NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 01/02/2017 / Exército vai ocupar áreas vazias na fronteira com Colômbia, diz Ministro
Exército vai ocupar áreas vazias na fronteira com Colômbia, diz Ministro ...
Raul Jungmann se reuniu com ministro da Defesa colombiana, em Manaus. Autoridades decidiram ainda integrar setores de Inteligência dos países ...
Ocupar áreas vazias nas fronteiras entre o Brasil e a Colômbia foi uma das ações anunciadas pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, para reforçar a segurança entre os dois países. O anúncio foi feito após reunião com o ministro da Defesa colombiana Luiz Caros Villegas, que ocorreu nesta terça-feira (31), em Manaus.
A reunião entre os dois ministros aconteceu a portas fechadas, no Comando Militar da Amazônia (CMA). De acordo com Jungmann, foram discutidas ações estratégicas para colocar em prática os acordos de cooperação firmados com o país vizinho.
Uma das medidas anunciadas foi a redistribuição das Forças Armadas na fronteira entre o Brasil e a Colômbia. A ação propõe acabar com espaços vazios, que facilitam ações criminosas, segundo afirma o ministro da Defesa brasileira.
"Temos grandes fronteiras, cerca de 1,4 mil quilômetros de fronteira. Precisamos redistribuir, cooperando para que os vazios que existem nessa fronteira sejam preenchidos, ora mais pelo Brasil, ora mais pela Colômbia, já que não há condições de bloqueio. Queremos inclusive fazer o mesmo em outros países", informou.
Outro acordo firmado entre os países foi o compartilhamento de informações de Inteligência. De acordo com Raul Jungmann, os setores de ambos os países devem começar a atuar de forma integrada.
"Nós acordamos que temos que ter uma integração na área de Inteligência, que consideramos absolutamente estratégico. Essa inteligência vai se dar desde os postos de fronteira do Brasil e Colômbia, até o mais alto nível em Brasília, em termos ministeriais. Por tanto, vamos ter um tráfego fluido, integrado, contínuo e diário de informações entre Brasil e Colômbia, no que diz respeito às nossas preocupações em comum", contou.
A partilha de informações deve auxiliar em pontos específicos de combate ao crime organizado na fronteira. Segundo Jungmann, a integração deve ajudar nas fiscalizações para identificar imigrantes que atuam como "mulas", trazendo drogas e armas para o país. Além disso, a cooperação deve disponibilizar informações para o combate à mineração ilegal.
"Essa atividade, além de ser um problema em termos de meio ambiente, tem a faculdade de agrupar em torno dela pontos ilícitos, servindo para lavagem de dinheiro, e utilização desse pessoal que migra além das fronteiras em termo de narcotráfico", explicou.
A cooperação entre Brasil e Colômbia deve se estender ainda para os ministérios, segundo Jugmann. "Vamos promover mais encontros que incluam Defesa, Relações Exteriores e a Justiça, porque no Brasil há uma divisão de trabalho entre polícias, Ministério da Justiça e Defesa. Nós entendemos que há necessidade dessa cooperação, para que possamos fortalecer nossa atuação", completou.
O encontro de Raul Jungmann, ministro da defesa colombiana, Luiz Carlos Villegas, e comandantes das Forças Armadas dos dois países, é o primeiro de uma rodada de conversas bilaterais sobre defesa com os países da América do Sul, com o intuito de ampliar a cooperação no combate aos problemas que ocorrem nas fronteiras, principalmente o tráfico de drogas.
Ao fim do encontro, Villegas recebeu uma condecoração da Ordem do Mérito da Defesa.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Forças Armadas retiram 61 geladeiras, 31 aparelhos de TV e 23 fogões de penitenciária em Roraima
Com ordem de Temer, primeira operação de varredura no País ocorreu na unidade em que houve 33 assassinatos no início do ano; drogas, celulares e dinheiro também foram apreendidos
SÃO PAULO - A operação de varredura das Forças Armadas na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista, encontrou 61 geladeiras, 31 aparelhos de televisão, 12 DVDs, 23 fogões de pequeno porte, além de outros eletrodomésticos como microondas, nove liquidificadores e seis torradeiras. A ação foi a primeira desde a designação do presidente Michel Temer de que as forças auxiliariam no combate à crise no sistema prisional.
A cadeia em Roraima foi palco do segundo massacre do ano, no dia 6 de janeiro, quando 33 detentos foram assassinados. A ação, realizada na sexta-feira, 27, apreendeu ainda 1,2 quilo de maconha e cocaína, 56 celulares, 136 armas brancas, e materiais como um garrafa pet contendo pólvora negra, dois sacos com sementes de maconha, três botijões de gás e duas máquinas de tatuagem. Os militares recolheram também R$ 607, oito cartões de crédito e uma carteira vencida de porte de arma.
A operação foi denominada de Monte Cristo II e se estendeu durante toda a sexta, com apoio da Polícia Militar e de agentes penitenciários. Na ocasião, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou que os militares entraram no complexo de Boa Vista após o isolamento dos presos num pátio.
A pasta informou que outros Estados já formalizaram junto à Presidência da República para o emprego das Forças Armadas nos presídios. Os procedimentos ocorrerão “nos próximos dias”, disse Jungmann, ressaltando que a operação só ocorrerão em locais que não tenham riscos de conflitos com os detentos. Operações estão sendo planejadas em presídios do Amazonas, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul.
A cadeia em Roraima foi palco do segundo massacre do ano, no dia 6 de janeiro, quando 33 detentos foram assassinados. A ação, realizada na sexta-feira, 27, apreendeu ainda 1,2 quilo de maconha e cocaína, 56 celulares, 136 armas brancas, e materiais como um garrafa pet contendo pólvora negra, dois sacos com sementes de maconha, três botijões de gás e duas máquinas de tatuagem. Os militares recolheram também R$ 607, oito cartões de crédito e uma carteira vencida de porte de arma.
A operação foi denominada de Monte Cristo II e se estendeu durante toda a sexta, com apoio da Polícia Militar e de agentes penitenciários. Na ocasião, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou que os militares entraram no complexo de Boa Vista após o isolamento dos presos num pátio.
