NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 22/04/2017 / Marinha negocia compra de porta-helicópteros inglês por R$ 315 mi
Marinha negocia compra de porta-helicópteros inglês por R$ 315 mi ...
Fabricado nos anos 90, o HMS Ocean será desativado pelo Reino Unido no próximo ano ...
Thuanny Motta ...
O governo brasileiro está negociando a compra do porta-helicópteros britânico HMS Ocean para substituir o navio-aeródromo São Paulo, desativado pela Marinha em fevereiro deste ano. Construído na década de 90 e ativo há 19 anos nas águas do Reino Unido, o HMS tem o preço estimado de R$ 312 milhões e previsão de ser “aposentado”pelos ingleses em 2018.
A negociação começou, segundo o site inglês UK Defense, há três semanas, durante a LAAD Defence & Security 2017, maior feira de defesa e segurança da América Latina, realizada no Rio de Janeiro.
A embarcação inglesa é um navio de assalto anfíbio, com capacidade para transportar uma força de até 830 fuzileiros, além da sua tripulação e grupo aéreo, e transportar até 12 helicópteros pesados e seis de tamanho médio.
O HMS Ocean ainda pode ser usado como navio almirante, pois possui um hospital e uma central de dessalinização que produz 80 toneladas de água doce por dia.
Segundo a Marinha, a desmobilização do São Paulo foi decidida após a constatação de que o programa de modernização previsto para o navio brasileiro teria altíssimo custo, além de conter incertezas técnicas e necessitar de um longo tempo para ser concluído – aproximadamente dez anos.
De acordo com o órgão, a obtenção de um novo conjunto de navio-aeródromo e aeronaves é considerada a terceira prioridade de aquisições da Marinha, logo após o Programa Nuclear e o Programa de Construção das Corvetas Classe Tamandaré.
Em comunicado, o comando afirmou que o custo dessa nova aquisição será potencialmente menor que o de modernização do NAe “São Paulo” e da compra de novas aeronaves compatíveis com esse transporte, já que tais modelos deverão estar no final de sua vida quando se terminasse a modernização.
Apesar do interesse, a Força Naval informou que a compra não está fechada. “Não foi nada além de um diálogo durante a participação em uma feira de defesa que aconteceu no Rio de Janeiro. Demonstramos interesse em saber detalhes desse navio-aeródromo, mas nenhum negócio foi oficialmente fechado. Outros países também conversaram com os ingleses”, afirmou o tenente Strebi, da assessoria de imprensa da Marinha do Brasil.
Até o recebimento de outro navio-aeródromo, as operações de batalha naval – embora o país não tenha histórico de envolvimento em guerras – com uso de aviação de asa fixa serão distribuídas na Base Aérea Naval e em outras instalações de terra.
Para o especialista em Relações Internacionais, Estratégias e Políticas de Defesa, jornalista Marcelo Rech, a compra, na atual conjuntura, é desnecessária. “As estruturas da Marinha já existentes podem, a princípio, arcar com as demandas navais”, afirma.
Rech, porém, não vê problemas no fato de o país adquirir um equipamento em fim de vida útil em outro país. “A nossa realidade é diferente de outros países que convivem com ameaças de guerra todo o tempo. O país tem responsabilidades como fiscalização, patrulhamento e vigilância das fronteiras aquáticas, mas que não exigem algo tão novo”.
Problemas
Em sua passagem pelo Brasil em 2010, o HMS Ocean apresentou vários problemas, inclusive de motor, segundo o especialista Luiz Padilha disse ao site Defesa Aérea e Naval;
“Toda Marinha quando vai dar baixa num navio para de gastar dinheiro com ele. A pergunta é como ele estará em 2018”, disse Padilha.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Advogado sugere culpa do piloto na queda de avião com Huck e família
Do Uol, Em São Paulo
O advogado da empresa MS Táxi Aéreo, dona do avião que transportava Luciano Huck e Angélica quando ocorreu o acidente em maio de 2015, contestou o relatório feito por peritos da Aeronáutica em entrevista concedida à TV Morena, afiliada da TV Globo, no Mato Grosso do Sul.
José Trad rebateu o documento dizendo que os problemas mecânicos poderiam ter sido constatados, caso o piloto Osmar Frattini tivesse feito a checagem visual antes de iniciar o voo. "Os problemas mecânicos poderiam ter sido constatados pelo piloto antes dele embarcar", afirmou.
Os peritos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) concluíram que uma pane seca provocou o pouso forçado e que o motor esquerdo da aeronave parou de funcionar com 35 minutos de voo.
O documento concluiu que o tanque da asa esquerda tinha no máximo 160 litros de combustível e não 350 litros, conforme indicado no "liquidômetro", um equipamento que marca a quantidade do combustível. Os sensores foram instalados em posições trocadas e, assim, enviavam informações erradas ao painel de controle.
O advogado da empresa não concorda com o relatório. "A inversão desses equipamentos não foi a causa do acidente. Repito: o piloto poderia ter evitado o problema da falta de combustível se ele tivesse feito a checagem visual nos tanques de combustível. Ele não fez isso."
O laudo da Aeronáutica diz ainda que a tripulação poderia ter resolvido o problema --trazendo combustível do outro tanque, por exemplo--, mas que o piloto não seguiu os procedimentos de emergência para pane de motor e que ele não tinha treinamento para pilotar aquele avião.
No relatório, os técnicos apontaram também uma outra falha grave: a empresa MS Táxi Aéreo, responsável por transportar os apresentadores da Globo, orientava os pilotos a não informar nem anotar no diário de bordo os problemas que aconteciam com os aviões, para não serem obrigados a parar as aeronaves em oficinas de manutenção. E quando o piloto se negava a voar justificando a falta de segurança, ele era trocado por outro piloto de empresa terceirizada.
Novamente, o representante da MS Táxi Aéreo discorda do documento. "A segurança tanto dos pilotos quanto da tripulação é de interesse da empresa. Jamais adotaria uma prática semelhante", garantiu o advogado.
O avião, modelo Embraer 820C decolou de Estância Caiman, na cidade de Miranda, e seguia para Campo Grande (MS), em um trajeto de 230 quilômetros, quando sofreu uma falha. O piloto informou os controladores por volta das 11 horas. O avião fez um pouso de emergência em um pasto a 30 km de distância da capital do Mato Grosso do Sul.
A família foi socorrida e encaminhada para o hospital Santa Casa de Campo Grande, onde recebeu atendimento no setor de ortopedia. Após passarem pelos exames, os apresentadores foram transferidos para o hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Piloto foi suspenso
Em entrevista à TV Record, em março do ano passado, o piloto Osmar Frattini explicou que, mesmo estando apto para voar, foi suspenso pela empresa MS Táxi Aéreo até que as investigações sobre o acidente fossem concluídas. Ele revelou ainda que teve o salário reduzido em quase 80%, e que passava por dificuldades financeiras, à base de empréstimos.
O piloto, que tem 30 anos de experiência, disse na ocasião que se sente "como um pássaro sem asa, preso ao chão, habilitado, mas sem poder voar".
José Trad rebateu o documento dizendo que os problemas mecânicos poderiam ter sido constatados, caso o piloto Osmar Frattini tivesse feito a checagem visual antes de iniciar o voo. "Os problemas mecânicos poderiam ter sido constatados pelo piloto antes dele embarcar", afirmou.
Os peritos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) concluíram que uma pane seca provocou o pouso forçado e que o motor esquerdo da aeronave parou de funcionar com 35 minutos de voo.
O documento concluiu que o tanque da asa esquerda tinha no máximo 160 litros de combustível e não 350 litros, conforme indicado no "liquidômetro", um equipamento que marca a quantidade do combustível. Os sensores foram instalados em posições trocadas e, assim, enviavam informações erradas ao painel de controle.
O advogado da empresa não concorda com o relatório. "A inversão desses equipamentos não foi a causa do acidente. Repito: o piloto poderia ter evitado o problema da falta de combustível se ele tivesse feito a checagem visual nos tanques de combustível. Ele não fez isso."
O laudo da Aeronáutica diz ainda que a tripulação poderia ter resolvido o problema --trazendo combustível do outro tanque, por exemplo--, mas que o piloto não seguiu os procedimentos de emergência para pane de motor e que ele não tinha treinamento para pilotar aquele avião.
No relatório, os técnicos apontaram também uma outra falha grave: a empresa MS Táxi Aéreo, responsável por transportar os apresentadores da Globo, orientava os pilotos a não informar nem anotar no diário de bordo os problemas que aconteciam com os aviões, para não serem obrigados a parar as aeronaves em oficinas de manutenção. E quando o piloto se negava a voar justificando a falta de segurança, ele era trocado por outro piloto de empresa terceirizada.
Novamente, o representante da MS Táxi Aéreo discorda do documento. "A segurança tanto dos pilotos quanto da tripulação é de interesse da empresa. Jamais adotaria uma prática semelhante", garantiu o advogado.
O avião, modelo Embraer 820C decolou de Estância Caiman, na cidade de Miranda, e seguia para Campo Grande (MS), em um trajeto de 230 quilômetros, quando sofreu uma falha. O piloto informou os controladores por volta das 11 horas. O avião fez um pouso de emergência em um pasto a 30 km de distância da capital do Mato Grosso do Sul.
A família foi socorrida e encaminhada para o hospital Santa Casa de Campo Grande, onde recebeu atendimento no setor de ortopedia. Após passarem pelos exames, os apresentadores foram transferidos para o hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Piloto foi suspenso
Em entrevista à TV Record, em março do ano passado, o piloto Osmar Frattini explicou que, mesmo estando apto para voar, foi suspenso pela empresa MS Táxi Aéreo até que as investigações sobre o acidente fossem concluídas. Ele revelou ainda que teve o salário reduzido em quase 80%, e que passava por dificuldades financeiras, à base de empréstimos.
