NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 11/11/2016 / Embraer negocia plano de suspensão de contrato para 2 mil empregados
Embraer negocia plano de suspensão de contrato para 2 mil empregados ...
João José Oliveira ...
SÃO PAULO - A Embraer informou na tarde desta quinta-feira que iniciou hoje a negociação de um acordo de suspensão temporária de contrato de trabalho ("lay off") com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. "Essa é mais uma iniciativa planejada pela empresa com o objetivo de ajustar o ritmo do trabalho à queda da demanda global por produtos e serviços", afirmou em nota.
A próxima reunião sobre o tema está agendada para o dia 23 de novembro.
Segundo a Embraer, o lay off é uma alternativa que possibilita a diminuição temporária de custos, contribuindo para que a empresa ultrapasse o período de baixa demanda e ociosidade passageira, para continuar a produzir normalmente em um cenário mais favorável.
A proposta da Embraer que considera a suspensão temporária de contrato de trabalho por um período de dois a cinco meses, para um universo de no máximo 2 mil empregados, distribuídos em grupos, ao longo de dois anos - entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018.
Além disso, a companhia vai oferecer a participação dos empregados em curso ou programa de qualificação profissional.
A companhia vai oferecer o plano inicialmente para equipes de produção, podendo ser estendido para as demais áreas da empresa.
"A Embraer tem ciência de sua relevância para a comunidade local e tem atuado com absoluta transparência para superação desse momento desafiador da melhor maneira possível. A empresa acredita e está focada no sucesso das ações já anunciadas para assegurar a perenidade da companhia", afirmou em nota.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Temer diz que situação do Rio é seriíssima e sugere teto para Estados
Gustavo Uribe
O presidente Michel Temer avaliou nesta quinta-feira (10) que o problema financeiro do Rio de Janeiro é "seriíssimo" e defendeu que as unidades da federação adotem também um teto de gastos públicos para evitar que as despesas excedam as receitas.
Em discurso em reunião do conselho de ciência e tecnologia, promovida no Palácio do Planalto, o peemedebista ressaltou que o Ministério da Defesa está preocupado inclusive com a questão da segurança pública no Rio de Janeiro.
"Nós estamos com um problema seríssimo nos Estados brasileiros, particularmente no Rio de Janeiro. O ministro da Defesa está preocupadíssimo em como resolver as questões de segurança, porque, em dado momento, quase que a despesa excede a receita", afirmou.
Para tentar reduzir a dívida estadual, o governador Luiz Fernando Pezão lançou um pacote de medidas impopulares, entre elas o aumento das alíquotas para até 30%. Com a medida, a gestão estadual espera arrecadar R$ 5,5 bilhões em 2017 e R$ 8,3 bilhões em 2018.
Na terça-feira (8), contudo, o desembargador Custódio de Barros Tostes, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, deferiu liminar suspendendo as discussões sobre o aumento na contribuição previdenciária para servidores e aposentados do governo estadual.
Em discurso, o presidente também disse que não se incomoda de terminar seu mandato impopular devido à proposta do teto de gastos e a reforma previdenciária, que deve ser enviada ao Congresso Nacional em dezembro.
"Às vezes, me dizem: "Mas, Temer, você vai ficar muito impopular. Eu não me incomodo. Se eu ficar impopular, mas daqui a dois anos as pessoas perceberem que o país entrou nos trilhos, eu me dou por satisfeito", disse.
Nesta quinta-feira (10), o Ministério da Saúde firmou parceria com o Ministério de Ciência e Tecnologia para promover uma integração digital nos cadastros do SUS (Sistema Único de Saúde), incluindo a biometria digital para atendimento de pacientes.
O governo federal também anunciou investimento de R$ 654,3 milhões para projetos de pesquisa e de R$ 68 milhões para o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Crivella quer ajuda do Exército em educação e saúde
Prefeito eleito se reuniu com oficiais do Exército nesta quarta-feira em Brasília
Nonato Viegas
O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, se reuniu nesta quarta-feira (9), em Brasília, com oficiais do Exército. Ele foi sugerir a participação militar em programas de educação técnica e saúde em áreas da cidade. Crivella também foi ouvir sobre a experiência do Exército no combate à violência durante os Jogos Olímpicos. Embora não tenha saído com uma resposta, o prefeito eleito ficou satisfeito.
Embraer negocia plano de suspensão de contrato para 2 mil empregados
João José Oliveira
SÃO PAULO - A Embraer informou na tarde desta quinta-feira que iniciou hoje a negociação de um acordo de suspensão temporária de contrrato de trabalho ("lay off") com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. "Essa é mais uma iniciativa planejada pela empresa com o objetivo de ajustar o ritmo do trabalho à queda da demanda global por produtos e serviços", afirmu em nota.
A próxima reunião sobre o tema está agendada para o dia 23 de novembro.
Segundo a Embraer, o lay off é uma alternativa que possibilita a diminuição temporária de custos, contribuindo para que a empresa ultrapasse o período de baixa demanda e ociosidade passageira, para continuar a produzir normalmente em um cenário mais favorável.
A proposta da Embraer que considera a suspensão temporária de contrato de trabalho por um período de dois a cinco meses, para um universo de no máximo 2 mil empregados, distribuídos em grupos, ao longo de dois anos - entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018.
Além disso, a companhia vai oferecer a participação dos empregados em curso ou programa de qualificação profissional.
A companhia vai oferecer o plano inicialmente para equipes de produção, podendo ser estendido para as demais áreas da empresa.
"A Embraer tem ciência de sua relevância para a comunidade local e tem atuado com absoluta transparência para superação desse momento desafiador da melhor maneira possível. A empresa acredita e está focada no sucesso das ações já anunciadas para assegurar a perenidade da companhia", afirmou em nota.
Exército destrói 11 mil armas apreendidas no Estado
Foram aproximadamente 6,6 mil entre revólveres, pistolas e até dois fuzis, e 4,4 mil facas, facões e foices
Renato Dornelles
Mais de 11 mil armas apreendidas por órgãos de segurança pública e pelo Judiciário foram incineradas pelo Exército, na Siderúrgica Gerdau, em Sapucaia do Sul, na manhã desta quinta-feira.
Foram destruídas cerca de 6,6 mil armas de fogo - entre as quais, 4,4 mil revólveres de diferentes calibres, 450 pistolas, dois fuzis e até algumas de fabricação caseira - e 4,4 mil das chamadas armas brancas, como facas, facões e foices.
A maioria foi apreendida com autores e suspeitos de crimes pelas polícias Civil e Militar.Antes da incineração, o armamento foi parcialmente destruído no quartel do 3º Batalhão de Suprimento, em Nova Santa Rita.
De acordo com o comandante da unidade, tenente-coronel Ernesto Dutra, nesta primeira etapa, os componentes metálicos foram amassados com o uso de uma prensa hidráulica, e os demais, queimados.
Para a destruição completa, um grande aparato foi mobilizado. O transporte foi feito em uma carreta de 20m de comprimento por 2m de largura, escoltada por militares da 1ª Companhia de Guarda. Cerca de 20 pessoas trabalharam na operação.
Na siderúrgica - que mantém parceria com o Ministério da Defesa desde a implantação do Estatuto do Desarmamento, no final de 2003 -, as peças foram retiradas do veículo por magnetismo, com o uso de imã gigante, e despejadas em um forno, para serem fundidas a uma temperatura de 1.600ºC.
- O objetivo é evitar qualquer tipo de reaproveitamento deste material enquanto armamento - explicou o tenente-coronel Dutra.
