NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 24/09/2016 / Ajuste da Embraer terá forte impacto local
Ajuste da Embraer terá forte impacto local ...
João José Oliveira ...
A Embraer está fazendo neste trimestre ajustes na produção para cortar custos e atravessar a atual conjuntura de fraca demanda por aviões no mundo, especialmente no segmento de jatos executivos, que preocupam empregados e a cadeia de fornecedores da empresa no Brasil.
Em meio às negociações do dissídio coletivo de trabalho, que tem data base em 1º de setembro e já estão atrasadas, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região aponta que as dificuldades serão crescentes nessa indústria nos próximos meses.
Na primeira semana de agosto, a Embraer abriu um Programa de Demissão Voluntária (PDV), que recebeu a adesão de 1.470 trabalhadores, dos 17 mil que atuam no país - outros dois mil trabalham em unidades e escritórios em outros nove países.
Segundo o sindicato, mais da metade desse universo são de empregados que atuam em São José dos Campos. A prefeitura da cidade tem estudos que apontam que cada demissão na Embraer provoca o corte de onze vagas de trabalho em postos nas áreas de indústria, serviços e comércio do município.
No mesmo dia em que fechou o programa de PDV, a Embraer informou os empregados sobre a decisão de dar férias coletivas para diversas unidades em outubro. No primeiro momento, entram em férias parte das equipes da montagem da Aviação Comercial e da Aviação Executiva, em São José dos Campos, e da Fabricação de Peças, em Botucatu. "Os empregados dos setores envolvidos já foram informados sobre os períodos exatos de pausa. A Embraer estuda estender as férias coletivas para outras áreas da empresa para adequar o ritmo de produção à desaceleração da demanda", informou a empresa.
"A Embraer alega que existe uma crise no setor, mas o problema foi provocado pela própria empresa que transferiu produção do Brasil para o exterior", afirma o diretor do sindicato, André Luis Gonçalves. "Ainda não temos informações de ondas de demissões nas fornecedoras da Embraer, mas tem um risco de que isso vai ocorrer", disse.
A entidade cita o caso da Latecoere, empresa filial do grupo francês que fornece pisos de alguns modelos de aeronaves da Embraer, como os jatos comerciais E-170, que já anunciou um PDV e demissões.
Levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) prevê que de janeiro até dezembro deste ano serão fechadas 165 mil vagas no Estado, que se somarão as 235 mil fechadas no ano passado.
O sindicato dos metalúrgicos alega que a adesão ao programa de demissão voluntária na Embraer foi elevado porque há pressão da companhia que quer racionalizar despesas e atingir a meta de reduzir custos anuais de produção em US$ 200 milhões.
"Isso não estaria acontecendo se a Embraer não estivesse transferindo parte da produção para fora do Brasil", afirma o diretor do sindicato dos metalúrgicos.
Gonçalves cita o exemplo da fabricação dos jatos executivos Phenom, o campeão de vendas nesse segmento da companhia. "A Embraer disse que as pessoas que trabalhavam nos projetos serão absorvidas na produção da nova família dos jatos comerciais [jatos E-2], mas para nós é corte de vagas no país", afirmou.
Nos últimos 15 anos, a Embraer iniciou um plano de negócios para internacionalizar as suas operações. É preciso estar nos mercados em que os clientes estão", disse ao Valor o presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, em entrevista concedida em agosto.
Cerca de 90% da receita da Embraer, de R$ 20,3 bilhões em 2015 são gerados no exterior. A empresa tem hoje unidades industriais nos Estados Unidos e Portugal, onde são fabricadas peças e componentes dos modelos montados depois no Brasil. Havia uma unidade na China, que foi desativada.
Mas esta semana, a companhia inaugurou uma nova unidade americana, para produzir assentos de aeronaves em Titusville, na Flórida, Estados Unidos.
No segmento de aviação executiva, afirma a Embraer, todas as concorrentes da companhia têm presença nos Estados Unidos, país que responde por metade da demanda mundial.
Além disso, alega a companhia, a aviação atravessa uma crise. De 1,2 mil novos jatos executivos vendidos em 2008, o mercado caiu pela metade, para 600 entregas realizadas em 2015.
Tanto que a Embraer revisou as metas de vendas e de receita para 2016, cortando em dez unidades a previsão de vendas de aviões executivos este ano e em 3% a expectativa de receita em dólar, para até US$ 6,4 bilhões.
O vice presidente de pessoas da Embraer, Mauricio Aveiro, afirma que a adesão ao PDV atraiu principalmente profissionais já aposentados que ainda trabalham ou em vias de aposentadoria - o que o sindicato confirma. Ele apontou que essas medidas representam um esforço para atravessar o momento até que a demanda global recupere o fôlego, porque a crise de demanda não é resultado da recessão no Brasil, mas de todo o setor de aviação no mundo.