O piloto, que tem 30 anos de experiência, disse na ocasião que se sente "como um pássaro sem asa, preso ao chão, habilitado, mas sem poder voar".
Modesto Carvalhosa
Precisamos de uma nova Constituição
Cilene Pereira
Aos 85 anos, o jurista paulista Modesto Carvalhosa associou-se aos colegas Flávio Bierrenbach e José Carlos Dias para lançar, na semana passada, o que considera ser a saída para a atual crise política do País. Em um documento intitulado “Manifesto à Nação”, os três propõem a convocação ainda neste ano de uma Assembleia Constituinte. O objetivo é promover mudanças na Constituição que resultem na reforma dos sistemas político e administrativo nacionais. Entre elas, estão o fim do financiamento público de campanhas eleitorais, a proibição das coligações partidárias e a equiparação trabalhista e previdenciária entre os trabalhadores das empresas privadas e os servidores públicos. Conhecido por seus estudos sobre corrupção – tem dois livros a respeito do tema -, Carvalhosa entende que uma nova Constituição baseada em preceitos como esses seria uma forma de reconciliar a sociedade brasileira com suas representações. “A Constituição diz que todo poder emana do povo. Mas o poder que está no Brasil não representa o povo”, disse na entrevista à ISTOÉ.
Por que os senhores propõem uma Assembleia Constituinte neste momento?
Temos que fazer uma mudança da estrutura política e administrativa do País. Não adianta mudar apenas as pessoas. É preciso modificar o sistema político-eleitoral e os privilégios da administração pública. Como afirmamos em nosso manifesto, os escândalos dos quais estamos sendo testemunhas provam que o sistema político-constitucional vigente é inviável. É única maneira de acabar com privilégios que a Constituição de 1988 outorgou aos partidos políticos, aos parlamentares e aos servidores públicos.
Temos que fazer uma mudança da estrutura política e administrativa do País. Não adianta mudar apenas as pessoas. É preciso modificar o sistema político-eleitoral e os privilégios da administração pública. Como afirmamos em nosso manifesto, os escândalos dos quais estamos sendo testemunhas provam que o sistema político-constitucional vigente é inviável. É única maneira de acabar com privilégios que a Constituição de 1988 outorgou aos partidos políticos, aos parlamentares e aos servidores públicos.
Quais seriam as mudanças?
Os partidos não representam o eleitorado. Só seus próprios interesses. Defendemos a eliminação do Fundo Partidário e do financiamento público das eleições. Os partidos têm de ser bancados por seus próprios membros. Devem parar de mamar no governo. O esquema que temos hoje explica em parte o que estamos vivendo. Trata-se de um problema estrutural. Qualquer pessoa que seja eleita vai se aproveitar desses pontos para reafirmar os mesmos vícios.
Os senhores sugerem uma ampla reforma política?
No âmbito eleitoral, é necessário fazermos diversas mudanças. Devemos acabar com o foro privilegiado e com a desproporção de representação dos estados. Eles precisam ter na Câmara Federal deputados em número proporcionais ao de seus eleitores. Hoje há uma falta de proporção monumental.
Os partidos não representam o eleitorado. Só seus próprios interesses. Defendemos a eliminação do Fundo Partidário e do financiamento público das eleições. Os partidos têm de ser bancados por seus próprios membros. Devem parar de mamar no governo. O esquema que temos hoje explica em parte o que estamos vivendo. Trata-se de um problema estrutural. Qualquer pessoa que seja eleita vai se aproveitar desses pontos para reafirmar os mesmos vícios.
Os senhores sugerem uma ampla reforma política?
No âmbito eleitoral, é necessário fazermos diversas mudanças. Devemos acabar com o foro privilegiado e com a desproporção de representação dos estados. Eles precisam ter na Câmara Federal deputados em número proporcionais ao de seus eleitores. Hoje há uma falta de proporção monumental.
As alterações incluiriam o voto distrital?
Sim. Falamos do voto distrital puro, com cada deputado representando o seu distrito. Além disso, os parlamentares não podem votar em causa própria, como decidir seus aumentos de salários. Quando precisarem fazer isso, deve haver o referendo da população. A reforma incluiria a proibição de que deputados e senadores exerçam cargos na administração pública. Tem que acabar com isso.
Sim. Falamos do voto distrital puro, com cada deputado representando o seu distrito. Além disso, os parlamentares não podem votar em causa própria, como decidir seus aumentos de salários. Quando precisarem fazer isso, deve haver o referendo da população. A reforma incluiria a proibição de que deputados e senadores exerçam cargos na administração pública. Tem que acabar com isso.
Por que os senhores defendem também o fim das emendas parlamentares?
Os congressistas ganham milhões para financiar obras nas suas bases eleitorais. Ficam sócios do orçamento e não seus fiscais. Isso é uma enorme distorção. Há outro ponto importante que necessita ser revisto. As coligações partidárias precisam acabar. Elas servem para que os partidos vendam seu tempo de televisão nas campanhas eleitorais.
Hoje esse tempo é dividido de acordo com o tamanho da bancada de cada partido. Uma reforma constitucional contemplaria esse item também?
Sim. Queremos distribuição igual de tempo por partido. Assim todos falam e têm tempo para expor suas ideias. A respeito dos programas eleitorais, propomos também o fim dos efeitos de marketing nas propagandas, que devem ser destinadas para que o candidato divulgue seu programa e rebata eventuais críticas. Sem esses truques de marketing que são feitos hoje.
Quais as alterações nas esferas social-administrativa que estariam na pauta da Constituinte?
É preciso ter igualdade trabalhista e previdenciária entre os setores públicos e privados. O fim da estabilidade para os servidores do Estado é fundamental para isso. Só devem usufruir desse direito os integrantes das Forças Armadas, do Poder Judiciário e do Ministério Público. Veja a situação em que estamos: dos 13 milhões de desempregados que existem hoje no Brasil, todos são do setor privado. Isso é uma injustiça social brutal. Há uma casta de privilegiados.
Mudar o regime trabalhista/previdenciário de servidores públicos incluiria que outras medidas?
Acabar com cargos de confiança e com os supersalários estão entre elas. Não pode haver essa coisa de salário direto ou indireto, mordomias, auxílios, benefícios. O servidor que se vire para pagar sua passagem de avião, por exemplo, e remunerar seus próprios funcionários. Hoje cada senador tem 55 assessores.
Da sua promulgação, em 1988, até hoje, a Constituição foi modificada por 95 emendas. E, segundo os senhores, há em tramitação mais de mil novos projetos de emendas. Por que não se discutir as propostas já existentes em vez de convocar uma nova Constituinte?
Essas emendas são pontuais e não levarão às alterações das quais necessitamos. Uma Assembleia Constituinte é a única maneira de fazermos uma mudança política e social-administrativa de impacto. Se o sistema continuar como está, tudo será do mesmo jeito. Outros corruptos serão eleitos no lugar desses que estão aí.
Alguns especialistas criticam a proposta de convocação de uma Constituinte. Dizem que a Constituição vigente oferece as proteções legais necessárias. O que seria preciso é respeitá-la e não reformulá-la.
Ela foi feita em época especial, que era o fim de um regime de exceção (ditadura militar, de 1964-1985). Ela ajudou a estabelecer valores democráticos. Mas criou uma democracia corporativa e não representativa, dando privilégios para os políticos e servidores públicos. Hoje temos um País dividido. Cada Constituição deve servir a uma época.
A realização de uma Constituinte no meio de um processo em andamento de proposição de reformas – previdenciária e trabalhista – não atrapalha ainda mais o já complicado cenário econômico nacional?
De certa maneira, as reformas já estão desaprovadas. O Congresso não representa mais nada. As diretrizes de aprovação das mudanças estão em perigo porque não existe interesse público dos parlamentares. Eles querem mais é se salvar.
O sr. acredita que as instituições estão assim tão frágeis?
As instituições estão destruídas. Tanto o Congresso Nacional quanto o Poder Executivo. Há total falta de legitimidade. O Supremo Tribunal Federal determinou a abertura de inquérito contra oito ministros. O governo não representa a população e a Constituição diz que todo poder emana do povo. Mas o poder que está no Brasil não representa o povo.
Na sua opinião, nada mudou com a saída da ex-presidente Dilma Rousseff, há um ano, e sua substituição pelo presidente Michel Temer?
O esquema de corrupção organizado pelo PT foi desmontado, mas a idoneidade do governo não foi restabelecida. Novamente: temos oito ministros contra os quais há pedido de abertura de inquérito. Eles não têm probidade nenhuma. Isso demonstra que o PMDB é o partido permanente do atraso brasileiro. Tivemos treze anos de desastre com um partido que confundia o Estado consigo próprio. Foi um desastre bolivariano. Agora, com o PMDB, há um clientelismo estrutural. A saída do PT foi saudável, mas temos necessidade de mudança.
As alterações seriam suficientes para que a sociedade retome a confiança nas instituições políticas?
O povo brasileiro está desiludido. A população tem repugnância pelos políticos. A desilusão é de tal maneira que se houvesse um golpe militar, por exemplo, o povo estaria pouco se lixando. Isso é um risco imenso para tudo o que conquistamos. Por isso a necessidade de uma Constituinte. Precisamos de uma nova Constituição.
Como é o processo de convocação da Constituinte que os senhores sugerem?
Está amparado em um lei de 1998. Um plebiscito deve ser convocado por iniciativa de um terço dos deputados ou dos senadores e aprovado por maioria simples dos membros da Câmara ou do Senado.
O que a população decidiria no plebiscito?
