, Aeroporto, Abreu e Lima,
Rio Doce, Pelópidas, Barro, Macaxeira, Cajueiro Seco, Camaragibe,
Tancredo Neves e Joana Bezerra.
Interior
• Araripina – Ciretran e Terminal Rodoviário;
• Arcoverde – Ciretran e Terminal Rodoviário;
• Caruaru – Loja do Detran/PE no Shopping Difusora e Caruaru Shopping,
Ciretran e Terminal Rodoviário;
• Garanhuns – Ciretran e Terminal Rodoviário;
• Gravatá - Ciretran e Terminal Rodoviário;
• Limoeiro – Ciretran e Terminal Rodoviário;
• Petrolina – Ciretran e Terminal Rodoviário;
• Salgueiro – Ciretran e Terminal Rodoviário;
• Serra Talhada – Ciretran e Terminal Rodoviário;
• Vitória de Santo Antão – Loja do Detran/PE no Vitória Park Shopping.
Horário de arrecadação
• Sede do Detran/PE e nas Ciretrans – das 8h às 13h;
• Terminais Integrados na RMR – das 7h às 19h ;
• Terminais rodoviários – das 7h às 20h.
PERPAT
Rua Dr. João Lacerda, 395, Cordeiro, ao lado do DHPP. Funcionamento das 8h às 17h30 e das 7h às 13h nas sextas-feiras.
FERNANDO DE NORONHA
"Tragédia que assolou o mundo" foi há oito anos e "falta fazer tudo"
Foi há oito anos que o voo 447 da Air France caiu sobre o oceano Atlântico, causando a morte de todas as 228 pessoas a bordo. Presidente de uma associação de apoio aos familiares das vítimas continua luta por justiça. "Perder um filho é uma coisa muito séria, não dá para transformar em palavras. Eu perdi um filho".
Por Anabela De Sousa Dantas
No dia 31 de maio de 2009, às 19h29 (hora local) o voo AF447 descolou do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro com destino a Paris, França. Cerca de quatro horas depois de ter levantado voo começaram os problemas. Uma forte turbulência causou uma falha técnica que desligou o piloto automático e obrigou os pilotos a efetuarem manobras para manter o avião estabilizado.
Nesta altura, estavam no cockpit do Airbus A330 apenas o copiloto e um piloto em treino porque o comandante estava no período de descanso programado. Os dois funcionários fizeram a leitura da velocidade nos painéis do cockpit, que apresentaram discrepância durante um minuto, e reagiram de forma errada. O alarme disparou e o comandante foi de imediato para o cockpit, procedendo a várias tentativas de manter o avião estabilizado, mas sem sucesso.
A aeronave começou a perder altitude e em apenas três minutos e 30 segundos caiu sobre o oceano Atlântico. Todas as 228 pessoas a bordo perderam a vida.
Nelson Marinho, presidente da Associação de Familiares das Vítimas do Voo 447 (AFVV447), falou por telefone com o Notícias ao Minuto para fazer um ponto de situação sobre o caso. O brasileiro de 74 anos perdeu o filho, Marcelo, no acidente.
A busca pela verdade que "ainda não apareceu"
“Falta fazer tudo”, respondeu, quando questionado sobre o que faltava fazer em relação a este caso. “Até agora o processo, tanto na França como no Brasil, não foi concluído, nós temos aqueles resquícios de mentiras e não foram ditas as verdades. Fizemos uma campanha logo no início chamada ‘Em Busca da Verdade’. E essa verdade até agora não apareceu”, acrescentou.
As causas do acidente foram, de acordo com as conclusões finais do Departamento de Investigações e Análises (BEA), uma combinação de falhas técnicas e humanas. Uma opinião que é refutada pelas famílias, que acreditam que os problemas com o painel de navegação destes aparelhos da Airbus não são novos.
“Esse avião quando foi projetado e construído, quando voou pela primeira vez, foi uma tragédia. Na inauguração morreram três pessoas, só que o piloto não morreu, Michel Asseline. Foi perseguido, foi preso e ele não tinha culpa”, indicou.
Marinho refere-se a um voo inaugural da Airbus, a 26 de junho de 1988. O voo 296 da Air France explodiu no final da pista do aeroporto, em França. O piloto, Michel Asseline, foi condenado a pena de prisão e sempre se declarou inocente, culpando o painel de navegação por mostrar valores errados. O piloto da Air France, Norbert Jacquet, questionou a segurança do avião e até publicou um livro sobre o caso. Foi despedido da companhia, impedido de voar e declarado mentalmente instável.
"É uma coisa vergonhosa, a justiça francesa está a dever-nos muito"
O inquérito à queda do avião da Air France prossegue para apurar responsabilidades sobre a morte de 228 pessoas: se é da Airbus, da fabricante do avião, da Air France, da companhia aérea, ou da reação dos pilotos. No início deste ano, a justiça francesa ordenou uma nova perícia sobre o acidente.
“Quem contratou essa perícia foi a Airbus, foi paga pela Airbus. É uma coisa vergonhosa, a justiça francesa está a dever-nos muito. A juíza que está à frente do caso bateu o martelo e disse que os culpados eram os pilotos e toda a gente começou a questionar. Saiu da mão dela e foi para instâncias superiores e estamos a acompanhar palmo a palmo”, indicou o presidente da AFVV447.
Nelson sublinha que a Airbus é “um consórcio de França, Alemanha e Inglaterra, e tem peças fabricadas nos Estados Unidos”. “O governo francês mentiu, eles não querem saber da verdade, eles não mostram a verdade. Eles devem muito às famílias que perderam os seus familiares nesse maldito A320”, afirmou.
"Perder um filho não dá para transformar em palavras. Eu perdi um filho"
Quando o voo 447 desapareceu dos radares foram iniciadas buscas mas, devido a fortes tempestades que se faziam sentir naquela área remota do oceano Atlântico, só seriam encontrados os primeiros destroços a 2 de junho. Na tarde desse mesmo dia, o governo brasileiro viria a confirmar a queda do avião e morte de todos os passageiros e tripulantes.
No dias que se seguiram foram recuperados 51 corpos e no dia 26 de junho de 2009, após mais de uma semana sem encontrar nada, as autoridades brasileiras encerraram as operações de busca, continuando o BEA encarregado de encontrar as caixas negras.
“Logo após a tragédia veio aquela cortina de fumo: "vamos ajudar com psicólogos"… Foi tudo uma farsa, o psicólogo durou dois, três meses e depois eles largaram-nos da mão”, lamentou Nelson, destacando que “indemnizações nem todos receberam” e que “os problemas são das famílias que perderam os seus entes queridos”.
Dois anos depois, a 4 de abril de 2011, graças a novos estudos estatísticos, foram encontrados novos destroços no fundo do oceano, com corpos ainda presos à fuselagem. No dia 1 de maio foram finalmente encontradas as caixas negras. Até novembro do mesmo ano foram recuperados mais 104 corpos, 103 foram identificados. No oceano, permanecem 74 vítimas que nunca foram recuperadas.
“A senhora já imaginou. A senhora é mãe? Se fosse mãe a senhora ia entender melhor o que eu vou dizer. Perder um filho é uma coisa muito séria, não dá para transformar em palavras. Eu perdi um filho”, lamentou Nelson Marinho, jurando não largar esta luta até trazer alguma justiça para si, para a sua mulher, Eva, e para todos os familiares das 228 vítimas.
Marcelo Queiroz: Explicando a Previdência Militar
Os grandes eventos recentes mostram o motivo dessa categoria ter um tratamento específico
Rio - As constituições do Brasil sempre colocaram os militares como uma categoria à parte, com pesadas restrições que nenhuma outra categoria tinha. Em contrapartida, o Estado dava garantias para tentar equilibrar essa balança.
Dentre as principais características dos militares, estão a submissão a dois códigos penais (o comum e o militar), a estrutura baseada na hierarquia e na disciplina, a obediência a um regulamento disciplinar que limita o seu direito de ir e vir, a não fruição do habeas corpus em prisões disciplinares e a proibição de greve, sindicalização e filiação a partidos políticos enquanto estiverem na ativa.
Além disso, os militares inativos podem ser convocados para o serviço. Mas a característica maior é a de exercer seu ofício com o sacrifício da própria vida. Os militares não podem alegar medo diante do perigo.
Quando couber enfrentamento, os militares não podem se negar a enfrentar narcotraficantes nas fronteiras ou traficantes armados na guerra urbana diária alegando estarem com medo de morrer.
Por isso foi estabelecido o custeio dos militares, mesmo os inativos, diretamente pelo Tesouro da União e dos estados. Os dependentes têm o direito à pensão. Para ela, o militar contribui a vida inteira. Quando ele morre, se forma o benefício e a pensionista contribui até a sua morte.
Os grandes eventos recentes mostram o motivo dessa categoria ter um tratamento específico. Efetivos foram empregados em condições inimagináveis de trabalho e carga horária. Além disso, o aumento da violência nas ruas exige que os estados peçam à União a ajuda das Forças Armadas.
Sem falar na instabilidade social causada por ameaças de greve de militares estaduais em 2012, na Bahia e no Rio de Janeiro, e este ano, no Espírito Santo. É inegável a necessidade de mudanças no sistema previdenciário brasileiro.
Mas é importante que se demonstre o motivo de o Regime Geral de Previdência estar, na visão do governo, falido, posto que existem estudos que traçam cenário diferente. O currículo do Secretário Geral da Previdência Marcelo Caetano, com vasta obra sobre o tema, o habilita a conduzir a reforma em andamento.
Mas a ausência de uma linha sequer sobre o regime dos militares nesse currículo o aconselha a tratar o tema com prudência.
Drone: curso on-line de pilotagem é lançado com ineditismo no Brasil
Com instrutor formado na Administração Federal de Aviação americana, escola quer incentivar a profissionalização do setor no país
No começo de maio, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) homologou o uso de drones no Brasil após anos de discussão. Com o objetivo de incentivar ainda mais o desenvolvimento do setor, a CEAB, escola pioneira para profissionais da aviação civil, lança em junho, com ineditismo, curso livre on-line de pilotagem de drones no país.
Dividido em oito módulos de aulas em vídeo, o curso busca capacitar os alunos nas partes teórica, de legislação e de operação dos drones. Também indicará os melhores equipamentos e dará orientações práticas a respeito dos modelos mais comuns do mercado brasileiro, segundo Salmeron Cardoso, fundador da CEAB.
"Por enquanto, a Anac ainda não homologou nenhum curso de operação de drones. Então este é um projeto embrionário, para incentivar a Agência a regular aulas do tipo", conta o empreendedor, que diz ser um entusiasta das pequenas aeronaves há cinco anos. Em fevereiro, Salmeron se formou como piloto de drone pela Administração Federal de Aviação americana (FAA ou Federal Aviation Administration, em inglês) - um curso que foi ofertado pela primeira vez em agosto do ano passado. "Acredito que fui o primeiro brasileiro", diz.
Além de hobby que tem ganhado cada vez mais adeptos em solo tupiniquim, os drones têm usos variados em diversos segmentos profissionais. Como plataforma para filmagens eles já estão bem estabelecidos, mas há potencial para utilização em segurança pública, agricultura, engenharia, pesquisas atmosféricas, oceanografia, etc. "Sem dúvida, é um recurso que ainda oferece muitas possibilidades de exploração", afirma Salmeron.
Além dos oito módulos em vídeo, o curso da CEAB oferece material de apoio escrito, exercícios, tira-dúvidas e orientação com os professores. O custo é de R$ 1.397,00 e as aulas podem ser assistidas conforme o ritmo de cada aluno. A iniciativa é uma parceria da CEAB com a Escola de Drones.
Sobre a CEAB
Escola de formação de profissionais da aviação civil. Com forte tradição no mercado, a CEAB existe desde 1998 e já formou mais de 4 mil comissários de voo e agentes aeroportuários, a grande maioria trabalhando nas maiores companhias aéreas do Brasil e do mundo. Desde que abriu as portas para a educação a distância, em 2010, não para de crescer.
