NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 15/01/2017 / Militares fazem acordo para comprar novos blindados ao custo de R$ 6,3 bi
Militares fazem acordo para comprar novos blindados ao custo de R$ 6,3 bi ...
Felipe Bächtold ...
O Exército pretende gastar nos próximos anos R$ 6,3 bilhões para atualizar e equipar sua frota de veículos blindados. O governo de Michel Temer fechou em 2016 dois contratos envolvendo os blindados Guarani: um deles com a montadora Iveco e outro com a subsidiária brasileira da fabricante israelense de armamentos Elbit.
O contrato com a Iveco, de R$ 6 bi, prevê a entrega de 1.580 veículos blindados até 2035. Com a empresa Ares, ligada à israelense Elbit, o prazo é mais curto. Serão 215 torres de armamentos para equipar esses veículos, ao custo de R$ 328 milhões, entregues ao longo dos próximos quatro anos.
O Exército informou que os pagamentos dependerão da disponibilidade de recursos do governo federal para esses projetos e que, no caso das torres, o cronograma ainda não foi definido e será montado "conforme a descentralização de recursos" do governo.
Disse ainda que os compromissos com as contratadas podem ser ajustados ao longo da vigência do acordo.
As duas empresas foram contratadas sem licitação.
Questionado sobre a contratação de despesas dessa magnitude em um período de acentuada dificuldade financeira do governo federal e de ajuste fiscal, o Ministério da Defesa orientou a reportagem da Folha a procurar o próprio Exército.
Os valores que serão gastos com os blindados correspondem a mais do que um ano de despesas da Câmara dos Deputados, por exemplo.
O Orçamento do Exército para 2017 foi estimado em R$ 40,8 bilhões –a maior parte para o pagamento de pessoal. Os investimentos para este ano (despesas com aquisição de equipamentos, obras ou instalações), segundo o projeto de lei orçamentária, seriam de R$ 1,8 bi.
Reclamações de militares sobre a escassez de recursos se tornaram frequentes nos últimos anos. O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, disse no ano passado que os cortes do governo federal poderiam provocar "perda de tecnologia" e problemas materiais.
Em mensagem em dezembro, o comandante disse prever para 2017 "o agravamento das dificuldades que assolam o país, com reflexo negativo no nosso orçamento e nos nossos salários".
Os militares, porém, ficaram de fora da proposta de Temer para a reforma da Previdência, uma das principais bandeiras do governo para este ano.
Metralhadoras
As torres que serão compradas para equipar os blindados são compostas por metralhadoras automatizadas.
A Ares informa em seu site que a torre funciona como uma "estação de armas" que pode ter operação remota, de dentro do veículo, ou manual. Os tiros são intermitentes ou em rajada.
Procurada, a Ares não respondeu perguntas encaminhadas pela reportagem.
O Exército mantém uma parceria com a empresa desde 2006 para desenvolvimento do projeto por meio de seu centro tecnológico.
A corporação informou que o pacote contratado inclui não são só os equipamentos, mas também a manutenção dos conjuntos, ferramentas e treinamento.
Também afirmou, em nota, que a Ares é uma empresa com sede no Brasil e com capital humano nacional.
Os blindados Guarani começaram a ser usados pelo Exército há três anos, em substituição aos modelos Urutu e Cascavel, adotados pelos militares brasileiros desde os anos 1970.
O principal modelo do Guarani tem tração em seis rodas, sete metros de comprimento e capacidade para transportar até 11 pessoas.
Foi desenvolvido com a Iveco em uma unidade em Minas. A empresa integra o grupo Fiat.
Nesta década, o principal investimento envolvendo a Defesa foi a compra de 36 caças Gripen da empresa sueca Saab para a FAB (Força Aérea Brasileira), formalizada entre 2013 e 2014. O valor anunciado à época era de US$ 5,4 bilhões (R$ 17,4 bi em valores atuais).
