NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 28/02/2017 / Programas para a aviação civil sofrem com disputa na Infraero
Programas para a aviação civil sofrem com disputa na Infraero ...
Julio Wiziack ...
Uma disputa no comando do PR (Partido da República) está atrapalhando o desenvolvimento de programas para a área de aviação civil e colocou em rota de colisão o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, e o presidente da estatal de aeroportos Infraero, Antonio Claret.
Os dois fazem parte de grupos diferentes do partido, que herdou a maior parte dos cargos no setor de transportes no governo Michel Temer.
O ministro, que é deputado licenciado pelo PR de Alagoas, já informou Temer sobre os problemas para administrar a estatal, que desde o final do ano está sob o comando dos deputados do PR de Minas Gerais.
De um lado, estão os técnicos ligados ao ministro, que tentam manter o planejamento que visa tornar a Infraero rentável novamente após a privatização de cinco dos seus maiores aeroportos. A empresa perdeu receita, mas não pode cortar funcionários.
No final do ano, esses técnicos foram sendo afastados dos cargos mais relevantes da empresa e do conselho de administração, que comanda a estatal, e foram substituídos por indicados do PR mineiro.
No centro da disputa entre os dois grupos está a atual gestão da estatal. No plano da companhia, liderado pelo ministro, a Infraero criará subsidiárias, e uma delas vai gerir os aeroportos lucrativos.
Como revelou a Folha, essa empresa deverá abrir o capital na Bolsa e poderia até ampliar os limites da exploração comercial nos aeroportos em troca de novos investimentos para ampliação e manutenção aeroportuária.
Mas esse plano está sendo minado pelo grupo do PR mineiro, que pretende privatizar os aeroportos mais lucrativos. No plano deles entrariam Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ), por exemplo.
Contrariando o ministro, esse grupo também conduz discussões na Infraero para a concessão do aeroporto da Pampulha, que fica em Belo Horizonte. Se for reativado, vai retirar mais passageiros de Confins, aeroporto privatizado a 30 km da capital mineira e que já enfrenta dificuldades financeiras devido à recessão.
Como domina o conselho de administração, esse grupo também fez outra manobra e mudou o edital de licitação da próxima rodada de concessões de aeroportos para que as interessadas na disputa tenham de antecipar a maior parte das receitas.
Com isso, retiraram da disputa grupos de menor porte que estavam interessados, mas não têm fôlego para fazer a antecipação.
Nos bastidores, os descartados afirmam que o grupo abriu negociação prévia com os futuros vencedores.
RETALIAÇÃO
A disputa tornou-se pública numa reunião no Ministério do Planejamento há cerca de duas semanas para decidir sobre o orçamento para obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Representantes da diretoria da Infraero pediram R$ 2 bilhões em verbas para obras da empresa para os próximos três anos, sem detalhar quais.
O Planejamento recusou a proposta, dizendo que esse pedido cabia à SAC (Secretaria de Aviação Civil), que, em retaliação, não apresentou o pedido de verbas.
O PR controlou durante todo o governo dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff o Ministério dos Transportes, mas não tinha o controle de todas as estatais e autarquias ligadas ao órgão.
No governo Dilma, o partido foi afastado do comando do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), com a demissão de dezenas de servidores suspeitos de desvios de recursos no órgão.
OUTRO LADO
A Infraero nega a existência de conflitos entre o presidente da estatal e o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, na condução das medidas para reestruturar a companhia e suas subsidiárias.
Por meio de sua assessoria, a estatal afirmou que seu presidente, Antonio Claret, foi indicado pelo próprio ministro para o cargo e que mantém com ele um "excelente relacionamento pessoal e profissional".
Ainda segundo a assessoria, Claret conduz mudanças para tornar a empresa sustentável e "capaz de realizar investimentos com recursos próprios". Por isso, foi encaminhado ao governo um projeto de recuperação que já está sendo analisado.
Entre as propostas, estão a criação da Infraero Aeroportos e da Infraero Serviços e a transferência da atividade de navegação aérea para o Comando da Aeronáutica.