Pela convocação de uma Assembleia Constituinte integrada por quem não exerce cargo político ou por uma formada pelos parlamentares. Defendemos que seja uma Assembleia independente, com gente de fora do ambiente político. Terminado o trabalho, nenhum deles pode se candidatar nos oito anos seguintes. Um abaixo-assinado exigindo o plebiscito está disponível.
Sua proposta encontra alguma repercussão no Congresso Nacional?
Temos algumas interlocuções com representantes de alguns partidos, como a Rede. Mas são muito pontuais. O Congresso está procurando se salvar e não salvar o País. Nós, da sociedade civil, temos que apresentar ideias positivas. Não adianta ficar só reclamando. A crise é muito profunda.
O sr. é um estudioso da corrupção. O teor das delações dos ex-executivos da Odedrecht, divulgado há duas semanas, chegou a surpreendê-lo?
De modo algum. Temos atualmente um País em que os políticos estão ali só para ganhar dinheiro, vender leis. É um mercado comandado por uma gangue. Como estão hoje, a Câmara e o Senado são organizações criminosas.
Por que o sr. critica os acordos de leniência firmados com as empreiteiras flagradas na Lava Jato?
A lei anti-corrupção é clara ao determinar que o acordo vale para a primeira empresa que denunciar o mecanismo do cartel. Se todos denunciarem a mesma coisa, em vez de ser acordo vira um mero Termo de Ajustamento de Conduta das empresas.
Os partidos políticos envolvidos podem ser penalizados de alguma forma?
A legislação contra a corrupção é voltada para pessoas jurídicas. Os partidos políticos são entidades jurídicas de direito privado. Eles têm que ser punidos tanto quanto as empreiteiras corruptas.
Os congressistas ganham milhões para financiar obras nas suas bases eleitorais. Ficam sócios do orçamento e não seus fiscais. Isso é uma enorme distorção. Há outro ponto importante que necessita ser revisto. As coligações partidárias precisam acabar. Elas servem para que os partidos vendam seu tempo de televisão nas campanhas eleitorais.
Hoje esse tempo é dividido de acordo com o tamanho da bancada de cada partido. Uma reforma constitucional contemplaria esse item também?
Sim. Queremos distribuição igual de tempo por partido. Assim todos falam e têm tempo para expor suas ideias. A respeito dos programas eleitorais, propomos também o fim dos efeitos de marketing nas propagandas, que devem ser destinadas para que o candidato divulgue seu programa e rebata eventuais críticas. Sem esses truques de marketing que são feitos hoje.
Quais as alterações nas esferas social-administrativa que estariam na pauta da Constituinte?
É preciso ter igualdade trabalhista e previdenciária entre os setores públicos e privados. O fim da estabilidade para os servidores do Estado é fundamental para isso. Só devem usufruir desse direito os integrantes das Forças Armadas, do Poder Judiciário e do Ministério Público. Veja a situação em que estamos: dos 13 milhões de desempregados que existem hoje no Brasil, todos são do setor privado. Isso é uma injustiça social brutal. Há uma casta de privilegiados.
Mudar o regime trabalhista/previdenciário de servidores públicos incluiria que outras medidas?
Acabar com cargos de confiança e com os supersalários estão entre elas. Não pode haver essa coisa de salário direto ou indireto, mordomias, auxílios, benefícios. O servidor que se vire para pagar sua passagem de avião, por exemplo, e remunerar seus próprios funcionários. Hoje cada senador tem 55 assessores.
Da sua promulgação, em 1988, até hoje, a Constituição foi modificada por 95 emendas. E, segundo os senhores, há em tramitação mais de mil novos projetos de emendas. Por que não se discutir as propostas já existentes em vez de convocar uma nova Constituinte?
Essas emendas são pontuais e não levarão às alterações das quais necessitamos. Uma Assembleia Constituinte é a única maneira de fazermos uma mudança política e social-administrativa de impacto. Se o sistema continuar como está, tudo será do mesmo jeito. Outros corruptos serão eleitos no lugar desses que estão aí.
Alguns especialistas criticam a proposta de convocação de uma Constituinte. Dizem que a Constituição vigente oferece as proteções legais necessárias. O que seria preciso é respeitá-la e não reformulá-la.
Ela foi feita em época especial, que era o fim de um regime de exceção (ditadura militar, de 1964-1985). Ela ajudou a estabelecer valores democráticos. Mas criou uma democracia corporativa e não representativa, dando privilégios para os políticos e servidores públicos. Hoje temos um País dividido. Cada Constituição deve servir a uma época.
A realização de uma Constituinte no meio de um processo em andamento de proposição de reformas – previdenciária e trabalhista – não atrapalha ainda mais o já complicado cenário econômico nacional?
De certa maneira, as reformas já estão desaprovadas. O Congresso não representa mais nada. As diretrizes de aprovação das mudanças estão em perigo porque não existe interesse público dos parlamentares. Eles querem mais é se salvar.
O sr. acredita que as instituições estão assim tão frágeis?
As instituições estão destruídas. Tanto o Congresso Nacional quanto o Poder Executivo. Há total falta de legitimidade. O Supremo Tribunal Federal determinou a abertura de inquérito contra oito ministros. O governo não representa a população e a Constituição diz que todo poder emana do povo. Mas o poder que está no Brasil não representa o povo.
Na sua opinião, nada mudou com a saída da ex-presidente Dilma Rousseff, há um ano, e sua substituição pelo presidente Michel Temer?
O esquema de corrupção organizado pelo PT foi desmontado, mas a idoneidade do governo não foi restabelecida. Novamente: temos oito ministros contra os quais há pedido de abertura de inquérito. Eles não têm probidade nenhuma. Isso demonstra que o PMDB é o partido permanente do atraso brasileiro. Tivemos treze anos de desastre com um partido que confundia o Estado consigo próprio. Foi um desastre bolivariano. Agora, com o PMDB, há um clientelismo estrutural. A saída do PT foi saudável, mas temos necessidade de mudança.
As alterações seriam suficientes para que a sociedade retome a confiança nas instituições políticas?
O povo brasileiro está desiludido. A população tem repugnância pelos políticos. A desilusão é de tal maneira que se houvesse um golpe militar, por exemplo, o povo estaria pouco se lixando. Isso é um risco imenso para tudo o que conquistamos. Por isso a necessidade de uma Constituinte. Precisamos de uma nova Constituição.
Como é o processo de convocação da Constituinte que os senhores sugerem?
Está amparado em um lei de 1998. Um plebiscito deve ser convocado por iniciativa de um terço dos deputados ou dos senadores e aprovado por maioria simples dos membros da Câmara ou do Senado.
O que a população decidiria no plebiscito?
Pela convocação de uma Assembleia Constituinte integrada por quem não exerce cargo político ou por uma formada pelos parlamentares. Defendemos que seja uma Assembleia independente, com gente de fora do ambiente político. Terminado o trabalho, nenhum deles pode se candidatar nos oito anos seguintes. Um abaixo-assinado exigindo o plebiscito está disponível.
Sua proposta encontra alguma repercussão no Congresso Nacional?
Temos algumas interlocuções com representantes de alguns partidos, como a Rede. Mas são muito pontuais. O Congresso está procurando se salvar e não salvar o País. Nós, da sociedade civil, temos que apresentar ideias positivas. Não adianta ficar só reclamando. A crise é muito profunda.
O sr. é um estudioso da corrupção. O teor das delações dos ex-executivos da Odedrecht, divulgado há duas semanas, chegou a surpreendê-lo?
De modo algum. Temos atualmente um País em que os políticos estão ali só para ganhar dinheiro, vender leis. É um mercado comandado por uma gangue. Como estão hoje, a Câmara e o Senado são organizações criminosas.
Por que o sr. critica os acordos de leniência firmados com as empreiteiras flagradas na Lava Jato?
A lei anti-corrupção é clara ao determinar que o acordo vale para a primeira empresa que denunciar o mecanismo do cartel. Se todos denunciarem a mesma coisa, em vez de ser acordo vira um mero Termo de Ajustamento de Conduta das empresas.
Os partidos políticos envolvidos podem ser penalizados de alguma forma?
A legislação contra a corrupção é voltada para pessoas jurídicas. Os partidos políticos são entidades jurídicas de direito privado. Eles têm que ser punidos tanto quanto as empreiteiras corruptas.
Reforma Previdenciária precisa ser flexibilizada
Federação propôs que a discussão sobre os trabalhadores rurais seja realizada de forma separada
Diante das recentes denúncias de corrupção envolvendo políticos e ministros do governo, estão elencados nos inquéritos das denúncias nove ministros, um terço do Senado e da Câmara, quase todos os partidos e o próprio relator da reforma da Previdência, a Fetag-RS está reiterando a retirada dos rurais da proposta de emenda à Constituição (PEC) 287/16.
O governo e parte do Congresso Nacional não têm moral para fazer uma reforma tão profunda. Para realizar mudanças tão importantes, o governo precisa estar acima de qualquer suspeita. É possível observar que não foram atendidas as demandas da sociedade civil.
A federação propôs que a discussão da reforma previdenciária, no que compreende os trabalhadores rurais, seja realizada de forma separada. É uma classe diferenciada, permanecendo a idade atual e a forma de contribuição, assim como os militares não foram incluídos na referida proposta de emenda.
A reforma da Previdência Social já encontra rejeição, porque reduz tanto a proteção social que quase acaba com o sistema previdenciário e está muito longe da realidade dos brasileiros. Além de o governo não dialogar com a sociedade.
A Comissão Especial ouviu diversas entidades e especialistas, mas não levou nada em consideração.Em vez disso, o deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da PEC, que deveria discutir as alterações na proposta original com a sociedade e com os demais deputados, obedece ao governo e só altera o que este autorizar. Isso mostra que o governo quer mandar no Legislativo, não deixando que os deputados ouçam a sociedade e, a partir disso, façam a reforma.
