NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 11/10/2016 / Companhias aéreas perdem 4,7 mi de passageiros, mas não baixam preços
Companhias aéreas perdem 4,7 mi de passageiros, mas não baixam preços ...
Dimmi Amora ...
As empresas aéreas nacionais venderam no primeiro semestre deste ano 4,7 milhões de assentos aéreos a menos que no mesmo período de 2015, caindo de 26,5 milhões para 21,8 milhões.
Ao mesmo tempo, o valor médio das passagens vendidas subiu 0,2% em relação ao igual semestre do ano passado.
As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (10) pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em seu relatório semestral sobre tarifas aéreas no Brasil.
O preço médio de todos os bilhetes vendidos no semestre foi de R$ 322,44, pouco superior aos R$ 321,66 dos primeiros seis meses de 2015 (já considerada a inflação), quando as passagens atingiram seu menor nível desde 2002 para o semestre.
Os preços pagos pelos passageiros não se mostraram melhores para o consumidor no semestre, mesmo com a queda de 18% nos assentos comercializados.
A pesquisa aponta que os preços pagos das passagens passaram a ficar mais concentrados na faixa entre R$ 300 e R$ 1.000, em que foram vendidas 39,5% no 1º semestre deste ano contra 35,8% no período anterior. Já nas passagens até R$ 300, a quantidade caiu de 61% para 58,3% dos assentos.
Na faixa específica de passagens até R$ 100, a quantidade de assentos vendidos caiu de 12,8% para 9,5%. Também caíram as passagens vendidas acima de R$ 1.000 (de 3,2% para 2,2%).
Essa medição da Anac é diferente da feita pelos institutos que apuram a inflação, que medem o valor que as empresas ofertam as passagens no mês (no caso da Anac, o valor considerado é o efetivamente vendido de cada bilhete, o que pega promoções de meses anteriores, por exemplo). No acumulado de 12 meses, há deflação de 5,3% nesse item pelo IPCA de setembro de 2016.
Dados de outros relatórios da Anac e da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) mostram que a crise da queda do número de passageiros aéreos tem sido enfrentada pelas empresas com o fechamento de linhas e redução de voos, reduzindo assim a oferta de assentos. A redução foi de 6% no acumulado do ano até agosto.
Por causa disso, os aviões também estão fazendo maiores distâncias. A distância média por voo alcançou o maior percentual da medição, que vem desde 2002, chegando aos 1.118 quilômetros por viagem. No ano anterior, a média foi de 1.105 quilômetros.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Haitianos aguardam ajuda humanitária em áreas devastadas pelo furacão
Equipe do JN visitou áreas onde a ajuda ainda não chegou - uma semana depois da tragédia. Número de mortos passa de mil no Haiti.
Chegou a 22 o número de mortos na passagem do furacão Matthew pelos Estados Unidos. No Haiti, passou de mil. Os enviados especiais Lília Teles, Leandro Cordeiro e Arthur Guimarães visitaram áreas aonde a ajuda ainda não chegou - uma semana depois da tragédia.
Uma terra arrasada, onde é difícil não se emocionar. A equipe do Jornal Nacional esteve na cidade de Les Cayes. A partir de lá que passou o olho do furacão e seguiu numa extensão de 100 quilômetros pelo interior do país até chegar ao extremo sul, provocando o pior estrago em 52 anos.
Ao longo de muitos quilômetros em direção ao extremo sul do país, não há uma casa inteira ou um poste de pé.
Sem luz e sem comida, a fome já aperta com força. A situação das famílias é muito parecida em todo sul do país, porque não chega comida, não chega ajuda humanitária, justamente porque as pontes ficaram obstruídas e as estradas também. Isso demorou muito para abrir para que chegasse alguma coisa no local. Uma mulher preparava um pó de tabaco que é usado para comprar comida para a família.
Pelo caminho, haitianos famintos reclamam que nenhuma ajuda chegou e somos os primeiros a ouvir o grito de socorro deles.
