NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 26/10/2016 / EUA se aliam a Brasil contra subsídios canadenses para jatos
EUA se aliam a Brasil contra subsídios canadenses para jatos ...
Governo brasileiro pode denunciar Canadá na OMC até o fim do ano; País questiona subsídios de US$ 2,2 bilhões ...
Jamil Chade ...
GENEBRA - O governo brasileiro denuncia mais de US$ 2,2 bilhões em subsídios dados pelo Canadá à principal rival da Embraer, a empresa Bombardier, e exige uma resposta do governo de Ottawa.
O Itamaraty apresentou, nesta terça-feira, 25, na Organização Mundial do Comércio, uma série de perguntas aos canadenses e, com base nessas respostas, o governo de Michel Temer pode abrir sua primeira disputa internacional, acionando o país nos tribunais da OMC antes do fim do ano.
O Itamaraty apresentou, nesta terça-feira, 25, na Organização Mundial do Comércio, uma série de perguntas aos canadenses e, com base nessas respostas, o governo de Michel Temer pode abrir sua primeira disputa internacional, acionando o país nos tribunais da OMC antes do fim do ano.
A pressão brasileira ganhou um apoio de peso. Durante o encontro em Genebra, o governo americano declarou simpatia à queixa brasileira, indicando que cabe ao Canadá trazer respostas às suspeitas de um financiamento ilegal de suas vendas.
De acordo com os diplomatas americanos, a Casa Branca está “preocupada” com o apoio dado pelas autoridades canadenses para as exportações de seus jatos da Bombardier e para o desenvolvimento de novos modelos. Washington também indicou estar apreensiva com declarações de Ottawa de que novos aportes públicos serão feitos.
Para os EUA, o Canadá precisa garantir que o envolvimento do governo não signifique a distorção dos mercados e que estejam de acordo com as regras da OMC.
Para os EUA, o Canadá precisa garantir que o envolvimento do governo não signifique a distorção dos mercados e que estejam de acordo com as regras da OMC.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Investigação dos EUA ligou 10 executivos da Embraer a propina
Raquel Landim E Wálter Nunes
Pelo menos 10 executivos do alto escalão da Embraer se envolveram diretamente no no pagamento de propina para vender aviões no exterior. Desse grupo, dois ainda trabalham na empresa.
Levantamento pela Folha nos anexos do acordo selado pela Embraer com autoridades no Brasil e nos Estados Unidos identificou vice-presidentes e diretores das áreas de aviação comercial, defesa e segurança, jatos executivos, além do próprio departamento jurídico.
Na avaliação do Departamento de Justiça (DOJ) dos EUA, a Embraer está punindo "parcialmente" os responsáveis. O órgão enfatiza que a empresa "deixou de disciplinar um executivo sênior que sabia das discussões de propina por e-mail" e que "tinha responsabilidade de fiscalizar os demais".
Procurada pela reportagem, a Embraer não revelou a identidade desse executivo e também se recusou a comentar casos específicos dos demais funcionários.
Por enquanto, o Ministério Público brasileiro está investigando apenas os executivos envolvidos no pagamento de R$ 3,5 milhões em propina na República Dominicana. Investigações sobre os casos na Arábia Saudita, Moçambique e Índia ainda estão em curso.
Entre os executivos citados no acordo firmado pela Embraer está Luis Carlos Affonso, que hoje atua como vice-presidente sênior de operações da aviação comercial.
Na época dos fatos investigados, Affonso tinha um cargo ainda mais alto. Ele era vice-presidente executivo da área de jatos particulares e respondia ao presidente da Embraer, Frederico Curado.
Segundo o relato das autoridades americanas e brasileiras, Affonso recebeu por e-mail um relato de um subordinado sobre uma reunião em Londres na qual foi acertado o pagamento de propina para um funcionário da Saudi Aramco.
Na troca de e-mails que se seguiu, Affonso aprova que a Embraer contrate o "agente" que repassaria a comissão. A Embraer pagou US$ 1,6 milhão em propina para vender três jatos executivos por US$ 93 milhões para a estatal da Arábia Saudita.
Outro funcionário que aparece nas investigações e que segue no quadro de funcionários da Embraer é José Molina. Ele hoje é vice-presidente da cadeia de suprimentos.
Molina aparece como um dos destinatários de um e-mail em que o vice-presidente da Embraer Europa, Luiz Fuchs, descreve o pedido de propina feito por um funcionário da LAM, de Moçambique.
Fuchs, que se aposentou no fim do ano passado, informa que o moçambicano queria um "gesto" de boa vontade, que poderia ficar entre US$ 50 mil e US$ 80 mil. Molina, que na época atuava como diretor de contratos da avião comercial, aprovou o valor citado.
Os moçambicanos consideraram a oferta um "insulto" e terminaram recebendo US$ 800 mil em propina pela venda de dois aviões comerciais por US$ 65 milhões.
Os documentos divulgados pelo DOJ não revelam nomes dos funcionários envolvidos, mas eles são identificados em documento quase idêntico disponibilizado em seu site pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil.
Levantamento pela Folha nos anexos do acordo selado pela Embraer com autoridades no Brasil e nos Estados Unidos identificou vice-presidentes e diretores das áreas de aviação comercial, defesa e segurança, jatos executivos, além do próprio departamento jurídico.
