NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 30/09/2016 / Espião perfeito: drone se dobra todo, cabe na palma da mão e filma em 4K
Espião perfeito: drone se dobra todo, cabe na palma da mão e filma em 4K ...
Está ficando cada vez mais difícil ignorar a onda dos drones. Eles estão ficando menores, mais baratos e mais bem produzidos. O mais recente exemplo disso é o Mavic Pro, lançado nesta semana pela DJI --a fabricante é conhecida pela Phantom, uma das mais populares linhas de drones.
O Mavic Pro impressiona não apenas pelo diminuto tamanho, mas como ele foi projetado: são quatro hélices que se dobram e se encaixam dentro do corpo do drone. Fechado, ele mede 8,3 cm (altura) x 8,3 cm (largura) x 19,8 cm (comprimento). E pesa meros 734 g --mais ou menos o peso de dois tablets.
Mas o Mavic Pro também tem um bom desempenho. A câmera dele é fixa em um suporte de três eixos de estabilização, fotografa em 12 MP e filma em resolução 4K a 30 quadros por segundo ou Full HD a 96 quadros por segundo.
O drone tem velocidade máxima de voo de 64 km/h e fica no ar por até 27 minutos. Ele permite uma distância máxima de sete quilômetros entre ele e a pessoa que o controla. Falando nisso, ele pode ser controlado por smartphone ou pelo controle remoto incluso --que também é acoplado ao celular.
O anúncio vem poucos dias após a Go Pro lançar seu próprio drone dobrável, o Karma, com preço inicial de US 800 (R$ 2.580 na conversão direta).
O Mavic Pro está sendo vendido lá fora por US$ 999 (R$ 3.225). Ainda não há informações sobre venda no Brasil; os drones Phantom da DJI são importados por lojas especializadas. Um Phantom 4 hoje está na casa dos R$ 8.900 no país.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Livro relata operação de resgate do acidente com o voo Gol 1907
A jornalista e professora universitária Maria Tereza Kersul lança nesta quinta-feira (29), em Brasília (DF), o livro-reportagem “Ninguém ficou para trás”. O livro narra, exatos dez anos depois, a operação de resgate das 154 vítimas do acidente com o voo 1907 da Gol.
A obra detalha a mobilização de 800 profissionais de mais de 50 instituições. No meio da selva amazônica, os militares da FAB enfrentaram toda espécie de adversidade. As 160 páginas e mais de 40 imagens são resultado de quase dez meses de trabalho.
A linha condutora do livro são as memórias do Major-Brigadeiro Jorge Kersul Filho, que à época comandou a operação, e documentos com registrados do ponto de vista logístico, midiático e operacional. Mas são as entrevistas com cerca de 25 envolvidos e três famílias de vítimas que revelam o lado humano de quem dedicou-se intensamente naquela missão.
Sobre a autora
Maria Tereza Kersul é jornalista e professora universitária. Mestre em Comunicação e Práticas de Consumo pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM/SP). Graduada em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero (SP) e pós-graduada em Marketing pela ESPM. Consultora nas áreas de Marketing e Comunicação Empresarial.
Agenda de lançamentos:
29/09 – Brasília – Local: Clube da Aeronáutica, às 19h30;
30/09 – Campo Grande (MS) – Local: Base Aérea de Campo Grande, às 15h;
04/10 – São Paulo (SP) – Local: Livraria Blooks, Shopping Frei Caneca, às 18h;
05/10 – São Paulo (SP) – Local: Hotel de Trânsito do PAMA-SP, às 18h;
09/10 – São Paulo (SP) – Local: Portões Abertos no PAMA-SP, às 10h;
15/10 – Cascavel (PR) – Local e horário a serem confirmados;
26/10 – Rio de Janeiro (RJ) – Local: Instituto Cultural da Aeronáutica (INCAER), às 14h;
Pouso Alegre (MG) – agenda a ser definida.
30/09 – Campo Grande (MS) – Local: Base Aérea de Campo Grande, às 15h;
04/10 – São Paulo (SP) – Local: Livraria Blooks, Shopping Frei Caneca, às 18h;
05/10 – São Paulo (SP) – Local: Hotel de Trânsito do PAMA-SP, às 18h;
09/10 – São Paulo (SP) – Local: Portões Abertos no PAMA-SP, às 10h;
15/10 – Cascavel (PR) – Local e horário a serem confirmados;
26/10 – Rio de Janeiro (RJ) – Local: Instituto Cultural da Aeronáutica (INCAER), às 14h;
Pouso Alegre (MG) – agenda a ser definida.
Documentário da FAB reconta operação após acidente do voo Gol 1907
Os desafios dos militares que participaram da operação de resgate das vítimas do acidente com o Boeing da Gol, em 2006, serão revividos no documentário Voo 1907 – 10 anos depois – Bastidores da maior operação de resgate da Força Aérea Brasileira(FAB), a ser lançado nesta quinta-feira (29), no canal do Youtube da FAB.
Com cenas inéditas, o documentário, produzido pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, entrevistou os principais agentes da operação desencadeada após o acidente, que aconteceu em 29 de setembro de 2006.
Dividido em oito episódios e com duração total de cerca de 40 minutos, militares de várias organizações, principalmente os especializados em Busca e Salvamento do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento, detalham a experiência vivida em 44 dias na selva amazônica e revivem os momentos marcantes.
“Eram seres humanos, famílias que haviam sido destruídas. Então, quando você chega ao local, supera tudo, como picada de abelha, distância da família, para devolver os corpos das vítimas aos seus familiares. A gente não deixou ninguém para trás”, destaca o Suboficial Orenil Andrade, ressaltando o fato de que todas as 154 pessoas a bordo foram encontradas e identificadas.
A produção também mostra a logística montada na operação, principalmente no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV). Essa base da Aeronáutica, localizada na Serra do Cachimbo, no sul do Pará, proveu a infraestrutura necessária para a operação que durou 44 dias, empregou 52 aeronaves, consumiu 1.534 horas de voo e mais de 1 milhão de litros de combustível.
Um grupo de militares retornou ao local do acidente e passou as impressões após 10 anos do acidente. “Essa missão nunca vai sair da minha cabeça. Eu lembro cada dia da minha vida, eu lembro desse local, desse acidente. Marcou para sempre, mudou a minha [vida]. Trouxe para mim uma nova maneira de encarar a vida”, enfatiza o Tenente Médico Felipe Lessa que, em 2006, foi um dos primeiros a chegar ao local e passou 40 dias na mata no trabalho de resgate das vítimas.
Um grupo de militares retornou ao local do acidente e passou as impressões após 10 anos do acidente. “Essa missão nunca vai sair da minha cabeça. Eu lembro cada dia da minha vida, eu lembro desse local, desse acidente. Marcou para sempre, mudou a minha [vida]. Trouxe para mim uma nova maneira de encarar a vida”, enfatiza o Tenente Médico Felipe Lessa que, em 2006, foi um dos primeiros a chegar ao local e passou 40 dias na mata no trabalho de resgate das vítimas.
No documentário, familiares das vítimas também contam como ainda estão superando a dor causada pelo acidente em 2006. “Hoje estou tranquila. Choro, mas é um choro de saudade. Tudo o que vocês fizeram foi muito gratificante para nós”, diz Creusa Paixão Lopes, mãe de Marcelo Paixão, a última vítima a ser encontrada pelas equipes de resgate da Força Aérea Brasileira.
Governo apresenta documento para atualizar políticas de defesa
‘Livro Branco de Defesa Nacional’ foi divulgado por Raul Jungmann. Documento precisa ser enviado ao Congresso a cada quatro anos
Filipe Matoso E Luciana Amaral
O governo federal apresentou nesta quinta-feira (29), no Palácio do Planalto, o "Livro Branco de Defesa Nacional", documento que contém atualizações das políticas nacionais de defesa e estratégias de segurança que deverão ser executadas pelas Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) ao longo dos próximos anos.
No mesmo evento, o governo apresentou outros dois documentos que complementam o "Livro Branco": a "Política Nacional de Defesa" e a "Estratégia Nacional".
A primeira edição do “Livro Branco" foi divulgada em 2012 e, conforme a assessoria do Ministério da Defesa, uma atualização deve ser enviada para análise do Congresso Nacional a cada quatro anos.
De acordo com o Ministério da Defesa, o livro contém dados estratégicos, orçamentários, institucionais e materiais sobre as Forças Armadas e aborda temas como "cenário estratégico", "política nacional de defesa", "estratégia nacional de defesa", "modernização das Forças Armadas" e "operações de paz e ajuda humanitária".
A apresentação do Livro Branco à imprensa, no Salão Leste do Palácio do Planalto, foi feita pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, e pelos comandantes das Forças Armadas: general Eduardo Villas Bôas (Exército), almirante Eduardo Bacellar (Marinha) e Nivaldo Rossato (Aeronáutica), após eles se reunirem com o presidente Michel Temer.
Também estiveram presentes o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante Ademir Sobrinho, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen.
Ministro da Defesa diz que 25 mil militares vão atuar nas eleições
Somente nesta quinta, candidatos em MA e MG sofreram atentados. Na quarta, candidato em Itumbiara (GO) morreu após ser baleado.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, declarou nesta quinta-feira (29), durante entrevista no Palácio do Planalto, que 25 mil militares serão empregados em operações para garantir a segurança e apoio logístico nas eleições municipais deste domingo em 408 localidades, em 14 estados. Segundo Jungmann, esse número ainda pode mudar, caso novos pedidos sejam feitos ao ministério.