A americana Textron, fabricante de aviões executivos Cessna e Beechcraft e de helicópteros está cortando mais de 300 empregados nos Estados Unidos. A canadense Bombardier avisou que vai reduzir em sete mil vagas o total de trabalhadores até 2018.
Na área da aviação comercial, a americana Boeing anunciou, no primeiro semestre, plano de eliminar quatro mil vagas em 2016, em um universo de 80 mil empregados. E na segunda-feira, a francesa Airbus admitiu que pode ter de reduzir a força de trabalho a partir de outubro.
Ontem, na Bovespa, as ações da Embraer caíram 0,4%, cotadas a R$ 14,84. No dia do anúncio do PDV, em 8 de agosto, as ações estavam cotadas a R$ 14,92.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
objetivo dos Marines é utilizar o novo veículo a partir de porta-aviões ou até mesmo de navios.
Avião bimotor cai em mata e quatro pessoas morrem em Mato Grosso
Moradores relataram que aeronave fez sobrevoo baixo e ouviram estrondo. Corpos de quatro homens estavam a 90 metros do local da queda.
Denise Soares
Um avião bimotor caiu e matou quatro pessoas na noite desta quinta-feira (22) na zona rural de Campinápolis, a 565 km de Cuiabá. Segundo a Polícia Militar, moradores ligaram para a polícia e relataram que uma aeronave passou sobrevoando baixo algumas propriedades. Logo após esse sobrevoo se ouviu um estrondo na região. Os policiais foram ao local e encontraram os destroços do avião. As identidades das vítimas não foram divulgadas. O caso deve ser investigado.
Um dos corpos, que seria do piloto, foi achado ainda na noite de quinta-feira. De acordo com o comandante da PM de Campinápolis, sargento Ilton Triches, outros três corpos foram encontrados durante a madrugada desta sexta-feira (23). Todas as vítimas seriam do sexo masculino, conforme a PM. A região fica a 20 km de Campinápolis.
“O pessoal disse que escutou um grande estrondo em uma área de mata. Iniciamos as buscas e encontramos os destroços da aeronave em uma área de morros, de difícil acesso. Não sobrou nada [da aeronave]”, afirmou o sargento ao G1.
De acordo com Triches, os corpos estavam a 80 e 90 metros do local onde a aeronave caiu. Um dos motores foi achado próximo da cabine do avião. O outro motor estava a 100 metros do acidente. Na aeronave os policiais encontraram uma pistola calibre 380 e algumas munições.
Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) da cidade de Água Boa, a 736 km de Cuiabá.
Vestibular do ITA tem mais de 100 candidatos por vaga em 2016
São 12,4 mil candidatos na disputa por uma das 110 vagas oferecidas. Vestibular é um dos mais concorridos do país; em 2015, foram 90 por vaga.
O vestibular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com sede em São José dos Campos, terá concorrência de 113 candidatos por vaga neste ano.
Ao todo, o processo seletivo recebeu 12,4 mil inscrições para as 110 vagas nos seis cursos de engenharia oferecidos pelo ITA.
O número de inscrições teve leve retração na comparação com o último ano, quando houve recorde de 12,5 mil candidatos inscritos. Mesmo com um pouco menos de candidatos, a concorrência será maior pela queda na oferta de vagas, 30 a menos do que a última edição.
As inscrições para o vestibular terminaram no dia 15 de setembro. Segundo o ITA, as inscrições de alunos de escolas particulares representam 61% das 12,4 mil - cerca de 7,5 mil. Os alunos de instituições públicas são 39% - 4,9 mil.
As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza são as que concentram a maior parte dos candidatos. São 1,8 mil candidatos da capital paulista, 1,2 mil do Rio e mil da cidade do Ceará. São José dos Campos, sede do ITA, tem 993 inscritos.
O ITA é um dos vestibulares mais concorridos do país na área de engenharia e oferece seis cursos na graduação: Engenharia Aeronáutica; Engenharia Eletrônica; Engenharia Mecânica-Aeronáutica; Engenharia Civil-Aeronáutica; Engenharia de Computação e Engenharia Aeroespacial.
Vagas
Esta é a segunda edição consecutiva com queda na oferta de vagas. Em 2014, a instituição tinha 170 vagas. Em 2015, houve 140 vagas e neste ano, 110. No ano passado, a justificativa foi de que as obras do novo setor do instituto estavam inacabadas.
Sobre a redução deste ano, o ITA informou, por nota, que foi preciso reorganizar o cronograma de vagas por causa do plano de expansão, que ainda não foi concluído.
