NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 23/10/2016 / Dia da Força Aérea e do Aviador tem entrega de condecoração na FAB
Dia da Força Aérea e do Aviador tem entrega de condecoração na FAB ...
O Presidente da República Michel Temer presidiu a cerimônia militar alusiva ao Dia da Força Aérea Brasileira e do Aviador realizada nesta sexta-feira (21/10), na Base Aérea de Brasília (BABR). No total, 180 personalidades foram homenageadas com a entrega da Ordem do Mérito Aeronáutico (OMA), a maior condecoração da FAB. A solenidade contou com a presença do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, além dos Comandantes da Marinha e do Exército e autoridades civis e militares.
A Ordem do Mérito Aeronáutico é concedida pela FAB a personalidades civis e militares, brasileiras ou estrangeiras, por terem se destacado no exercício da sua profissão ou em reconhecimento aos serviços prestados ao País. O Coronel Intendente, Marco Aurélio de Souza, foi um dos militares da FAB agraciados com a honraria. “É um sentimento de orgulho. Eu acho que receber essa homenagem é o reconhecimento de 33 anos de trabalho dedicados à FAB. Quando eu era cadete, participei da entrega da OMA como integrante da tropa, mas nunca imaginei que um dia seria eu recebendo essa homenagem”, revelou o militar.
Todos os anos os cadetes da Academia da Força Aérea, localizada na cidade de Pirassununga (SP), participam da entrega da Ordem do Mérito Aeronáutico em Brasília. A unidade militar é responsável por formar os aviadores, intendentes e infantes da FAB. Ao som do Hino dos Aviadores, entoado pela Banda de Música da BABR, os jovens militares desfilaram em continência ao Presidente Michel Temer.
O Ministro da Justiça Alexandre de Moraes também recebeu a condecoração. “Eu me sinto muito honrado e agradecido por ser condecorado pela Força Aérea. Eu tenho muita estima e apreço pelas Forças Armadas. Eu estive em algumas organizações da FAB verificando junto com o Tenente-Brigadeiro Rossato todo o belíssimo trabalho realizado em defesa do nosso território. Junto com a Força Aérea nós queremos ampliar o trabalho de proteção das nossas fronteiras”, disse o ministro.
Em seu discurso, o Presidente da República destacou a importância da FAB para o Brasil. “Ao longo de décadas, a Força Aérea foi responsável por grandes conquistas. Temos aviação militar moderna. Temos indústria aeronáutica de projeção internacional. Temos uma das mais reputadas escolas de tecnologia aeronáutica do mundo, o ITA. Temos sistema de controle aéreo moderno. Temos um Correio Aéreo Nacional consolidado, que integra nosso território e o conecta ao mundo. Nada disso seria possível sem nossa Força Aérea”, disse Michel Temer.
Vinte e três de outubro, Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira, foi a data em que Alberto Santos Dumont realizou o primeiro voo com um aparelho mais pesado do que o ar, o 14 Bis. O feito ocorreu em 1906, no Campo de Bagatelle, Paris. Santos Dumont percorreu 60 metros em sete segundos, voando a dois metros do solo com o 14 Bis perante a Comissão Oficial do Aeroclube da França (instituição de reconhecimento internacional autorizada a homologar descoberta aeronáutica marcante) e mais de mil espectadores.
Em homenagem ao Pai da Aviação, foi realizada – durante a solenidade em Brasília – uma encenação em que o personagem Santos Dumont (interpretado pelo Coronel da reserva, Francisco Garonce) foi apresentado a atual Força Aérea Brasileira. No teatro, ele recebeu uma honraria em agradecimento pela invenção que mudou a história do mundo e permitiu o nascimento da aviação.
O Capitão Aviador Ramon Fórneas, um dos pilotos brasileiros enviados a Suécia para realizar treinamento no caça Gripen, participou da encenação que uniu o passado e o presente. “Hoje, temos vários motivos para comemorar. Não só os aviadores, mas todos aqueles fazem parte da FAB e contribuem para esse trabalho”, destacou o militar.
Além das autoridades militares da Marinha e do Exército, estiveram presentes membros do Ministério da Defesa e Adidos Militares de Forças Armadas estrangeiras. “Ao recebemos os cumprimentos pelas comemorações alusivas ao Dia da Força Aérea Brasileira e do Aviador, gostaria de externar, em nome de todo nosso efetivo, o apreço e carinho dispensados ao Comando da Aeronáutica”, enfatizou o Tenente-Brigadeiro Rossato.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Comemoração do Dia do Aviador e da Força Aérea revive história de Santos Dumont
Brasília, 21/10/2016 – Nesta manhã, a Base Aérea de Brasília sediou as comemorações do Dia do Aviador (23 de outubro), data do primeiro voo realizado por Alberto Santos Dumont – patrono da Força, e dos 75 anos da Força Aérea Brasileira (FAB). O presidente Michel Temer compareceu à solenidade e participou da entrega da Ordem do Mérito Aeronáutico (OMA).
Em texto alusivo, Temer ressaltou as ações da Força Aérea no cumprimento da missão constitucional e a participação em atividades vitais para o país. “Por suas asas, vítimas de calamidades são resgatadas de volta à segurança. Por suas asas, tecidos e órgãos são rapidamente transportados para viabilizar cirurgias e transplantes. Por suas asas, partes remotas do nosso território recebem assistência e proteção. São asas que salvam vidas,” disse.
A Ordem do Mérito Aeronáutico é a maior condecoração concedida pela FAB. Em todo país, foram 453 agraciados e 58 no exterior. Só em Brasília, 170 pessoas foram homenageadas, entre elas os ministros da Justiça e Cidadania, Alexandre Moraes; da Educação, Mendonça Filho; e das Cidades, Bruno Araújo. Também foram condecorados estandartes de organizações militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, ressaltou a preparação da FAB para o futuro e o papel da Defesa. “Nesse contexto, a indispensável incorporação de novos vetores e armamentos, a modernização da estrutura organizacional, o domínio de tecnologias e a plena integração com as Forças coirmãs, centrada em um Ministério da Defesa estruturado e coeso, concorrerão para o sucesso da nossa missão”.
Cadetes da Academia da Força Aérea (AFA), vindos de Pirassununga (SP), fizeram parte do desfile da tropa, ao som da Banda da Base Aérea.
Durante a solenidade, foi anunciado pelo Comando da Aeronáutica o projeto Força Aérea 100, cujo objetivo é a centralização de atividades administrativas e a otimização do emprego operacional de seus vetores, que se procederá dentro de 25 anos, quando a Força completará o centenário de criação.
Participaram da cerimônia o ministro chefe do GSI, general Sergio Etchegoyen; o comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira; o comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas.
Passados 110 anos, Santos Dumont revive
A solenidade na Base Aérea surpreendeu o público, quando, na sequência da formatura militar, surgiu a figura de Santos Dumont indo ao encontro de um piloto da época atual. A encenação uniu o passado e o presente e, como descreveu o locutor, “sonhar não é um ato descolado da realidade”.
Em 23 de outubro de 1906, o feito de Santos Dumont se reflete, hoje, na aeronáutica universal. O breve reviver teve como protagonistas o coronel Francisco Garonce, ex- chefe do cerimonial da Aeronáutica, no papel de Santos Dumont; e o capitão Ramon Forneas, primeiro piloto do caça Gripen formado na Suécia.
Por major Sylvia MartinsAssessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
61 3312-4071
MISSÃO TRANSPLANTE
Conexão diplomática - América Latina em solidão estratégica
Silvio Queiroz
O governo Michel Temer mantém a integração da América do Sul e da América Latina entre os pilares da política externa e de defesa — que passam a ser compreendidas como um sistema binário, oficial e explicitamente. Sintomático, por sinal, que essa colocação tenha sido feita pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, na abertura de um dos mais prestigiados fóruns internacionais sobre questões de segurança internacional, a 13ª edição da Conferência do Forte de Copacabana, que se reúne anualmente no Rio de Janeiro. Diante de uma plateia de acadêmicos, militares e estudiosos do tema, além dos convidados internacionais, o ministro anunciou uma reunião inédita com o MRE para estabelecer um mecanismo permanente de consultas bilaterais, destinado a garantir interação e interface entre as ações de defesa, diplomacia e comércio exterior.
A reafirmação de prioridade para a articulação regional se fundamenta em uma ideia que Jungmann toma emprestado de Gabriel García Márquez: a de uma “solidão estratégica” vivida pela América Latina desde o fim da Guerra Fria, nos já algo distantes anos 1990. O diagnóstico parte de uma das direções geográficas vitais para a autoconsciência geopolítica do Brasil: o norte. “Desde o fim do conflito ideológico entre o Ocidente (capitalista) e o Leste (pró-soviético), os Estados Unidos se voltaram para outras regiões de interesse prioritário em sua política externa e de defesa, como o Oriente Médio e o Pacífico”, explicou o ministro.
É por essa perspectiva de um rearranjo em curso nas relações hemisféricas — o termo usado em Washington para se referir aos vizinhos do sul — que está sendo repensada a inserção do país em uma ordem internacional ainda em fase de esboço.
Quatro vezes “d”
Jungmann anunciou ainda para este mês o envio ao Congresso, para debate, de uma versão atualizada da Estratégia Nacional de Defesa(END) e da Política Nacional de Defesa (PND). Os documentos reafirmam a opção do país pela abordagem consagrada no jargão diplomático como smart power, combinação entre hard power (força militar) e soft power (persuasão diplomática), dosada segundo uma apreciação equilibrada das capacidades reais do país em cada termo do binômio.
Jungmann anunciou ainda para este mês o envio ao Congresso, para debate, de uma versão atualizada da Estratégia Nacional de Defesa(END) e da Política Nacional de Defesa (PND). Os documentos reafirmam a opção do país pela abordagem consagrada no jargão diplomático como smart power, combinação entre hard power (força militar) e soft power (persuasão diplomática), dosada segundo uma apreciação equilibrada das capacidades reais do país em cada termo do binômio.
O “livro branco” da pasta, segundo o ministro, se baseia em uma fórmula batizada como “quatro Ds”: defesa, desenvolvimento (da base industrial da defesa), diplomacia (a interface com o Itamaraty) e democracia. E delimita o que chama de “entorno estratégico” para a segurança nacional.
Rosa dos ventos
No mapa traçado pelo Ministério da Defesa, o Brasil tem ainda: ao sul, a Antártida, com seu patrimônio de recursos naturais ainda por ser inventariado, mas desde logo no radar das potências grandes e médias; a oeste, a Amazônia, igualmente rica, estratégica e cobiçada; e a leste, o Atlântico Sul e a África, com importantes jazidas de petróleo no Golfo da Guiné e no pré-sal brasileiro.
No mapa traçado pelo Ministério da Defesa, o Brasil tem ainda: ao sul, a Antártida, com seu patrimônio de recursos naturais ainda por ser inventariado, mas desde logo no radar das potências grandes e médias; a oeste, a Amazônia, igualmente rica, estratégica e cobiçada; e a leste, o Atlântico Sul e a África, com importantes jazidas de petróleo no Golfo da Guiné e no pré-sal brasileiro.
Amazônia Azul
Em relação ao oceano, preocupa os estrategistas da Esplanada que a União Europeia (UE) tenha redefinido seu perímetro de segurança para além da região conhecida como Magreb, no norte de África, avançando da Faixa do Sahel para a África Subsaariana — com projeção sobre o Atlântico Sul. Daí, segundo o ministro, que uma das linhas de ação com os parceiros do Brasil no continente seja a consolidação da chamada Amazônia Azul como zona de paz e cooperação. “Nossa preocupação é que o Atlântico não passe a ser considerado um oceano só”, raciocina o ministro, numa referência indireta à expansão do teatro de operações contemplado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Em relação ao oceano, preocupa os estrategistas da Esplanada que a União Europeia (UE) tenha redefinido seu perímetro de segurança para além da região conhecida como Magreb, no norte de África, avançando da Faixa do Sahel para a África Subsaariana — com projeção sobre o Atlântico Sul. Daí, segundo o ministro, que uma das linhas de ação com os parceiros do Brasil no continente seja a consolidação da chamada Amazônia Azul como zona de paz e cooperação. “Nossa preocupação é que o Atlântico não passe a ser considerado um oceano só”, raciocina o ministro, numa referência indireta à expansão do teatro de operações contemplado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
No governo Lula, foram iniciadas parcerias militares em duas frentes principais. A primeira, conexa ao problema doméstico e internacional de segurança pública, visa à formação de militares e policiais na Guiné-Bissau, foco de instabilidade endêmica e transformada em entreposto do narcotráfico entre a costa brasileira e a Europa. A segunda, mais especificamente na área naval, com a Namíbia e a vizinha África do Sul, que integra com o Brasil o quinteto Brics.
Quem pode pode
A reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, de modo a torná-lo mais representativo da nova realidade global, se mantém entre os movimentos de interesse prioritário para a política externa, mas o governo Temer já não coloca um sinal de igual entre essa posição e a inclusão do Brasil como membro permanente do organismo, em uma desejada ampliação. Não que a meta tenha sido abandonada: o ministro Jungmann admite que “torce” para que o processo demore o suficiente para que o país esteja pronto para assumir uma vaga, quando a ocasião se apresentar realmente. “Não basta querer, é preciso se preparar”, afirmou na conferência do Rio. Para ele, “graças a Deus” o país ainda não conseguiu a cadeira.
A reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, de modo a torná-lo mais representativo da nova realidade global, se mantém entre os movimentos de interesse prioritário para a política externa, mas o governo Temer já não coloca um sinal de igual entre essa posição e a inclusão do Brasil como membro permanente do organismo, em uma desejada ampliação. Não que a meta tenha sido abandonada: o ministro Jungmann admite que “torce” para que o processo demore o suficiente para que o país esteja pronto para assumir uma vaga, quando a ocasião se apresentar realmente. “Não basta querer, é preciso se preparar”, afirmou na conferência do Rio. Para ele, “graças a Deus” o país ainda não conseguiu a cadeira.
No Dia do Aviador, conheça a rotina de quem trabalha nas nuvens
Rafael Paranhos - Ne10
Atenção internautas do NE10, preparem a poltrona para embarcar em uma viagem pela história de um comandante aéreo, em comemoração Dia do Aviador, celebrado neste domingo (23). Desde a criação do avião 14-Bis, modelo desenvolvido pelo brasileiro Santos Dumont, que o surgimento de novos pilotos acompanha a evolução das aeronaves como aviões ou helicópteros. Desde então, há quem tenha uma rotina diária de trabalho em um "escritório" que cruza as nuvens, com a missão de pilotar o equipamento pelos mais diversos destinos do mundo.
Quem nunca tem ou teve aquele friozinho na barriga na hora da decolagem? O comandante Dino Lincoln, de 34 anos, piloto comercial e de acrobacia aérea, não sabe nem o que é isso. Ele, que atua na área desde os 17, classifica o trabalho como uma paixão. "Muitas vezes, a rotina puxada, a ausência de casa, a exigência e as cobranças constantes não justificam. Quem trabalha na aviação simplesmente ama o que faz. Não é por dinheiro que alguém voa, é por vocação". O piloto, que se dedica atualmente ao ensino da operação no Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau), conta que já comandou vários tipos de aeronaves.
O comandante lembra que o interesse pela aviação começou ainda na infância, quando corria em direção à janela para ver uma aeronave atravenssando o céu. "Ainda pequeno, eu já conseguia distinguir os modelos apenas pelo som. Meu quarto de criança era praticamente um laboratório aeroespacial com diversos modelos de avião, pôsters e revistas de aviação", recordou. O interesse pela aviação surgiu "desde o nascimento", como ele diz. "Existem muitos casos em que a aviação passa de pai pra filho, mas é como se estivesse no sangue", frisa.
Como cada profissão possui sua particularidade, na aviação também há questões de segurança relacionadas, sobretudo, à fadiga física. Lincoln explica que o horário de trabalho varia de acordo com cada categoria, contabilizando por horas voadas. "Normalmente são quatro a cinco dias trabalhando para cada dois ou três dias em casa. Claro, isso depende da categoria, tipo de aeronave, intensidade". Já para helicópteros, ele diz que normalmente o equipamento é utilizado para deslocamentos, não paga viagens.
"Medo saudável"
Se para muitos o medo ainda provoca um receio, para o comandante aéreo o sentimento é considerado saudável. "O medo sob controle mantém o aviador responsável. A ausência de medo traz arrogância e deixa o aviador excessivamente confiante, o que é fator contribuinte de acidentes. Porém o medo fora de controle gera o que chamamos de "cristalização", em que o piloto "trava" e não consegue reagir diante de uma situação extrema", admite.
O PROGRESSO
Universitários constroem 7 aviões para competição
Competição de engenharia reunirá mais de 1.000 universitários do Brasil (18 Estados e DF) e do Exterior; UCDB representa Mato Grosso do Sul
Desenvolver soluções que resultem em aeronaves leves e resistentes, capazes de garantir o pódio. Esse é o desafio de cerca de 80 universitários do Centro-Oeste, que fazem os últimos ajustes em sete aviões, dentro de suas instituições de ensino, para disputar a 18ª Competição SAE BRASIL AeroDesign. Baseada em desafios reais enfrentados pela indústria aeronáutica, a competição de engenharia será realizada entre os dias 3 e 6 novembro, no DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), em São José dos Campos (SP).
As sete equipes do Centro-Oeste (três do Distrito Federal, duas do Mato Grosso, uma de Goiás e uma do Mato Grosso do Sul) integram as 95 inscritas nesta edição, sendo 88 brasileiras e sete estrangeiras. No total, mais de 1,3 mil participantes – entre estudantes, professores orientadores e pilotos – representarão 77 instituições de ensino superior do Brasil (18 Estados e Distrito Federal) e do Exterior (México, Polônia e Venezuela).
Composta por oito estudantes da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), a equipe Tuiuiú retorna à competição depois da estreia em 2012. Inscrita na Classe Regular, a equipe sul-mato-grossense aliou baixo peso e robustez ao construir um monoplano de asa mista e alta, com 1,6m de envergadura, empenagem convencional, trem de pouco triciclo e motor tractor, cujo peso vazio é de 4,5 Kg. "Para obter uma estrutura leve, nós optamos por materiais de baixa densidade e elevada resistência, como madeira balsa, compensado aeronáutico, ligas de alumínio e fibra de carbono", conta Marcelo Henrique Martins, 20, estudante do sexto semestre de Engenharia Mecânica e capitão da equipe. A aeronave é capaz de transportar 5,5 kg em chapas de aço SAE 1020 e atingir velocidade de 29 m/s.
Provas
Na Competição SAE BRASIL AeroDesign, as avaliações são realizadas em duas etapas: Competição de Projeto e Competição de Voo, conforme regulamento. Ao final do evento, duas equipes da Classe Regular, uma da Advanced e uma da Classe Micro, que obtiverem as melhores as pontuações, ganharão o direito de representar o Brasil na SAE Aerodesign East Competition, em 2017, nos EUA, onde equipes brasileiras acumulam histórico expressivo de participações: oito primeiros lugares na Classe Regular, quatro na Classe Advanced e um na Classe Micro. A SAE Aerodesign East Competition é realizada pela SAE International, da qual a SAE BRASIL é afiliada.
Organizado pela Seção Regional São José dos Campos, da SAE BRASIL, o Projeto AeroDesign é um programa de fins educacionais que tem como principal objetivo propiciar a difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimentos de engenharia aeronáutica entre estudantes e futuros profissionais da engenharia da mobilidade, por meio de aplicações práticas e da competição entre equipes, formadas por estudantes de graduação e pós-graduação de Engenharia, Física e Tecnologia relacionada à mobilidade.
REVISTA AEROFLAP
Dia da Força Aérea e do Aviador tem entrega de condecoração na FAB
O Presidente da República Michel Temer presidiu a cerimônia militar alusiva ao Dia da Força Aérea Brasileira e do Aviador realizada nesta sexta-feira (21/10), na Base Aérea de Brasília (BABR). No total, 180 personalidades foram homenageadas com a entrega da Ordem do Mérito Aeronáutico (OMA), a maior condecoração da FAB. A solenidade contou com a presença do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, além dos Comandantes da Marinha e do Exército e autoridades civis e militares.
A Ordem do Mérito Aeronáutico é concedida pela FAB a personalidades civis e militares, brasileiras ou estrangeiras, por terem se destacado no exercício da sua profissão ou em reconhecimento aos serviços prestados ao País. O Coronel Intendente, Marco Aurélio de Souza, foi um dos militares da FAB agraciados com a honraria. “É um sentimento de orgulho. Eu acho que receber essa homenagem é o reconhecimento de 33 anos de trabalho dedicados à FAB. Quando eu era cadete, participei da entrega da OMA como integrante da tropa, mas nunca imaginei que um dia seria eu recebendo essa homenagem”, revelou o militar.
Todos os anos os cadetes da Academia da Força Aérea, localizada na cidade de Pirassununga (SP), participam da entrega da Ordem do Mérito Aeronáutico em Brasília. A unidade militar é responsável por formar os aviadores, intendentes e infantes da FAB. Ao som do Hino dos Aviadores, entoado pela Banda de Música da BABR, os jovens militares desfilaram em continência ao Presidente Michel Temer.
O Ministro da Justiça Alexandre de Moraes também recebeu a condecoração. “Eu me sinto muito honrado e agradecido por ser condecorado pela Força Aérea. Eu tenho muita estima e apreço pelas Forças Armadas. Eu estive em algumas organizações da FAB verificando junto com o Tenente-Brigadeiro Rossato todo o belíssimo trabalho realizado em defesa do nosso território. Junto com a Força Aérea nós queremos ampliar o trabalho de proteção das nossas fronteiras”, disse o ministro.
Em seu discurso, o Presidente da República destacou a importância da FAB para o Brasil. “Ao longo de décadas, a Força Aérea foi responsável por grandes conquistas. Temos aviação militar moderna. Temos indústria aeronáutica de projeção internacional. Temos uma das mais reputadas escolas de tecnologia aeronáutica do mundo, o ITA. Temos sistema de controle aéreo moderno. Temos um Correio Aéreo Nacional consolidado, que integra nosso território e o conecta ao mundo. Nada disso seria possível sem nossa Força Aérea”, disse Michel Temer.
Vinte e três de outubro, Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira, foi a data em que Alberto Santos Dumont realizou o primeiro voo com um aparelho mais pesado do que o ar, o 14 Bis. O feito ocorreu em 1906, no Campo de Bagatelle, Paris. Santos Dumont percorreu 60 metros em sete segundos, voando a dois metros do solo com o 14 Bis perante a Comissão Oficial do Aeroclube da França (instituição de reconhecimento internacional autorizada a homologar descoberta aeronáutica marcante) e mais de mil espectadores.