Somente nesta quinta, candidatos no Maranhão e em Minas Gerais sofreram atentados durante atos de campanha. Nesta quarta (28), um candidato em Itumbiara (GO) morreu após ser baleado numa carreata – o vice-governador do estado também foi baleado no mesmo ataque e está internado na UTI de um hospital.
Desde o início da campanha, 12 estados já registraram ataques a candidatos.
Segundo a assessoria do Ministério da Defesa, dessas 408 localidades onde haverá militares durante as eleições, as Forças Armadas atuarão na segurança de 306.
Nas outras 102 localidades, o trabalho dos militares será no sentido de dar apoio logístico à Justiça Eleitoral, como transporte de urnas e mesários.
“Temos hoje um cenário em que serão empregados 25 mil militares em 408 localidades, em 14 estados brasileiros. A demanda está na média, mas deve ficar um pouco acima das médias anteriores. […] O custo dessa operação, arcado pela Justiça Eleitoral, é, até aqui, de R$ 23 milhões”, disse Jungmann, após apresentar um documento no qual estão detalhadas as estratégias das Forças Armadas para os próximos anos.
Em 2014, 254 cidades em 11 estados tiveram o apoio de tropas federais durante as eleições;
De acordo com Raul Jungmann, o presidente da República, Michel Temer, está “preocupado” com os recentes atentados a candidatos.
“Mas são, sobretudo, fatos policiais, não são fatos relacionados à Defesa, porque ela [Forças Armadas] participa [da segurança] assegurando a votação e a apuração”, destacou o ministro.
Na entrevista que concedeu nesta quinta, Jungmann disse ainda que, tradicionalmente, as Forças Armadas prestam apoio à Justiça Eleitoral durante o período de eleições.
"Esses dados [apresentados nesta quinta] são parciais porque continuam chegando pedidos. Mas as Forças Armadas prestarão apoio como sempre o fizeram em todo o território nacional e atenderão, integralmente, aos pedidos da Justiça Eleitoral, assegurando as condições para que as eleições se realizem com paz e tranquilidade", afirmou.
Questionado sobre se houve algum "pedido especial" de Temer para aumentar o efetivo das Forças Armadas na segurança da eleição, Raul Jungmann respondeu:"Quem faz a demanda [de militares] é a Justiça Eleitoral, não é o presidente, não somos nós. [...] Ela [Justiça], como disse, inclusive arca com os custos".
Ainda no Palácio do Planalto, Raul Jungmann acrescentou que os recentes casos de violência envolvendo candidatos preocupam porque representam desrespeito aos direitos humanos. Na avaliação do ministro, quando há esse tipo de atentado, "todos somos feridos em termos simbólicos".
"A gente tem visto, ultimamente, ações lamentáveis, violência cometida. Embora ressalvando que isso é uma questão de polícia, o papel que estamos desempenhando, a pedido da Justiça, é de dar segurança na votação e na apuração. Agora, isso [ataques a candidatos] exige uma reflexão, porque nos chama a atenção e preocupa a todos", concluiu.
Passageiros são retirados de voo no Galeão após ameaça de bomba
Aeronave da Avianca seguiria para a Colômbia e foi evacuada. Voo partiu às 14h24, após ameaça ter sido descartada.
Uma ameaça de bomba fez com que passageiros do voo 260 da companhia aérea Avianca, com destino à Colômbia, desembarcassem da aeronave no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio, por volta das 9h desta quinta-feira (29). Agentes do esquadrão antibombas da Polícia Federal foram chamados para vistoriar o avião. Por volta das 15h30, a concessionária RIOGaleão informou que nenhuma ameaça na inspeção de segurança do voo foi detectada e o avião já foi liberado. O voo partiu às 14h24.
Em nota, a concessionária informou que a ação era realizada "de acordo com protocolos internacionais de segurança". Ainda segundo a concessionária, todos os passageiros desembarcaram e foram direcionados ao saguão do aeroporto, onde "aguardam em segurança" para novo embarque.
Segundo a Avianca, a aeronave que realizaria o voo AV260, entre Rio de Janeiro e Bogotá, passou por inspeção das autoridades competentes no RIOgaleão. “O procedimento, padrão no setor aéreo, foi necessário, pois constatou-se a presença de um objeto não declarado a bordo - aparentemente, uma bateria de lítio pertencente a um dos passageiros. Os 107 clientes foram desembarcados normalmente e receberam o atendimento necessário pelo pessoal de terra da companhia", informou.
Ainda de acordo com a companhia, o avião foi liberado e um novo o processo de embarque foi realizado às 13:55. A Avianca lamentou pelo desconforto causado pelo atraso, mas destacou que o bem-estar de seus clientes e tripulantes é sua prioridade máxima e todos os protocolos de segurança vigentes são respeitados.
A Polícia Federal divulgou nota, às 13h30, informando que "foram adotados os procedimentos definidos em protocolo não sendo identificada qualquer ameaça".
Ministro defende regras específicas de previdência para militares
Atualmente, a previdência para militares já obedece regras próprias. Governo deve apresentar uma reforma da Previdência nas próximas semanas.
Luciana Amaral E Filipe Matoso Em Brasília
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, defendeu em entrevista no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (29), a continuidade de regras específicas para previdência de militares e de servidores públicos. Para o ministro, a Constituição já trabalha com as duas categorias, e a divisão não é algo que as Forças Armadas estão "criando ou propondo".
A questão é um dos pontos discutidos dentro da reforma da Previdência Social, que o governo pretende enviar para o Congresso nas próximas semanas. Segundo Jungmann, o presidente Michel Temer ainda não se decidiu sobre esse tema.
Pelo sistema em vigor atualmente, os militares podem ir para a reserva após 30 anos de serviço, fazendo com que muitos se aposentem até mesmo antes dos 50 anos. O projeto de reforma da Previdência do governo prevê aposentadoria somente aos 65 anos.
"No meu entendimento, que é em benefício do Brasil e da Defesa, eu acredito que elas [aposentadoria de militares e servidores] continuem separadas. Não quer dizer que as Forças Armadas não vão contribuir para a reforma, mas deve ser preservada essa separação. A reforma é algo fundamental para o Brasil, decisivo, que deve ser enfrentado", declarou o ministro.
Jungmann alegou, como motivos para que militares tenham regime diferente, o fato de eles serem proibidos de fazer greve, de passarem por transferências para regiões distantes e de serem submetidos à dedicação exclusiva.
Nesta quarta-feira (28), indagado se haverá algum regime especial para os militares e servidores públicos, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, respondeu que "quando [a proposta de reforma] estiver pronta, a gente se fala".
Segundo Padilha, basta "olhar" para a Constituição para ver que ambas as categorias têm um regime próprio de aposentadoria. Para o ministro, os militares são "completamente diferentes", porque “ficam na ativa, depois vão para a reserva e ainda continuam à disposição do Estado. "Quer dizer, não é a mesma coisa, é diferente”, afirmou.
No Planalto, assessores do governo acreditam que a proposta de reforma da Previdência não será enviada ao Congresso até esta sexta-feira (30), como o governo havia anunciado anteriormente.
Antes, o presidente Michel Temer ainda quer se reunir com empresários e centrais sindicais. Na terça (27), o ministro da Secretaria do Governo, Geddel Vieira Lima, já havia declarado que o encaminhamento seria "pouco provável".
Mudanças
O governo Temer pretende propor a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria tanto de homens quanto de mulheres. Caso aprovada pelo Congresso, a nova regra só valerá para os trabalhadores com menos de 50 anos.
Quem tem mais continua submetido ao sistema atual, mas terá de pagar um "pedágio" relativo ao tempo que resta. Segundo o texto, uma exceção será feita a mulheres e professores, que poderão se aposentar aos 45 anos.
Pelo sistema em vigor, não há uma idade mínima para a aposentadoria. Para receber o benefício integral, o homem tem que ter contribuído com a Previdência por 35 anos ou a soma de sua idade mais o tempo de contribuição tem de ser igual a 95 anos. Já as mulheres devem ter colaborado por 30 anos ou, se somados o tempo de contribuição mais a idade, 85 anos.
Projeto dispensa participação de líderes religiosos do serviço militar obrigatório
Proposta em análise na Câmara dos Deputados isenta sacerdotes e outros líderes religiosos de participarem do serviço militar obrigatório. A medida está prevista no Projeto de Lei 4877/16, do deputado Franklin Lima (PP-MG).
Lima explica que, atualmente, segundo a lei que disciplina o serviço militar (Lei 4.375/64), é assegurado a sacerdotes e ministros de qualquer religião o direito de ter sua incorporação ao serviço militar adiada durante sua formação como líder religioso.
O autor argumenta que a Constituição de 1988 permite a qualquer cidadão não realizar o serviço militar regular desde que alegue incompatibilidade com crença religiosa. Nesse caso, a Constituição estabelece que seja atribuído um serviço alternativo.
“Ora, se qualquer cidadão pode eximir-se do serviço militar regular pela simples alegação de objeção de consciência, parece-nos de todo razoável que a lei isente do serviço militar aqueles que, por profissão de fé, colocam-se a serviço de uma carreira religiosa”, diz Lima.
Desde 1906, o alistamento militar é um ato obrigatório a todo brasileiro nato, do sexo masculino, que completa 18 anos de idade. Em tempos de paz, as mulheres são isentas de alistar-se.
O período de alistamento compreende os seis primeiros meses do ano em que o cidadão completar 18 anos.