Projeto que facilita transporte aéreo de órgãos para transplante é premiado
Iniciativa contribuiu com o deslocamento mais ágil de órgãos e tecidos para realização de transplantes no País
O projeto Facilitação e Ampliação do Acesso Gratuito ao Transporte Aéreo de Órgãos, Tecidos e Equipes para Transplantes, da Secretaria de Aviação, foi o terceiro colocado, entre 102 inscritos, no 20º Concurso Inovação na Gestão Pública Federal da Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
O estudo, de autoria do servidor da secretaria Marco Antonio Lopes Porto, descreve todo o esforço de articulação e preparação dos atores aeroportuários envolvidos com objetivo de facilitar, agilizar e priorizar o transporte aéreo de órgãos, tecidos e equipes médicas para cirurgias de transplante.
O trabalho pontua e detalha o trabalho de instituições como companhias aéreas, Infraero, Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas), o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea/Ministério da Defesa), a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e as concessionárias administradoras de aeroportos (Brasília, Viracopos, Guarulhos, Confins e Galeão).
Desde 2011, a Secretaria de Aviação do Ministério dos Transportes coordena um grupo de trabalho dedicado ao assunto. Com o projeto, o servidor buscou melhorar a atividade de articulação e comunicação junto aos atores envolvidos no processo.
Inovação e transplantes
De acordo com Lopes Porto, a inovação do estudo foi a criação de um termo de conduta para indicar como cada ente envolvido no transporte poderia atuar, evitando assim, falhas de comunicação na qualidade do serviço.
Além disso, o projeto propôs e consolidou a presença permanente de uma equipe do Ministério da Saúde no Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA), no Rio de Janeiro, para a coordenação de toda a logística do transporte dos órgãos em tempo real.
“Como Engenheiro de formação, estou muito feliz por ter contribuído com meios eficientes de decisão no salvamento de muitas vidas”, afirma o servidor.
Contribuição crescente
Em 2011, início da operação do grupo de trabalho coordenado pela Secretaria de Aviação, foram utilizados 1.907 voos no transporte de algum tipo de material biológico ou equipe médica para transplante no Brasil.
Em 2013 foram 6.064 voos, mais que o triplo. Em 2014, 5.061 voos transportaram órgãos e equipes de saúde. Neste período, foi registrada queda no número de voos pela otimização do uso da malha aérea e do fluxo de distribuição.
Ou seja, a rede transportou mais itens com menos voos, resultado de processos logísticos mais apurados. Até outubro deste ano, já foram contabilizados 3.317 voos.
Apesar da queda no número de voos realizados entre 2013 e 2014, o volume transportado aumentou 18%, com 7.993 itens em 2014. Entre os órgãos e tecidos que registraram maior ampliação no mesmo período, estão válvulas cardíacas (55,3%) e rins (49,8%). Em 2015, foram 5.625 itens transportados até outubro.
O doador falecido é um paciente com morte encefálica atestada pelo médico. Para ser doador no Brasil não é preciso deixar nada por escrito, nem registrado em documentos. A decisão é da família e ela deve estar ciente da intenção da pessoa que faleceu em ser doadora de órgãos.
Podem ser doados coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões, além da medula óssea.
Doar órgãos é salvar vidas. Faça sua parte
Neste semestre, chegamos a 1.438 doadores efetivos, o maior número de toda nossa série histórica
O Brasil possui o maior sistema público de transplantes de órgãos e células do mundo: 89% dos procedimentos são feitos no Sistema Único de Saúde (SUS), com assistência integral aos pacientes (dos exames aos tratamentos pós-cirúrgicos). Mas esse sistema ainda pode crescer e salvar mais vidas. Quase metade das famílias brasileiras, 44%, ainda rejeita a doação de órgãos de um parente com diagnóstico de morte cefálica. O Ministério da Saúde tem atuado em campanhas e ações para esclarecer mais a população.
A taxa de recusa nacional se deve, principalmente, a questões culturais ou dificuldade de aceitação da perda de um ente querido. Sabemos da solidariedade da população brasileira – nossos índices de doação estão acima dos da Argentina, Uruguai e Chile – bem como temos convicção de que, com mais informação, os familiares se sentirão mais seguros no momento da decisão.
Por lei, a doação de órgãos no Brasil somente é concedida com autorização expressa dos familiares após confirmação da morte encefálica. Por isso, anualmente, investimos em ações para capacitar as equipes que abordam as famílias, e para esclarecer e estimular a população a conversar com seus familiares sobre o desejo de ser doador. Em alusão ao Dia Nacional da Doação de Órgãos (27/9), lançamos nova campanha de comunicação. Com o slogan “Viver é uma grande conquista. Ajude mais pessoas a serem vencedoras”, aproveitamos o ano olímpico para que atletas transplantados contem a sua história de superação e incentivem a doação.