Em homenagem ao Pai da Aviação, foi realizada – durante a solenidade em Brasília – uma encenação em que o personagem Santos Dumont (interpretado pelo Coronel da reserva, Francisco Garonce) foi apresentado a atual Força Aérea Brasileira. No teatro, ele recebeu uma honraria em agradecimento pela invenção que mudou a história do mundo e permitiu o nascimento da aviação.
O Capitão Aviador Ramon Fórneas, um dos pilotos brasileiros enviados a Suécia para realizar treinamento no caça Gripen, participou da encenação que uniu o passado e o presente. “Hoje, temos vários motivos para comemorar. Não só os aviadores, mas todos aqueles fazem parte da FAB e contribuem para esse trabalho”, destacou o militar.
Além das autoridades militares da Marinha e do Exército, estiveram presentes membros do Ministério da Defesa e Adidos Militares de Forças Armadas estrangeiras. “Ao recebemos os cumprimentos pelas comemorações alusivas ao Dia da Força Aérea Brasileira e do Aviador, gostaria de externar, em nome de todo nosso efetivo, o apreço e carinho dispensados ao Comando da Aeronáutica”, enfatizou o Tenente-Brigadeiro Rossato.
DIARINHO ONLINE
Seis pescadores continuam desaparecidos
Ondas gigantes atingiram o barco em alto mar
O naufrágio do pesqueiro “Jorge Seif Junior” rolou por volta das 5h40 de quinta-feira, quando os tripulantes do barco pediram socorro através do rádio. Os pescadores relataram que o atuneiro estava ancorado a 74 quilômetros da costa de Imbituba (SC) quando foi atingido por três ondas gigantes, que o levaram ao naufrágio em menos de 10 minutos. Foi tudo tão rápido que ninguém teve tempo de pegar um colete salva-vidas, se agarrando aos escombros que sobraram até a chegada do resgate.
Quase duas horas depois, quando havia amanhecido, o navio cargueiro espanhol BBC Citrini se aproximou e fez o resgate de 17 sobreviventes, além do corpo de José Carlos dos Santos, o Zeca, 57 anos, que foi retirado do mar já sem vida. Além disso, o pescador Aflíngio Laurindo dos Santos precisou ser levado para o hospital por uma aeronave das Forças Aéreas Brasileiras (FAB) antes de retornar a Itajaí.
O barco que afundou tinha 26 metros de comprimento e era considerado de porte médio em relação à frota da JS Pescados. A primeira onda teria alagado a embarcação e as outras duas acabaram levando o navio para o fundo. Ao todo, 17 dos 24 tripulantes sobreviveram, seis estão desaparecidos e um pescador morreu.
Os pescadores chegaram a Itajaí por volta das 18h30 de quinta-feira. Eles foram recebidos pelos familiares na delegacia Capitania dos Portos da cidade.
Marinha vai continuar buscas
O subcomandante da delegacia da Capitania dos Portos de Laguna, capitão-tenente Moraes Messias, explica que o navio-patrulha Benevente está ajudando nas buscas com mergulhadores e através de radar. Uma aeronave das Forças Aéreas Brasileiras (FAB) e outra da Marinha, bem como navios mercantes da região, também estão participando da operação de resgate. “Estamos monitorando um raio de 25 milhas [50 quilômetros] do local onde o navio afundou. Por enquanto não encontramos destroços, nem corpos”, relata.
Como a temperatura da água do mar diminuiu de quinta para sexta-feira para 14ºC as chances dos pescadores estarem vivos também diminuem. Por enquanto, a Marinha informou que faz buscas normalmente neste fim de semana.
Um possível inquérito para investigar as circunstâncias do acidente só deve ser aberto após o resgate dos tripulantes. Segundo a Marinha, não havia alerta de mar grosso, nem para tempestade no momento do acidente. Os equipamentos do barco também não mostraram nada anormal. Na apuração devem ser ouvidos sobreviventes, a empresa de pesca e quem ajudou no resgate.
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