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Militares fazem acordo para comprar novos blindados ao custo de R$ 6,3 bi
Felipe Bächtold De São Paulo
O Exército pretende gastar nos próximos anos R$ 6,3 bilhões para atualizar e equipar sua frota de veículos blindados. O governo de Michel Temer fechou em 2016 dois contratos envolvendo os blindados Guarani: um deles com a montadora Iveco e outro com a subsidiária brasileira da fabricante israelense de armamentos Elbit.
O contrato com a Iveco, de R$ 6 bi, prevê a entrega de 1.580 veículos blindados até 2035. Com a empresa Ares, ligada à israelense Elbit, o prazo é mais curto. Serão 215 torres de armamentos para equipar esses veículos, ao custo de R$ 328 milhões, entregues ao longo dos próximos quatro anos.
O Exército informou que os pagamentos dependerão da disponibilidade de recursos do governo federal para esses projetos e que, no caso das torres, o cronograma ainda não foi definido e será montado "conforme a descentralização de recursos" do governo.
Disse ainda que os compromissos com as contratadas podem ser ajustados ao longo da vigência do acordo.
As duas empresas foram contratadas sem licitação.
Questionado sobre a contratação de despesas dessa magnitude em um período de acentuada dificuldade financeira do governo federal e de ajuste fiscal, o Ministério da Defesa orientou a reportagem da Folha a procurar o próprio Exército.
Os valores que serão gastos com os blindados correspondem a mais do que um ano de despesas da Câmara dos Deputados, por exemplo.
O Orçamento do Exército para 2017 foi estimado em R$ 40,8 bilhões –a maior parte para o pagamento de pessoal. Os investimentos para este ano (despesas com aquisição de equipamentos, obras ou instalações), segundo o projeto de lei orçamentária, seriam de R$ 1,8 bi.
Reclamações de militares sobre a escassez de recursos se tornaram frequentes nos últimos anos. O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, disse no ano passado que os cortes do governo federal poderiam provocar "perda de tecnologia" e problemas materiais.
Em mensagem em dezembro, o comandante disse prever para 2017 "o agravamento das dificuldades que assolam o país, com reflexo negativo no nosso orçamento e nos nossos salários".
Os militares, porém, ficaram de fora da proposta de Temer para a reforma da Previdência, uma das principais bandeiras do governo para este ano.
METRALHADORAS
As torres que serão compradas para equipar os blindados são compostas por metralhadoras automatizadas.
A Ares informa em seu site que a torre funciona como uma "estação de armas" que pode ter operação remota, de dentro do veículo, ou manual. Os tiros são intermitentes ou em rajada.
Procurada, a Ares não respondeu perguntas encaminhadas pela reportagem.
O Exército mantém uma parceria com a empresa desde 2006 para desenvolvimento do projeto por meio de seu centro tecnológico.
A corporação informou que o pacote contratado inclui não são só os equipamentos, mas também a manutenção dos conjuntos, ferramentas e treinamento.
Também afirmou, em nota, que a Ares é uma empresa com sede no Brasil e com capital humano nacional.
Os blindados Guarani começaram a ser usados pelo Exército há três anos, em substituição aos modelos Urutu e Cascavel, adotados pelos militares brasileiros desde os anos 1970.
O principal modelo do Guarani tem tração em seis rodas, sete metros de comprimento e capacidade para transportar até 11 pessoas.
Foi desenvolvido com a Iveco em uma unidade em Minas. A empresa integra o grupo Fiat.
Nesta década, o principal investimento envolvendo a Defesa foi a compra de 36 caças Gripen da empresa sueca Saab para a FAB (Força Aérea Brasileira), formalizada entre 2013 e 2014. O valor anunciado à época era de US$ 5,4 bilhões (R$ 17,4 bi em valores atuais).
Técnicos vão investigar causas da queda de helicóptero em Buritama
Equipe da Aeronáutica deve ir até o local do acidente. Helicóptero caiu com duas pessoas, que tiveram ferimentos leves.