Mais ao sul, Port Salut ficou coberta de escombros, de árvores caídas e de luto.
Uma queda de uma árvore causou uma tragédia. Ela caiu sobre o berço de um bebê de oito meses, que foi enterrado no quintal de casa.
Com os enterros em casa e os corpos que ainda não foram encontrados, o número de mortes pode ser muito superior às mais de mil confirmadas até agora.
Um senhor explica a violência do furacão Matthew. Ele conta que pedras, árvores e coberturas de casas voavam sem controle e atingiam quem estava pela frente.
Telhas de zinco cortaram o pescoço de crianças.
Com a dificuldade de acesso, só agora vão ser distribuídas as 300 toneladas de alimentos que chegaram dos Estados Unidos e da Itália.
A Força Aérea Brasileira também prepara o envio de ajuda humanitária. “No momento estão chegando gêneros alimentícios e água para atender as necessidades primárias, as necessidades básicas que foram tão afetadas com a passagem do furacão”, disse Luís Moreira, coronel da Aeronáutica.
Todo socorro que chegar a essa parte do Haiti é bem-vindo para esse povo que acumula dores, mas não perde a fé.
Brazil to receive final modernised Bandeirulha aircraft
Victor Barreira - Ihs Jane S Defence Weekly
The Brazilian Air Force (FAB) is scheduled on 31 October to commission the last modernised P-95BM Bandeirante Patrulha (commonly called the Bandeirulha) maritime patrol and surveillance aircraft, the service told IHS Jane s.
A total of eight P-95B aircraft were jointly modernised by the FAB, Embraer Defense and Security (EDS), and AEL Sistemas. The fleet is operated by Squadron Netuno from Belém and Squadron Phoenix from Florianópolis in a wide range of maritime roles over the country s Exclusive Economic Zone.
Upgrades included structural refurbishment work; installation of Leonardo SeaSpray 5000E active electronically scanned array radar with detection range of up to 370 km and an associated command-and-control console; new digital communication and navigation systems; multifunction cockpit displays; improved cooling system; and some new mechanical and hydraulic components.
Afghanistan to get a further four Super Tucanos
Gareth Jennings
The Afghan Air Force (AAF) is to receive four more Embraer-Sierra Nevada Corporation (SNC) A-29 Super Tucano light attack aircraft to add to the 20 already under contract, the US Air Force (USAF) disclosed on 7 October.
A sources sought notification for the four additional aircraft was posted on the Federal Business Opportunities (FedBizOpps) website by the Air Force Life Cycle Management Center (AFLCMC)/Development & Integration (WWB).
The additional aircraft will be delivered to the AAF within 18 to 20 months of a contract signature. The sources sought notification calls for interested parties to respond by 27 October 2016. While other manufacturers may bid, it is more than likely that SNC will again manufacture the aircraft in partnership with Embraer Defense & Security.
Powered by a single 1,600 SHP Pratt & Whitney PT6A-68/3 turboprop engine, the Super Tucano carries two 12.7 mm machine guns (200 rounds each) in the wings, and can be configured with additional underwing weaponry such as 20 mm cannon pods, additional 12.7 mm machine guns, rockets pods, precision-guided munitions, and/or dumb bombs of up to 1,500 kg. It has a seven-hour endurance, and can operate from semi-prepared air fields.
The AAF is currently in the process of receiving into service the 20 A-29s already under contract, and the service has been using the type in action to augment the machine gun and rocket-equipped Mi-17 Hip, MD Helicopters MD 530F Cayuse Warrior, and Mil Mi-35 helicopters in the ground attack and fire-support roles.
Em 14 anos, funcionalismo público federal tem 6.042 servidores expulsos
Maior parte dos casos se refere a punição por corrupção, diz ministério. Processos duram dois anos para serem concluídos, afirma corregedor.