A pasta informou que outros Estados já formalizaram junto à Presidência da República para o emprego das Forças Armadas nos presídios. Os procedimentos ocorrerão “nos próximos dias”, disse Jungmann, ressaltando que a operação só ocorrerão em locais que não tenham riscos de conflitos com os detentos. Operações estão sendo planejadas em presídios do Amazonas, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul.
Aposentadoria de militares segue deficitária e intocável
Bloomberg - Rachel Gamarski E Bruce Douglas
Enquanto o governo brasileiro se prepara para um confronto com a força de trabalho do país sobre uma ampla reforma da previdência, uma profissão está notavelmente ausente desse aperto do cinto: os militares.
Após a aprovação no Congresso de um teto para os gastos públicos no ano passado, o governo do presidente Michel Temer está avançando em uma abrangente reforma da previdência como a próxima etapa de sua agenda de austeridade. A proposta estabelece pela primeira vez uma idade mínima para a aposentadoria, exigindo que funcionários dos setores público e privado trabalhem até os 65 anos de idade, em comparação com a idade média atual de 55 anos. Uma votação sobre o projeto está prevista para o primeiro semestre deste ano.
As Forças Armadas foram incluídas na proposta original, mas posteriormente foram eximidas após sinais cada vez mais fortes de descontentamento entre sua liderança. Pesquisas de opinião pública mostram que os militares são a instituição pública que mais inspira confiança no Brasil e aproximadamente um de cada três cidadãos defende a intervenção militar para colocar o país de novo nos trilhos. As autoridades afirmam que não desistiram de modificar o sistema de benefícios dos militares, mas que essas mudanças só virão depois que o Congresso aprovar o projeto de reforma principal.
"O governo tem medo da oposição que os militares poderiam criar com uma mudança de suas regras previdenciárias", disse Raul Velloso, economista e especialista em finanças públicas.
O Ministério da Previdência Social e o Tesouro Nacional preferiram não comentar. O Ministério da Defesa encaminhou uma apresentação que afirma que uma reforma dos benefícios das Forças Armadas realizada em 2001 já gerou economias significativas e que "não seria razoável impor mais restrições aos militares". O documento também afirma que homens e mulheres de uniforme ganham menos do que outros funcionários públicos.
Benefícios para militares
Os benefícios que levam em conta os perigos e as dificuldades de uma carreira nas Forças Armadas são comuns em todo o mundo, mas o Brasil concede privilégios particularmente generosos às suas forças armadas, segundo Paulo Tafner, economista e especialista em aposentadorias. Os militares brasileiros atualmente se aposentam com uma idade média de 50 anos, alguns com uma pensão equivalente ao seu último salário, disse Tafner.
"É preciso realizar mudanças", disse ele.
Aqueles que defendem o sistema atual argumentam que os membros das Forças Armadas tecnicamente não se aposentam, porque passam para a reserva e ainda podem ser chamados para servir o país.
De acordo com dados do Tesouro Nacional não publicados aos quais a Bloomberg teve acesso, o gasto previdenciário do Brasil com servidores públicos registrou um déficit de R$ 71,8 bilhões (US$ 22,8 bilhões) de janeiro a novembro de 2016. As Forças Armadas responderam por 44% da diferença e, em média, contribuíram menos e receberam benefícios maiores do que outros trabalhadores do setor público.
Os dados mostram que os militares na ativa contribuíram, em média, com R$ 10.670 a menos que outros servidores públicos ativos nos primeiros 11 meses de 2016. Militares reformados receberam, em média, R$ 18.045 a mais do que outros pensionistas do setor público durante o mesmo período. Números anuais mostram que, desde 2010, há um cenário parecido.
Os militares têm um lobby forte no Congresso, incluindo a Frente Parlamentar de Segurança Pública, um grupo de quase 300 deputados conhecido extraoficialmente como a "bancada da bala", que defende uma abordagem conservadora em questões ordem pública. O líder do grupo, o deputado federal Alberto Fraga, defende o atual sistema de benefícios para as Forças Armadas, argumentando que os militares, ao contrário de outras profissões, não têm direito de greve ou de sindicalização e não trabalham com um horário fixo. "A regra atual é justa", disse ele.
Mas a exclusão das Forças Armadas do projeto de lei atualmente no Congresso levantou questionamentos sobre o que alguns veem como o papel privilegiado dos militares no Brasil, trinta anos após a volta à democracia. O plano do governo "impõe um custo enorme a alguns e ao mesmo tempo deixa os militares intocáveis", disse Rafael Cortez, analista político da empresa de consultoria Tendências.
Cortez diz que o governo está relutando em reduzir os benefícios dos militares para não colocar em risco o apoio à reforma da previdência. "O governo já está enfrentando sérias dificuldades com a governabilidade", disse ele. "Isso vai ser ainda mais difícil em 2017 do que era em 2016."
Durante a recente agitação política e econômica do Brasil, o apoio à democracia caiu de 54% para 32% entre 2015 e 2016, de acordo com uma pesquisa da Latinobarómetro publicada em setembro.
Em novembro, cerca de 100 manifestantes conseguiram invadir o Congresso e realizar um protesto exigindo a volta do governo militar. O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, disse que havia "chance zero" de que isso acontecesse em uma entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no dia 10 de dezembro, mas comparou a situação a uma panela de pressão. "Às vezes, basta um tresloucado desses tomar uma atitude insana para desencadear uma reação em cadeia", disse ele, acrescentando que modificar os salários e pensões dos soldados poderia aumentar a pressão.
PF investiga nova empresa envolvida em compra de avião de acidente de Eduardo Campos
Reuters
(Reuters) - A Polícia Federal deu início nesta terça-feira a uma operação em Pernambuco para investigar mais uma empresa suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro em um esquema que envolveu a compra da aeronave que caiu em 2014, matando o então candidato à Presidência Eduardo Campos.
De acordo com a PF, a chamada operação Vórtex é um desdobramento da operação Turbulência, deflagrada em junho do ano passado para investigar um esquema de lavagem de dinheiro em Pernambuco e Goiás que teria movimentado cerca de 600 milhões de reais desde 2010, tendo como alvo os donos do avião em que morreu o ex-governador pernambucano.
Análises das contas bancárias das pessoas e empresas utilizadas para a compra do avião, um Cessna Citation, revelaram a participação de uma terceira empresa que não havia sido investigada na operação original, segundo a PF.