A Fetag-RS está com intensa mobilização junto à classe política para que os rurais tenham um tratamento diferenciado na reforma previdenciária e que sejam retirados da proposta de emenda à Constituição 287/16.
"Não houve e não haverá", diz comandante da ONU sobre abusos sexuais por tropas no Haiti
Em entrevista à coluna, o general Ajax, chefe da missão das Nações Unidas no país caribenho, rejeita as denúncias de estupro de militares são alvo, comenta pontos positivos e negativos de 13 anos de operação e revela como será a saída do Brasil, a partir de setembro.
Por: Rodrigo Lopes
Com data marcada para deixar o Haiti (15 de outubro), a missão de paz da ONU comandada pelo Brasil é alvo de uma denúncia da agência de notícias Associated Press, segundo a qual militares cometeram estupros sistemáticos e outros abusos sexuais ao longo dos 13 anos de operação. Na segunda-feira, em resposta às revelações, a entidade informou que está fazendo ¿progressos¿ para convencer governos que fornecem tropas para as operações no sentido de levar os militares criminosos à Justiça em seus países.A reportagem da AP traz nomes de haitianas vítimas de soldados, inclusive brasileiros. Uma delas, identificada como Janila Jean, conta que há três anos, quando tinha 16 e era virgem, teria sido levada para bases da Minustah em troca de alimentos. Segundo a acusação, ela fora estuprada com uma arma apontada para sua cabeça. Janila engravidou e contou que chega a imaginar ¿estrangulando sua filha¿. Outras três mulheres teriam sido estupradas naquele dia. Temendo represália, nenhuma delas apresentou denúncia à época. O comandante da Minustah, general Ajax Porto Pinheiro, 60 anos, rejeita enfaticamente as acusações nesta entrevista, concedida na quinta-feira, pro telefone do Haiti. Na conversa, o militar, natural de Bragança, no Pará, também avalia a missão e fala sobre o calendário de retirada do país:
Ao final de 13 anos de Brasil no Haiti, o país não anda com as próprias pernas. A sensação é de missão cumprida ou de que deveria ficar mais tempo?
Na parte militar, que comando, já cumprimos a nossa missão. O país está estável, entrou em um período de calmaria como há muito tempo não se via. A ONU está saindo em um momento certo. Mas lembrando que saem os militares, fica ainda uma parte do outro componente, que é o policial, e uma missão com conotação civil, que visa o aperfeiçoamento das instituições.
Como o senhor está lidando com as denúncias de estupro por tropas brasileiras?
Esse assunto não sei nem porque está voltando. Não temos nenhuma denúncia. Eu me responsabilizo pelo componente militar, o que ocorre com os policiais ou com civis em qualquer missão é responsabilidade de outras áreas. Falo pelo meu pessoal. E, quanto a esses, não tenho nenhuma denúncia contra eles. Há três anos que nada ocorre, sequer acusações. Garanto que não ocorrem porque tomamos todas as medidas. Os soldados só saem para rua para patrulhar. São orientados, são soldados disciplinados, treinados em seus países. Aqui, ministramos instruções, os comandantes são todos responsáveis. São militares de carreira, pais de família, que jamais admitiriam que algo assim ocorresse. São acusações infundadas. Ora se fala de uma base, mas a pessoa não diz que base que é essa. Cita cidades que nós nunca estivemos. Falou-se de uma base em Jacmel, onde tropas brasileiras nunca estiveram. Elas nunca saíram da capital. Quem faz a acusação diz que aconteceu há três anos. São coisas muito sem embasamento. Não sei qual é a intenção de quem faz esse tipo de acusação: pode ser por querer alguma indenização ou para denegrir a imagem da missão. O fato é que não há nada concreto.
Fala-se também de soldados do Sri Lanka acusados de estupro.
Isso foi há 10 anos. E foram tomadas à época providências. A ONU é muito rigorosa. Isso é ponto de honra para a ONU e para os exércitos sérios. É ponto de honra pra nós. Falo pelas minhas tropas, que comando. Elas não fazem isso em seus países. Não cometem esse tipo de ilegalidade, de crime em seus países. São soldados de boa índole, que vêm para fazer o seu trabalho. Honestamente, esse tipo de assunto não sei nem de onde surge. Agora, garanto que é um tema que nos deixa sempre atentos. Somos muito rigorosos com isso. Não aconteceu e não vai acontecer. Vamos sair daqui com a honra de termos cumprido nossa missão de forma limpa, com profissionalismo. Mas é o que eu digo: respondo pelos meus soldados. Quanto a eles, nada tem ocorrido nos últimos anos.Há também muitas denúncias na África. Que medidas a ONU poderia tomar?A ONU está tomando medidas. Tem sido muito rigorosa em outras missões na África. Tem exigido do país que tome providências rigorosas contra quem comete esse tipo de crime. É a lei internacional. A ONU exige que o país faça uma investigação muito rigorosa, que puna o criminoso e que continue sendo julgado em seu país. É repatriado. Aqui não é notícia para nós porque não tem acontecido.
Quais foram os aprendizados da missão para o Brasil?
Muitos. Tem o aprendizado operacional, o fato de trazer tropas para uma situação real, em um país distante. Os soldados são treinados nesse ambiente, e, aqui, o dia a dia é de operações nas ruas. O país é testado frente a outros exércitos, trabalhando em conjunto, não deixa de ser uma troca de experiências. E, principalmente, o aprendizado logístico, trazer todo esse equipamento pra cá, manter as tropas bem instaladas aqui, o equipamento funcionando, os aviões da Força Aérea que vêm aqui, os navios da Marinha, todo o sistema logístico do Ministério da Defesa tem de funcionar bem aqui, porque, se não funcionar, as tropas param de trabalhar. Isso também contribuiu para uma maior integração das três forças no Ministério da Defesa.
Foi a missão mais difícil?
Foi, até agora nunca tivemos tantos soldados envolvidos em missão de paz como no Haiti.
Como será a saída?
Já começamos a saída. No dia 15 de abril, tropas do Uruguai e do Peru encerraram suas operações no nordeste do país. O Brasil deve encerrar as operações no dia 1º de setembro. Aí terá de 1º de setembro até 15 de outubro pra tirar todo seu pessoal e material. Devo ser o último a entrar no avião, receber a bandeira da ONU, prestar continência e entrar no avião.
Há quem ache que o Brasil gasta no Haiti dinheiro que poderia estar investindo aqui. Qual a sua opinião?
Uma missão como essa para um país como o Brasil não é dispendiosa. Tem que se considerar que a ONU reembolsa os custos no Haiti. Se o país quer investir mais em suas tropas, naturalmente gasta até mais do que a ONU retribui. Mas isso é uma opção do país, e não é muito em relação ao que a ONU reembolsa. Isso é um investimento em preparação da tropa e compra de equipamentos, que voltarão para o país. Os equipamentos que estão aqui são um sistema como se fosse um leasing. A nossa engenharia aqui tem um guindaste, que a engenharia do Brasil não tem. Foi comprado, está novo e vai voltar para o Brasil. Esse equipamento voltará e vai equipar alguma unidade de engenharia. Para cada viatura, cada caminhão-tanque, gerador a ONU paga uma indenização. Um reembolso mensal do que é usado. Então, os custos para o país não são grande. E vendo o treinamento e o equipamento da tropa é extremamente compensador.
Foi também um desafio do ponto de vista de segurança. A batalha de Cité Soleil foi talvez a maior batalha envolvendo tropas brasileiras desde Monte Castelo, na II Guerra Mundial.
De confronto. Eu sempre separo. Eu digo que, em missão de paz, não há combate. Uma forma de falar. Batalha eu não uso. Eu digo que estou em uma missão de paz. Então, é confronto, que realmente foi sério. E hoje, o país está pacificado.
Quais foram os pontos negativos?
As perdas de vida que tivemos, não se quer, não se deseja, mas aconteceram. O resto eu só vejo como positivo.
Inclusive perdas brasileiras, né?
Principalmente. O país que mais perdeu soldados na missão foi o Brasil. Foram 18 (militares) no terremoto, dois generais, incluindo os problemas vários, e outros três militares. Uns 23. Foram muitas vidas, há muito tempo a gente não perdia vida de militares nossos no exterior.
O senhor esteve no terremoto e agora chegou para substituir o general Jaborandy, que era seu amigo, inclusive. Do ponto de vista pessoal, é um desafio também?
Isso aqui é uma história de vida pra mim e profissional. Eu cheguei em dois momentos de choque: eu cheguei com o terremoto, os brasileiros saindo. No dia em que cheguei os corpos estavam sendo levados para o Brasil. Os 18 militares. E agora voltei em outubro de 2015, após o falecimento inesperado, chocante pra nós, do general Jaborandy. Quando o militar vem, não deixa de ser uma conquista profissional, ele vem feliz, sabe dos desafios, mas é um momento de felicidade. No meu caso, era diferente. Não podia nem comemorar. Cheguei com a morte dos brasileiros e agora com a morte do Jaborandy, para substituí-lo, um mês depois do falecimento. Nas minhas duas vindas aqui a chegada foi em clima de comoção.
E o futuro do Haiti?
