NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 01/12/2016 / Jungmann recebe na França equipamento que ampliará banda larga e defesa do país
Jungmann recebe na França equipamento que ampliará banda larga e defesa do país ...
Ivan Richard ...
Em março do ano que vem, o Brasil passará a integrar um seleto grupo de países que têm seu próprio satélite de comunicações. Com o lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), o Brasil passa a não depender mais do aluguel de equipamentos de empresas privadas, além de poder implementar o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). Hoje (1º), em Cannes, no Sul da França, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o presidente da Telebras, Antonio Loss, receberão o equipamento da empresa Thales Alenia Space (TAS), fabricante do satélite.
De acordo com o Ministério da Defesa, foram investidos no projeto, desenvolvido em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, cerca de R$ 2,1 bilhões. O satélite terá uma banda KA, que será utilizada para comunicações estratégicas do governo e implementação PNBL, e uma banda X, que corresponde a 30% do equipamento, de uso exclusivo das Forças Armadas. O tempo de vida estimado do produto é de 18 anos.
“Este é o primeiro satélite de grande altitude que vai significar que todas as comunicações do Brasil, em termos de defesa, mas também governamentais, além de banda larga, serão extremamente estendidas. Ficarão, pela primeira vez, sob o controle do Brasil, o que é um salto em termos tecnológicos porque vamos absorver, ter transferência de tecnologia. Representa um salto em termos de comunicação, de segurança e de defesa”, disse Jungmann à Agência Brasil.
Segundo o Ministério da Defesa, além de ampliar e aumentar a segurança das comunicações de defesa, o satélite expandirá a capacidade operacional das Forças Armadas em operações conjuntas nas regiões de fronteira terrestre, por exemplo, em eventuais operações de resgate em alto-mar e ainda no controle do espaço aéreo.
Em nota, o Ministério da Defesa informou ainda que ao longo da fabricação do satélite mais de 50 profissionais ligados à Agência Espacial Brasileira (AEB), ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e das empresas Visiona e Telebras estiveram na sede da Thales, em Cannes e Toulouse, na França, para aprender a operar o satélite e a fazer o controle do equipamento em solo.
O lançamento do satélite, após a realização dos últimos teste de segurança, está marcado para o dia 21 de março, em Kourou, na Guiana Francesa.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Avião caiu por falta de combustível, conclui Aeronáutica da Colômbia
Aeronave da companhia boliviana LaMia teve pane seca antes da queda
As autoridades colombianas apresentaram nesta quarta-feira em Medellín as primeiras conclusões sobre o acidente aéreo do voo que transportava a Chapecoense até a cidade para jogo contra o Atlético Nacional, pela final da Copa Sul-Americana. Segundo o Secretário Nacional de Segurança Aérea da Colômbia, Freddy Bonilla, a aeronave da companhia boliviana LaMia estava sem combustível no momento do choque, o que indica a possibilidade de ter existido nos instantes anteriores uma pane elétrica.
"Podemos afirmar claramente que o avião não tinha combustível no momento do impacto. Uma das hipóteses com que trabalhamos é que como a aeronave não tinha combustível, os motores se apagaram e houve pane elétrica", disse Bonilla em entrevista coletiva no aeroporto Olaya Herrera, no centro da cidade.
O avião que transportava a delegação da Chapecoense caiu entre as cidades de La Ceja e La Unión, na região metropolitana de Medellín, capital do departamento de Antioquia. As investigações preliminares foram apresentadas pela primeira vez nesta quarta-feira, logo depois do vazamento de conversas de áudio entre o piloto do avião e a torre de controle do aeroporto José Maria Cordóva mostrarem um diálogo desesperado para pousar o quanto antes, já que os tanques estavam vazios.
De acordo com Bonilla, a ausência de combustível é uma desobediência grave às regras do transporte de passageiros. "Qualquer aeronave no mundo precisa ter no mínimo uma quantidade extra de reserva para aguentar 30 minutos além do tempo previsto de voo, e ainda mais 5 minutos ou 5% da distância, para que assim se tenha uma segurança. Vamos investigar para saber por que a tripulação não contava com combustível suficiente", explicou.
Os órgãos colombianos confirmaram que o voo fretado saiu de Santa Cruz de la Sierra com destino a Medellín sem previsão para escalas. O tempo do deslocamento seria de 4h, porém a queda se deu antes de se chegar a esse prazo. O avião se chocou com uma montanha a uma altitude de 2,2 mil acima do nível do mar, em velocidade aproximada de 250 km/h.
O secretário desmentiu um boato que circulava na Colômbia sobre o voo da Chapecoense ter ficado no ar para ter que aguardar a liberação da pista. Segundo ele, minutos antes da aproximação da aeronave com a equipe catarinense, a pista teve, sim, de receber o pouso de emergência de um voo que saiu de San Andrés, ilha colombiana no Caribe, com destino a Bogotá. Porém, de acordo com Bonilla, isso não fez com que a viagem do time de futebol fosse afetada.
"Às 9h41 da noite o voo da Chapecoense foi autorizado a se aproximar. Às 9h52 o avião que vinha de San Andrés e estava sem combustível, pousou na pista, após desviar seu destino. Nesse mesmo instante o voo da companhia aérea LaMia comunicou a situação de emergência", explicou. Quatro minutos antes desse pedido de socorro, o piloto boliviano solicitou prioridade na pista.