Neste semestre, chegamos a 1.438 doadores efetivos, o maior número de toda nossa série histórica. Somente com a disposição dessas famílias que, no primeiro semestre deste ano, conseguimos aumentar em 7,5% no número de transplantes em relação ao mesmo período em 2015. Permanecemos crescendo entre os mais complexos como, por exemplo, pulmão (31%) e coração (7%). Isso demonstra amadurecimento do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
Os investimentos federais na área são crescentes, passaram de R$ 595,2 milhões para um total de 893,4 milhões entre 2010 e 2015. Recursos que mantêm uma rede ampla, formada por Centrais Estaduais de Transplantes em todos os estados, Câmaras Técnicas Nacionais, hospitais e equipes habilitadas, além de Organizações de Procura de Órgãos. Essa logística foi reforçada em junho, quando decreto assinado pelo presidente Michel Temer, destinou uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para atuar exclusivamente no transporte de órgãos e das equipes de transplantes.
Sabemos que, para movimentar esse complexo sistema, precisamos do que é mais primordial: a doação de órgãos. Contamos com todos os brasileiros para formar essa corrente do bem.
Governo estuda criar mais duas estatais
Rosana Hessel
A equipe do presidente Michel Temer continua batendo cabeça, sem um discurso único para conseguir convencer o mercado de que está realmente comprometida com o ajuste fiscal. Os sinais contrários, muito freqüentes durante a interinidade, persistem. Na quinta-feira, foi a vez de o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Rossato, em um café da manhã com jornalistas, contar que o governo está discutindo a possibilidade de criar duas novas estatais. Esse anúncio pegou de surpresa integrantes do governo e ocorreu na contramão do discurso de austeridade fiscal necessário para a retomada da confiança.
“O novo governo está pecando bastante na comunicação. Criar estatais em um momento em que é preciso reduzir gastos é complicado. Não faz sentido”, e criticou o economista Juan Jansen, sócio da 4E Consultoria. Pelos cálculos dele, os custos que a sociedade brasileira está pagando pelos erros da “Nova Matriz Econômica” e pelo descontrole das contas públicas do governo; da ex-presidente Dilma Rousseff são gigantescos. Somente entre os anos de 2014 e 2016 a “perda acumulada no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi de R$ 1,5 trilhão”. “Isso é a consequência do desajuste e passa pela ineficiência do gasto, que precisa ser melhorada. Mas isso não ocorrerá criando estatais”, completou.
Gil Castello Branco, fundador e secretário-geral da Associação Contas Abertas, também demonstrou indignação com a possibilidade de o novo governo criar mais empresas públicas na atual conjuntura. “É um absurdo isso. As estatais são o paraíso e a Disneylândia dos corruptos”, disse ele, criticando a falta de transparência nos dados das empresas controladas pela União. “Elas não são obrigadas a respeitarem a Lei da Transparência, e, por conta disso, é difícil obter dados, principalmente, de investimentos”, lamentou.
Desvios
Pelas contas de Castello Branco, essas empresas movimentam cerca de R$ 1 trilhão, por ano, no uso de todas as fontes de recursos, empréstimos e dinheiro próprio. “Há muito dinheiro e muita ingerência e pouquíssima transparência. Se pegarmos todos os escândalos de corrupção, a unanimidade é que sempre há uma estatal envolvida, porque é onde é mais fácil desviar dinheiro”, alertou.
Segundo o brigadeiro Rossato, a estatal que está em fase mais adiantada é a Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil S.A. (Alada) - voltada para o desenvolvimento de projetos e tecnologias, como a de satélites e radares. De acordo com a assessoria da Força Area Brasileira (FAB), “foram realizados estudos de viabilidade técnica e econômica, devidamente orientados pelo Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest), do Ministério Planejamento”.
A segunda empresa, ainda sem nome, assumiria o controle aéreo, unindo as operações da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e com as do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). Essa estatal teria como fonte de recursos algumas das tarifas de serviços que empresas e usuários do transporte aéreo pagam à Infraero e ao Decea. Pelas estimativas de Rossato, o valor anual destinado pode chegar a R$ 2 bilhões.
O comandante da Aeronáutica acredita que essa é a proposta com chances maiores de ser aprovada mais rapidamente. “Podemos achar que estamos na contramão do governo, querendo reduzir (o número de estatais e asdespesas), mas existem empresas públicas e empresas públicas. Entendemos que uma empresa pública voltada para o controle do espaço aéreo é fundamental”, disse o brigadeiro aos jornalistas.