Eu acho que eles chegaram a um ponto em que adquiriram velocidade própria. Como o país entrou no clima de estabilidade é natural que os investimentos venham para o país. Turismo, principalmente, começou. Já estão investindo em turismo, ainda incipiente, até porque a área mais visada, que eles estavam mexendo mais, Jerémie, por exemplo, foi violentamente atingida pelo furacão Mathew. Isso atingiu o coração turístico deles. Mas eles já estão mexendo e vão recuperar. Tudo isso começou porque o país entrou em um período de 13 anos estabilidade. A polícia deles tem evoluído. São 13 mil, até o fim do ano vão chegar a 15 mil militares, que é o índice que a ONU considera aceitável. Ao longo desses anos, o treinamento deles foi melhorando. Acho que eles estão preparados. A parte política entrou em um processo de evolução positiva. Acho que estão preparados para assumir as próprias responsabilidades. O grande legado que vamos deixar aqui é uma geração que viu o país estável, que tinha cinco anos quando as tropas chegaram e hoje tem 18 anos. Esses jovens, de 18 anos hoje, estão acostumados, aprenderam a viver em um país que tem paz e estabilidade. Crises, como qualquer país tem, mas aprenderam que é possível e bom viver em um país estável. São eles que vão daqui pra frente os líderes do país. É o grande legado que vamos deixar, além da ajuda que fizemos na área social, projetos de infraestrutura, captação de água e purificação, ajuda a hospitais e orfanatos, eles aprenderam conosco a viver em um país estável. Em El Salvador, em 1992, eu era capitão, observador militar, o país saindo de uma guerra civil, e entrou em um período de ascensão. El Salvador é hoje um país que não precisa das Nações Unidas. É a terceira missão de paz que participo e mais uma vez estou otimista.
Novos voos internacionais podem chegar ao Aeroporto do Recife
Secretário estadual de Turismo, Felipe Carreras, fala dos novos voos que podem chegar ao RecifeDa Editoria de Economia
Da Editoria De Economia
O secretário estadual de Turismo, Esportes e Lazer, Felipe Carreras, afirmou, ontem, em entrevista a TV JC, que estão sendo feitas articulações para que o Estado tenha mais voos diretos para destinos novos como Madri (Espanha), Paris (França) e Bogotá (Colômbia). Em maio, o Estado vai passar a ter mais uma frequência para a Argentina. “O país é o maior emissor de turistas para o Brasil”, disse. Ele também citou que, a partir de junho, o voo que liga Recife a Lisboa, pela TAP, sairá da capital pernambucana sete vezes por semana. Atualmente, esse voo tem seis saídas semanais do Recife. Carreras falou aos jornalistas do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação Jamildo Melo e Saulo Moreira.
Segundo ele, esses voos internacionais trazem impacto em 52 setores da economia local, beneficiando os donos de pousada, taxistas, comerciantes de artesanato, entre outros. “No ano passado, cerca de 20 mil portugueses visitaram Pernambuco. Eles deixaram aproximadamente R$ 35 milhões em Pernambuco”, explica.
A empresa interessada em implantar o voo para Madri é a Air Europa que tem sede em Palma de Mallorca, na Espanha. Já o voo para Paris está sendo articulado com a Air France que teve durante muitos anos um voo ligando Recife à capital francesa. Para Bogotá, a articulação é com a Avianca.
Já com relação ao Hub da Latam, o secretário revelou que não há previsão da retomada desse projeto que foi impactado pela atual crise econômica. Esse empreendimento concentraria voos e cargas no Recife. A Latam é a fusão entre a chilena LAN e a aérea brasileira TAM.
A futura privatização do Aeroporto Internacional do Recife foi discutida durante a entrevista. No dia 16 de março último, o presidente da Infraero, Antônio Claret de Oliveira, chegou a dizer que a estatal venderia 49% do controle do aeroporto local a um parceiro privado. Cinco dias depois, o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, anunciou que o equipamento estaria na lista dos próximos aeroportos a serem totalmente privatizados. Ao ser questionado sobre qual seria a melhor opção, o secretário respondeu que a Infraero tem dado resultado apresentando um aeroporto de qualidade, fazendo parcerias com as companhias aéreas.
AUMENTO
Mesmo com a crise, a movimentação de passageiros no Aeroporto do Recife cresceu 1,6%. Passaram pelo terminal 6,8 milhões de visitantes em 2016 contra os 6,7 milhões de 2015. Na mesma comparação, houve um incremento de 8,15% no total de turistas estrangeiros.
Segundo ele, esses voos internacionais trazem impacto em 52 setores da economia local, beneficiando os donos de pousada, taxistas, comerciantes de artesanato, entre outros. “No ano passado, cerca de 20 mil portugueses visitaram Pernambuco. Eles deixaram aproximadamente R$ 35 milhões em Pernambuco”, explica.
A empresa interessada em implantar o voo para Madri é a Air Europa que tem sede em Palma de Mallorca, na Espanha. Já o voo para Paris está sendo articulado com a Air France que teve durante muitos anos um voo ligando Recife à capital francesa. Para Bogotá, a articulação é com a Avianca.
Já com relação ao Hub da Latam, o secretário revelou que não há previsão da retomada desse projeto que foi impactado pela atual crise econômica. Esse empreendimento concentraria voos e cargas no Recife. A Latam é a fusão entre a chilena LAN e a aérea brasileira TAM.
A futura privatização do Aeroporto Internacional do Recife foi discutida durante a entrevista. No dia 16 de março último, o presidente da Infraero, Antônio Claret de Oliveira, chegou a dizer que a estatal venderia 49% do controle do aeroporto local a um parceiro privado. Cinco dias depois, o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, anunciou que o equipamento estaria na lista dos próximos aeroportos a serem totalmente privatizados. Ao ser questionado sobre qual seria a melhor opção, o secretário respondeu que a Infraero tem dado resultado apresentando um aeroporto de qualidade, fazendo parcerias com as companhias aéreas.
AUMENTO
Mesmo com a crise, a movimentação de passageiros no Aeroporto do Recife cresceu 1,6%. Passaram pelo terminal 6,8 milhões de visitantes em 2016 contra os 6,7 milhões de 2015. Na mesma comparação, houve um incremento de 8,15% no total de turistas estrangeiros.
MP contesta relatório final do Cenipa sobre acidente com helicóptero que matou filho de Alckmin
Ministério Público informa que não seria possível aeronave decolar com peças desconectadas, como concluiu órgão da Aeronáutica. Promotoria continua apurando causas e responsabilidades por queda.
Por Kleber Tomaz, G1 São Paulo
O Ministério Público (MP) de São Paulo discordou da conclusão do relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que confirmou que o helicóptero que caiu em 2 abril de 2015 na Grande São Paulo, matando o filho caçula do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e mais quatro tripulantes, estava com componentes desconectados no momento da queda.
Para a promotora do caso, Sandra Reimberg, não seria possível a aeronave decolar sem que as peças estivessem conectadas. "Eu não concordo com a conclusão de que a aeronave estava com aqueles elementos desconectados antes da decolagem”, disse ao G1.
Thomaz Alckmin, que tinha 31 anos e sabia pilotar, o piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, de 53, e os mecânicos Paulo Henrique Moraes, 42, Erick Martinho, 36, e Leandro Souza, 34, morreram no acidente com o helicóptero da Seripatri.
Vídeos com a decolagem e queda da aeronave foram analisados pelo MP, que conta com um corpo de cinco assistentes técnicos. “Não é provável que o helicóptero tivesse alçado voo com os componentes apontados não conectados da maneira como manda o manual”, reforçou Sandra no blog da Promotoria de Justiça de Carapicuíba. “Qualquer opção e enroscamento incorreto e/ou precário não permitiria o voo na forma como ocorreu”.
O relatório do Cenipa, órgão vinculado à Aeronáutica, foi divulgado em primeira-mão na quarta-feira (13) pelo Bom Dia São Paulo, da TV Globo. Ele confirma parecer da Força Aérea Brasileira (FAB) de junho de 2015 e da própria Polícia Civil, em inquérito de 2016, que haviam indicado problemas nas duas hastes de comando da aeronave.
Cenipa
Cenipa
Apesar de não apontar culpados pela queda do helicóptero, o relatório do Cenipa listou "fatores contribuintes" que podem ter colaborado para causar o acidente. Entre eles: a desconexão, antes da decolagem, dos "controles flexíveis" (ball type) e "alavancas" (bellcranck), dois dos componentes apontados como "fundamentais" para o controle da aeronave durante o voo.
Em resumo, o Cenipa informou que as peças não estavam travadas por um parafuso. Mesmo sem o comando da haste o piloto consegue fazer o helicóptero subir, porém, não realiza manobras para esquerda ou direita.
O relatório final também destaca que a rotina de trabalho da equipe de manutenção sofria várias interferências e interrupções, além do acumulo de funções. Essas falhas impediram que o mecânico identificasse e corrigisse os problemas apresentados na aeronave.
Os peritos do Cenipa também constataram que havia um passageiro, não habilitado na aeronave, ocupando o assento do copiloto. O documento aeronáutico é meramente preventivo para que acidentes futuros não ocorram em helicópteros do mesmo modelo, e não implica em punibilidade aos responsáveis pela desconexão.
Polícia
Polícia
O relatório da polícia, no entanto, tem consequências criminais, tanto que, em dezembro do ano passado, resultou no indiciamento de cinco funcionários da Helipark, empresa responsável pela manutenção da aeronave em Carapicuíba.
Os empregados tinham sido responsabilizados criminalmente pelo 1º Distrito Policial (DP) da cidade por envolvimento no caso da queda do helicóptero, sendo que três diretamente pelas mortes. Eles foram indiciados por homicídio culposo (sem intenção de matar). Os outros dois funcionários da Helipark foram indiciados por falso testemunho e fraude processual.
O relatório policial apontou que problemas com a manutenção do helicóptero foram determinantes para ele cair pouco depois de decolar. Para a polícia, ocorreu "negligência e imperícia por parte dos técnicos envolvidos na manutenção".