No horário colombiano (três horas a menos que o do Brasil) das 9h57 da noite de segunda-feira foi feito o último contato. Nessa conversa, a Lamia declarou à torre de controle a falha completa do sistema elétrico, assim como o tanque vazio. Houve perda de contato e a posterior queda do avião, que causou morte de 71 pessoas.
Junto com Bonilla, o diretor geral da Aerocivil, Alfredo Bocanegra, explicou que no primeiro momento, a expectativa por sobreviventes era mais alta. "Chegamos a pensar que seriam 11 sobreviventes, mas são somente seis. Encontramos as duas caixas pretas com facilidade e vamos continuar os trabalhos de apuração", contou. Desses seis, dois são tripulantes bolivianos, três são jogadores da Chapecoense e o outro é jornalista.
Bonilla explicou que os áudios que circulam com supostas conversas entre o piloto Miguel Quiroga e a torre de controle tiveram conteúdos editados e inexatos e considerou a propagação do conteúdo um desserviço, por considerar que contribuem para a falta de esclarecimento sobre o acidente.
CRONOLOGIA DOS CONTATOS
20h48 - Aeronave de LaMia entra no espaço aéreo colombiano;
21h20 - Avião de uma companhia colombiana que saiu de San Andrés comunica à torre o problema de combustível, ao não ter capacidade para chegar ao destino final, Bogotá;
21h41 - Aeronave da LaMia é autorizada pela torre de controle a iniciar a aproximação ao aeroporto José Maria Cordova, em Rionegro, região metropolitana de Medellín. Começa o manejo de trafego aéreo;
21h48 - Aeronave da Lamia pede prioridade na pista para aterrissar;
21h52 - Voo da Viva Colômbia que estava sem combustível desvia trajeto entre San Andrés e Bogotá para pouso de emergência na pista;
21h52 - Avião que trazia equipe da Chapecoense comunica situação de emergência, com o pedido de prioridade imediata;
21h57 - Piloto boliviano faz apelo de falha completa, com pane elétrica e tanque vazio, no último contato com a torre de controle;
22h05 - Avião se choca com as montanhas a 250km/h
LaMia teve 4 pedidos de voos negados pela Anac no Brasil
Empresa só obteve permissão para transportar as seleções de Bolívia e a Argentina, de Messi
Paulo Favero
Dos seis pedidos de voo que a companhia aérea LaMia solicitou à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) recentemente, quatro foram negados. A empresa, responsável por levar o time da Chapecoense para Medellín, tinha apenas uma aeronave funcionando e ela esteve no Brasil duas vezes.
“O primeiro voo foi solicitado no dia 5/10 para o transporte da seleção boliviana para um jogo, em Natal, no dia 6/10. O segundo voo foi solicitado no dia 6/11 para transportar a seleção da Argentina também para um jogo, em Belo Horizonte”, explicou a Anac. Ou seja, a mesma aeronave que caiu na Colômbia transportou Lionel Messi, Di Maria e Marcelo Moreno, entre outros atletas.
A primeira rota em outubro foi entre Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, até Brasília, distante aproximadamente 1.626 quilômetros. O avião então reabasteceu e seguiu para Natal, voando por mais 1.777 quilômetros. Pela autonomia da aeronave, seria impossível fazer o trajeto sem parada.
O outro voo, em novembro, trouxe a delegação da Argentina para Belo Horizonte. O trajeto foi de Santa Cruz de la Sierra até Buenos Aires, só com piloto e comissários de bordo, e aí partiu da capital da Argentina até a capital de Minas Gerais, numa distância de cerca de 2.166 quilômetros em linha reta.
Nas redes sociais, o piloto Miguel Quiroga publicou fotos em vídeos com os jogadores das duas seleções que vieram ao Brasil para a disputa das eliminatórias para a Copa do Mundo. Em ambas ocasiões, o avião trazia o emblema das confederações de futebol dos dois países.
Mas os outros pedidos para viajar ao Brasil feitos por Quiroga foram negados. Em outubro, ele solicitou voar de Belo Horizonte para Barranquilla, na Colômbia, mas a Anac negou porque “nas avaliações iniciais constatamos que a companhia não possuía o trigrama da Icao (autorização da International Civil Aviation Organization) para realizar voos comerciais’’.
Já em novembro, a LaMia solicitou operar na rota Santa Cruz de La Sierra, Buenos Aires, Porto Alegre, Chapecó, Foz do Iguaçu e Santa Cruz de la Sierra, mas o voo também foi negado por “falta de infraestrutura aeroportuária disponível no aeroporto de Porto Alegre. O operador aeroportuário declarou à Anac que no horário e dia solicitados pela empresa para operar o voo (3 de novembro, por volta de 12h) não haveria disponibilidade de pista e de pátio”.
Os dois últimos pedidos negados, para voos ida e volta entre Brasil e Colômbia, em novembro, foram negados por ferir a 7ª liberdade do ar, ou seja, a empresa com sede na Bolívia não poderia realizar um trajeto entre dois países diferentes dos seus. Esses dois voos eram os que levariam a equipe da Chapecoense até Santa Cruz de la Sierra, e depois a Medellín.