De acordo com a estatal, as mudanças no conselho de administração foram necessárias com a saída de antigos conselheiros e "visou a representatividade e defesa dos interesses da Infraero".
A Infraero afirma que a proposta de orçamento enviada para o Ministério do Planejamento foi de R$ 1,48 bilhão para este ano, e não de R$ 2 bilhões.
Deste total, R$ 838,3 milhões seriam para investimentos dentro da carteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O restante seria para investimentos nas empresas que administram os aeroportos de Brasília, Campinas (SP), Guarulhos (SP), Galeão (RJ) e Confins (MG) -em que a Infraero detém 49% de participação- e também para investimentos na rede de aeroportos controlados totalmente pela Infraero.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Programas para a aviação civil sofrem com disputa na Infraero
Julio Wiziack
Uma disputa no comando do PR (Partido da República) está atrapalhando o desenvolvimento de programas para a área de aviação civil e colocou em rota de colisão o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, e o presidente da estatal de aeroportos Infraero, Antonio Claret.
Os dois fazem parte de grupos diferentes do partido, que herdou a maior parte dos cargos no setor de transportes no governo Michel Temer.
O ministro, que é deputado licenciado pelo PR de Alagoas, já informou Temer sobre os problemas para administrar a estatal, que desde o final do ano está sob o comando dos deputados do PR de Minas Gerais.
De um lado, estão os técnicos ligados ao ministro, que tentam manter o planejamento que visa tornar a Infraero rentável novamente após a privatização de cinco dos seus maiores aeroportos. A empresa perdeu receita, mas não pode cortar funcionários.
No final do ano, esses técnicos foram sendo afastados dos cargos mais relevantes da empresa e do conselho de administração, que comanda a estatal, e foram substituídos por indicados do PR mineiro.
No centro da disputa entre os dois grupos está a atual gestão da estatal. No plano da companhia, liderado pelo ministro, a Infraero criará subsidiárias, e uma delas vai gerir os aeroportos lucrativos.
Como revelou a Folha, essa empresa deverá abrir o capital na Bolsa e poderia até ampliar os limites da exploração comercial nos aeroportos em troca de novos investimentos para ampliação e manutenção aeroportuária.
Mas esse plano está sendo minado pelo grupo do PR mineiro, que pretende privatizar os aeroportos mais lucrativos. No plano deles entrariam Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ), por exemplo.
Contrariando o ministro, esse grupo também conduz discussões na Infraero para a concessão do aeroporto da Pampulha, que fica em Belo Horizonte. Se for reativado, vai retirar mais passageiros de Confins, aeroporto privatizado a 30 km da capital mineira e que já enfrenta dificuldades financeiras devido à recessão.
Como domina o conselho de administração, esse grupo também fez outra manobra e mudou o edital de licitação da próxima rodada de concessões de aeroportos para que as interessadas na disputa tenham de antecipar a maior parte das receitas.
Com isso, retiraram da disputa grupos de menor porte que estavam interessados, mas não têm fôlego para fazer a antecipação.
Nos bastidores, os descartados afirmam que o grupo abriu negociação prévia com os futuros vencedores.
RETALIAÇÃO
A disputa tornou-se pública numa reunião no Ministério do Planejamento há cerca de duas semanas para decidir sobre o orçamento para obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Representantes da diretoria da Infraero pediram R$ 2 bilhões em verbas para obras da empresa para os próximos três anos, sem detalhar quais.
O Planejamento recusou a proposta, dizendo que esse pedido cabia à SAC (Secretaria de Aviação Civil), que, em retaliação, não apresentou o pedido de verbas.
O PR controlou durante todo o governo dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff o Ministério dos Transportes, mas não tinha o controle de todas as estatais e autarquias ligadas ao órgão.
No governo Dilma, o partido foi afastado do comando do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), com a demissão de dezenas de servidores suspeitos de desvios de recursos no órgão.