Uma equipe da Aeronáutica deve vir a Buritama (SP) para investigar a queda de um helicóptero. A aeronave caiu nesta sexta-feira (13) na região rural da cidade. O empresário que pilotava e o passageiro já tinham se envolvido em um acidente aéreo parecido com esse, há dois anos.
O helicóptero caiu em uma propriedade rural às margens do rio Tietê. O servente Fernando Rodrigues dos Santos mora há poucos metros de onde a aeronave caiu e viu quando o helicóptero decolou de um clube que fica a aproximadamente dois quilômetros do local do acidente. “Acho que ele percebeu o barulho que o helicóptero fez e retornou para pousar, mas não conseguiu fazer o pouso forçado, veio para um pasto para tentar pousar, mas tinha um fio de alta tensão e acho que ele não viu, bateu e caiu”, afirma.
Fernando contou ainda que o passageiro conseguiu sair sozinho do helicóptero, o piloto acabou ficando preso. “Passageiro estava em cima do helicóptero, nós tiramos ele, o outro pediu ajuda porque estava enroscado no cinto, peguei uma faca para cortar o cinto e tirar ele do helicóptero”, diz.
Os dois homens foram levados para a Santa Casa de Buritama. Segundo a administração do hospital, os dois tiveram apenas ferimentos leves. No acidente desta sexta-feira, a polícia aguarda a chegada do Cenipa, órgão da aviação que vai investigar o caso. “No momento a gente deixa o local em segurança, para não vazar combustível e estamos aguardando a Aeronáutica para analisar o acidente”, afirma o capitão do Corpo de Bombeiros Wagner Peron.
A Polícia Militar está no local esperando a chegada dos técnicos da aeronáutica. No acidente, a parte onde fica o número que identifica o helicóptero ficou danificada, por isso ainda não há informações de quem era o dono e se tinha alguma irregularidade. A perícia deve esclarecer isso.
De acordo com a Santa Casa de Buritama, o empresário que pilotava a aeronave foi transferido para um hospital particular de São José do Rio Preto, mas já teve alta e passa bem. A TV TEM não conseguiu contato para falar sobre a falta da licença e sobre o acidente. O passageiro está internado em um hospital particular de Araçatuba e o estado de saúde dele não foi informado.
Outro caso
De acordo com a Polícia Militar, esse mesmo piloto sofreu um acidente semelhante há aproximadamente dois anos. O acidente foi em dezembro de 2014. O helicóptero caiu no meio de um canavial minutos depois de decolar de uma propriedade rural. Na época o piloto sofreu apenas ferimentos leves e o passageiro chegou a ser encaminhado para UTI do Hospital de Base em São José do Rio Preto (SP).
Naquele acidente, a Anac confirmou que o empresário Antônio Carlos Franco, que pilotava o helicóptero, não tinha licença para comandar a aeronave e que também estava com a documentação vencida.
Avião monomotor cai em Querência do Norte, e piloto desaparece
Polícia Militar encontrou 60 quilos de cocaína dentro da aeronave. Acidente ocorreu neste sábado (14); não houve registro de feridos.
Luciane Cordeiro
Um avião de pequeno porte caiu em Querência do Norte, no noroeste do Paraná, neste sábado (14). A aeronave estava carregada com 60 quilos de cocaína.
Segundo a Polícia Militar (PM), quando a equipe chegou até o local da queda, em uma fazenda de plantação de arroz, o avião estava caído e não havia vítimas. O piloto não foi encontrado.
A droga foi encaminhada à delegacia da Polícia Civil de Loanda, que conduzirá as investigações. Assim que o avião for retirado da fazenda, ele ficará no pátio da delegacia.
Piloto morre após queda de caça em show aéreo no Dia das Crianças da Tailândia
Um piloto da Força Aérea tailandesa morreu neste sábado (14) quando seu avião de caça caiu em um show aéreo nas celebrações do Dia das Crianças do país asiático, segundo relata a AP.