De acordo com o Planejamento, as propostas, enviadas nesta gestão, “estão em avaliação” pelo órgão. Um levantamento feito pela Contas Abertas com base em dados publicados pelo Dest, até 2014, existiam 35=empresas públicas, empregando pouco mais de 500 mil funcionários. Em 2000, esse total era de 103.
Não podemos ter medo de debater a reforma da Previdência, diz Mansueto no Rio
A proposta para a Reforma da Previdência será enviada ao Congresso para um longo debate tanto na câmara de Deputados quanto no Senado. No entanto, o governo não pode ter medo de levantar o debate sobre pontos polêmicos, como a inclusão do regime especial de categorias como militares e parlamentares, defendeu o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida.
"Exatamente como vai ser a Reforma da Previdência é algo que será debatido no Congresso, com o Congresso. Todo tipo de emenda constitucional envolve longo debate com o Congresso, especialmente uma Reforma de Previdência", afirmou Mansueto.
Segundo ele, o objetivo do governo é que o sistema seja sustentável e "garanta a segurança das pessoas na velhice". Mansueto lembrou que as projeções populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Brasil está passando por um processo acelerado de envelhecimento da população.
"Daqui a 30 anos o Brasil será um país com uma proporção de pessoas idosas que vai triplicar, vai ser muito parecido com o Japão. A Reforma da Previdência é necessária para garantir que todas essas pessoas que vão se aposentar nos próximos 30 anos tenham garantia de renda no futuro", disse ele, em conversa com jornalistas após participação em seminário no centro do Rio.
Mansueto diz não ter dúvidas de que a reforma será aprovada pelo Congresso, mas ainda não é possível prever o que será acordado ao fim da jornada de longa discussão com parlamentares e esclarecimentos à população.
"Tem que mostrar primeiro como funciona nos outros locais do mundo e como funciona no Brasil. Em nenhum lugar do mundo é normal as pessoas se aposentarem muito jovens. No Brasil, ainda há algumas pessoas, não todas, mas algumas pessoas com regimes especiais se aposentam muito novas. Então a gente tem que mostrar que isso não é sustentável ao longo do tempo. Mas a reforma da Previdência, tanto lá fora como aqui, tem um período de transição. No Brasil também terá um período de transição", ressaltou.
Quanto à possibilidade de incluir os regimes especiais gozados por parlamentares e militares, Mansueto argumentou que desconhece a proposta final, mas que o governo não deve ter medo do debate. "Vamos colocar no papel e vamos debater com a sociedade, com todo mundo, e ver o que é possível. Acredito que muita coisa no Brasil não se muda porque as pessoas não tem consciência do problema. O governo já falou isso, que quer discutir todos esses regimes especiais e quer chegar a um consenso. Claro que como você tem vários regimes especiais você precisa de mecanismos de transição muito bem elaborados. Não sei exatamente se (regimes) serão ou não serão unificados e o período de tempo. Mas em todos os países do mundo a previdência tende a ser o mais uniforme possível", lembrou ele.
Exército reforça fiscalização em fronteira no Amazonas
O objetivo é intensificar a presença das Forças Armadas junto à faixa de fronteira entre Brasil e Colômbia
O Exército brasileiro realiza a Operação Curare 2016 que tem como objetivo intensificar a presença das Forças Armadas junto à faixa de fronteira e reprimir os delitos transfronteiriços e ambientais.
O Comando de Fronteira Solimões/8º Batalhão de Infantaria de Selva (CFSol/8ºBIS) realiza a operação na região de fronteira com a Colômbia e Peru, no estado do Amazonas. O 3º Pelotão Especial de Fronteira PEF comanda a operação em Vila Bittencourt, município de Japurá, na calha dos Rios Japurá, Apapóris e Traíra.
Segundo informações do Comando de Fronteira Solimões, os militares realizam vigilância na faixa de fronteira por meio de patrulhamentos aéreos e fluviais, com postos de bloqueio na calha dos rios para a realização de revistas em embarcações. Além da repressão a crimes transfronteiriços e ambientais, os militares também realizam ações de caráter cívico social junto a população com o oferecimento de serviços como atendimento médico e odontológico.
O Comando de Fronteira Solimões/8º Batalhão de Infantaria de Selva (CFSol/8ºBIS) realiza a operação na região de fronteira com a Colômbia e Peru, no estado do Amazonas. O 3º Pelotão Especial de Fronteira PEF comanda a operação em Vila Bittencourt, município de Japurá, na calha dos Rios Japurá, Apapóris e Traíra.
Segundo informações do Comando de Fronteira Solimões, os militares realizam vigilância na faixa de fronteira por meio de patrulhamentos aéreos e fluviais, com postos de bloqueio na calha dos rios para a realização de revistas em embarcações. Além da repressão a crimes transfronteiriços e ambientais, os militares também realizam ações de caráter cívico social junto a população com o oferecimento de serviços como atendimento médico e odontológico.
Aeronáutica quer duas novas estatais
Tânia Monteiro
Brasília - O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Rossato, defendeu na quinta-feira, 22, a criação de duas novas estatais.
A primeira destinada às atividades de controle aéreo - que receberia parte dos serviços desenvolvidos pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo da Aeronáutica (Decea) e pela Infraero, que passa por uma reestruturação.
A segunda já tem nome - Alada - e teria por objetivo "captar recursos humanos para atuar na área de Ciência e Tecnologia, e fazer link com empresas privadas na produção de satélites", segundo Rossato.
Essa dependeria de recursos da União e a proposta está em estudo no Ministério do Planejamento.
Já a nova estatal para a controle do tráfego aéreo teria gestão financeira autônoma. Os recursos viriam das tarifas que os passageiros pagam quando viajam e que estão estimadas entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões para 2017.
O problema é que a maior parte desses recursos vai para o caixa do Tesouro e acaba contingenciado, não chegando aos cofres da Força Aérea, a quem o serviço de controle do tráfego está subordinado.
Com a criação da estatal, os recursos iriam direto para o caixa da empresa, que manteria vínculo com o comando da Aeronáutica, com sede no Rio, onde já funciona o Decea.
A proposta do brigadeiro Rossato para a empresa de tráfego aéreo não acaba com os Cindactas - Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo nem desmilitariza o setor, que sofreu um apagão em 2006, durante a crise aérea.
A ideia é que o Decea continue comandando estruturas estratégicas, como os centros de controle de área e de aproximação das grandes cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte.
Mas, em aeroportos de cidades menores, como Maceió, onde há uma torre de controle comandada pela Aeronáutica, o sistema de tráfego passaria para essa nova estatal.
Hoje, a Infraero presta serviços de navegação aérea em 60 cidades e localidades sendo que em 21 delas é prestado o serviço de controle de aeródromo (torre de controle). Nas demais, é prestado o serviço de informação de voo de aeródromo.
Pelos serviços de navegação aérea, a Infraero arrecadou, em 2015, cerca de R$ 404 milhões, que correspondem a 25% do total das receitas aeronáuticas. Essa nova estatal ainda não tem nome nem seu estudo foi encaminhado para o Ministério do Planejamento.
"Podem dizer que estamos na contramão, porque o governo quer reduzir (despesas). Mas existem empresas públicas e empresas públicas. Uma empresa voltada para o controle do espaço aéreo é fundamental, porque ela assumirá certas responsabilidades que hoje são da Infraero e do Decea", disse o comandante, em café da manhã com jornalistas.
O brigadeiro lembrou que o tráfego aéreo no País cresce 10% ao ano. "Se ele cresce, e o nosso limite orçamentário é o mesmo, daqui a 20 anos todos os nossos recursos vão para o tráfego aéreo", prosseguiu o brigadeiro, citando que a FAB está buscando novos caminhos, como fazem as empresas privadas.
Ajuste da Embraer terá forte impacto local
João José Oliveira
A Embraer está fazendo neste trimestre ajustes na produção para cortar custos e atravessar a atual conjuntura de fraca demanda por aviões no mundo, especialmente no segmento de jatos executivos, que preocupam empregados e a cadeia de fornecedores da empresa no Brasil.
Em meio às negociações do dissídio coletivo de trabalho, que tem data base em 1º de setembro e já estão atrasadas, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região aponta que as dificuldades serão crescentes nessa indústria nos próximos meses.
Na primeira semana de agosto, a Embraer abriu um Programa de Demissão Voluntária (PDV), que recebeu a adesão de 1.470 trabalhadores, dos 17 mil que atuam no país - outros dois mil trabalham em unidades e escritórios em outros nove países.
Segundo o sindicato, mais da metade desse universo são de empregados que atuam em São José dos Campos. A prefeitura da cidade tem estudos que apontam que cada demissão na Embraer provoca o corte de onze vagas de trabalho em postos nas áreas de indústria, serviços e comércio do município.
No mesmo dia em que fechou o programa de PDV, a Embraer informou os empregados sobre a decisão de dar férias coletivas para diversas unidades em outubro. No primeiro momento, entram em férias parte das equipes da montagem da Aviação Comercial e da Aviação Executiva, em São José dos Campos, e da Fabricação de Peças, em Botucatu. "Os empregados dos setores envolvidos já foram informados sobre os períodos exatos de pausa. A Embraer estuda estender as férias coletivas para outras áreas da empresa para adequar o ritmo de produção à desaceleração da demanda", informou a empresa.