Tramitação
O projeto terá análise conclusiva das comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Jugmann diz que dificuldade fiscal atinge Defesa, mas que Forças Armadas não estão comprometidas
"Temos que nos adequar à realidade fiscal com equilíbrio entre a manutenção de projetos estratégicos e aparelhamento das nossa Forças", afirmou o ministro, nesta quinta-feira, 29
Brasília
O ministro da Defesa, Raul Jugmann, afirmou nesta quinta-feira, 29, que a dificuldade fiscal do país "evidentemente" atinge a pasta. "Temos que nos adequar à realidade fiscal com equilíbrio entre a manutenção de projetos estratégicos e aparelhamento das nossa Forças", afirmou. Segundo o ministro, a realidade das contas públicas implica em "alguns sacrifícios" como o prolongamento de alguns cronogramas e que a pasta busca "racionalizar gastos, enxugar, inclusive a sua presença física em alguns lugares". "Alguns cronogramas podem ser esticados frutos da nossa realidade fiscal", reforçou.
Apesar disso, Jugmann afirmou que investimentos em tecnologia levam a redução da estrutura da Defesa e das Forças Armadas. "A capacidade das Forças não está comprometida", disse, citando a atuação do Rio de Janeiro, durante os Jogos Olímpicos.
Previdência. Questionado sobre alterações no regime previdenciário dos militares na reforma que está sendo estudada pelo governo do presidente Michel Temer, Jugmann disse que "não há nada decidido". Ele voltou a defender que o sistema de proteção social das Forças Armadas tem "distinções e singularidades". "No meu entendimento, obviamente o que irá prevalecer é a decisão do presidente, acredito que a nossa singularidade deve ser preservada", afirmou.
O ministro disse que a manutenção da separação entre a categoria de militares e servidores públicos não é um privilégio e que "isso não significa que a Defesa e as Forças Armadas não se disponham a contribuir com a reforma". "As Forças e a defesa entendem que a reforma da Previdência é fundamental, decisiva e tem que sem enfrentada", disse.
Demanda para reforçar segurança aumentou nesta eleição, diz ministro da Defesa
Brasília - O ministro da Defesa, Raul Jungmann, reconheceu nesta quinta-feira, 29, que houve um aumento na demanda por integrantes das Forças Armadas para reforçar a segurança durante o período eleitoral este ano.
"Há um crescimento sim. A média histórica fica em torno de 300 municípios, e nós já estamos em 408 municípios, engajando 25 mil homens em 14 Estados", disse.
Na quarta-feira, o candidato à prefeitura de Itumbiara, José Gomes da Rocha, foi morto e o vice-governador de Goiás, José Eliton, foi baleado durante um ato de campanha. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até agosto, cerca de 20 candidatos foram assassinados em todo o País.
Em 2012, o plano para garantir a segurança durante as eleições municipais mobilizou 40 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. O efetivo militar foi disponibilizado em 395 municípios de 11 Estados.
Jungmann afirmou ainda que novos municípios podem pedir reforços até domingo, dia das eleições. "Nós teremos, com certeza, em relação à eleição anterior, uma ampliação no contingente a ser empregado", disse.
Segundo o ministro, a violência contra candidatos preocupam o governo, mas são "fatos policiais" e não dizem respeito diretamente à atuação das Forças Armadas. "O papel que nós desempenhamos, a pedido da Justiça Eleitoral, é o de assegurar, dar tranquilidade e segurança, durante o processo de votação e apuração. Esses outros aspectos são policiais, mas merece uma reflexão, sem sombra de dúvida", disse.
Desde 1994, as Forças Armadas auxiliam a Justiça Eleitoral. Além do apoio logístico, os efetivos militares podem atuar na chamada Garantia da Lei e da Ordem (GLO), permitindo que candidatos entrem em redutos eleitorais com segurança, bem como no entorno da área de votação. A atividade, prevista na Constituição, também assegura condições para que a população possa exercer a cidadania e votar com tranquilidade.
Realidade fiscal
O ministro afirmou ainda que a dificuldade fiscal do País "evidentemente" atinge a pasta. "Temos que nos adequar à realidade fiscal com equilíbrio entre a manutenção de projetos estratégicos e aparelhamento das nossas Forças", afirmou. Segundo Jungmann, a realidade das contas públicas implica em "alguns sacrifícios" como o prolongamento de alguns cronogramas e que a pasta busca "racionalizar gastos, enxugar, inclusive a sua presença física em alguns lugares". "Alguns cronogramas podem ser esticados frutos da nossa realidade fiscal", reforçou.
Apesar disso, Jungmann afirmou que investimentos em tecnologia levam à redução da estrutura da Defesa e das Forças Armadas. "A capacidade das Forças não está comprometida", disse, citando a atuação do Rio de Janeiro, durante os Jogos Olímpicos.
Previdência
Questionado sobre alterações no regime previdenciário dos militares na reforma que está sendo estudada pelo governo do presidente Michel Temer, Jungmann disse que "não há nada decidido". Ele voltou a defender que o sistema de proteção social das Forças Armadas tem "distinções e singularidades". "No meu entendimento, obviamente o que irá prevalecer é a decisão do presidente, acredito que a nossa singularidade deve ser preservada", afirmou.
O ministro disse que a manutenção da separação entre a categoria de militares e servidores públicos não é um privilégio e que "isso não significa que a Defesa e as Forças Armadas não se disponham a contribuir com a reforma". "As Forças e a Defesa entendem que a reforma da Previdência é fundamental, decisiva e tem que ser enfrentada", disse.
Documentário da FAB reconta operação militar após acidente do voo Gol 1907
Na tela, cenas e depoimentos inéditos de militares que participaram do resgate das vítimas do Boeing em 2006. A produção mostra bastidores dos 44 dias de trabalho no local do acidente
"O maior desafio da minha carreira de investigador". Assim, conta o coronel Rufino Ferreira, do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Ele participou da operação de 44 dias na Serra do Chaimbo, ao norte do Mato Grosso, local do acidente.
Nesta quinta-feira, 29, a colisão do Legacy 600 e o Boeing 737 da Gol completa dez anos. O acidente vitimou 154 pessoas, sendo o maior desastre aéreo do País até então.
Para documentar a operação de resgate pela Força Aérea Brasileira (FAB), é lançado "Voo 1907 - 10 anos depois". O webdocumentário, produzido pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, já está disponível no canal da FAB no YouTube.
Dividida em oito capítulos e com duração de cerca de 40 minutos, a produção reconta os desafios dos militares que participaram da operação. Além de cenas inéditas, o documentário tem entrevistas com os principais militares envolvidos à época, familiares das vítimas e profissionais de organizações civis.
"Eram seres humanos, famílias que haviam sido destruídas. Então, quando você chega ao local, supera tudo para devolver os corpos das vítimas aos seus familiares", destaca o suboficial Orenil Andrade.
O capítulo “Esperança” revive a expectativa dos primeiros militares que chegaram ao local do acidente. Já o último capítulo, intitulado “10 anos depois”, mostra trechos da visita de alguns militares que voltaram ao local da tragédia, e ainda a homenagem às vítimas e a quem serviu na operação.
"Hoje estou tranquila. Choro, mas é um choro de saudade. Tudo o que vocês (militares) fizeram foi muito gratificante para nós", diz Creusa Paixão Lopes, mãe de Marcelo Paixão, a última vítima a ser encontrada pelas equipes de resgate da FAB.
Planalto tira autonomia de ministérios nas redes sociais
Por guerra na comunicação, governo vai atuar nos perfis de ministérios no Twitter e Facebook
Na última sexta-feira 23, o secretário de Comunicação Social da Presidência da República, Márcio Freitas, reuniu no Palácio do Planalto os responsáveis pelas assessorias de comunicação dos 24 ministérios. Convocou também os representantes das empresas de comunicação que prestam serviço ao governo Michel Temer, além dos assessores de empresas públicas. O objetivo da reunião foi tentar integrar melhor a comunicação do governo federal, que tem sido alvo de críticas frequentes.
Mas a forma escolhida para promover a melhoria não foi o diálogo. Na reunião, os assessores ouviram da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) que terão de fornecer as senhas de todas as redes sociais para o Planalto. Mais do que isso, a equipe de comunicação de Temer entrará nos perfis de ministérios no Twitter e Facebook, entre outras redes, para fazer publicações de conteúdo sem que as assessorias de comunicação tenham necessariamente conhecimento prévio.
O aviso desagradou as empresas prestadores de serviço e os profissionais contratados pelos ministérios. Eles avaliam que a mudança significa, na prática, o fim da autonomia dos órgãos e pastas sobre seus respectivos perfis nas redes.
A mudança tem relação com a dificuldade do governo Temer em vencer debates nas redes sociais. O exemplo citado, internamente, é justamente a Medida Provisória que impõe uma reforma no ensino médio. O caso gerou repercussão negativa na web depois do Ministério da Educação anunciar a retirada da obrigatoriedade dos estudantes cursarem disciplinas como Artes, Educação Física, Filosofia e Sociologia.
Ao publicar o texto da MP, o governo voltou atrás e manteve a obrigatoriedade do ensino dessas disciplinas até que seja encerrado o processo de construção da Base Nacional Comum Curricular, que visa definir os conteúdos e saberes necessários para todos estudantes brasileiros. O Planalto atribui esse e outros “recuos” a um problema de comunicação e não da proposta em si.
À imprensa, após a reunião, foi divulgado que a mudança era apenas uma integração. Além disso, chegou a ser veiculado que o governo Temer lançará um novo portal de internet, no início do ano que vem, para unificar as informações do governo em um único local e incrementar o número de acessos na página. A ideia é que os ministérios funcionem como editorias desse portal.
Na verdade, o portal começou a ser feito pelas agências de comunicação que têm contrato com a Secom ainda durante a gestão da ex-presidenta Dilma Roussseff. Esse era um projeto do agora ex-ministro da Comunicação Social Edinho Silva e chegou até a ser apresentado à petista.
Outra iniciativa de Temer foi convidar o Movimento Brasil Livre (MBL), que capitaneou os protestos pelo impeachment, para ajudar a “tornar palatáveis” as reformas da Previdência e do trabalho. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Moreira Franco, secretário do Programa de Parcerias de Investimentos, se encontrou com Renan Santos, um dos líderes do MBL, na semana passada. Somente no Facebook, a página do movimento tem quase 1,5 milhão de curtidas.
Além disso, o presidente convidou o jornalista Eduardo Oinegue para ocupar o cargo de porta-voz do governo, em uma secretaria especial a ser criada. Oinegue, no entanto, recursou o convite após entregar uma proposta de plano estratégico de comunicação.
A ideia era que o jornalista ajudasse justamente a afinar o discurso na Esplanada. Um levantamento interno aponta que o governo federal é acompanhado por 13 milhões de pessoas em todas redes sociais, contando ministérios, estatais e outros órgãos ligados à administração federal, mas “a interação com os seguidores é muito ruim”.
Espião perfeito: drone se dobra todo, cabe na palma da mão e filma em 4K
Está ficando cada vez mais difícil ignorar a onda dos drones. Eles estão ficando menores, mais baratos e mais bem produzidos. O mais recente exemplo disso é o Mavic Pro, lançado nesta semana pela DJI --a fabricante é conhecida pela Phantom, uma das mais populares linhas de drones.
O Mavic Pro impressiona não apenas pelo diminuto tamanho, mas como ele foi projetado: são quatro hélices que se dobram e se encaixam dentro do corpo do drone. Fechado, ele mede 8,3 cm (altura) x 8,3 cm (largura) x 19,8 cm (comprimento). E pesa meros 734 g --mais ou menos o peso de dois tablets.
Mas o Mavic Pro também tem um bom desempenho. A câmera dele é fixa em um suporte de três eixos de estabilização, fotografa em 12 MP e filma em resolução 4K a 30 quadros por segundo ou Full HD a 96 quadros por segundo.
O drone tem velocidade máxima de voo de 64 km/h e fica no ar por até 27 minutos. Ele permite uma distância máxima de sete quilômetros entre ele e a pessoa que o controla. Falando nisso, ele pode ser controlado por smartphone ou pelo controle remoto incluso --que também é acoplado ao celular.
O anúncio vem poucos dias após a Go Pro lançar seu próprio drone dobrável, o Karma, com preço inicial de US 800 (R$ 2.580 na conversão direta).
O Mavic Pro está sendo vendido lá fora por US$ 999 (R$ 3.225). Ainda não há informações sobre venda no Brasil; os drones Phantom da DJI são importados por lojas especializadas. Um Phantom 4 hoje está na casa dos R$ 8.900 no país.
Ministério da Defesa revisa resoluções sobre licenças para exportação de armas
Lisandra Paraguassu Brasília
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou nesta quinta-feira que o Ministério da Defesa está revisando as resoluções que tratam da licença de exportação de armas por empresas brasileiras, que dependem de autorização prévia das Forças Armadas.
"Estamos fazendo uma atualização da resolução dessa área buscando objetividade e transparência", disse o ministro. "Tem que atualizar."
Há cerca de três semanas, a Reuters revelou que a Taurus vendeu 8 mil armas ao Iêmen, país sob sanção da Organização das Nações Unidas, através de Fares Mana a, listado também pela ONU como um dos maiores traficantes de armas do mundo. Uma segunda venda, de 11 mil armas, foi suspensa depois de ter sido descoberta pela Polícia Federal.
Para fazer a venda, que precisa de autorização das Forças Armadas, a Taurus obteve uma licença prévia de exportação autorizada pelo Comando Militar do Sul, de número 788/2013, como se as armas estivessem sendo exportadas para o Djibouti, país separado do Iêmen apenas por um braço de mar, o estreito de Bab al-Mandab.
As informações constam de uma denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra dois ex-executivos da empresa, Leonardo Sperry e Eduardo Pezzuol, diretamente ligados à negociação com Mana a. De acordo com o MPF, a empresa cometeu crime de falsidade ideológica ao pedir a licença para vendas ao Djibouti para redirecioná-las ao Iêmen.
Secretário-geral do Ministério da Defesa, o general Joaquim Silva e Luna reconheceu nesta quinta que a Taurus fez a venda em cinco remessas, mas repetiu o discurso da empresa, de que ao saber do real destino das armas - pistolas e revólveres - suspendeu a venda e devolveu o dinheiro ao país. Ressaltou, ainda, que a Defesa apenas "verifica a legalidade da documentação".
Luna afirma que a informação de que Mana a teria intermediado a venda e vindo ao país, como denunciaram os procuradores "nunca foi confirmada", apesar de o Ministério Público ter documentos provando não apenas a entrada de Mana a no país com um passaporte falso, mas a tentativa da empresa de obter um convite oficial, via Itamaraty, para que o traficante viesse ao Brasil conhecer a fábrica, no Rio Grande do Sul.
O processo contra os ex-executivos da Taurus corre em segredo de Justiça. Os advogados de Sperry e Pezzuol afirmam que todas as suas ações foram feitas dentro da política da empresa. Já a Taurus alega desconhecimento das ações dos seus funcionários e que, ao saber do real destino das armas, teria sustado a venda.
Governo negocia com militares mudanças em regras de pensões
Edna Simão E Fabio Graner
O governo negocia com os militares mudanças nas regras de concessão de pensões para incluir no texto da reforma da Previdência, que atingirá trabalhadores do setor público e servidores públicos. Por enquanto, segundo fonte ouvida pelo Valor, não há decisão tomada sobre se os militares entrarão ou não na reforma.
No governo, no entanto, a avaliação é que alguma alteração nas regras será necessária. O sistema de benefícios a filhas de militares, que hoje permite que até adultas recebam, é um dos principais candidatos a sofrer mudanças. Ao falar sobre a reforma ontem, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, admitiu a possibilidade de incluir uma desvinculação de alguns benefícios do salário mínimo, mas não os previdenciários.
Em reunião realizada no Palácio do Planalto, técnicos do governo apresentaram aos militares um diagnóstico sobre a situação do sistema previdenciário e a necessidade de ajustes nos critérios de concessão de aposentadorias e pensões.
Por outro lado, os militares defenderam o tratamento diferenciado de aposentadoria. Eles explicaram que os militares em "reserva" não recebem propriamente uma aposentadoria. Isso porque, podem ser convocados a qualquer momento pelo governo como aconteceu recentemente para ajudar na segurança dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Para os militares, não é possível discutir as novas regras de aposentadoria para a categoria sem tratar dos planos de carreira, que, segundo eles, é diferenciada. Como não têm direito a greve e não podem se sindicalizar, os militares, na avaliação de seus representantes, ficaram muito tempo sem reajustes, o que provocou um descasamento em relação a outras categorias.
Padilha foi questionado sobre se os militares também serão incluídos na reforma da Previdência. Sem dar uma resposta direta, o ministro disse que os militares têm atualmente um regime próprio previsto na Constituição Federal. "Olhem a Constituição, que ela fala em servidor público e militar."
O ministro da Casa Civil não considera uma injustiça haver um regime diferenciado. "Acho que temos que fazer com que se caminhe para regras gerais, mas que mantenha o militar na condição de militar. Ele fica na ativa, depois vai para a reserva e continua à disposição do Estado. É diferente. Eles, militares, já disseram que querem se encaminhar para as regras gerais também, em que pese sejam diferentes."
Em 2015, o déficit previdenciário dos servidores, incluindo militares, somou R$ 72,5 bilhões, aumento de 8,37% sobre 2014. Sem mudanças nas regras de concessão de benefícios, a trajetória é de continuidade dessa ampliação. Do resultado negativo de R$ 72,5 bilhões, R$ 35,5 bilhões se referem aos benefícios a civis, R$ 32,5 bilhões a militares e R$ 4,5 bilhões para demais.
Os números constam de relatório do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social, finalizado em maio. A União atende 945.262 aposentados e pensionistas, sendo 299.044 militares. Se as discussões em relação ao militares ainda estão em andamento, já há um relativo consenso em torno da necessidade de se modificar as regras de aposentadoria dos servidores civis, alinhando-as com as que forem definidas para os trabalhadores da iniciativa privada.
Pelo cronograma do governo, o grupo técnico deve concluir "possivelmente" nesta semana o texto da proposta de reforma da Previdência. Na terça-feira, o ministro Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, disse que a versão final do texto será encaminhada hoje ao presidente Michel Temer.
Segundo Padilha, antes de a matéria ser encaminhada ao Congresso, Temer quer passar um pente-fino no texto. O desejo do presidente era enviar a proposta à Camara em setembro, mas acabou cedendo às pressões e deixou para depois das eleições municipais. A ideia é encaminhar a proposta à Câmara em outubro, mas há a possibilidade ir só depois do segundo turno das eleições. (Colaborou Andrea Jubé, de Brasília).