Ministério Público
Ministério Público
Como ocorreu com o relatório da polícia, o MP também discordou da conclusão do Cenipa. “Não importa quem diga o contrário”, declarou Sandra, que, juntamente com o juiz Mário Rubens Assumpção Filho, tinham rejeitado a conclusão policial que pedia para a Promotoria denunciar os cinco empregados da Helipark.
Como a conclusão policial não foi aceita pelo Ministério Público e pela Justiça, a Promotoria continua a investigar por conta própria as causas e eventuais responsabilidades pelo acidente com o helicóptero.
“As investigações do Ministério Público prosseguem com relação a eventuais crimes relacionados com a queda da aeronave”, escreveu Sandra no blog da Promotoria. “A investigação do Ministério Público, instaurada de ofício em outubro do ano passado, prossegue em busca de fatores contribuintes da queda e já foram realizadas diversas diligências, as quais não foram feitas nem pela Polícia Civil, nem pelo Cenipa.”
Além de apurar se a desconexão das hastes do helicóptero, apontada pelo Cenipa, ocorreu e causou a queda da aeronave, a Promotoria investiga outras hipóteses para tentar explicar o acidente, dentre elas: se algum eventual problema nas pás da hélice do rotor principal possa ter contribuído para a queda do aparelho. A revisão das pás foi feita pela Helibras em Itajubá, Minas Gerais (MG).
Nova investigação
Nova investigação
O Ministério Público conta com uma equipe formada por dois engenheiros da própria Promotoria, um piloto de helicóptero, um engenheiro perito aposentado do Instituto de Criminalística (IC) e credenciado do Cenipa e um professor doutor da USP. Entre as providências tomadas pelo MP estão:
"Foi requisitada perícia complementar nas pás do rotor principal, sendo que o Instituto de Criminalística de São Paulo formou uma comissão para responder aos quesitos";
"Foi realizada perícia complementar na sede da empresa Helibrás, em Itajubá, responsável por serviços de manutenção nas pás do rotor principal";
"Foi realizada perícia complementar na sede da empresa Helibrás, em Itajubá, responsável por serviços de manutenção nas pás do rotor principal";
"Procedeu-se a oitiva de várias pessoas, em São Paulo e em Itajubá" e;
"Um equipamento eletrônico (Vibrex) que estava na aeronave foi remetido ao fabricante, nos Estados Unidos, para análise."
"Foi realizada perícia complementar na sede da empresa Helibrás, em Itajubá, responsável por serviços de manutenção nas pás do rotor principal";
"Foi realizada perícia complementar na sede da empresa Helibrás, em Itajubá, responsável por serviços de manutenção nas pás do rotor principal";
"Procedeu-se a oitiva de várias pessoas, em São Paulo e em Itajubá" e;
"Um equipamento eletrônico (Vibrex) que estava na aeronave foi remetido ao fabricante, nos Estados Unidos, para análise."
Helipark
Procurada pelo G1 para comentar o assunto, a Helipark informou, por meio de nota, que “reitera que a hipótese da desconexão das hastes é absurda e não se sustenta tecnicamente, como reconhecido pela análise do Ministério Público de São Paulo, ao final do inquérito policial”.
Para a empresa, as verdadeiras causas do acidente “precisam ser devidamente apuradas, pois o relatório do Cenipa repete apressada manifestação de quase dois anos da autoridade aeronáutica, que é baseada em argumentação do fabricante da aeronave”.
O comunicado da Helipark termina dizendo que “acredita que a efetiva busca pela preservação da segurança de voo só pode ser objeto de conclusão que tenha por base a imparcialidade e o absoluto rigor técnico”.
Seripatri
A assessoria do Seripatri informou à reportagem que não vai comentar o assunto.
Aeronáutica
Procurada a Aeronáutica encaminhou no sábado (15) e nesta segunda-feira (17) duas notas ao G1.
A primeira nota havia sido redigida na quinta-feira (13). A segunda nota, feita nesta segunda, citando trecho do relatório do Cenipa, respondeu ao questionamento da reportagem de como o helicóptero conseguiu voar com as peças desconectadas. A nota responde ao MP, que informava que isso não seria possível, de acordo com os técnicos da Promotoria.
A primeira nota havia sido redigida na quinta-feira (13). A segunda nota, feita nesta segunda, citando trecho do relatório do Cenipa, respondeu ao questionamento da reportagem de como o helicóptero conseguiu voar com as peças desconectadas. A nota responde ao MP, que informava que isso não seria possível, de acordo com os técnicos da Promotoria.
Nota da Aeronáutica de sábado:
Em relação ao relatório final de investigação do acidente com a aeronave PPLLS, este Centro esclarece que:
O Centro de Investigação de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) é o único órgão reconhecido pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) para a investigação de acidentes aeronáuticos no Brasil e segue a metodologia estabelecida no Anexo 13 da Convenção de Chicago.
Cabe ressaltar que o relatório produzido pelo CENIPA visa à formulação de recomendações que busquem o aperfeiçoamento da segurança na aviação, com o único propósito de prevenir novos acidentes e não de apontar culpa ou responsabilidade.
O Relatório Final da investigação do acidente envolvendo a aeronave de matrícula PP-LLS ocorrido, no dia 02/04/2015, em Carapicuíba/SP, já está disponível no site do CENIPA, com todas as informações sobre os fatores contribuintes do acidente e as recomendações de segurança.
O relatório está disponível em: http://prevencao.potter.net.br/relatorio/filtro/1/?matricula=PPLLS&numero=&data_inicial=&data_final=&equipamento=&fabricante=&modelo=&fator=&classificacao=&tipo=&estado=&cidade=
Atenciosamente,
Brasília, 13 de abril de 2017,
Brigadeiro do Ar Antonio Ramirez Lorenzo
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica
Nota da Aeronáutica de segunda-feira (17):
“Enquanto a situação de contato entre o flexible control e o Bellcranck permanecesse, haveria margem de comando da aeronave, que poderia decolar e ganhar altura, ainda que com dificuldades de controle, em virtude da defasagem entre os servocomandos. A partir do momento em que o flexible control escapasse da posição por baixo do parafuso no bellcrank e o contato entre as partes fosse interrompido, não seria mais possível comandar o servocomando direito, o qual se comportaria de forma imprevisível. O resultado esperado seria a perda de controle da aeronave.”(CENIPA, pag.71).
Helibras
Nesta quarta-feira (19), a Helibras comentou o assunto por meio de nota divulgada por sua assessoria de imprensa:
"Com relação à nota, registrada pela Imprensa, na qual a Promotora Sandra Reimberg, do Ministério Público de São Paulo em Carapicuíba, volta a mencionar as pás como uma possível causa contribuidora do acidente ocorrido em abril de 2015 com um helicóptero EC155B1, a Helibras mantém seu posicionamento, divulgado no dia 16 dezembro de 2016, de que tal menção é desprovida de embasamento técnico e não segue os devidos critérios de investigações aeronáuticas.
A empresa faz questão de ressaltar que o trabalho de manutenção de baixa complexidade realizado nas pás da aeronave não contribuiu para o acidente. Além disso, não há histórico de nenhum acidente registrado com esse modelo de helicóptero em todo o mundo que tenha sido causado pelas pás. Esse modelo de pá do EC155/H155 totaliza atualmente mais de 2.800.000 de horas de voo em todo o mundo.
O relatório sobre o acidente, divulgado no último dia 13 de abril pelo CENIPA, o Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do Comando da Aeronáutica, maior autoridade em investigação de acidentes aeronáuticos no Brasil, e terceira no mundo, aponta que “as raízes de todas as cinco pás do rotor principal foram encontradas conectadas aos seus respectivos punhos”, e que os exames realizados nas raízes das pás e nas próprias pás “demonstraram que os danos encontrados em todas elas foram decorrentes do acidente”, e que “não foram encontrados danos ou defeitos, anteriores aos causados pelo acidente, que pudessem comprometer a estrutura das cinco pás do rotor principal”.
Sobre a simulação citada pela Promotora em sua nota, a Helibras reitera que o vídeo mostra, no 3º minuto, o teste a 140 Bar de pressão. Além disso, o vídeo, ao contrário do que afirma a Promotora, demonstra que seria possível a aeronave decolar mesmo com as extremidades das hastes não adequadamente acopladas. Inclusive, a agência de investigação e análise da aviação civil francesa, BEA, referência mundial em investigação de acidentes aeronáuticos, que participou ativamente das investigações e dos testes nas hastes de comando, confirma essa possibilidade."
Advogado da empresa do avião que fez pouso forçado com Angélica e Huck sugere culpa de piloto e discorda de relatório
Piloto também discorda do relatório do Cenipa, mas prefere não se manifestar. Documento revela que equipamentos essenciais estavam inoperantes.
Por Tv Morena
O advogado da empresa dono do avião que fez pouso forçado com a família de Angélica e Luciano Huck em Mato Grosso do Sul há quase dois anos sugere culpa do piloto Osmar Frattini e discordou do relatório do final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), do Comando da Aeronáutica.
José Trad afirmou que só vai contestar o relatório se os donos da MS Táxi Aéreo forem acionados judicialmente.
“Os problemas mecânicos que foram verificados na aeronave poderiam ser constatados pelo piloto antes dele embarcar”, afirmou o advogado.
O piloto Osmar Frattini fez o pouso no meio do pasto com nove pessoas a bordo depois que o motor do lado esquerdo parou de funcionar. Além dos apresentadores, os três filhos e duas babás estavam no avião voltando do Pantanal para Campo Grande.
O relatório dos peritos indica que teve uma pane seca, ou seja, faltou combustível no tanque da asa esquerda, e o motor da asa direita foi suficiente continuar o voo.