De acordo com levantamento do Exército, desde que o Estatuto do Desarmamento passou a vigorar, no final de 2003, cerca de 200 mil armas já foram destruídas no Estado. Neste ano, foram cerca de 18 mil.
Capitão da aeronáutica vai correr 24h para arrecadar mantimentos
Desafio vai acontecer em Petrópolis, RJ, a partir das 12h deste sábado. Atletas da cidade estão se reunindo para incentivar o corredor.
Vinte e quatro horas. Este é o tempo que o capitão da aeronáutica José Alexandre de Araújo Dias vai correr a partir das 12h deste sábado (12) na 2ª Corrida pela Vida. Carioca, ele sobe a Serra de Petrópolis, no Rio, para dar início a mais uma ultramaratona focado em ajudar, pelo segundo ano consecutivo, a Comunidade Jesus Menino. Para o desafio, Alexandre vai contar com o apoio de atletas amadores da cidade, que estão se organizando para correr ao seu lado durante toda a prova.
A ideia do desafio surgiu no ano passado, quando Alexandre visitou a cidade para o show de uma banda e conheceu a Comunidade Jesus Menino. Ele conta que já sabia a história da instituição, mas, ao ver de perto a situação de 42 crianças e adultos, se sensibilizou e buscou uma forma de ajudar.
“Foi ai que, conversando com as pessoas da instituição, tive a ideia. Os atletas que forem correr comigo devem levar um mantimento, seja fralda geriátrica, leite, alimentos e material de limpeza, que serão doados à Comunidade. Acredito nesta causa e poder ajudar de alguma forma é satisfatório”, explicou.
“Foi ai que, conversando com as pessoas da instituição, tive a ideia. Os atletas que forem correr comigo devem levar um mantimento, seja fralda geriátrica, leite, alimentos e material de limpeza, que serão doados à Comunidade. Acredito nesta causa e poder ajudar de alguma forma é satisfatório”, explicou.
A história de Alexandre com a corrida também chama atenção. Aos 49 anos, ele começou a correr em 2006, depois que levou um tiro em uma tentativa de assalto e ficou hospitalizado por sete dias. A bala entrou pelo braço, atingiu a lateral do peito, passou pelo pulmão, diafragma, abriu o estômago, perfurou cinco alças do intestino e parou bem próxima à artéria femoral.
“Fui atingido em Anchieta, quando voltava para casa. Perdi muito sangue, mas tive uma rápida recuperação. Lembro de sentir o gosto do metal da bala na boca. Desde então comecei a enxergar a vida de outra forma. Me dei conta que só levamos desse mundo os sentimentos, as amizades, a família. Que é isso o que realmente importa. Foi durante a recuperação que comecei a correr”, contou Alexandre.
E não parou mais. Hoje, Alexandre acumula no currículo centenas de provas de curta distância e 15 ultramaratonas. A última, realizada há duas semanas, foi um desafio pessoal. Ele foi do Rio de Janeiro a Aparecida do Norte, em São Paulo. Um percurso de 240 quilômetros. O intuito era pagar uma promessa. Para o sábado, Alexandre espera correr ainda mais que os 90 quilômetros que correu no ano passado no percurso em volta da Praça da Liberdade.
E não parou mais. Hoje, Alexandre acumula no currículo centenas de provas de curta distância e 15 ultramaratonas. A última, realizada há duas semanas, foi um desafio pessoal. Ele foi do Rio de Janeiro a Aparecida do Norte, em São Paulo. Um percurso de 240 quilômetros. O intuito era pagar uma promessa. Para o sábado, Alexandre espera correr ainda mais que os 90 quilômetros que correu no ano passado no percurso em volta da Praça da Liberdade.
Grupos de corrida vão acompanhar o maratonista durante as 24h
Grupos de corrida e academias do município estão se organizando para acompanhar, durante as 24h, o ultramaratonista. Um deles é a Fôlego Zero, que montou uma tabela de horarios para que os atleta que compõem o grupo corresse, de hora em hora, ao lado de Alexandre.
“A iniciativa tem tudo a ver com o que os atletas de Fôlego Zero se propõem, que é reunir um grupo de amigos, para, além do exercício, poder ajudar uma causa e contribuir para comunidade”, declarou o presidente do grupo, Farli Gandra.
Grupos de corrida e academias do município estão se organizando para acompanhar, durante as 24h, o ultramaratonista. Um deles é a Fôlego Zero, que montou uma tabela de horarios para que os atleta que compõem o grupo corresse, de hora em hora, ao lado de Alexandre.
“A iniciativa tem tudo a ver com o que os atletas de Fôlego Zero se propõem, que é reunir um grupo de amigos, para, além do exercício, poder ajudar uma causa e contribuir para comunidade”, declarou o presidente do grupo, Farli Gandra.
A corrida, que acontece no entorno da Praça da Liberdade e Avenida Koeler, terá barracas para apoio aos atletas que participarem do desafio.
“Espero poder contribuir para isso. A verdadeira razão é a vida. Quero que esse sentimento seja absorvido por todos, para que o motivo pelo qual me propus a fazer seja alcançado. Enquanto eu tiver pernas e podendo fazer alguma coisa para ajudar meu semelhante, eu farei” concluiu Alexandre.
Vídeo: armas exibidas por traficantes do Rio são usadas pelo Estado Islâmico e têm poder para derrubar aeronaves
Ex-capitão do Bope analisa armas em vídeo com traficantes que circulou nas redes
Armas exibidas por traficantes do Rio de Janeiro em um vídeo que circulou nas redes sociais no começo desta semana (veja abaixo) são as mesmas utilizadas por terroristas do Estado Islâmico, segundo aponta o antropólogo e capitão veterano do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), Paulo Storani. A pedido do R7, o especialista analisou o armamento pesado dos criminosos exibido em uma espécie de comemoração. Storani diz que os fuzis identificados nas imagens, que custam entre R$ 25 mil e R$ 50 mil, podem atingir uma distância de até 4 km e são capazes de derrubar um helicóptero.
Na gravação, ao menos sete traficantes comemoram a invasão de uma comunidade no Rio e dançam com fuzis e pistolas ao som de um funk. A DCOD (Delegacia de Combate às Drogas) informou que o caso está sendo investigado sob sigilo.
Um dos traficantes foi identificado como Leonardo Dias Gomes, de 24 anos, mais conhecido como Léo Mingau. O suspeito faria parte do tráfico de drogas do Morro Faz Quem Quer, em Rocha Miranda, zona norte do Rio, e já estaria com a prisão preventiva decretada. Ele responde pelos crimes de latrocínio e é suspeito de assassinar em abril deste ano um motociclista, que teve o corpo carbonizado na Praça Seca, zona oeste. Léo Mingau também é um dos acusados de ter participado do assalto ao Ceasa, em agosto de 2015, que terminou com a morte de um segurança e uma funcionária de um supermercado do local. O Disque-Denúncia oferece uma recompensa de R$ 1 mil para quem informar o paradeiro do criminoso.
No vídeo, o ex-capitão identificou ao menos cinco fuzis de calibres 762 e 223: um AK 47, dois FALs e dois Colt Comando. Segundo ele, veículos blindados das polícias Civil e Militar têm proteção balística capaz de suportar disparos desse tipo de armamento, mas essas armas causariam grandes estragos em áreas vulneráveis de aeronaves com blindagem semelhante, o que comprometeria seu funcionamento. Storani ressalta que esse tipo de armamento não é recomendado para uso policial porque também seria capaz de atravessar estruturas de alvenaria.
— Esse armamento faz parte do contexto do Rio de Janeiro pelo menos nos últimos 30 anos. Elas não são fabricadas no Brasil, são traficadas e compradas em comércio irregular em países vizinhos, boa parte no Paraguai. Às vezes, sabemos até o endereço dessas lojas.
Para Storani, a falta de políticas públicas para fortalecer as fronteiras nacionais facilita a compra de armas por traficantes brasileiros. Ele afirma que não há iniciativas por parte do governo federal para coibir o tráfico de armas e de drogas nas fronteiras. Segundo o antropólogo, a vulnerabilidade seria maior nas fronteiras com o Paraguai, Venezuela e Bolívia, países que seriam conhecidos pelo grande volume de contrabandos.
- A criação de uma polícia nacional de fronteiras seria a melhorar opção para tirar essa responsabilidade da Polícia Federal, que já tem tantas outras. Mas não temos essa possibilidade diante da crise no País. Uma solução paliativa seria utilizar as Forças Armadas. O Exército nas fronteiras secas, a Aeronáutica no espaço aéreo e fortalecer a Marinha para proteger os portos e a região litorânea, promovendo ações de fiscalização.
O ex-capitão do Bope também acusa o Congresso Nacional de omissão quanto a medidas de combate ao tráfico internacional de armas. Storani afirma que as armas chegam a comunidades cariocas pelas mãos de contrabandistas. Os traficantes apenas os encomendam, recebem e pagam os equipamentos. Por isso, o valor de cada arma pode variar entre R$ 25 mil e R$ 50 mil. Segundo ele, o preço elevado é definido por fatores como oferta e demanda, dificuldade para chegar ao destino, fiscalização e propinas.
Para Storani, o melhor sistema de fiscalização de fronteiras do país fica nos aeroportos. Os portos seriam os mais vulneráveis já que a fiscalização seria feita de forma aleatória e nem todos contêineres são supervisionados.
Esses tipos de fuzis também são utilizados pelo Exército e polícias do Rio, de acordo com Storani. Ele afirma que existe a possibilidade do armamento ter sido desviado de quartéis com conivência dos agentes de segurança ou até mesmo em ações de invasão dessas unidades militares para roubo dos equipamentos, como já teria acontecido em outros casos.
A necessidade de se autofirmar é o principal motivo apontado pelo especialista para os traficantes terem produzido o vídeo. Storani diz acreditar que os criminosos tendem a mostrar o potencial e o poder de fogo para amedrontar facções rivais, a polícia e a sociedade.
- Esse tipo de vídeo é direcionado principalmente para facções rivais, para mostrar a disposição que eles têm de enfrentamento e a quantidade de armas. Eles têm uma tendência de autofirmação contra o inimigo, contra a polícia e contra a sociedade. Porque sentimos nossos direitos violentados quando assistimos um vídeo desse.
Criação de núcleos de inteligências em cinco Estados
Em julho deste ano, o Ministério da Justiça anunciou a criação de núcleos permanentes de inteligência voltados para o combate ao contrabando, ao tráfico de drogas e de armas. Inicialmente, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo foram os cinco Estados contemplados com os núcleos.
Em julho deste ano, o Ministério da Justiça anunciou a criação de núcleos permanentes de inteligência voltados para o combate ao contrabando, ao tráfico de drogas e de armas. Inicialmente, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo foram os cinco Estados contemplados com os núcleos.
Na ocasião, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse que os núcleos possibilitariam que as polícias compartilhassem informações, realizassem investigações interestaduais e planejassem operações em conjunto.
- As inteligências desses Estados têm inúmeras informações mas, infelizmente, é uma dificuldade que sempre houve e ainda há, não há a troca total de informações. Essas esquipes terão essa missão.
Segundo Moraes, cada núcleo seria formado por uma equipe de inteligência de cada polícia presente no Estado: polícias Federal, Militar, Civil e Rodoviária. Ele ainda informou que a infraestrutura para o funcionamento dos núcleos seria bancada pelo governo federal.
Cuba não comenta Trump, mas anuncia exercícios militares
Da Agência Ansa Edição: Kleber Sampaio
O governo cubano não comentou nessa quarta-feira (9) a vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, mas anunciou que fará uma semana de exercícios militares em toda a ilha para "enfrentar o inimigo".
Mesmo não se referindo abertamente à mudança de governo nos Estados Unidos, que pode comprometer o processo de degelo das relações entre as duas nações, o momento no qual a notícia foi divulgada faz com que ela seja indiretamente direcionada a Trump e aos republicanos.
Segundo o jornal governista Granma, a partir do dia 16 próximo, daqui há exatamente uma semana, as forças armadas cubanas darão início à Operação Bastião 2016, cujo objetivo é verificar "a preparação das tropas e da população civil para enfrentar diversas possíveis ações do inimigo".
O jornal afirma que essas manobras militares incluirão "movimentos de tropas e de material bélico, voos de aviões da aeronáutica militar e testes de materiais explosivos".
É a sétima vez que o regime dos irmãos Raul e Fidel Castro anuncia esses exercícios, que acontecem sempre em concomitância com momentos de tensão nos Estados Unidos. A primeira vez que foram organizados foi em 1980, após as eleições do ex-presidente Ronald Reagan.
Aeroviários recusam proposta de 4% de reajuste salarial
Cátia Rodrigues
Representantes dos trabalhadores da aviação civil e das empresas aéreas seguem tentando um acordo salarial. A nova reunião está marcada para o próximo dia 17, após mais uma rodada de negociação sem avanços realizada nessa quarta-feira (9), na sede do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, na capital paulista.
O sindicato patronal propôs reajuste de 4% nos salários, pisos e benefícios. O setor aéreo alega dificuldades devido à crise econômica. A proposta, no entanto, foi considerada insuficiente para cobrir as perdas com a inflação.
Os aeronautas e aeroviários, representados pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil, pedem reposição integral da inflação, medida pelo INPC, mais 5% de aumento real nos salários e em todos os itens econômicos.
PF volta à região amazônica para impedir a instalação de garimpos ilegais
Graziele Bezerra
A Polícia Federal (PF) voltou a atuar, nesta semana, na terra indígena Roosevelt, em Rondônia, para impedir a instalação de garimpos ilegais na região.
Em dezembro do ano passado, a PF realizou a Operação Crátons, para acabar com a exploração ilegal de madeira e de diamantes na reserva. O delegado regional de Investigações e Combate ao Crime Organizado, Flori Cordeiro, garante que o garimpo no local foi eliminado, mas os garimpeiros que foram retirados dali teriam migrado para outras localidades.
Sonora: "Nós temos um problema grave, na terra indígena Roosevelt. Tínhamos esse problema, que era exploração de diamante em nível internacional. A Polícia Federal fez a operação Crátons e conseguiu fechar o garimpo. E, por conta do fechamento do garimpo, houve uma migração da atividade para outras terras, no ano passado e no ano anterior. Por conta do fechamento, houve uma migração para outras terras."
Os novos alvos da polícia são as terras indígenas de Sete de Setembro, dos índios Suruí e a terra Uru-Eu-Wau-Wau, como explica o delegado.
Sonora: "Nós estivemos nessas terras, destruímos acampamentos, maquinários. Também foram presos dois invasores. Estivemos também na terra indígena de Uru-Eu-Wau-Wau. Mas lá o problema maior é invasão de terra, mais do que outro tipo de ilícito."
A polícia confirma a existência de diversos mandados de prisão em aberto contra lideranças indígenas da região, envolvidas com a exploração ilegal de minérios.
Ao todo, a polícia realizou mais de 30 horas de voo sobre a Floresta Amazônica, percorrendo mais de 2 milhões de hectares.
TCU cobra demissões na Infraero para reduzir prejuízo bilionário da estatal
Tatiana Lagôa
O Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou a implantação de um Plano de Demissão Voluntária (PDV) na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Após a concessão de seis aeroportos à iniciativa privada – incluindo o aeroporto de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte – a estatal ficou com um excedente de aproximadamente 2 mil funcionários. Para o tribunal, esse é um dos motivos do prejuízo bilionário registrado pela operadora aeroportuária nos últimos três anos.
Conforme descoberto em auditoria pelo TCU, após a concessão dos aeroportos, a Infraero sofreu uma redução de 53% das receitas operacionais. Já as despesas caíram em apenas 34%. Esse descompasso, segundo o tribunal, se justifica pela permanência de 71% dos 2.768 funcionários nos quadros da estatal. Além do aeroporto de Confins, foram concedidos o Presidente Juscelino Kubitschek (Brasília), Governador André Franco Montoro (Guarulhos/SP), Viracopos (Campinas/SP), Tom Jobim (Galeão/RJ) e São Gonçalo do Amarante (Natal).
Quando os terminais passaram para a iniciativa privada, os funcionários tiveram como opção ficar na Infraero ou aderir ao chamado Programa de Incentivo à Transferência ou à Aposentadoria (Pdita), pelos quais poderiam se aposentar ou serem transferidos para os quadros da concessionária. Em Confins, a BH Airport (empresa que administra o terminal), contratou 43 funcionários provenientes da Infraero, segundo a concessionária.
Nos seis aeroportos, 2.582 funcionários se inscreveram ao plano, conforme informações da Infraero. Mas o programa ainda não foi finalizado por falta de verbas. Seriam necessários R$ 533 milhões, dos quais R$ 214 milhões ainda não foram liberados pelo governo federal.
Desperdício
O TCU questiona, entre outras coisas, a não finalização do programa. “A não implementação dessa medida possui como efeito o potencial desperdício de dinheiro público, já que estão sendo gastos recursos para remunerar empregados que estão esperando para serem desligados da estatal”, diz relatório do órgão.
O TCU questiona, entre outras coisas, a não finalização do programa. “A não implementação dessa medida possui como efeito o potencial desperdício de dinheiro público, já que estão sendo gastos recursos para remunerar empregados que estão esperando para serem desligados da estatal”, diz relatório do órgão.
A estimativa da instituição é que, em caso de implementação de um PDV, o recurso gasto para pagar os funcionários poderia ser recuperado em 19 meses, em decorrência da economia mensal com pessoal.
Porém, além de falta de recursos, a Infraero terá que lidar com a descrença dos próprios funcionários quanto ao processo. “Não vemos sentido algum em fazer outro PDV se ainda não conseguimos concluir o começado em 2012. Fora que a proposta financeira, que provavelmente será a mesma de quatro anos atrás, já não é mais interessante”, afirma o diretor-executivo do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Alberto Carvalho.
Além de implementação do PDV, o TCU dará um prazo de 90 dias para que a Infraero formule um plano de ação com prazos e metas, indicação de responsáveis pela implementação das medidas, benefícios esperados de cada medida apresentada e sistemática de controle e avaliação com portfólio de indicadores para acompanhamento do retorno das medidas propostas. A Infraero espera ser notificada para se pronunciar sobre o assunto.
Novas privatizações tendem a aumentar prejuízo da empresa
Se o cenário já não está nada animador para a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), este tende a piorar quando os próximos aeroportos forem concedidos à iniciativa privada. A previsão é que mais quatro terminais sejam privatizados no próximo ano.
Se o cenário já não está nada animador para a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), este tende a piorar quando os próximos aeroportos forem concedidos à iniciativa privada. A previsão é que mais quatro terminais sejam privatizados no próximo ano.
Os próximos da fila são os aeroportos de Salvador, Fortaleza, Florianópolis e Porto Alegre. Se concretizadas, as concessões poderão cair como uma bomba sobre o caixa da Infraero.
“Antes das concessões, a Infraero era superavitária. Se ela perder mais aeroportos rentáveis terá o quadro agravado”, afirma o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Administração Aeroportuária (Sineaa), Pedro Azambuja.
De fato, até 2012 a estatal apresentava lucro líquido. Mas, a partir de 2013, passou a ter prejuízos crescentes. Entre 2013 e 2015, a empresa acumulou prejuízo de R$ 7,786 bilhões.
Descontrole
A explicação para esse descontrole financeiro está, em partes, no perfil dos aeroportos que a empresa gerencia. “Antes, a Infraero tinha 67 aeroportos, dos quais 12 eram superavitários e seguravam o resultado da empresa. Agora ela perdeu seis dos mais rentáveis e vai perder mais quatro. Ficou só com o prejuízo”, explica Azambuja.
A explicação para esse descontrole financeiro está, em partes, no perfil dos aeroportos que a empresa gerencia. “Antes, a Infraero tinha 67 aeroportos, dos quais 12 eram superavitários e seguravam o resultado da empresa. Agora ela perdeu seis dos mais rentáveis e vai perder mais quatro. Ficou só com o prejuízo”, explica Azambuja.
Para ele, uma solução seria que as concessões ocorressem aos moldes do que é visto em países como a Argentina. Lá, as concessões determinam que a cada aeroporto rentável, a concessionária administre pelo menos outro não rentável, como forma de manter o equilíbrio do sistema aéreo como um todo.
Comparação
A auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) comparou os números da Infraero com os da operadora aeroportuária espanhola Aena (Aeropuertos Españoles y Navegación Aérea).
A auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) comparou os números da Infraero com os da operadora aeroportuária espanhola Aena (Aeropuertos Españoles y Navegación Aérea).
O que melhor espelha o atual inchaço de pessoal da Infraero é o do número de pessoal administrativo comparativamente ao volume de passageiros. Enquanto na espanhola são quatro funcionários para cada milhão de passageiros/ano, na brasileira essa relação é de 48,5 funcionários.
Obama ordena envio de mais drones para a Síria
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ao Pentágono que envie mais drones para a Síria, com o objetivo de ajudar na localização de membros da organização terrorista Jabhat Fatah al Sham, também conhecida como Frente al-Nusra, informou o Washington Post.
Fontes militares citadas pelo jornal disseram que o Comando de Operações Especiais Conjuntas dos EUA (JSOC) terá mais autoridade e mais recursos para combater os líderes desse grupo extremista. E o uso mais intensificado de drones fará parte disso.
De acordo com os oficiais, veículos aéreos não tripulados já vêm conduzindo mais operações na Síria desde setembro, sendo determinante na eliminação de pelo menos quatro alvos de "grande valor". Segundo o Washington Post, a implantação de mais drones na república árabe reflete a preocupação do líder norte-americano com os planos da al-Nusra de transformar partes do território sírio em novas bases de operações perto da Europa.
COLUNA VERTICAL - Tasso e o ITA
Eliomar De Lima
O Ceará tem se destacado nos vestibulares do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com uma média de 40% de aprovação anual dos seus alunos. Essa referência tem sido um dos impulsionadores da luta pela criação do Curso de Engenharia Aeroespacial do ITA no Estado. Em Brasília, a mobilização para assegurar essa conquista está sendo articulada pelo senador Tasso Jereissati (PSDB), que, após receber representantes da Instituição, iniciou, na prática, ações pela aprovação de emenda parlamentar, que tramita na Comissão de Educação, garantindo crédito para viabilizar o projeto e novas plantas de laboratórios. Tasso, também, já consegui o agendamento de audiência com o ministro da Educação, Mendonça Filho, com as participações dos reitores Anderson Ribeiro Correia, do ITA, e Henry Campos, da UFC, instituições parceiras no projeto.
