NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 23/04/2017 / Base de Alcântara: Parceria com outros países não põe em risco soberania nacional
Base de Alcântara: Parceria com outros países não põe em risco soberania nacional ...
Quatro países – Rússia, EUA, França e Israel – querem utilizar o Centro de Lançamento de Alcântara, a base brasileira de foguetes espaciais, no Maranhão. O diretor-presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Braga Coelho, destaca que a parceria poderá melhorar o programa espacial brasileiro ...
O interesse de Rússia, Estados Unidos, França e Israel em fazer parceria com o Brasil para a utilização do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) foi revelado pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, na semana passada, nas próprias dependências do Centro.
Na última segunda-feira, em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, o diretor-presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Braga Coelho, falou sobre as vantagens de uma possível parceria.
"A nossa base de lançamento tem uma localização estratégica excepcional. Ela fica quase dentro do plano do equador, a apenas dois graus sul", explica o físico José Raimundo Braga Coelho. "Para os lançamentos mais cobiçados, os que geram mais negócios, que são os lançamentos em órbita equatorial, em órbita geoestacionária, dentro do plano do equador, essa é a base de lançamento mais bem situada do mundo."
O diretor-presidente da AEB explica o interesse internacional sobre Alcântara:
"É natural que todos os países que tenham programa de lançamento de satélites tenham uma certa cobiça pela nossa base de lançamento. Às vezes, as pessoas se confundem porque não são da área, achando que qualquer lançamento da base de Alcântara é sucesso, é melhor do que em qualquer outro lugar. Isso não é verdade. Só é verdade para os lançamentos que forem feitos em órbitas geoestacionárias ou órbitas equatoriais. Porque, no momento do lançamento, que em geral é feito utilizando a rotação da Terra – e essa rotação é muito alta, da ordem de 5 mil quilômetros por hora – o lançador já ganha esses 5 mil quilômetros por hora de impulso, digamos assim."
Uma órbita é considerada geoestacionária quando é circular e se processa exatamente sobre o equador da Terra, nos pontos de latitude zero, e a sua rotação acompanha exatamente a rotação da Terra.
Em relação às propostas apresentadas pelos quatro países – Rússia, Estados Unidos, França e Israel –, José Raimundo Braga prefere ser cauteloso a especificar qual deles poderia ter apresentado a melhor vantagem ao Brasil:
"Temos que pensar muito nisso, porque não acredito que haja proposta específica com relação a isso. O que há é o desejo de vários países de ter a possibilidade de negociar com o Brasil."
O diretor-presidente da AEB descartou qualquer possibilidade de o Brasil sofrer abalos em sua soberania caso firme contrato de parceria com outro país, ou outros países, para utilização do Centro de Lançamento de Alcântara:
"Pelo contrário. Isso vai contribuir cada vez mais para consolidar nossa soberania, desde que tenhamos o cuidado de respeitar os direitos de todos os outros países assim como eles respeitarão os nossos direitos. Não haverá nenhum problema envolvendo a soberania nacional. O que justifica essas iniciativas são os investimentos que serão feitos aqui e os recursos que eventualmente contribuirão para melhorar o programa espacial brasileiro."
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Exército condecora chefe da expedição
Medalha póstuma do Mérito Militar foi entregue na quarta-feira a filho de Oliveira
Luciana Garbin
Toda manhã de domingo era o mesmo ritual. Leônidas Borges de Oliveira, cônsul do Brasil em Santa Cruz de la Sierra, esquentava a água da banheira de casa com uma resistência, jogava sais de banho e passava horas ali imerso, lendo as notícias do dia, fumando charutos, fazendo a barba. Depois, tomava um banho de ducha e só encontrava a família para almoçar por volta das 13 ou 14 horas.
Num quarto próximo, um armário de madeira vivia trancado. Nele, Oliveira guardava suas fardas militares, o quepe, uma espada, a foto de um desfile militar de 7 de Setembro e todos os registros da expedição pela Carretera Panamericana, à qual dedicou dez anos de sua vida.
Ele e a família moravam no próprio prédio do consulado brasileiro em Santa Cruz. No térreo, havia três salas destinadas aos serviços diplomáticos. Já a residência funcionava na parte de cima.
“O consulado era muito movimentado”, lembra o médico Erland de Oliveira Gonzales, de 66 anos, filho de Oliveira. “Por lá passavam embaixador, embaixatriz, agregado militar, agregado cultural. Além de gente que ia solicitar visto ou procurar informações sobre o convênio cultural Brasil-Bolívia. O Brasil representava uma potência na região e meu pai era o Brasil em Santa Cruz.”
Nascido em 25 de abril de 1903, numa tradicional família de Descalvado, Leônidas Borges de Oliveira serviu o Exército em Santa Catarina, Pernambuco e Rio de Janeiro. Descobriu os ideais do Pan-Americanismo em 1925, quando era primeiro-tenente, e passou a elaborar o projeto da futura expedição. Durante a viagem, conheceu no México Maria Buenaventura Gonzáles, com quem se casou e teve dois filhos – Erland e Margot de Oliveira Gonzáles. Depois de voltar ao Brasil, foi nomeado pelo então presidente Getúlio Vargas cônsul privativo do Brasil na Bolívia, onde permaneceu por mais de 20 anos. Morreu em 31 de março de 1965, aos 61 anos. Seu corpo foi transladado ao Brasil e sepultado em São Paulo.
Gonzales conta que Oliveira não costumava falar muito sobre seus dez anos de aventuras pelas três Américas. “Eu tinha 15 anos quando ele faleceu. Lembro que, quando eu precisava estudar a geografia da América na escola, ele pegava o diário da expedição e me dizia: ‘Você vai ver que está melhor que qualquer livro’. Mas ele não comentava muito comigo e com minha irmã mais nova sobre isso. Para mim, meu pai era o cônsul do Brasil em Santa Cruz. Só depois é que fui descobrindo toda a história dele.”
Mesmo na Bolívia, o cônsul manteve alguns hábitos que adquiriu na época da expedição. “Sexta-feira ele costumava organizar uma pescaria com amigos brasileiros e bolivianos e levava uma malinha com dinamite”, lembra o filho. “Se estava difícil o caminho, ele pegava uma banana de dinamite, acendia com o charuto e atirava para abrir espaço.” Era com dinamite que costumava abrir caminhos da Carretera Panamericana.
Segundo o filho, o expedicionário era uma “pessoa tranquila, negociadora e calma”. “Se eu o vi um pouco nervoso ou falando mais alto, foi quando fiz umas besteirinhas. Era um bon vivant, de bem com a vida.”
Mas o cônsul, lembra Gonzales, evitava falar dos tempos antigos. “Quando ele voltou dos Estados Unidos para o Brasil, parece que ficou decepcionado, amargurado até, pelo fato de a aventura não ter tido toda a repercussão que ele esperava. Então ele não contava, não mostrava. Guardou para si esse trabalho e foi cumprir outra missão. Não compartilhou com ninguém a história e ela caiu no esquecimento.”
O médico lembra que o pai foi reconhecido por todos os países por onde passou e permaneceu vários meses nos Estados Unidos fazendo palestras. “A ideia dele era construir a estrada para unir as três Américas e permitir aos países deslocar seus produtos pelos centros comerciais para que crescessem, prosperassem. Tinha sentido, fundamento, ideologia.”
Oliveira morreu em 1965, aos 61 anos. O filho acha que foi do coração, porque ele era hipertenso. Três anos depois, em 1968, Gonzales veio para o Rio de Janeiro estudar Medicina, a mesma carreira da mãe, Maria Buenaventura Gonzáles, que foi uma das primeiras médicas a se formar na Universidade Nacional do México e era conhecida em Santa Cruz de la Sierra pelos trabalhos sociais.
Ela conheceu Oliveira quando trabalhava no sul do México. Tempos antes, tinha tido um sonho em que a Virgem Maria juntava a mão dela à de um homem que não conhecia. “Um dia, meu pai chegou ao hospital com paludismo, malária, disenteria. Quando ela viu meu pai, reconheceu essa pessoa do sonho.”
Depois que Gonzales deixou Santa Cruz, a mãe, a irmã e o cunhado permaneceram na casa e começaram a presenciar acontecimentos estranhos. Ouviam gritos, móveis sendo arrastados de lá pra cá, luzes apagando sozinhas, principalmente no banheiro predileto de Oliveira. Também era comum ouvirem bater de dentro para fora do armário onde estavam as coisas dele. “Alguns diziam: coronel Leônidas, deje de molestar”, conta Gonzales, rindo. Logo a casa ganhou fama de mal-assombrada. Diziam que o velho comandante não gostava de intrusos.
Numa noite de inverno, um grito mais forte acordou toda a família: quando eles levantaram, não viram ninguém, só um cachorro. “Minha mãe era muito católica, fazia ações sociais e tinha muita ligação com dois bispos. Depois desse grito mais forte, ela contou a eles o que estava acontecendo e eles vieram benzer a casa. Foi então que mandaram pegar o armário dele com tudo o que tinha dentro, colocar no pátio da casa e atear fogo.”
Foram destruídas pelas chamas não só as fardas de Oliveira como todos os registros da expedição, a foto com Getúlio Vargas no Palácio do Catete, o livro com os mapas por onde a estrada passou, as notas sobre os povoados que encontraram, as assinaturas das pessoas que conheceu pelo caminho. Por sorte, só sobrou o diário da viagem, que estava longe dali, na caixa de brinquedos do filho, e anos depois seria entregue ao escritor Beto Braga e ajudaria a começar a resgatar a importância do pai e de seus dois companheiros para a história do Brasil.
A destruição do armário não acabou com os barulhos estranhos. Depois que a família vendeu a casa, o novo dono a alugou para uma empresa de engenharia. Um vigia tomava conta da propriedade. No dia seguinte, pediu demissão. As teclas das máquinas de escrever batiam sozinhas à noite.
Na quarta-feira, o Exército concedeu, a título póstumo, a Medalha da Ordem do Mérito Militar ao tenente-coronel Leônidas Borges de Oliveira, no grau de Oficial. O anúncio da condecoração – destinada a cidadãos e instituições que tenham prestado serviços relevantes – foi publicado em 16 de dezembro no Diário Oficial da União, como um decreto do presidente Michel Temer.
No texto, Oliveira é apresentado como chefe da Expedição Brasileira da Estrada Pan-Americana e cônsul privativo do Brasil na Bolívia. O filho dele, Erland de Oliveira Gonzales, recebeu a medalha na semana passada em Brasília, em cerimônia que teve a participação do próprio Temer, dos comandantes das Forças Armadas e do juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na 1.ª instância, também condecorado. “Foi uma emoção muito grande ver o nome do meu pai ser reconhecido depois de tanto tempo”, afirma Gonzales.
O pedido da mais importante medalha do Exército para Oliveira havia sido feito meses antes pelo escritor e empresário Beto Braga. “A memória desse feito grandioso precisa ser resgatada e recontada e o trabalho desses intrépidos aventureiros, reconhecido. Eles precisam ser colocados entre os homens que fizeram história no século 20”, diz, empolgado. “Se fossem americanos, teriam uma estátua em cada cidade.”
O escritor planeja doar o acervo que reuniu sobre a expedição para alguma instituição. “Tenho muitos documentos, muitos objetos, muitas fotos, e sempre digo que isso não é meu, é do Brasil. Mas ainda não achei o lugar certo para essa doação”, lamenta.
Segundo Braga, historiadores vinculados a universidades de países americanos têm feito pesquisas sobre a criação da Estrada Pan-Americana e já há projetos até de erguer monumentos em homenagem aos brasileiros. Na Costa Rica, por exemplo, existe a ideia de criar uma estátua em homenagem aos expedicionários na capital, San José, desenhada pelo escultor Ángel Lara.
Olívia Camargo da Cruz tinha 14 anos na época em que conheceu Francisco Lopes da Cruz, um dos três expedicionários da Estrada Pan-Americana. Estava com a irmã na janela de casa, em Guararema, quando o então chefe de almoxarifado da Companhia de Serviços de Engenharia passou. Trinta e dois anos mais velho do que ela, ele estava na cidade para trabalhar nas obras da Variante do Parateí da Estrada de Ferro Central do Brasil. Os dois começaram a conversar e dias depois ele procurou Mário Paes de Camargo, o pai de Olívia, para pedi-la em namoro.
“Ele era um charme, bonitão, muito inteligente e culto, um noivo e tanto”, lembra a senhora que hoje tem 91 anos e vive em Mogi das Cruzes. “Aprendi a dançar com ele.”
Ativa e muito animada, dona Olívia conta que namorou Lopes da Cruz por cinco anos e, após ter de remarcar duas vezes a data do casamento por problemas de saúde na família, os dois finalmente conseguiram se casar e viveram juntos até a morte do observador da Expedição Automobilística Brasileira, há 50 anos.
Nascido em Florianópolis em 2 de fevereiro de 1903, Francisco Lopes da Cruz era oficial da Aeronáutica e foi parar na expedição por seus conhecimentos de Engenharia e de aparelhos de navegação, como sextante e teodolito. Após voltar ao Brasil, passou oito anos trabalhando na Companhia de Serviços de Engenharia, no Rio de Janeiro, e os últimos anos de vida no interior de São Paulo, entre Guararema e Mogi das Cruzes.