Na avaliação do Departamento de Justiça (DOJ) dos EUA, a Embraer está punindo "parcialmente" os responsáveis. O órgão enfatiza que a empresa "deixou de disciplinar um executivo sênior que sabia das discussões de propina por e-mail" e que "tinha responsabilidade de fiscalizar os demais".
Procurada pela reportagem, a Embraer não revelou a identidade desse executivo e também se recusou a comentar casos específicos dos demais funcionários.
Por enquanto, o Ministério Público brasileiro está investigando apenas os executivos envolvidos no pagamento de R$ 3,5 milhões em propina na República Dominicana. Investigações sobre os casos na Arábia Saudita, Moçambique e Índia ainda estão em curso.
Entre os executivos citados no acordo firmado pela Embraer está Luis Carlos Affonso, que hoje atua como vice-presidente sênior de operações da aviação comercial.
Na época dos fatos investigados, Affonso tinha um cargo ainda mais alto. Ele era vice-presidente executivo da área de jatos particulares e respondia ao presidente da Embraer, Frederico Curado.
Segundo o relato das autoridades americanas e brasileiras, Affonso recebeu por e-mail um relato de um subordinado sobre uma reunião em Londres na qual foi acertado o pagamento de propina para um funcionário da Saudi Aramco.
Na troca de e-mails que se seguiu, Affonso aprova que a Embraer contrate o "agente" que repassaria a comissão. A Embraer pagou US$ 1,6 milhão em propina para vender três jatos executivos por US$ 93 milhões para a estatal da Arábia Saudita.
Outro funcionário que aparece nas investigações e que segue no quadro de funcionários da Embraer é José Molina. Ele hoje é vice-presidente da cadeia de suprimentos.
Molina aparece como um dos destinatários de um e-mail em que o vice-presidente da Embraer Europa, Luiz Fuchs, descreve o pedido de propina feito por um funcionário da LAM, de Moçambique.
Fuchs, que se aposentou no fim do ano passado, informa que o moçambicano queria um "gesto" de boa vontade, que poderia ficar entre US$ 50 mil e US$ 80 mil. Molina, que na época atuava como diretor de contratos da avião comercial, aprovou o valor citado.
Os moçambicanos consideraram a oferta um "insulto" e terminaram recebendo US$ 800 mil em propina pela venda de dois aviões comerciais por US$ 65 milhões.
Os documentos divulgados pelo DOJ não revelam nomes dos funcionários envolvidos, mas eles são identificados em documento quase idêntico disponibilizado em seu site pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil.
EUA se aliam a Brasil contra subsídios canadenses para jatos
Governo brasileiro pode denunciar Canadá na OMC até o fim do ano; País questiona subsídios de US$ 2,2 bilhões
Jamil Chade Correspondente, O Estado De S.paulo
GENEBRA - O governo brasileiro denuncia mais de US$ 2,2 bilhões em subsídios dados pelo Canadá à principal rival da Embraer, a empresa Bombardier, e exige uma resposta do governo de Ottawa. O Itamaraty apresentou, nesta terça-feira, 25, na Organização Mundial do Comércio, uma série de perguntas aos canadenses e, com base nessas respostas, o governo de Michel Temer pode abrir sua primeira disputa internacional, acionando o país nos tribunais da OMC antes do fim do ano.
A pressão brasileira ganhou um apoio de peso. Durante o encontro em Genebra, o governo americano declarou simpatia à queixa brasileira, indicando que cabe ao Canadá trazer respostas às suspeitas de um financiamento ilegal de suas vendas.
De acordo com os diplomatas americanos, a Casa Branca está “preocupada” com o apoio dado pelas autoridades canadenses para as exportações de seus jatos da Bombardier e para o desenvolvimento de novos modelos. Washington também indicou estar apreensiva com declarações de Ottawa de que novos aportes públicos serão feitos. Para os EUA, o Canadá precisa garantir que o envolvimento do governo não signifique a distorção dos mercados e que estejam de acordo com as regras da OMC.
Ampliação da pista ainda é dúvida no leilão do aeroporto Salgado Filho
Edital de concessão que inclui terminal de Porto Alegre pode não incluir aumento da área de pouso e decolagem
Caio Cigana
A poucas semanas da publicação dos editais que ditarão as regras para a concessão dos aeroportos de Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza, ainda há incerteza quanto à obrigação de aumentar a pista do Salgado Filho para a empresa que vencer a concorrência e vier a administrar o terminal pelos próximos 25 anos.
Questionado, o Ministério dos Transportes confirmou nesta terça-feira ainda não ser possível ter absoluta certeza que executar o projeto será uma exigência, embora a ampliação em 920 metros apareça na lista preliminar de investimentos divulgada pelo governo federal.
Apoiado por cerca de 80 entidades e órgãos, o Comitê em Defesa do Salgado Filho vê risco adicional de a obra esperada há 20 anos continuar na promessa. Um ponto contido na documentação da consulta pública sobre a concessão diz que o futuro permissionário ficaria desobrigado de fazer a ampliação caso o poder público não consiga, e prazo de quatro anos, remover todas as famílias que vivem nas proximidades da cabeceira da pista.
— Estamos tentando impugnar administrativamente, submetendo este ponto à comissão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que vai decidir se retira isso ou não — explica Claudio Candiota, um dos coordenadores do comitê, acrescentando que a continuidade das remoções das famílias pela prefeitura depende da liberação de recursos para moradia pela União.