Gabriel Luiz Do G1 Df
Em 14 anos, 6.042 funcionários federais foram expulsos do serviço público ou tiveram aposentadoria cassada por causa de irregularidades, aponta levantamento do Ministério da Transparência. A maior parte dos casos (64%) se refere a punições por corrupção. De janeiro até setembro deste ano, 383 pessoas que repondiam a processos administrativos deixaram os quadros do serviço público em todo o país.
De acordo com o levantamento, as expulsões ocorreram principalmente por atos relacionados a corrupção (como pagamento de propina); inassiduidade, abandono ou acumulação ilícita de cargo; atuação “preguiçosa” ou participação em gerência ou administração de empresas privadas. Os números não incluem trabalhadores de estatais, como a Petrobras, a Caixa e os Correios.
O Rio de Janeiro é a unidade da federação com maior número de punidos, com 1.052 expulsos. No estado, trabalham 100,4 mil servidores. A segunda unidade com maior número é o Distrito Federal: 746 servidores foram expulsos desde 2003. O DF tem 70,2 mil funcionários públicos federais. Proporcionalmente, porém, o Amazonas é o estado com maior número de servidores punidos, com índice de 11,32 para cada mil funcionários (veja tabela).
Segundo o corregedor-geral da União, Waldir João da Silva Júnior, as estatísticas não embasam as ações de fiscalização. "O que realmente nos importa é fazer apuratórios quando se tem irregularidade. Esse é o grande norte da atividade de corregedoria", disse ao G1.
Em média, os processos administrativos duram cerca de dois anos. "Os casos que andam rápido são quando a materialidade é maior. Tem situação que é resolvida em 150 dias", relatou. As situações são investigadas a partir de denúncias anônimas e da imprensa e da ação interna da corregedoria de cada órgão.
A pasta com maior número de expulsos é o Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário (1.519). "É um órgão que tem corregedoria muito atuante. Como o INSS está integrado ao ministério, lá tem muita fragilidade em relação à concessão de benefícios", explicou.
Em segundo, vem o Ministério da Educação, com 1.008 expulsos. "Ao todo, o MEC tem 285 mil servidores, espalhados por todo o país. Ou seja, quase metade dos servidores públicos federais são vinculados ao MEC."
"Quando a conduta é grave e fere princípios, havendo improbidade administrativa, a gente encara como corrupção. Em outros casos, até se dá advertência. Mas em casos de corrupção, a pessoa é necessariamente expulsa", continuou o corregedor.
Expulsões
Dos 6.042 servidores expulsos desde 2003, 5.043 (83,4%) eram concursados e 532 (8,8%), comissionados. De acordo com o ministério, 467 (7,7%) tinham cometido alguma irregularidade enquanto estavam ativos e tiveram a aposentadoria cassada.
Avião da FAB sofre acidente ao tentar decolar do Campo de Marte
Aeronave sofreu danos no trem de pouso e motores, no domingo. Havia 8 a bordo, ninguém se feriu; espuma foi usada para evitar incêndio.
Tahiane Stochero
Um avião P-95BM (Bandeirante Patrulha Marítima), chamado de "Bandeirulha", da Força Aérea Brasileira, sofreu um acidente ao decolar no Campo de Marte, em São Paulo, por volta das 16h de domingo (9).
Segundo informações da FAB, o avião sofreu danos no trem de pouso e nos motores. Os dois pilotos e os seis passageiros que estavam a bordo não se machucaram.
Os pilotos perderam o controle da aeronave ainda no solo, durante o início da corrida de decolagem, e o avião acabou caindo de bico no gramado ao lado da pista. O P-95BM retornava para Florianópolis, em Santa Catarina, onde fica o 2ºª Esquadrão do 7º Grupo de Aviação, ao qual pertence.
O Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) de São Paulo está apurando as causas do acidente. A suspeita é que possa ter ocorrido uma falha no trem de pouso frontal.