INVESTIGAÇÕES
Foram motivos diferentes que impediram a LaMia de voar com mais frequência para o Brasil e, nas duas vezes que teve suas rotas permitidas, não houve qualquer problema. Mas as distâncias percorridas foram menores do que as escolhidas entre Santa Cruz de la Sierra e Medellín, no limite da autonomia de voo.
Segundo Gustavo Vargas, CEO da companhia aérea, o plano de voo estabelecido não foi cumprido. A ideia inicial era fazer uma parada em Bogotá, a 250 quilômetros de Medellín, para reabastecer e seguir em frente. O executivo acha que isso foi determinante para a queda do avião, o que, horas mais tarde, foi confirmado pela Aeronáutica da Colômbia.
“O piloto é o único que toma a decisão de não descer, porque ele pensou que o combustível aguentava”, disse Vargas. Ele lembra que primeiramente a parada deveria ter sido feita em Cobija, na fronteira entre Bolívia e Acre. “Infelizmente, não conseguimos repor o combustível em Cobija. Estávamos atrasados e lá no aeroporto não se trabalha à noite”, explicou.
Cobija fica bem próxima de Epitaciolândia, cidade onde mora a mulher e os filhos do piloto Quiroga. Mas, para agilizar o transporte, ele optou por não parar e também abriu mão do plano B, que era Bogotá. “Temos que investigar os motivos que levaram o piloto a decidir voar diretamente para Medellín”, completou Vargas, que também busca respostas para a tragédia que culminou na morte de 71 pessoas.
"Uma coisa é prioridade; outra, declarar emergência", diz Aeronáutica
Em entrevista a Rádio Blu, da Colômbia, o diretor da Aeronáutica do país comentou alguns detalhes sobre a queda do avião com o elenco da Chapecoense na madrugada da última terça-feira (29). Alfredo Bocanegra falou que os investigadores já têm todo o material para as investigações.
"Uma coisa é a prioridade, outra, declarar emergência", disse o diretor da Aeronáutica colombiana, Alfredo Bocanegra, com relação ao pedido de prioridade para pouso de outro avião, da Viva Colômbia, no aeroporto de Medellín pouco antes da queda do avião com o elenco da Chapecoense.
"Muita gente não entende porque não dou as permissões. Os processos da aviação não são "ao azar", explicou Bocanegra.
O diretor ainda explicou que as aeronaves devem ter o combustível necessário para a viagem mais 10% do necessário para cumprir o trajeto. "Se deve levar combustível calculado para 10% a mais do que está prevista a duração da viagem".
"O resultado é doloroso, mas os investigadores já têm os componentes sobre o que passou. Todas as possibilidades serão investigadas", ressaltou o diretor da Aeronáutica colombiana.
Sobre possíveis culpados sobre o acidente, o diretor ainda explicou que há sanções possíveis para as companhias aéreas e outras aos pilotos de acordo com a legislação.
"Uma coisa é a prioridade, outra, declarar emergência", disse o diretor da Aeronáutica colombiana, Alfredo Bocanegra, com relação ao pedido de prioridade para pouso de outro avião, da Viva Colômbia, no aeroporto de Medellín pouco antes da queda do avião com o elenco da Chapecoense.
"Muita gente não entende porque não dou as permissões. Os processos da aviação não são "ao azar", explicou Bocanegra.
O diretor ainda explicou que as aeronaves devem ter o combustível necessário para a viagem mais 10% do necessário para cumprir o trajeto. "Se deve levar combustível calculado para 10% a mais do que está prevista a duração da viagem".
"O resultado é doloroso, mas os investigadores já têm os componentes sobre o que passou. Todas as possibilidades serão investigadas", ressaltou o diretor da Aeronáutica colombiana.
Sobre possíveis culpados sobre o acidente, o diretor ainda explicou que há sanções possíveis para as companhias aéreas e outras aos pilotos de acordo com a legislação.
Avião da Chapecoense não respeitou plano de voo, afirma companhia
O avião da Lamia, que caiu na Colômbia na madrugada de terça-feria e deixou 71 mortos, entre eles grande parte da delegação da Chapecoense, não respeitou o plano de se reabastecer de combustível em Bogotá, informou nesta quarta-feira uma fonte da companhia.
“O avião deveria ter reabastecido em Bogotá”, mas seguiu até Medellín, afirmou ao diário Página Siete Gustavo Vargas, representante da companhia aérea.
A principal hipótese para o acidente é uma falta de combustível do avião fretado que transportava a delegação da Chapecoense e jornalistas desde a cidade boliviana de Santa Cruz, onde haviam chegado após voo comercial oriundo de São Paulo.
“O piloto é quem toma a decisão de não pousar, porque pensou que tinha combustível suficiente”, insistiu Vargas.
De acordo com o funcionário, “no plano de voo havia a opção da aeronave parar em Cobija (fronteira boliviana com o Brasil), mas logo se falou da opção de Bogotá para reabastecer”.
Uma investigação está em andamento pelas autoridades colombianas, com a ajuda de técnico da Direção Geral de Aeronáutica Civil da Bolívia. “Temos que investigar o motivo do piloto ter decidido ir direto a Medellín”, explicou Vargas.
A investigação se baseia a partir “de provas técnicas, documentais e de rigor” do avião acidentado, uma aeronave BA 146 que caiu na noite de segunda para terça-feira em uma remota zona a 3.300 metros de altura quando estava chegando ao destino, o aeroporto de Rionegro, nos arredores de Medellín.
Alfredo Bocanegra, diretor da Aeronáutica Civil da Colômbia, declarou que “não se compreende como o piloto não se declarou em emergência se estava sem combustível”.
O avião caiu com 77 pessoas a bordo: 68 passageiros e nove tripulantes, dos quais sobreviveram seis: três jogadores, uma comissária de bordo, um técnico de voo e um jornalista, todos internados em hospitais perto de Rionegro.
Avião da FAB chega à Colômbia com membros do Itamaraty e peritos
Autoridades vão auxiliar na identificação e liberação dos corpos de vítimas. Deve ser emitida uma certidão de óbito na Colômbia e outra no Brasil.
Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com membros do Itamaraty, peritos e outras autoridades chegou à Colômbia na noite de terça-feira (29), por volta das 23h30, para auxiliar na identificação e liberação dos corpos das vítimas da queda do avião da Chapecoense.
Entre os 40 passageiros estão membros do Itamaraty e servidores federais, sobretudo médicos para auxiliar na tradução e diálogo entre médicos colombianos e familiares brasileiros.
Peritos da Polícia Federal devem atuar na identificação dos corpos através das digitais bem como técnicos que vão resolver questões burocráticas como atestados de óbito emitidos ao Brasil. Uma equipe técnica da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) também está na Colômbia.
O secretário de estado de assuntos internacionais, Carlos Adauto Virmond Vieira, também está no grupo com os documentos dos passageiros do voo que caiu na madrugada de terça-feira e que deixou 71 mortos. Seis sobreviveram.
Dois dos sobreviventes brasileiros, os jogadores Alan Ruschel e Jackson Follmann, estão em hospitais de Rionegro. O jornalista Rafael Henzel e o jogador Hélio Neto estão unidades de saúde em La Ceja.
Identificação dos corpos
O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, e o embaixador do Brasil na Colômbia, Júlio Bitelli, também estavam no voo da FAB. Bitelli afirmou que o foco da equipe nesta quarta será a identificação dos corpos
O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, e o embaixador do Brasil na Colômbia, Júlio Bitelli, também estavam no voo da FAB. Bitelli afirmou que o foco da equipe nesta quarta será a identificação dos corpos
A prioridade da Colômbia, da prefeitura de Chapecó, do governo de Santa Catarina e do Itamaraty é fazer com que os corpos da vítimas sejam liberados para serem sepultados nas cidades de origem.
O embaixador disse que o fato de o avião não ter explodido permitiu o resgate dos passaportes e a identificação digital das vítimas, sem a necessidade de reconhecimento dos corpos por parentes.
Depois, o trabalho da força-tarefa de servidores brasileiros e colombianos compreenderá a missão de embalsamar os corpos, uma exigênica para o traslado internacional. Além disso, deve ser emitida uma certidão de óbito na Colômbia e outra no Brasil.
Bitelli disse que pelo menos a identificação dos corpos deve ser concluída até a noite desta quarta. Ele informou também que dois aviões da FAB estão a postos em Manaus para ir a Colômbia para o transporte das vítimas.
Concluída esta fase, a força-tarefa deve ser direcionada para o auxílio aos sobreviventes.
Ministério da Saúde
De acordo com o Ministério da Saúde, além do atendimento psicológico, o objetivo da equipe do SUS é levantar informações atualizadas sobre as vítimas e verificar a necessidade de apoio para regresso sanitário de sobreviventes.
De acordo com o Ministério da Saúde, além do atendimento psicológico, o objetivo da equipe do SUS é levantar informações atualizadas sobre as vítimas e verificar a necessidade de apoio para regresso sanitário de sobreviventes.
"Com base nas informações, o Ministério da Saúde irá avaliar o envio de equipe da área de saúde mental para realizar apoio técnico ao serviço psicossocial do município de Chapecó", diz a nota do órgão nacional.
Psicólogos e tradutores
A administração do aeroporto internacional Jose Maria Cordova, de Rionegro, na Colômbia, e a prefeitura, organizaram 96 duplas de tradutores e psicólogos voluntários para receber nesta quarta-feira (30) os familiares das vítimas.
A administração do aeroporto internacional Jose Maria Cordova, de Rionegro, na Colômbia, e a prefeitura, organizaram 96 duplas de tradutores e psicólogos voluntários para receber nesta quarta-feira (30) os familiares das vítimas.
Segundo a RBS TV, os voluntários vão acompanhar os parentes das vítimas durante a estadia na cidade. A prefeitura de Rionegro reservou quartos em hotéis de Medellín e vai oferecer transporte até lá.
No terminal aeroportuário, um posto de informações sinalizado acolhe os familiares dos passageiros e parentes de sobreviventes. Eles são acompanhados ao hospital ou até o Instituto de Medicina Legal (IML) para o traslado dos corpos.
De acordo com a RBS TV, até as 6h desta quarta, os parentes dos passageiros do avião não haviam chegado ao aeroporto. A única família que esteve no local foi a de um tripulante boliviano que não resistiu aos ferimentos.
Em outubro, avião que caiu com Chape fez pouso "sem aviso" no DF
Voo não tinha sido informado, e aeronave ficou retida no DF por três horas. Viagem foi em outubro, nas Eliminatórias da Copa; time jogou em Natal.