Governo federal diz que não há definição sobre remoções
Procurada, a Anac informou que está analisando as contribuições recebidas durante a audiência pública e que ainda não há previsão para decidir. O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, disse nesta terça em Brasília que não estaria sequer definido quem teria a responsabilidade de realocação das famílias: o concessionário ou o poder público.
A prefeitura da Capital também pediu à Anac a retirada do item que poderia inviabilizar a ampliação da pista. Da Vila Dique, 922 famílias receberam novas moradias e outras 554 que vivem no entorno do aeroporto também serão remanejadas.
Na Vila Nazaré, 1.228 famílias estão cadastradas para serem transferidas e, segundo a Secretaria Municipal de Gestão, é aguardada liberação de recursos da Caixa para ser iniciada a construção das moradias. A remoção de pessoas de áreas impactadas pelo projeto já custou R$ 57 milhões de recursos do município e do Minha Casa Minha Vida.
A ampliação da pista do Salgado Filho é demanda antiga do setor produtivo do Estado. Com o comprimento atual, grandes aviões cargueiros não conseguem decolar a pleno do terminal da Capital.
Com isso, produtos que são exportados por via aérea precisam ser transportados de caminhão até Viracopos, em Campinas (SP), aumentando os custos das empresas e deixando de gerar negócios no Rio Grande do Sul. As perdas superam R$ 3,3 bilhões ano, calcula a Agenda 2020.
Terminal de passageiros também em xeque
A ampliação e reforma do terminal de passageiros do Salgado Filho, que se arrasta desde 2013, também não tem garantia de conclusão pela concessionária. Conforme o Ministério dos Transportes, apesar de existirem para o vencedor do certame obrigações de investimentos, a decisão de levar adiante ou abandonar a obra atual será da concessionária.
Por orientação do Tribunal de Contas da União (TCU), a Infraero paralisou os projetos em andamento nos aeroportos que seriam concedidos. Orçada em R$ 181 milhões, a construção foi iniciada há mais de três anos e parou em julho, com R$ 34,7 milhões aplicados — apenas 19,2% do projeto foi concluído.
Mesmo assim, a Infraero sustenta que não há risco de saturação do aeroporto no curto prazo. Segundo a estatal, o Salgado Filho tem capacidade para receber 15,3 milhões de passageiros por ano e, em 2015, passaram pelos saguões apenas 8,3 milhões.
O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, disse nesta terça-feira que os editais dos aeroportos devem ser publicados até o início de dezembro. Assim, os leilões poderiam ocorrer ainda no primeiro trimestre de 2017.
Os investimentos
Ampliação da pista consta na lista preliminar de contrapartidas que podem ser exigidas pelo governo federal ao novo concessionário do Salgado Filho, mas Ministério dos Transportes não garante que obra estará no edital do leilão.
Projetos que ainda são apenas promessas
— Expansão da pista pouso/decolagem existente
— Ampliação da área de pátio de aeronaves
— Novo terminal de passageiros e expansão do existente
— Estacionamento de veículos
— Terminal de cargas
Obra mantida
Por estar perto do fim, a ampliação do pátio do Terminal de Logística de Carga (Teca) do Salgado Filho continua sendo executada pela Infraero. Até agora, os investimentos foram de R$ 48,2 milhões.
Avião cai no Norte do RS e duas pessoas morrem, diz polícia
Queda ocorreu perto do aeroclube do município de Espumoso. Vítimas são Diego Bohrer, 34 anos, e Judiciel Kolberg, 33 anos.
Do G1 Rs
Um avião caiu no fim da manhã desta terça-feira (25) em Espumuso, cidade da Região Norte do Rio Grande do Sul, perto do aeroclube. Conforme a Brigada Militar, duas pessoas morreram, e seriam de Passo Fundo. As vítimas foram identificadas como Diego Bohrer, 34 anos, e Judiciel Kolberg, 33 anos.
A área foi isolada para o trabalho da perícia e vistoria da Aeronáutica. Conforme a Força Aérea Brasileira (FAB), o avião decolou do Aeroclube de Espumoso e tinha como destino Passo Fundo, também na Região Norte
.
Uma equipe do Centro de Investigação e Preveção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado à FAB, deve se deslocar de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, para o local do acidente. O órgão deve apurar as causas da queda.
O presidente do Aeroclube de Espumoso, Ildo Tatsch, explica que o avião parou no local para abastecer após Bohrer ter ligado para ele. "Ele estava vindo da Fronteira e não tinha autonomia para chegar em Passo Fundo", relatou. O piloto, conforme Tatsch, demonstrava preocupação com o peso da aeronave que, após abastecer, decolou com dificuldade em Espumoso.
O avião chegou a voar cerca de um quilômetro antes de cair. "Foi questão de um minuto. Peguei dois funcionários, fomos para aquele lado e chegamos em cinco minutos. Estavam os dois já sem vida", observa Tatsch. Um técnica de enfermagem foi até o local e constatou a morte dos dois.
A área foi isolada para o trabalho da perícia e vistoria da Aeronáutica. Conforme a Força Aérea Brasileira (FAB), o avião decolou do Aeroclube de Espumoso e tinha como destino Passo Fundo, também na Região Norte
.
Uma equipe do Centro de Investigação e Preveção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado à FAB, deve se deslocar de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, para o local do acidente. O órgão deve apurar as causas da queda.
O presidente do Aeroclube de Espumoso, Ildo Tatsch, explica que o avião parou no local para abastecer após Bohrer ter ligado para ele. "Ele estava vindo da Fronteira e não tinha autonomia para chegar em Passo Fundo", relatou. O piloto, conforme Tatsch, demonstrava preocupação com o peso da aeronave que, após abastecer, decolou com dificuldade em Espumoso.
O avião chegou a voar cerca de um quilômetro antes de cair. "Foi questão de um minuto. Peguei dois funcionários, fomos para aquele lado e chegamos em cinco minutos. Estavam os dois já sem vida", observa Tatsch. Um técnica de enfermagem foi até o local e constatou a morte dos dois.
Governo quer vender participação da Infraero em aeroportos concedidos
Ministro dos Transportes, Maurício Quintella, deu informação nesta terça (25). Estatal tem 49% de participação em 5 aeroportos sob concessão.
Gabriel Luiz
O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, disse nesta terça-feira (25) que o governo já tomou a decisão de vender a participação da Infraero nas concessões dos aeroportos de Brasília, Guarulhos (SP), Viracopos (SP), Confins (MG) e Galeão (RJ). De acordo com ele, a intenção é decidir até o fim de 2016 quando a saída da estatal será feita.
“Já é uma decisão tomada. A Infraero deverá ter seu capital dissolvido nos aeroportos concessionados”, afirmou Quintellla durante entrevista em que apresentou nova pesquisa sobre avaliação de aeropostos brasileiros, em Brasília.
Segundo o ministro, a decisão vai depender da situação econômica da Infraero e das condições do mercado.
“Em alguns casos, o governo pode entender que não vale a pena sair agora, para não dissolver neste momento. Em outros, a avaliação de mercado pode sugerir que sim, que eu agora já dissolva totalmente a parte”, continuou o ministro.
A Infraero tem 49% de participação nos 5 aeroportos sob concessão. Os outros 51%, e o controle da concessão, pertencem aos grupos privados que venceram os leilões, que ocorreram em 2012 e 2013.
Esses 5 aeroportos estavam entre os mais rentáveis sob controle da estatal, que acabou perdendo receitas após o leilão deles. Além disso, como sócia, a estatal também precisa investir recursos nas obras de ampliação e melhoria desses terminais, o que exige repasses de recursos pelo governo. Com a crise econômica, a queda da arrecadação e o desequilíbrio das contas públicas, o governo Michel Temer pretende agora se desfazer das participações da Infraero.
Novos leilões
Além disso, o governo Temer já havia anunciado que não exigiria mais a participação da Infraero nos próximos leilões de aeroportos. A exigência vigorou nos leilões feitos pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
A próxima rodada deve leiloar os aeroportos de Florianópolis, Salvador, Fortaleza e Porto Alegre, hoje administrados pela Infraero. A previsão é que o governo arrecade pelo menos R$ 3 bilhões com o leilão.
Em 2013, o ex-ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil Moreira Franco já tinha criticado o modelo de concessão que exige a participação do governo. "É um sacrifício para o país cumprir os 49%", disse à época. "É uma prática e um modelo que o governo adotou e ele tem ônus, tem peso para o governo. A Infraero não é uma empresa capitalizada e o Tesouro é que cobre isso", complementou.
Blog do Camarotti
Planalto é surpreendido após Cármen Lúcia negar participar de reunião
Gerson Camarotti
O Palácio do Planalto foi surpreendido com a recusa da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmem Lúcia, de participar de uma reunião com os presidentes dos três poderes.
Diante de declarações fortes do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nesta segunda, e da reação da ministra, nesta terça, o presidente Michel Temer resolveu fazer uma reunião para tentar pacificar a relação institucional entre poderes.
Questionado pelo Blog sobre a ausência de Cármen Lúcia, um auxiliar de Temer desabafou: "Isso é grave!".
O Planalto apostava nesse encontro para acalmar os ânimos. Agora, a ordem é minimizar a negativa de Carmem Lúcia, e sinalizar de que ela deve participar de outro encontro entre os poderes para discutir a situação da Segurança Pública, na sexta-feira (28). Essa reunião vai acontecer no Itamaraty, e contará com a presença dos três chefes das Forças Armadas e também da Polícia Federal.
O grande temor no núcleo palaciano é que o episódio acabe afetando a pauta prioritária do governo, inclusive a tramitação no Senado da proposta que estabelece um teto para os gastos públicos.
Como revelou o Blog, a avaliação no Planalto é que o presidente do Senado, Renan Calheiros, errou no tom ao chamar de "juizeco" o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, e de "chefete de polícia" o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.
Auxiliares de Temer dizem que Renan poderia ter questionado o foro adequado para uma ação da Polícia Federal dentro do Senado. "Mas ele errou no tom", observou um auxiliar.
Mas há um cuidado do governo para não contestar publicamente do presidente do Senado, Renan Calheiros. Tanto, que o governo ficou em silêncio, mesmo depois de Renan ter atacado o ministro da Justiça.
BLOG DO JAMILDO
Em Jaboatão, Jungmann, ministro do Exército de Temer, reforça discurso de Anderson no combate à criminalidade
Jamildo
O candidato do PR tem dito que vai ao novo secretário de Defesa Social, antes da eleição, pedir reforço no policiamento. Os seus aliados dizem ter medo da ação de milicias na cidade, no dia das eleições, contra a sua candidatura.
O candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PR), saiu otimista do encontro com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, de que, em sendo eleito, sua gestão terá apoio no combate à criminalidade no município.Jungmann disse que o Ministério do Exército está à disposição de todos os municípios do País para contribuir em ações que venham garantir a tranquilidade da população.
O ministro disse que parcerias podem ser feitas na orientação, treinamento e capacitação da Guarda Municipal.
“Queremos preparar nossa Guarda Municipal para realizar um trabalho preventivo. Teremos uma equipe especializada e o Ministério da Defesa poderá contribuir muito para levarmos esse trabalho adiante. O ministro Raul Jungmann conhece a nossa realidade e nos garantiu que poderemos contar com a ajuda do Ministério”, disse o candidato a prefeito.
Raul Jungmann disse que seu partido entende que Ferreira seria a melhor opção para governar Jaboatão.
“É um político jovem, que conquistou espaço nacional, tem serviços prestados à sociedade, é um homem de bem, de ficha limpa. Estamos juntos por acreditar que Anderson pode fazer Jaboatão continuar na trilha do desenvolvimento e cidade referência”, ressaltou o ministro da Defesa. Também participaram do encontro a presidente estadual do PPS, Débora Albuquerque, e lideranças do partido.
Aeroportos têm aprovação de 89% dos passageiros
Paula Laboissière
O Índice de Satisfação dos Passageiros em relação aos aeroportos brasileiros no terceiro trimestre deste ano foi de 89%, de acordo com pesquisa divulgada hoje (25) pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.
O levantamento, feito desde 2013, tem como objetivo medir a satisfação dos viajantes com terminais que, juntos, movimentam 80% dos passageiros no país. Foram ouvidos 13.721 pessoas entre julho e setembro sobre um total de 38 indicadores de serviços, atendimento, infraestrutura e gestão aeroportuária.
Em uma escala de 1 a 5, a média de satisfação nos aeroportos pesquisados foi de 4,24 – contra 4,16 registrados no trimestre anterior. O índice, segundo a pasta, é o maior desde que a média 4 foi alcançada, no segundo trimestre do ano passado.
Em uma escala de 1 a 5, a média de satisfação nos aeroportos pesquisados foi de 4,24 – contra 4,16 registrados no trimestre anterior. O índice, segundo a pasta, é o maior desde que a média 4 foi alcançada, no segundo trimestre do ano passado.
O aeroporto de Curitiba obteve o melhor resultado de satisfação geral já registrado na pesquisa, totalizando 4,68 pontos. Dos 15 aeroportos pesquisados, 14 melhoraram os resultados em comparação ao mesmo trimestre de 2015 e 13 obtiveram notas acima de 4.
Ainda de acordo com os números, cerca de 80% dos indicadores pesquisados alcançaram médias acima da nota 4, sendo que 63% registraram as melhores notas da série histórica.
O desempenho, na avaliação do governo, coloca o Brasil no mesmo patamar de satisfação conquistado por aeroportos asiáticos, considerados modelos mundiais pelo Conselho Internacional de Aeroportos (ACI, na sigla em inglês).
“O resultado foi extremamente positivo”, destacou o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella. “A pesquisa bateu todos os recordes de indicadores de todos os tempos, chegando à aprovação de 89% por parte dos passageiros, que deram nota boa ou muito boa”, concluiu.
Participação da Infraero em aeroportos deve ser dissolvida, diz ministro
Paula Laboissière - Repórter Da Agência Brasil
O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, disse hoje (25) que o governo vai vender a participação da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) nas concessões dos aeroportos de Brasília, Guarulhos (SP), Viracopos (SP), Confins (MG) e Galeão (RJ).
“A tendência é a dissolução do capital. Só não definimos ainda o momento”, disse Quintella, durante entrevista. “Essa é uma decisão tomada. A Infraero deverá ter seu capital dissolvido nos aeroportos”, acrescentou.
Ainda de acordo com o ministro, a saída dos negócios vai depender, entre outros fatores, das condições de mercado. “O governo vai avaliar o que é melhor do ponto de vista arrecadatório”, explicou. A decisão, segundo ele, terá de ser tomada até dezembro, quando termina o prazo para o recolhimento da taxa de outorga da concessão.
“Vamos ter que definir isso até o final do ano, prazo para o pagamento de outorga”, disse. “No momento do pagamento do exercício fiscal, o governo terá uma posição definida”, concluiu.
Brasil y Cabo Verde firman nuevo acuerdo de cooperación en Defensa
Javier Bonilla
Los ministros de Defensa de Cabo Verde, Luis Filipe Tavares, y de Brasil, Raul Jungmann, firmaron en Praia un nuevo acuerdo marco de cooperación en el ámbito de la defensa aprovechando la visita de éste último a Cabo Verde para asistir a en la ceremonia de reinvestidura del Presidente de esta República, Jorge Carlos Fonseca, en representación del Presidente de Brasil, Michel Temer.
El acto fue precedido por una visita del Ministro de Brasil a su homólogo y una reunión de trabajo entre las dos delegaciones. Es importante tener en cuenta que la cooperación entre Cabo Verde y Brasil en el ámbito de la defensa comenzó a cobrar impulso en 1994 con la firma de un acuerdo bilateral de cooperación técnica en el ámbito militar. Desde entonces, los dos países iniciaron una serie de acciones sectoriales, incluyendo la realización de ejercicios militares.
En 2012, y de nuevo este año, dos de los buques de la Clase Amazonas de patrulla oceánicas adquiridos por la Armada brasileña recalaron en los puertos de Cabo Verde, donde llevaron a cabo ejercicios navales con el ejército de la Guardia Costera del país africano. En octubre del año pasado, la Fuerza Aérea de Brasil envió al archipiélago dos aviones de patrulla P-3 para la realización de ejercicios conjuntos de patrullaje aéreo en el mar. Al año siguiente Brasil abrió otra misión naval para Cabo verde, en una ceremonia presidida por el entonces ministro de Defensa, Celso Amorim, y la presencia de su entonces contraparte caboverdiana, Jorge Tolentino. Otro aspecto importante de la cooperación fue la donación de uniformes de Brasil a los miembros de la Guardia Costera local y el compromiso de adquisición de dos aeronaves Bandeirante.
De hecho, desde entonces se ha estudiado la posibilidad de que el archipiélago pueda recibir asistencia de la Marina de Brasil en el proceso de definición de extensión de la plataforma continental de Cabo Verde, como ocurrió con Namibia y Angola, y en la estrategia para combatir las denominadas "nuevas amenazas" como la piratería, la pesca ilegal y el tráfico de drogas y personas en la zona del Atlántico Sur , que es la más importante ruta marítima para el comercio de ambas naciones.
Para el ministro brasileño este "es un documento que suma a la creciente expansión del comercio bilateral ya existente, algunos énfasis importantes, como los relativos a las áreas de investigación y desarrollo, apoyo logístico, la adquisición de productos y servicios de defensa, experiencia en operaciones internacionales de mantenimiento de la paz, la capacitación o el entrenamiento militar y ejercicios militares conjuntos”.
ESPLANADA
Leandro Mazzini
FAB turbinada
Foi um novo [sic] Boeing 767-300 adquirido [sic] pela Força Aérea Brasileira em julho que decolou com suprimentos para o Haiti. O jato será usado para carga e tropas.
Foi um novo [sic] Boeing 767-300 adquirido [sic] pela Força Aérea Brasileira em julho que decolou com suprimentos para o Haiti. O jato será usado para carga e tropas.
Força Aérea Brasileira realiza concerto no Teatro Amazonas nesta terça-feira
Na ocasião, a Banda Marcial e Sinfônica da Base Aérea de Manaus apresenta repertório eclético incluindo obras nacionais e internacionais
Nesta terça-feira (25), o Sétimo Comando Aéreo Regional realiza Concerto Sinfônico para celebrar os 120 anos do Teatro Amazonas, o Dia do Aviador e o Dia da Força Aérea Brasileira.
Na ocasião, a Banda Marcial e Sinfônica da Base Aérea de Manaus apresenta repertório eclético incluindo obras nacionais e internacionais. O evento começa às 20h e será realizado no Teatro Amazonas. O concerto é voltado para militares e autoridades civis convidadas.
Do clássico ao popular, incluindo temas de filmes como Star Wars Saga, de Jonh Williams, e populares como Tarde em Tapuã, de Vinícius de Morais, o repertório inclui músicas de gêneros e de épocas diferentes.
Para acompanhar a Banda, formada por 55 militares músicos da Aeronáutica, participam do evento o Coral João Gomes Júnior e alunos do Curso de Música da Universidade do Estado do Amazonas. A apresentação também contará com a participação dos cantores Lyndon Kingston e Zezinho Correia e do tenor Humberto Vieira.
SERVIÇO
O que?: Concerto da Banda Marcial e Sinfônica da Base Aérea de Manaus
Quando? 25 de outubro
Horário? 20h
Local? Teatro Amazonas
Brasil quer aumentar participação estrangeira no setor de defesa
Proposta é a mais recente iniciativa do governo Temer para abrir a economia à entrada de mais capital privado e estrangeiro
Por Bloomberg
O governo brasileiro prepara um projeto de lei para reduzir restrições à participação estrangeira em seu setor de defesa e ajudar a atrair tecnologia e recursos.
O projeto de lei deverá ser aprovado pelo Congresso em menos de um ano, disse o secretário de Produtos de Defesa do Brasil, Flávio Basílio, à Bloomberg News.
Pela legislação atual, apenas as chamadas companhias estratégicas, cujo capital é majoritariamente nacional, podem apresentar oferta por grandes contratos de defesa do governo.
A proposta é a mais recente iniciativa do governo do presidente Michel Temer para abrir a maior economia da América Latina à entrada de mais capital privado e estrangeiro com o objetivo de impulsionar o crescimento e superar restrições orçamentárias em meio a uma profunda recessão.
O Congresso aprovou projeto de lei semelhante nas últimas semanas para abrir o setor de petróleo, e o governo planeja reduzir limites à participação estrangeira no transporte aéreo e na propriedade de terras.
Entre os projetos que podem ser abertos ao capital estrangeiros encontra-se o arsenal da Marinha no Rio de Janeiro. O local poderia ser usado para construção de navios de guerra destinados principalmente à exportação, segundo o almirante Antônio Carlos Soares Guerreiro. Os EUA e a França estão interessados em utilizar o Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, disse Basílio.
Outras companhias também deverão se beneficiar. A produtora aeroespacial e de eletrônicos Thales informou que uma nova legislação permitiria que a empresa apresentasse oferta para grandes contratos do governo e ampliasse seu investimento no Brasil, segundo o vice-presidente da companhia para a América Latina, Rubén Lazo.
MCTIC.GOV.BR
Agência Espacial Brasileira quer exportar veículos lançadores de microssatélites
Para o presidente da AEB, José Raimundo Coelho, projeto atende a demanda atual por satélites de menor porte. Equipamento deve ser testado no fim de 2018. "Teremos fila de interessados em enviar satélites no nosso lançador."
A Agência Espacial Brasileira (AEB) está desenvolvendo o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM), uma espécie de foguete adaptado a pequenos satélites. A atenção da AEB para o projeto tem motivo. "Hoje em dia, grande parte das missões envolve pequenos satélites. São verdadeiras constelações de pequenos satélites. Se um deles falhar, é só mandar outro de pequeno porte para substituir. Não precisa mandar um equipamento de seis toneladas", explicou o presidente José Raimundo Coelho em entrevista ao Portal MCTIC.
Segundo ele, o primeiro teste do VLM está projetado para o final de 2018. "Certamente, teremos uma grande fila de espera de interessados em enviar seus satélites no nosso lançador a partir do Centro de Lançamento de Alcântara", previu.
Na entrevista, José Raimundo Coelho também falou sobre a importância do Programa Espacial Brasileiro, o desenvolvimento da indústria aeroespacial e o trabalho da AEB para atrair jovens para as carreiras ligadas ao setor. "O Programa Espacial Brasileiro precisa, primeiro, convencer a população da necessidade de estabelecer uma indústria espacial forte e sustentável. Espero que possamos, daqui a alguns anos, ouvir que temos um grande programa espacial que se preocupa em atender ao que a população requer", afirmou.
MCTIC: Um dos principais projetos do Programa Espacial Brasileiro é o desenvolvimento de um veículo lançador de pequenos satélites. Por que esse projeto é tão importante?
José Raimundo Coelho: Temos o compromisso de utilizar todo o conhecimento que adquirimos ao longo dos anos para desenvolver um lançador de médio porte exclusivo para pequenos satélites. A ideia desse lançador, chamado VLM, responde à realidade atual. Hoje em dia, grande parte das missões envolve pequenos satélites. São verdadeiras constelações de pequenos satélites. Se um deles falhar, é só mandar outro de pequeno porte para substituir. Não precisa mandar um equipamento de seis toneladas. Hoje, são utilizados satélites de até um quilo. O custo é muito menor. O primeiro teste do VLM está projetado para o final de 2018. Certamente, teremos uma grande fila de espera de interessados em enviar seus satélites no nosso lançador a partir do Centro de Lançamento de Alcântara.
MCTIC: Quais são os principais parceiros do Brasil no Programa Espacial Brasileiro?
José Raimundo Coelho: Temos dois parceiros considerados estratégicos para o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro. Um na área de satélites, que é a China, e outro voltado para o desenvolvimento de veículos lançadores, que é a Alemanha. Com os chineses, estamos comemorando 30 anos de parceria em 2016. E com os alemães temos 40 anos de trabalho conjunto. Essas parcerias são baseadas em dois princípios que consideramos fundamentais. Primeiro, que o objetivo tem que ser de utilidade mútua. Segundo, que permita o desenvolvimento conjunto. E temos isso com a China e a Alemanha.
MCTIC: Outro projeto importante para o Brasil é o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).
José Raimundo Coelho: É verdade. O Satélite Geoestacionário é uma questão de soberania nacional, de termos o controle das nossas comunicações estratégicas. Tínhamos esse sistema instalado no Brasil por meio de contratos com satélites estrangeiros. E, por meio de uma iniciativa do então Ministério das Comunicações – agora MCTIC – foi sugerida a criação de uma empresa para desenvolver o projeto de um satélite que fornecesse comunicações estratégicas e que provesse banda larga para todo o nosso território. E foi criada uma empresa integradora, a Visiona, que é a associação da Embraer com a Telebras. Cabe a ela integrar todo o sistema do satélite e também integrar a nossa base industrial que trabalha sob demanda para o SGDC. São empresas de pequeno porte e que carecem de um ordenamento desse tipo, até para sua sustentabilidade. Isso demonstra o fortalecimento do Programa Espacial Brasileiro.
MCTIC: Como é possível desenvolver a indústria brasileira voltada para o setor espacial?
José Raimundo Coelho: É muito forte o nosso compromisso de desenvolver a indústria espacial no Brasil. Ainda não conseguimos fazer isso. Primeiro, precisamos criar demanda para o Programa Espacial Brasileiro, que possa dar sustentabilidade à nossa indústria espacial. A demanda que temos hoje é essencialmente do governo brasileiro. Temos que ter a capacidade de estender essa iniciativa para outros segmentos da sociedade, de tal maneira que tenhamos grandes empresas necessitando de serviços de satélites do nosso programa espacial.
MCTIC: O Brasil tem recursos humanos para isso?
José Raimundo Coelho: Queremos capacitar o Brasil com recursos humanos especializados na área espacial. Começamos esse trabalho muito cedo, com crianças e jovens de 12 e 13 anos. Um dos instrumentos que nós utilizamos é o AEB Escola, que fomenta essa busca pelo mistério que é o espaço. Mais adiante, trabalhamos junto às universidades para que elas criem cursos de graduação de engenharia aeroespacial. Hoje, já temos cinco cursos desse tipo em universidades federais. É um passo importante.
MCTIC: A AEB está para inaugurar o CVT Espacial, no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno. Como ele vai funcionar?
José Raimundo Coelho: O CVT é um instrumento do nosso ministério que aproveitamos para desenvolver o entendimento da nossa área. É um ambiente que construímos para atrair os jovens e dar a eles a oportunidade de entender ou de iniciar o entendimento das atividades da área espacial. Queremos que eles aprendam fazendo, solucionando problemas. Assim, eles vão poder absorver o conhecimento e aplicar melhor o que aprenderam. Esperamos que uma parte daqueles que passarem por lá sigam uma carreira no setor espacial.
MCTIC: Qual é o futuro da AEB?
José Raimundo Coelho: O futuro, para mim, é o presente. Acho que, se o Programa Espacial Brasileiro continuar se preocupando com resultados parciais, em construir um passo de cada vez, chegará o momento em que poderemos comemorar o resultado total. O Programa Espacial Brasileiro precisa, primeiro, convencer a população da necessidade de estabelecer uma indústria espacial forte e sustentável. Espero que possamos, daqui a alguns anos, ouvir que temos um grande programa espacial, que se preocupa em atender ao que a população requer.
JORNAL NOTÍCIAS DO DIA
Redação Nd, Florianópolis
Marinha colocará mais um navio-patrulha na busca aos desaparecidos do naufrágio em SC
O navio virá do Rio de Janeiro para auxiliar as equipes na busca dos seis tripulantes que ainda não foram encontrados
O Comando do 5º Distrito Naval da Marinha informou na tarde desta terça-feira (25) que prossegue com as buscas aos tripulantes desaparecidos do naufrágio do barco de pesca "Jorge Seif Junior" que afundou na manhã de quinta-feira (20) na região de Imbituba e colocará mais um navio-patrulha à disposição da equipe que tenta fazer o resgate dos desaparecidos.
O Comando do 5º Distrito Naval da Marinha informou na tarde desta terça-feira (25) que prossegue com as buscas aos tripulantes desaparecidos do naufrágio do barco de pesca "Jorge Seif Junior" que afundou na manhã de quinta-feira (20) na região de Imbituba e colocará mais um navio-patrulha à disposição da equipe que tenta fazer o resgate dos desaparecidos.
O Navio-Patrulha “Benevente” está no mar desde quinta-feira (20) e faz o trabalho com auxílio de um avião da FAB e um helicóptero UH-12 “Albatroz” da Marinha que percorre toda a extensão litorânea entre Itajaí e Laguna. Nos próximos dias, a busca contará também com o auxílio do Navio-Patrulha “Macaé" que está vindo do Estado do Rio de Janeiro.
A previsão para os próximos dias é de chuva forte e mar agitado, dificultando as buscas. Porém, a Marinha garante que os esforços continuarão em busca de sobreviventes, seis tripulantes continuam desaparecidos.
MERCADO E EVENTOS
Embraer acelera programa de desenvolvimento e anuncia 4° E190-E2 de testes
Pedro Menezes
Está tudo de vento em popa com relação ao programa de desenvolvimento e testes da família de aeronaves comerciais Embraer E-Jets. A fabricante brasileira esta semana já prepara a introdução do que será a quarta aeronave de testes do modelo E190-E2, programa que já soma mais de 240 horas de voo.Para se ter uma noção do grau intenso de desenvolvimento, o E190-E2 voo pela primeira vez no dia 23 de maio, meses antes do planejado, enquanto a segunda aeronave chegou no dia 08 de julho e a terceira no dia 27 de agosto.
Para o VP da Embraer Commercial Aviation para Oriente Médio e Europa, Arjan Meijer, a Embraer está bem a frente do tempo que era estimado para todos os passos de desenvolvimento da companhia, tanto nas especificações da aeronave, quanto no orçamento injetado no programa. “A aeronave número 04 já está pronta e em breve será adicionada ao programa de testes de voo. Ela já virá com a cabine já completa”, disse. A expectativa era que a quarta aeronave só entrasse em testes no começo de 2017.
Com isso, o E190-E2 permanece nos trilhos com relação a sua entrada em serviço, marcada para o primeiro semestre de 2018. A próxima variante a ganhar os céus será o E195-E2, que tem o voo de testes marcado para o segundo semestre de 2017. Já o E175-E2 só deve entrar em serviço em 2020. Até o momento, a Embraer tem mais de 270 ordens de encomendas para o E2 e espera ultrapassar a marca das 300 unidades ainda este ano.
CAPITAL NEWS (MS)
Militares fazem treinamento com mil homens na fronteira
Os militares estarão atentos aos principais crimes transfronteiriços
Myllena de Luca
Myllena de Luca
A 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada iniciou a Operação Antônio João. A ação começou na segunda-feira (24). O treinamento, que conta com a participação de aproximadamente 1 mil militares está sendo desenvolvido nos municípios de Dourados, Amambai, Bela Vista, Jardim, Ponta Porã e Laguna Carapã.
De acordo com o Dourados News, o objetivo é manter o adestramento da Brigada Guaicurus e suas Unidades subordinadas, para o emprego em qualquer tipo de ação, com destaque para a garantia da Lei e da Ordem e Operações e faixa de Fronteira.
Os militares estarão atentos aos principais crimes transfronteiriços, como narcotráfico, contrabando e descaminho, trafico de armas e munições, crimes ambientais e contrabando de veículos.
A atividade contempla também Ações Cívico Sociais (Aciso), que consistem em atividades como atendimento médico, odontológico e hospitalar aos locais onde concentram famílias carentes.
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