A FAB utilizou espuma sobre o avião para que não houvesse risco de incêndio. A aeronave foi removida da pista nesta segunda e está sob análise em uma área da FAB dentro do Campo de Marte.
Falhas afetam decolagens e pousos no Aeroporto Internacional de Manaus
Sistema de balizamento e a iluminação da pista apresentaram problemas. Infraero ainda não divulgou número de voos afetados nesta segunda (10).
G1 Am
Os pousos e decolagens foram suspensos no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, localizado na Zona Oeste de Manaus, entre 18h19 e 22h57 (horário local) desta segunda-feira (10). A paralisação ocorreu em razão de falhas nos sistemas de balizamento e de iluminação da pista do aeroporto. Pelo menos seis voos foram alternados.
De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o sistema de balizamento das aeronaves apresentou problema e a iluminação da pista foi parcialmente apagada. As causas ainda não foram divulgadas.
Voos que chegariam a Manaus foram direcionados para outros aeroportos. A Infraero ainda não possui uma lista completa de partidas e chegadas que foram afetadas.
Mesmo com a suspensão nos voos, o movimento no aeroporto se manteve tranquilo durante a noite desta segunda.
O casal Luciana e Bruno Guerreiro embarcaria para Miami, nos Estados Unidos, mas a aeronave que faria o trajeto foi direcionada para Boa Vista. "Nos avisaram que a tripulação deste voo iria resolver se o avião voltava para Manaus ou não. Logo depois, nos informaram que eles decidiram ficar em Boa Vista e só retornariam amanhã de manhã. Nosso voo foi reagendado para 13h30 desta terça, mas não é nada certo", afirmou Luciana ao G1.
Ela o marido e o restante da família foram encaminhados para um hotel na Zona Oeste da capital amazonense.
Companhias aéreas perdem 4,7 mi de passageiros, mas não baixam preços
Dimmi Amora
As empresas aéreas nacionais venderam no primeiro semestre deste ano 4,7 milhões de assentos aéreos a menos que no mesmo período de 2015, caindo de 26,5 milhões para 21,8 milhões.
Ao mesmo tempo, o valor médio das passagens vendidas subiu 0,2% em relação ao igual semestre do ano passado.
As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (10) pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em seu relatório semestral sobre tarifas aéreas no Brasil.
O preço médio de todos os bilhetes vendidos no semestre foi de R$ 322,44, pouco superior aos R$ 321,66 dos primeiros seis meses de 2015 (já considerada a inflação), quando as passagens atingiram seu menor nível desde 2002 para o semestre.
Os preços pagos pelos passageiros não se mostraram melhores para o consumidor no semestre, mesmo com a queda de 18% nos assentos comercializados.
A pesquisa aponta que os preços pagos das passagens passaram a ficar mais concentrados na faixa entre R$ 300 e R$ 1.000, em que foram vendidas 39,5% no 1º semestre deste ano contra 35,8% no período anterior. Já nas passagens até R$ 300, a quantidade caiu de 61% para 58,3% dos assentos.
Na faixa específica de passagens até R$ 100, a quantidade de assentos vendidos caiu de 12,8% para 9,5%. Também caíram as passagens vendidas acima de R$ 1.000 (de 3,2% para 2,2%).
Essa medição da Anac é diferente da feita pelos institutos que apuram a inflação, que medem o valor que as empresas ofertam as passagens no mês (no caso da Anac, o valor considerado é o efetivamente vendido de cada bilhete, o que pega promoções de meses anteriores, por exemplo). No acumulado de 12 meses, há deflação de 5,3% nesse item pelo IPCA de setembro de 2016.
Dados de outros relatórios da Anac e da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) mostram que a crise da queda do número de passageiros aéreos tem sido enfrentada pelas empresas com o fechamento de linhas e redução de voos, reduzindo assim a oferta de assentos. A redução foi de 6% no acumulado do ano até agosto.
Por causa disso, os aviões também estão fazendo maiores distâncias. A distância média por voo alcançou o maior percentual da medição, que vem desde 2002, chegando aos 1.118 quilômetros por viagem. No ano anterior, a média foi de 1.105 quilômetros.
Entrada ilegal de venezuelanos põe Brasil em alerta
Pacaraima, no norte de Roraima, é a principal porta de entrada de imigrantes que fogem da crise política e econômica do país vizinho
Roberto Godoy
O Exército brasileiro vai realizar até o fim do ano, e ao longo de 2017, uma série de operações estratégicas nas fronteiras para intensificar a presença do Estado nacional nas áreas mais vulneráveis – as linhas de divisa com a Bolívia e o Paraguai, além claro, da faixa de 1.492 km de limite com a Venezuela.
O ponto de tensão na Amazônia fica em Pacaraima, no nordeste de Roraima. É a rota de entrada de cerca de 40 imigrantes venezuelanos que chegam todos os dias à cidade com a intenção de permanecer ali ao menos por algum tempo.
Muitos seguem viagem na direção da capital, Boa Vista, distante 215 km. Grupos isolados, formados pelos que trazem alguns recursos, começam a chegar a Brasília e a São Paulo.
Entre esses há os “classe A”, como são definidos pela assistente social Mira Rios, voluntária da Organização Não Governamental Human Rights Whatch, os homens e mulheres de classe média, profissionais liberais ou pequenos negociantes, banidos de seu país pela crise – a maior do continente.
O socorro humanitário é o foco da atenção no município. O comandante estadual do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Coronel Edvaldo Amaral, alerta para o fato de haver “claros indícios” da presença de coiotes, agenciadores das viagens dos clandestinos em alguns casos, com a promessa de emprego. “Muita gente desconhece as normas de livre trânsito estabelecidas pelo Mercosul e acaba pagando caro pelo serviço”, diz.
Há relatos da cobrança de US$ 1,5 mil pelo trajeto de 4.700 km até São Paulo, em ônibus fretado. “Os refugiados trabalham duro quando podem”, destaca o prefeito de Pacaraima, Altemir Campos. Recebem pagamento diário para descarregar caminhões, capinar terrenos e lavar carros.
Outros, mais bem qualificados, são contratados como pedreiros e estivadores. Mulheres indígenas vendem artesanato nas ruas. O pessoal da agricultura enfrenta dificuldade para ser absorvido.
Militares preocupados. A preocupação das Forças Armadas com a situação não é pequena. O Exército mantém no corredor divisório com a Venezuela, duas Brigadas de Selva – em Boa Vista e em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas. Ambas controlam uma rede de Pelotões e Batalhões de Fronteira.
O Comando Militar da Amazônia, de Manaus, vigia cinco regiões de limites, com a Guiana, a Colômbia, o Peru, a Bolívia e a Venezuela. “Em todo o sistema o alerta está no nível amarelo em razão do risco representado pelos expatriados”, disse ao Estado um oficial do CMA.
O Exército, em nota, informou que “no contexto em que a América do Sul é o ambiente no qual o Brasil se insere (...) a atual situação política, econômica e social da Venezuela vem sendo observada por se tratar de um país de nosso entorno estratégico”.
Fogo em risco. Na semana passada o movimento de entrada e saída no posto de controle da Policia Federal em Pacaraima – envolvendo 500 pessoas por dia – esteve perto de provocar um incidente fronteiriço entre Brasília e Caracas.
A primeira versão para o episódio, ainda nebuloso, é a de que os grandes caças Su-30, do Grupo de Caza-13 Simón Bolívar, o mais avançado da aviação militar do regime bolivariano, teriam invadido espaço brasileiro durante uma missão de reconhecimento. Em resposta, a FAB teria deslocado para a área seus caças F-5M, do Esquadrão Pacau, da Base Aérea de Manaus.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, estaria em contato com o presidente Michel Temer.
No sábado, em nota, o Comando da Aeronáutica desmentiu a ocorrência. O Centro Integrado de Controle do Tráfego Aéreo e de Defesa, Cindacta, da Amazônia também não tem registro da ação clandestina dos Su-30 – de resto, pouco adequados à missão de reconhecimento de campo.
Todavia, no período, a Força brasileira realizava em Roraima um exercício com caças-bombardeiros A-1/Amx, deslocados para Boa Vista com o apoio de cargueiros Hércules C-130 com capacidade para o reabastecimento no ar dos A-1. A aeronave é especializada em ataques de precisão contra alvos no solo depois de um voo furtivo.
Tropas brasileiras no Haiti precisam abrir caminho para chegada de ajuda
Comandante falou ao Gaúcha Repórter nesta segunda-feira
Rádio Gaúcha
As tropas brasileiras do Exército no Haiti estão auxiliando na ajuda humanitária após a passagem do furacão Mattew. O comandante do contingente brasileiro, coronel Sebastião Roberto Oliveira, falou ao Gaúcha Repórter nesta segunda-feira. Ele informou que as equipes estão precisando abrir caminho para que os caminhões consigam levar alimentos e produtos de higiene aos locais afetados. As tropas foram deslocadas do Oeste para a região Sudoeste, que foi a mais afetada. As informações são da Rádio Gaúcha.
"Encontramos dificuldades grandes para chegar ao local. Havia muitos obstáculos no caminho; pontes destruídas; fiação e árvores caídas. No local, avaliamos os danos e o trabalho que poderíamos fazer para a ajuda chegar aos necessitados".
Leandro Staudt – Muitas famílias foram afetadas e perderam o pouco que tinham?
Coronel Oliveira - Fizemos um sobrevoo por toda a região e pude, como testemunha ocular, identificar uma destruição muito grande em quase todas as vilas. Segundo a coordenação humanitária da ONU, há 1,4 mil pessoas precisando de assistência. Mais de dois milhões foram afetadas de alguma forma. Isto representa 12 a 13% de toda a população haitiana.
Coronel Oliveira - Fizemos um sobrevoo por toda a região e pude, como testemunha ocular, identificar uma destruição muito grande em quase todas as vilas. Segundo a coordenação humanitária da ONU, há 1,4 mil pessoas precisando de assistência. Mais de dois milhões foram afetadas de alguma forma. Isto representa 12 a 13% de toda a população haitiana.
Leandro Staudt - Os acessos já foram retomados?
Coronel Oliveira - Nosso contingente tem cerca de 970 militares, incluindo Marinha, Exercito e Força Aérea. Percorremos uma distância de mais de 200 quilômetros abrindo caminhos. A maioria dos acessos foram restabelecidos, mas as cidades pequenas da costa litorânea ainda estão isoladas. O trabalho continua avançando para melhorar a engenharia e propiciar a chegada dos caminhões com ajuda humanitária.
Coronel Oliveira - Nosso contingente tem cerca de 970 militares, incluindo Marinha, Exercito e Força Aérea. Percorremos uma distância de mais de 200 quilômetros abrindo caminhos. A maioria dos acessos foram restabelecidos, mas as cidades pequenas da costa litorânea ainda estão isoladas. O trabalho continua avançando para melhorar a engenharia e propiciar a chegada dos caminhões com ajuda humanitária.
Leandro Staudt – Além do contingente brasileiro, quais países estão presentes para ajuda humanitária no Haiti?
Coronel Oliveira – Uruguai, Peru, Chile e Bangladesh estão ajudando no componente militar. Outros países ajudam com componente policial.
Coronel Oliveira – Uruguai, Peru, Chile e Bangladesh estão ajudando no componente militar. Outros países ajudam com componente policial.
Leandro Staudt – Ajuda humanitária da ONU já tem material para distribuir ou espera a chegada?
Coronel Oliveira – Já tem bastante material estocado porque o pais é afetado por furacões com frequência. Agora estão fazendo a logística para deslocar. O nosso trabalho é ajudar na escota, descarregamento e distribuição.