"A Embraer alega que existe uma crise no setor, mas o problema foi provocado pela própria empresa que transferiu produção do Brasil para o exterior", afirma o diretor do sindicato, André Luis Gonçalves. "Ainda não temos informações de ondas de demissões nas fornecedoras da Embraer, mas tem um risco de que isso vai ocorrer", disse.
A entidade cita o caso da Latecoere, empresa filial do grupo francês que fornece pisos de alguns modelos de aeronaves da Embraer, como os jatos comerciais E-170, que já anunciou um PDV e demissões.
Levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) prevê que de janeiro até dezembro deste ano serão fechadas 165 mil vagas no Estado, que se somarão as 235 mil fechadas no ano passado.
O sindicato dos metalúrgicos alega que a adesão ao programa de demissão voluntária na Embraer foi elevado porque há pressão da companhia que quer racionalizar despesas e atingir a meta de reduzir custos anuais de produção em US$ 200 milhões.
"Isso não estaria acontecendo se a Embraer não estivesse transferindo parte da produção para fora do Brasil", afirma o diretor do sindicato dos metalúrgicos.
Gonçalves cita o exemplo da fabricação dos jatos executivos Phenom, o campeão de vendas nesse segmento da companhia. "A Embraer disse que as pessoas que trabalhavam nos projetos serão absorvidas na produção da nova família dos jatos comerciais [jatos E-2], mas para nós é corte de vagas no país", afirmou.
Nos últimos 15 anos, a Embraer iniciou um plano de negócios para internacionalizar as suas operações. É preciso estar nos mercados em que os clientes estão", disse ao Valor o presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, em entrevista concedida em agosto.
Cerca de 90% da receita da Embraer, de R$ 20,3 bilhões em 2015 são gerados no exterior. A empresa tem hoje unidades industriais nos Estados Unidos e Portugal, onde são fabricadas peças e componentes dos modelos montados depois no Brasil. Havia uma unidade na China, que foi desativada.
Mas esta semana, a companhia inaugurou uma nova unidade americana, para produzir assentos de aeronaves em Titusville, na Flórida, Estados Unidos.
No segmento de aviação executiva, afirma a Embraer, todas as concorrentes da companhia têm presença nos Estados Unidos, país que responde por metade da demanda mundial.
Além disso, alega a companhia, a aviação atravessa uma crise. De 1,2 mil novos jatos executivos vendidos em 2008, o mercado caiu pela metade, para 600 entregas realizadas em 2015.
Tanto que a Embraer revisou as metas de vendas e de receita para 2016, cortando em dez unidades a previsão de vendas de aviões executivos este ano e em 3% a expectativa de receita em dólar, para até US$ 6,4 bilhões.
O vice presidente de pessoas da Embraer, Mauricio Aveiro, afirma que a adesão ao PDV atraiu principalmente profissionais já aposentados que ainda trabalham ou em vias de aposentadoria - o que o sindicato confirma. Ele apontou que essas medidas representam um esforço para atravessar o momento até que a demanda global recupere o fôlego, porque a crise de demanda não é resultado da recessão no Brasil, mas de todo o setor de aviação no mundo.
A americana Textron, fabricante de aviões executivos Cessna e Beechcraft e de helicópteros está cortando mais de 300 empregados nos Estados Unidos. A canadense Bombardier avisou que vai reduzir em sete mil vagas o total de trabalhadores até 2018.
Na área da aviação comercial, a americana Boeing anunciou, no primeiro semestre, plano de eliminar quatro mil vagas em 2016, em um universo de 80 mil empregados. E na segunda-feira, a francesa Airbus admitiu que pode ter de reduzir a força de trabalho a partir de outubro.
Ontem, na Bovespa, as ações da Embraer caíram 0,4%, cotadas a R$ 14,84. No dia do anúncio do PDV, em 8 de agosto, as ações estavam cotadas a R$ 14,92.
Semana é marcada pela aprovação de medidas provisórias
Recursos para eleições
A MP 730/2016 liberou crédito extraordinário de R$ 150 milhões para a Justiça Eleitoral. O dinheiro vai complementar os recursos existentes no Orçamento federal para as eleições municipais deste ano. A maior parte do montante liberado se destinará aos tribunais regionais eleitorais (TREs), para a alimentação dos mesários e demais despesas de custeio. Os recursos também vão cobrir as despesas das Forças Armadas com apoio logístico e segurança durante as eleições e ainda a fabricação e o deslocamento de urnas eletrônicas e a compra de antenas para a transmissão de dados. A matéria já foi promulgada e virou a Lei 13.339/2016.