"Ao investigar mais a fundo a empresa remetente dos recursos, verificou-se que ela possui contratos milionários com o governo do Estado e que suas doações a campanhas políticas aumentaram de forma exponencial ao longo dos últimos anos, notadamente para o partido e candidatos apoiados pelo ex-governador do Estado Eduardo Campos", disse a PF em nota.
A Polícia Federal não identificou a empresa alvo da nova etapa da investigação.
Foram expedidos pela Justiça 10 mandados judiciais, sendo 6 de busca e apreensão e 4 de condução coercitiva, todos a serem cumpridos em Pernambuco.
Eduardo Campos, então candidato à Presidência pelo PSB, morreu em agosto de 2014 em decorrência da queda da aeronave em que viajava em Santos, no litoral de São Paulo, durante agenda de campanha. O ex-governador de Pernambuco tinha 49 anos.
(Por Pedro Fonseca)
De acordo com a PF, a chamada operação Vórtex é um desdobramento da operação Turbulência, deflagrada em junho do ano passado para investigar um esquema de lavagem de dinheiro em Pernambuco e Goiás que teria movimentado cerca de 600 milhões de reais desde 2010, tendo como alvo os donos do avião em que morreu o ex-governador pernambucano.
Análises das contas bancárias das pessoas e empresas utilizadas para a compra do avião, um Cessna Citation, revelaram a participação de uma terceira empresa que não havia sido investigada na operação original, segundo a PF.
"Ao investigar mais a fundo a empresa remetente dos recursos, verificou-se que ela possui contratos milionários com o governo do Estado e que suas doações a campanhas políticas aumentaram de forma exponencial ao longo dos últimos anos, notadamente para o partido e candidatos apoiados pelo ex-governador do Estado Eduardo Campos", disse a PF em nota.
A Polícia Federal não identificou a empresa alvo da nova etapa da investigação.
Foram expedidos pela Justiça 10 mandados judiciais, sendo 6 de busca e apreensão e 4 de condução coercitiva, todos a serem cumpridos em Pernambuco.
Eduardo Campos, então candidato à Presidência pelo PSB, morreu em agosto de 2014 em decorrência da queda da aeronave em que viajava em Santos, no litoral de São Paulo, durante agenda de campanha. O ex-governador de Pernambuco tinha 49 anos.
(Por Pedro Fonseca)
Moçambique investiga servidores públicos que receberam propina da Odebrecht
Maputo, 31 jan (EFE).- As autoridades de Moçambique estão investigando servidores que teriam recebido propina da Odebrecht para que a construtora brasileira vencesse a licitação para as obras do aeroporto de Nacala, no norte do país, informou nesta terça-feira o Escritório Central de Luta contra a Corrupção.
A Odebrecht admite ter pagado propinas de US$ 900 mil para funcionários do governo de Moçambique entre 2011 e 2014 para obter o contrato de construção de um aeroporto em Nacala, a única obra da empresa brasileira no país africano.
O projeto foi orçado em US$ 90 milhões, mas acabou custando US$ 216,5 milhões. Do total, US$ 125 milhões foram financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BDNES) e o restante por uma instituição financeira local, o Standard Bank.
"Já iniciamos contatos com o Brasil", confirmou o porta-voz do Escritório Central de Luta contra a Corrupção, Eduardo Sumana, que disse que o segredo de justiça estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as delações da Odebrecht podem paralisar as investigações em Moçambique até maio.
As autoridades de Moçambique investigam, além disso, propinas pagas pela Embraer para garantir a venda de aviões comerciais para a Moçambique Airlines. Segundo Sumana, os investigadores constataram a "existência de provas de práticas criminais" e que o caso estão "muito avançado".
No fim de 2016, a Embraer admitiu à Justiça brasileira que pagou US$ 800 mil em propinas a diretores da Moçambique Airlines para fechar a venda de dois aviões comerciais em 2008. Cada um custou à companhia aérea do país US$ 32 milhões.
De acordo com documentos divulgados em dezembro pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou US$ 788 milhões em propinas em 12 países da América Latina e África.
Exército vai ocupar áreas vazias na fronteira com Colômbia, diz Ministro
Raul Jungmann se reuniu com ministro da Defesa colombiana, em Manaus. Autoridades decidiram ainda integrar setores de Inteligência dos países.
Do G1 Am
Ocupar áreas vazias nas fronteiras entre o Brasil e a Colômbia foi uma das ações anunciadas pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, para reforçar a segurança entre os dois países. O anúncio foi feito após reunião com o ministro da Defesa colombiana Luiz Caros Villegas, que ocorreu nesta terça-feira (31), em Manaus.
A reunião entre os dois ministros aconteceu a portas fechadas, no Comando Militar da Amazônia (CMA). De acordo com Jungmann, foram discutidas ações estratégicas para colocar em prática os acordos de cooperação firmados com o país vizinho.
Uma das medidas anunciadas foi a redistribuição das Forças Armadas na fronteira entre o Brasil e a Colômbia. A ação propõe acabar com espaços vazios, que facilitam ações criminosas, segundo afirma o ministro da Defesa brasileira.
"Temos grandes fronteiras, cerca de 1,4 mil quilômetros de fronteira. Precisamos redistribuir, cooperando para que os vazios que existem nessa fronteira sejam preenchidos, ora mais pelo Brasil, ora mais pela Colômbia, já que não há condições de bloqueio. Queremos inclusive fazer o mesmo em outros países", informou.
Outro acordo firmado entre os países foi o compartilhamento de informações de Inteligência. De acordo com Raul Jungmann, os setores de ambos os países devem começar a atuar de forma integrada.
"Nós acordamos que temos que ter uma integração na área de Inteligência, que consideramos absolutamente estratégico. Essa inteligência vai se dar desde os postos de fronteira do Brasil e Colômbia, até o mais alto nível em Brasília, em termos ministeriais. Por tanto, vamos ter um tráfego fluido, integrado, contínuo e diário de informações entre Brasil e Colômbia, no que diz respeito às nossas preocupações em comum", contou.
A partilha de informações deve auxiliar em pontos específicos de combate ao crime organizado na fronteira. Segundo Jungmann, a integração deve ajudar nas fiscalizações para identificar imigrantes que atuam como "mulas", trazendo drogas e armas para o país. Além disso, a cooperação deve disponibilizar informações para o combate à mineração ilegal.
"Essa atividade, além de ser um problema em termos de meio ambiente, tem a faculdade de agrupar em torno dela pontos ilícitos, servindo para lavagem de dinheiro, e utilização desse pessoal que migra além das fronteiras em termo de narcotráfico", explicou.
A cooperação entre Brasil e Colômbia deve se estender ainda para os ministérios, segundo Jugmann. "Vamos promover mais encontros que incluam Defesa, Relações Exteriores e a Justiça, porque no Brasil há uma divisão de trabalho entre polícias, Ministério da Justiça e Defesa. Nós entendemos que há necessidade dessa cooperação, para que possamos fortalecer nossa atuação", completou.
O encontro de Raul Jungmann, ministro da defesa colombiana, Luiz Carlos Villegas, e comandantes das Forças Armadas dos dois países, é o primeiro de uma rodada de conversas bilaterais sobre defesa com os países da América do Sul, com o intuito de ampliar a cooperação no combate aos problemas que ocorrem nas fronteiras, principalmente o tráfico de drogas.
Ao fim do encontro, Villegas recebeu uma condecoração da Ordem do Mérito da Defesa.
Ministro da Defesa discute ações de segurança entre Brasil e Colômbia
Esta é a 2ª visita do ministro ao Amazonas após massacre de 67 presos. Ministro participa conversas sobre defesa com países da América do Sul.
Do G1 Am
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, cumpre agenda em Manaus nesta terça-feira (31) junto ao ministro da defesa colombiana, Luiz Carlos Villegas, para tratar sobre segurança na fronteira entre Brasil e Colômbia. Na capital do Amazonas, Jungmann disse que há um crescimento da criminalidade na área fronteiriça. Esta é a segunda visita do ministro ao Amazonas após o massacre de 65 presos que desencadeou uma crise prisional no país.
"A fronteira brasileira é a terceira maior do mundo e isso é um grande desafio. Nós temos uma relação de paz e cooperação com nossos vizinhos fronteiriços, mas temos visto o crescimento de alguns crimes", disse.
Segundo o ministro, cerca 35 mil homens trabalham nas fronteiras em todo o Brasil.
Segundo o ministro, cerca 35 mil homens trabalham nas fronteiras em todo o Brasil.
"O que estamos fazendo com a Colômbia é um trabalho de alto nível que vai surtir efeito nas pontas. No que diz respeito a efetivo. É impossível resolver os problemas nas fronteiras sem a cooperação dos países vizinhos. Fui até Tabatinga, onde vimos os trabalhos efetivamente", afirmou o ministro.
Jungmann também falou sobre a verba de R$ 450 milhões repassada pelo Governo Federal para os estados. Segundo ele, o recurso deve ser usado para melhorar a segurança nos presídios. Ele ressaltou, no entanto, que é de responsabilidade do governo estadual garantir a segurança nas unidades.
Operação "Operação Chaw-pã"
Na manhã desta terça, o Ministério da Defesa coordenou uma operação de varredura dentro da Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa. A unidade localizada no Centro de Manaus foi reativada para receber presos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), após uma rebelião no local terminar com 57 detentos mortos.
"Hoje se deflagrou a segunda varredura por determinação do presidente. Cinco estados pediram e este é o segundo que está acontecendo. As forças armadas não terão nenhum contato com os presos. Nosso foco é a estrutura, é a varredura. Ao mesmo tempo, sabemos que armas, barras de ferro e facas potencializam essa tragédia humana que vem acontecendo nos presídios", disse.
Na manhã desta terça, o Ministério da Defesa coordenou uma operação de varredura dentro da Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa. A unidade localizada no Centro de Manaus foi reativada para receber presos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), após uma rebelião no local terminar com 57 detentos mortos.
"Hoje se deflagrou a segunda varredura por determinação do presidente. Cinco estados pediram e este é o segundo que está acontecendo. As forças armadas não terão nenhum contato com os presos. Nosso foco é a estrutura, é a varredura. Ao mesmo tempo, sabemos que armas, barras de ferro e facas potencializam essa tragédia humana que vem acontecendo nos presídios", disse.
O ministro informou que equipamentos utilizados na operação de segurança para as Olimpíadas estão sendo empregados nas revistas. "Colocamos o que temos de melhor em tecnologia para essa varredura", disse.
Coronel Miotto disse que não houve registros de ocorrências na unidade durante a varredura. "Nosso pessoal é altamente adestrado para isso. Temos certeza que a cadeia será entregue limpa, varrida. Até o momento nenhuma alteração, um trabalho técnico, sem nenhum contato com os presos", afirmou. Um balanço da revista será divulgado na tarde desta terça.
Agenda em Manaus
O encontro de Raul Jungmann, ministro da defesa colombiana, Luiz Carlos Villegas, e comandantes das Forças Armadas dos dois países, é o primeiro de uma rodada de conversas bilaterais sobre defesa com os países da América do Sul, com o intuito de ampliar a cooperação no combate aos problemas que ocorrem nas fronteiras, principalmente o tráfico de drogas. O encontro está previsto para ter início no começo da tarde.
O encontro de Raul Jungmann, ministro da defesa colombiana, Luiz Carlos Villegas, e comandantes das Forças Armadas dos dois países, é o primeiro de uma rodada de conversas bilaterais sobre defesa com os países da América do Sul, com o intuito de ampliar a cooperação no combate aos problemas que ocorrem nas fronteiras, principalmente o tráfico de drogas. O encontro está previsto para ter início no começo da tarde.
Varredura do Exército em cadeia do AM acha jogos e armas;
Ainda não se sabe como objetos foram parar em cadeia. Unidade foi reativada após série de ocorrências violentas em prisões do AM.
Do G1 Am
A varredura realizada pelo Exército Brasileiro na Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus, na manhã desta terça-feira (31) resultou na apreensão de celulares, jogos eletrônicos, armas brancas e drogas. A cadeia foi reativada após uma série de ocorrências violentas em presídios do Amazonas, que resultou na morte de 65 e na fuga de 225 detentos.
No total, foram apreendidos 23 celulares, 41 acessórios de celular, três jogos eletrônicos, 42 armas brancas, um simulacro de arma de fogo, uma tereza (corda feita com tecidos) e 18 trouxinhas de substância entorpecentes.
Ainda não há informações sobre como esses objetos foram parar na cadeia, que está com visitações interrompidas.
Reativação de cadeia
A Cadeia Vidal Pessoa foi reaberta no dia 2 de janeiro para a acomodação de presos ameaçados de morte pela facção criminosa Família do Norte (FDN), apontada como responsável pelas mortes no Compaj.
A Cadeia Vidal Pessoa foi reaberta no dia 2 de janeiro para a acomodação de presos ameaçados de morte pela facção criminosa Família do Norte (FDN), apontada como responsável pelas mortes no Compaj.
Desde então, a Vidal Pessoa recebeu 284 presos transferidos de presídios do Amazonas por "medida de segurança". A intenção do governo era isolar os membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) dos presos da FDN.
No entanto, mesmo lá eles ainda não estavam seguros. Dias depois, uma outra rebelião que ocorreu na Cadeia Vidal Pessoa no domingo (8) deixou quatro presos mortos e sete feridos.Apos a transferência, 20 presos levados à Vidal chegaram a ser levados para Unidade Prisional de Itacoatiara, a 270 Km da capital em razão de riscos de mortes.
A revista conta com a participação de 132 policiais do Comando de Policiamento Especializado (CPE), além de 103 homens do Comando de Policiamento Metropolitano (CPM), totalizando 235 policiais. Na área externa do presídio, homens de Exército estavam de prontidão. Um helicóptero dá apoio à ação.
O perímetro da cadeia foi interditado. A interdição afeta a Avenida Sete de Setembro, entre Visconde Porto Alegre e Castelo Branco.
Rio de Janeiro e Mato Grosso pedem presença de Forças Armadas em presídios
Paulo Victor Chagas - Repórter Da Agência Brasil
Os governos do Rio de Janeiro e de Mato Grosso solicitaram ao presidente Michel Temer o envio de tropas das Forças Armadas para atuar em varreduras em penitenciárias estaduais. A partir dos pedidos, encaminhados nessa segunda-feira (30) ao Palácio do Planalto, o governo federal já pode autorizar o envio de militares para revistar celas em busca de armas, drogas e aparelhos celulares.
Três estados já haviam pedido reforço federal para apreensão de objetos proibidos em presídios: Roraima, Amazonas e Rio Grande do Norte. Os três estão no centro da crise no sistema prisional que deixou mais de 100 detentos mortos no começo do ano.
De acordo com o governo federal, pelo menos 1 mil militares serão liberados para atuar nas penitenciárias, a depender das demandas estaduais.
Hoje foi confirmada a transferência para presídios federais de cinco detentos apontados como líderes de rebeliões ocorridas na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal.
Ações serão em iniciadas em Aracaju e Natal
Projeto anunciado pelo ministério da Justiça visa operações integradas com os estados. Plano Nacional de Segurança foi anunciado nos primeiros dias do ano pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes
Elza Fiúza/ Abr
O governo federal anunciou nesta terça-feira (31) que terá início nesta semana a implantação do Plano Nacional de Segurança em duas capitais do País: Aracaju (Sergipe) e Natal (Rio Grande do Norte). O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, estará nessas cidades na quinta-feira e na sexta-feira para dar início ao projeto e detalhar as ações específicas que serão executadas em cada um dos estados.
Resultado de parceria entre a União e os governos estaduais, o Plano Nacional de Segurança é uma proposta integrada para enfrentamento da criminalidade. Foram definidos três eixos básicos: “integração, colaboração e cooperação” para alcançar de três objetivos principais: combater e reduzir o número de homicídios dolosos, feminicídios e crimes de violência contra a mulher; modernizar e racionalizar o sistema penitenciário; e dar combate integrado à criminalidade organizada transnacional.
Estão previstas ações de inteligências que, segundo o governo, serão tomadas em conjunto entre as polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar e as áreas penitenciárias federal e estaduais. Foram feitos mapas de todas as capitais, que serão atualizados em tempo real e marcarão os locais onde ocorreram e ocorrem os crimes em cada uma dessas cidades, permitindo que sejam feitas operações conjuntas para combatê-los, com o uso das polícias em nível federal e estadual e também a Força Nacional.
Depois de Aracaju e Natal, a previsão é que o terceiro piloto seja implementado nos próximos dias em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Na sequência, o plano será estendido às demais capitais e, depois, para as cidades das regiões metropolitanas.
Depois de Aracaju e Natal, a previsão é que o terceiro piloto seja implementado nos próximos dias em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Na sequência, o plano será estendido às demais capitais e, depois, para as cidades das regiões metropolitanas.
Crise penitenciária
O anúncio sobre a criação do plano foi feito após a deflagração da crise em diversos presídios do Brasil . Mais de 100 presos morreram em rebeliões em penitenciárias no Amazonas, Rio Grande do Norte e Roraima após confrontes entre facções criminosas rivais. A situação levou o governo a enviar a Força Nacional e as Forças Armadas para auxiliar as polícias e os agentes penitenciários.
Reportagem do iG publicada neste mês revelou que, entre 2009 e 2016, o governo federal gastou apenas 22,8% do que arrecadou para o Funpen (Fundo Penitenciário Nacional) . Em oito anos, a receita do fundo foi de R$ 1,7 bilhão. Entretanto, somente R$ 388 milhões foram reinvestidos em melhorias no sistema penitenciário. A falta de investimentos no sistema carcerário é apontada por especialistas como uma das razões para a crise.
Reportagem do iG publicada neste mês revelou que, entre 2009 e 2016, o governo federal gastou apenas 22,8% do que arrecadou para o Funpen (Fundo Penitenciário Nacional) . Em oito anos, a receita do fundo foi de R$ 1,7 bilhão. Entretanto, somente R$ 388 milhões foram reinvestidos em melhorias no sistema penitenciário. A falta de investimentos no sistema carcerário é apontada por especialistas como uma das razões para a crise.
Combate ao crime organizado
Nos primeiros dias do ano, o ministro Alexandre de Moraes anunciou que o Plano Nacional de Segurança irá incluir a instalação de câmeras da Polícia Rodoviária Federal, principalmente nas regiões próximas às fronteiras do País com outras nações, para impedir a entrada de armas e drogas no Brasil. Atualmente, há somente 98 equipamentos instalados.
PCC está recrutando guerrilheiros das Farc, diz jornal
De acordo com a reportagem, de 5% a 10% dos integrantes do Farc não estão dispostos a aceitar o acordo de paz assinado com o governo
Efe
Nova York - O Primeiro Comando da Capital (PCC) está recrutando membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para estender suas redes de narcotráfico pela América Latina, informa nesta terça-feira o "The Wall Street Journal".
O jornal americano, que cita investigações e dados apresentados por autoridades dos dois países, diz que os recrutados são militantes do grupo armado colombiano que estão em desacordo com o recente acordo de paz. "O PCC está oferecendo empregos às Farc", afirmou o ministro da Defesa da Colômbia, Luis Carlos Villegas, segundo o jornal, cuja reportagem foi assinada em São Paulo.
De acordo com a reportagem, de 5% a 10% dos integrantes do Farc não estão dispostos a aceitar o acordo de paz assinado com o governo. Caso sejam contratados pelo PCC, colocarão em risco os esforços do governo colombiano para desmobilizar os guerrilheiros das Farc e pode até ampliar a influência de grupos criminosos brasileiros na Colômbia, acrescenta o jornal.
Segundo um promotor que investigou por dez anos o PCC, Lincoln Gakiya, essa organização está tentando assumir o controle das rotas de contrabando no Brasil que estão em poder de outros grupos criminosos e trabalhar diretamente com os fornecedores de cocaína colombianos. "O PCC está obsessivo em conseguir treinamento militar", disse Gakiya.
Sem apoio entre países não há como acabar com problemas nas fronteiras, diz ministro
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, está em Manaus participando de um encontro com os comandantes das Forças Armadas do Brasil e Colômbia, para dialogar sobre a segurança na fronteira entre os países
Rafael Seixas - Manaus (am)
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, comentou sobre as dificuldades de fazer a segurança nas fronteiras da Amazônia durante a reunião realizada nesta terça-feira (31) na sede do Comando Militar da Amazônia, no bairro Ponta Negra, na Zona Oeste de Manaus. Segundo ele, existe uma dificuldade de logística para realizar a tarefa, mas sem o apoio dos países vizinhos não há como acabar com os crimes fronteiriços.
“Muitas vezes perguntam por que não há mais efetivos na linha de fronteira? Sustentá-los é um problema logístico que não se pode esquecer ou extrapolar. Os pelotões de fronteira têm em média 70 de efetivo. Eles contam com a segunda linha que são os batalhões que, por sua vez, tem a terceira linha que são as brigadas que chegam a 4 mil a 4.500 homens. Boa parte desses postos contam com pistas de aterrissagem, o que significa a possibilidade de deslocamento da segunda e da terceira linha para a primeira com muita rapidez, contando com a logística que temos da aeronave e toda frota fluvial”, declarou, perguntando ao comandante do 9° Distrito Naval da Marinha do Brasil, vice-almirante Luís Antônio Rodrigues Hecht, o quantitativo da esquadra que atua na fronteira do Amazonas.
“Na Amazônia temos 5 navios de patrulha fluvial, 4 navios de assistência hospitalar, que também conta com a presença do Estado, 3 navios hidroceanográficos fluviais, mais de 170 embarcações em toda a Amazônia. O efetivo do 9° Distrito Naval por toda a Amazônia é de cerca de 2.800 homens. Temos mais 5 aeronaves esquilo monoturbina que fazem o apoio, reconhecimento e interceptação em toda essa área de 2 milhões e 300 quilômetros quadrados”, respondeu o comandante.
De acordo com o ministro, não há como acabar com os problemas da fronteira sem esta cooperação dos países vizinhos, por isso a reunião com as autoridades e com as forças colombianas representa um avanço para a solução do tema.
“Não esqueçam o seguinte: é impossível resolver os problemas transfronteiriços sem contar com o apoio e cooperação dos países vizinhos. É por isso que esse encontro com a Colômbia se reverte da maior importância e significação, não só em termos de defesa e soberania, que são importantíssimos, mas também em relação a sistemas”, disse Jungmann, que está em Manaus participando de um encontro com o ministro da defesa colombiana, Luiz Carlos Villegas, e com os comandantes das Forças Armadas dos dois países, para dialogar sobre a segurança na fronteira entre Brasil e Colômbia.
O encontro é o primeiro de uma rodada de conversas bilaterais sobre defesa com os países da América do Sul, com o intuito de ampliar a cooperação no combate aos problemas que ocorrem nas fronteiras, principalmente em relação ao tráfico de drogas.
Mais uma vez, Alexandre de Moraes vai para casa de FAB
A novidade é: desta vez, ministro nem se deu ao trabalho de tentar justificar o gasto do dinheiro público
Radar On-line - Por Gabriel Mascarenhas
Houve um tempo em que Alexandre de Moraes pelo menos marcava compromissos em São Paulo na tentativa de justificar o uso do avião da FAB para voltar para casa às sextas-feiras.
Ao que parece, agora o candidato a ministro do Supremo largou de mão.
Na sexta-feira, dia 20, Moraes embarcou no avião da Força Aérea em Brasília na hora do almoço, rumo a São Paulo. Ele só retornou à capital na segunda-feira, dia 23, às 9h50, também em voo da FAB, lógico.
Na agenda desses três dias em que o ministro permaneceu longe do local de trabalho não há sequer uma audiência com um tucano paulista, uma de suas saídas preferidas na época em que ainda se dava o trabalho de explicar as viagens nas aeronaves oficiais.
Melhor arqueiro do país tira R$ 15 mil do bolso para fazer treinos na Europa
Sem um técnico para o time brasileiro como foi durante o ciclo olímpico, Marcus D. Almeida organiza sua agenda; CBTarco diz que atividades não trarão "ganho técnico"
Por Thierry Gozzer Rio De Janeiro
Prodígio do tiro com arco brasileiro, Marcus Vinícius DAlmeida era uma esperança para a Rio 2016. Trazer uma medalha inédita para o país na modalidade era um sonho, mas fincar o nome entre os principais atletas da modalidade poderia ser uma realidade. Acreditando nisso e investindo também a longo prazo no potencial do jovem de 18 anos, a Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTarco) levantou praticamente R$ 900 mil para o carioca. Os valores somavam os ganhos mensais de Bolsa Pódio e também um convênio firmado com o Ministério do Esporte no valor de R$ 653 mil. Para 2017, porém, o arqueiro que conseguiu resultados expressivos no último ciclo olímpico teve que investir R$ 15 mil por conta própria para se aprimorar e treinar na Europa.
No último dia 25, Marcus embarcou para uma série de treinos no Velho Continente. Ele passará por Portugal, sua primeira parada, Espanha, Itália, Suíça e França. O investimento vem do próprio bolso, num misto de patrocínios privados, seu salário como militar da Força Aérea Brasileira (FAB) e o Bolsa Atleta que tem direito pelos resultados obtidos. O montante não conta com qualquer auxílio direto da CBTarco, que ainda não validou com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) o seu planejamento da temporada e desde a saída de Evandro de Azevedo após as Olimpíadas, não contratou um novo técnico para a seleção brasileira.
Os treinos de Marcus não foram combinados com a Confederação Brasileira de Tiro com Arco, que não opinou sobre a escolha do jovem. Enquanto está fora do Brasil, Marcus ficará fora da primeira seletiva do ano, no dia 4 de fevereiro, que convocará a seleção para as primeiras competições do ano. Mesmo assim, ele espera não ficar fora da seleção. Presidente da CBTarco, Vicente Fernando Blumenschein não confirma a presença do carioca na seleção, mas também não descarta, dizendo: "Acho difícil que ele não consiga uma vaga". Marcus espera o mesmo.
- Faço tudo sonhando com uma medalha olímpica. Buscando melhorias sempre para mim. Não posso esperar ninguém. No regulamento dizia que uma das escolhas seria técnica. São três vagas no time masculino e que um arqueiro é a escolha técnica. O que posso fazer é esperar a convocação e se Deus quiser estar dentro dessa escolha técnica - disse o arqueiro.
Marcus trata os treinos como importantíssimos para a temporada. Para 2017 ele tem dois Mundiais pela frente, o adulto e o juvenil. Além disso, os brasileiros vão participar apenas de duas das quatro etapas da Copa do Mundo e o Grand Prix do México em abril. Apesar dele colocar as atividades como primordiais para o ano, a CBTarco não avalia assim.
- Na verdade ele deve estar fazendo uma viagem de férias pela Europa, junto com outro arqueiro, aproveitando o baixo custo da hospedagem nos CT europeus. Tecnicamente não há nada a ganhar ou a perder daquilo que ele já sabe. Passar cerca de 4 ou 5 dias com 4 técnicos diferentes não deverá trazer melhoria nem prejuízo para o seu desempenho - diz Vicente, lembrando que nos dois primeiros anos do ciclo para Tóquio 2020 não haverá uma seleção permanente e que os atletas terão ajudas financeiras pontuais nas competições, além dos salários da FAB - os que estão incluídos no programa militar.
Apesar de não ter a seleção brasileira permanente, o presidente da CBTarco diz que já analisa nomes para assumir o time brasileiro e que o COB vai participar dessa decisão. Sobre a falta de um grupo treinando junto, como antes da Rio 2016, Marcus explica como tudo vem funcionando no momento.
- Hoje não temos uma seleção. Temos as seletivas e convocação. Quando há a seletiva, temos uma seleção. Quando passa a competição, não temos mais uma seleção de fato. Não temos um técnico nomeado. Todo mundo que treinou nas Olimpíadas, cada um treina no seu estado, com seu técnico do clube. É uma seleção daquele momento e não fixa - diz o jovem, que completou 19 anos em janeiro e treina em Maricá com Dirma Miranda, técnica do clube local e da seleção cadete e juvenil, quando revelou ele próprio.
A volta de Marcus DAlmeida ao Brasil está marcada para o dia 6 de março. O Mundial Adulto será na Cidade do México, de 15 a 22 de Outubro. O Juvenil será em Rosário, na Argentina, entre 2 e 8 de Outubro.
PORTAL MAIS PB (PB)
Amigo e ex-secretário é o primeiro a admitir publicamente: “Campos foi alvo de atentado”
Entrevistado na noite de ontem (30) no Frente a Frente, da TV Arapuan, o jornalista paraibano Evaldo Costa, ex-secretário de Comunicação de Pernambuco, confessou suspeita de que o presidenciável Eduardo Campos (PSB) fora alvo de um atentado político, e não simplesmente de um acidente aéreo. O desabafo, segurado por dois anos e meio, é o primeiro feito publicamente por alguém que conviveu tão longa e proximamente do ex-presidente nacional do PSB.
Para Evaldo – braço direito no Governo, secretário duas vezes e amigo de Campos – , adversários sabiam do potencial de Eduardo na disputa e, entre aqueles que temiam o “perigo que ele representava, havia gente com capacidade” para eliminá-lo.
Ao jornalista Heron Cid, apresentador do programa, Evaldo disse que esse sentimento não é isolado, mas compartilhado por pessoas do círculo de ex-auxiliares mais próximos e familiares do ex-governador de Pernambuco. “As pessoas evitam falar sobre isso. Podem dizer que você está doido”, explicou.
Na entrevista gravada no dia 12 de novembro do ano passado, no Recife, e somente exibida na noite desta segunda-feira, Costa lamentou que as autoridades brasileiras, especialmente a Aeronáutica, até hoje não tenham dado um parecer técnico convincente sobre as causas do acidente.
“O órgão [Cenipa] da Aeronáutica se limitou a dizer que os pilotos não fizeram determinado curso. Um avião não cai porque o piloto deixou de fazer um curso”, ironizou, criticando a superficialidade de todas as explicações para a queda do avião que matou um candidato à Presidência da República em plena campanha.
Acidente e investigação – O acidente aconteceu no dia 13 de agosto de 2014, em Santos, litoral paulista, onde Eduardo Campos teria agenda política.
O relatório final da investigação apresentado por oficiais do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira não aponta um único motivo que causou a queda do avião.
O Cenipa apontou quatro fatores que contribuíram para a queda do avião: a atitude dos pilotos, as condições meteorológicas adversas, a desorientação espacial e a indisciplina de voo. Também há fatores que podem ter colaborado, mas que não ficaram comprovados. Eventual fadiga da tripulação está no relatório.
INFOMONEY
Redação
Reforma da previdência deve incluir militares com mesmas regras, diz agência
Mesmas regras estabelecidas para os demais servidores seriam aplicadas aos profissionais das Forças ArmadasSÃO PAULO – A reforma previdenciária deverá incluir, sob as mesmas regras dos demais servidores, os profissionais militares, de acordo com uma “alta fonte do governo” que falou com a agência Reuters.
Até agora, as regras para essa classe de profissionais não foram mencionadas pelo governo, que disse no final de 2016 que as divulgaria neste ano com regras especiais.
Se aplicadas as regras comuns, militares terão tempo de contribuição progressivo a partir de 25 anos (recebendo entre 76% e 100% da média dos salários), além do teto de R$ 5.578 para o benefício. A idade mínima de 65 anos terá “algumas exceções”, ainda segundo a fonte da Reuters.
Militares atualmente contribuem ao INSS com 7,5% do salário, ante 11% dos demais servidores.
Congresso em foco
Por Lucio Vaz E Sylvio Costa
Governo propõe até março regras de aposentadoria e carreira para militares, informa Eliseu Padilha
“A carreira deles ficou defasada. Eles não fazem greve, estão sempre disponíveis, acabaram ficando pra trás”, disse o ministro da Casa Civil ao Congresso em Foco
O Congresso Nacional deverá receber ainda neste trimestre uma proposta do governo para alterar as regras de aposentadoria e pensões das Forças Armadas. O projeto de lei também introduzirá melhorias salariais e outros incentivos à carreira. A informação foi dada ao Congresso em Foco, com exclusividade, pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
O Congresso Nacional deverá receber ainda neste trimestre uma proposta do governo para alterar as regras de aposentadoria e pensões das Forças Armadas. O projeto de lei também introduzirá melhorias salariais e outros incentivos à carreira. A informação foi dada ao Congresso em Foco, com exclusividade, pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
“A carreira deles ficou defasada. Eles não fazem greve, não fazem movimento paredista nenhum, não têm operação padrão, eles estão sempre disponíveis, acabaram ficando pra trás. Pega a carreira de um general e pega de um desses moços que entram aí nesses vários concursos que a gente tem, vai ver que um general ganha a metade. É muito pouco. Deveremos mandar este projeto de lei neste primeiro trimestre”, afirmou ele.
A remuneração bruta de um general em fim de carreira está hoje em torno de R$ 20 mil. O valor representa menos da metade dos rendimentos brutos recebidos em dezembro de 2016 por um ministro do Supremo Tribunal Federal, de acordo com o portal do STF.
O salário de um ministro do Supremo – que serve de teto para o funcionalismo – é de R$ 33,7 mil, mas vantagens extras como auxílio-moradia, diárias e vale-alimentação costumam elevar significativamente esse montante. Por isso, vários ministros da suprema corte brasileira tiveram no mês passado ganhos brutos superiores a R$ 48 mil, com rendimentos líquidos acima de R$ 33 mil.
Por outro lado, as regras previdenciárias para os militares são bem mais generosas que para os demais trabalhadores. Enquanto os outros servidores públicos são obrigados a contribuir com 11% para a Previdência, eles recolhem 7,5%. Entre outras condições especiais, também podem se aposentar com 30 anos de serviço, independentemente da idade.
Segundo dados oficiais divulgados pelo governo na última segunda-feira (30), os gastos com aposentadorias e pensões das Forças Armadas geraram um déficit de R$ 34,069 bilhões no ano passado. Ou seja, quase a metade do resultado negativo de R$ 77,151 bilhões registrado pelo regime previdenciário dos servidores federais.
Daí o fato de o governo ter sido muito criticado ao deixar os militares de fora da proposta de reforma da Previdência em discussão no Congresso. Conforme Padilha, no entanto, a defasagem da carreira exigiu que houve “um prazinho a mais” para negociar “outros tópicos”.
Diário digital (MS)
Força Aérea Brasileira inaugura Ala 5 em Campo GrandeAla 5 será uma organização de nível tático, responsável pelas atividades de preparo e ações de emprego da FAB
Ala 5 será uma organização de nível tático, responsável pelas atividades de preparo e ações de emprego da FAB
A Base Aérea de Campo Grande (BACG) se transforma em Ala 5 a partir desta terça-feira (31). A cerimônia de ativação aconteceu na manhã de hoje. A mudança faz parte de um grande processo de reestruturação da Força Aérea Brasileira (FAB) com o foco voltado para a área operacional.
A Ala 5 será uma organização de nível tático, responsável pelas atividades de preparo e ações de emprego da FAB. Assim, a Ala será o símbolo de uma Força Aérea focada na proteção do espaço aéreo brasileiro. "Vamos conseguir focar no preparo do nosso efetivo e melhorar a nossa força", afirmou o comandante da Ala 5, Daniel Cavalcante.
A Ala será constituída basicamente por esquadrões aéreos, além de grupos, esquadrões e esquadrilhas especializados em manutenção de aeronaves, suprimento de aviação, armamento aeronáutico e segurança e defesa.
Nova estrutura da FAB - Em dezembro de 2016, a FAB começou a ativar as Alas e desativar as estruturas de Comandos Aéreos Regionais e Bases Aéreas. Estão sendo criadas 15 Alas, sediadas nas seguintes localidades: Anápolis, Belém, Boa Vista, Brasília, Campo Grande, Canoas, Galeão, Manaus, Natal, Santa Cruz, Santa Maria, São Paulo, Porto Velho, Recife e Salvador.
Atividades rotineiras como aquisições de materiais e serviços, pagamento de diárias, conservação e reforma de instalações, fornecimento de alimentação e manutenção de viaturas, que antes eram de responsabilidade de um comandante da Base Aérea, passam a ser executadas por órgãos especializados.
Dessa forma, a Força Aérea continuará sendo reconhecida por sua adaptabilidade e agilidade, tanto no planejamento quanto na execução das suas atividades, buscando a simplificação dos processos, sempre com eficiência e eficácia.
JANES.COM
Victor Barreira
Brazil withdrawing from Haiti UN mission in April
Brazil is beginning to withdraw its military contingent from the UN Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH) and plans to conclude the operation by 17 April.The Brazilian military contribution to MINUSTAH was planned to end in October 2016, but was extended for six months according to UN Security Council resolution 2313 on 13 October 2016.
Brazil has been the largest MINUSTAH military contributor, with some 35,000 personnel deployed over 25 contingents since. The mission was created in 2004. MINUSTAHs military component is commanded by Brazilian Army Lieutenant General Ajax Porto Pinheiro.
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