Seguradora mantém oferta de US$ 200 mil; famílias se dividem por maior indenização
Chape informa que vários familiares manifestaram intenção de negociar diretamente com empresa. Cerca de 15 representantes já acionaram escritório americano especializado em desastres aéreos
Por Cahê Mota, Chapecó, Sc
Seguem longe de um consenso as conversas a respeito da indenização a ser paga pela seguradora da LaMia aos familiares das vítimas do acidente com o avião da Chapecoense, em novembro passado. Dois meses e meio após reunião em Florianópolis, a proposta apresentada de US$ 200 mil (R$ 653 mil) desagrada a maioria dos representantes, que buscam negociações individualizadas por um valor maior. O próprio clube entrou em contato com os envolvidos informando esta tendência, e boa parte das viúvas de jogadores, por exemplo, acionou um escritório americano especializado em tragédias aéreas.
Famílias reprovam acordo por seguro e questionam posicionamento
Em e-mail destinado aos familiares das vítimas na última semana, a Chapecoense reforçou que vem estabelecendo contato com a Bisa Seguros e Resseguros S/A para tratar do tema. A empresa, por sua vez, mantém a posição de que a apólice com a LaMia não tinha mais validade na época do acidente e que um "Fundo de Assistência Humanitária" foi criado, oferecendo o montante citado acima mediante "número elevado de adesões", o que se torna inviável com o desmembramento da ação coletiva.
No comunicado, a Chape deixa claro ainda que "vários familiares anteciparam a intenção de majoração do valor ofertado", o que significa negociações diretas com a Bisa, sem o auxílio jurídico do clube - que repassa ainda os contatos determinados para tal em anexo no e-mail. Internamente, a postura da seguradora de abrir conversas com os representantes das vítimas é visto como um fator positivo e de flexibilidade de quem inicialmente exigia unanimidade para o pagamento da indenização.
Cerca de 15 famílias que buscam esse tipo de negociação - em sua maioria ligadas a jogadores - acionou o escritório americano Podhurst Orseck para representá-las. Sediado em Miami, o grupo é especialista em desastres aéreos e já iniciou os contatos para assumir os processos. Apesar da mudança de rumo das conversas, a Chapecoense informa que segue à disposição de envolvidos.
Japão exige que EUA cancelem exercícios militares na ilha de Okinawa
A ministra da Defesa do Japão, Tomomi Inada, exigiu cancelar os exercícios de tropas paraquedistas perto da ilha japonesa de Okinawa, planejados para o período entre 31 de maio e 1° de junho pelo comando das Forças Armadas dos EUA deslocadas no país.
De acordo com os dados do canal de TV NHK, a ministra sublinhou que o comando militar norte-americano enviou um aviso aeronáutico NOTAM (NOtice To AirMen, na sigla em inglês) à administração local de aviação civil, embora os dois países tenham um acordo conforme o qual os EUA devem avisar sobre os treinamentos pelo menos com 7 dias de antecedência.
"Pedimos aos EUA que cancelem os exercícios e suspendam os avisos aeronáuticos. Por enquanto, não recebemos resposta da parte norte-americana", disse a ministra da Defesa do Japão.
Na ilha de Okinawa estão instalados 25,8 mil militares norte-americanos e 19 mil membros de suas famílias e civis dos EUA. Em Okinava estão localizadas 70% de todas as instalações militares dos EUA no Japão, embora a ilha represente somente 1% do território do Japão. Os últimos exercícios de tropas paraquedistas da Força Aérea dos EUA na ilha de Okinawa foram realizados no fim de abril, apesar do descontentamento dos habitantes.
NF NOTÍCIAS (RJ)
Drone ajuda a combater Aedes Aegypti em Macaé
O equipamento já ajudou a identificar 32 caixas d"água sem tampa e 12 piscinas
Tecnologia e saúde. Uma combinação tem feito parte da rotina de quem trabalha no Centro de Controle de Zoonozes, em Macaé. Utilizando um drone como ferramenta de mapeamento dos possíveis focos do Aedes aegypti, a prefeitura, com atuação do CCZ, tem intensificado a perseguição contra o mosquito Aedes aegypti.
De acordo com o coordenador administrativo do CCZ, Flávio Paschoal, as imagens feitas pelo drone são recebidas para que seja feito um planejamento adequado na realização das ações.
Desde o mês de abril, quando a campanha se intensificou, bairros receberam equipes de combate à dengue que antes foram monitoradas por imagens. Entre eles estão o Centro, Parque Aeroporto, Miramar, Visconde de Araújo e Aroeira. O Centro de Convenções e o Parque de Exposição também foram mapeados pelo drone. "Nesse período identificamos 32 caixas d"água sem tampa e 12 piscinas, vistoriamos vários terrenos baldios e casas abandonadas. Cobrimos oito caixas d"água, tratamos três piscinas e entramos em dois imóveis", disse Flávio Paschoal.
O Coordenador Especial de Promoção da Saúde dos Animais e Controle de Zoonoses, Rafael Amorim, explica que a parceria com a empresa DM Imagens Aéreas tem possibilitado, sem custos para o município, um planejamento de ações completo, permitindo aos agentes de endemias uma melhor vistoria dos locais de possíveis focos. "O drone, como um veículo aéreo remotamente pilotado e que através de filmagens ou fotografias permite o monitoramento de uma região, tem nos apontado os possíveis focos dos mosquitos", explicou Amorim.
Nesta semana, o combate ao mosquito prossegue nos canais da Aroeira e nas dependências do Núcleo de Atenção à Mulher e à Criança (Nuanc).
Segundo o coordenador administrativo do CCZ, durante esta semana, os agentes de endemias, ao inspecionar os canais da Aroeira e visitar as casas do entorno, irão também conscientizar sobre a prevenção aos focos de mosquitos causadores da dengue e outras doenças como a chicungunha e o zika vírus.
O drone como parceiro
O responsável pela empresa parceira, DM Imagens Aéreas, Daniel Carvalho, comemora a recente regulamentação de aeronaves remotamente pilotadas - os drones, pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que irá permitir uma grande expansão do mercado. Ele disse que em tempos de guerra contra o mosquito, todo e qualquer instrumento tecnológico auxilia as equipes. "O drone, através das imagens, pode ainda documentar o processo para notificação do proprietário de uma casa ou terreno abandonado onde tenha foco do mosquito. Nossa intenção é contribuir com o município, uma vez que o combate ao Aedes deve ser realizado por toda a sociedade", ressaltou.
Fonte: Secom/Macaé
BLOG ROBERTO LOBATO.COM (MA)
Nem tudo está paralisado
por José ReinaldoNa segunda-feira da semana passada, dia 22 de maio, a UFMA instalou a Escola de Altos Estudos e o tema foi a Tecnologia Aeroespacial. Uma iniciativa muito importante, pois o Centro Espacial de Alcântara será parte fundamental de tudo, ou seja o Maranhão será parte importante nessa história, e terá em Alcântara um pilar de seu desenvolvimento no futuro próximo. Exatamente na área que comandará o progresso no mundo, tecnologia e inovação. É a nossa ponte para o futuro, e garantia que faremos parte desse novo mundo.
Mas, para que realmente tenhamos parte nisso e não apenas fiquemos olhando acontecer, é preciso que maranhenses possam fazer parte. Nesse sentido, precisamos ter gente qualificada, preparada para participar de tudo, atraindo empresas e investimentos. Sem isso, muitas coisas continuariam a ser produzidas lá fora, onde estão os técnicos, e transportadas para serem lançadas aqui. Queremos muito mais do que isso.
Daí a importância do ITA aqui no Maranhão. Precisamos de uma escola de ponta na inovação e na engenharia de altíssimo nível, especializada em tecnologia aeroespacial, já reconhecida no mundo inteiro. Essa escola é o ITA. Para entender, basta ver o que aconteceu em São José dos Campos, que de cidade morta dos anos 50, hoje é um vasto complexo tecnológico sede da indústria aeronáutica brasileira, uma das maiores do mundo.
Foi o conhecimento disso que motivou uma audiência, ainda em 2015, com o Comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Rossato. Nosso objetivo era trazer o ITA para Alcântara. Quem solicitou a audiência foi o então Coordenador da Bancada, Deputado Pedro Fernandes, ex-Secretário de Estado da Educação, também adepto da causa. O comandante, me lembro bem, já devia estar acostumado a pedidos como esse e nos respondeu que quase todos os estados queriam o ITA o que seria impossível atender, e que vários estados pediram antes. Se tivesse que atender teria que obedecer essa fila.
Nessa ocasião, lembrei-o de que só o Maranhão tinha o CLA, que nenhum outro tem e que assim estávamos dentro do programa espacial brasileiro, fazíamos parte dele e que o ITA aqui era uma imposição, uma necessidade absoluta do programa. Ele me olhou demoradamente e ao final, concordou comigo e daí em diante as coisas mudaram. Ele mesmo sugeriu o curso de engenharia aeroespacial, o mais importante, no caso. Fomos convidados a visitar o ITA e o Centro Técnico Aeroespacial, e no almoço que ofereceram lá, tivemos a companhia do Brigadeiro Pazzini, e Pedro Fernandes perguntou a ele se era contra ou a favor o ITA no Maranhão e ele respondeu que sim e daí trocamos vasta correspondência onde ele foi me instruindo sobre como conduzir o processo. Depois de inúmeras audiências com o Comandante da Aeronáutica ele finalmente oficializou as tratativas e me enviou o trabalho do Professor Lacava que designado pelo Reitor do ITA tinha preparado todo o curso de Engenharia Aeroespacial, como esse deveria funcionar, a parceria com o ITA, os laboratórios, enfim nascíamos oficialmente. Nesse trabalho ele chamava a atenção que esse seria o único curso desse tipo especializado em Centro de Lançamento. Uma enorme diferenciação.
A Reitora da UFMA, professora Nair Portela, nessa solenidade lembrou do dia em que procurei a UFMA para perguntar se queriam ser a parceira maranhense do ITA e que ela e os professores que participaram da reunião disseram que sim, que interessava muito a UFMA essa parceria. O governador Flávio Dino quando perguntei se queria indicar um professor para ir ao ITA desenvolver os entendimentos ele indicou o professor Alan Kardek, da UFMA, o que demonstrou ser uma preciosa indicação pois este tem feito um excelente trabalho ajudando, junto com muitos outros professores da universidade, a tornar esse sonho uma realidade.
Hoje o curso de Engenharia Aeroespacial que o ITA e a UFMA estão montando para funcionar no próximo ano é uma unanimidade entre nós. Todos compreenderam a importância dele para o Maranhão e todos o defendem e se sentem participantes importantes para a sua realização. Que bom que assim seja, isso ajuda muito a consolida-lo.
Para mim que iniciei essa luta ainda nos anos oitenta, em prolongadas conversas com Renato Archer, Ministro de Ciência e Tecnologia do Governo do Presidente Sarney, vejo hoje o sonho cada vez mais real.
Para mim que iniciei essa luta ainda nos anos oitenta, em prolongadas conversas com Renato Archer, Ministro de Ciência e Tecnologia do Governo do Presidente Sarney, vejo hoje o sonho cada vez mais real.
E cabe aqui destacar a grande contribuição que deu a bancada maranhense destinando 60 milhões de suas duas emendas coletivas impositivas para a instalação do ITA no Maranhão. Um passo de extrema importância, fundamental mesmo.
Para que tudo isso funcione de verdade é preciso que o Programa Espacial Brasileiro saia do Papel para valer e daí o motivo da criação da Frente Parlamentar para a Modernização do CLA, já instalada com grande êxito.
Temos ainda muito a fazer, mas já sabemos o que.
A crise que envolveu o Brasil impediu a vinda do Ministro do Petróleo da Índia na semana passada ao Brasil que se seguiria a missão técnica precursora daquele país, que recebemos em meados de maio. A motivação principal da visita é a refinaria de Bacabeira. Esperamos que logo que tudo se normalize nova data seja marcada para essa importante visita e que o Ministro possa vir continuar as negociações já bastante avançadas para a implantação de nossa refinaria. A agenda previa encontros com o ministro das Minas e Energia e com o Presidente Temer.
Ficou para depois.
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