Imagens de um vídeo amador mostram o caça JAS 39 Gripen manobrando sobre a base aérea de Hat Yai, no sul da Tailândia, quando subitamente a aeronave perde altitude e explode no chão, longe dos espectadores.
O Ministério da Defesa tailandês está investigando a causa do acidente.
O porta-voz do governo, Werachon Sukondhapatipakerachon, disse que o primeiro-ministro Prayuth Chan-ocha expressou condolências à família do piloto.
O Dia das Crianças é geralmente observado na Tailândia com passeios públicos em bases militares.
Uma chance de voltar
Átila Varela
O Ceará é pródigo quando o assunto é exportar alunos para o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), localizado em São Paulo. Quando formados engenheiros, seguem carreiras nos estados do Sul e Sudeste. Outros optam pelo caminho do Exterior. São assediados por salários e benefícios e, na maioria das vezes, dicam longe do Estado.
Para atrair cérebros de volta, a Associação dos Engenheiros do ITA do Ceará (AEITA-CE) realizou o Encontro de Carreiras no Estado, a fim de aproximar empresas locais dos “iteanos” – termo para alunos e ex-alunos do ITA. O objetivo é mostrar que empresas têm interesse em contratar os alunos, conforme área de atuação.
Contato com o Ceará
De acordo com Davis Mesquita, vice-presidente da AEITA-CE, o aluno que termina a graduação no instituto não conhece as oportunidades em solo cearense. “Ele é bombardeado pelas empresas do eixo Sul-Sudeste. É preciso um contato com o empresariado do Ceará para que enxerguem oportunidades aqui”, avalia. Segundo ele, de cem cearenses formados no ITA, 5% resolvem buscar emprego no Estado.
A pouca oferta de oportunidades fez com que o engenheiro mecânico Fábio Sabóia buscasse emprego no Rio de Janeiro, numa unidade da Petrobras, em Macaé. “Quando me formei, a área era muito limitada no Ceará. Não me recordo de empresas do Estado terem me procurado”, afirma. Apesar do momento de dificuldade da economia, ele não descarta a possibilidade de voltar à terra natal.
José Neto, aluno do 3º ano do curso de engenharia aeronáutica acredita que os empregos de verão (Summer Job) – entre um a três meses – estimulam os alunos cearenses. Dão uma chance de repensar sobre a vida longe dos amigos e familiares. “Os empregos de verão atraem os alunos que querem passar férias, ficar próximo da família e aprender um novo ofício. Estimula, sem dúvidas, quem quer voltar”, destaca.
RÁDIO JORNAL (PE)
Ministro da Defesa começa visita às fronteiras contra o tráfico
Raul Jungann inicia atividade na próxima segunda. Para Ministro da Defesa, monitoramento é chave para frear tráfico
Rafael Souza
O Ministro da Defesa, Raul Jungmann, vai visitar as fronteiras brasileiras com o Peru, Colômbia, Bolívia e Paraguai a partir da próxima semana. Ele falou sobre o assunto durante entrevista no programa “Super Manhã”, da Rádio Jornal, na manhã deste sábado (14).
A segurança nas fronteiras é tida como uma estratégia do Governo Federal para inibir o tráfico de drogas no país. Um relatório apresentado pelo serviço de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas aponta que a cocaína vinda do Peru movimenta cerca de U$$ 4 bilhões ao ano. Sobre o dado, o Ministro discorda: “Acho os dados exagerados. Sabemos que existe, mas esse número está superdimensionado”, disse Jungmann.
O Ministro vai convidar autoridades dos países “produtores” de drogas que fazem fronteira com o Brasil para traçar estratégias de enfrentamento ao tráfico. Atualmente 35 mil homens são responsáveis pela segurança nos 17 mil quilômetros de fronteira do país. Raul Jungmann reconhece que esse número não é suficiente.
SISTEMA INTEGRADO
Para ampliar o controle, o Governo Federal aposta no Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, Sisfron, com a utilização de satélite de baixa atitude, radares móveis, ampliação de contingente e atuação conjugada com órgãos como Receita Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Ibama.
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