Coronel Oliveira – Já tem bastante material estocado porque o pais é afetado por furacões com frequência. Agora estão fazendo a logística para deslocar. O nosso trabalho é ajudar na escota, descarregamento e distribuição.
O coronel, que já esteve em missão em 2010 no Haiti, destacou ainda que as condições encontradas hoje no país são menos difíceis que no passado. À época, pós terremoto, havia muita gente desabrigada. Cinco anos depois, o número de pessoas fora de casa é bem inferior. A infraestrutura básica tem funcionado, como coleta de lixo segurança e policiamento. O comandante explicou ainda que por esta razão o Brasil já trabalha a retirada das tropas do local a partir do ano que vem.
Governo fará reforma da Previdência de militares em projeto independente
Lisandra Paraguassu
O governo vai encaminhar um texto com uma proposta de reforma exclusiva para os militares, que incluirá algumas das modificações previstas para os trabalhadores civis, mas adaptadas às especificidades das Forças Armadas, informou à Reuters uma alta fonte palaciana.
"Os militares não vão entrar nessa. Eles são diferentes. Mesmo na Constituição há servidores públicos e militares. Mas estão de acordo que a gente aplique a eles algumas regras dentro de um outro projeto que será mandado depois, com coisas que sejam mais aplicáveis a eles. Tem que ter tratamento separado", afirmou a fonte.
Entram nessa diferenciação, por exemplo, a adaptação da idade mínima para determinadas funções. A idade mínima de 65 anos não poderia ser exigida para todas as funções militares, explicou a fonte. Em algumas, que exigem carregar muito peso ou acuidade visual, por exemplo, seria difícil exigir a manutenção da idade mínima.
Outra mudança que deve ser feita é em relação à pensão por morte. No regime geral, a pensão deixará de ser integral para ser de 50 ou 60 por cento do salário, mais 10 por cento por dependente. "Quando você chama o militar para a ativa você o chama para morrer. Tem que ter um tratamento diferente", disse a fonte.
Inicialmente, o governo queria enquadrar os militares nas mesmas regras do regime geral da Previdência, mas enfrentou enorme resistência das Forças Armadas, apoiadas pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, vem negociando com as forças há várias semanas para tentar construir um texto mínimo que inclua mudanças e alivie o déficit.
A Previdência das Forças Armdas representou, em 2015, 45 por cento do déficit do servidores públicos, com os custos superando em 32,5 bilhões de reais a contribuição dos militares.
ESTADOS E MUNICÍPIOS
A proposta de reforma foi entregue na semana passada ao presidente Michel Temer, mas novas modificações estão sendo estudadas a pedido dos governadores. Entre elas, o aumento da contribuição dos servidores públicos dos atuais 11 por cento para 14 por cento do salário bruto.
"Eles querem que a gente mude o sistema previdenciário dos Estados e municípios. Querem taxar mais os servidores, mas não querem ter o desgaste", disse a fonte.
A proposta foi defendida por um grupo de nove governadores em reunião com Temer, na semana passada. Alguns Estados já fizeram modificações nas leis locais para se aproximar desse limite, mas uma mudança incluída na reforma da Previdência facilitaria a vida de governadores e prefeitos.
Temer, no entanto, pediu ao grupo que traga uma proposta defendida por todos os 27 governadores para que então o Planalto a inclua na proposta de reforma a ser enviada ao Congresso.
As mudanças pedidas pelos governadores ajudaram a atrasar ainda mais a apresentação do texto final, que já não tinha mais data para ser enviada ao Congresso. Inicialmente, estava prevista uma primeira reunião com sindicalistas na terça-feira, mas não foi confirmada.
"Não tem prazo. Quando o presidente voltar de viagem se reúne com as centrais, com as corporações e com as bancadas. Só então o texto será enviado", disse a fonte.
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