Mateus Rodrigues
O avião da empresa boliviana LaMia que caiu com o time da Chapecoense em Medellín, na Colômbia, nesta terça-feira (29) já tinha feito um pouso "sem aviso" no Aeroporto Internacional de Brasília, em outubro. A aeronave transportava a seleção da Bolívia e, na época, ficou retida por três horas no terminal, à espera de liberação dos documentos.
A aeronave usada pelo time da Chapecoense foi identificada como um quadrimotor da British Aerospace, modelo Bae 146 e prefixo CP 2933. Ao G1, a Inframerica – concessionária do Aeroporto de Brasília – confirmou que o avião é o mesmo usado pela seleção boliviana.
O registro do voo de outubro também consta no site Flight Radar 24, que acompanha as aeronaves pelo transponder, como divulgado pelo blog do colunista Matheus Leitão.
Na época, a Polícia Federal informou ao G1 que o avião tinha aterrisado em Brasília para abastecer, mas a operação não tinha sido comunicada à torre do aeroporto JK, e o serviço de apoio do terminal não tinha sido contratado para o desembarque e a retirada de bagagens.
Por causa dessa falta de comunicação, o atendimento à delegação foi feito "de improviso". A seleção boliviana foi liberada após passar pelo controle de imigração. A Receita Federal também não tinha sido comunicada da operação, e teve de vistoriar a bagagem e os documentos dos jogadores.
Voos negados
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já tinha negado outros três pedidos da empresa aérea boliviana LaMia, envolvida no acidente aéreo que deixou mais de 70 mortos, inclusive jogadores do time Chapecoense, para operar em solo brasileiro.
A intenção da direção do Chapecoense era que o comandante de voo da LaMia, que também era o dono da empresa, piloto capitão Miguel Alejadro Quiroga Murakami, pudesse pegar o time em Chapecó para levar diretamente para a Colômbia, onde o time disputaria a primeira partida da final da Copa Sul-Americana. Este pedido, realizado em novembro, foi negado pela Anac.
Antes disso, outros três pedidos da LaMia também não haviam sido aceitos. Os pedidos negados mostram dificuldades da empresa em entender a dinâmica da aviação brasileira. No primeiro deles, a empresa não tinha nem os requisitos necessários para o pedido. Em outra, pediu pista em um horário de pico – 12h – para pousar e ficar no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Dois trajetos foram feitos pela empresa no país – um em outubro e outro em novembro. O primeiro, em outubro, fez a rota Natal-Brasília-Viru-Viru (Santa Cruz de La Sierra). A segunda, partiu da Bolívia, passou por Buenos Aires e parou em Belo Horizonte, deixando a seleção argentina para um jogo .
A aeronave da LaMia, um Avro Regional Jet 85 (RJ-85), prefixo CP-2933, tinha quatro motores e, por ser de grande porte, não tem facilidade para pouso em qualquer aeródromo. Segundo a agência, porém, dois voos haviam sido autorizados - e feitos - pela LaMia, em solo brasileiro.
Lei da Bolívia exige que avião tenha combustível para chegar a dois aeroportos e mais 45 min de voo
Aeronaves que partem do país, como foi o caso do Avro RJ-85 que levava a equipe da Chapecoense, são obrigados a seguir essa regra. Legislação é similar à adotada no Brasil
A legislação da Bolívia, de onde saiu o avião com a delegação da Chapecoense, determina que os aviões que decolem do país tenham combustível suficiente para chegar ao aeroporto de destino, a um aeroporto alternativo e, ainda, a mais 45 minutos adicionais de voo em altitude de cruzeiro.
Está na Regulamentação Aeronáutica Boliviana (RAB): "Nenhum voo será iniciado a menos que, levando-se em conta as condições meteorológicas e todo atraso que se preveja em voo, o avião leve combustível suficiente para completar o voo sem perigo". A norma é similar à brasileira, que também estabelece a necessidade aeroporto alternativo e mais 45 minutos de voo em cruzeiro.
Pela leis aeronáuticas, uma aeronave deve seguir as regras do aeroporto do qual decola. O Avro RJ-85 da companhia aérea boliviana LaMia partiu de Santa Cruz de la Sierra rumo a Medellín com a equipe da Chapecoense, diretores do clube, jornalistas e convidados. O time de Chapecó disputaria na noite desta quarta a final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, de Medellín.
O avião caiu na madrugada de terça (29), horário de Brasília, a 17 km do aeroporto: 71 pessoas morreram e seis sobreviveram.
Perto do aeroporto José María Córdova, a tripulação do Avro RJ-85 relatou ao controle de tráfego aéreo estar sem combustível e ter pane elétrica ao se aproximar de Medellín, segundo áudio divulgado nesta quarta-feira (30) na imprensa colombiana. Pediu, ainda, prioridade para aterrissar. Em seguida, o contato com o controle de tráfego aéreo é perdido. Um piloto de um avião da Avianca que estava próximo deu declaração semelhante sobre a pane de combustível no voo da LaMia.
Autonomia
Dados da própria LaMia põem em dúvida a capacidade da aeronave de fazer um voo direto entre Santa Cruz de la Sierra e Medellín sem uma parada para abastecer. O site da empresa aponta que a autonomia do Avro RJ-85 é de 2.965 quilômetros. A distância entre as duas cidades é superior a isso: 2.970 quilômetros, segundo um serviço que planeja rotas aéreas.