Foguete é lançado para pesquisa
O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) realizou, na tarde de ontem (9), mais um lançamento de foguete em sua base, localizada em Parnamirim. O objetivo do lançamento é fomentar a pesquisa aeroespacial brasileira e treinar as equipes que compõem o Centro a atuarem nesse tipo de atividade. A operação foi batizada de Barreira 16, em referência a 16ª atividade de lançamento promovida pelo CLBI. e integrou as atividades do terceiro dia do 6º Fórum de Pesquisa e Inovação (FoPI).
Do modelo 55-30, o foguete possui três metros de comprimento e é considerado um dos mais velozes fabricados no Brasil, com velocidade que pode atingir até 3,6 vezes a velocidade do som. O foguete foi encomendado pelo CLBI à Avibras, companhia especializada na produção de produtos e serviços de defesa, com a finalidade de transmissão de dados de telemetria, tensão de bateria, rotação, altitude, dentre outros, aos radares utilizados em operações de lançamentos.
"A principal atividade do CLBI são lançamentos e rastreios. Não desenvolvemos foguetes, nós disponibilizamos aos clientes externos todos os meios para operação de lançamento. E para que a gente possa ter condição de oferecer esses meios, precisamos estar em treinamento constante. Esse é o principal objetivo com esse foguete, manter as nossas equipes adestradas", disse o Capitão Paulo Guirra, coordenador de lançamento da operação Barreira 16.
Com lançamento previsto para às 15h30, os olhares dos participantes do 6º FoPI estiveram fixados na base de decolagem. Pesquisadora e estudantes queriam observar, de perto, a materialização daquilo que as teorias apresentam dentro das salas de aula. "É sempre muito bom participar desses eventos, principalmente para quem é da área tecnológica. Porque a gente vê a tecnologia no estado da arte, no maior nível", contou Anderson Egberto, de 22 anos, estudante de Engenharia Elétrica.
Devido a problemas detectados em dois dos três radares utilizados na operação, a contagem regressiva foi adiada em cinco minutos. Apesar disso, o lançamento ocorreu dentro do previsto para a equipe do CLBI. "O lançamento foi da forma como desejamos. Mesmo utilizando um dos três radares, o rastreio foi completamente realizado e o objetivo foi atingido", avaliou o Capitão Paulo Guirra. Durante o lançamento, o foguete atingiu o apogeu (altura máxima) a 32 km do solo, com velocidade de 1.134 metros por segundo e caiu no oceano a 17 km da costa potiguar. Segundo Dolvim Dantas, engenheiro do CLBI, o modelo utilizado na operação também visa atender aos estudantes e pesquisadores, de qualquer instituição de ensino, que se debruçam em estudos aeroespaciais. "O Comando da Aeronáutica disponibiliza gratuitamente para qualquer aluno que queira lançar experimentos, desde que esteja matriculado em uma instituição de ensino e com um orientador", pontua.
O engenheiro ressalta que no interior desse modelo de foguete se encontra embarcada toda a tecnologia que precisa para captar os dados de experimentos. Podem ser embarcados até 5 kg de experimento científico. "Isso representa um fomento à tecnologia aeroespacial", explicou Dolvim Dantas.
Convidado como palestrante no 6º FoPI, o astronauta brasileiro Marcos Pontes, que integrou a Missão Centenário em 2005, também acompanhou o lançamento e destacou a relevância para o programa aeroespacial brasileiro em se promover atividades como essa. "É importante incentivar e promover esse tipo de atividade, principalmente quando se conecta os centros de pesquisas, as universidades e as empresas. Com esse triângulo, a gente consegue desenvolver a ciência e tecnologia no país a níveis nunca atingidos. E Natal tem dado o exemplo", afirmou.
Os "voos" e os sonhos de Augusto Severo
Ramon Moreira
Augusto Severo (1864-1902) teve um papel importante nos primórdios da engenharia aeronáutica brasileira, tendo promovido aperfeiçoamentos nos balões e inventado novos tipos de hélice e motores. No Rio Grande do Norte, ele batizou praça, escolas, aeroporto e até nome de município já foi – a hoje Campo Grande. No entanto, o ilustre aviador e político potiguar nunca ganhou um estudo a altura de sua história e feitos revolucionários. É justamente para preencher essa lacuna que o pesquisador carioca Rodrigo Moura Visoni se debruçou sobre sua vida e inventos para escrever "Os Balões de Augusto Severo" (Editora Tamanduá Arte), com previsão de lançamento para 2017.
Formado em Arquivologia, Rodrigo tem feito um destacado trabalho de resgate de brasileiros históricos ligadas às invenções, principalmente aviadores. Em suas pesquisas descobriu documentos inéditos sobre Bartolomeu Lourenço de Gusmão, Júlio César Ribeiro de Souza, Francisco João de Azevedo e Alberto Santos Dumont. Sobre este, é de Rodrigo a biografia ricamente ilustrada "Santos Dumont e os Balões", que aborda sua fase anterior a dos aeroplanos.
Segundo o pesquisador, Severo teve alguns de suas invenções ofuscadas pelo contemporâneo Dumont. "Severo foi o primeiro a testar um dirigível no Brasil, o Bartholomeu de Gusmão, em 1894. E foi autor dos dois primeiros dirigíveis semirrígidos do mundo, o Bartholomeu de Gusmão (1894) e o Pax (1902)", diz o autor, que começou a pesquisar o potiguar graças ao capítulo dedicado a ele no livro "Os Precursores Brasileiros da Aeronáutica", de Pinto de Aguiar, publicado em 1975.
Em Natal, uma minibiografia escrita pelo jornalista Alexis Peixoto foi lançada em 2015 pela Caravela Selo Cultural. Mas em "Os Balões de Augusto Severo" Rodrigo vai além, trazendo uma obra abrangente e amplamente ilustrada, com cerca de 170 imagens. As fotografias provêm de arquivos e museus nacionais e estrangeiros que o autor visitou, bem como de agências de imagens. Os traços pessoais de Severo ele conseguiu em entrevistas publicadas em periódicos da época. "É a maior e mais luxuosa biografia já feita a respeito de Augusto Severo", afirma.
O livro foi diagramado pela designer Miriam Lerner e está em fase de captação de patrocínio pela Lei Rouanet. "Pesquiso inventores brasileiros desde os 19 anos. O fato de muitos inventores brasileiros não haverem conseguido desenvolver suas ideias e lucrar seus inventos fez-me perceber o problema e procurar uma solução", diz o autor, entrevista ao VIVER.
Rivalidade era cordial
"Havia um clima de competição entre Augusto Severo e Santos Dumont, mas a rivalidade deles era cordial", afirma o autor carioca. Na época, os dois brasileiros trabalhavam seus inventos com balões. Para Rodrigo, apesar do pioneirismo de Severo, o fato de Dumont ser mais consagrado se deve a ele ter faturado o Prêmio Deutsch, na França, em 1901 – isso antes do voo do avião 14 bis, em 1906. Soma-se a esse ostracismo, o pouco material produzido a seu respeito. "Ninguém conhece direito a história de Augusto Severo, em razão das poucas biografias existentes serem antigas e pobres de dados e imagens", diz.
"Havia um clima de competição entre Augusto Severo e Santos Dumont, mas a rivalidade deles era cordial", afirma o autor carioca. Na época, os dois brasileiros trabalhavam seus inventos com balões. Para Rodrigo, apesar do pioneirismo de Severo, o fato de Dumont ser mais consagrado se deve a ele ter faturado o Prêmio Deutsch, na França, em 1901 – isso antes do voo do avião 14 bis, em 1906. Soma-se a esse ostracismo, o pouco material produzido a seu respeito. "Ninguém conhece direito a história de Augusto Severo, em razão das poucas biografias existentes serem antigas e pobres de dados e imagens", diz.
Augusto Severo de Albuquerque Maranhão nasceu em Macaíba, em 11 de janeiro de 1864. Saiu da cidade adolescente para estudar em Salvador e depois no Rio de Janeiro, quando cursou Engenharia na Escola Politécnica. No Rio, passou a se interessar por Aerostação, quando depois de estudos, fez seus primeiros projetos. Paralelo as pesquisas sobre voo, foi deputado federal.
Em 1892, conseguiu auxílio do governo para mandar fazer um dirigível em que incorporava suas ideias de aparelho semirrígido. O modelo foi batizado como Bartholomeu de Gusmão, nome de um inventor brasileiro. Em 1894, a invenção foi ao ar e Severo se tornou o primeiro a testa um dirigível no país.
Em 1901, motivado pelo Prêmio Deutsth, que prometia 100 mil francos a quem voasse 11km em meia hora, contornando a Torre Eiffel pelo percurso, o potiguar embarca rumo a França. No entanto, antes de conseguir montar seu dirigível, o conterrâneo brasileiro Alberto Santos Dumont realizou realizou o percurso e faturou o prêmio. Mas Severo continuou com suas invenções e investiu todo o dinheiro que tinha na construção do Pax, orçado em 150 mil francos. O dirigível tinha 30 metros de comprimento, 20 de altura e 13 de diâmetro, contava com dois motores à petróleo e sete hélices. O modelo o destacou dos outros inventores da época. Com dezenas de curiosos acompanhando a apresentação, a aeronave partiu à 400 metros de altitude sobre a Avenue du Maine. Tudo ia bem até que uma explosão incendiou o balão, tombando o dirigível. Severo, então com 38 anos, morreu na queda. Seu mecânico, o francês Saché, foi carbonizado.
- Colaborou: Cinthia Lopes, Editora
Bate papo com Rodrigo Moura Visoni, escritor e arquivologista
Por que o nome de Augusto Severo não é tão lembrado como o de Santos Dumont? Fora do Brasil, Severo é conhecido?
Augusto Severo não é tão lembrado como Santos Dumont por não haver ganho o Prêmio Deutsch, que tornou Santos Dumont mundialmente famoso, nem ter se dedicado ao avião. Ninguém conhece direito a história de Augusto Severo, em razão das poucas biografias existentes serem antigas e pobres de dados e imagens. Há algumas menções a Augusto Severo em livros estrangeiros, pelo fato dele haver tentado o voo na França e construído um dirigível lá.
Augusto Severo não é tão lembrado como Santos Dumont por não haver ganho o Prêmio Deutsch, que tornou Santos Dumont mundialmente famoso, nem ter se dedicado ao avião. Ninguém conhece direito a história de Augusto Severo, em razão das poucas biografias existentes serem antigas e pobres de dados e imagens. Há algumas menções a Augusto Severo em livros estrangeiros, pelo fato dele haver tentado o voo na França e construído um dirigível lá.
O que levava pessoas como Augusto Severo e Dumont a explorar o céu naquela época?
Vários motivos. A humanidade já havia estabelecido rotas comerciais terrestres e marítimas, e o ar, se dominado, prometia impulsionar a globalização e revolucionar a economia mundial. Augusto Severo voltou-se para o problema da dirigibilidade dos balões ao tomar conhecimento das promissoras experiências de direção aérea feitas em 1881 e 1882 pelo paraense Júlio Cézar Ribeiro de Souza, que testou aeromodelos no Brasil e na França. Já Santos Dumont sonhava desde jovem em se tornar um aeronauta por influência dos livros de Júlio Verne, permeados de máquinas voadoras futuristas".
Vários motivos. A humanidade já havia estabelecido rotas comerciais terrestres e marítimas, e o ar, se dominado, prometia impulsionar a globalização e revolucionar a economia mundial. Augusto Severo voltou-se para o problema da dirigibilidade dos balões ao tomar conhecimento das promissoras experiências de direção aérea feitas em 1881 e 1882 pelo paraense Júlio Cézar Ribeiro de Souza, que testou aeromodelos no Brasil e na França. Já Santos Dumont sonhava desde jovem em se tornar um aeronauta por influência dos livros de Júlio Verne, permeados de máquinas voadoras futuristas".
Além de aviador e inventor, Severo teve uma atuação política. O que você descobriu desse lado da vida dele?
Augusto Severo aparenta haver sido um raríssimo caso de político brasileiro honesto e bem intencionado, havendo sido inicialmente eleito deputado estadual e depois federal. As causas que defendeu foram nobres: combateu a escravidão, criou projetos de auxílio à infância desamparada e de saneamento da Capital Federal.
Augusto Severo aparenta haver sido um raríssimo caso de político brasileiro honesto e bem intencionado, havendo sido inicialmente eleito deputado estadual e depois federal. As causas que defendeu foram nobres: combateu a escravidão, criou projetos de auxílio à infância desamparada e de saneamento da Capital Federal.
Na 2ª Guerra Mundial Natal foi uma importante base aérea para as forças armadas dos Estados Unidos. Você estuda essa história?
Sei que há alguns livros sobre a participação da Base Aérea de Natal na Segunda Guerra Mundial, como "O trampolim da vitória", de Augusto Fernandes. Há também um filme a respeito, "For All - O trampolim da vitória", mas não é algo que eu estude.
Sei que há alguns livros sobre a participação da Base Aérea de Natal na Segunda Guerra Mundial, como "O trampolim da vitória", de Augusto Fernandes. Há também um filme a respeito, "For All - O trampolim da vitória", mas não é algo que eu estude.
Quem
Livro "Os Balões de Augusto Severo", editora Tamanduá Arte (no prelo), de autoria de Rodrigo Moura Visoni, sobre a história do inventor potiguar, primeiro homem a testar um dirigível no Brasil, o Bartholomeu de Gusmão, em 1894. E foi autor dos dois primeiros dirigíveis semirrígidos do mundo, o Bartholomeu de Gusmão (1894) e o Pax (1902), quando morreu em um desastre em Paris
Livro "Os Balões de Augusto Severo", editora Tamanduá Arte (no prelo), de autoria de Rodrigo Moura Visoni, sobre a história do inventor potiguar, primeiro homem a testar um dirigível no Brasil, o Bartholomeu de Gusmão, em 1894. E foi autor dos dois primeiros dirigíveis semirrígidos do mundo, o Bartholomeu de Gusmão (1894) e o Pax (1902), quando morreu em um desastre em Paris
Rio de Janeiro sedia 49º Campeonato Mundial de Orientação
Cerca de 280 pessoas participam da competição, entre chefes de missão, atletas e integrantes das comissões técnicas
O Rio de Janeiro será palco de mais um grande evento esportivo mundial. Entre 17 e 23 de novembro, 26 países disputam o 49º Campeonato Mundial de Orientação.
Coordenado pela Comissão Desportiva Militar do Brasil (CDMB), do Ministério da Defesa, o Mundial terá como sede a Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (Baenspa).
Aproximadamente 280 pessoas participam da competição, entre chefes de missão, atletas e integrantes das comissões técnicas. Desse total, 206 são atletas militares, sendo 151 homens e 55 mulheres. A delegação brasileira é composta por 11 desportistas, tendo sete representantes masculinos e quatro femininos.
O almirante Paulo Zuccaro, diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa e chefe da delegação brasileira para o CISM ressalta que todos os esportes têm grande afinidade com a atividade militar.
“Costumamos dizer que o esporte imita o combate, mas certamente a orientação é uma das modalidades em que esta similaridade se encontra mais evidenciada”, disse.
O campeonato ocorre na Região dos Lagos. Em São Pedro da Aldeia, a Base Aérea Naval vai acomodar todas as equipes e sediar cerimônias de abertura e encerramento, além do congresso técnico.
No município de Rio das Ostras, será realizada a prova de percurso médio (5km), em 19 de novembro, e a prova de percurso longo (14 km), no dia 20. A prova de revezamento urbano acontecerá no dia 22, em Búzios.
Os países inscritos são Emirados Árabes Unidos, Áustria, Noruega, Suíça, Venezuela, Alemanha, Geórgia, Equador, Turquia, Bélgica, Polônia, Estônia, França, Lituânia, Rússia, Holanda, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Chile, China, Letônia, Brasil, Eslovênia e Uruguai.
A equipe brasileira participa das três provas do campeonato. O time é composto por militares de carreira e temporários da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Todos integram o Programa de Alto Rendimento do Ministério da Defesa e possuem no currículo participação em outros campeonatos mundiais, incluindo os Jogos Mundiais Militares.
Esta é a quinta vez em que o Brasil sedia o Campeonato Mundial Militar de Orientação. Por duas vezes, ele foi realizado no Paraná, em 1983 e 2006, com a participação de nove e 27 países, respectivamente.
Outra edição ocorreu em Brasília, em 1992, quando 12 nações foram inscritas, e a última realização em solo brasileiro foi no Rio de Janeiro, em 2011, quando 28 países participaram.
Como funciona
Tendo a natureza como campo de esporte, a orientação requer, entre as habilidades necessárias, a interpretação precisa do mapa, a avaliação e a escolha da rota, o uso da bússola, a concentração sob tensão, a tomada rápida de decisões, a corrida em terreno natural e o controle da distância percorrida.
O objetivo da competição é passar por todos os pontos de controle marcados no terreno no menor tempo possível, com o auxílio do mapa e da bússola. Quanto mais acidentado o terreno, maior o desafio.
No Mundial, cada país deve inscrever, no masculino, até sete atletas, sendo que os quatro melhores tempos em cada prova são os que pontuam para a equipe. Já na prova feminina, podem ser inscritas até quatro atletas e os três melhores tempos pontuam.
Mais informações no site oficial do 49º Campeonato Mundial de Orientação.
Ministério Público Militar condecora autoridades nas comemorações de 96 anos
Assessoria De Comunicação Social (ascom)
As comemorações dos 96 anos de criação do Ministério Público Militar foram marcadas pela entrega da Medalha do Mérito Militar. O auditório do MPM, na capital federal, recebeu civis e militares para a cerimônia. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, foi condecorado no grau Grã-Cruz.
O evento teve início com a execução do Hino Nacional pela banda de música da Aeronáutica. Em seguida, o procurador-geral da Justiça Militar, Jaime de Cassio Miranda, em discurso, contou que o MPM vem se aperfeiçoando ao longo dos anos. Dentre os avanços destacou a implantação do Sistema Eletrônico de Informação (SEI) e o núcleo de combate à corrupção.
"O MPM é uma instituição dinâmica e em permanente formação. Aqui buscamos atender as expectativas da sociedade brasileiras com relação à instituição sempre com o foco na melhoria da gestão", disse.
Após o discurso, deu-se início a entrega das medalhas. Primeiro foram homenageadas as instituições: Escola de Aprendizes – Marinheiros de Santa Catarina (EAMSC) e o 37º Batalhão de Infantaria Leve (BIL), situado em São Paulo. Na etapa seguinte, ocorreram as outorgas das medalhas para personalidades civis e militares.
PROFESP é finalista em Prêmio internacional Paz e Desporto
Assessoria De Comunicação Social (ascom)
O Programa Forças no Esporte (PROFESP), desenvolvido em parceria pelos ministérios da Defesa, do Esporte e do Desenvolvimento Social e Agrário, está entre os três finalistas do prêmio internacional Peace & Sport Award 2016 (Paz e Desporto 2016). Concorrendo na categoria Federação do Ano, o Programa tem por objetivo democratizar o acesso à prática e à cultura do esporte, como fator de formação da cidadania e de melhoria da qualidade de vida, além de promover o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social.
Criado em 2008, o Prêmio é concedido pela Organização pela Paz e pelo Esporte ("Peace and Sport, L Organisation pour la Paix par le Sport"), e recompensa instituições e indivíduos que tenham contribuído de modo significativo para a paz, o diálogo e a estabilidade social no mundo por meio do esporte.
A Organização Paz e Esporte foi fundada em 2007 pelo medalhista olímpico e campeão mundial de pentatlo moderno, Joel Bouzou, com sede no Principado de Mônaco, na Itália. Este ano realiza a 9ª edição do Fórum da Paz e Esporte Internacional, de 23 a 25 de novembro, quando mais de 500 personalidades de destaque do mundo do esporte, político, acadêmico, setor privado e sociedade civil se reunirão para debater como o esporte pode ajudar a promover a paz sustentável e formar agentes de mudança comprometidos a trabalhar por um mundo melhor, mais justo e mais unido.
O Fórum tem como objetivo mobilizar a sociedade mediante o uso do esporte como um catalisador para estreitar os laços e redes sociais, bem como para promover a paz, a não violência, a tolerância e a justiça. O esporte é uma ferramenta de construção da paz poderoso e comprovado. Os resultados positivos gerados por meio do movimento desportivo demonstram que o esporte pode dar uma contribuição valiosa para inspirar e motivar a comunidade global na conquista desses ideais.
Os candidatos ao Prêmio concorrem apresentando as iniciativas locais, de forma que os projetos sirvam de inspiração e contribuição para o esporte no âmbito global. O vencedor será selecionado por um comitê de júri e anunciado durante a cerimônia de Prêmios de Paz e Esporte que acontecerá no dia 24 de novembro, no Principado de Mônaco.
Sobre o Profesp
Com atuação em 89 municípios de 26 estados brasileiros, o Programa Forças no Esporte beneficia aproximadamente 21 mil crianças e jovens que vivem em situação de vulnerabilidade social, com idades entre 6 e 18 anos, regularmente inscritos no sistema de ensino público.
Com atuação em 89 municípios de 26 estados brasileiros, o Programa Forças no Esporte beneficia aproximadamente 21 mil crianças e jovens que vivem em situação de vulnerabilidade social, com idades entre 6 e 18 anos, regularmente inscritos no sistema de ensino público.
Os alunos participam de atividades esportivas, educacionais, de lazer, de reforço escolar, de iniciação musical, de informática visando à inclusão digital e de oficinas de treinamentos que orientam para diversas especialidades técnicas, facilitando o ingresso no mercado de trabalho. As atividades ocorrem três vezes por semana em 158 Organizações Militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
O Profesp contribui para a redução da evasão escolar, a melhoria dos resultados educacionais, a redução da violência social dentro das famílias e das comunidades, a melhoria da saúde, a conscientização ambiental, a melhor integração social e o aumento do interesse pela prática esportiva, além de promover o trabalho em equipe e revelar jovens com potencial para se tornarem atletas de alto rendimento.
PRAVDA (RU)
Representantes das Forças Armadas e da Segurança Pública comemoram os 90 anos da Companhia Brasileira de Cartuchos
Mariana Nascimento
A celebração dos 90 anos da Companhia Brasileira de Cartuchos reuniu diversos representantes das Forças de Segurança Pública e de Defesa nacionais nesta última terça-feira (8), em Ribeirão Pires.
Além de representantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, o evento contou também com a presença de membros da Polícia Federal, Rodoviária Federal, Militar, Civil e do Poder Legislativo. Na ocasião, os convidados puderam conhecer a trajetória da CBC, considerada uma das maiores do segmento de munições em todo o mundo, e trocar experiências.
A apresentação dos produtos CBC destinados à Defesa e Segurança foi realizada pelo atirador de elite e campeão mundial de Sniper Vicente Paulo Ancona. Com o intuito de demonstrar a aplicação e desempenho dos diferentes calibres, assim como o efeito de cada munição produzida pela companhia, Ancona realizou uma apresentação simulando situações reais na atividade policial e militar.+
Os convidados também conheceram as fábricas de munições militares e de armas curtas, que estão entre as maiores e mais modernas do mundo, o laboratório balístico e puderam testar os produtos fabricados pela CBC com a prática de tiro ao alvo.
O deputado estadual do Rio de Janeiro, Marcos Muller, que faz parte da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia na Assembleia Legislativa também marcou presença. Para Muller esta foi uma importante oportunidade para se atualizar mais sobre o setor e, principalmente, para entender as demandas atuais das forças policiais. "As informações que foram dadas pela companhia aqui são interessantes, até porque somos responsáveis pela cota deste segmento, então essas informações são de suma importância".
Já o general Ricardo Miranda Aversa, Chefe do Estado Maior do Comando Militar do Sudeste, destacou a parceria de longo tempo entre a CBC e o Exército. "A CBC sem dúvida nenhuma é um orgulho nacional, na medida em que ela traz os produtos de defesa de qualidade e que são fundamentais para qualquer força armada e policial. Ter essa indústria no Brasil com toda a tecnologia que foi mostrada é um motivo de tranquilidade, orgulho e de satisfação para nós. Não é qualquer empresa que chega 90 anos com a saúde financeira em dia, com a qualidade e a variedade de produtos que a CBC oferece ao mercado, não só ao nacional, como também internacional". Miranda ressaltou ainda a importância da oportunidade do Exército de trocar experiências com vários outros segmentos que se fizeram presentes na ocasião.
O coronel da Aeronáutica Nelson Pedro Roja Junior concorda. "Esta foi uma ótima oportunidade para trocar experiências e até mesmo conversar com outros represntantes das forças de Defesa sobre a melhor forma de aquisição de produtos e na padronização dos procedimentos".
De acordo com o presidente da Companhia Brasileira de Cartuchos, Antônio Marcos Moraes Barros, a produção da CBC é prioritariamente voltada para atender o mercado interno, e sempre focada no compromisso de desenvolver no País as mais avançadas tecnologias em produtos para a Segurança Pública e Defesa.
A inovação também é apontada pelo vice-presidente comercial e de relações institucionais da CBC e presidente da Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições (Aniam), Salesio Nuhs, como um dos principais pilares da companhia. Nuhs explica que os grupos de pesquisa e desenvolvimento na Alemanha e na República Tcheca, liderados e coordenados pela CBC no Brasil, asseguram o fornecimento para as Forças Armadas e órgãos de segurança pública brasileiros de produtos em constante evolução e no estado da arte.
Para o Superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Disney Rosseti, os produtos oferecidos pela empresa no Brasil são de alta qualidade e não deixam nada a desejar para os produtos estrangeiros. "A CBC é uma das maiores empresas do Brasil, reconhecida internacionalmente, e fornecedora de produtos para a Polícia Federal. Nós temos uma satisfação muito grande do produto CBC, que nos atende de forma excelente".
Sobre a CBC
Presente em mais de 130 países, o Grupo CBC tem hoje unidades de produção no Brasil, nos Estados Unidos, na Alemanha e na República Tcheca. É líder mundial em munições para armas portáteis e um dos maiores fornecedores de munições de pequeno calibre para as forças da OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Presente em mais de 130 países, o Grupo CBC tem hoje unidades de produção no Brasil, nos Estados Unidos, na Alemanha e na República Tcheca. É líder mundial em munições para armas portáteis e um dos maiores fornecedores de munições de pequeno calibre para as forças da OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte.
PORTAL BONDE (PR)
Imagens de monitoramento das Olimpíadas e Paralimpíadas Rio 2016 foram armazenadas na Sercomtel
Para garantir a segurança nacional, as Forças Armadas Brasileiras continuadamente lançam mão das tecnologias mais avançadas do mercado, inclusive de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), popularmente conhecidos como drones. Nas Olimpíadas e Paralimpíadas Rio 2016 não foi diferente: as imagens de monitoramento feitas na cidade do Rio de Janeiro pelo Exército e a Marinha durante a realização dos dois torneios esportivos foram armazenadas pelo serviço de backup da Sercomtel, em Londrina.
A atuação na segurança dos jogos se deve exclusivamente à parceria da Sercomtel Participações com a empresa paulista FT Sistemas, qualificada como Empresa Estratégica de Defesa (EED) desde 2013 e contratada pelo Ministério da Defesa para prestar assistência técnica, logística e operacional no monitoramento realizado pelas aeronaves não tripuladas.
A FT Sistemas que desde 2005 fabrica VANTs e atua no setor de tecnologia customizada para o mercado civil corporativo e também em operações do governo, buscou a solução da Sercomtel para assegurar que as imagens captadas nos vôos de monitoramento e controle no Rio de Janeiro fossem armazenadas em uma cópia de segurança máxima.
Backup
No Paraná, distante quase mil quilômetros dos eventos no Rio de Janeiro, a Sercomtel criou um ambiente virtual de alta redundância para atuar na operação crítica. As imagens capturadas pelas aeronaves remotamente pilotadas e fornecidas às Forças Armadas, foram armazenadas pelo Exército e replicadas ao ambiente virtual de alta segurança da Sercomtel.
Este serviço serviu para conter algum ataque hacker ao sistema de segurança ou mesmo de qualquer outra tentativa de se apropriar dos registros de imagem feitos durante as operações, pois os equipamentos da operadora pública de telecomunicações paranaense teria condições de fornecer na íntegra todas as imagens gravadas, porém, pelo nível de sigilo, somente o Exército teria acesso, uma vez que todo o conteúdo foi criptografado.
Parceria e perspectivas
O início da parceria Sercomtel - FT Sistemas se deu por meio do contato da subsidiária Sercomtel Participações com a direção da empresa em São José dos Campos, e já rendeu os primeiros resultados na aliança entre as duas administradoras de sistemas complexos: a assinatura do acordo de cooperação tecnológica com o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR).
Neste acordo, a parceira atuará no aerolevantamento e desenvolvimento de metodologias, algoritmos e softwares para soluções em manejo e gestão das diversas culturas pesquisadas pelo IAPAR, como soja e milho, e a Sercomtel deverá se beneficiar ao fornecer toda a infraestrutura para armazenar em nuvem as imagens e dados brutos capturados, com um aprendizado que será disponibilizado na forma de produtos confiáveis aos setor agrícola brasileiro e também ao mercado internacional.
Além do acordo, a participação no monitoramento das Olimpíadas e Paralimpíadas Rio 2016 representa uma etapa fundamental para transformar a Sercomtel em uma Empresa Estratégica de Defesa (EED). Já que tal certificação pelo Ministério da Defesa requer o atendimento a uma legislação específica - lei nº 12.598 - e um rigoroso processo de auditoria.
O posicionamento da empresa de oferecer soluções integradas e a consolidação de outras parcerias significativas com a Celepar e Rohde & Schwarz Cybersecurity são elementos importantes para esta evolução. A Sercomtel, enquanto EED, deverá atuar com foco em comunicação crítica, utilizada em situações permanentes de controle e defesa na aplicação de dados e de comunicação.
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