Frattini também discordou do relatório do Cenipa, mas disse que, por enquanto, não vai se manifestar sobre detalhes da investigação.
Na época do acidente, os peritos do Centro de Investigação levaram as turbinas, os sensores, tanque, bombas de combustível. Segundo o relatório, o piloto e copiloto não cumpriram o checklist obrigatório em casos de pane.
A aeronave tinha dois equipamentos essenciais sem funcionar: o gravador de dados de voz, que é uma das caixas-pretas, e um sistema que diminui automaticamente resistência do ar em uma das hélices quando ela para.
Outro problema que resultou na necessidade do pouso forçado do bimotor foi a troca da posição dos sensores de combustível da asa esquerda. O do tanque interno estava instalado no externo, e vice-versa, o que fez com que o piloto achasse que havia combustível naquela asa, o que não era verdade.
Uma válvula de alimentação cruzada interligava os sistemas direito e esquerdo, possibilitando, quando necessário, o fornecimento de combustível de uma mesma asa para ambos os motores ou, no caso de um motor inoperante, a alimentação do motor em funcionamento com combustível da asa oposta.
“A inversão dos sensores por si só não foi causa decisiva do acidente porque o piloto poderia ter visto a ausência de combustível na aeronave se ele tivesse feito a checagem visual nos tanques do combustível”, afirmou Trad.
Após o pouso forçado, não foi encontrado combustível na asa esquerda da aeronave, enquanto a asa direita havia aproximadamente 320 litros.
Sem manutenção
Sem manutenção
Outro ponto importante revelado pelo relatório é que a empresa de táxi-aéreo orientava os pilotos a não escriturar “não conformidades” no diário de bordo da aeronave. Eles sequer tinham acesso às cadernetas de motor, célula e hélice.
Além disso, conforme o documento, equipamentos que não eram considerados essenciais para o despacho da aeronave não costumavam sofrer nenhum tipo de manutenção pela empresa.
Os pilotos faziam anotações apenas em um livro de discrepâncias criado pela própria empresa, evitando, assim, a indisponibilidade das aeronaves para o voo. O relatório ainda aponta que quando um piloto se negava a realizar um voo, a empresa o substituía, temporariamente, por um piloto sem vínculo empregatício.
“A segurança dos pilotos e da tripulação é de interesse da empresa, jamais adotaria uma prática semelhante”, disse o advogado da empresa.
Aeronave cai próximo à Itaituba, no sudoeste do Pará
Queda de avião aconteceu na tarde desta sexta-feira, 21. O piloto e três passageiros norte-americanos sobreviveram à queda e estão hospitalizados.
Uma aeronave de monomotor caiu na tarde desta sexta-feira (21) a 12 quilômetros da sede do município de Itaituba, no sudoeste do Pará. De acordo com a Polícia, o piloto e três norte-americanos estavam dentro do avião no momento da queda, mas todos sobreviveram e estão no hospital da cidade.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Itaituba, o monomotor estava se aproximando da pista de pouso quando bateu em um fio de alta tensão e caiu próximo a uma estrada. O piloto do avião, Haroldo Biely, ficou ferido no rosto e nas mãos, e fraturou o braço.
Os três passageiros feridos são norte-americanos. James Thomas Lea cortou o supercílio e sofreu queimaduras. Eunice Taylor e Amy Lea sofreram ferimentos no tórax e na coluna. Todos estão no hospital do município.
Marinha negocia compra de porta-helicópteros inglês por R$ 315 mi
Fabricado nos anos 90, o HMS Ocean será desativado pelo Reino Unido no próximo ano
Thuanny Motta
O governo brasileiro está negociando a compra do porta-helicópteros britânico HMS Ocean para substituir o navio-aeródromo São Paulo, desativado pela Marinha em fevereiro deste ano. Construído na década de 90 e ativo há 19 anos nas águas do Reino Unido, o HMS tem o preço estimado de R$ 312 milhões e previsão de ser “aposentado”pelos ingleses em 2018.
A negociação começou, segundo o site inglês UK Defense, há três semanas, durante a LAAD Defence & Security 2017, maior feira de defesa e segurança da América Latina, realizada no Rio de Janeiro.
A embarcação inglesa é um navio de assalto anfíbio, com capacidade para transportar uma força de até 830 fuzileiros, além da sua tripulação e grupo aéreo, e transportar até 12 helicópteros pesados e seis de tamanho médio.
O HMS Ocean ainda pode ser usado como navio almirante, pois possui um hospital e uma central de dessalinização que produz 80 toneladas de água doce por dia.
Segundo a Marinha, a desmobilização do São Paulo foi decidida após a constatação de que o programa de modernização previsto para o navio brasileiro teria altíssimo custo, além de conter incertezas técnicas e necessitar de um longo tempo para ser concluído – aproximadamente dez anos.
De acordo com o órgão, a obtenção de um novo conjunto de navio-aeródromo e aeronaves é considerada a terceira prioridade de aquisições da Marinha, logo após o Programa Nuclear e o Programa de Construção das Corvetas Classe Tamandaré.
Em comunicado, o comando afirmou que o custo dessa nova aquisição será potencialmente menor que o de modernização do NAe “São Paulo” e da compra de novas aeronaves compatíveis com esse transporte, já que tais modelos deverão estar no final de sua vida quando se terminasse a modernização.
Apesar do interesse, a Força Naval informou a O TEMPO que a compra não está fechada. “Não foi nada além de um diálogo durante a participação em uma feira de defesa que aconteceu no Rio de Janeiro. Demonstramos interesse em saber detalhes desse navio-aeródromo, mas nenhum negócio foi oficialmente fechado. Outros países também conversaram com os ingleses”, afirmou o tenente Strebi, da assessoria de imprensa da Marinha do Brasil.
Até o recebimento de outro navio-aeródromo, as operações de batalha naval – embora o país não tenha histórico de envolvimento em guerras – com uso de aviação de asa fixa serão distribuídas na Base Aérea Naval e em outras instalações de terra.
Para o especialista em Relações Internacionais, Estratégias e Políticas de Defesa, jornalista Marcelo Rech, a compra, na atual conjuntura, é desnecessária. “As estruturas da Marinha já existentes podem, a princípio, arcar com as demandas navais”, afirma.
Rech, porém, não vê problemas no fato de o país adquirir um equipamento em fim de vida útil em outro país. “A nossa realidade é diferente de outros países que convivem com ameaças de guerra todo o tempo. O país tem responsabilidades como fiscalização, patrulhamento e vigilância das fronteiras aquáticas, mas que não exigem algo tão novo”.
Problemas
Em sua passagem pelo Brasil em 2010, o HMS Ocean apresentou vários problemas, inclusive de motor, segundo o especialista Luiz Padilha disse ao site Defesa Aérea e Naval;
“Toda Marinha quando vai dar baixa num navio para de gastar dinheiro com ele. A pergunta é como ele estará em 2018”, disse Padilha.
Forças Armadas cobram da Anac regulamentação de drones
O Alto-Comando das Forças Armadas e o general Sergio Etchegoyen, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), estão mobilizados em torno de uma questão aparentemente prosaica, mas que se tornou algo estratégico para a área de Defesa: a regulamentação do uso de drones no país. Há uma pressão do estamento militar para que a Agência Nacional de Aviação (Anac) acelere a criação do projeto de lei que normatiza a venda e utilização dos equipamentos.
Até o momento, este é mais um caso em que a burocracia se sobrepõe ao interesse nacional. A minuta do PL já foi aprovada pelo Decea – Departamento de Controle do Espaço Aéreo.
No entanto, há mais de três anos o assunto ricocheteia entre os gabinetes da Anac como um objeto voador não tripulado. O Exército considera prioritário coibir a comercialização indiscriminada de drones no país. Hoje, a maior parte dos modelos é vendida praticamente como se fosse brinquedo. Menores de 18 anos têm livre acesso aos equipamentos, mesmo os de maior porte.
O que causa apreensão entre os militares é o crescente uso de drones pelo crime organizado. Os dispositivos têm sido cada vez mais adotados por traficantes de drogas e contrabandistas, especialmente em áreas de fronteira, para monitorar a movimentação da Polícia Federal e de tropas do próprio Exército. A preocupação das Forças Armadas vai além: já há registros de drones, sem procedência identificada, sobrevoando instalações militares.
Em fevereiro, o Comando Militar do Oeste interceptou aeronaves não tripuladas próximas ao quartel de Amambaí, em Campo Grande (MS). Desde então, o Exército intensificou os exercícios, sobretudo noturnos, para monitorar a circulação de drones. Não é uma tarefa das mais simples.
Muitos destes equipamentos conseguem “furar” sofisticados sistemas de rastreamento. Um exemplo crasso: em 2015, um drone caiu nos jardins da Casa Branca antes que o Serviço Secreto norte-americano tivesse acusado sua presença nas proximidades.
A legislação que hiberna na Anac divide os dispositivos em três categorias. A classe 3, a mais comum, engloba os drones usados para recreação ou no agronegócio. A classe 2 abrange equipamentos mais modernos, de maior alcance.
É a regulamentação da classe 1, no entanto, que mais mobiliza as Forças Armadas. São drones de mais de 150 quilos, com maior autonomia de voo e capacidade de carregar objetos de razoável peso. Podem perfeitamente funcionar como uma espécie de “correio particular” para traficantes de drogas e contrabandistas de armas.
REVISTA MILITAR DIGITAL DIÁLOGO
Maior feira de defesa e segurança promove encontros entre nações parceiras
A LAAD reúne autoridades governamentais e militares de 81 países no Rio de Janeiro durante quatro diasAndréa Barretto
Entre os dias 4 e 7 de abril, autoridades governamentais e militares das forças armadas de 81 países dos diferentes continentes estiveram reunidas na maior feira de defesa e segurança da América Latina. Essa foi a 11ª edição da LAAD Defence & Security, evento bienal que ocupou cinco pavilhões do Riocentro, na cidade do Rio de Janeiro
“A exposição LAAD Defence & Security 2017 será marcada pela consolidação do fomento à Base Industrial de Defesa (BID) brasileira e às transações comerciais neste setor como prioridades”, afirmou o ministro da Defesa do Brasil Raul Jungmann, na cerimônia de abertura.
O ministro garantiu a continuidade dos projetos estratégicos das Forças Armadas brasileiras, a exemplo do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), do Programa de Desenvolvimento de Submarinos e do projeto do cargueiro KC-390, mesmo diante de um cenário de restrições orçamentárias – a previsão para o orçamento de investimentos para a Defesa em 2017 era de 15 bilhões de reais, mas 9,6 bilhões sofreram um contingenciamento. “[Esses projetos] São fundamentais para assegurar a capacidade das Forças Armadas de cumprir sua missão constitucional e defender as fronteiras, o território, as águas jurisdicionais e o espaço aéreo brasileiro”, disse o ministro Jungmann.
Participação de delegados
Nessa edição de 2017, a LAAD contou com a presença de 450 marcas expositoras de 36 diferentes países. Além disso, teve a presença de 183 delegações oficiais, formadas por representantes dos ministérios da defesa e das forças armadas de 81 nações. Durante a feira, cerca de duas mil reuniões foram realizadas entre essas delegações e os expositores, conforme informações da assessoria do evento.
O Ministério da Defesa aproveitou o ensejo da LAAD para se reunir com representantes da Embaixada dos Estados Unidos e do Comando Sul dos EUA, além de delegados de fabricantes norte-americanos, antes mesmo da abertura oficial da feira. No dia 3 de abril, no Rio de Janeiro, foi promovido o II Diálogo das Indústrias de Defesa, em que os dois governos reafirmaram o interesse mútuo de promover a cooperação na área da indústria da defesa. O embaixador dos EUA Peter Michael McKinley falou sobre a importância do diálogo: “É uma oportunidade de integrar melhor a indústria em nossa forte relação de defesa já existente, identificar oportunidades para parcerias concretas, eliminar obstáculos e incentivar o comércio e o investimento”. O próximo encontro está agendado para outubro, em Washington.
Já no primeiro dia da LAAD, Brasil e Estados Unidos deram um exemplo do que essa parceria pode significar. A empresa brasileira Embraer e a norte-americana Rockwell Collins, ambas atuantes no setor aeroespacial, anunciaram o acordo para o desenvolvimento de projetos conjuntos e o compartilhamento de mercado.
O evento teve ritmo acelerado para todas as delegações. “Tivemos uma agenda intensa na feira e vamos voltar com muitas alternativas e soluções operativas para as Forças Armadas argentinas”, comentou Walter Alberto Ceballos, secretário de Logística e Coordenação de Emergências do Ministério da Defesa da Argentina, sobre a participação de seu país na LAAD. “As reuniões ocorreram com diferentes países, mas não fechamos qualquer acordo. Os diálogos aqui tiveram mais o objetivo de mirar o futuro, conhecendo as novas tecnologias da defesa”, afirmou.
Um dos delegados da Nicarágua, o Capitão-de-Mar-e-Guerra da Marinha Jeraldo Fornos também falou do futuro. “Na América Central e na América do Sul, temos um inimigo comum, que é o narcotráfico. Nessa feira, pudemos observar algumas soluções para enfrentar essa questão. Isso será estudado e analisado com cuidado e pode servir para a Nicarágua em um futuro breve”, declarou.
O General Alirio García Flamenco, subchefe do Estado Maior Conjunto da Força Armada de El Salvador, afirmou ter encontrado na LAAD aquilo que procurava. “Viemos buscar soluções que tivessem multiuso para as Forças Armadas e também para as ações de apoio às polícias. Foi possível encontrar diversos equipamentos desse tipo e a partir de agora vamos analisar as possibilidades para depois contatarmos as empresas.”
Especificamente sobre o intercâmbio com as empresas brasileiras, o Coronel José Clavería Guzmán, adido do Exército do Chile no Brasil, destacou: “Pudemos obter informações com as empresas associadas às Forças Armadas brasileiras sobre os equipamentos e soluções usados no SISFRON, nos projetos do blindado Guarani e do Astros 2020. São projetos muito interessantes para o Chile, porque são modelos de desenvolvimento não só para a defesa mas também para a economia”.
Cooperação internacional
Além dos encontros das delegações com os expositores, a feira foi uma oportunidade para reuniões realizadas não nos stands das empresas, mas no espaço reservado por instituições nacionais. A estrutura montada pelo Ministério da Defesa brasileiro, por exemplo, contou com mais de 10 salas. Entre outros compromissos, a agenda esteve preenchida com dezenas de encontros bilaterais, dentre os quais encontros com países vizinhos como Colômbia, Paraguai e Chile.
Na conversa entre o ministro Raul Jungmann e o ministro da Defesa chileno José Antonio Gómez Urrutia, houve troca de agradecimentos pelo apoio chileno ao Brasil na reconstrução da base na Antártica e pelo recente apoio brasileiro no combate ao incêndio no Chile. Também falou-se sobre a possibilidade de desenvolvimento conjunto de produtos de defesa e sobre a retirada dos militares da missão de paz no Haiti, da qual o Brasil exerce o comando e o Chile participa com tropas.
Essas conversas já foram pauta anteriormente e terão continuidade em encontros 2 + 2, como são chamadas as reuniões entre os ministros da Defesa e os ministros das Relações Exteriores dos dois países. O compromisso está previsto para junho de 2017, oportunidade em que o ministro da Defesa chileno visitará algumas empresas da BID do Brasil.
Da mesma forma, Brasil e Colômbia também sentaram-se frente à frente para dar prosseguimento a diálogos mais antigos. Em reunião com o ministro Raul Jungmann, o vice-ministro da Defesa colombiano, José Javier Perez Mejía, tratou sobre o processo de paz e desarmamento na Colômbia e sobre a participação do Brasil nas operações de desminagem naquele país.
Falou-se ainda do aprofundamento da parceria em temas de defesa, assunto que o Vice-ministro Perez voltou a discutir com o Secretário de Produtos de Defesa brasileiro, Flávio Basílio, no último dia da feira. “Estamos discutindo um memorando de entendimentos para que possamos expandir oportunidades de negócios entre as duas bases industriais de defesa”, disse Basílio. Estão previstos outros encontros entre Brasil e Colômbia, ainda em 2017, para tratar principalmente do processo de paz colombiano, segundo informado pela assessoria do Ministério da Defesa brasileiro.
PORTAL TODODIA (UOL)
S. Bárbara terá show de acrobacias
Santa Bárbara dOeste recebe amanhã a apresentação da Esquadrilha da Fumaça, em evento que marca o retorno do espetáculo à cidade após dez anos. A demonstração será realizada a partir das 16h no entorno da nova rodoviária, no loteamento Firenze - às margens da Rodovia SP-306.
Antes do espetáculo, às 14h30, sobe ao palco a banda Single Pop, para show de abertura do evento. Segundo a prefeitura, a apresentação trará pop rock nacional, em um mix de releituras de músicas tradicionais do gênero.
"É um evento para os barbarenses e para toda a região. A volta da Esquadrilha da Fumaça para a nossa cidade conta com uma ampla logística e organização da Força Aérea Brasileira, que sugeriu o espetáculo na região da nova rodoviária pela visibilidade e horizonte daquele espaço, fazendo com que todos possam ver a apresentação da melhor forma possível", comentou o prefeito Denis Andia (PV), por meio da assessoria de imprensa.
A Esquadrilha da Fumaça é formada por militares da Força Aérea Brasileira, tem 65 anos de história e cerca de 3,7 mil demonstrações realizadas em território nacional e em 21 países.
Gratuita, a apresentação promete manobras arrojadas, com sete aviões que executam cerca de 50 acrobacias em 35 minutos de espetáculo.
Gratuita, a apresentação promete manobras arrojadas, com sete aviões que executam cerca de 50 acrobacias em 35 minutos de espetáculo.
RECORDE
Neste mês a Esquadrilha recebeu o certificado de mais um recorde - a maior quantidade de aeronaves em voo invertido.
Neste mês a Esquadrilha recebeu o certificado de mais um recorde - a maior quantidade de aeronaves em voo invertido.
Representantes do Guinness World Records estiveram em Pirassununga no dia 6 de abril para entregar o documento que registra oficialmente a terceira quebra de recorde mundial do grupo, com voo invertido de 12 aviões ao mesmo tempo.
Diário On Line - PA
Avião cai no município de Itaituba
Uma aeronave de pequeno porte caiu na tarde desta sexta-feira (21), nas proximidades do município de Itaituba, no sudoeste paraense. Quatro pessoas, sendo uma o piloto, estavam dentro da aeronave e conseguiram sobreviver ao acidente.
O avião partiu por volta das 15h, do município de Santarém, no oeste paraense, mas caiu pouco tempo depois de decolar, nas proximidades da rodovia Transamazônica, na altura do quilômetro 17, entre Itaituba e Jacareacanga. Segundo relato de testemunhas, a aeronave voava baixo, se preparando para pousar, quando bateu em fios de alta tensão, perdendo a direção e caindo.
Os ocupantes do avião foram encaminhados para um hospital da região. O piloto, que também atua como missionário, teve ferimentos na cabeça, uma das pernas, nos braços e escoriações pelo corpo e deverá ser transferido para outro hospital, ainda não definido. Os outros ocupantes tiveram ferimentos pelo corpo, mas passam bem.
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