Ainda falta esclarecer, no entanto, as circunstâncias que levaram a aeronave a ficar sem combustível --e se a origem foi uma falha técnica ou humana. O avião poderia fazer o voo entre as duas cidades sem estar sujeito a riscos se tivesse um tanque extra, que aumentasse a autonomia --não está claro se o Avro RJ-85 tinha um tanque extra.
Também deve ser verificado pelos investigadores encarregados do acidente se o voo previa uma parada para reabastecimento. Essa informação consta no plano de voo, ainda não divulgado pelas autoridades colombianas e da Bolívia, os dois países que detêm o documento.
Aviões da FAB estão de prontidão em Manaus para prestar auxílio na Colômbia
Bianca Paiva
Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) chegou a Manaus na noite de ontem vindo do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. A Aeronave C-130 Hércules está na base aérea da capital amazonense preparada para partir a qualquer momento para a cidade de Medellín, na Colômbia, para prestar auxílio aos sobreviventes e no transporte dos corpos das vítimas do acidente aéreo que matou 71 pessoas, entre elas, jogadores da Chapecoense e jornalistas. A FAB informou que ainda não há previsão de horário de partida da aeronave nem confirmação de qual será a missão.
O comandante do Sétimo Comando Aéreo Regional (VII Comar), brigadeiro Waldeísio Ferreira Campos, conversou com a imprensa ontem à noite e informou que a vinda da aeronave para Manaus ocorreu por motivos técnicos, como reabastecimento da aeronave, e também por uma questão de logística, devido à proximidade da cidade com o país vizinho.
Outro avião Hércules C-130 está de prontidão na capital amazonense, caso haja necessidade de reforço no resgate e traslado dos corpos das vítimas do acidente.
Ainda na noite de ontem, um avião C-99 também da Força Aérea, saiu de São Paulo, posou em Brasília e depois seguiu para o município amazonense de Tabatinga, que faz fronteira com a Colômbia, onde fez uma parada técnica para abastecimento. De lá, a aeronave partiu para Medellín levando representantes do governo brasileiro, de empresas de comunicação que têm funcionários envolvidos no acidente, o prefeito do município catarinense de Chapecó, Luciano Buligon, e homens da Polícia Federal.
Jungmann recebe na França equipamento que ampliará banda larga e defesa do país
Ivan Richard
Em março do ano que vem, o Brasil passará a integrar um seleto grupo de países que têm seu próprio satélite de comunicações. Com o lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), o Brasil passa a não depender mais do aluguel de equipamentos de empresas privadas, além de poder implementar o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). Amanhã (1º), em Cannes, no Sul da França, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o presidente da Telebras, Antonio Loss, receberão o equipamento da empresa Thales Alenia Space (TAS), fabricante do satélite.
De acordo com o Ministério da Defesa, foram investidos no projeto, desenvolvido em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, cerca de R$ 2,1 bilhões. O satélite terá uma banda KA, que será utilizada para comunicações estratégicas do governo e implementação PNBL, e uma banda X, que corresponde a 30% do equipamento, de uso exclusivo das Forças Armadas. O tempo de vida estimado do produto é de 18 anos.
“Este é o primeiro satélite de grande altitude que vai significar que todas as comunicações do Brasil, em termos de defesa, mas também governamentais, além de banda larga, serão extremamente estendidas. Ficarão, pela primeira vez, sob o controle do Brasil, o que é um salto em termos tecnológicos porque vamos absorver, ter transferência de tecnologia. Representa um salto em termos de comunicação, de segurança e de defesa”, disse Jungmann à Agência Brasil.
Segundo o Ministério da Defesa, além de ampliar e aumentar a segurança das comunicações de defesa, o satélite expandirá a capacidade operacional das Forças Armadas em operações conjuntas nas regiões de fronteira terrestre, por exemplo, em eventuais operações de resgate em alto-mar e ainda no controle do espaço aéreo.
Em nota, o Ministério da Defesa informou ainda que ao longo da fabricação do satélite mais de 50 profissionais ligados à Agência Espacial Brasileira (AEB), ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e das empresas Visiona e Telebras estiveram na sede da Thales, em Cannes e Toulouse, na França, para aprender a operar o satélite e a fazer o controle do equipamento em solo.
O lançamento do satélite, após a realização dos últimos teste de segurança, está marcado para o dia 21 de março, em Kourou, na Guiana Francesa.
Cenipa aguarda manifestação da Colômbia sobre apoio à investigação de acidente
Andreia Verdélio
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), do Comando da Aeronáutica, informou hoje (30) que aguarda a manifestação das autoridades de investigação da Colômbia para enviar apoio à apuração das causas do acidente com o avião da equipe da Chapecoense, ontem (29), próximo a Medellín.
Segundo o órgão brasileiro, as equipes já estão em contato para definir que tipo de apoio será necessário, de pessoal, material ou infraestrutura de laboratório, por exemplo. As autoridades colombianas informaram que as equipes de busca já localizaram as duas caixas-pretas do avião.
A equipe catarinense seguia para Medellín onde disputaria hoje a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional quando o avião em que estavam os atletas caiu deixando ao menos 70 pessoas mortas.
Piloto da Avianca relata conversa entre torre e avião que caiu
Em voo que passava que próximo a avião da LaMia, tripulante disse que piloto da Chapecoense relatou falta de combustível
Um copiloto da companhia aérea Avianca, que estava em voo próximo ao avião que levava o time da Chapecoense, na Colômbia, relatou ter escutado a conversa entre o comandante da empresa LaMia e a torre de comando do aeroporto de Rionegro, perto de Medellín. Em áudio dramático compartilhado nas redes sociais, cuja veracidade foi confirmada pelo jornal El Tiempo, Juan Sebastián Upegui conta ter ouvido o piloto da LaMia relatar falta de combustível e pane elétrica.
“O TJ85 [voo da LaMia] disse de repente: ‘Solicitamos prioridade para proceder para a pista, solicitamos prioridade para proceder ao localizador. Temos problemas de combustível (…), agora falha total elétrica (…), ajuda, vetores [rota mais rápida] para proceder à pista’”, contou Upegui. Segundo o copiloto da Avianca, a controladora de voo pediu que ele virasse à esquerda para dar espaço ao avião da LaMia, que seguia com a descida.
Upegui disse ainda que, após o piloto da Chapecoense declarar emergência (o que não fez em um primeiro momento), a tripulação da Avianca chegou a ver a rápida descida da aeronave e suas luzes. Depois de gritos de “mayday” e instruções da torre para que o voo da LaMia se encaminhasse à pista 01, fez-se silêncio. “Perdeu-se a comunicação com o RJ-85 [LaMia]… A controladora lhe dizia ‘responda’ e falhou sua voz, já estava super mal, nós começamos a chorar”, relatou o copiloto.
Grave acidente na Avenida Brasil deixa ao menos 25 feridos
Colisão envolvendo caminhões da Aeronáutica ocorreu na altura de Coelho Neto, na Zona Norte
Bainca Lobianco
Um acidente envolvendo três caminhões do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica deixou pelo menos 25 militares feridos. Os veículos seguiam na Avenida Brasil, quando um caminhão colidiu em uma mureta na altura de Coelho Neto, no sentido Zona Oeste. O trecho da faixa seletiva foi interditado. O caminhão fazia parte de um comboio que transportava 36 recrutas para um treinamento militar.
Bombeiros do quartel de Irajá, Guadalupe e Ricardo de Albuquerque fizeram o resgate das vítimas. O caminhão que vinha atrás do comboio chegou a tombar na via. O eixo dianteiro de um dos veículo chegou a se desprender do caminhão.
Segundo a assessoria da FAB, dos 25 feridos, dois foram levados para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, três para o Hospital Municipal Rocha Faria e três foram socorridos para o Hospital Estadual Carlos Chagas. Dezessete militares sofreram escoriações e foram atendidos na via e liberados.
Os médicos da Aeronáutica estão indo em cada hospital para verificar o estado de saúde das vítimas. Dependendo da gravidade, os pacientes serão transferidos para o Hospital do Galeão, na Ilha do Governador. Três militares sofreram fraturas pelo corpo. Ainda não foi divulgada a identidade dos feridos.
FAB lança foguete de treinamento no Maranhão
Atividade faz parte da operação Rio Verde. Artefato atingiu altitude máxima de 31,4 km
O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, lançou o 31º foguete de treinamento. A operação tem como objetivo preparar as equipes envolvidas na campanha de lançamento, iniciada no último dia 20 de novembro.
O lançamento ocorreu com sucesso, com duração total de voo de 2min43seg, seguindo os parâmetros de trajetória previstos até a queda no oceano atlântico. O veículo atingiu uma altitude máxima (apogeu) de 31,4 km.
“O veículo lançado nesta terça-feira (29) apresentou um excelente desempenho, seguindo conforme o perfil de trajetória previsto. Mais do que isso, a atividade foi de suma importância para treinarmos procedimentos e testar todos os equipamentos associados às operações e que serão empregados no lançamento do foguete VSB-30 com a carga-útil MICROG2 a partir da próxima semana”, ressaltou o Coronel Aviador Cláudio Olany Alencar de Oliveira.
Operação Rio Verde
O segundo lançamento dessa operação levará ao espaço, por meio do veículo suborbital VSB-30 V11, oito experimentos de pesquisas da comunidade técnico-científica do País.
A iniciativa possibilitará a realização de ensaios em ambiente de microgravidade, o rastreio e o resgate no mar.
JORNAL DO COMÉRCIO (RS)
Rio Grande do Sul pode ter regulamentação de drones
A regulamentação estadual para utilização de Veículo Aéreo Não Tripulado, conhecidos como Vant, pode estar mais próxima do que o esperado. Em uma ação articulada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Gabriel Souza, protocolou o Projeto de Lei nº 237/2016. O texto expõe as regras para o uso desses equipamentos, popularmente conhecidos como drones, até que seja imposta uma regra federal.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), questões técnicas envolvidas com a pilotagem remota e outras peculiaridades desses sistemas estão sendo debatidas em todo o País, porém ainda não há uma legislação nacional. Até que haja, os estados podem regular as operações, então restritas, mas de grande potencial de crescimento, pois incluem usos para lazer, jogos e profissionais de segurança, além de agroindústria, construção civil e mineração, por exemplo.