Mudanças trouxeram mais segurança após acidente da Gol
O acidente entre um boeing da companhia aérea Gol e um jato Legacy, ocorrido no dia 29 de setembro de 2006, provocou mudanças em procedimentos de segurança na aviação civil do Brasil. Segundo o major-aviador Carlos Henrique Baldin, a tragédia, que resultou na morte de 154 pessoas, trouxe muito aprendizado e possibilitou o crescimento da aviação, reduzindo os riscos de novos acidentes parecidos.
"O risco de colisão está muito menor, hoje as chances são mínimas. Na época, elas já eram reduzidas, mas teve uma sequência de encadeamento de falhas que resultaram no acidente. Mas, hoje, eu diria que elas são bem menores do que na época em que ocorreu o acidente", diz o porta-voz e investigador do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Na investigação do acidente feita pelo Cenipa foi identificado que havia uma dificuldade de comunicação na área em que o Legacy e o boeing estavam voando. "Naquela área de selva existem vários fatores que dificultam a comunicação, então houve a necessidade de equipamentos mais modernos, com alcance e potência maiores", diz o major Baldin. Depois do acidente, o sistema operacional que é utilizado pelos controladores foi atualizado, para emitir sinais que alertem quando algo não está de acordo com o esperado.
Além disso, as rotas de navegação aérea foram revistas. "Hoje, elas permitem um fluxo maior da aviação, mas também reduzem a possibilidade de erro ou confusão, como foi o caso do nível incorreto das aeronaves", diz o major. No momento do acidente entre o boeing da Gol e o jato Legacy, as duas aeronaves estavam na mesma altitude, porque o Legacy não seguiu uma recomendação de descer para 36 mil pés naquele trecho.
Outra mudança foi o aumento do efetivo de controladores de tráfego aéreo no País, que passou de 2.824 para 4.230 nos últimos dez anos. A formação e o treinamento desses profissionais também foram reforçados, especialmente em função do novo sistema operacional que está sendo utilizado. Hoje, há um simulador em São José dos Campos para que os controladores possam treinar e identificar falhas.
O acidente ocorreu quando o Boeing 737-800 da Gol foi atingido em pleno voo por um jato Legacy. A ponta da asa esquerda do jato Legacy colidiu com o boeing da Gol, provocando a desestabilização e a queda do avião em uma área de floresta. Segundo as investigações, os pilotos do Legacy desligaram o transponder, que é um aparelho obrigatório que informa a posição e altitude das aeronaves aos controladores de voo, e o TCAS, que informa ao piloto a existência de outros aviões nas proximidades.
Causas do acidente
A investigação do Cenipa sobre o acidente ocorrido em 2006 mostrou que entre os fatores que contribuíram para o choque entre as duas aeronaves está a falta de experiência dos pilotos do Legacy, Joseph Lepore e Jean Paul Paladino, para operar o equipamento. "Os pilotos tinham pouca experiência na aeronave, eles tinham feito curso inicial de adaptação e ambientação, foram considerados aptos, mas tinham pouco tempo de vivência operando aquele equipamento", explica o major Baldin.
Ele também aponta a falta de planejamento do voo, que fez com que os pilotos não atentassem para a necessidade de mudança de altitude naquela rota. Houve também uma falha no relacionamento e na divisão de tarefas entre os pilotos. "Em boa parte do voo percebeu-se que eles estavam mais focados em conhecer o funcionamento da aeronave e isso pode ter contribuído para que não tivessem percebido a questão do transponder ou a necessidade de troca de nível".
Os pilotos norte-americanos foram condenados a reclusão de três anos, um mês e dez dias em regime aberto, mas ainda não foram notificados da sentença.
Militares são contra, mas governo quer incluí-los na reforma da Previdência
Blog Do Vicente (vicente Nunes)
O Palácio do Planalto sabe que não será fácil, que a resistência será grande, mas está disposto a incluir, mesmo que de forma restrita, os militares na reforma da Previdência. Na avaliação de auxiliares do presidente Michel Temer, não há como mexer com as regras de todos os trabalhadores e deixar de fora dos militares, ainda que todos reconheçam o caráter diferencial da categoria.
Técnicos do governo já se reuniram com representantes de militares por diversas vezes, e sempre o discurso foi mesmo do lado da caserna: não há porque mexer no sistema atual de aposentadorias e de pensões. O governo, porém, diz que, do jeito que está, o sistema é insustentável, com deficit anual superior a R$ 32 bilhões, rombo bancado, integralmente, pelo Tesouro Nacional.
A meta do governo é fazer alguma alteração na concessão dos benefícios, como, por exemplo, atrasar em cinco anos a ida dos militares para a reserva, de 30 para 35 anos. Também há disposição do governo em mexer nos benefícios concedidos às filhas de militares. As regras para que elas recebam pensões mesmo depois de adultas ficaram bem restritas desde 2001. Mas há brechas que o governo quer fechar.
É possível que projeto de reforma da Previdência que o governo quer enviar ao Congresso pouco depois das eleições municipais seja apresentado entre hoje e amanhã a Temer.
Confederação não repassa prêmio a medalhista olímpico no taekwondo
Paulo Roberto Conde
O medalhista olímpico Maicon Andrade, 23, bronze no taekwondo nos Jogos do Rio, em agosto, afirmou que ainda não recebeu da CBTkd (Confederação Brasileira de Taekwondo) uma bonificação de R$ 12.500 pelo pódio, à qual tem direito e havia sido definida previamente.
O mineiro, terceiro colocado na categoria acima de 80 kg, disse que, apesar do baixo valor, conta com o dinheiro. A láurea obtida por ele foi somente a segunda do Brasil na história olímpica da modalidade: em Pequim-2008, Natália Falavigna também havia conquistado o bronze.
"Isso está me atrapalhando. É um dinheiro de que estou precisando no momento. Mas a confederação não explicada nada, não fala nada", disse o medalhista à Folha.
A Olimpíada carioca terminou no dia 21 de agosto.
A premiação que deveria ser repassada ao atleta pela CBTkd advinha do acordo de patrocínio com a Petrobras, que vigora desde 2011.
A estatal assegurou que já fez à entidade o pagamento referente ao pódio de Maicon –citou, inclusive, que também já fez o depósito de R$ 50 mil à Confederação Brasileira de Boxe pelo ouro inédito de Robson Conceição.
Caberia à confederação, simplesmente, repassá-la.
"Conforme definido contratualmente e assim como já havia ocorrido nos Jogos Pan-Americanos de Toronto (2015), a Petrobras pagou uma premiação, diferenciada por tipo de medalha, para as confederações patrocinadas que obtiveram êxito nos Jogos Rio 2016", afirmou a Petrobras, em comunicado.
A única exceção, disse a empresa, foi o judô, cujo contrato tem formato diferente.
Maicon comentou que tentou entrar em contato com a CBTkd para saber de seu "bicho", mas foi ignorado.
"A premiação, que já tinha de ter sido feita, ainda não recebi. Depois dos Jogos Olímpicos, eles [confederação] continuam nem aí. A comunicação entre atleta e eles é nenhuma. Já liguei para lá e não me respondem", disse.
O lutador faz jus à sua denominação. Durante o ciclo olímpico dos Jogos do Rio-2016, chegou a trabalhar como garçom em buffet infantil e pedreiro para se sustentar enquanto batalhava para continuar no esporte.
Ele recebe Bolsa Atleta e defende a Aeronáutica, mas não tem patrocinadores pessoais. O dinheiro da premiação seria um alívio para ele ajudar os oito irmãos –ele é o caçula– e a mãe, Vitória, que vivem em Minas Gerais.
Em março, a Folha publicou reportagem na qual contava a promessa de confederações esportivas de premiar os atletas que chegassem ao pódio na Olimpíada do Rio.
O diretor-técnico da CBTkd, José Alexandre Lima, afirmou então que "todos os atletas que conquistarem medalhas serão premiados", mas disse que "os critérios da divisão ainda não estão em análise pela CBTkd".
A entidade não havia concedido bonificações a atletas em outros Jogos Olímpicos.
O presidente da confederação, Carlos Fernandes, foi afastado de seu cargo em agosto depois que a Polícia Federal deflagrou operação contra quadrilha suspeita de fraudes em licitações e desvios de recursos repassados pelo Ministério do Esporte.
Ele estaria envolvido no esquema. A CBTkd afirmou que as respectivas acusações são infundadas e que colabora com as investigações da PF.
Procurada, a assessoria de imprensa da entidade não respondeu às questões feitas pela Folha até a conclusão desta edição.
Aeronáutica expulsa controladores por motim no "caos aéreo"
Dez anos após acidente com Boeing da Gol, que matou 154 pessoas na Amazônia, Aeronáutica, pilotos e controladores de voo falam em uma aviação mais segura, mas ainda com gargalos
Wálter Nunes E Fabrício Lobel São Paulo
A Aeronáutica expulsou sete controladores de voo pela participação em um motim, em 2007, durante o "caos aéreo" no país, quando a categoria promoveu uma operação-padrão que resultou em atrasos, cancelamentos de voos e imensas filas nos aeroportos. A decisão sobre a expulsão foi publicada no "Diário Oficial" da União no último dia 19 de setembro. Esta quinta-feira (29) marca os dez anos do acidente do Boeing 737 da Gol que matou de 154 pessoas e deu início a um dos períodos mais conturbados da aviação brasileira.
Os controladores de voo de Curitiba haviam sido condenados em 2010 por terem se recusado a trabalhar no dia 30 de março de 2007, quando cruzaram os braços para sinalizar falhas do sistema aéreo nacional e exaustivas jornadas de trabalho.
A pena foi convertida a regime aberto, e a expulsão da Aeronáutica era, na ocasião, uma apenas um acessório na condenação. O caso foi classificado como motim pela Aeronáutica, e a acusação foi aceita pela Justiça Militar e pelo Supremo Tribunal Federal.
Entre os condenados de Curitiba, está Dinarte Bichels que, segundo sua defesa, estava prestes a se aposentar e entrar para a reserva. Há um mês, Bichels ainda trabalhava como controlador de voo em Curitiba, sob a patente de primeiro-sargento. Ele estava havia cerca de 30 anos na Força Aérea.
Para Gustavo Bitencourt, advogado de Bichels, durante a manifestação dos controladores havia a promessa do governo federal de que a categoria não seria punida. A promessa, segundo ele, não foi cumprida. "Não houve violência, não houve insubordinação. Houve um movimento por melhoras do sistema aéreo", conta. "Os controladores estavam sem condições de trabalho. Quatro deles tinham laudos psicológicos que falavam que estavam abalados", conta.
O advogado disse ainda que seu cliente não teve nenhuma participação no movimento e esteve durante 15 minutos no centro de controle aéreo de Curitiba para acompanhar o comandante local. A Aeronáutica diz que o afastamento dos controladores se justifica, uma vez que foram condenados por motim, um crime militar. Um recurso chegou a ser analisado pelo STF, mas foi negado, mantendo a condenação.
HISTÓRICO
Desde o acidente da Gol em setembro de 2006, os controladores passara a ter seus procedimentos investigados. Em resposta, parte da categoria (a maioria militares) denunciou que trabalhava com softwares e aparelhos defasados. Outra reclamação era a de que a carga horária era exaustiva e não compatível com a responsabilidade com o cargo.
Os controladores adotaram, então, a operação-padrão, o que causou atrasos, cancelamentos de voos e o aumento dos custos das companhias aéreas. Imensas filas nos aeroportos se formavam quase que diariamente.
A crise se agravou até que, no dia 30 de março, os controladores divulgaram um manifesto à imprensa e ao governo federal. Nele, criticaram a infraestrutura do sistema de controle aéreo e a rigidez da hierarquia militar. "Não confiamos nos nossos equipamentos e não confiamos nos nossos comandos", dizia o manifesto. Os controladores pediam a desmilitarização do setor e a melhoria da estrutura de trabalho.
Naquela noite, os controladores de voo de Manaus, Brasília e Curitiba cruzaram os braços pedindo melhores condições de trabalho. Os centros de controle destas três cidades são responsáveis pelo espaço aéreo de praticamente todo o país, com exceção do Nordeste. Com isso, quase todos os voos daquela noite foram suspensos no Brasil.
O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva interveio e negociou com os controladores. A negociação causou mal estar entre o governo federal e a Aeronáutica que chegou a anunciar que abriria mão do controle do espaço aéreo civil no país. Com promessas de melhoras, os controladores voltaram à atividade. Mesmo assim, um processo na Justiça Militar foi instaurado contra os que se amotinaram nas três cidades.
No caso de Curitiba, os controladores cumprirão a pena em liberdade, mas como consequência da condenação, foram expulsos da Aeronáutica. O processo ainda seguem em Manaus e Brasília.
MUDANÇAS
A promessa de desmilitarização do setor não ocorreu. Parte dos controladores criticou que o regime militar (que obriga a disponibilidade permanente ao trabalho), não é compatível com a atuação de controlador de voo, que exigiria descansos regrados.
Neste mês, o novo comandante da Força anunciou que quer criar uma estatal de caráter civil e militar para o controle do espaço aéreo brasileiro. A ideia é que a empresa possa ter orçamento próprio. Atualmente, grande parte do que é recebido pela Aeronáutica pela prestação do serviço de controle aéreo é contingenciado pelo governo federal.
Aeronáutica é responsável por coordenar e manter a estrutura de controle aéreo que tem 4.230 controladores (80% militares). Há dez anos, eram 2.824 controladores. O aumento ocorreu graças ao treinamento de mais militares para a função e a realização de concurso público de civis. Hoje, um controlador militar entra na categoria ganhando R$ 3.267,00. Em conversa a Folha, o comandante de um dos centros de controle do espaço aéreo do país admitiu que "não consegue pagar para seus controladores o salário que gostaria de pagar". Segundo ele, para que isso acontecesse, o orçamento da Força teria que ser maior.
O pleito de melhoras na infra-estrutura melhoraram desde o motim, embora o setor ainda apresente gargalos.
Ministro da Defesa quer excluir militares de reforma da Previdência
Marina Dias De Brasília
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, defendeu nesta quinta-feira (29) que os militares fiquem de fora da reforma da Previdência elaborada pelo governo.
Ele diz que a categoria possui "singularidades" como uma "cláusula" que, além de trabalhar e servir, engloba "morrer pelo país" e, por isso, precisa de um sistema especial.
"Em qualquer país do mundo, as Forças Armadas são um encargo da União. Os militares têm o mesmo contrato [dos servidores/trabalhadores], de trabalhar e servir, com uma cláusula, que é de morrer pelo país", disse o ministro no Palácio do Planalto.
"O militar não faz greve, não tem hora extra, não se sindicaliza, não pode ter outro emprego, trabalha às vezes 12h, 14h, 16h por dia, expõe a vida. Não é privilégio, é reconhecimento da singularidade", afirmou.
Após reunião com o presidente Michel Temer para tratar do novo plano de estratégia de defesa do país, o ministro disse que os militares vão contribuir com a reforma da Previdência, que é "dura" e "urgente", mas que as Forças Armadas precisam ser tratadas separadamente, como prevê a Constituição de 1988.
"Em benefício do Brasil e da Defesa, acredito que elas estejam separadas. Não quer dizer que a Defesa e as Forças Armadas não possam contribuir [com a reforma]", disse o ministro.
Apesar disso, Jungmann ponderou que a decisão é de Temer e que os militares vão seguir o que ficar estabelecido pelo presidente. A reforma deve realmente deixar os militares de fora.
"Entendo que as Forças Armadas de fato têm um sistema de proteção social, não têm previdência. Entendo que a Constituição trabalha com duas categorias, o servidor e o militar, e a separação é algo que a Constituinte de 88 já fixou", declarou o ministro.
Durante a reunião com Temer, Jungmann apresentou as atualizações do plano nacional de estratégia de defesa do país, que precisa ser atualizado a cada quatro anos. O último, de 2012, ainda era da gestão petista.
O ministro afirmou ainda que o presidente aprovou as modificações, entre elas a inclusão de um "posicionamento político na área da defesa", e que na próxima semana o plano será enviado ao Congresso.
Questionado sobre o que seria esse posicionamento político, Jungmann se limitou a dizer que a Defesa seguirá "parâmetros" de "democracia" e "transparência".
DECISION REPORT
Hospital das Forças Armadas melhora processos com TI
No Brasil, o Hospital das Forças Armadas (HFA) assiste mais de 500 mil pessoas anualmente, incluindo oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica e a Presidência da República. Localizado em Brasília (DF), o Hospital tem como objetivo propiciar um atendimento mais humanizado, com vistas a ampliar o número de atendimentos e, com isso, procurar incentivar seus potenciais usuários a optarem por realizar os procedimentos de saúde no HFA em vez de procurar a Rede Particular. Para tanto, a instituição vem investindo em soluções de tecnologia que garantam mais agilidade e precisão aos atendimentos.
Melhorias necessárias, desde a entrada do paciente até sua alta médica, implicaram na implantação de um intenso processo de humanização do atendimento hospitalar, além de um novo sistema de tecnologia de armazenamento de dados que atendesse às necessidades dessa nova fase da instituição.
A principal mudança acontecerá com a instalação do software de gestão Hospitalar Soul MV, adquirido pela instituição e que vai gerenciar todo o Hospital, desde a área médica até contas e controle de estoque. Atualmente, em fase de instalação, a aquisição foi o principal fator motivador para a procura de uma nova solução de armazenamento de dados.
“Temos grandes expectativas para os próximos meses porque o software de gestão vai abarcar todos os sistemas do HFA e, por isso, vai exigir uma capacidade muito grande de processamento”, afirma o Major Lauria, gestor de TI do Hospital das Forças Armadas. “Essa é uma estratégia que vai influenciar a rotina do Hospital inteiro. À medida que atendemos mais pacientes, melhoramos a nossa receita e aprimoramos a nossa capacidade de atendimento aos usuários, além de destinarmos mais investimentos para a área de pesquisa, um dos pilares da entidade”, acrescenta.
Armazenamento
O principal desafio para o HFA era a avaliação e utilização de um grande volume de dados simultaneamente. Atualmente, a organização tem mais de 1.500 usuários cadastrados para a utilização do sistema que realizam cerca de 500 acessos simultâneos diariamente, em três turnos de trabalho. Com a expectativa de aumento significativo do número de acessos, principalmente na busca de imagens e prontuários eletrônicos, o storage anterior não suportaria adequadamente a demanda.
O sistema de armazenamento de dados do Hospital é dedicado quase totalmente ao arquivamento de imagens de exames realizados nos pacientes. Embora o provedor anterior atendesse satisfatoriamente às demandas da instituição, a expectativa de crescimento da demanda pedia uma solução capaz de dar não só um suporte maior e de mais qualidade na entrega de informações, mas possibilitar futuras melhorias na qualidade do atendimento do HFA.
“O HFA precisa manter sempre o mais alto nível de qualidade em seus serviços, isso porque presta assistência hospitalar à Presidente da República, ao Corpo Diplomático, Ministros, funcionários do Congresso, além de militares das três Forças e seus familiares”, explica o Major Lauria.
A instituição tinha a opção de contratar a solução do fornecedor anterior, que também oferecia a possibilidade de armazenamento em SSD. Entretanto, a solução da Pure Storage foi a que melhor atendeu a demanda de performance do Hospital, com disponibilidade 24/7, e proporcionou uma maior facilidade no gerenciamento.
Velocidade e segurança
Segundo o Major, o benefício mais notório e importante da solução foi a agilidade no processamento de dados. Desde a implantação de dois FlashArrays, cada um com 5 teras de armazenamento, a velocidade do sistema aumentou em três vezes e a expectativa é que chegue a nove. A mudança também melhorou a comunicação da área técnica com a de negócios, proporcionando uma melhor performance nos sistemas estruturantes do Hospital.
O espaço dedicado para o armazenamento já diminuiu em 4 vezes, com perspectiva de cair para nove quando o sistema estiver funcionando plenamente. Há ainda uma forte expectativa de diminuição considerável do uso de energia elétrica com a utilização da solução. O HFA segue orientações do programa Esplanada Sustentável, do Governo Federal, para reduzir uso e custos de eletricidade.
“Percebemos melhora na flexibilidade na fase de implantação e não registramos nenhum problema de comunicação com o storage antigo”, avalia o Major Lauria. Em relação à segurança, com taxa de chamada zero desde a implantação, o HFA diz estar bastante tranquilo. “A sensação de segurança é bem maior do que com a solução anterior”, completa.
CORREIO DE CORUMBA (MS)
Marinha e Exército realizam simultaneamente Exercícios Militares na Fronteira Sul do Estado
A Marinha do Brasil e o Exército Brasileiro, por intermédio do Comando do 6º Distrito Naval e da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira realizarão Operações simultâneas e complementares, entre os dias 5 e 21 de outubro de 2016, na região compreendida entre as cidades de Ladário, Corumbá e Porto Murtinho.
A "Operação Fronteira Sul", de cunho naval e de amplo espectro, executará todas as atividades operativas inerentes às tarefas do 6º Distrito Naval, as quais tratarão de adestramentos em Operação Ribeirinha; Trânsito com oposição de superfície e aérea; Tiro real de superfície; Defesa contra Ameaças Assimétricas; Operações de Patrulha Naval; Ações de Inspeção Naval e de Assistência Hospitalar; Levantamento Hidrográfico; e Apoio Logístico Móvel.
Para isso, as atividades navais contarão com a participação de dez Navios; quatro Aeronaves, sendo uma Aeronave Super Tucano A-29 da Força Aérea Brasileira, uma aeronave Esquilo HA-1 do 3º Batalhão de Aviação do Exército e dois Esquilos UH-12 do 4º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral; lanchas e viaturas responsáveis pela Segurança da Navegação; cinco embarcações do Exército Brasileiro (EB), totalizando assim o envolvimento de 860 militares.
Quanto à segurança da navegação, além do envolvimento da Capitania Fluvial do Pantanal, o Aviso Hidrográfico Fluvial "Caravelas" realizará atualização hidrográfica em 330 km na calha do Rio Paraguai, empregando equipamento de tecnologia de ponta denominado ecobatímetro multifeixe.
No contexto terrestre, a "Operação Ricardo Franco" será executada pelo Comando da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira (18ª Bda Inf Fron), que conduzirá o adestramento avançado das suas Unidades subordinadas em um ambiente de amplo espectro dos conflitos, no qual serão efetivadas: Operações Ofensivas, Operações Defensivas, Operações de Pacificação, Operações de Apoio a órgãos governamentais, dentre outras. Serão empregadas tropas do 17º B Fron (Corumbá), do 47º BI (Coxim), da 2ª Cia Fron (Porto Murtinho) e da 3ª Cia Fron/FC (Coimbra), além de helicópteros de manobra e de reconhecimento e ataque do 3o Batalhão de Aviação do Exército (Campo Grande). A Companhia de Comando da 18ª Bda Inf Fron e a 18ª Companhia de Comunicações de Fronteira apoiarão o Comando da Brigada.
A Força Terrestre contará com o envolvimento de 1.250 militares.
A cidade de Porto Murtinho, o ponto central da Operação, concentrará o maior número de militares e de meios operativos da Marinha e do Exército, onde será executada a Operação Ribeirinha Conjunta, em uma área localizada a 40 km daquele município.
As ações de Assistência Hospitalar, como atendimento médico e odontológico, serão realizadas nos períodos de 8 a 10 e 15 a 17 de outubro, também naquela cidade.
Em suma, a realização das Operações "Fronteira Sul" e "Ricardo Franco", contará com relevante sinergia entre as Forças, sendo mais uma oportunidade para o Comando do 6º Distrito Naval e a 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira consolidar a interoperabilidade entre os militares subordinados, adestrar suas tropas, preparar seus meios e realizar ação de presença da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro na região, exercendo diuturnamente a sua capacidade de proteger as nossas riquezas e garantir os interesses da Nossa Gente.
VISITAÇÃO PÚBLICA E APRESENTAÇÃO MUSICAL
Os Navios envolvidos na Operação estarão abertos à visitação da população nos dias 8, 9, 15 e 16 de outubro, no período de 13h às 18h, na cidade de Porto Murtinho.
A Banda de Música do Comando do 6° Distrito Naval realizará apresentação no dia 8, às 20h, no Teatro de Arena "Astério da Conceição", e no dia 15 de outubro, às 19h, na Praça de Eventos "José Barbosa de Souza Coelho".
COLETIVA DE IMPRENSA
No dia 04 de outubro, às 10h, será realizada uma coletiva de imprensa, com as participações dos Comandantes do 6º Distrito Naval e da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira, a bordo do Navio de Transporte Fluvial "Almirante Leverger", atracado no Complexo Naval de Ladário.
No dia 10 de outubro, às 10h, outra entrevista coletiva será realizada, a bordo do Navio de Transporte Fluvial "Paraguassu", que estará atracado na cidade de Porto Murtinho.
A participação da imprensa será coordenada pela Assessoria de Comunicação do Comando do 6º Distrito Naval.
A participação da imprensa será coordenada pela Assessoria de Comunicação do Comando do 6º Distrito Naval.
JORNAL CENÁRIO MT
Dez anos depois, “veteranos” lembram operação de resgate na fazenda Jarinã
Sexta-feira, 29 de setembro de 2006. Era um final de tarde quente e de pouco movimento quando o telefone tocou no comando da Polícia Militar em Peixoto de Azevedo (692 km de Cuiabá).
Do outro lado da linha, atônitos funcionários de uma propriedade rural diziam ter testemunhado a queda de uma aeronave de grande porte, em uma região de mata fechada do município.
Meia hora antes, o major da PM, Márcio Thadeu da Silva Firme, comandante do policiamento do município, já havia recebido um alerta da Aeronáutica: um avião de passageiros desaparecera ao cruzar a região norte de Mato Grosso.
“Quando nos chegou aquele relato, de um avião caindo em parafuso, tivemos praticamente a certeza de que se tratava da aeronave desaparecida”, relembra Freire, que hoje é coronel e responde pelo 13º Comando Regional da PM em Água Boa.
Naquele mesmo dia, por volta das 19h, a imprensa local começava a buscar o 4º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar em Sinop para obter informações sobre um “possível acidente” com um Boeing da companhia aérea Gol.
“Começaram a ligar, perguntando se tínhamos informações sobre um acidente aéreo em uma reserva indígena. Mas não sabíamos de nada”, conta o coronel Átila Wanderley da Silva, que comandava o batalhão à época.
Anoitecia em Cuiabá quando o então perito de laboratório da Polítec, Reginaldo Rossi do Carmo, recebeu uma ligação da chefia. Especialista em análise de DNA, ele foi informado a respeito da situação e orientado a se preparar.
“O que me foi dito é que a situação era muito séria e que poderíamos ser acionados a qualquer hora”, diz.
Já passava das 22h quando o delegado Luciano Inácio da Silva, titular da antiga Gerência de Repressão a Sequestro e Investigações Especiais (hoje, GCCO), recebeu a notícia de que teria que se deslocar para a região de Peixoto de Azevedo para acompanhar e conduzir as investigações sobre o caso.
“Eu não tinha conhecimento específico a respeito de aviação. Nossa unidade foi a escolhida por que tinha mais recursos, tempo e disponibilidade para se dedicar a uma investigação que tinha tudo para ser complexa”.
O delegado não exagerava.
Fazenda Jarinã
Na manhã seguinte, as buscas pela aeronave continuavam, mas já se sabia a causa do desaparecimento: um improvável choque, em pleno ar, entre um Boeing 737-800 da Gol, que fazia a linha Manaus-Rio de Janeiro com 154 pessoas a bordo, e um jato Embraer Legacy, que era conduzido até os Estados Unidos por uma tripulação à serviço da empresa americana ExcelAire.
A aeronave menor, mesmo com avarias na asa e no leme traseiro, conseguiu concluir com sucesso um pouso de emergência na pista do Campo de Provas Brigadeiro Velloso, a base da aeronáutica localizada na Serra do Cachimbo, no sul do Pará. A aeronave maior desapareceu dos radares.