OUTRO LADO
A Infraero nega a existência de conflitos entre o presidente da estatal e o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, na condução das medidas para reestruturar a companhia e suas subsidiárias.
Por meio de sua assessoria, a estatal afirmou que seu presidente, Antonio Claret, foi indicado pelo próprio ministro para o cargo e que mantém com ele um "excelente relacionamento pessoal e profissional".
Ainda segundo a assessoria, Claret conduz mudanças para tornar a empresa sustentável e "capaz de realizar investimentos com recursos próprios". Por isso, foi encaminhado ao governo um projeto de recuperação que já está sendo analisado.
Entre as propostas, estão a criação da Infraero Aeroportos e da Infraero Serviços e a transferência da atividade de navegação aérea para o Comando da Aeronáutica.
De acordo com a estatal, as mudanças no conselho de administração foram necessárias com a saída de antigos conselheiros e "visou a representatividade e defesa dos interesses da Infraero".
A Infraero afirma que a proposta de orçamento enviada para o Ministério do Planejamento foi de R$ 1,48 bilhão para este ano, e não de R$ 2 bilhões.
Deste total, R$ 838,3 milhões seriam para investimentos dentro da carteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O restante seria para investimentos nas empresas que administram os aeroportos de Brasília, Campinas (SP), Guarulhos (SP), Galeão (RJ) e Confins (MG) -em que a Infraero detém 49% de participação- e também para investimentos na rede de aeroportos controlados totalmente pela Infraero.
Em QAP
Ari Cunha
Sem data para conclusões, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidente Aeronáuticos nada divulgou ainda sobre as investigações da queda do avião em que viajava o ministro Teori Zavascki. A resposta sobre o assunto virá da Policia Federal.
Telebras precisa de parcerias privadas para explorar satélite nacional
BARCELONA* - O modelo de venda da capacidade de transmissão do satélite geoestacionário brasileiro, com lançamento programado para o próximo dia 21 de março, na Guiana Francesa, aproximará a Telebras das maiores operadoras de telecomunicações do país. O leilão deve ocorrer no início de abril.
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, afirma que a limitação de caixa da Telebras levou o governo a decidir pela parceria com as prestadoras privadas. Sem poder contar com novos aportes expressivos do Tesouro Nacional, a Telebras terá um ritmo de oferta de novas conexões diferente das demais operadoras.
“O atual governo já fez um esforço brutal de, mesmo diante de uma grave crise, garantir quase R$ 800 milhões que nos deram condições de lançar o satélite. A partir de agora, não temos mais o dinheiro do Tesouro”, afirmou Kassab. Ao todo, o projeto custou R$ 2,1 bilhões.
O ministro explicou que a Telebras estruturou um plano de negócios para assegurar a expansão, mesmo que seja em um ritmo mais lento. “A Telebras fará somente os investimentos compatíveis com sua receita”, ressaltou.
Assegurados 30% do sinal de satélite à comunicação estratégica das Forças Armadas, a estatal vai destinar outros 70% à oferta comercial de conexão para cobrir todo o território nacional. As informações estão na consulta pública, que foi aberta na semana passada para discutir as regras da licitação.
“Poderemos contratar operadoras para atendermos os objetivos da Telebras que foram definidos lá atrás, mantidos até hoje”, disse Kassab, ao Valor em Barcelona. O ministro viajou com representantes do governo brasileiro para a cidade espanhola para participar do Mobile World Congress 2017.
A estatal, que deixou de atuar no mercado após a privatização do setor, foi reativada pelo governo do ex-presidente Lula, em 2010, para dar suporte ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Na época, a estratégia do governo foi rejeitada por resistência dos grandes grupos privados. A questão só não foi parar na Justiça porque a estatal se comprometeu a
ofertar de serviços somente nas redes de atacado – oferecendo serviços a pequenos provedores – longe das regiões com mercado mais atrativo.
ofertar de serviços somente nas redes de atacado – oferecendo serviços a pequenos provedores – longe das regiões com mercado mais atrativo.
“Com direito de usar o sinal de satélite, as operadoras vão levar rede onde hoje elas não possuem. É interessante porque terão muito mais facilidades de chegar nesses locais com a Telebras do que se tivessem que chegar lá sozinhas”, afirmou o ministro.
Acompanhando o ministro, o novo presidente da Telebras, Antonio Loss, disse que tanto as operadoras quanto a estatal tem interesse em comum no uso de capacidade de satélite. “Muitas regiões do país não são cobertas pelos serviços das operadoras porque não tem disponibilidade de banda larga. O satélite vai resolver isso em todo país”, disse o executivo.
Também na Espanha, o secretário de Telecomunicações do MCTIC, André Borges, rejeitou a ideia de que a estatal existe apenas para atender a demanda de provedores regionais de conexão à internet. “A Telebras é um braço forte do plano de conectividade em qualquer tecnologia. O satélite não será lançado apenas para o modelo atual de oferta de redes físicas [de fibras ópticas] para os pequenos provedores”, afirmou o técnico do governo ao Valor.
Ele ressaltou que o modelo de licitação apresentado pela Telebras será capaz de promover uma “intensa competição” no mercado que será explorado. “Estamos otimizando a forma de disponibilizar essa infraestrutura no mercado, com mais competição. Vamos ter, em todo território nacional, todas as operadoras que compraram capacidade de satélite concorrendo entre si para prover conexão para o usuário final”, disse Borges.
O presidente da Telebras informou que o satélite geoestacionário brasileiro vai operar com tecnologia que permite a entrega de velocidades de conexão de até 20 Megabits por segundo (Mbps). “Essa tecnologia está sendo utilizada no mundo hoje para a internet via satélite com altas taxas de velocidade com pouca interrupção. É o modelo mais seguro que temos para fazer internet em países continentais como o Brasil”, afirmou Loss.
Passageiro registra momento em que voo arremete em aeroporto do DF
De acordo com ele, piloto teria dito que "outro avião não permitiu a aterrissagem". Voo JJ-3313 da Latam conseguiu pousar 15 minutos depois.
Um passageiro de um voo da Latam registrou o momento exato em que o avião arremeteu após tentar pousar no aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília. A aeronave decolou de Natal às 16h22 e chegou ao Distrito Federal às 19h06.
De acordo com ele, o piloto teria dito que "outro avião não permitiu a aterrissagem". Depois de arremeter, a aeronave, um Airbus Industrie A321, ainda teria sobrevoado Brasília por cerca de 15 minutos antes de pousar no aeroporto JK.
Em nota, a Latam informou que o piloto arremeteu somente por conta das "condições meteorológicas adversas no aeroporto". A empresa disse também que "a arremetida é um procedimento padrão de segurança na aviação" e que o voo pousou logo depois, em segurança.
"Entendo que não poderia haver erros como este, colocando a vida de tantas pessoas em risco", afirmou o servidor público Igor Pontes, que estava no voo JJ-3313, autor das imagens. "Fiquei muito assustado", disse.
O G1 procurou a Inframérica, que administra o aeroporto de Brasília, mas a empresa não retornou o contato até a última atualização da reportagem.
Cerca de 3.000 caminhões atolados provocam filas de 40 km em rodovia do Pará
Condições da BR-163, entre Trairão e Novo Progresso, prejudicam escoamento da produção
O tráfego de veículos da BR-163 — rodovia conhecida como Cuiabá-Santarém — no trecho entre as localidades de Trairão e Novo Progresso, no Pará, está interrompido há algumas semanas, o que provocou uma fila de 40 km e cerca de 3.000 caminhões no local. O Ministério da Integração Nacional e o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) admitiram o problema.
Em nota oficial divulgada nesta segunda-feira (27), o Dnit informou que "desencadeará, ainda no Carnaval, ação para atendimento emergencial àqueles que se encontram parados nas filas, inclusive com distribuição de mantimentos, água e medicamentos". O órgão disse que equipes, "que já se encontram mobilizadas no local, se somaram, neste final de semana, efetivos da Polícia Rodoviária Federal-PRF e do Exército".