PORTAL SÓ NOTÍCIAS (MT)
FAB confirma queda de avião que saiu de Goiás e iria para Sorriso; bombeiros localizam 4 corpos
Só Notícias/Editoria com Cleber Romero
O comandante do 16º batalhão da Polícia Militar de Água Boa, tenente coronel Wanderson da Silva Sá, confirmou, que uma aeronave caiu, ontem à noite, nas proximidades do município de Campinápolis (605 quilômetros de Cuiabá). Ainda não há confirmação de quantas pessoas estavam no avião. O cabo do Corpo de Bombeiros de Nova Xavantina, Lorivan Correia da Silva confirmou, ao Só Notícias, que quatro corpos (homens) foram localizados em área de serra, de difícil acesso. Ele confirmou ainda que na aeronave havia cerca de R$ 15 mil.
O avião era bimotor. A assessoria da Força Aérea Brasileira, em Brasília, confirmou, ao Só Notícias, que "a decolagem foi ontem, de Goiânia, às 17:50h e iria para Sorriso" e que hoje por volta das 4 da manhã a Polícia Civil encontrou a aeronave. Ainda são desconhecidas as causas do acidente.
Com o violento impacto, um dos motores estava a aproximadamente 100 metros da fuselagem.
Policiais militares isolaram a área. Três bombeiros participaram das buscas. É aguardada a chegada da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) para fazer os primeiros os procedimentos e as vítimas serem identificadas.
CORREIO DO ESTADO (MS)
Manutenção irregular teria provocado acidente de avião em fazenda de MS
Piloto, que estava sozinho, morreu em queda de aeronave em Miranda
RENAN NUCCI
O avião de prefixo PT-VKY, modelo Embraer EMD-810 Sêneca III, que caiu em área de fazendas no Pantanal de Miranda, na última segunda-feira, pode ter passado por manutenção em oficinas irregulares de Campo Grande. O piloto Marcos David Xavier, de 34 anos, estava sozinho e morreu no local.
Essa suspeita foi levantada pela delegada Ana Cláudia Medina, da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco), que no ano passado conduziu a Operação Ícaro, desmontando esquema ilícito de reparos em aviões.
Medina esteve quinta e sexta-feira no local dos destroços para prestar apoio ao delegado Leandro Costa de Lacerda Azevedo, responsável pelas investigações no momento. Segundo ela, “análise preliminar feita por peritos da Deco reforça a suspeita de que as causas do acidente aéreo tenham sido problemas mecânicos”.
Um dos indícios foi uma das asas encontradas a cerca de 400 metros de distância do ponto de impacto, o que sugere que foi rompida ainda no ar, possivelmente em razão de má conservação. “Diante do que nós encontramos, hipóteses sobre mau tempo e imperícia em procedimentos voo [erro do piloto] vão sendo descartadas aos poucos”, disse.
Nos próximos dias, partes do avião devem ser encaminhadas para análise junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Como a área é um brejo de difícil acesso, tanto que a polícia só conseguiu chegar lá a cavalo, máquinas devem abrir caminho para que as peças sejam recolhidas.
Por enquanto, o local está sob intervenção policial e ninguém pode se aproximar. Agentes do Esquadrão Pelicano da Força Aérea Brasileira e técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) também fizeram análises. Os responsáveis podem ser responsabilizados caso comprovadas irregularidades.
CONFRONTAMENTO
Os dados obtidos serão confrontados com informações descobertas pela Deco e Anac ao longo das investigações acerca da Operação Ícaro, deflagrada em outubro do ano passado.
À época, a partir da denúncia de furtos de peças, a Polícia Civil descobriu que oficinais ilegais de Campo Grande prestavam manutenção a baixo custo, sem nenhum tipo de regulamentação. O serviço clandestino sem fiscalização não garantia boa conservação das aeronaves, e colocava em risco a segurança do transporte aéreo em Mato Grosso do Sul.
QUEDA
QUEDA
No início da madrugada de terça-feira, o avião e o corpo do piloto foram encontrados a cerca de 2,5 quilômetros da Fazenda Cristo, de onde havia decolado na noite anterior com destino à Capital.
O dono da fazenda é proprietário do veículo e o mantém preservado em hangar no local. Além disso, registros apontam que o plano de voo estava correto e devidamente autorizado.
A hipótese inicial foi de que o mau tempo pudesse ter contribuído para a queda. O piloto era considerado experiente e há mais de 10 anos prestava serviços particulares e para a empresa MS Táxi Aéreo.
Leia também: