NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 17/01/2017 / Carro voador será testado até final do ano, diz presidente da Airbus
Carro voador será testado até final do ano, diz presidente da Airbus ...
A empresa quer usar o carro voador para evitar engarrafamentos em cidades ...
A Airbus planeja testar um protótipo de um carro voador autônomo como forma de evitar o engarrafamento em cidades até o final do ano, disse o diretor-executivo do grupo aeroespacial na segunda-feira, 16.
A empresa formou no ano passado uma divisão chamada Urban Air Mobility que está explorando conceitos como veículos para transportar indivíduos ou um veículo no estilo de helicóptero que pode transportar várias pessoas. O objetivo seria que reservassem veículos usando um aplicativo, semelhante aos sistemas de partilha de automóveis.
"Cem anos atrás, o transporte urbano foi subterrâneo, agora temos os meios tecnológicos para ir acima do solo", disse o presidente-executivo da Airbus, Tom Enders, na conferência de tecnologia digital DLD em Munique, acrescentando que ele esperava que a Airbus pudesse fazer voar um veículo de demonstração para transporte de uma pessoa até ao final do ano.
"Estamos em fase de experimentação, levamos este desenvolvimento muito a sério", disse ele, acrescentando que a Airbus reconheceu que essas tecnologias teriam de ser limpas para evitar mais poluição nas cidades congestionadas.
Ele disse que usar os céus também poderia reduzir os custos para os planejadores de infraestrutura das cidades. "Com o voo, você não precisa colocar bilhões em pontes e estradas concretas," disse.
Enders disse que a Airbus, como maior fabricante mundial de helicópteros comerciais, queria investir para aproveitar ao máximo as novas tecnologias, como a condução autônoma e a inteligência artificial, para inaugurar o que significa uma era de carros voadores.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Aeronáutica pretende privatizar gestão de rede de telecomunicações
Por meio de Parceria Público-Privada avaliada em R$ 3,4 bi, governo quer repassar à iniciativa privada sistema usado para defesa e controle do tráfego aéreo; Aeronáutica reconhece preocupação com proteção de dados e diz que criará mecanismos de segurança
Fernando Nakagawa E Anne Warth
A gestão da rede de telecomunicações usada pela Aeronáutica para a defesa, vigilância e controle do tráfego aéreo pode passar para a iniciativa privada em breve. O governo pretende quebrar um paradigma ao repassar a administração do sistema por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), a primeira da União. A Aeronáutica reconhece que há preocupação com a proteção dos dados e a segurança nacional, mas diz que criará mecanismos e contingências para se proteger.
O tema é polêmico, mas restrições orçamentárias e legais levaram o Comando da Aeronáutica a defender o modelo aberto. Dezessete empresas participaram da audiência pública, duas com maior interesse: o grupo mexicano Claro/Embratel e a americana Harris. As companhias apresentaram uma proposta que pode servir de base para o edital da licitação, que será lançado no fim deste semestre.
O contrato deve envolver R$ 3,4 bilhões em investimentos, operação e manutenção do sistema e durar ao menos 25 anos. No período, estão previstos três ciclos de atualização tecnológica. A expectativa da Aeronáutica é reduzir os custos com a gestão do sistema em 30%.
“A solução proposta está alinhada à demanda por otimização e racionalização da máquina pública”, cita o comando aeronáutico na documentação do projeto, que menciona também “pouca flexibilidade e agilidade” impostos pela legislação aos gestores públicos.
O chefe da divisão técnica da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo, coronel André Jansen, explicou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a ideia é contratar uma empresa que será integralmente responsável pelo projeto, instalação, operação, gestão e manutenção da rede de telecomunicações. O projeto deve consumir R$ 1,55 bilhão em investimentos e R$ 1,92 bilhão em custos operacionais.
A PPP prevê a criação de uma empresa exclusiva para a gestão da rede da Aeronáutica, com 100% de capital privado. O modelo permite participação de companhias individualmente ou em consórcio. Nessa empresa, haverá representantes da Aeronáutica no comando da gestão da rede e da segurança da informação.
Ainda que a gestão da rede de comunicações seja repassada a uma empresa privada, o controle do tráfego aéreo, que inclui voos comerciais e atividades de defesa, continuará nas mãos dos militares.
“Pretendemos ter um alívio nas contas públicas e previsibilidade dos gastos, sem nos preocupar com variações orçamentárias, podendo redirecionar esforços para nossa atividade-fim, que é o controle do espaço aéreo”, explicou o coronel.
Ao centralizar toda a rede de comunicações em uma só empresa, a Aeronáutica acredita que será possível atender mais facilmente à expansão do tráfego aéreo nacional e internacional. No futuro, esses sistemas vão exigir a transmissão de grande quantidade de dados em alta velocidade e de forma automática, dispensando contatos de voz entre pilotos e controladores de voo.
As atividades da empresa serão pagas mensalmente pela Aeronáutica. Está em estudo a possibilidade de que a companhia possa vender capacidade ociosa das redes para companhias aéreas, aeroportos, serviços de meteorologia e à comunidade local. Nesse caso, as receitas obtidas serão usadas para abater a contrapartida mensal paga pela União. Nos Estados Unidos e na Europa, segundo a Aeronáutica, projetos similares proporcionaram um alívio entre 5% e 10% no valor integral das parcelas.
Licitação
Atualmente, a Aeronáutica tem 68 diferentes contratos de serviço de telecomunicações entre oito órgãos, como o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e os Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta). A rede usa satélites, redes de fibra óptica e micro-ondas, além de instalações como estações terrestres. “Isso nos causa desgaste, gastos maiores e dificuldades em identificar necessidades e atualizar contratos”, diz Jansen.
A Aeronáutica se prepara para abrir a consulta pública e submetê-la ao aval do Tribunal de Contas da União (TCU). A ideia é realizar a licitação ainda até junho e contratar a empresa no início do segundo semestre.
Tirolesa de BH é fechada para instalação de sinalização
As atividades param nesta segunda-feira; os clientes com saltos agendados no período das obras terão reembolso do valor pago e poderão reagendar
A tirolesa de Belo Horizonte, localizado no Mirante do Parque da Mangabeiras, terá suas atividades interrompidas a partir desta segunda-feira, por ordem do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), órgão responsável pela vigilância do espaço aéreo brasileiro.
De acordo com a assessoria de imprensa da atração, o espaço implantará sinalizações de acordo com as exigências da Norma de Sistema do Comando da Aeronáutica. Durante as obras, a tirolesa não estará disponível ao público.
O em.com.br entrou em contato com a Cindacta, mas ainda não teve retorno sobre o caso.
Já, segundo a Tirolesa BH, os clientes que estão com saltos agendados no período de realização das obras poderão solicitar o reagendamento ou o reembolso do valor pago no e-mail tirolesabh@tirolesabh.com.br. Ainda não está definida a data de retorno das atividades.
Maior avião comercial do mundo, A380 vai fazer rota diária Guarulhos-Dubai
Aeronave com capacidade para 491 passageiros vai operar diariamente para os Emirados Árabes a partir de 26 de março.
Por G1 São Paulo
O maior avião comercial do mundo, o Airbus A380, começa a operar regularmente no Aeroporto Internacional de São Paulo, a partir de 26 de março, informou a GRU Airport. A aeronave com capacidade para 491 passageiros vai fazer a rota Dubai-Guarulhos pela Emirates Airlines.
Esta será a primeira operação comercial de um A380 na América do Sul. Atualmente, a rota é feita com um Boeing 777-300ER.
O primeiro voo vai sair de Dubai às 8h35 e pousará diariamente em Guarulhos às 16h30. A partida de Guarulhos está marcada para a 1h25 com chegada prevista em Dubai às 22h55.
O avião tem 14 assentos para a Primeira Classe, 76 para a Business e 401 para a Econômica.
Ministro da Defesa vai solicitar construção de presídio federal em Pernambuco
Raul Jungmann disse, nesta segunda-feira (16), que reforçará pedido ao ministro da Justiça. Estado tem segundo maior déficit carcerário do Brasil.
G1 Pe
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou, nesta segunda-feira (16), em Olinda, no Grande Recife, que vai pedir ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, a instalação de um presídio federal em Pernambuco. De acordo com Jungmann, o estado é uma das unidades da Federação com maior possibilidade de receber um dos cinco novos estabelecimentos carcerários anunciados pelo presidente Michel Temer, no início de janeiro.
O ministro da Defesa ressaltou que a decisão final sobre os locais das novas unidades carcerárias será do Ministério a Justiça. De acordo com levantamento do G1, Pernambuco é o segundo estado do Brasil com a maior superlotação das cadeias, perdendo apenas para o Amazonas.
Raul Jungmann esteve em Pernambuco para anunciar mudanças no sistema de alistamento militar. A construção de mais cinco presídios federais vai custar entre R$ 40 milhões e R$ 45 milhões ao governo federal.
De acordo com Jungmann, Pernambuco sai na frente na questão dos novos presídios federais. "Pelos últimos dados do anuário de segurança pública, há um déficit de aproximadamente 20 mil vagas. O estado faz muito bem em solicitar o presídio federal, mas a decisão vai caber ao ministro da Justiça. Vou reforçar esse pleito”, disse.
Questionado sobre os planos de controle da situação carcerária, após as três chacinas em presídios do Norte e Nordeste, Jungmann afirmou que uma das medidas de contenção da população carcerária que estão sendo estudadas é a aplicação de bloqueadores de celular e detectores de metal em todas as penitenciárias do Brasil.
Ele também disse que, caso necessário, as Forças Armadas estão à disposição para o controle da crise carcerária, que já deixou ao menos 115 mortos em presídios do Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte.
“Força Nacional não é força permanente e não cuida de presídio. Ela pode atuar na retomada de controle, mas a obrigação é dos estados. Quando elas não dão conta, faz-se um pedido de atuação. O novo Plano Nacional de Segurança já tem a previsão de instalação de bloqueadores de celular, raio-X e scanners em todas as penitenciárias do Brasil. O envio de detectores de metal também pode ser estudado, como os utilizados na Olimpíada”, afirmou.
Fronteiras
Na quarta-feira (18), o ministro visitará fronteiras do Brasil com alguns países, para reforçar o combate ao tráfico. Ele deve encontrar-se com os ministros da Defesa da Colômbia e do Peru, para montar um plano de combate a esse tipo de crime.
As fronteiras do Brasil têm cerca de 17 mil quilômetros, o que equivale à distância até a Ásia, por exemplo. Segundo Jungmann, a ajuda de outros países é essencial por alguns deles serem grandes focos de produção de drogas e contrabando de armas.
“O combate ao tráfico de armas e drogas depende também dos vizinhos, é um trabalho a ser feito por muitas mãos. Atualmente, temos cerca de 35 mil homens cuidando das fronteiras. Estamos ampliando a fiscalização empregando aparelhos como visão noturna, radares móveis e procuramos arrendar um satélite de baixa altitude”, disse.
Dono de helicóptero clonado que caiu deverá prestar depoimento
Segundo o Cenipa, aeronave é clonada e polícia agora irá investigar. Helicóptero caiu em Buritama (SP) na sexta-feira (13).
Do G1 Rio Preto E Araçatuba
A Polícia Civil vai chamar para depor o piloto do helicóptero que caiu na sexta-feira (13), na região rural de Buritama (SP). A investigação não será apenas pela queda da aeronave, mas também sobre o fato de a aeronave ser clonada, segundo o Cenipa.
Segundo a polícia, o primeiro passo da investigação é encontrar o piloto. A polícia afirma que Antônio Carlos Franco pilotava a aeronave e, de acordo com a Anac, o empresário de 66 anos não tem licença para pilotar helicópteros. A TV TEM tentou entrar em contato com o empresário e foi até a casa dele, mas não conseguiu falar com ele.
De acordo com o Cenipa, Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos, o prefixo encontrado na aeronave é de um outro helicóptero. Os investigadores identificaram também o prefixo original da aeronave, que está com o licenciamento vencido. Como o helicóptero é clonado, a investigação não será mais do Cenipa, mas da Polícia Civil.
Uma equipe do Cenipa chegou a ir até o local do acidente no sábado (14). Segundo o Cenipa, como houve uma violação no helicóptero, a equipe interrompeu a investigação. A aeronave foi apreendida e levada por um guincho para um pátio de veículos em Buritama.
O helicóptero que caiu estava com duas pessoas. Franco teve ferimentos leves e o outro passageiro teve uma fratura na mão e teve alta na manhã desta segunda-feira (16) de um hospital em Araçatuba (SP).
O acidente
O helicóptero caiu na tarde de sexta-feira (13) na região rural de Buritama, próximo ao rio Tietê. De acordo com os bombeiros, duas pessoas estavam na aeronave. Segundo o Corpo de Bombeiros de Birigui (SP), os dois foram socorridos por moradores da região e levados para a Santa Casa de Buritama.
Testemunhas disseram para a polícia que o acidente foi por volta das 17h. O helicóptero decolou de um clube, a dois quilômetros da queda. Moradores do local ouviram barulho da aeronave, que tentou pousar em um pasto, mas não conseguiu. Ao tentar pousar em outro local, acabou batendo em um fio de alta tensão e caindo.
Outro caso
De acordo com a Polícia Militar, esse mesmo piloto sofreu um acidente semelhante há aproximadamente dois anos. O acidente foi em dezembro de 2014. O helicóptero caiu no meio de um canavial minutos depois de decolar de uma propriedade rural. Na época o piloto sofreu apenas ferimentos leves e o passageiro chegou a ser encaminhado para UTI do Hospital de Base em São José do Rio Preto (SP).
Naquele acidente, a Anac confirmou que o empresário Antônio Carlos Franco, que pilotava o helicóptero, não tinha licença para comandar a aeronave e que também estava com a documentação vencida.
Polícia investiga queda de avião agrícola em Santana do Araguaia, PA
Acidente aconteceu no sábado, 14, e vitimou o piloto, de 44 anos. Dono da fazenda e proprietário do avião podem ser indiciados por homicídio
G1 Pa
A Polícia Civil investiga a queda de um avião agrícola no último sábado (14), no município de Santana do Araguaia, na região sul do Pará. Na aeronave estava apenas o piloto, Ismael Kettermani, de 44 anos.
A vítima pulverizava veneno no pasto de uma fazenda. Segundo testemunhas, o piloto fez três pulverizações e na quarta, quando estava retornando, teria perdido o controle do avião que caiu de bico em uma área de mata.
De acordo com a Polícia Civil de Santana do Araguaia, o dono da fazenda e o proprietário do avião podem ser indiciados por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Nenhum dos dois apresentou os documentos de vistoria da aeronave, a permissão de voo e nem o brevê do piloto.
O corpo de Ismael Kettermani foi encaminhado para o Estado do Rio Grande do Sul, onde ele morava com a esposa e a filha.
Temer reunirá área de inteligência para montar força-tarefa de combate a facções
Presidente vai receber nesta terça (16), às 12h, representantes de PF, Abin, Forças Armadas, GSI, Receita e Coaf; segundo o colunista Gerson Camarotti, governo quer unificar a ação dos órgãos de inteligência.
Luciana Amaral G1, Brasília
Diante da escalada da violência nos presídios, o presidente Michel Temer convocou os órgãos de inteligência do governo federal para uma reunião nesta terça-feira (17), no Palácio do Planalto. No encontro marcado para o meio-dia, informou o colunista do G1 e da GloboNews Gerson Camarotti, o peemedebista vai tentar montar uma força-tarefa dos órgãos de inteligência para combater nacionalmente o crime organizado.
A ofensiva do Executivo federal contra as facções não se limitará à área de inteligência. Mais cedo, às 9h30, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, receberá, na sede do ministério, os secretários de Segurança Pública estaduais e do Distrito Federal para debater a implementação do Plano Nacional de Segurança, lançado pelo governo há cerca de dez dias.
A reunião entre Moraes e os secretários foi convocada diante da crise no sistema carcerário do país. Ao londo das últimas duas semanas, diversas rebeliões foram registradas em complexos penitenciários, principalmente em estados das regiões Norte e Nordeste.
Com o cenário de crise no sistema prisional, o poder Judiciário também tem atuado em frentes de combate à violência nas cadeias. A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, por exemplo, que já esteve em Manaus e recebeu presidentes de tribunais de justiça, se reunirá nesta terça com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), para discutir a crise.
A entidade organizou um encontro entre 30 juízes de varas de Execução Penal de todo o país com o objetivo de estudar medidas para combater a violência nos presídios (leia detalhes mais abaixo).
Somente nos primeiros 15 dias do ano, mais de 100 presos foram mortos em rebeliões, por exemplo, no Amazonas (60), em Roraima (31) e no Rio Grande do Norte (26).
Diante desse cenário, a Procuradoria Geral da República já abriu processos para apurar os sistemas penitenciários e, dependendo da avaliação, poderá até pedir intervenção federal ao STF.
Entre os pontos que deverão ser discutidos na reunião desta terça no Ministério da Justiça estão aqueles que preveem a implementação em conjunto com os governos estaduais, entre os quais o mapeamento do sistema penitenciário e das zonas violentas.
Segundo a pasta, Moraes e os secretários estaduais deverão discutir, ainda, a instalação dos núcleos de inteligência, nos quais serão reunidas forças policiais e de investigação.
Presídios
Outra medida que, segundo o ministério, deverá ser discutida nesta terça é a construção de presídios estaduais e de cinco penitenciárias federais.
Segundo o Blog do Camarotti, quer prioridade para a construção dos cinco presídios federais no prazo de um ano (assista no vídeo acima).
Em entrevista à agência Reuters, publicada nesta segunda (16), o peemedebista disse que quer "agilizar" as construções desses presídios.
"Queremos agilizar a construção desses presídios. Pelas vias tradicionais, isso pode levar de dois a três anos e nós encontramos formas pelas quais, por meio de pré-moldados, talvez em um ano você consiga fazer a construção de todos esses presídios", disse Temer à Reuters.
Execução Penal
Também para esta terça, está prevista uma reunião, organizada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), entre 30 juízes de varas de Execução Penal de todo o país.
De acordo com a entidade, serão discutidas questões estruturais das varas, medidas implementadas com sucesso e a criação de um fórum nacional para discutir de forma permanente o sistema carcerário do país.
Na semana passada, a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, pediu aos presidentes de 25 tribunais de justiça estaduais e do DF "esforço concentrado" para examinar processos de execuções penais dos presos (relembre no vídeo abaixo).
Governadores
Segundo apurou o G1, está prevista para esta quarta (18) uma reunião entre o presidente Michel Temer e governadores de todo o país para assinar acordos entre os estados e a União para viabilizar a implementação do Plano Nacional de Segurança.
O plano prevê, entre outros pontos, implantação de centros de inteligência integrados das polícias nas capitais; criação de forças-tarefa no Ministério Público para investigações de homicídios; e fortalecimento do combate ao tráfico de armas e drogas nas fronteiras.
Lançado como uma resposta à crise nos presídios, o plano, porém, na avaliação de especialistas na questão penitenciária, prevê ações "genéricas" e "ineficazes".
Encontro reúne apaixonados por aviões em São Mateus, ES
Mais de 60 aeronaves ficaram expostas no aeroporto da cidade. Esquadrilha Céu, do Rio de Janeiro, fez apresentação.
Kaio Henrique
O município de São Mateus, no Espírito Santo, sediou um encontro de aeronaves e apaixonados por aviação neste sábado (14) e domingo (15), no aeroporto da cidade. O evento contou com exposição de aviões e apresentação da Esquadrilha Céu, do Rio de Janeiro.
O encontro reuniu mais de 60 aviões e atraiu dezenas de pessoas. De acordo com o organizador, Lucas Mota, o objetivo é justamente esse. “É trazer um pouco mais de entretenimento para a cidade. Está fazendo sucesso, o pessoal está gostando bastante. Um segundo [encontro] com certeza a gente vai fazer”, disse.
Uma das aeronaves em exposição era do empresário Tadeu Milbratz. “Sou apaixonado por aviação, há mais de 20 anos que estou na aviação. Eu gosto. Para mim, é o meu maior prazer”, disse.
Pilotos da esquadrilha Céu, do Rio de Janeiro, fizeram uma apresentação. A idade dos pilotos chamou atenção. “Todos são velhos. O mais velho tem 74 e o mais novo 52”, brincou um deles, Gustavo Albretch.
Ele contou que a organização da esquadrilha aconteceu quando eles se aposentaram da Força Aérea. “Voamos na Força Aérea Brasileira, todos fomos pilotos de caça, treinamos a vida inteira e quando fomos para reserva, cada um comprou seu avião e resolvemos juntar para brincar juntos”, explicou Albretch.
Carmem Lúcia insiste em recontagem de presos e usará Exército
Christina Lemos
A ministra Carmem Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, está convencida de que ninguém sabe exatamente o tamanho do problema por trás da crise que já provocou mais de 130 mortes nos presídios. E não abrirá mão da realização de um censo para a recontagem da população carcerária do país.
A magistrada já fez a primeira reunião com o comando do Exército e com o IBGE. Pelos planos de Carmem Lúcia, aos militares caberá mapear todas as unidades prisionais do país, federais e estaduais. Os técnicos do IBGE farão o censo, de acordo com as condições que serão definidas no âmbito do Conselho Nacional de Justiça.
Para isso, a ministra dependerá do Executivo. Estima-se que a operação custe R$ 18 milhões - dinheiro que virá dos cofres federais, cuja chave segue guardada com o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Jovens do sexo masculino que completam 18 anos em 2017 devem se alistar
Alerta foi feito pelo Ministério da Defesa, Raul Jungmann, durante ação de conscientização em Olinda
Por Gabriel Dias
Assim como ocorre anualmente, os jovens brasileiros do sexo masculino que completam 18 anos agora em 2017 devem realizar o alistamento militar até o final de junho. O alerta foi feito pelo Ministério da Defesa durante ação de conscientização em Olinda. As inscrições podem ser feitas através de uma plataforma online ou na Junta de Serviço Militar (JSM) mais próxima da residência do candidato.
Em média, 1,8 milhão de rapazes se alistam todos os anos, mas apenas 100 mil são convocados à servir devido ao excesso de contingente. Em Pernambuco 55 mil jovens devem realizar o processo.
De acordo com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o serviço militar garante oportunidades aos jovens. “Ao longo de 12 meses, o jovem vai ter uma rica experiência em capacitações, noções básicas de tiro, da atividade militar e profissionalização. Ele ganha também valores de disciplina, moral, ética e brasilidade”, analisou o ministro, acrescentando que o jovem recebe R$ 769,00 mensalmente ao longo do período.
Graças ao sistema online que funciona desde 2015, os jovens não precisam mais enfrentar longas filas para realizar o alistamento, como era visto antigamente. Através do site www.alistamento.eb.mil.br os rapazes realizam o cadastro e recebem a informação online de se serão convocados ou não.
Apenas em caso de dúvidas ou de congestionamento no site, os interessados devem procurar à junta. “Observamos uma diminuição de 70% nas filas”, afirmou a secretária da Junta de Serviço Militar de Olinda, Lilian Barbosa.
Para os jovens que não conseguiram realizar o cadastro online e estiveram nesta segunda-feira (16) na JSM de Olinda, o serviço será uma oportunidade de servir à nação. “Vou completar 18 anos e é obrigatório se alistar. Eu quero muito servir à minha pátria. O site estava congestionando, então me acordei às 5h30 da manhã para vir. Ainda bem que não tem muita fila”, disse o jovem Eduardo Nascimento de 17 anos.
Anderson Vinícius, 18, lembrou da necessidade do serviço. “Tem documentos para tirar, faculdade para fazer, além das eleições. É necessário, mas também é bom ajudar o país”, finalizou. As inscrições vão até o dia 30 de Junho. Mulheres não são obrigadas a se alistar.
Técnica que cuestionó plan de vuelo pide declarar en investigación colombiana
Agência Efe
La defensa de la extécnica aeronáutica boliviana Celia Castedo entregó hoy un escrito a la Embajada de Colombia en La Paz en el que la mujer "se pone a disposición" de la investigación oficial del accidente del avión de la aerolínea Lamia que lleva a cabo Aerocivil y ofrecer su testimonio.
El abogado de Castedo, Guido Colque, confirmó a Efe que buscan "colaborar con las investigaciones" y "esclarecer los hechos", puesto que Colombia alegó una falta de colaboración por parte de la Administración de Aeropuertos y Servicios Auxiliares a la Navegación Aérea (AASANA), la autoridad aeronáutica para la que trabajaba Castedo, quien se encuentra acogida en Brasil.
En el memorial presentado a la embajada, la exfuncionaria expresa su predisposición para "ponerse a disposición de Aerocivil Colombia, siempre y cuando esa instancia decida tomarle su declaración en calidad de testigo", hecho que debiera producirse en Brasil.
El avión de Lamia, en el que viajaba el club brasileño de fútbol Chapecoense, se estrelló el pasado 28 de noviembre cerca de la ciudad colombiana de Medellín tras quedarse sin combustible.
En el accidente murieron 71 personas, incluidos casi todos los jugadores del Chapecoense y quedaron con vida seis personas.
Castedo presentó cinco observaciones al plan de vuelo del avión y las reportó en tres ocasiones a la compañía aeronáutica, la primera dos horas antes del despegue y la última veinte minutos antes.
AASANA suspendió a su empleada el 30 de noviembre y la denunció el 2 de diciembre ante la Fiscalía de Santa Cruz (este), desde donde despegó el avión, por no avisar a sus superiores de las cinco observaciones que realizó al vuelo, entre ellas la constatación de que la autonomía de vuelo era igual al trayecto.
La exfuncionaria se encuentra acusada judicialmente por el supuesto delito de incumplimiento de funciones.
En otro escrito presentado a un juzgado anticorrupción boliviano la semana pasada, la defensa de Castedo critica que se haya hecho "una investigación irregular y a todas luces arbitraria" y pide un "debido proceso" que garantice a la acusada "el estatus de inocencia".
Además pide que la Fiscalía boliviana le tome declaración en Corumbá, el municipio brasileño donde se encuentra.
En su defensa, Castedo ha alegado que la Dirección General de Aeronáutica Civil (DGAC) de Bolivia había autorizado el vuelo de Lamia tres días antes del accidente, y que por tanto la autorización que hizo ella no tenía valor porque era un simple procedimiento.
Carro voador será testado até final do ano, diz presidente da Airbus
A empresa quer usar o carro voador para evitar engarrafamentos em cidades
Por Agências - Reuters
A Airbus planeja testar um protótipo de um carro voador autônomo como forma de evitar o engarrafamento em cidades até o final do ano, disse o diretor-executivo do grupo aeroespacial na segunda-feira, 16.
A empresa formou no ano passado uma divisão chamada Urban Air Mobility que está explora conceitos como veículo para transportar indivíduos ou um veículo no estilo de helicóptero que pode transportar vários pilotos. O objetivo seria que reservassem veículos usando um aplicativo, semelhante aos sistemas de partilha de automóveis.
"Cem anos atrás, o transporte urbano foi subterrâneo, agora temos os meios tecnológicos para ir acima do solo", disse o presidente-executivo da Airbus, Tom Enders, na conferência de tecnologia digital DLD em Munique, acrescentando que ele esperava que o Airbus pudesse fazer voar um veículo de demonstração para transporte de uma pessoa até ao final do ano.
"Estamos em fase de experimentação, levamos este desenvolvimento muito a sério", disse ele, acrescentando que a Airbus reconheceu que essas tecnologias teriam de ser limpas para evitar mais poluição nas cidades congestionadas.
Ele disse que usar os céus também poderia reduzir os custos para os planejadores de infraestrutura das cidades. "Com o voo, você não precisa colocar bilhões em pontes e estradas concretas," disse.
Enders disse que a Airbus, como maior fabricante mundial de helicópteros comerciais, queria investir para aproveitar ao máximo as novas tecnologias, como a condução autônoma e a inteligência artificial, para inaugurar o que significa uma era de carros voadores.
EXCLUSIVO: O Comando do Ar em 2030
Uma provocativa análise sobre o futuro do Combate Aéreo em 2030
DefesaNet traz com exclusividade para seus leitores a provocativa análise do pesquisador Vianney Jr publicada pela Real Sociedade Aeronáutica, do Reino Unido, uma das mais respeitadas entidades no meio aeroespacial, no ano de seu 150º aniversário.
Como caças e drones irão trabalhar em conjunto no futuro?
O ano é 2035. O caça da Lockheed Martin F-35 Lightning II está próximo de se tornar o último caça pilotado da Força Aérea, Marinha e Fuzileiros dos Estados Unidos da América. Substituindo a tradicional “Red Flag”, o exercício “Linked Flag” é o atual treinamento avançado de combate conjunto integrado, levando pilotos e máquinas ao limite. Esforçando-se para estabelecer uma conexão segura, mesmo sob intenso ataque cibernético das forças vermelhas, UCAVs – drones armados de combate, compartilham dados e a aquisição de alvos com os poucos pilotos humanos ainda presentes na frente de combate, por meio de um datalink tático criptografado de alta velocidade. A essa altura, as aeronaves com geometria e cobertura stealth (furtiva), respectivamente de dispersão e absorção de emissões de frequência radar, tentam manter alguma margem de “invisibilidade” aos novos sensores baseados em tecnologia VHF modificada, e plasma.
Os “aggressors” aqui, tal qual as ameaças do mundo de então, empregam capacidades integradas e baseadas em rede, como parte de uma estratégia de A2/AD, ou anti-acesso, e negação de área, em um cenário de um espaço aéreo altamente contestado. Assim sendo, é quase impossível para as clássicas plataformas C4ISR (comando, controle comunicações, computadores, inteligência, vigilância e reconhecimento), como as convencionais aeronaves AWACS (alerta antecipado e controle), realizar missões de gerenciamento de batalha neste frenético ambiente de ameaças.
Assim sendo, diante de cenário tão inóspito, as plataformas não-tripuladas, menores e dispersas como um enxame, se tornaram uma ferramenta crítica para se garantir uma rede sustentável – e com capacidade de sobrevivência, viabilizando o comando e controle descentralizado e eficiente. Neste cenário de 2035, observa-se que o combate aéreo eficaz relembra uma alcatéia de hienas cercando sua presa (a espécie pode não ser tão glamurosa, mas a efetividade de suas táticas de ataque são indiscutíveis). Essa tática de combate-em-massa, no qual a aeronave (sensor) que acopla os alvos está constantemente se alternando, ao mesmo tempo que compartilha posição relativa, altitude, velocidade, azimute, deslocamento destes alvos, por meio de flashs rápidos de datalink, produz a dispersão do foco de um pacote inimigo, mesmo quando em maior número e equipado com aeronaves de tecnologia superior. O resultado do “Jogo da Hiena”, quando precisamente executado, é uma completa confusão da consciência situacional do inimigo, induzindo à quebra de sua formação tática, e propiciando um ataque limpo de “uma das hienas” (shooter do momento), dentro das melhor zona de mortalidade (kill zone) especificada para o armamento empregado.
Mesmo com todo estes treinamentos e exercícios realísticos, a situação em 2035 é que as avançadas ameaças ar-ar e supercífie-ar estarão ao alcance de mais países, pelos quatro cantos do mundo. Muito diferentemente da vantagem do poderio aéreo experimentado pelos Estados Unidos nos anos 90, em torno de 2030 a estrutura militar aérea americana, mesmo detendo o maior poder aéreo global, não será capaz de contrapor, com a costumeira ampla margem de sucesso, o vasto leque de capacidades de adversários potenciais.
Mesmo com todo estes treinamentos e exercícios realísticos, a situação em 2035 é que as avançadas ameaças ar-ar e supercífie-ar estarão ao alcance de mais países, pelos quatro cantos do mundo. Muito diferentemente da vantagem do poderio aéreo experimentado pelos Estados Unidos nos anos 90, em torno de 2030 a estrutura militar aérea americana, mesmo detendo o maior poder aéreo global, não será capaz de contrapor, com a costumeira ampla margem de sucesso, o vasto leque de capacidades de adversários potenciais.
Guardando um lugar para o piloto humano
Cada vez mais, o meio militar se convence da capacidade dos sistemas não-tripulados executar com eficácia de forma autônoma missões ISTAR – informação, vigilância, aquisição de alvos, e reconhecimento / ataque / combate aéreo. Os drones, mais especificamente os UCAVs (unmanned combat aerial vehicles), têm estabelecido sua presença nas doutrinas de emprego da arma aérea, e isto parece ser um ponto sem volta.
Contudo, quando observamos o desenvolvimento dos modelos e táticas de emprego dos drones, ou UAVs, pelas forças americanas – que têm estado na vanguarda deste processo, vamos encontrar no presente estágio, diferenças conceituais acentuadas. A US NAVY tem caminhado em direção de elementos de Inteligência Artificial (IA), e seus esforços demonstram a operação de drones basicamente sob um modo pré-programado. A US AIR FORCE por sua vez, prioriza a pilotagem remota destes veículos aéreos. A diferença fica bem explícita na própria nomenclatura adotada por estas Forças. A Marinha utiliza o termo “operadores de drones”, ao passo que a Força Aérea adota a denominação de “pilotos de drones”.
A futura interação entre drones e caças pilotados por humanos tem sido objeto recorrente de estudos conduzidos por pensadores dos estudos de guerra, militares e pela própria indústria de defesa. Uma das interessantes questões emergidas destes estudos é aonde a melhor interação se daria: drones com caças monoposto, ou drones com caças biposto, com piloto e operador de armas e sistemas. Como exemplo, destaca-se que a França emprega seus Dassault Rafale biplace em missões mais complexas, sobre território com ambiente aéreo altamente contestado, entre estas as nucleares.
A futura interação entre drones e caças pilotados por humanos tem sido objeto recorrente de estudos conduzidos por pensadores dos estudos de guerra, militares e pela própria indústria de defesa. Uma das interessantes questões emergidas destes estudos é aonde a melhor interação se daria: drones com caças monoposto, ou drones com caças biposto, com piloto e operador de armas e sistemas. Como exemplo, destaca-se que a França emprega seus Dassault Rafale biplace em missões mais complexas, sobre território com ambiente aéreo altamente contestado, entre estas as nucleares.
Já com um robusto histórico, e o grande lagado de seus Naval Flight Officer (NFO), a US NAVY conhece com sobras as vantagens e amplitude das funções que podem ser absorvidas por uma tripulação dupla. Em favor da tecnologia e na contramão de sua experiência, a Marinha Americana com os F-35C, juntamente com os F-35B dos MARINES aposta que esta possível futura operação em conjunto com UCAVs repousa nas capacidades autônomas dos novos drones, e nos sistemas computadorizados dos Lightning II. Um único piloto conduz seu caça ao mesmo tempo que funciona como um controlador avançado (da sigla em inglês, FAC) de um grupo de drones de combate.
Estas mudanças são mesmo impactantes, e nelas instalam-se até mesmo as responsabilidades com a aquisição de meios e capacidades. Só para se ter uma idéia mais clara desta transformação e suas consequências, se olharmos para equipamentos e equipagens que compõem um porta-aviões da US NAVY, chamamos a atenção para o fato de que um X-47B (que já demonstrou sua capacidade de operação autônoma de pousos e decolagens no seletivo ambiente de um convoo) tem praticamente a mesma envergadura de um F/A-18 Super Hornet, o que o faz lembrar que por razões óbvias da Física, dois corpos não ocupam o mesmo lugar ao mesmo tempo. Logo, com as restritivas dimensões de um porta-aviões, para cada UCAV X-47B que entre, haverá a correspondente retirada de um caça tripulado. Assim, pode se deduzir que uma única aeronave com um humano pilotando, liderará entre um a quatro drones. Um tipo de formação tática que mantém a tomada de decisão nas mãos do homem. [Por quanto tempo mais?]
Encarando um futuro ameaçador
Em maio de 2016, o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea Americana (USAF) divulgou o documento Air Superiority 2030 Flight Plan (AS 2030), resultado do trabalho da Equipe de Iniciativas de Capacidades Colaborativas (ECCT), que centrou esforços na reunião de opções de capacidades requeridas para habilitar uma Força Conjunta de Superioridade Aérea em teatros operacionais altamente contestados no ano de 2030 e além.
De acordo com o pensamento doutrinário americano, expressado naquele documento, os tipos de capacidades das ameaças provavelmente avançaram em duas direções nos próximos 15 anos:
De acordo com o pensamento doutrinário americano, expressado naquele documento, os tipos de capacidades das ameaças provavelmente avançaram em duas direções nos próximos 15 anos:
i) Incremento dos cenários de ameaças: Os sistemas tradicionais, como aeronaves de caça, sensores e armas, com características avançadas e incorporação de melhorias tecnológicas, que estão ficando acessíveis a um número maior de países, fator que expande essas ameaças a cenários e locais diversos ao redor do globo;
ii) Incremento dos tipos de ameaças: O desenvolvimento de capacidades com efeito de negar a vantagem até então presumida do Poderio Americano no meio aéreo e espacial, tais como a intensidade de ameaças cibernéticas sofisticadas, armas hipersônicas, mísseis de cruzeiro com tecnologia stealth (furtiva), e modernos sistemas de mísseis balísticos convencionais.
ii) Incremento dos tipos de ameaças: O desenvolvimento de capacidades com efeito de negar a vantagem até então presumida do Poderio Americano no meio aéreo e espacial, tais como a intensidade de ameaças cibernéticas sofisticadas, armas hipersônicas, mísseis de cruzeiro com tecnologia stealth (furtiva), e modernos sistemas de mísseis balísticos convencionais.
É impossível não associar o polêmico (custo e prazo) desenvolvimento do caça de 5ª geração americano, F-35, com uma das conclusões apresentadas no AS2030: A equipe ECCT firmemente concluiu que a USAF deve evitar o pensamento focado em plataformas de “nova geração” (next generation). Esta “fixação” comumente cria um desejo de forçar os limites da tecnologia dentro dos limites de um programa formal. O alerta do documento quanto a esta questão, é que “forçando a barra destes limites dentro de um programa formal, aumenta-se o risco a níveis inaceitáveis, resultando em aumento de custo e atrasos no cronograma”. Novamente o AS2030 gera uma inevitável associação aos desafios de desenvolvimento deste caça de 5ª geração americano, quando descreve “o risco de cancelamento em virtude da quase inevitável performance abaixo das expectativas, que resulta na entrega de capacidades em atraso às necessidades por anos, ou mesmo décadas”.
Já em agosto de 2016, a USAF deu declarações sobre um futuro jato de caça, que seguiria ao F-35. Ao invés de mencionar um caça de 6ª ou 7ª geração, a Força Aérea Americana tem se referido a esta aeronave com os termos Next Generation Air Dominance (NGAD), ou Penetrating Counter Air (PCA). Para esta futura plataforma, a maior diferença com os caças como os conhecemos até aqui, será a forma de sua obtenção (desenvolvimento e aquisição), e a auto definição de “sensor––ponto-de-conexão” (sensor node), o que revela que estamos no fim de uma era. O piloto de caça como costumávamos imaginá-lo, é uma espécie ameaçada.
Enquanto isso, a Rússia já está desenvolvendo seu caça de 6ª, e possivelmente, de 7ª geração, de acordo com declarações do comandante-em-chefe de suas Forças Aérea e Espacial, General Viktor Bondarev. “Se a pesquisa e a fase de desenvolvimento [de vetores de futura geração] parasse agora, ira ser perdida para sempre”, afirmou Bondarev. A Rússia já decidiu que seu caça de 6ª geração será projetado para duas versões: pilotada, e não-tripulada. O comandante da Força Aérea Russa destaca as limitações do corpo humano, demonstrando encantamento com as possibilidades dos sistemas UCAVs, que segundo ele “são muito mais eficientes, e não estão sujeitos a qualquer limitação por fatores de carga [Força G]”. O General Bondarev ainda destaca sua visão do potencial futuro dos drones de combate russos: “você já imaginou a capacidade superior a dos humanos que um caça, bombardeiro, ou jato de ataque não-tripulado pode ter?”
Os enxames de drones consagrarão a tática das “hienas” ou das “abelhas”?
Em outubro de 2016 o Strategic Capabilities Office, do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (equivalente americano ao Ministério da Defesa brasileiro), em conjunto com o Naval Air Systems Center, bem-sucedidamente realizaram o lançamento e uma complexa sequência de testes com um enxame de micro-drones. Três caças da US NAVY F/A-18 Super Hornet lançaram 103 drones PERDIX, que demonstraram no experimento, comportamento de ação coletiva em estrutura de enxame, sem uma pré-programação individual, mas sim a cooperação e sincornização como que em um organismo coletivo, compartilhando um “cérebro descentralizado e distribuído”, assim, a tomada de decisão é feita pela adaptação mútua, como um enxame de abelhas que compartilham uma “missão” comum.
Aonde pequenos sistemas, baratos e autônomos encontrarão sua aplicação na disputa pelo comando do ar, vai depender dos requerimentos da missão, e limitar-se-á pela capacidade física de tais sistemas terem capacidade de trazer embarcados sensores e interfaces tecnológicas que integrem a composição de uma rede de batalha, apta a assegurar uma vantagem para as forças amigas envolvidas, e sua interoperabilidade.
Outra proposta de enxames de drones baratos e reutilizáveis, vem da DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency), com o GREMLINS, cujo principal objetivo é exatamente estender o alcance de detecção e engajamento para milhas à frente das aeronaves tripuladas de combate. Outra característica deste drone, seria sua capacidade de ser recolhido em voo por uma aeronave C-130.
Maior que o PERDIX, o SKYWALKER X6 chinês afirma em seus materiais de divulgação ser capaz de operar colaborativamente em rede e realizar missões de inteligência, vigilância e reconhecimento de forma integralmente autônoma. Acredita-se que a China disponha de drones kamikazes com cabeças de guerra.
Descobrindo uma maneira de lutar (e vencer)
Em um ponto, as visões do Ocidente e Oriente concordam plenamente: a interação entre caças pilotados por humanos e sistemas não-tripulados terão um papel definitivo no esforço pelo “comando do ar” nos disputados céus de 2030 e além.
No entanto, pelo lado dos militares americanos, não há a crença em uma única capacidade apta a uma solução “tiro e queda”, ou uma única “silver bullet”, a bala de prata em expressão nativa. Um foco multidisciplinar das capacidades se faz necessário. A equipe da ECCT reuniu usuários e operadores de todas as áreas e funções da USAF com as comunidades de aquisição, e ciência e tecnologia. Empregando modelagem, simulação e jogos de guerra, de maneira independente, o grupo foi capaz de identificar cinco macro áreas de desenvolvimento das capacidades necessárias à superioridade aérea em suporte à missões conjuntas:
No entanto, pelo lado dos militares americanos, não há a crença em uma única capacidade apta a uma solução “tiro e queda”, ou uma única “silver bullet”, a bala de prata em expressão nativa. Um foco multidisciplinar das capacidades se faz necessário. A equipe da ECCT reuniu usuários e operadores de todas as áreas e funções da USAF com as comunidades de aquisição, e ciência e tecnologia. Empregando modelagem, simulação e jogos de guerra, de maneira independente, o grupo foi capaz de identificar cinco macro áreas de desenvolvimento das capacidades necessárias à superioridade aérea em suporte à missões conjuntas:
(1) bases e logística;
(2) identificação, correção, acompanhamento, e análise (que corresponde à reunião e análise de dados de fontes em todos os domínios, extraindo as informações operacionais relevantes, e confiavelmente distribuindo as conclusões para a tomada de decisões críticas);
(3) identificação de alvos e seu engajamento;
(4) comando e controle (C2);
(5) imateriais (doutrina, organização, treinamento, conteúdo, lógica, recursos humanos, facilidades, e políticas – DOTMLPF-P, da sigla em inglês).
(2) identificação, correção, acompanhamento, e análise (que corresponde à reunião e análise de dados de fontes em todos os domínios, extraindo as informações operacionais relevantes, e confiavelmente distribuindo as conclusões para a tomada de decisões críticas);
(3) identificação de alvos e seu engajamento;
(4) comando e controle (C2);
(5) imateriais (doutrina, organização, treinamento, conteúdo, lógica, recursos humanos, facilidades, e políticas – DOTMLPF-P, da sigla em inglês).
O resultado prático produzido pelo AS2030 da ECCT foi o estabelecimento de cursos de ações de nível estratégico para mitigar “gaps” de capacidades, assim como, apontar oportunidades de mudanças de visão para a obtenção de maior eficiência e eficácia.
A lição por trás do AS2030 da USAF é, guardadas as devidas proporções e ajustadas às próprias realidades nacionais, válida para Forças Aéreas de todo o mundo. A otimização do formato atual e futuro de investimentos e de obtenção de capacidades requer mais que sempre uma abordagem holística e interdisciplinar das missões e correspondentes condições de uma determinada força aérea para que se possa garantir os requerimentos de operacionalidade [e poder dissuasório] adaptado ao cenário complexos de ameaças que veremos a partir de 2030.
A lição por trás do AS2030 da USAF é, guardadas as devidas proporções e ajustadas às próprias realidades nacionais, válida para Forças Aéreas de todo o mundo. A otimização do formato atual e futuro de investimentos e de obtenção de capacidades requer mais que sempre uma abordagem holística e interdisciplinar das missões e correspondentes condições de uma determinada força aérea para que se possa garantir os requerimentos de operacionalidade [e poder dissuasório] adaptado ao cenário complexos de ameaças que veremos a partir de 2030.
Definindo um drone em meio á revolução tecnológica
É fácil de se reconhecer a velocidade com que os drones têm ganhado espaço no emprego das forças militares, como também a forma como sua atuação em combate tem evoluído. Como exemplo, o bem sucedido Northrop Grumman X-47B, primeiro demonstrador de tecnologia para um veículo aéreo de combate não-tripulado (UCAS-D) a fazer pousos e decolagens em um porta-aviões da Marinha Americana, agora é anunciado como uma futura plataforma-tanque para reabastecimento aéreo.
Originalmente concebido em 2006 como um drone stealth (de baixa assinatura radar) de ataque profundo sobre espaço inimigo, o programa migrou em 2011 para uma versão um pouco menos furtiva, e com armamento mais leve, para operar embarcado nos porta-aviões da US NAVY, e serviria como um “gap filler” nas ações contraterrorismo, naquele momento ameaçadas pela eventual perda de bases de drones no Afeganistão. Em 2016, nova mudança, e o anúncio de que o X-47B será designado oficialmente MQ-25A Stingray, e servirá primariamente como reabastecedor em voo (o que parece mais uma cortina de fumaça para a retomada do propósito original). Para os países que estão desenvolvendo seus próprios drones, a evolução dos requerimentos e capacidades dos UAVs americanos podem representar um ponto de reflexão: em qual desenvolvimento mirar, e para quais missões focar em uma realidade de rápido avanço tecnológico?
Questões éticas
Não há dúvidas, agora, da relevância dos veículos aéreos não-tripulados nos conflitos da atualidade – particularmente nos ataques de precisão com efeitos colaterais minimizados, na eliminação de alvos de alta importância. Ainda assim, mesmo com a efetividade demonstrada nas operações onde têm sido empregados, os drones têm levantado questionamentos, o que só deve aumentar, em razão de um grau cada vez maior de autonomia dos “robôs de guerra”.
A constante evolução das tecnologias e a capacidade dos sistemas computadorizados os tem feito, no âmbito do combate: vê primeiro, melhor avaliar uma situação, e tomar decisões instantâneas, pondo mesmo em cheque as habilidades humanas como guerreiro mais qualificado. No segundo semestre de 2016, um sistema de inteligência artificial (IA) “piloto de caça”, batizado “ALPHA”, desenvolvido pela Psibernetix, não apenas derrotou outros “pilotos artificiais”, como também abateu um experiente coronel da reserva da Força Aérea Americana. Numa série de combates aéreos simulados, ALPHA teve sucesso em destruir o piloto humano toda vez, em engajamentos 1x1 em arena BVR (combate com mísseis além do alcance visual).
A conclusão após as simulações foi de que o “piloto” IA foi capaz de melhor posicionar-se após detectar seu oponente humano, calcular a melhor distância, altitude relativa e velocidade para lançar seus mísseis e obter a maior probabilidade de letalidade (Pk), executar precisamente manobras de quebra do acoplamento do radar do caça pilotado, e desengajar no melhor momento. Cada cálculo, pelo menos 250 vezes mais rápido do que o tempo necessário ao seu inimigo humano para que o visualizasse como um alvo em seu radar.
Quanto tempo mais para que um combate como este saia do ambiente de simulação, e um drone abata um piloto humano pela primeira vez? Quais serão as consequências quanto esta nova realidade demonstrar sua superioridade, e sua condição de decidir pela vida ou morte de um oponente? Seja ele outro sistema, ou um ser humano? Enquanto os militares ocidentais manifestam orgulho em manter o homem no centro da decisão quanto esta envolve o emprego de força letal, outras nações (ou mesmo atores não estatais, como grupos terroristas) podem não ter a mesma consciência. Liberando estes “imbatíveis” pilotos IA, assim como ALPHA, no primeiro dia de guerra pode criar um desconfortável dilema ético para todos os lados – ou seguir o exemplo, ou perder rapidamente!
Estas tecnologias despertam um delicado equilíbrio de questões éticas. Há uma percepção que o “cobate robótico” possa conduzir a uma falsa impressão do distanciamento da guerra, ou mesmo, a “videogamezação” das consequências mortais das batalhas. Outra discussão, é onde e quando os conflitos envolvendo drones se encaixam como confrontos assimétricos. Neste aspecto em particular, um problemático efeito colateral do emprego de sistemas não-tripulados aumentam o risco de ações terroristas nos países responsáveis por sua operação, como uma forma de retaliação a um inimigo que não se pode diretamente combater. A não exposição dos operadores de drones ao risco de morte ou ferimentos, muitas vezes a milhares de quilômetros do local do engajamento, desperta a crença de uma ética de guerra na qual “aquele que deseja matar, deve estar disposto a morrer”.
Estas tecnologias despertam um delicado equilíbrio de questões éticas. Há uma percepção que o “cobate robótico” possa conduzir a uma falsa impressão do distanciamento da guerra, ou mesmo, a “videogamezação” das consequências mortais das batalhas. Outra discussão, é onde e quando os conflitos envolvendo drones se encaixam como confrontos assimétricos. Neste aspecto em particular, um problemático efeito colateral do emprego de sistemas não-tripulados aumentam o risco de ações terroristas nos países responsáveis por sua operação, como uma forma de retaliação a um inimigo que não se pode diretamente combater. A não exposição dos operadores de drones ao risco de morte ou ferimentos, muitas vezes a milhares de quilômetros do local do engajamento, desperta a crença de uma ética de guerra na qual “aquele que deseja matar, deve estar disposto a morrer”.
Seu orçamento pode suportar?
Afora todas estas considerações, nuances e fatores, há a questão do custo x produção. “Estamos cometendo os mesmos erros hoje, que aqueles de quando nos vimos forçados à criar Top Gun [denominação não oficial da Navy Fighter Weapons School, que formou a elite da aviação naval americana]. Enamorados com as grandes tecnologias de última geração, não tendo rivais à altura por anos, e todos estão apostando que isso continuará assim para sempre. Eu estou apostando na China! Eles são capazes de produzir 6.000 novas aeronaves por dia e pô-las pra combater.
E aí quero ver o que vamos fazer!”. Estas palavras são atribuídas a Dan Pedersen, fundador e primeiro comandante da famosa escola americana, e nos fazem lembrar que temos visto nos conflitos recentes, equipamentos de 100 milhões de dólares sendo empregados contra armas do “Longedaquistão”, de mesmo fim, que custam 100 mil dólares. É claro que não se pode supor que tenham qualidade equivalente. Longe disso. Mas, ainda assim, se considerarmos um estrondoso “kill ratio” (razão de vitórias/perdas) chegar-se-á a um ponto onde seus bolsos estarão vazios, e você não terá sua “arma melhor” no fim da linha de montagem, a tempo de entrar em serviço.
Quebrando paradigmas
O “Comando do Ar” profetizado por Giulio Douhet em seu tratado se tornou realidade, e muito evolui desde a publicação do livro deste estrategista da arma aérea, no ano de 1921. Agora (e no futuro), mais do que sempre, conquistar o controle do espaço aéreo é uma condição fundamental para propiciar às forças amigas uma vantagem assimétrica para se obter a vitória. Superioridade aérea representa prevenção de ataques inimigos, liberdade para atacar, liberdade de acesso e consciência situacional.
A superioridade aérea total em espaço altamente contestado pode não ser um objetivo realista nos teatros de operação prognosticados para 2030 e anos seguintes. É mais racional se considerar, como atingir um nível menor de controle de um determinado espaço aéreo, por tempo limitado e sobre uma área geográfica requerida para a execução da operação pretendida. Desta forma, o desenvolvimento de capacidades para se prover superioridade aérea futura deve levar em conta os níveis de opções que possam dar aos comandantes para que disponham suas forças por um determinado período de tempo e dentro de um espaço definido. A rápida transformação dos ambientes operacionais exige a quebra de velhos paradigmas. Não é concebível para os dias de hoje que o desenvolvimento de sistemas de armas (sejam eles operados por humanos ou autônomos de inteligência artificial) continue a repetir as abordagens tradicionais.
A superioridade aérea total em espaço altamente contestado pode não ser um objetivo realista nos teatros de operação prognosticados para 2030 e anos seguintes. É mais racional se considerar, como atingir um nível menor de controle de um determinado espaço aéreo, por tempo limitado e sobre uma área geográfica requerida para a execução da operação pretendida. Desta forma, o desenvolvimento de capacidades para se prover superioridade aérea futura deve levar em conta os níveis de opções que possam dar aos comandantes para que disponham suas forças por um determinado período de tempo e dentro de um espaço definido. A rápida transformação dos ambientes operacionais exige a quebra de velhos paradigmas. Não é concebível para os dias de hoje que o desenvolvimento de sistemas de armas (sejam eles operados por humanos ou autônomos de inteligência artificial) continue a repetir as abordagens tradicionais.
O atual sistema de obtenção de capacidades, e seu formato linear de planejamento e desenvolvimento conduz a uma entrega sempre “atrasada-para-necessidade” de sistemas críticos. [grifo do editor: um bom exemplo, são alguns programas de obtenção de produtos de defesa em curso no Brasil, que quando da data final de entrega e sua entrada em serviço, já estarão defasados em relação à tecnologia, isso sem falar dos pagamentos, que ainda se arrastarão por anos, mesmo ante a essa defesagem]
O conceito analítico tech x timing x cost pode ser acessado para analisar os níveis de maturação técnica, a mitigação de gaps operacionais, custo, e nível de interdependências, o que reforça a necessidade de alavancar a experimentação e a simulação. Um eficiente esforço de modelagem, simulação e jogos de guerra, o qual pode levar à determinação de um portifólio consistente de inovações advindo dos setores de ciência e tecnologia, é considerado pela equipe da USAF que produziu o Air Superiority 2030 Flight Plan (AS 2030), a chave para o sucesso.
O conceito analítico tech x timing x cost pode ser acessado para analisar os níveis de maturação técnica, a mitigação de gaps operacionais, custo, e nível de interdependências, o que reforça a necessidade de alavancar a experimentação e a simulação. Um eficiente esforço de modelagem, simulação e jogos de guerra, o qual pode levar à determinação de um portifólio consistente de inovações advindo dos setores de ciência e tecnologia, é considerado pela equipe da USAF que produziu o Air Superiority 2030 Flight Plan (AS 2030), a chave para o sucesso.
Por meio da adoção desta abordagem, melhores opções serão criadas para que os futuros comandantes empreguem o conjunto de capacidades, integradas e centradas-em-rede, nos anos após 2030. Estas inovações tecnológias devem ser rápida e constantemente validadas através de uma eficaz prototipagem, e absorvidas ao atingirem um grau de maturação que permita sua incorporação, agregando capacidades avançadas dentro das Forças.
Tanto embora o tipo de abordagem, holístico e abrangente, adotado pelo AS 2030 tenha indubitavelmente beneficiado o pensamento acerca da Superioridade Aérea em espaços aéreos contestados, em torno de 2030, é ainda assim necessário constantemente aprimorá-lo, adicionando por exemplo, questões não especificamente militares, mas com alto poder de influência no resultado destas operações. Para além das pressões advindas de questões econômicas e financeiras, nós temos assistido em recentes eventos por diferentes partes do mundo, o incremento dos efeitos da opinião pública – dinamizados pela troca de informações em tempo real [grifo do editor: e muitas vezes influenciada por ações tendenciosas de setores da grande mídia], sobre os políticos responsáveis pela tomada de decisões [grifo do editor: leia-se, a explosão do populismo]. Os danos colaterais de uma operação militar – mesmo quando totalmente justificada e absolutamente necessária – podem gerar pressões contra a Força Militar, ou mesmo aumentar o risco de ameaças irregulares contra o estado. No final das contas, os medos, as expectativas e as demandas dos contribuintes serão refletidos em votos em uma próxima eleição. [grifo do editor: e o resultado já sabemos – nossos políticos não arriscarão seus projetos de poder ante à responsabilidade de decisões necessárias]
De volta ao início deste texto, nós concluímos que aquele exercício para a guerra aérea que será travada após 2035, começa aqui e agora.
RÁDIO JORNAL (PE)
Ministro da Defesa diz que PCC é estado paralelo instalado no Brasil
De acordo com Raul Jungmann, o PCC ainda tem representação no Paraguai e a Bolívia. Para ele, a disputa com o Comando Vermelho estaria causando rebeliões em presídios
O ministro da Defesa Raul Jungmann foi o entrevistado do debate da Super Manhã desta segunda-feira (16). Durante a entrevista, ele afirmou que um dos grandes problemas da segurança pública no País é a "disputa de mercado" por organizações criminosas. De acordo com Jungmann, o PCC, que seria a principal delas, está instalado em todo o País e funciona como um "estado paralelo".
Sobre Pernambuco, o ministro afirmou que se trata de um dos estados com maior população carcerária, sendo proporcionalmente o que apresenta maior número de presos provisórios. A entrevista contou com a participação do comunicador Geraldo Freire, o jornalista Gilvan Oliveira e o advogado João Bosco Tenório.
Defesa
Raul Jungmann começa nesta segunda-feira uma ação intensiva nas fronteiras do País. De acordo com o ministro, o Brasil é o terceiro país do Mundo em fronteira e tem a maior costa voltada para o Oceano Atlântico. Essas áreas precisam ser viagiadas pois são por onde circulam os agentes do tráfico de drogas, além de ser a porta de entrada de armas e imigrantes ilegais.
Usuários de drogas
De acordo com o ministro, cerca de 35% dos presos são usuários de drogas e muitos deles não cometeram nenhum outro crime violento além do consumo ilegal de entorpecente. "É preciso fazer uma diferença entre o traficante de droga daquele que é usuário. O melhor para a sociedade é você manter esse usuário dentro de um sistema penitenciário que está sobre total controle das facções criminosas e que vai transformá-lo em um criminoso ou ajudar ele a sair das drogas?", diz. Se você não separa os casos, acaba contribuindo para o crescimento da criminalidade. "Os usuários de droga acabam entrandi para uma das quadrilhas para sobreviver", diz.
Comandos do tráfico
De acordo com o ministro, não é de hoje que o Sistema Carcerário brasileiro apresenta falhas. Segundo ele, o Primeiro Comando da Capital, facção criminosa conhecida como PCC, está instalada em todo o País, sendo mais efetivo em alguns estados do que em outros, e também no Paraguai e na Bolívia. "O PCC pasdou, de 2014 para 2016, de 3 mil e pouco para mais de 13 mil integrantes. Isso que você está vendo é uma disputa de ex-aliados pelo comando do mercado", diz o ministro se referindo à rivalidade entre o PCC e o Comando Vermelho. "O que aconteceu em Manaus é uma vingança do Comando Vermelho para as mortes que aconteceram em Roraima, quando morreram 10. O PCC se vinga matando 33 em Roraima e agora, foram mortos 27 no Rio Grande do Norte, onde o PCC é mais forte", explica.
Crise no Sistema Prisional
São 2.776 unidades prisionais em todo o País, que comportam 394 mil detentos, mas abrigam 646 mil. "Isso representa um déficit de 252 mil vagas. Agora, você tem 244 mil presos provisórios que estão encarcerados sem julgamento", diz. "Só em Pernambuco, são 20 mil presos provisórios. Em termos absolutos, é o terceiro estado do País e em termos proporcionais é o primeiro", completa, explicando que se trata de um problema do Judiciário, que não dá conta de julgar todo mundo, e do sistema carcerário aplicado no País, que prende os suspeitos de crimes diferentes no mesmo local. "É um sistema complexo, que engloba polícias, sistema prisional, Ministério Público e Justiça. E eles são autônomos e independentes", afirma.
Mãos de ferro
Sobre o debate da legalização do consumo de drogas, Jungmann defende que uma terceira via entre o controle do Estado e a liberação completa seja debatida. "Antes temos que esvaziar as prisões de usuários e prender os grandes criminosos", diz. "Para os usuários, proponho tratamento, para os traficantes, mãos de ferro", completa.
INDÚSTRIA DE DEFESA E SEGURANÇA
Jungmann quer ampliar produtos brasileiros na Europa, África e Emirados Árabes
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, considera estratégicos para a indústria nacional os mercados da Europa, África e Emirados Árabes. Em entrevista exclusiva ao ID&S, Jungmann fala sobre sua estratégia para fortalecer a indústria nacional e atrair investidores em um contexto de cortes orçamentários e crise financeira.
ID&S: Ministro Jungmann, temos acompanhado os seus esforços para aumentar a comercialização internacional dos produtos de defesa brasileiro. Quais seriam as principais vantagens competitivas dos produtos brasileiros no mercado externo? Em que mercados o senhor enxerga maiores possibilidades de venda para os nossos produtos?
Raul Jungmann: A nossa Base Industrial de Defesa tem como diferencial o elevado nível de capacidade tecnológica instalada no País, com profissionais engenheiros e técnicos extremamente preparados para desenvolver os mais variados tipos de sistemas e soluções em equipamentos de defesa. Não é por acaso que os principais projetos estratégicos das Forças Armadas tenham como fornecedoras de componentes diversas indústrias nacionais. Além disso, em todos os nossos acordos de compra e venda de equipamentos de defesa, existe uma preocupação por parte do Brasil em oferecer um pacote que vai além e inclui, além da venda propriamente dita, uma série de vantagens (off set), que acabam abrindo espaço para novos negócios.
Apesar de já contarmos com um grande volume de parcerias internacionais estratégicas, para driblar o momento econômico difícil pelo qual o País vem passando, é preciso ampliar ainda mais esses mercados. Europa, África e Emirados Árabes são alguns dos mercados em que avaliamos possibilidades para ampliar parcerias.
ID&S: Qual a sua mensagem para os empresários e para os trabalhadores da cadeia produtiva da BID neste momento?
Raul Jungmann: Quero deixar uma mensagem de otimismo, pois, a despeito das dificuldades econômicas que deveremos enfrentar, nós estamos fazendo um grande esforço para levar ao centro de debates do governo federal as questões de Defesa e a necessidade de efetuar as mudanças que, de fato, impulsionem o setor. Da parte do Ministério da Defesa, asseguro a todos vocês que vamos batalhar incansavelmente para garantir as mudanças regulatórias, inteligência comercial e aumento das exportações dos produtos de defesa.
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