— O objetivo é ordenar o trânsito a fim de que os equipamentos possam executar os serviços de manutenção a contento, permitindo a liberação do tráfego. Além do alto índice pluviométrico, as equipes de conservação não vêm podendo executar de forma plena seus trabalhos devido à ação dos caminhoneiros, que formam fila dupla e, antes mesmo da finalização dos serviços, avançam sobre os segmentos inconclusos, destruindo prematuramente os serviços realizados.
O órgão do governo federal disse ainda que "será criado um grupo local de monitoramento e operação do tráfego envolvendo o DNIT, PRF, transportadoras e os embarcadores para que as decisões sejam tomadas em conjunto, regulando a intensidade do tráfego e as atividades de manutenção a fim de garantir o fluxo contínuo na rota de escoamento da safra".
Já o Ministério da Integração Nacional informou que vai enviar 3.000 cestas básicas para os motoristas, "sitiados por conta das péssimas condições da BR-163, próximo à comunidade de Caracol". A pasta afirmou ainda que "as cestas básicas atenderão cerca de quatro mil pessoas, incluindo mulheres e crianças".
"A Força Aérea Brasileira levará os mantimentos até o município de Itaituba, no Pará, e o Exército será o responsável pela distribuição no local. A situação na BR-163 também está provocando prejuízos ao comércio e à economia na região. A rodovia é uma das principais vias de escoamento de produtos e mercadorias do Mato Grosso para o Porto de Miritituba, no Pará", completa a nota.
Balão do Projeto Loon da Google cai em comunidade do município de Autazes
O equipamento é utilizado para levar internet para regiões remotas e população de baixa renda. Semelhante ao ocorrido em Autazes, há dez dias uma balão do projeto Loon também caiu no interior do Piauí
Kelly Melo
Um balão do Projeto Loon, da Google, caiu em uma propriedade particular na comunidade Supuranga, em Autazes (distante 113 quilômetros de Manaus) nesta segunda-feira. O equipamento é utilizado para levar internet para regiões remotas e população de baixa renda.
De acordo com testemunhas, o balão foi encontrado por moradores do local em uma área de mata, mas ninguém ficou ferido. O acidente chamou a atenção dos moradores, que temem que outros acidentes dessa natureza se repitam em áreas onde há moradias.
Em contato com a Google, por telefone, a empresa informou que já tomou conhecimento do acidente e acionou uma equipe para remover o equipamento. No entanto, a empresa ainda esclareceu o que pode ter ocasionado a queda do objeto não tripulado.
De acordo com o site do Loon, lançado em 2014 no Brasil, o projeto é uma global de balões de altitude elevada que tem o de levar conectividade a áreas rurais e remotas. Os balões sobem da mesma forma que os balões meteorológicos até atingirem a estratosfera, onde flutuam a uma altitude de 20 km (65.000 pés), a uma distância segura em relação às altitudes utilizadas para aviação.
Enquanto os balões de ar estouram após poucas horas de voo, os balões do Loon são feitos para sobrepressão, o que faz com que durem muito mais tempo. Os balões do Loon também são exclusivos porque podem usar o vento para viajar até onde for necessário, podem se coordenar com outros balões e por contarem com componentes eletrônicos totalmente alimentados por energia solar.
Semelhante ao ocorrido em Autazes, há dez dias uma balão do projeto Loon também caiu no município de Buriti Montes, interior do Piauí, mas ninguém ficou ferido. Os moradores da comunidade encontraram antenas de rádio, computador de vôo, sistema de controle de altitude e painéis solares junto ao equipamento.
Na época, a Google confirmou o acidente e “pediu desculpas pela surpresa” e informou que uma equipe treinada fez a remoção do objeto. Piauí foi o primeiro estado brasileiro a receber o projeto de internet da Google.
SUPER ESPORTES (MG)
Seis meses após a Olimpíada no Rio, atletas mineiros vivem quadro de instabilidade
Corte de bolsa do governo federal e fuga de patrocínio preocupam
Ivan Drummond
No Brasil, é comum a corrida pelos atletas quando uma competição importante como a Olimpíada se aproxima. Uma chuva de patrocinadores em disputa, com a hipótese de ter sua marca levada ao pódio. Encerrado o ciclo de competições de alto nível, o desafio é sobreviver num mercado sem tanta tradição em atletismo. Seis meses depois dos Jogos do Rio’2016, a situação de atletas mineiros vai aos dois extremos. Parte está desamparada e terá de conviver com fantasmas do passado, o que implica conseguir um emprego convencional e treinar nas horas vagas, o que pode comprometer a carreira.
Há, porém, os que foram integrados a programas de longo prazo, como o projeto das Forças Armadas, que engajaram competidores primeiramente para representar o país nos Jogos Mundiais Militares e acabaram ‘adotados’ profissionalmente. Exército, Marinha e Aeronáutica bancam atletas de diferentes modalidades, o que lhes permite receber salário mensal. Já alguns poucos conseguiram patrocinadores particulares ou estão ligados a clubes que lhes garantem o essencial, como centro de treinamento, alimentação, moradia e suporte para seguir com chance de vencer.
Depois da medalha, um passo atrás
Medalhista também sofre. O exemplo maior é o ganhador do bronze no tae kwondo do Rio’2016, considerado a maior zebra verde-amarela do evento. Ninguém apostava em Maicon Andrade, de 24 anos, primeiro mineiro medalhista individual da história. Mas a situação de sua modalidade no Brasil o deixa apreensivo. A começar pelo fato de a confederação estar sob intervenção.
Ele treina em São Caetano do Sul, onde estão abrigados outros esportes, como atletismo e ainda a ginástica olímpica, onde está Arthur Zanetti. “As atenções são divididas. Em janeiro, houve a troca de prefeito e até hoje não temos qualquer definição sobre o que acontecerá com o esporte.”
Ele diz que vive uma situação intermediária. “Me resta o patrocínio da FAB, pois sou militar. Mas só isso não dá. O esporte precisa de apoio, mas não estou vendo grandes perspectivas. Espero que isso aconteça logo, sob pena de perdermos o que conquistamos nos últimos anos.”
Maicon enfrentou problemas depois da Olimpíada. “Cada atleta olímpico tinha direito a um prêmio de RS 12.500, mas só consegui receber esse dinheiro em dezembro. Além disso, houve uma viagem que tive de fazer, e como as passagens não apareciam, eu mesmo banquei. Era obrigação do patrocinador. Só recebi o dinheiro em dezembro, com ajuda da confederação. Além do mais, cortaram o bolsa-atleta”.
O futuro, segundo ele, está condicionado à maior organização do esporte. “Espero que o interventor da confederação ou o presidente que for eleito fixe regras para a seleção. Ainda não sei quando vou competir nesta temporada, pois não existe um calendário no Brasil. A perda do atleta é enorme.”
Uma barra pesada
Está no levantamento de peso uma das mais difíceis situações para atletas brasileiros. Mateus Felipe, de 23 anos, e Wellisson Rosa, de 33, ambos de Viçosa, não têm ideia do que ocorrerá com suas carreiras. Estão desamparados. Perderam a única ajuda de que dispunham até os Jogos: o patrocínio da Petrobras. Mateus conta que não sabe o que fazer e que só lhe resta uma opção: “Do jeito que está, vou ter de arrumar um emprego qualquer para continuar sobrevivendo, pois está difícil me manter. Hoje, recebo uma ajuda da minha namorada, Rosane dos Reis Santos, que também é pesista.”
Sem patrocinador, conta que tinha suporte financeiro da Confederação Brasileira de Levantamento de Peso e da Petrobras. “Mas foi só acabar a Olimpíada que o dinheiro desse patrocínio sumiu. Da confederação, desde dezembro a gente não recebe nada. Está difícil, muito difícil. ”
Mas ele acredita que nem tudo está perdido. “Em março, teremos eleição na confederação. Espero que quem for eleito olhe o lado do atleta. Preciso, assim como os demais, continuar a treinar”. Um dos apoios é do Pinheiros, seu clube. “Faço academia lá. Eles me dão também uma pequena ajuda de custo, como alojamento e alimentação. Mas preciso sobreviver.”
Wellisson também reclama. “Não está fácil. Não recebo nada da confederação já há três meses. Sobrevivia com R$ 1.400 do bolsa-atleta, cortado recentemente. A verdade é que acaba a Olimpíada, acaba tudo.” Ele é outro que treina no Pinheiros.
Sua maior esperança é a revitalização do bolsa-atleta. “Com essa bolsa e a ajuda do Pinheiros posso continuar treinando e competindo para representar o Brasil.”
ENQUANTO ISSO...
Pedalando no vazio
No ciclismo, mais especificamente no mountain bike, a situação crítica se repete. Rubens Donizete Valeriano, o “Rubinho”, de 38 anos, perdeu o bolsa-atleta e espera poder reaver o repasse, que considera essencial e que o ajudou rumo às duas últimas edições olímpicas. “Tive bolsa-atleta na preparação para Londres’2012 e Rio’2016. Mas, passada a Olimpíada do Rio, foi cortada, numa decisão política, como tudo o que acontece no Brasil. Mas eu não desisto. Tornei a me inscrever e espero que meu pedido seja aprovado, pois é fundamental na minha preparação. Preciso disso para competir.”
Pedalando no vazio
No ciclismo, mais especificamente no mountain bike, a situação crítica se repete. Rubens Donizete Valeriano, o “Rubinho”, de 38 anos, perdeu o bolsa-atleta e espera poder reaver o repasse, que considera essencial e que o ajudou rumo às duas últimas edições olímpicas. “Tive bolsa-atleta na preparação para Londres’2012 e Rio’2016. Mas, passada a Olimpíada do Rio, foi cortada, numa decisão política, como tudo o que acontece no Brasil. Mas eu não desisto. Tornei a me inscrever e espero que meu pedido seja aprovado, pois é fundamental na minha preparação. Preciso disso para competir.”
Rubinho tem patrocinadores particulares, da LM, de Lagoa da Prata, para peças da bicicleta; da Fense, que dá a bike; e da Specialize e Fense Factor Race, que garantem peças e uniformes. Para ele, não existe diferença do quadro pós-olímpico com o anterior. “Não mudou nada. Começa uma temporada e a gente tem de sair procurando ajuda. Na verdade, não sabemos se a Olimpíada no país ajudou ou não o esporte de modo geral.”
CAPITAL NEWS (MS)
Frente é instituída para promover segurança na fronteira
Assembleia Legislativa institui oficialmente Frente Parlamentar Permanente de Segurança Pública e Penitenciário
Natália Moraes
Deputados estaduais instituíram oficialmente a Frente Parlamentar Permanente de Segurança Pública e Penitenciário (FPSPP), conforme publicação no diário oficial da Assembleia Legislativa da última sexta-feira (24).
Conforme a Casa de Leis, a frente tem o propósito de “debater, discutir, propor, buscar soluções e de acompanhar a execução de políticas públicas relacionadas ao enfrentamento mais eficaz aos crimes ocorridos ou em trânsito na faixa de fronteira”.
A criação da frente foi proposta pelo presidente da Assembleia, Junior Mochi (PMDB) e pelo deputado Coronel Davi (PSC), como uma consequência da audiência pública “Segurança das Fronteiras: Responsabilidade da União”. A partir da audiência, foi entregue também uma carta para o ministro da Defesa Raul Jungmann.
Além dos deputados, a frente poderá ter representantes governamentais e não governamentais que atuem em áreas de contato com as políticas públicas voltadas à segurança pública e ao sistema penitenciário. (com assessoria)
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