A Aeronáutica e o Exército, que lideravam os esforços de localização de sinais do Boeing, definiram como base das operações de busca e resgate a fazenda Jarinã, vizinha à Área Indígena Capoto/Jarina e localizada a cerca de 230 quilômetros da sede do município de Peixoto de Azevedo.
Os primeiro destroços começaram a ser identificados por volta das 9h, em uma área de mata fechada distante cerca de 40 quilômetros da fazenda. Naquele momento, atendendo a um pedido de apoio da Aeronáutica, profissionais das forças de segurança de Mato Grosso já estavam a caminho do ponto base. E se preparavam para o que seria o maior desafio de suas carreiras.
“Durante a viagem à Jarinã, eu não tinha noção do que iria encontrar. Eu fui pensando sobre como proceder e sabia que tinha uma missão, como perito: fazer a coleta dos corpos que necessitariam de identificação por meio do DNA”, lembra Reginaldo Rossi, que hoje é Diretor Geral da Politec.
A esperança de encontrar sobreviventes, conta o delegado Luciano Inácio, já havia se desfeito antes mesmo dos primeiros destroços serem localizados. Responsável pelo primeiro inquérito aberto para a apuração do caso, ele ouviu relatos desanimadores das testemunhas. “Pela forma como se deu a queda, não havia a menor chance de alguém ter sobrevivido”, relata.
Na fazenda, uma grande base de operações era estruturada em tempo recorde. Centenas de profissionais, de forças de segurança estaduais e federais, se dividiam em tarefas para permitir a maior eficiência no resgate, identificação e envio dos corpos para o Instituto Médico Legal de Brasília (DF), onde era feita a liberação para os familiares.
O resgate dos corpos no local da queda ficou a cargo da Aeronáutica. Em especial, dos militares do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento, unidade de elite conhecida como PARA-SAR.
Era na Jarinã que os profissionais das forças de Segurança Pública de Mato Grosso atuavam diretamente. O Corpo de Bombeiros, por exemplo, dava apoio principalmente ao trabalho de pré-identificação das vítimas, catalogando “pistas” que pudessem facilitar o reconhecimento.
“Nossa missão era auxiliar os necropapiloscopistas. Recebíamos todos os corpos que chegavam da selva e transportávamos até um caminhão câmara fria. Chegavam até 20 por dia. Depois era feita a retirada de um por um para verificar pertences, como relógios, anéis, pulseiras, documentos ou características, como tatuagens. Tudo era catalogado e embalado”, diz o 3º Sargento Marcos Aurélio Vieira da Silva.
Se não havia a possibilidade de encontrar sobreviventes, o objetivo de todos passou a ser a identificação de todas as 154 vítimas, como forma de amenizar o sofrimento dos familiares.
“O primordial naquele momento era que ninguém ficasse na mata, naquele local ermo. Trazer todos para casa, para que os familiares pudessem, no mínimo, dar um enterro digno, uma despedida, a um ente querido”, relata.
Um trabalho que exigia organização e conhecimento técnico, mas também a capacidade de lidar com os próprios sentimentos. A chegada do corpo de um bebê, por exemplo, ficou gravada na memória do cabo BM Avalone Santos da Silva, que atuou em sua pré-identificação.
“Estava praticamente intacto. Nestes momentos, a gente sentia a energia baixar um pouco, vinha uma tristeza. Era algo muito forte para todos nós. Então procurávamos observar os colegas, ver quem estava sentindo mais a carga emocional da situação e ajudar uns aos outros”, revela.
Legado
As forças de Segurança Pública de Mato Grosso permaneceram no local por 18 dias, tendo contribuído para a identificação, no local, dos corpos de 153 vítimas da tragédia. Um mês depois, o Instituto Médico Legal de Brasília (DF) constatou que outros 11 fragmentos encontrados no local da queda eram do corpo do bancário Marcelo Paixão Lopes, de 29 anos. A missão de resgate estava oficialmente encerrada.
“Foi um empenho muito forte, um trabalho em conjunto muito dedicado e bem feito. Trabalhamos arduamente e apoiamos totalmente as equipes da Aeronáutica e do Exército. Desgastante, difícil, mas pudemos ser úteis de alguma forma”, avalia o Tenente Coronel BM Ricardo Antônio Bezerra Costa.
Para o diretor geral da Politec, Reginaldo Rossi, a experiência vivida naqueles dias ensinou muito à Segurança Pública de Mato Grosso. “Ficou a lição de que nós, profissionais de segurança, temos que estar organizados e capacitados para, quando ocorrer um evento de grande porte como este, nós podermos dar a resposta mais eficiente possível”, afirma.
A investigação aberta pelo delegado Luciano Inácio acabou interrompida por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que remeteu a competência do caso para a Justiça Federal. O relatório do inquérito da PCJ, concluído e entregue ao Ministério Público Federal apontou que o acidente foi causado por uma “soma de fatores”.
“(…) O acidente ocorreu em razão de erros na orientação do vôo, perda da comunicação entre o CENTRO BRASÍLIA e o LEGACY, bem como pela inoperância do TRANSPONDER e a falência do T.C.A.S.- TRAFIC COLISION AVOIDANCE SYSTEM. A conclusão é que a soma desses fatores deu causa ao acidente”, afirmou o delegado, em um trecho.
Em outubro do ano passado, os pilotos do Legacy, os norte-americanos Joseph Lepore e Jean Paul Paladino foram condenados a pena de três anos, um mês e dez dias, em regime aberto. Eles ainda não foram sequer notificados da sentença.
Dez anos depois, o delegado evita comentar a sentença, mas avalia que o foco da investigação era a identificação das causas da tragédia. “O propósito de uma investigação de acidente aéreo é descobrir o que realmente ocorreu, corrigir possíveis erros e evitar novos eventos da mesma natureza. Isso foi alcançado”.
Mas o episódio não deixou apenas marcas na trajetória profissional dos “moradores” da Jarinã. Ao longo daqueles dias, cada integrante daquela ação conjunta pôde refletir sobre a vida e sua fragilidade. Nos planos interrompidos de cada uma das vítimas, estava uma espécie de sinal de alerta.
“Depois daquela experiência, passei a dar mais valor às pequenas coisas, às conversas, ao convívio com os familiares”, afirma Rossi.
Para o 3º Sargento Marcos Aurélio Vieira da Silva, o resgate demonstrou a importância da solidariedade. “O que ficou para mim é que, até mesmo depois da morte, a gente sempre precisa de alguém”.
TRIBUNAL REGEIONAL ELEITORAL DE RORAIMA
Exército e Aeronáutica fazem transporte das urnas para áreas de difícil acesso
A Justiça Eleitoral roraimense iniciou nesta quarta-feira (28/09), o transporte das urnas eletrônicas para as áreas de difícil acesso. Um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB) saiu de Barcelos, no Amazonas, com destino à região ribeirinha do Baixo Rio Branco, no sul do Estado. No total, 14 urnas foram distribuídas para as vilas Sacaí, Caicumbi, Terra Preta e Cachoeirinha, localizadas no município de Caracaraí, e Santa Maria do Boiaçu, Itaquera e Paraná da Floresta, pertencente à Rorainópolis.
Na manhã de hoje (29/09), o helicóptero da FAB saiu da Base Aérea de Boa Vista para fazer a logística de distribuição das urnas para as comunidades indígenas Bala e Roça, em Pacaraima, Leão de Ouro, no Amajari, e Sikamabiu, reserva indígena Yanomami localizada em Alto Alegre. Foram distribuídas ainda quatro urnas para as comunidades indígenas do Manalai e Serra do Sol, localizadas no município do Uiramutã, no norte do Estado.
Amanhã, 30 de setembro, um helicóptero do exército brasileiro sai de Manaus, no Amazonas, para fazer a logística de distribuição das urnas para as comunidades indígenas do Jatapuzinho, no município de Caroebe, e Aldeia do Rio Anauá, em São Luiz.
Nesta logística, os helicópteros fazem o transporte dos servidores da Justiça Eleitoral e das urnas eletrônicas que serão usadas no dia 2 de outubro nas áreas de difícil acesso. As aeronaves retornarão para Boa Vista na segunda-feira (02/10) trazendo as urnas eletrônicas e os servidores que atenderam essas regiões.
“Esse ano o exército e a aeronáutica estão atuando de forma imprescindível para a distribuição das urnas eletrônicas em áreas de difícil acesso, com competência e compromisso com a cidadania brasileira”, disse o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR), desembargador Mauro Campello.
Toda a equipe do Baixo Rio Branco foi deslocada de Boa Vista até o município de Caracaraí por via terrestre, no dia 25 de setembro. De lá, seguiram por via fluvial até a base de operações na comunidade de Santa Maria do Boiaçú, onde aguardaram a chegada das urnas e materiais dos mesários, conforme planejamento da logística aérea do setor sul.
Da base de operações, todos os técnicos foram deslocados por via aérea até as suas respectivas localidades de trabalho, onde deverão efetuar todos os procedimentos definidos de verificação dos locais e convocação e treinamentos dos mesários.
Transporte terrestre
Nesta quinta-feira, também ocorre a distribuição, por via terrestre, de 673 urnas eletrônicas que serão utilizadas nos municípios do interior do Estado. No total, três veículos fazem a logística de transporte, sendo que um vai para a região sul, que abrange Mucajaí, Caracaraí, São Luiz e Rorainópolis, um se desloca para o norte, que compreende Alto Alegre, Amajari e Pacaraima, e outro vai para a área leste, que atende os municípios do Cantá, Normandia e Bonfim.
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