Ironicamente, o homem que enfrentou uma década de viagem do Rio aos Estados Unidos morreu em Mogi na véspera do Natal de 1966, um dia depois de ser atropelado pela Kombi de uma granja.
“Foi uma ironia do destino”, resume a filha Leonor Camargo da Cruz Ruiz, de 67 anos. “Meu pai que passou por tantos perigos durante a expedição, foi picado por cobra e ficou anos no meio do mato, foi morrer no meio da cidade, atropelado por um motorista irresponsável, que falam que estava bêbado. Acho que o destino dele era para ser assim, mas ficamos muito abalados. Foi uma etapa muito difícil. Ele era uma pessoa muito alegre.”
Logo depois de se casar, Lopes da Cruz passou oito anos morando no Rio de Janeiro com Olívia. “Foi um tempo maravilhoso. Íamos muito a cinemas, teatros, passeios. Foi lá que nasceu nossa primeira filha, Estela”, lembra a viúva. Além da Companhia de Engenharia, Lopes da Cruz trabalhou na Casa da Borracha, em São Cristóvão, e numa firma de rádios. Por causa de uma doença do pai de Olívia, os dois decidiram viver no interior de São Paulo, primeiro em Guararema e depois em Mogi.
O tema da expedição pelas Américas surgia de vez em quando nas conversas. “Ele contava sobre a viagem, falava de coisas pitorescas nos países, de quando esteve nos EUA e conheceu o presidente Roosevelt”, lembra Olívia. “Também falava sobre os companheiros, dizia que eles passavam muitas dificuldades, mas quando chegavam aos países era aquela festa.”
Um dos casos mais curiosos foi quando o observador da expedição caiu numa tribo de índios no Panamá . “Ele contava que foi obrigado a casar com uma índia e ela era virgem”, diverte-se Olívia. E se ela ficou com ciúme? “Não. Eu nem tinha nascido nessa época.”
Diferentemente de Estela, Leonor já nasceu no interior de São Paulo. Simpática e sorridente, ela lembra que todo mundo em Mogi sempre achou que as fantásticas histórias contadas por Lopes da Cruz tinham uma parte de invenção. “Como eu, muita gente achava que era mentira. Meu pai era muito brincalhão e contava as histórias no armazém, no açougue, na padaria. O pessoal não acreditava muito. A gente mesmo pensava: será que é verdade? Que ele viveu tudo isso mesmo? Ninguém tinha ideia da grandiosidade do que ele viveu. Por falta de interesse, nunca fomos atrás. Só depois é que descobrimos mais detalhes e ficamos encantados.”
Chamado de “capitão” pelos amigos, Lopes da Cruz terminou a vida trabalhando como vigia em Mogi. “Quando veio do Rio de Janeiro, meu pai já tinha uma certa idade, sofria com dores no joelho e foi difícil arrumar emprego. Naquela época não tinha nada em Guararema e o que ele conseguiu achar de serviço foi de guarda-noturno.”
Em 23 de dezembro de 1966, ele estava de folga em casa, mas resolveu fazer uma ronda de prevenção para checar se estava tudo em ordem nas lojas e casas que tomava conta. Ao atravessar a Avenida Voluntário Fernando Pinheiro Franco, foi atropelado pela Kombi. Chegou a ser socorrido, mas faleceu um dia depois.
Sem reservas e com aluguel para pagar e duas filhas para sustentar, Olívia, que nunca tinha trabalhado, ficou desamparada. Para sobreviver, começou a andar pela cidade vendendo cosméticos e enxovais com catálogos. As filhas anteciparam a entrada no mercado de trabalho. “Eu tinha de 12 para 13 anos e comecei numa relojoaria. Estudava de manhã e trabalhava à tarde. Fiquei lá oito anos e depois fui para uma loja de roupa masculina, onde estou há 35 anos”, lembra Leonor. “Hoje não temos luxo, mas temos nosso apartamento, mamãe está muito bem de saúde.”
Viúva há 50 anos, Olívia não quis casar de novo. Além das duas filhas, tem quatro netos, sete bisnetos e três trinetos. Com uma memória invejável, gosta de ler jornais, fazer exercícios físicos e participar de programas de rádio. Otimista, só lamenta ter perdido fotos de seu casamento e da expedição do marido numa enchente há alguns anos. “Nós mudamos para uma casa na Rua Ipiranga, em Mogi, e eu não sabia que ali dava enchente. Quando descobrimos, estava com água até o joelho. Nós tínhamos fotos tão bonitas, mas perdemos tudo nessa enchente.”
Uma revista com o inventor Thomas Edison na capa foi o que fez o jovem Giuseppe Mário Fava querer ir para os Estados Unidos há quase um século. E a decidir, aos 21 anos, juntar-se à expedição automobilística, em junho de 1928. Quando Leônidas Borges de Oliveira e Francisco Lopes da Cruz lhe contaram que o plano era chegar até Nova York, o paulista de Bariri apaixonado por mecânica e eletricidade não teve dúvidas: juntou suas roupas e as poucas ferramentas que tinha e se apresentou como o mecânico da aventura.
“Acredito que nem ele sabia, no início da viagem, a dimensão que teria seu feito. Esta é uma história que deve ser conhecida, reconhecida e lembrada por todo o Brasil, a América e, principalmente, pelos baririenses”, diz Dinorá de Azevedo Lima Musegante, diretora de Educação, Cultura e Esporte da Prefeitura Municipal de Bariri, município na região de Jaú, a 330 quilômetros de São Paulo.
A cidade natal do mecânico filho de imigrantes italianos abriu em 13 de dezembro de 2008 o Centro Educacional, Cultural e de Exposições Mário Fava, reinaugurado em 15 de junho de 2016, após uma reforma. Segundo Dinorá, o espaço promove exposições, palestras, cursos, espetáculos de teatro, dança e música, além de exibição de filmes, formaturas e outros eventos.
O acervo é restrito. “Temos algumas fotos e cópias de cartas da expedição que foram impressas e organizadas numa exposição aberta à população. Mário Fava é um herói baririense e brasileiro, cujo feito é de grande importância para todo o continente americano”, explica a diretora. Para a ex-prefeita Deolinda Marino, é preciso que cada baririense conheça a história de Fava e reconheça, com orgulho, sua contribuição para os povos das três Américas. “Foi uma história de coragem, ousadia e perseverança, em busca de um ideal.”
Até dar nome ao centro cultural, porém, o mecânico era um ilustre desconhecido na cidade. Além de ter saído jovem dali e passado dez anos na viagem do Rio de Janeiro a Nova York, depois de voltar ao Brasil ele retornou pouco à terra natal.
“Ele voltou a Bariri em junho de 1939 para visitar a família e depois sumiu pelo interior do Brasil”, conta o escritor e engenheiro civil Osni Ferrari, autor do livro Eu Não Sabia Que Era Tão Longe (City Gráfica, 2011, 270 páginas), que resgata a epopeia americana.
Nascido em Bariri, Ferrari conta que seu interesse pela história surgiu no começo de 2006, quando, assistindo a uma reportagem do Jornal Nacional, na TV Globo, ouviu o nome de sua cidade natal num trecho da Sinfonia do Rio de Janeiro de São Sebastião, de Francis Hime, Geraldo Carneiro e Paulo Cesar Pinheiro. Descobriu que se referia à rua do campo do time do Olaria e que o nome havia sido dado pelo presidente Getúlio Vargas em homenagem a um baririense que havia feito uma viagem histórica muitas décadas atrás.
O escritor-engenheiro lembra que um amigo professor de história já havia lhe falado sobre a aventura, mas teve dificuldade em encontrar mais informações. Até que, pela internet, chegou até o também escritor Beto Braga, que lhe deu mais detalhes sobre Fava e os outros expedicionários.
Em seu livro, inspirado no filme Titanic, Ferrari mistura registros históricos a diálogos de ficção. Hoje morador de Hortolândia, também no interior paulista, ele conta que mantém forte ligação com Bariri e já deu várias palestras sobre Fava em escolas da cidade. “Para que a história de Mário Fava não morra de novo, é preciso contá-la às crianças”, ensina. Ferrari também planeja fazer uma segunda edição do livro com detalhes sobre a construção da estrada.
Ele ressalta, no entanto, que a história daquele que ficou conhecido como o “intrépido mecânico” por seus conhecimentos, habilidades e criatividade para se safar de dificuldades foi além da Expedição Pan-Americana. “Ele foi um aventureiro que participou da construção de Brasília. Braço direito do engenheiro Bernardo Sayão, ligou o trator que simbolicamente deu início à terraplenagem da construção da nova capital do Brasil. Também ajudou a fazer a Estrada Belém-Brasília e a fundar cidades no interior de Goiás, como Ceres. Anos mais tarde, montou uma empresa de recauchutagem de pneus em Paranavaí, no norte do Paraná.” O Estado procurou o Arquivo Público do Distrito Federal, mas lá não existem registros sobre a passagem de Mario Fava pela região.
Quando Beto Braga o encontrou, em março de 1998, Fava havia arrendado a empresa e vivia de uma pequena renda. Morava com o irmão em uma casa boa, mas pobre de mobília. Morreu dois anos depois., em 10 de janeiro de 2000, durante uma visita a parentes do Rio de Janeiro “Muita gente achava que Mário Fava era um velho louco pelas histórias que contava”, lembra Braga. “Disse numa ocasião a seu médico que tinha conhecido o presidente americano Franklin Roosevelt e ele não acreditou. Ninguém acreditava.”
Novos voos internacionais podem chegar ao Aeroporto do Recife
Secretário estadual de Turismo, Felipe Carreras, fala dos novos voos que podem chegar ao Recife
O secretário estadual de Turismo, Esportes e Lazer, Felipe Carreras, afirmou, ontem, em entrevista a TV JC, que estão sendo feitas articulações para que o Estado tenha mais voos diretos para destinos novos como Madri (Espanha), Paris (França) e Bogotá (Colômbia). Em maio, o Estado vai passar a ter mais uma frequência para a Argentina. "O país é o maior emissor de turistas para o Brasil", disse. Ele também citou que, a partir de junho, o voo que liga Recife a Lisboa, pela TAP, sairá da capital pernambucana sete vezes por semana. Atualmente, esse voo tem seis saídas semanais do Recife. Carreras falou aos jornalistas do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação Jamildo Melo e Saulo Moreira. Segundo ele, esses voos internacionais trazem impacto em 52 setores da economia local, beneficiando os donos de pousada, taxistas, comerciantes de artesanato, entre outros. "No ano passado, cerca de 20 mil portugueses visitaram Pernambuco. Eles deixaram aproximadamente R$ 35 milhões em Pernambuco", explica.
Já com relação ao Hub da Latam, o secretário revelou que não há previsão da retomada desse projeto que foi impactado pela atual crise econômica. Esse empreendimento concentraria voos e cargas no Recife. A Latam é a fusão entre a chilena LAN e a aérea brasileira TAM. A futura privatização do Aeroporto Internacional do Recife foi discutida durante a entrevista. No dia 16 de março último, o presidente da Infraero, Antônio Claret de Oliveira, chegou a dizer que a estatal venderia 49% do controle do aeroporto local a um parceiro privado. Cinco dias depois, o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, anunciou que o equipamento estaria na lista dos próximos aeroportos a serem totalmente privatizados. Ao ser questionado sobre qual seria a melhor opção, o secretário respondeu que a Infraero tem dado resultado apresentando um aeroporto de qualidade, fazendo parcerias com as companhias aéreas.
Piloto do avião que caiu em Itaituba é transferido para Belém
Acidente aconteceu na última sexta-feira, 21. Os três norte-americanos que estavam na aeronave já tiveram alta médica.
Por G1 Pa, Belém
Foi transferido na manhã deste sábado (22) para Belém o piloto da aeronave que caiu no sudoeste do Pará. Segundo informações da direção do Hospital Municipal de Itaituba, ele será encaminhado para um hospital particular na capital.
A aeronave monomotor caiu na tarde de sexta-feira (21) a 12 quilômetros da sede do município de Itaituba. O piloto e três norte-americanos estavam dentro do avião no momento da queda, mas todos sobreviveram e foram levados para o hospital da cidade.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Itaituba, o monomotor estava se aproximando da pista de pouso quando bateu em um fio de alta tensão e caiu próximo a uma estrada. O piloto do avião ficou ferido no rosto e nas mãos, e fraturou o braço.
Os três norte-americanos sofreram ferimentos leves e já tiveram alta do hospital.
Pista do aeroporto de Teresina será interditada 7 horas por dia durante dois meses
Infraero vai realizar obras de recuperação no pavimento da pista. Voos foram mudados de horário para não prejudicar os passageiros.
Por G1 Pi
A pista do Aeroporto Senador Petrônio Portela, em Teresina, ficará interditada pelos próximos 60 dias entre às 4h e 11h para a realização de obras de pavimentação e recuperação. A período de interdição tem início na próxima segunda-feira (24), de segunda a sábado, funcionando normalmente aos domingos.
Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), administradora do terminal, a pista de pousos e decolagens do Aeroporto de Teresina conta com 2.200 metros de comprimento por 45 metros de largura. Os trabalhos de recuperação do pavimento serão realizados numa área de dois mil metros de extensão por 10 metros de largura. Além da pista, serão restaurados os pavimentos das taxiways (vias de manobra de aeronave) A, B e C.
Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), administradora do terminal, a pista de pousos e decolagens do Aeroporto de Teresina conta com 2.200 metros de comprimento por 45 metros de largura. Os trabalhos de recuperação do pavimento serão realizados numa área de dois mil metros de extensão por 10 metros de largura. Além da pista, serão restaurados os pavimentos das taxiways (vias de manobra de aeronave) A, B e C.
O valor das melhorias está orçado em aproximadamente R$ 1,8 milhão. A Infraero informou que todos os voos compreendidos no intervalo de execução dos serviços foram previamente remanejados/realocados para outros horários pelas próprias companhias aéreas, de forma a não haver prejuízos aos passageiros.
Rio Negro está a 2 metros de cheia histórica, em Manaus
Última medição apontou marca de 27,95 metros, no Porto de Manaus. Defesa Civil atua na capital e nos municípios do interior do Estado.
Por G1 Am
O nível do Rio Negro está próximo da marca histórica registrada em 29 de maio de 2012, quando a cota do rio atingiu 29,97 metros. A última medição feita no Porto de Manaus apontou o nível de 27,95 metros. Segundo a prefeitura, 3,5 mil famílias podem ser afetadas na capital.
As zonas Sul e Oeste da capital são as mais afetadas no período de cheia. Segundo a estimativa da Prefeitura, 3.500 mil famílias dos bairros Educandos, Raiz, Betânia, Presidente Vargas, Cachoeirinha, entre outros dez bairros, além de 13 comunidades da zona Rural, devem ser afetadas.
Desde a segunda-feira (17), equipes da Operação SOS Enchente 2017, da Prefeitura de Manaus, começaram a atuar em becos e ruas dessas localidades, onde pontes de madeiras começaram a ser construídas para permitir o acesso dos moradores.
O trabalho de prevenção conta também com a participação das secretarias municipais de Saúde (Semsa), de Limpeza Urbana (Semulsp), de Infraestrutura (Seminf) e Subsecretaria do Centro Histórico (Subsemch).
A estimativa do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) para o Rio Negro é de que, neste ano, a marca atinja os 28,94 metros. No interior do Amazonas, seis cidades decretaram situação de emergência. Em Tabatinga, a cota atual é de 12,45 metros e já tem obrigado os agricultores a mudarem a rotina.
Confira as principais cidades afetadas pelas cheias no Amazonas.
Situação de emergência:
Guajará (calha do Juruá)
Ipixuna (calha do Juruá)
Eirunepé (calha do Juruá)
Itamarati (calha do Juruá)
Carauari (calha do Juruá)
Canutama (Purus)
Famílias afetadas: 10.530
Ipixuna (calha do Juruá)
Eirunepé (calha do Juruá)
Itamarati (calha do Juruá)
Carauari (calha do Juruá)
Canutama (Purus)
Famílias afetadas: 10.530
Situação de alerta
Juruá (calha do Juruá)
Envira(calha do Juruá)
Tabatinga (calha do Solimões)
Benjamin Contant (calha do Solimões)
São Paulo de Olivença (calha do Solimões)
Amaturá (calha do Solimões)
Santo Antônio do Iça (calha do Solimões)
Tonantins (calha do Solimões)
Atalaia do Norte (calha do Solimões)
Parintins (calha do Baixo Amazonas)
Barreirinha (calha do Baixo Amazonas)
São Sebastião do Uatumã (calha do Baixo Amazonas)
Nhamundá (calha do Baixo Amazonas)
Urucará (calha do Baixo Amazonas)
Boa Vista do Ramos (calha do Baixo Amazonas)
Maués (calha do Baixo Amazonas)
Situação de Atenção
Coari (calha do Médio Solimões)
Fonte Boa (calha do Médio Solimões)
Uarini (calha do Médio Solimões)
Alvarães (calha do Médio Solimões)
Tefé (calha do Médio Solimões)
Jutaí (calha do Médio Solimões)
Codajás (calha do Médio Solimões)
Manacapuru (calha do Médio Solimões)
Iranduba (calha do Médio Solimões)
Anori (calha do Médio Solimões)
Anamã (calha do Médio Solimões)
Caapiranga (calha do Médio Solimões)
Manaquiri (calha do Médio Solimões)
Itacoatiara (calha do Médio Amazonas)
Autazes (calha do Médio Amazonas)
Silves (calha do Médio Amazonas)
Itapiranga (calha do Médio Amazonas)
Urucurituba (calha do Médio Amazonas)
Situação de emergência - Deslizamento de terra
Manacapuru (calha do Baixo Solimões) -Status: Atendido
Tefé (calha do Médio Solimões) - Status: Atendido
Envira(calha do Juruá)
Tabatinga (calha do Solimões)
Benjamin Contant (calha do Solimões)
São Paulo de Olivença (calha do Solimões)
Amaturá (calha do Solimões)
Santo Antônio do Iça (calha do Solimões)
Tonantins (calha do Solimões)
Atalaia do Norte (calha do Solimões)
Parintins (calha do Baixo Amazonas)
Barreirinha (calha do Baixo Amazonas)
São Sebastião do Uatumã (calha do Baixo Amazonas)
Nhamundá (calha do Baixo Amazonas)
Urucará (calha do Baixo Amazonas)
Boa Vista do Ramos (calha do Baixo Amazonas)
Maués (calha do Baixo Amazonas)
Situação de Atenção
Coari (calha do Médio Solimões)
Fonte Boa (calha do Médio Solimões)
Uarini (calha do Médio Solimões)
Alvarães (calha do Médio Solimões)
Tefé (calha do Médio Solimões)
Jutaí (calha do Médio Solimões)
Codajás (calha do Médio Solimões)
Manacapuru (calha do Médio Solimões)
Iranduba (calha do Médio Solimões)
Anori (calha do Médio Solimões)
Anamã (calha do Médio Solimões)
Caapiranga (calha do Médio Solimões)
Manaquiri (calha do Médio Solimões)
Itacoatiara (calha do Médio Amazonas)
Autazes (calha do Médio Amazonas)
Silves (calha do Médio Amazonas)
Itapiranga (calha do Médio Amazonas)
Urucurituba (calha do Médio Amazonas)
Situação de emergência - Deslizamento de terra
Manacapuru (calha do Baixo Solimões) -Status: Atendido
Tefé (calha do Médio Solimões) - Status: Atendido
Mau tempo atrasa investigação de acidente aéreo em Itaituba
Monomotor com quatro pessoas caiu na tarde de sexta-feira, 21. Equipe do Seripa chegaria à Itaituba na manhã deste sábado, 22.
Por G1 Pa, Belém
O mau tempo na manhã deste seábado (22) na região de Itaituba, no sudoeste do Pará, impediu a chegada de uma equipe de técnicos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (SERIPA) ao local do acidente ocorrido na tarde de sexta (21) com um monomotor. A equipe só conseguiu chegar à tarde no município e ainda não há data para a divulgação do laudo.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Itaituba, o monomotor se aproximava da pista de pouso quando bateu em um fio de alta tensão e caiu perto de uma estrada, a 12 quilômetros da sede do município.
O piloto e três norte-americanos estavam dentro do avião no momento da queda, mas todos sobreviveram e foram levados para o hospital da cidade.
Segundo informações da direção do Hospital Municipal de Itaituba, o piloto Haroldo Biely foi transferido na manhã deste sábado para Belém e será encaminhado para um hospital particular. Ele sofreu ferimentos no rosto, nas mãos e fraturas na perna e no braço.
Os três passageiros feridos são norte-americanos. James Thomas Lea cortou o supercílio e sofreu queimaduras. Eunice Taylor e Amy Lea sofreram ferimentos no tórax e na coluna. Todos já foram liberados do hospital de Itaituba.
O piloto e três norte-americanos estavam dentro do avião no momento da queda, mas todos sobreviveram e foram levados para o hospital da cidade.
Segundo informações da direção do Hospital Municipal de Itaituba, o piloto Haroldo Biely foi transferido na manhã deste sábado para Belém e será encaminhado para um hospital particular. Ele sofreu ferimentos no rosto, nas mãos e fraturas na perna e no braço.
Os três passageiros feridos são norte-americanos. James Thomas Lea cortou o supercílio e sofreu queimaduras. Eunice Taylor e Amy Lea sofreram ferimentos no tórax e na coluna. Todos já foram liberados do hospital de Itaituba.
Moradores voltam para casa após cheia do Rio Ibirapuitã em Alegrete
Enchente tirou 2,1 mil pessoas de casa, e algumas famílias estavam desabrigadas há 10 dias. De 11,5 m acima do normal, nível caiu para 6,8m.
Por G1 Rs
Os moradores que tiveram de deixar as residências em Alegrete devido à cheia do Rio Ibirapuitã retornaram neste sábado (22), graças ao clima ensolarado na cidade da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. A enchente tirou 2,1 mil pessoas de casa, e algumas famílias estavam desabrigadas há 10 dias.
A marca de 11,5m acima do normal, registrada no último dia 14, caiu para 6,8m neste sábado, sem oferecer perigo aos moradores. A dona de casa Maria Noeci dos Santos celebrou a volta para casa, após passar a Páscoa em um dos abrigos fornecidos pelo Poder Público.
"Foram dias aqui no ginásio, na esperança que o tempo clareasse para ir pra casa", conta Maria, que celebrou o dia ensolarado. "Está bonito, está comemorando conosco."
Oito caminhões do Exército foram usados para fazer as mudanças. Além dos 60 militares, 50 funcionários da prefeitura auxiliaram na tarefa. A dona de casa Débora Raquel Pereira foi a última do abrigo a voltar para casa.
"Estou feliz, estar em casa é outra coisa", diz Débora, que terá trabalho no domingo. "Limpar tudo, arrumar tudo, agora tudo de novo."
Na próxima semana, 300 kits com alimentos, colchões, cobertores e produtos de higiene e de limpeza serão distribuídos a moradores de Alegrete. "Esses kits serão entregues a partir de terça-feira para todas as pessoas que foram atingidas, que estão cadastradas pela assistência social", explica o coordenador municipal da Defesa Civil, José Gustavo Canabarro.
O levantamento dos prejuízos ainda não foi concluído, mas a conta já passa dos R$ 10 milhões com perdas nas zonas rural e urbana. O relatório final será encaminhado próxima semana ao governo do estado.
Campos do Jordão e Cunha têm Festa do Pinhão neste feriado
Tendas gastronômicas de 15 restaurantes e entidades estão na Praça do Capivari, com comidas que levam o pinhão como ingrediente.
Campos do Jordão realiza até o próximo dia 1º a Festa do Pinhão, evento que acontece há 56 anos na cidade e é um dos mais tradicionais do município.
Tendas gastronômicas de 15 restaurantes e entidades da cidade foram montadas na Praça do Capivari, com comidas que levam o pinhão como ingrediente. A programação também conta com apresentações musicais.
Neste sábado, há banda às 20h. No domingo, há apresentações de bandas às 16h e às 19h30. As atrações musicais são gratuitas.
A cidade também recebeu neste sábado uma apresentação da Esquadrilha da Fumaça da Força Aérea Brasileira (FAB), na Pista de Motocross, no bairro Santa Cruz.
A prefeitura espera receber cerca de 400 mil visitantes nos feriados de abril e maio: Páscoa, Tiradentes e 1º de Maio.
Cunha
Em Cunha, a 17ª Festa do Pinhão acontece até o próximo dia 7 na Praça da Matriz. A praça de alimentação do evento reúne barracas com pratos à base de pinhão.
A programação, que acontece aos finais de semana, conta também com apresentações musicais gratuitas. Neste sábado, as atrações acontecem durante todo o dia. No domingo, elas começam às 15h.
Soldados do Exército em Caçapava fazem treinamento para missão no Haiti
Militares enfrentaram uma simulação de protesto em uma avenida do Haiti. Batalhão que será enviado para a missão de paz conta com 163 soldados.
Por G1 Vale Do Paraíba E Região
Soldados do exército em Caçapava realizaram um treinamento especial pelas ruas da cidade na manhã desta sexta-feira (21). Esta foi a última etapa da preparação dos militares, que irão embarcar para a missão de paz no Haiti no início de maio.
Os militares enfrentaram uma simulação de protesto, onde manifestantes interditavam uma avenida. A situação chega o mais próximo da realidade, com gritos, objetos arremessados e os manifestantes falando em francês, língua falada no Haiti.
Dos 850 soldados brasileiros que serão enviados ao Haiti em maio, mais da metade são da região do Vale do Paraíba, sendo 163 do batalhão de Caçapava. Esta deve ser a última vez que militares brasileiros serão enviados para a missão de paz.
"A nossa responsabilidade será muito grande para encerrarmos um ciclo vitorioso e de grande sucesso do Brasil na missão de paz no Haiti. Iremos focados em manter um ambiente seguro e estável e deixar nossa marca positiva no país", disse o comandante da tropa que irá ao Haiti, Alexandre Largo.
O Brasil começou sua participação na missão de paz do Haiti em 2004 e este será o quinto contingente de Caçapava enviado para o país.
Vítimas de acidente aéreo em Itaituba recebem alta
Jornal Liberal 2ª Edição
Carcaças aéreas permanecem em aeroportos depois de leiloadas
Wellton Máximo
Uma cena comum chama a atenção em quem decola ou aterrissa nos principais aeroportos do país. Carcaças de aviões de companhias falidas dividem o cenário com o vaivém de aeronaves e deterioram-se com o tempo. A maioria desses aviões ainda não foi leiloada, mas alguns foram arrematados há anos e esperam ser retirados pelos novos proprietários, que alegam alto custo de transporte e mudanças nos planos de negócios como principais motivos para o atraso na remoção.
Levantamento da Agência Brasil indica que em pelo menos três aeroportos – Juscelino Kubitschek (em Brasília), Galeão (no Rio de Janeiro) e Cumbica (em Guarulhos) – existem aviões leiloados e não removidos dos terminais aéreos. Duas aeronaves em Brasília, quatro no Galeão e duas em Cumbica que poderiam ter sido retiradas permanecem ocupando espaço nos pátios e hangares.
No Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, na capital federal, dois Boeings 767 da Transbrasil leiloados em setembro de 2013 aguardam para serem retirados. O consórcio responsável pela administração do Aeroporto de Cumbica não detalhou o modelo nem a companhia das aeronaves. Apenas informou que uma foi arrematada pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e outra, por particular.
O consórcio que administra o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, informou que existe um avião da Vasp e mais seis aeronaves antigas no local. O consórcio não deu informação sobre a companhia que detinha as demais aeronaves, mas esclareceu que nenhuma delas é da Transbrasil.
De acordo com levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), três aviões parados no Galeão ainda não foram leiloados. Os quatro restantes estão em processo de remoção.
Atrasos
De 2011 a 2015, o CNJ promoveu o programa Espaço Livre, que agilizou o leilão de 50 das 62 carcaças de aviões que jaziam em 11 aeroportos do país. Realizado em parceria com o Ministério da Defesa, o Conselho Nacional do Ministério Público, o Tribunal de Contas da União, o Tribunal de Justiça de São Paulo, o Ministério Público de São Paulo, a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) e a Infraero, o mutirão conseguiu leiloar 80% das aeronaves abandonadas. Nem todas, no entanto, foram retiradas até agora.
Síndico da massa falida da Transbrasil, o advogado Gustavo Henrique Sauer diz que o conjunto do que restou da empresa recebeu o dinheiro de todos os leilões de aviões da companhia realizados até agora. Em relação às duas carcaças no aeroporto de Brasília, ele esclarece que os antigos aviões dizem respeito à massa falida da Interbrasil, empresa do mesmo grupo da Transbrasil. Ele, no entanto, explica que, após o pagamento dos leilões, cabe exclusivamente ao aeroporto e ao novo proprietário definirem um cronograma para a retirada.
Para Sauer, a falta de planejamento prolonga o abandono das carcaças de aviões e gera uma nova guerra jurídica. “Em alguns casos, quem arremata a aeronave não entende que ela foi leiloada como sucata e que não pode utilizá-la para outros fins. O proprietário então retira algumas peças e deixa a casca. Se não houver acordo, o aeroporto pode entrar na Justiça para exigir a remoção”, explica.
Dificuldades
Proprietário de um Boeing 737 da Vasp e de um Boeing 767 da Transbrasil leiloados no aeroporto de Brasília, o empresário Rogério Tokarski diz que o custo de transporte também é um entrave porque equivale, no mínimo, ao preço do avião. No caso do 737, de menor porte, ele gastou R$ 60 mil para comprar a aeronave e mais R$ 60 mil para transportá-la a um haras na região rural de Planaltina (DF), a 70 quilômetros da capital federal.
“É preciso três carretas para transportar o avião: uma para cada asa e outra para o charuto [corpo da aeronave]. Além disso, tem o guindaste para fazer a desmontagem e as taxas para o Departamento de Estradas e Rodagem, pelo transporte da carga especial, para a companhia de energia se for necessário desligar fiações de eletricidade”, justifica.
Em relação ao avião da Transbrasil, comprado por cerca de R$ 90 mil, Tokarski diz que pediu à Inframérica, consórcio que administra o Aeroporto Juscelino Kubitschek, um tempo adicional para retirar a aeronave. O empresário pretende transformar a carcaça em um espaço turístico, mas explica que a necessidade de um plano de negócios viável e de encontrar um local lucrativo adiou a remoção. A reportagem não conseguiu localizar o dono do outro avião da Transbrasil que ocupa o pátio do aeroporto de Brasília.
Aviões não leiloados
Segundo o levantamento do CNJ, existem 12 aviões não leiloados nos aeroportos brasileiros. Desse total, sete estão no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, três no Galeão, um no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP) e um no Aeroporto Antônio João, em Campo Grande.
Edição Lílian Beraldo
Agenda da próxima semana
QUARTA-FEIRA (26)
9h30
Frente Parlamentar para Modernização do Centro de Lançamento de Alcântara
Lançamento da frente.
Auditório Freitas Nobre
Frente Parlamentar para Modernização do Centro de Lançamento de Alcântara
Lançamento da frente.
Auditório Freitas Nobre
KAI suministrará aeroestraucturas para el KC-390 de Embraer
José W Navarro García
La firma surcoreana Korea Aerospace Industries (KAI) proveerá de estructuras a la empresa brasileña Embraer por valor de 278 millones de won coreanos (aproximadamente 339 millones de euros) en virtud de un acuerdo que se extenderá hasta 2033. Concretamente KAI suministrará paneles para la parte inferior de las alas de los aviones de transporte regional Embraer E-190 E2 y E-195 E2 por valor de 154 millones de euros y paneles para la parte superior e inferior del fuselaje del avión de transporte táctico KC-390 por un importe de 184 millones de euros.
El KC-390 fue uno de los protagonistas de la reciente feria aeroespacial y de defensa LAAD que tuvo lugar en Brasil, donde Embraer lo promocionó activamente como avión de transporte multimisión. El avión apuesta por un reducido coste de operación y del ciclo de vida, puede transportar 26 toneladas de carga a una velocidad de 870 km/h pudiendo operar en pistas no preparadas y actuar como avión de reabastecimiento.
A finales de este año se espera se obtenga la Capacidad Operativa Inicial (I0C) por sus siglas en inglés y la Capacidad operativa Final (FOC) en 2018.
Ex Comandante de la MINUSTAH y la MONUSCO designado Secretario Nacional de Justicia en Brasil
Javier Bonilla
El general de división del Ejército Brasileño Carlos Alberto dos Santos Cruz asumirá la Secretaría Nacional de Seguridad Pública (Senasp) del Ministerio de Justicia. El titular de la cartera, Osmar Serraglio, formalizó la invitación al general retirado después de un proceso difícil para conseguir encontrar un candidato de consenso para esta dependencia, que desde la salida del ex ministro Alexandre de Moraes, hoy Ministro del Supremo Tribunal Federal, carece de Secretario.
El Senasp cobró particular importancia tras la reciente crisis en materia de cárceles y seguridad pública. Es, como organismo, el principal responsable de la implementación del Plan Nacional de Seguridad Pública, puesto en marcha por el ex ministro Moraes con motivo de los disturbios y muertes en las prisiones, registrados a principios de este año. Originario de la ciudad de Río Grande, en el estado de Rio Grande do Sul, Santos Cruz- también ingeniero civil- mantuvo una carrera de más de 4o años en el Ejército. Al mando de las fuerzas militares de la misión de paz de las Naciones Unidas en Haití, MINUSTAH, desde 2006 a 2009, y de la misión de paz en el Congo, MONUSCO, de 2013 a 2015, fue comandante adjunto de operaciones terrestres en Brasilia en su último papel antes pasar a retiro, tras lo cual , igualmente pasó a coordinar los planes de modernización de la Fuerza, denominados "Fuerza Terrestre 2035".
Base de Alcântara: Parceria com outros países não põe em risco soberania nacional
Quatro países – Rússia, EUA, França e Israel – querem utilizar o Centro de Lançamento de Alcântara, a base brasileira de foguetes espaciais, no Maranhão. O diretor-presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Braga Coelho, destaca que a parceria poderá melhorar o programa espacial brasileiro.
O interesse de Rússia, Estados Unidos, França e Israel em fazer parceria com o Brasil para a utilização do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) foi revelado pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, na semana passada, nas próprias dependências do Centro.
Nesta segunda-feira, em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, o diretor-presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Braga Coelho, falou sobre as vantagens de uma possível parceria.
"A nossa base de lançamento tem uma localização estratégica excepcional. Ela fica quase dentro do plano do equador, a apenas dois graus sul", explica o físico José Raimundo Braga Coelho. "Para os lançamentos mais cobiçados, os que geram mais negócios, que são os lançamentos em órbita equatorial, em órbita geoestacionária, dentro do plano do equador, essa é a base de lançamento mais bem situada do mundo."
O diretor-presidente da AEB explica o interesse internacional sobre Alcântara:
"É natural que todos os países que tenham programa de lançamento de satélites tenham uma certa cobiça pela nossa base de lançamento. Às vezes, as pessoas se confundem porque não são da área, achando que qualquer lançamento da base de Alcântara é sucesso, é melhor do que em qualquer outro lugar. Isso não é verdade. Só é verdade para os lançamentos que forem feitos em órbitas geoestacionárias ou órbitas equatoriais. Porque, no momento do lançamento, que em geral é feito utilizando a rotação da Terra – e essa rotação é muito alta, da ordem de 5 mil quilômetros por hora – o lançador já ganha esses 5 mil quilômetros por hora de impulso, digamos assim."
Uma órbita é considerada geoestacionária quando é circular e se processa exatamente sobre o equador da Terra, nos pontos de latitude zero, e a sua rotação acompanha exatamente a rotação da Terra.
Em relação às propostas apresentadas pelos quatro países – Rússia, Estados Unidos, França e Israel –, José Raimundo Braga prefere ser cauteloso a especificar qual deles poderia ter apresentado a melhor vantagem ao Brasil:
"Temos que pensar muito nisso, porque não acredito que haja proposta específica com relação a isso. O que há é o desejo de vários países de ter a possibilidade de negociar com o Brasil."
O diretor-presidente da AEB descartou qualquer possibilidade de o Brasil sofrer abalos em sua soberania caso firme contrato de parceria com outro país, ou outros países, para utilização do Centro de Lançamento de Alcântara:
"Pelo contrário. Isso vai contribuir cada vez mais para consolidar nossa soberania, desde que tenhamos o cuidado de respeitar os direitos de todos os outros países assim como eles respeitarão os nossos direitos. Não haverá nenhum problema envolvendo a soberania nacional. O que justifica essas iniciativas são os investimentos que serão feitos aqui e os recursos que eventualmente contribuirão para melhorar o programa espacial brasileiro."
Implantação do Parque Aeronáutico de Ratones depende da liberação de licenças ambientais
Moacir Pereira
A implantação do Parque Aeronáutico de Ratones, na SC-401,no norte da Ilha, está dependendo de estudos finais e liberação das licenças ambientais. Sua construção vai qualificar o turismo na Capital, pela facilidade de transporte aéreo que vai gerar em relação as necessidades do Sapiens Park, Centro de Convenções de Canasvieiras e todos os empreendimentos turísticos do norte e leste da ilha.
O projeto já tem aprovação da Anac e consulta de viabilidade na Prefeitura e as primeiras licenças ambientais. A proposta inicial foi reduzida por exigência dos órgãos ambientais. Compreende uma área com 217 hectares, dos quais apenas 17 hectares serão usados para construção de 374 unidades de hangares para aviões de pequeno porte. A pista terá 1.299 metros. Estão previstos 18 km de trilhas ecológicas.
Segundo o empresário Sandro Carlos da Silva, serão doados dois hangares para aeronaves do governo estadual, outra área para o Corpo de Bombeiros e uma quarta para serviços emergenciais de transporte de órgãos a serem transplantados. Contará, ainda, com escolas de aviação para formação técnica, em acordo com o Senai, com o objetivo de tornar o Parque uma referência em manutenção de aeronaves na América do Sul.
Parcerias com o ICMBio e com os pescadores locais deverão compreender o desassoreamento do rio Ratones e programas de educação ambiental. Diferente do Parque Náutico Costa Esmeralda, de Porto Belo, que conta com unidades residenciais, o de Ratones terá penas espaço para aviões. A previsão é de geração de investimentos de 60 milhões de reais, geração e 350 empregos diretos e prazo de 12 meses de implantação.
PORTAL HORA DE SANTA CATARINA
Mário Motta: Forças Armadas do Brasil iniciam o planejamento para a saída do Haiti
Missão de Paz terá caráter policial até a retirada completa do país
Mário Motta
Com a participação de muitos catarinenses e após 13 anos atuando em missão de paz no Haiti, as Forças Armadas do Brasil iniciam o planejamento para a saída daquele país situado na costa caribenha. Isso porque o Conselho de Segurança das Nações Unidas concordou pela substituição da missão que busca a estabilização do Haiti por uma força de caráter policial até a retirada completa das tropas internacionais.
Com a participação de muitos catarinenses e após 13 anos atuando em missão de paz no Haiti, as Forças Armadas do Brasil iniciam o planejamento para a saída daquele país situado na costa caribenha. Isso porque o Conselho de Segurança das Nações Unidas concordou pela substituição da missão que busca a estabilização do Haiti por uma força de caráter policial até a retirada completa das tropas internacionais.
Ficou estabelecido que os "capacetes azuis", como são conhecidos, começam a voltar para casa até o dia 15 de outubro deste ano. Eles serão substituídos por uma nova missão que também terá a participação de 970 militares brasileiros.
De 2004 até o final de 2016, o Brasil já havia gasto R$ 1,8 bilhão com a missão de paz. E até o encerramento da missão terá enviado 37,5 mil militares ao Haiti.
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