Para o coordenador do Conselho de Assuntos Legislativos da Fiergs, Gilberto Petry, há inúmeras aplicações possíveis para equipamentos Vants. Contudo, é preciso um olhar de oportunidade industrial. "Existem poucas empresas nacionais fabricando esses veículos, e eles podem, sim, tornar-se um belo segmento produtivo, pois envolvem tecnologicamente uma porção de opções em cadeia produtiva, como as engenharias mecânica, eletroeletrônica e de softwares", avalia ele, enfatizando que os drones podem se tornar aliados desde questões de vigilância, chegando até ao incrível mercado de esportes e de entretenimento.
Na visão do coordenador do Comdefesa, major-brigadeiro-do-ar Raul José Ferreira Dias, a regulamentação de Vants tem sido foco de engenheiros, pilotos e especialistas no assunto, assim como da indústria e de autoridades da aviação civil. "Todos os interessados possuem o mesmo objetivo, que é a segurança das operações. O desenvolvimento de tecnologias e técnicas que permitirão as melhores práticas virá com mais força e agilidade a partir das regulamentações nos estados e nacional", comenta.
Embora não exista restrição à compra de um Vant por um cidadão, instituição ou empresa, sua operação depende de uma autorização específica da Anac, concedida depois de devidas comprovações por parte do interessado. O procedimento para que uma aeronave receba o Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave) segue disposição da Instrução Suplementar 21-002A - Emissão de Certificado de Autorização de Voo Experimental para Veículos Aéreos Não Tripulados.
Entretanto o certificado da Anac permite apenas operações experimentais sobre áreas não densamente povoadas. "A autorização da Anac é condição necessária, porém não suficiente para a operação de sistemas de aeronaves civis remotamente pilotadas no Brasil. Também é preciso obter autorização do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). As competências da Anac e do Decea são complementares", explica Dias.
A proposta para regulamentação de operações civis não experimentais de sistemas de aeronaves remotamente pilotadas ainda deverá ser submetida ao processo de audiência pública. Até o momento, a Anac avalia caso a caso os requerimentos de operação, o que se caracteriza por um processo lento, mas necessário. "Ainda assim, há muitas situações de uso indevido dessa tecnologia, a exemplo, o transporte de carga perigosa, celulares e armas para dentro de presídios, invasão de privacidade, e tantas outras ações previstas como crime no Código Penal Brasileiro", aponta o coordenador do Comdefesa. Ainda assim, o uso de Vants em ambientes fechados, onde a possibilidade de colisão é maior, poderá trazer risco à vida de ocupantes do local, motivo de sua inclusão nessa proposição.
Indústrias nacionais do segmento perdem oportunidades de negócios
Fundada em 2008, a SkyDrones, de Porto Alegre, é uma das poucas indústrias nacionais que estão se sustentando na espera da regulação do mercado. Pioneira em desenvolvimento, fabricação e operação de Vants de captação de imagens e inspeções, assim como drones de pulverização agrícola e aplicação de larvicida em focos do mosquito Aedes aegypti, a empresa percebe que o futuro é de ótimas perspectivas, mas ainda precisa do impulso regulatório.
"Hoje, somente quatro indústrias brasileiras estão trabalhando com Vants. Ainda assim, temos tido alguma demanda de produção, porque nos posicionamos como fornecedores para grandes corporações, que atuam com liminares permitindo as operações", reconhece o diretor da SkyDrones, Ulf Bodgawa. Para ele, há uma questão-chave a ser considerada na necessidade da regulação para Vants: "Existem equipamentos importados, na verdade, até contrabandeados, uma vez que não há licença para uso no Brasil. Isso é um prejuízo enorme, uma perda de oportunidade para a indústria em geral", argumenta.
Na dimensão de desenvolvimento tecnológico, os Vants hoje são objetos de estudos bem intensos que envolvem empresas e universidades. "Somente na área agrícola, estamos deixando de criar um polo de tecnologia aplicada. As possibilidades são gigantes. Informações de empresas estrangeiras dão conta de que o mercado de Vants deverá movimentar US$ 150 bilhões em cinco anos no mundo", informa o empresário.
PORTAL DEFENSE WORLD (ÍNDIA)
Brazil To Invest $5 Billion In Gripen NG Project
Brazil is likely to invest $5 billion in the Gripen NG project that includes the procurement of 36 Gripen NG fighter aircraft to equip the Brazilian Air Force.
The NG project has already secured $413.2 million as part of the 2017 budget. The delivery of the aircraft will begin in 2019 and will continue throughout 2024, Airforce-Technology reported Tuesday.
"The resources are guaranteed for the project to follow its schedule, which is going very well.” Brazilian Defense Minister Raul Jungmann said.
Saab and Embraer Defense & Security have recently inaugurated the Gripen Design and Development Network (GDDN) in Brazil. The GDDN is the first in the 60 offset industrial, technological or commercial compensation projects valued at $9bn.
Development, testing and verification projects, as well as the storage of support systems for the Gripen NG, will be carried out at GDDN.
Early next year, the GDDN is anticipated to receive half of the total of 300 engineers and technicians planned for when it is in full operation. Brazil will send 350 engineers to Sweden by 2024.
Additionally, the air forces multi-mission aircraft, KC-390, is currently in the flight test phase.Leia também: