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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 21/08/2016 / FAB - Um trabalho no limite

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FAB - Um trabalho no limite ...

Comandante da FAB admite cortes de horas de voos e treinamento de pilotos por causa de restrições orçamentárias ...


Até o fim deste ano, a Força Aérea Brasileira (FAB) terá voado um terço a menos do que em 2014. Na melhor das hipóteses. O comandante da Aeronáutica, Nivaldo Luiz Rossato, acredita que será preciso uma ginástica financeira para minimizar o impacto em serviços essenciais como o transporte de passageiros e de órgãos; o treinamento de pilotos; e as operações na fronteira. Os prejuízos, no entanto, já são contabilizados. O desenvolvimento do cargueiro KC-390, por exemplo, teve o cronograma atrasado em um ano.

"Começamos o ano com baixíssimo orçamento e não podemos voar, nem fazer contratos se não tivermos o recurso", disse Rossato, em entrevista ao Correio na última quinta. Gaúcho, filho de agricultores, o tenente-brigadeiro do ar comanda a Aeronáutica desde a saída de Juniti Saito, no ano passado. E, apesar das dificuldades, se diz otimista ao considerar que consegue manter missões dentro do limite do suportável, e garante o desenvolvimento dos caças Gripen NG.

A respeito da polêmica envolvendo a continência prestada por atletas militares em pódios da Olimpíada do Rio de Janeiro, Rossato garante que o gesto não é obrigatório, mas natural de quem passa pelas fileiras das Forças Armadas.

A Aeronáutica tem um plano de redução das bases e do pessoal para aumentar a eficiência. Como isso funciona?
Estamos concentrando nossas bases aéreas em um número menor. A base é muito cara, e o essencial são as unidades onde estão os nossos aviões. Das 22 bases, reduzimos algumas, como Fortaleza, Florianópolis, São Paulo, Santos e outras que faremos mais à frente. Mas não estamos fechando, estamos reduzindo. Em vez de termos uma base com mil pessoas, teremos uma com 200, ou menos. E essa base terá infraestrutura pronta para uso em desdobramento, os aviões decolam de uma base, pousam em outro local e operam daquele lugar. A Força Aérea em todo mundo faz isso. Na Amazônia, as bases fundamentais são Manaus, Porto Velho e Boa Vista, mas temos uma série de campos de pouso, como Vilhena, São Gabriel da Cachoeira, que são bases prontas para colocar os esquadrões lá dentro e operar. Mas não precisamos ficar vivendo no meio da Amazônia.

Mas o pessoal vai para onde?
Vai se concentrar em um número menor de bases, e essas bases ficarão prontas para os desdobramentos. Inclusive, as do litoral, como vai ser a do Recife e a de Fortaleza.

Mas há um plano de redução de pessoal nas Forças Armadas, sim?
Temos uma previsão de redução do efetivo em 20 anos. Fizemos uma concepção estratégica que chamamos de Força Aérea 100, que será quando a Força Aérea completará 100 anos, em 2041.

De quanto será essa redução de pessoal?
Temos 75,4 mil militares hoje, e vamos reduzir em torno de 25% do efetivo. Estamos trocando muita gente de carreira por temporários. Todos entram como temporários para permanecer até oito anos nas Forças Armadas. O custo é muito menor, eles ganham salário, experiência. Quando eles saem das Forças Armadas, cessa o nosso compromisso. Existem certas carreiras em que as pessoas não precisam ficar sete anos estudando em nossas academias. É o caso do relações públicas, do dentista, do farmacêutico, dos auxiliares de enfermagem, dos músicos, uma infinidade.

Atletas também?
Também. Temos em nossa organização atletas de alto padrão que recebem ensino, alimentação, educação em geral, tudo isso dentro das nossas organizações. Tudo isso vem de recursos de outros ministérios.

Há resistências internas em relação ao projeto de atletas militares?
Não. Porque esses gastos são do interesse do governo. E o atleta aproveita a nossa infraestrutura e nossas edificações, e é pago por outros órgãos de fora. Da mesma forma, os atletas de alto rendimento utilizam os ginásios que temos, as pistas, o hotel de trânsito onde eles podem ficar. Além disso, têm apoio de saúde e o salário de sargento. No mais, nossos atletas têm dificuldade para conseguir patrocínio.

Uma das polêmicas recentes foi a continência dada pelos atletas militares...
Qualquer militar tem orgulho de ser militar. Essa rapaziada de alto desempenho que entrou nessa parte das Forças Armadas gosta disso e declara isso publicamente. Eles têm apoio, que é muito bom. Eu não vejo nenhum militar dentro das nossas Forças Armadas que não tenha orgulho de fazer parte dela. Ao entrar, a primeira coisa que aprende é o Hino Nacional. Ele considera Brasil acima de tudo, é a expressão, o hino e a bandeira. E uma maneira de mostrar isso é colocar a mão no peito ou fazer a continência. Depois de fazer um estágio de um mês, ele não resiste, vê a bandeira e tem que fazer a continência. É um processo natural, não é forçar nada aquele processo, não seria natural não fazer a continência. No mundo inteiro, o pessoal tem orgulho dos seus militares e a gente vê que aqui dentro também, é só ver as pesquisas. E essa gurizada, para mim, vai ser mantida. O programa começou em 2011, estamos no sexto ano.

Qual é o impacto dos cortes orçamentários na Força Aérea?
Temos um planejamento estratégico com determinado volume de recursos. Os projetos estratégicos que estão no PAC são dois: o Gripen e o KC-390. São projetos de um valor elevado. O projeto Gripen é superior a US$ 5 bilhões, e o KC-390, só a parte de desenvolvimento custa mais de R$ 4 bilhões. Só que o KC-390 tem uma perspectiva de venda de US$ 1,5 a US$ 2 bilhões por ano. No ano passado, perdemos uma licitação com o Canadá porque o projeto ficou atrasado. O governo tem plena consciência desse problema e que temos essa necessidade de recursos. Quando eles não vêm no volume que nós queremos, isso atrasa o projeto.

E o Canadá comprou de quem?
Eles ainda estão na licitação, mas ficamos de fora. Um outro exemplo: teve uma empresa nacional que acabou de comprar 10 aviões C-130, que é justamente o concorrente, é um modelo americano. Então, esses projetos estratégicos são fundamentais não só para a Força Aérea, até porque o KC-390 atenderá a Força Aérea, o Exército, a Marinha e todos os interesses do governo dentro dessa área. Quando mandarmos gente para o Haiti e para o Líbano, o avião de transporte será ele. A indústria nacional também se beneficia. Um projeto desse tem em torno de 7 mil empregos diretos e indiretos no desenvolvimento, 1,5 mil só dentro da Embraer na área técnica e de engenharia. No Gripen, já temos quase 100 engenheiros da Embraer e da AEL trabalhando na SAAB (Suécia). E, quando o caça chegar aqui, vai dar uma tecnologia inimaginável para a nossa indústria aeronáutica. Ninguém quer ensinar ninguém, tem um preço por isso. São coisas que nós temos que adquirir dessa forma. Se quisermos começar do zero, nós não vamos fazer. Então, o recurso é fundamental para os nossos projetos estratégicos e para o nosso dia a dia, manutenção da nossa base aérea, das escolas, dos Cindactas, dos radares, todos esses recursos são impactados pela redução orçamentária.

Hoje, deixamos de voar por falta de recursos?
Claro. Voávamos em torno de 150 mil horas. No ano passado, baixamos para 130 mil horas, e, neste ano, estamos buscando a meta de chegar até 100 mil. Nós começamos o ano com baixíssimo orçamento e não podemos voar, nem fazer contratos se não tivermos o recurso por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, que nos obriga a fazer isso. Ao longo do ano, fomos recebendo mais recursos e, ainda assim, continuamos pendentes.

No que essa redução de horas de voo impacta?
Principalmente no treinamento do piloto. Isso é fundamental. Nós começamos o ano com cerca de 200 pilotos fora de voos, hoje todos já estão voltando para a atividade aérea. O piloto menos treinado é um risco maior na segurança de voo. Não poderíamos diluir as horas de voo entre os pilotos, mas, se ele voa abaixo do nível crítico, ele passa a ser um risco de segurança de voo. Então, tiramos eles dos voos para manter o nível de treinamento. O segundo impacto é que podemos estar canibalizando a frota. A nossa opção foi manter a frota, porque, se canibalizarmos isso, gera um custo altíssimo. Por exemplo, esses aviões que atendem ministros, esses que ficam em Brasília, nossa frota está reduzida pela metade, mas tomamos alguns cuidados. Fizemos uma estocagem do avião, é um trabalho de retirada do sistema hidráulico, motores, todas essas peças, para facilitar a manutenção. Então, a redução impacta nas horas de voo e no atendimento das missões, e nós estamos recuperando isso pela necessidade crítica que nós temos. Quem dá o suporte para o Exército na Amazônia é a Força Aérea e nós estamos atendendo, mas no limite do suportável, eles precisariam de muito mais do que nós estamos dando.

Transporte de órgãos também?
Também. Quando tínhamos mais horas de voo, os comandantes tinham um número maior de pilotos treinando, que também aproveitavam essas horas de treinamento transportando órgãos para lá e para cá, porque atendia a necessidade do Ministério da Saúde. Com o orçamento mais restrito, isso impactou no treinamento dos nossos pilotos. Eles não poderiam criar missões se não tivessem horas de voo. Nós temos aviões de alerta da Amazônia ao Rio Grande do Sul. Tanto aviões quanto tripulações sempre prontos. Com essa revisão orçamentária, nós temos um avião simples que pode voar 600 horas por ano e está voando 150 horas por ano. Um C-130 — cuja carga econômica dele é 800 horas — está voando 300 horas. Agora tivemos uma reunião com o Ministério da Saúde, que concordou em custear o transporte dos órgãos.

Quanto custa esse transporte?
Varia de acordo com as missões realizadas, mas é muito mais barato que seja feito pela Força Aérea do que pagar um avião de fora. Nosso custo é, mais ou menos, a metade do custo de externo. O nosso custo de hora de voo é somente logístico e combustível.

Mas continuamos com uma redução de 25% em horas de voo?
No início do ano, nós tivemos muito mais, começamos com potencial para voar 60 mil horas apenas. Redução de mais de 50% em relação a 2014. Por que nós começamos a aumentar a hora de voo? Tínhamos 60 mil horas e estamos vendo se chegamos a 100 mil horas. Foi sendo descontingenciado, com solicitações, por meio também de créditos, por exemplo. É o caso do acordo com o Ministério da Saúde no transporte de órgãos. Trouxemos de São Paulo para o Rio milhares de militares da Força Nacional com o dinheiro que nós recebemos do Ministério da Justiça. Então, vai se recompondo, mas o ideal é receber o dinheiro antes do Ministério do Planejamento. O impacto é muito grande na manutenção das unidades, nós reduzimos expediente, vamos fazendo nosso dever de casa de acordo com os recursos que o governo dá. O que impacta nessas questões de orçamento sempre? Trabalhamos em cima de capacidades. À medida que nós não temos aquele dinheiro, a nossa capacidade vai sendo reduzida, nossa capacidade de defesa aérea, de controle marítimo, de transporte.

E as mudanças no Ministério da Defesa por circunstâncias políticas? A gente teve em um curto espaço de tempo uma troca grande de ministros.
As trocas não são boas, assim como nós, dentro dos nossos comandos, temos de ficar mudando os nossos comandantes. Claro que, no Ministério da Defesa, é melhor que tenha uma continuidade. Mas eu posso dizer pelo período que eu estou aqui, um ano e meio, que nós não tivemos problema nenhum, nenhum dos três comandantes, de relacionamento ou de quebra, de sequenciamento de projetos, porque os projetos das Forças permaneceram os mesmos com cada um dos ministros.

"Voávamos em torno de 150 mil horas. Em 2015, baixamos para 130 mil, e, neste ano, estamos buscando a meta de chegar até 100 mil horas, mas começamos com 60 mil previstas"

"Fazer a continência é um processo natural de quem participou de atividades nas Forças Armadas. Esses atletas de alto desempenho gostam disso"Fazer a continência é um processo natural de quem participou de atividades nas Forças Armadas. Esses atletas de alto desempenho gostam disso"




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




JORNAL O TEMPO (MG)


Militares nos jogos


Os Jogos Olímpicos chegam ao fim hoje e vão deixar uma marca profunda na alma do brasileiro, que soube mostrar ao mundo como se promove o congraçamento universal entre povos de diferentes ideologias, etnias e credos.
Apesar dos rumores que indicavam um possível atentado terrorista, com a participação direta do Estado Islâmico, e do recrudescimento da criminalidade no Rio de Janeiro, os Jogos transcorreram em clima de relativa tranquilidade.
Apesar de o desempenho do país não ter sido melhor, capaz de coroar a grande festa de abertura e os altos investimentos, graças aos esforços de nossos atletas é possível alimentar o sonho de performance superior nas próximas competições.
Fato curioso e que chamou a atenção dos mais observadores, sem que a mídia percebesse com maior clareza, foi o número de atletas patrocinados pelas três Forças – Exército, Marinha e Aeronáutica – inscritos nas disputas de diversas modalidades de esportes.
Além de conquistar bom número de medalhas, esses atletas totalizaram 145 entre os 465 esportistas que integraram a delegação brasileira. Trata-se do maior número de nossa história nas Olimpíadas, muito superior aos 51 militares de quatro anos atrás, em Londres.
Essa crescente participação das Forças Armadas pode ser explicada pelas boas condições de treinamento e profissionalização que proporcionam aos atletas recrutados, além do espírito de trabalho em equipe e obediência a regras que a carreira nos quartéis impõe a todos.
É claro que por aqui faltam recursos nas escolas e universidades para a formação de atletas de alto nível, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, o recordista insuperável dos Jogos e campeão em diversas modalidades.
É preciso que o governo leve em conta as organizações da sociedade civil, apoiando-as financeira e materialmente, se quiser que o Brasil passe de bom anfitrião para protagonista.

PORTAL G-1


Navio de guerra da Marinha é aberto para visitação em Vitória

Embarcação participou da Guerra das Malvinas e da Guerra do Golfo. Visitação estará aberta neste sábado (20) e domingo (21).

Do G1 Es

Um navio de desembarque de carros de combate da Marinha do Brasil estará aberto para visitação pública, no Porto de Vitória, neste sábado (20) e domingo (21). A visitação é gratuita e acontece das 14 às 17 horas.
O acesso dos visitantes aos navios será realizado pelo portão de pedestres do Porto de Vitória, localizado em frente ao Palácio Anchieta.
O navio foi lançado em 1966, incorporado à Royal Navy, do Reino Unido, com o nome de RFA Sir Bedivere em 18 de maio de 1967 e desincorporado em 18 de fevereiro de 2008, participando da Guerra das Malvinas e da Guerra do Golfo.
A embarcação foi incorporada a Marinha do Brasil em 21 de maio de 2009, na cidade de Falmouth, na Inglaterra.
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Navio de desembarque de carros de combate (Foto: Divulgação/ Marinha do Brasil)

TCU identifica superfaturamento na obra do aeroporto de Macapá

Tribunal multou responsáveis e cobra ressarcimento de R$ 16,3 milhões. Contrato de 2008 foi rescindido e nova licitação aconteceu em 2014.

John Pacheco

O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou um superfaturamento e determinou o ressarcimento de R$ 16,3 milhões referentes às obras do Aeroporto Internacional de Macapá. Os valores foram detectados após análise de tomada de contas especial sobre um contrato de 2008 entre a Infraero e o consórcio de empresas Gautama-Beter.
O superfaturamento foi identificado após comparação dos preços pagos pela obra em relação aos estabelecidos pelo Sistema de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) e do Sistema de Custos Rodoviários (Sicro), usados como referência pelo TCU.
O tribunal apontou como responsáveis pela situação as construtoras e dois servidores da Infraero, um gerente de empreendimentos e uma diretora de engenharia. Além de condenados a devolverem os valores aos cofres públicos, eles receberam multas que somam R$ 2,7 milhões. O G1 não conseguiu contato com as construtoras até a publicação desta reportagem.
A Infraero informou que o órgão não foi citado nominalmente como responsável, e sim dois funcionários. A entidade completa que a apuração do caso acontece desde o período do contrato e que estava no aguardo somente da publicação do valor superfaturado. O acordo com as construtoras foi rescindido em 2008 quando a obra estava 38% conclusa.
Após o período sem obras, a construção do aeroporto foi retomada em 2015 inicialmente pela própria Infraero, que executou alguns serviços. Com previsão para entrar em atividade em 2017, a construção contempla acesso viário, reforma da pista de aeronaves, estacionamento e pontes de embarque, com conectores, elevadores e escadas rolantes.
Um novo edital lançado em junho de 2014 passou por outra auditoria do TCU, que liberou o reinício das obras, agora de responsabilidade do consórcio EPC-WVG, vencedor do certame através da modalidade Regime Diferenciado de Contratações (RDC). Os valores da atual construção estão orçados em R$ 183 milhões.

Maioria das medalhas do Brasil vem de atletas militares

Programa de apoio a atletas tem investimento R$ 18 milhões por ano. Eles são selecionados por concurso e recebem salário de R$ 3 mil.

Jornal Nacional Edição Do Dia 20/08/2016

Doze das medalhas conquistadas pelo Brasil vieram de atletas que fazem parte de um programa das Forças Armadas. Nesta semana, o repórter Carlos de Lannoy foi conhecer esse trabalho
Os donos das medalhas são sargentos. Tem o ouro da Força Aérea, a prata do Exército, e vitórias da Marinha nas areias, no tatame, no ringue, e na baía de Guanabara.
O programa foi criado em 2008 para conquistar medalhas nos Jogos Mundiais Militares de 2011. E custa ao Ministério da Defesa R$ 18 milhões por ano.
A inspiração veio de programas semelhantes na Itália, Rússia e França.
Os atletas não são militares de carreira.
Medalhistas como a nadadora Poliana Okimoto e o judoca Rafael Silva fizeram concurso público e um treinamento militar de 45 dias.
Todos recebem R$ 3 mil por mês e para eles significa mais.
"Ter um lugar adequado de centro de treinamento, ter uma equipe assim profissional de fisioterapia, nutricionista, psicólogo", disse Kahena Kunze.
"Nós não formamos os atletas, os atletas já vêm formados. Nós também não somos patrocinadores, nós estamos investindo na formação de equipes militares representativas em competições militares pelo mundo afora", explicou o general Décio Brasil.
O nadador Henrique Martins competiu na Olimpíada e diz que o apoio militar é um complemento ao que recebem de clubes e patrocinadores.
"A confederação gostou, aliviou um pouco a barra para eles. Os clubes gostaram. Tem poucos clubes grandes no Brasil. Não tem como colocar todos os atletas nesses clubes grandes. E as Forças Armadas vieram para isso", disse.
O general diz que diz que os atletas só precisam retornar ao quartel uma vez por ano. o dever é de sempre representar bem o Brasil.
Enquanto a gente está fazendo esta reportagem tem mais duas sargentos da Marinha, desta vez, conquistam a medalha de ouro.
Repórter: General, da Marinha, mas é para comemorar também?
General: Muito orgulho, né? Fico emocionado mesmo. Nós conseguimos cumprir nossa missão apoiando eles. Elas aqui, ficaram aqui. Dividiram esse espaço, conviveram com a gente aqui estes dias. Todo muito comemora, muito feliz.

JORNAL O POVO (CE)


Edital para melhorias no Aeroporto de Juazeiro do Norte será lançado nesta segunda

O Aeroporto é homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)

Redação O Povo Online

O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Mauricio Quintella, anuncia que para esta segunda-feira, 22, será lançado o edital para obras de recuperação de uma pista de taxiamento do Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, de Juazeiro do Norte, no Ceará. A publicação no Diário Oficial deve acontecer na próxima quinta-feira 25, e a abertura das propostas está prevista para o dia 8 de setembro próximo. O investimento está orçado em R$ 575 mil. O prazo de execução da obra é de três meses.
A área de taxiamento é o espaço onde são realizadas as manobras de aeronaves. O serviço será realizado na taxiway C. A previsão para o início das obras é até o dia 10 de outubro deste ano.
O Aeroporto de Juazeiro do Norte pode receber operações de aeronaves como o Boeing 737-700 e o A319, estando apto a receber voos comerciais regulares, e é homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A média atual do aeroporto é de 18 pousos e decolagens comerciais regulares por dia, realizadas por três companhias aéreas: Azul, Gol e Avianca. Os destinos dos voos que partem de Juazeiro do Norte são: Petrolina, em Pernambuco, Viracopos, São Paulo, Guarulhos, São Paulo, Fortaleza, Ceará, Recife, Pernambuco, e Brasília, Distrito Federal.
Em 2015, foi registrada a movimentação de passageiros de 444,4 mil (entre embarques e desembarques). Em 2014, esse número foi de 418,8 mil e, em 2013, 388 mil. O Aeroporto foi inaugurado em 1954 e passou a ser administrado pela Infraero somente em 2010.

Especial Rio 16. Como o esporte do Brasil mira Tóquio-2020

Encerrando a Rio-2016, os olhares do esporte brasileiro voltam-se aos preparativos para Tóquio-2020. Programas de apoio a atletas e renovação de equipes olímpicas entram em pauta no País

André Victor Rodrigues

Após 19 dias de competições inesquecíveis, grandes histórias para além do esporte e bom desempenho do Brasil na conquista de medalhas, a Rio-2016 chega ao fim na noite deste domingo. E a primeira semana sem a rotina de disputas já começa com projeção sobre o que será do esporte do País no novo ciclo olímpico. Visando à Tóquio-2020, temas como o aprimoramento de programas públicos de apoio a atletas, fortalecimento de modalidades esportivas e preparação de equipes mais competitivas entrarão em pauta para que venham resultados melhores daqui a quatro anos.
ImagemPara o governo federal, a manutenção e o desenvolvimento dos programas de apoio aos atletas são passo fundamental para chegar ao Japão com progressos. O Ministério da Defesa comemora os frutos do Programa Atletas de Alto Rendimento (Paar), criado em 2008.
Através dele, atletas são incorporados às Forças Armadas por meio de edital e ganham patente (terceiro sargento de Marinha, Aeronáutica ou Exército) e benefícios militares — salários, plano de saúde, aposentadoria —, além de acompanhamento e estrutura esportiva. Na Rio-2016, 12 medalhas foram conquistadas por brasileiros contemplados pelo Paar. A meta do Ministério era de dez medalhas. Para o próximo ciclo olímpico, o programa será continuado e a promessa é ampliar o número de atletas beneficiados.
Atualmente são 670 desportistas com apoio militar — 145 participantes nos Jogos do Rio. O investimento anual chegou a R$ 43 milhões no Programa.
Questionado sobre o próximo ciclo olímpico, o Ministério do Esporte declarou ao O POVO que fará “balanço da participação brasileira após o encerramento dos Jogos”. Contudo, já existem conversas com instituições voltadas ao esporte de alto rendimento para colocar em debate programas como o Bolsa Atleta e o Plano Brasil Medalhas (Bolsa Pódio).
Quem anseia por reuniões com as autoridades públicas são os representantes da Rede Esporte Pela Mudança Social (Rems), formada por 81 organizações — dentre estas o Instituto Reação, de onde saiu a medalhista de ouro Rafael Silva — de fomento ao esporte para desenvolvimento humano. As instituições, que buscam a implementação da prática esportiva como política pública, apontam para a necessidade urgente de se desenvolver um Sistema Nacional do Esporte, pelo qual se estabeleceriam melhor as fontes de financiamento e o papel dos atores responsáveis pelos investimentos no esporte no País. “A parte do financiamento do esporte precisa ser resolvida. Agora, sem Copa do Mundo ou Olimpíadas no Brasil, os holofotes não estarão mais no esporte. Precisamos organizar para que ele não saia da pauta. As pessoas precisam entender da relevância de investir na prática esportiva”, expõe a integrante da Secretaria Executiva da Rems, Ana Luiza de Araújo.
Hoje, o Bolsa Atleta atende a 6.131 atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas. Criado em 2012, o Bolsa Pódio dá suporte a 246 atletas de alto rendimento, com remuneração que pode ir de R$ 5 mil a R$ 15 mil.
Na avaliação do especialista em marketing e gestão esportiva, Chateaubriand Arrais, o Brasil precisa aproveitar o apelo de ter recebido dois megaeventos esportivos nos últimos dois anos. “Nestes Jogos, os atletas puderam estar mais perto dos torcedores. Isso gerou mais apelo para as modalidades. Esportes que antes não tinham grande visibilidade hoje poderão ser mais vistos e apoiados”. Arrais também argumenta que, apesar de exemplos de sucesso de programa governamental, como o das Forças Armadas, é preciso ter outras fontes de suporte para o Brasil alcançar nível de potências olímpicas. “A iniciativa privada, principalmente, tem de assimilar o sucesso do evento e partir mais em apoio aos atletas”.
Na preparação para 2020, há expectativa de como o investimento de mais de R$4 bilhões na Rede Nacional de Treinamento — centros de desenvolvimento de atletas por todo o País —, vai trazer melhorias efetivas. Em Fortaleza, o Centro de Formação Olímpica, integrante dessa rede, ainda não foi inaugurado oficialmente e não conta com plano de funcionamento.
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Tóquio - 2020. Lapidação e renovação serão necessários para o Brasil ir bem em 2020


Na infraestrutura olímpica espalhada pelo Rio de Janeiro, o público brasileiro teve a oportunidade de acompanhar de perto o surgimento de uma nova geração de atletas promissores. O saltador com vara Thiago Braz, 22, o canoísta Isaquias Queiroz, 22, e as velejadoras Martine Grael, 25, e Kahena Kunze, 25, foram jovens que estrearam com medalhas nos Jogos Olímpicos. E despertam a expectativa do País pela ampliação de seus feitos daqui a quatro anos, em Tóquio.
Medalhista de ouro e recordista olímpico no salto com vara na Rio-2016, o paulista Thiago Braz bateu o favoritismo do francês Renaud Lavillenie e foi exaltado por grandes ícones da modalidade. A bicampeã olímpica russa Yelena Isinbayeva disse que “o mundo viu um novo astro nascer” e comparou o brasileiro à lenda do salto com vara, Sergei Bubka (Ucrânia). Em comum com Isinbayeva e Bubka, Thiago tem o treinador, o ucraniano Vitaly Petrov. Com preparação e orientação de estrangeiros, o saltador reforçou a importância de apoio governamental para 2020. “O resultado podemos ver na vitória, e seria excelente se isso (auxílio do Bolsa Pódio) pudesse continuar daqui para frente, pra continuarmos nesse caminho”. Braz é atleta das Forças Armadas, sendo terceiro sargento da Aeronáutica.
O baiano Isaquias Queiroz colocou o Brasil no mapa da canoagem olímpica ao conquistar as primeiras medalhas do País na modalidade. Isaquias ingressou no esporte por meio do projeto Segundo Tempo, na Bahia, aos 11 anos. Esperança brasileira para mais edições de Jogos Olímpicos, ele traz em seu discurso críticas à Confederação Brasileira de Canoagem e aos programas de apoio ao atleta do governo federal. “Precisamos investir mais no esporte, e um país é feito de atletas. Vejam o que acontece nos Estados Unidos. Para mudar é preciso ter investimento do governo, e eu espero que o meu resultado, assim como o da Rafaela e de outros, possa abrir os olhos da sociedade”, afirmou após conquista da medalha de prata.
Medalhista de ouro nas águas da Baía de Guanabara, a dupla formada por Martine Grael e Kahena Kunze vislumbra bicampeonato nas Olimpíadas de Tóquio em 2020. As duas são contempladas pelo Programa Atletas de Alto Rendimento (Paar) e são terceiro sargento na Marinha. E precisarão de mais investimentos para seguir a rotina de treinamentos e conquistas estruturais para disputar uma olimpíada, desta vez, do outro lado do planeta.
Aos 24 anos, a judoca Rafaela Silva — ouro no Rio — projeta Tóquio 2020 como sequência especial para uma carreira de superação. Após a disputa de Londres-2012, sofrendo com preconceito e luta por apoiadores, ela quase desistiu do judô. Contudo, a terceiro sargento da Marinha seguirá a rotina de muitos treinos nos próximos anos.
Reformulação
Esportes como vôlei (de praia e de quadra), basquete, handebol e futebol feminino pedem por reformulação e revelação de novos atletas para chegarem fortes em 2020. Com aposentadoria de ícones de diversas seleções do País, falta de times competitivos e de campeonatos nacionais fortes — exceto pelos vôleis —, o trabalho de base se tornará ainda mais necessário ao País no novo ciclo olímpico.
Além de fortes investimentos de entidades privadas, programas governamentais (como o Força no Esporte) e trabalhos de instituições voltados à formação de atletas (exemplo da Rede Esporte Pela Mudança Social) pedirão holofotes.
Espero que o meu resultado, assim como o da Rafaela e de outros, possa abrir os olhos da sociedade
Isaquias Queiroz, canoísta

PORTAL TERRA


Atletas militares conquistam 75% das medalhas do Brasil nos Jogos do Rio

Ministério da Defesa divulga dados da participação de atletas militares brasileiros. Eles conquistaram 12 medalhas, sendo três de ouro. Números superam meta estipulada

Gonçalo Luiz

ImagemO Ministério de Estado da Defesa divulgou, na tarde deste sábado, um balanço da participação dos atletas militares da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio 2016. E o resultado mostra que o melhor desempenho olímpico do Brasil na história tem forte participação de esportistas do Exército, Marinha e Aeronáutica. Os competidores filiados às Forças Armadas representam 30% de toda a delegação nacional e conquistaram, até este sábado, 12 medalhas, sendo três de ouro.
Os números superam, em muito, a meta estabelecida antes dos Jogos. A ideia era classificar 100 atletas e ganhar 10 pódios. Nos Jogos do Rio, os militares são 145 dos atletas da missão brasileira e, até este sábado, já colocaram no peito o dobro de medalhas conquistadas em Londres 2012 por atletas das Forças Armadas.
A boa participação dos competidores militares é reflexo da ampliação do investimento governamental no esporte no último ciclo olímpico. Em coletiva também neste sábado, o ginasta Diego Hypólito elogiou o apoio recebido pelos atletas brasileiros em geral durante a preparação para os Jogos do Rio. Colegas de Diego, como Arthur Zanetti e Arhtur Nory Mariano, ambos medalhistas no Rio, recebem além de bolsa do governo federal através do Ministério do Esporte, o apoio do PAAR - Programa de Atletas de Alto Rendimento do Ministério da Defesa. Através deste projeto, Zanetti e Nory recebem educação militar básica e soldo de sargento, além de poderem contar com toda a estrutura das Forças Armadas Brasileiras.

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JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Diego Hypólito disse que entrou em depressão após cair em Olimpíada

Brasileiro, medalhista de prata no Rio, acabou caindo em Pequim-2008 e em Londres-2012

Constança Rezende Estadão Conteúdo

O ginasta Diego Hypólito, medalhista de prata nos Jogos do Rio, disse que caiu em depressão após ter ido mal em Pequim e Tóquio e confessou que se achava "insubstituível". A declaração foi dada neste sábado, 20, em entrevista coletiva, no Rio Media Center, no Centro do Rio, quando se emocionou ao relatar problemas financeiros que sua família viveu. Também falaram os ginastas Arthur Zanetti, que ganhou prata, e Arthur Nory, que levou uma medalha de bronze.
"Já passei por muitas dificuldades, como a minha mãe chorando porque não tínhamos o que comer, já ficamos também gás em casa. As derrotas serviram para eu ver que não eram só as Olimpídas, que existem coisas mais importantes, como a família. Fiquei menos egoísta", disse.
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Os medalhistas da ginástica brasileira Arthur Zanetti, Diego Hypólito e Arthur Nory - Foto: Marcos Arcoverde/Estadão
Hypólito disse que também precisou superar outros momentos difíceis, como passar por dez cirurgias e ficar cinco anos sem treinar. "Os médicos falavam que eu não poderia mais voltar para a ginástica, nenhum médico quis me operar no Brasil. Minha vida virou uma novela", declarou.
O atleta revelou que, quando caiu de cara na Olimpíada de Londres, caiu em depressão. "Pensava que não era merecedor de medalha. Entrei em depressão, fui internado, foi sério. Tinha tudo para dar errado", declarou.
Hypólito também pediu que o governo continue investindo nos atletas e disse que o programa Bolsa Pódio foi fundamental para que eles tivessem o resultado. "Isso tudo é muito importante. mE outras olimpíadas, eu fui sozinho, como Pequim. Foi devido a muitos incentivos que tivemos cinco atletas competindo. Temos que ter mais pessoas investindo nas crianças, críticos já tem muitos", afirmou.
Já Zanetti, fez um apelo para que o governo compre os modernos equipamentos de ginástica que foram trazidos até o Brasil por causa das Olimpíadas. "Poderíamos ter mais atletas de qualidade se tivéssemos mais aparelhos de ginástica no Brasil. Precisamos de alguém para comprar os aparelhos vão retornar na Alemanha que estão sendo usados na Olimpíada e que estão com 30% de desconto. Eles equipariam vários ginásios", disse.
O atleta também cobrou a construção de um ginásio em São Caetano do Sul, município de São Paulo onde nasceu. "Tem um projeto, mas precisa sair logo do papel para agregar a esta nova geração que está subsistindo a gente", afirmou.
Zanetti e Nory, que são terceiros-sargentos da Aeronáutica em um programa de apoio ao esporte iniciado pelo Ministério da Defesa em 2008, também foram questionados por que bateram continência no momento da entrega de medalhas e no Hino Nacional. Eles argumentaram que foi uma forma de agradecer o apoio das Forças Armadas.
"Eles nos deram suporte e com certeza vão nos ajudar muito mais", disse Zanetti. "Eles separaram a gente e nos chamaram para investir, como fazem com atletas de alto rendimento", respondeu Nory.
Já Hypólito disse que não fez a posição e não treina pelas Forças Armadas "porque nunca foi convidado". "Se fosse, faria parte sim", disse.

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Um trabalho no limite

Comandante da FAB admite cortes de horas de voos e treinamento de pilotos por causa de restrições orçamentárias

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Até o fim deste ano, a Força Aérea Brasileira (FAB) terá voado um terço a menos do que em 2014. Na melhor das hipóteses. O comandante da Aeronáutica, Nivaldo Luiz Rossato, acredita que será preciso uma ginástica financeira para minimizar o impacto em serviços essenciais como o transporte de passageiros e de órgãos; o treinamento de pilotos; e as operações na fronteira. Os prejuízos, no entanto, já são contabilizados. O desenvolvimento do cargueiro KC-390, por exemplo, teve o cronograma atrasado em um ano.
"Começamos o ano com baixíssimo orçamento e não podemos voar, nem fazer contratos se não tivermos o recurso", disse Rossato, em entrevista ao Correio na última quinta. Gaúcho, filho de agricultores, o tenente-brigadeiro do ar comanda a Aeronáutica desde a saída de Juniti Saito, no ano passado. E, apesar das dificuldades, se diz otimista ao considerar que consegue manter missões dentro do limite do suportável, e garante o desenvolvimento dos caças Gripen NG segue.
A respeito da polêmica envolvendo a continência prestada por atletas militares em pódios da Olimpíada do Rio de Janeiro, Rossato garante que o gesto não é obrigatório, mas natural de quem passa pelas fileiras das Forças Armadas.
A Aeronáutica tem um plano de redução das bases e do pessoal para aumentar a eficiência. Como isso funciona?
Estamos concentrando nossas bases aéreas em um número menor. A base é muito cara, e o essencial são as unidades onde estão os nossos aviões. Das 22 bases, reduzimos algumas, como Fortaleza, Florianópolis, São Paulo, Santos e outras que faremos mais à frente. Mas não estamos fechando, estamos reduzindo. Em vez de termos uma base com mil pessoas, teremos uma com 200, ou menos. E essa base terá infraestrutura pronta para uso em desdobramento, os aviões decolam de uma base, pousam em outro local e operam daquele lugar. A Força Aérea em todo mundo faz isso. Na Amazônia, as bases fundamentais são Manaus, Porto Velho e Boa Vista, mas temos uma série de campos de pouso, como Vilhena, São Gabriel da Cachoeira, que são bases prontas para colocar os esquadrões lá dentro e operar. Mas não precisamos ficar vivendo no meio da Amazônia.
Mas o pessoal vai para onde?
Vai se concentrar em um número menor de bases, e essas bases ficarão prontas para os desdobramentos. Inclusive, as do litoral, como vai ser a do Recife e a de Fortaleza.
Mas há um plano de redução de pessoal nas Forças Armadas, sim?
Temos uma previsão de redução do efetivo em 20 anos. Fizemos uma concepção estratégica que chamamos de Força Aérea 100, que será quando a Força Aérea completará 100 anos, em 2041.
De quanto será essa redução de pessoal?
Temos 75,4 mil militares hoje, e vamos reduzir em torno de 25% do efetivo. Estamos trocando muita gente de carreira por temporários. Todos entram como temporários para permanecer até oito anos nas Forças Armadas. O custo é muito menor, eles ganham salário, experiência. Quando eles saem das Forças Armadas, cessa o nosso compromisso. Existem certas carreiras em que as pessoas não precisam ficar sete anos estudando em nossas academias. É o caso do relações públicas, do dentista, do farmacêutico, dos auxiliares de enfermagem, dos músicos, uma infinidade.
Atletas também?
Também. Temos em nossa organização atletas de alto padrão que recebem ensino, alimentação, educação em geral, tudo isso dentro das nossas organizações. Tudo isso vem de recursos de outros ministérios.
Há resistências internas em relação ao projeto de atletas militares?
Não. Porque esses gastos são do interesse do governo. E o atleta aproveita a nossa infraestrutura e nossas edificações, e é pago por outros órgãos de fora. Da mesma forma, os atletas de alto rendimento utilizam os ginásios que temos, as pistas, o hotel de trânsito onde eles podem ficar. Além disso, têm apoio de saúde e o salário de sargento. No mais, nossos atletas têm dificuldade para conseguir patrocínio.
Uma das polêmicas recentes foi a continência dada pelos atletas militares...
Qualquer militar tem orgulho de ser militar. Essa rapaziada de alto desempenho que entrou nessa parte das Forças Armadas gosta disso e declara isso publicamente. Eles têm apoio, que é muito bom. Eu não vejo nenhum militar dentro das nossas Forças Armadas que não tenha orgulho de fazer parte dela. Ao entrar, a primeira coisa que aprende é o Hino Nacional. Ele considera Brasil acima de tudo, é a expressão, o hino e a bandeira. E uma maneira de mostrar isso é colocar a mão no peito ou fazer a continência. Depois de fazer um estágio de um mês, ele não resiste, vê a bandeira e tem que fazer a continência. É um processo natural, não é forçar nada aquele processo, não seria natural não fazer a continência. No mundo inteiro, o pessoal tem orgulho dos seus militares e a gente vê que aqui dentro também, é só ver as pesquisas. E essa gurizada, para mim, vai ser mantida. O programa começou em 2011, estamos no sexto ano.
Qual é o impacto dos cortes orçamentários na Força Aérea?
Temos um planejamento estratégico com determinado volume de recursos. Os projetos estratégicos que estão no PAC são dois: o Gripen e o KC-390. São projetos de um valor elevado. O projeto Gripen é superior a US$ 5 bilhões, e o KC-390, só a parte de desenvolvimento custa mais de R$ 4 bilhões. Só que o KC-390 tem uma perspectiva de venda de US$ 1,5 a US$ 2 bilhões por ano. No ano passado, perdemos uma licitação com o Canadá porque o projeto ficou atrasado. O governo tem plena consciência desse problema e que temos essa necessidade de recursos. Quando eles não vêm no volume que nós queremos, isso atrasa o projeto.
E o Canadá comprou de quem?
Eles ainda estão na licitação, mas ficamos de fora. Um outro exemplo: teve uma empresa nacional que acabou de comprar 10 aviões C-130, que é justamente o concorrente, é um modelo americano. Então, esses projetos estratégicos são fundamentais não só para a Força Aérea, até porque o KC-390 atenderá a Força Aérea, o Exército, a Marinha e todos os interesses do governo dentro dessa área. Quando mandarmos gente para o Haiti e para o Líbano, o avião de transporte será ele. A indústria nacional também se beneficia. Um projeto desse tem em torno de 7 mil empregos diretos e indiretos no desenvolvimento, 1,5 mil só dentro da Embraer na área técnica e de engenharia. No Gripen, já temos quase 100 engenheiros da Embraer e da AEL trabalhando na SAAB (Suécia). E, quando o caça chegar aqui, vai dar uma tecnologia inimaginável para a nossa indústria aeronáutica. Ninguém quer ensinar ninguém, tem um preço por isso. São coisas que nós temos que adquirir dessa forma. Se quisermos começar do zero, nós não vamos fazer. Então, o recurso é fundamental para os nossos projetos estratégicos e para o nosso dia a dia, manutenção da nossa base aérea, das escolas, dos Cindactas, dos radares, todos esses recursos são impactados pela redução orçamentária.
Hoje, deixamos de voar por falta de recursos?
Claro. Voávamos em torno de 150 mil horas. No ano passado, baixamos para 130 mil horas, e, neste ano, estamos buscando a meta de chegar até 100 mil. Nós começamos o ano com baixíssimo orçamento e não podemos voar, nem fazer contratos se não tivermos o recurso por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, que nos obriga a fazer isso. Ao longo do ano, fomos recebendo mais recursos e, ainda assim, continuamos pendentes.
No que essa redução de horas de voo impacta?
Principalmente no treinamento do piloto. Isso é fundamental. Nós começamos o ano com cerca de 200 pilotos fora de voos, hoje todos já estão voltando para a atividade aérea. O piloto menos treinado é um risco maior na segurança de voo. Não poderíamos diluir as horas de voo entre os pilotos, mas, se ele voa abaixo do nível crítico, ele passa a ser um risco de segurança de voo. Então, tiramos eles dos voos para manter o nível de treinamento. O segundo impacto é que podemos estar canibalizando a frota. A nossa opção foi manter a frota, porque, se canibalizarmos isso, gera um custo altíssimo. Por exemplo, esses aviões que atendem ministros, esses que ficam em Brasília, nossa frota está reduzida pela metade, mas tomamos alguns cuidados. Fizemos uma estocagem do avião, é um trabalho de retirada do sistema hidráulico, motores, todas essas peças, para facilitar a manutenção. Então, a redução impacta nas horas de voo e no atendimento das missões, e nós estamos recuperando isso pela necessidade crítica que nós temos. Quem dá o suporte para o Exército na Amazônia é a Força Aérea e nós estamos atendendo, mas no limite do suportável, eles precisariam de muito mais do que nós estamos dando.
Transporte de órgãos também?
Também. Quando tínhamos mais horas de voo, os comandantes tinham um número maior de pilotos treinando, que também aproveitavam essas horas de treinamento transportando órgãos para lá e para cá, porque atendia a necessidade do Ministério da Saúde. Com o orçamento mais restrito, isso impactou no treinamento dos nossos pilotos. Eles não poderiam criar missões se não tivessem horas de voo. Nós temos aviões de alerta da Amazônia ao Rio Grande do Sul. Tanto aviões quanto tripulações sempre prontos. Com essa revisão orçamentária, nós temos um avião simples que pode voar 600 horas por ano e está voando 150 horas por ano. Um C-130 — cuja carga econômica dele é 800 horas — está voando 300 horas. Agora tivemos uma reunião com o Ministério da Saúde, que concordou em custear o transporte dos órgãos.
Quanto custa esse transporte?
Varia de acordo com as missões realizadas, mas é muito mais barato que seja feito pela Força Aérea do que pagar um avião de fora. Nosso custo é, mais ou menos, a metade do custo de externo. O nosso custo de hora de voo é somente logístico e combustível.
Mas continuamos com uma redução de 25% em horas de voo?
No início do ano, nós tivemos muito mais, começamos com potencial para voar 60 mil horas apenas. Redução de mais de 50% em relação a 2014. Por que nós começamos a aumentar a hora de voo? Tínhamos 60 mil horas e estamos vendo se chegamos a 100 mil horas. Foi sendo descontingenciado, com solicitações, por meio também de créditos, por exemplo. É o caso do acordo com o Ministério da Saúde no transporte de órgãos. Trouxemos de São Paulo para o Rio milhares de militares da Força Nacional com o dinheiro que nós recebemos do Ministério da Justiça. Então, vai se recompondo, mas o ideal é receber o dinheiro antes do Ministério do Planejamento. O impacto é muito grande na manutenção das unidades, nós reduzimos expediente, vamos fazendo nosso dever de casa de acordo com os recursos que o governo dá. O que impacta nessas questões de orçamento sempre? Trabalhamos em cima de capacidades. À medida que nós não temos aquele dinheiro, a nossa capacidade vai sendo reduzida, nossa capacidade de defesa aérea, de controle marítimo, de transporte.
E as mudanças no Ministério da Defesa por circunstâncias políticas? A gente teve em um curto espaço de tempo uma troca grande de ministros.
As trocas não são boas, assim como nós, dentro dos nossos comandos, temos de ficar mudando os nossos comandantes. Claro que, no Ministério da Defesa, é melhor que tenha uma continuidade. Mas eu posso dizer pelo período que eu estou aqui, um ano e meio, que nós não tivemos problema nenhum, nenhum dos três comandantes, de relacionamento ou de quebra, de sequenciamento de projetos, porque os projetos das Forças permaneceram os mesmos com cada um dos ministros.
"Voávamos em torno de 150 mil horas. Em 2015, baixamos para 130 mil, e, neste ano, estamos buscando a meta de chegar até 100 mil horas, mas começamos com 60 mil previstas"
"Fazer a continência é um processo natural de quem participou de atividades nas Forças Armadas. Esses atletas de alto desempenho gostam disso"Fazer a continência é um processo natural de quem participou de atividades nas Forças Armadas. Esses atletas de alto desempenho gostam disso"
JORNAL EXTRA


Bolsa Pódio chega ao fim e atletas pedem que benefício seja renovado para o próximo ciclo


Thiago Mendes

O investimento recorde feito pelo Governo Federal na preparação de atletas brasileiros nos últimos anos colaborou para que o país atingisse sua melhor participação em Jogos Olímpicos na história, com seis ouros até agora. Embora aquém da meta estabelecida pelo Comitê Olímpico do Brasil, que previa um lugar entre os dez primeiros no quadro de medalhas, os resultados podem ser considerados expressivos. O futuro, porém, é rodeado de incertezas. Com o fim da Rio-2016, 220 esportistas de alto rendimento devem deixar de receber a Bolsa Pódio, a mais alta categoria da Bolsa Atleta, cujo valor varia entre R$ 5 mil e R$ 15 mil por mês.
Imagem— O programa é fundamental para que os atletas se mantenham no topo — afirma Felipe Wu, prata no tiro esportivo: — Recebi a última parcela prevista agora, mas espero que não termine. Faço um apelo para que mantenham. Todos os atletas gostariam muito que o benefício fosse renovado.
No último ciclo olímpico, entre 2012 e 2016, o Governo Federal injetou cerca de R$ 413 milhões em todos os níveis do Bolsa Atleta — um investimento 126% superior ao feito para Londres-2012, quando o aporte foi de R$ 183 milhões. Os resultados são visíveis. Entre os 465 brasileiros classificados para os Jogos, 77% são beneficiados pelo programa. Das 18 medalhas do país no Rio, apenas no ouro da seleção masculina de futebol e no bronze de Maicon Siqueira, do taekwondo, não há dinheiro do Bolsa Pódio.
E de acordo com o ex-nadador Luiz Lima, secretário de esporte de alto rendimento do Ministério do Esporte, há chance de o apelo dos atletas ser atendido.
— A vontade é de manter o programa. Sabemos da importância desse apoio. Em outubro, vamos discutir as novas diretrizes e, se tudo der certo, um novo edital será lançado para renovarmos o incentivo para o novo ciclo.
Forças Armadas se tornam porto seguro
Enquanto segue a indefinição sobre o Bolsa Pódio, muitos atletas se agarram a uma fonte que, em vez de secar, jorra mais dinheiro a cada ciclo olímpico: as Forças Armadas do Brasil. Ao todo, 145 militares representaram o país na Rio-2016: cerca de 30% da delegação. E os resultados impressionam. Das 18 medalhas conquistadas, 12 — 66% — foram por atletas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
— Sem esse apoio, eu certamente não teria chegado a essa medalha de ouro — afirma o campeão olímpico do salto com vara, Thiago Braz, que, aos 22 anos, é terceiro sargento da Aeronáutica.
Os atletas começaram a ser recrutados pelas Forças Armadas em 2008, para os Jogos Mundiais Militares de 2011. Desde então, o Programa Atletas de Alto Rendimento cresceu. Atualmente, o investimento gira em torno de R$ 18 milhões ao ano, mas deve aumentar.
— É um recurso essencial. No caso do judô, por exemplo, um quimono custa cerca de R$ 1.500, e nós precisamos de quatro deles para participar de uma competição — explica Rafaela Silva, medalha de ouro no Rio.
Para se tornar um militar temporário, por um período de oito anos, o atleta se candidata por meio de um edital. Aceito, entra com a patente de terceiro sargento e salário em torno de R$ 3 mil.
O número de militares nos pódios da Rio-2016 chamou a atenção por uma peculiaridade: a continência. O gesto é controverso. Embora não haja objeção por parte do Comitê Olímpico Internacional, muitos patrocinadores não aprovam a atitude.
— Quem critica não sabe nem o que significa a continência — defende Wu.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Crítica a apoio das Forças Armadas "não se justifica", diz Ministério da Defesa


Nicola Pamplona

O diretor do departamento de desporto militar do Ministério da Defesa, vice-almirante Paulo Martino Zuccaro, disse neste sábado (20) que as Forças Armadas estudam ampliar o programa de apoio a atletas de alto rendimento e que estudam focar esportes individuais, como atletismo e natação.
Os atletas das Forças Armadas foram responsáveis, até este sábado, por 12 das 16 medalhas obtidas pelo Brasil na Olimpíada do Rio. O programa tem sido criticado por pegar atletas que já atingiram alto nível em competições.
"Essa crítica não se justifica, tanto no aspecto do alto rendimento quanto no caso de esporte de base", disse Zuccaro, em entrevista antes de cerimônia com atletas das Forças Armadas no Rio.
Ele reconheceu que alguns dos medalhistas se juntaram às Forças Armadas já prontos, com o objetivo de reforçar a equipe brasileira nos jogos militares de 2015. Mas disse que há casos também de atletas que aderiram ao programa ainda desconhecidos.
"O Robson Conceição (medalha de ouro no boxe) está na Marinha há sete anos. Naquela época, ninguém saberia dizer quem ele era", disse.
Atualmente, 670 atletas fazem parte do programa, que garante salário e outros tipos de benefícios, como auxílio médico, odontológico e áreas de treinamento. Deste total, apenas 76 são militares de carreira. Os outros ficam por um período máximo de oito anos.
"Nessa caminhada, tem sido uma ajuda excelente", elogiou a judoca Mayra Aguiar, que ficou com a medalha de bronze no Rio.
De acordo com Zuccaro, o Ministério da Defesa gostaria de ampliar o programa, que custa ao Ministério da Defesa R$ 18 milhões por mês, mas depende de definições sobre orçamento.
Ele diz que a ideia é alterar o foco para os próximos ciclo olímpicos. "Queremos investir mais na base, visando 2024", disse.
A ideia é sair de "modalidades mais custosas, em que já existe participação grande de clubes e das empresas", para focar esportes individuais, onde os patrocínios são "mais modestos", afirmou, citando atletismo e natação como exemplos.

JORNAL O GLOBO


Já estou com saudade

Cidade estaria pior se, além de nossas mazelas, ainda nos faltasse essa alegria de viver, a "joie de vivre" que meus colegas franceses tanto admiram

Zuenir Ventura

Não me lembro de tanta emoção coletiva produzida ao mesmo tempo pelo esporte. As lágrimas de alegria, e também de frustração, derramadas nestas últimas duas semanas, e a serem derramadas hoje e amanhã no encerramento, dariam para encher... já ia dizer, uma piscina, mas aí vi que era exagero. De qualquer maneira, foram muitas. Plagiando rasteiramente Fernando Pessoa, diria que a Olimpíada fez o nosso mar ficar um pouco mais salgado. Eu tive que conter as minhas, principalmente durante o hino nacional depois de uma vitória. Acabei sentindo inveja do meu querido “chorão” Nelson Motta, cuja geração está ensinando a minha, reprimida, da voz embargada, do “quase chorei”, a ter vergonha de não chorar.
Até sob esse aspecto, pelo que dizem os especialistas, foi a melhor Olimpíada já realizada. Faço minhas as palavras recolhidas ao acaso da médica paulista Andrea Abbud, que há um ano se cadastrou e quase desistiu: “Confesso que, antes de vir ao Rio, estava desanimada. Todo mundo dizia que não ia dar certo, minha família pedia para eu não vir. Mas, quando cheguei, meu sentimento mudou. O clima da cidade está maravilhoso, com música para todos os lados e pessoas felizes. Eu queria que o dia durasse 50 horas e eu pudesse estar em dez lugares ao mesmo tempo: na praia, nos jogos e nas festas.”
Quer dizer que o inferno ou purgatório virou paraíso de uma hora para outra? Claro que não, muitos problemas continuam aí, mas as pessoas que criticam o carioca por sua vocação festeira — por que não gasta essa energia para cobrar melhores hospitais e escolas, por exemplo? — precisam entender que a cidade estaria pior se, além de nossas mazelas, ainda nos faltasse essa alegria de viver, a joie de vivre que meus colegas franceses tanto admiram em nós e que Vinicius de Morais resumiu em lindos versos musicais: “É melhor ser alegre que ser triste/A alegria é a melhor coisa que existe”.
Houve momentos tocantes de superação (e certamente haverá mais na Paralimpíada), como a história de vida de Rafaela Silva. E houve também redenção. Quem viveu os terríveis tempos da ditadura militar não imaginava assistir àquelas continências feitas por atletas não como imposição, mas como uma forma voluntária de agradecer o apoio recebido das Forças Armadas, que fornecem bolsas a um terço dos atletas em competição.
Enfim, até o que teria sido uma grande vergonha para o Brasil foi esclarecido com competência por nossa polícia. E assim podemos responder à pergunta insidiosa da capa da “The New Yorker”: “Por que os brasileiros estão tão obcecados com a história de Ryan Lochte?”
Porque ela parecia mentirosa, e era. O Comitê Olímpico dos EUA e o próprio Lochte já pediram desculpas. Falta agora a revista.

Esquadrilha da Fumaça dá canja no Parque Olímpico

Time de elite da Força Aérea pode repetir dose na cerimônia de encerramento

Roberto Maltchik

RIO - Faltando pouco mais de 24 horas para o início da cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos, a Esquadrilha da Fumaça deu uma canja à multidão que circula neste momento no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A esquadrilha completa fez algumas manobras, algumas delas em formação. Nem mesmo a incrível parada no céu seguida de repetidas piruetas ficou de fora da festa.
Não seria nada surpreendente o time de elite da Força Aérea Brasileira repetir a dose com muito mais brilho em algum momento — antes, durante ou depois — do espetáculo que fecha a Rio-2016.

PORTAL UOL


Alison se orgulha de "ser milico" e admite tratamento diferente a atletas


Adriano Wilkson Do Uol, No Rio De Janeiro

Um dia depois de conquistar o ouro olímpico em Copacabana e prestar continência no pódio, Alison Cerutti falou ao UOL Esporte sobre o patrocínio que recebe das Forças Armadas. O programa sofre algumas críticas de pessoas que veem no incentivo uma tentativa dos militares em se promoverem e ganharem destaque com o desempenho dos atletas nos Jogos Rio-2016.
ImagemUma das "alfinetadas" foi feita pelo técnico de Arthur Zanetti, Marcos Goto, que disse que as Forças Armadas se preocupam apenas em contratar atletas de alto nível, e não investem na base. As Forças Armadas, no entanto, argumentam que tem um programa chamado Profesp, cujo principal obtido é inclusão social.
Terceiro-sargento da Marinha, Alison saiu em defesa do apoio aos atletas de elite do Brasil. Ele e seu parceiro de quadra Bruno Schimdt participam do programa federal que apoia os atletas de elite e já teve participação em 12 das 15 medalhas brasileiras no Rio. Capixaba de 30 anos, conhecido como Mamute por seus 2,03 metros e 102 kg, Alison se disse "orgulhoso de ser milico", mas admite que como atleta profissional não passa muito tempo frequentando o quartel.
Veja alguns trechos da entrevista feita na tarde de sexta-feira (19).
UOL Esporte - Você é um atleta militar em um país que recentemente passou por uma ditadura militar de 25 anos. Refletiu sobre isso quando aceitou o convite da Marinha?
Alison Cerutti - Não. Eu recebi o convite e tenho muito orgulho de ser milico porque me dá uma estrutura de trabalhar. Me dá uma tranquilidade de fazer meu melhor dentro de quadra.
O passado, as atrocidades que aconteceram, não dizem respeito a mim. Eu recebi um convite nos últimos três anos pra ser milico, representar meu país nos Jogos Militares, de participar dessa ideologia de ter os atletas próximos. Acho uma puta oportunidade.
Na Alemanha é assim, e tem um passado horroroso a Alemanha também. Nos Estados Unidos é assim, na China é assim, Japão é assim e outros países. O problema do Brasil é sempre esse. Sempre que você faz uma coisa já querem levar a outra. O passado é o passado, hoje já não existe mais isso. Claro que houve atrocidades, coisas feias, mas não cabe a mim julgar. O que eu estou vivendo hoje é que hoje eu sou um atleta militar.
Hoje muitos militares relutam em reconhecer os erros cometidos no passado. Muitos dizem que a tortura, por exemplo, foi feita de maneira localizada, quando na verdade sabemos que foi uma prática institucional. Você conversa com os militares sobre essas coisas?
Não tenho diálogo com ninguém sobre isso, não pergunto sobre isso, não cabe a mim julgar. A gente não conversa sobre isso. Até porque o atleta profissional dificilmente vive a vida militar. A gente representa o nosso país e acaba não ficando muito no quartel. Não é uma regalia, mas nós somos diferentes.
O que acha de figuras como o Bolsonaro, uma pessoa que exalta um torturador? Acha que ele "queima o filme" dos militares?
Ele sempre foi assim, sempre foi assim, é difícil o cara mudar. Eu não discuto política, religião e futebol (sou flamenguista!). Não estou fugindo da sua pergunta, mas não discuto porque é uma coisa que desgasta tanto. Sobre o Bolsonaro, eu respeito o jeito dele, a maneira que ele pensa. Agora cabe a mim ou não acreditar ou concordar. Tenho minha opinião e prefiro não comentar
Você não vota nele então?
Não falei isso, falei que prefiro não comentar.
Como se define politicamente, esquerda ou direita?
Não me defino de nenhuma forma. Não vou falar sobre política, não me sinto à vontade. Sou formador de opinião, uma referência, então prefiro não comentar. Não estudei para isso, não é minha área. Tenho que falar sobre voleibol, minha vida, minha opinião. Mas política e religião não comento.
Você estudou para quê?
Me formei na escola, gostava de estudar. Fiz seis meses de publicidade e dois anos de administração. É a área que eu mais gosto, publicidade, administração e marketing. Não tive continuidade porque minha carreira tomou outro rumo, mas gosto de coisas novas, inovadoras, e é assim que toco minha carreira, com desafios, inovações...
Como foram seus últimos dias? Muita pressão?
De todos os atletas do vôlei de praia eu era o mais pressionado. Que tenham participado das últimas Olimpíadas só tinha eu e o letão que éramos medalhistas. Ele saiu na primeira fase e sobrei eu. É incrível como você vive esse momento. Existe essa pressão, mas eu consigo junto com meu parceiro reverter e jogar.
Você tem a frase “Dias de Lutas Dias de Glória” tatuada no braço. Qual sua relação com a banda Charlie Brown Jr.?
Conheci a banda desde o primeiro CD deles. Antigamente se comprava muito CD, né? Eu gostava meio de rockzinho, tive todos CDs e hoje tenho todas as músicas compradas na internet. Pra mim foi um baque muito grande o que aconteceu com a banda [a morte do vocalista Chorão]. As letras me tocam muito.
“Dias de Luta Dias de Glória” reflete muito minha carreira. A vida do atleta tem momentos ruins e bons. Ruins são as lesões, falta de patrocínio, pensar em desistir. Mas tive dias de glória, vitórias, títulos, conhecer pessoas bacanas que te ajudam, conhecer o mundo...

Vice-Almirante revela investimento específico para 2016, mas planeja continuidade e ajustes para 2020


O Brasil conquistou seu melhor resultado olímpico na história. Em parte, por causa do grande desempenho de atletas militares nos Jogos do Rio. Das medalhas conquistadas nas Olimpíadas em casa, esportistas filiados às Forças Armadas ganharam 12, sendo três de ouro. O número é interpretado como resultado do apoio, inclusive financeiro, oferecido pelos Ministérios da Defesa e do Esporte na preparação dos atletas para os Jogos. Um investimento inédito e específico para os Jogos do Rio, segundo o Vice-Almirante Paulo Martino Zuccaro, Presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil (CDMB).
Em entrevista coletiva na tarde deste sábado (20), o fuzileiro naval revelou que, até 2011, o investimento do Ministério do Esporte no esporte militar era praticamente nulo e que a coisa só mudou com a proximidade dos Jogos Olímpicos. Ele explicou, ainda, que é do Ministério do Esporte que vem a maior parte do dinheiro investido nos atletas das Forças Armadas.
- A participação do Ministério da Defesa não é forte na questão financeira. É mais na retaguarda de apoio. Nós investimos R$ 18 milhões por ano: 15 para os salários dos atletas e três para custear a participação deles em competições e outras despesas. Mas o Ministério do Esporte nos ajuda muito. Nos últimos cinco anos, eles investiram R$ 120 milhões nas Forças Armadas para melhoria das instalações, compra de equipamentos, e mais R$ 25 milhões para custeio de participações dos atletas em competições. Mas, antes dos últimos cinco anos, a quantia era muito pequena, é até difícil dizer de quanto era - detalhou Zuccaro.
A curva de investimentos governamentais no esporte é uma preocupação dos atletas. Na manhã do mesmo sábado, Diego Hypólito, ginasta medalhista no Rio, ressaltou a importância da continuidade do apoio para os próximos ciclos olímpicos.
Principal mecanismo de apoio do Ministério da Defesa a atletas de alto nível, o PAAR - Programa de Atletas de Alto Rendimento - abriga, atualmente, 670 atletas, dos quais 145 fizeram parte da delegação olímpica brasileira no Rio. E reduzir o investimento no projeto não faz parte dos planos do presidente da CDMB. Zuccaro garante que a ideia, inclusive, é de ampliar o programa, "caso seja feito o aporte de recursos necessário".
E como prova da intenção de manter os investimentos em atletas, o vice-almirante demonstrou que já está pensando no futuro e demonstrou que planeja alguns ajustes para que o programa dê, em retorno, um número ainda maior de medalhas nas próximas Olimpíadas.
- Para o próximo ciclo, temos que investir mais na base, visando mais a 2024 que a 2020. A gente tem que avaliar os sucessos e insucessos e focar em modalidades em que a gente pode dar uma contriuição maior. Em modalidades em que já há participação forte de clubes e empresas, talvez não seja o ideal para a gente trabalhar. Melhor trabalhar mais nos segmentos de esportes amadores, com custo mais baixo, e mais nos esportes individuais que dão muitas medalhas, como artes marciais, atletismo e natação - projetou Zuccaro.
Além do PAAR, o Ministério da Defesa também possui um programa que abarca esportistas da base, porém, mais voltado à inclusão social de crianças: o Profesp (Projeto Forças no Esporte). O programa, desenvolvido em conjunto com os Ministérios do Esporte e do Desenvolvimento Social e Agrário, atende cerca de 21 mil crianças, segundo dados oficiais.
Já o PAAR beneficia, ao todo, 670 atletas "em renovação contínua", como destaca Zuccaro, já que, legalmente, os atletas só podem fazer parte do programa por oito anos. No entanto, apenas 76 esportistas abrigados pelo PAAR são militares de carreira, e uma crítica comum ao projeto é de que os militares buscam fazer propaganda ou melhorar sua imagem junto ao público, usando atletas que nenhuma identificação possuem com a causa militar.
A grande maioria dos competidores é recrutada a partir de indicações das federações dos 35 esportes inclusos no projeto. Para entrarem nas Forças Armadas, porém, eles têm de participar de um edital nos moldes de um concurso público, em que precisam cumprir alguns requisitos esportivos e, posteriormente, necessitam aceitar e difundir a filosofia militar. Mas a continência, comum nos pódios olímpicos do Rio, não é um comportamento obrigatório.
O objetivo do programa, segundo o Ministério, é, além de desenvolver o potencial esportivo brasileiro, criar um intercâmbio com os esportistas para tornar mais eficiente a capacitação física dos combatentes brasileiros em geral, além de fortalecer a participação brasileira nas competições militares, como os Jogos Mundiais Militares, cuja última edição ocorreu em 2015. Naquela competição, o Brasil terminou com 85 medalhas, na segunda colocação geral do quadro.

Diego Hypolito recebe sondagem para virar militar após sucesso na Rio-2016


Guilherme Costa Do Uol Rj

Das 18 medalhas que o Brasil já assegurou na Rio-2016 (19 , considerando o pódio certo do vôlei masculino), 13 foram obtidas por atletas militares. Diego Hypolito, 30, é uma exceção. O ginasta que obteve a prata no solo não teve apoio das Forças Armadas durante a preparação para os Jogos Olímpicos deste ano, mas isso pode mudar no ciclo seguinte. Neste sábado (20), recebeu uma sondagem para ser encaixado num edital próximo.
A história começou em uma entrevista coletiva de Diego no Rio de Janeiro. O ginasta foi questionado sobre o porquê de não ser parte das Forças Armadas. Respondeu apenas que nunca recebeu um convite.
O programa de alto rendimento das Forças Armadas tem 670 atletas, que recebem R$ 15 milhões anuais em salários (média de R$ 22.338 por pessoa) e outros R$ 3 milhões em inscrições e estrutura para participação em competições. Na Rio-2016, 145 dos 465 brasileiros inscritos eram militares.
Horas depois de Diego ter se mostrado receptivo sobre uma chance de ingressar nas Forças Armadas, um oficial de alta patente já fez a primeira sondagem. Ainda não há negociação em curso, mas a ideia é que o atleta tenha de se inscrever via edital, mas tampouco existe uma data programada para isso acontecer.
Os atletas do programa de alto rendimento são divididos entre militares de carreira (76) e temporários (594). O maior contingente entre os olímpicos está no segundo grupo – são esportistas que se inscrevem, comprovam méritos em suas modalidades e passam a receber apoio por até oito anos, desde que mantenham rendimento.
A possibilidade de incluir Diego Hypolito nesse grupo reforça uma das maiores polêmicas em torno do plano de alto rendimento das Forças Armadas. Muitas pessoas condenam o projeto por ser limitado a atletas prontos, com méritos comprovados, e contribuir pouco para disseminar o esporte no país. Na Rio-2016, esse discurso foi adotado, por exemplo, por Marcos Gotto, técnico de Hypolito.

Variedade de medalhistas faz Brasil ter maior número de pódios da história


Bruno Doro E Fábio Aleixo Do Uol, Rio De Janeiro

A medalha de prata de Isaquias Queiroz e Erlon Souza, neste sábado (20), fez bater, em total de medalhas, a sua melhor campanha na história. Serão, contando com o vôlei, 18 pódios garantidos. O recorde anterior foi na Olimpíada passada, em Londres, que teve 17. 
O país ainda superou, à noite, o número de ouros. Com o título de Neymar & Cia. são seis conquistados, superando o rendimento verde-amarelo em Atenas-2004, recorde de campeões olímpicos da delegação nacional, com cinco. Uma sede olímpica superar o desempenho dos Jogos anteriores não chega a ser novidade. Até hoje, apenas três países ganharam mais medalhas na Olimpíada anterior àquela que organizaram: os EUA (101 medalhas em Atlanta-1996 contra 108 de Barcelona-1992), a Finlândia (24 em Londres-1948 e 22 em Helsinque-1952) e a França (42 na Antuérpia-1920 e 41 em Paris-1924).
Quando o COB (Comitê Olímpico do Brasil) fizer o balanço dos Jogos do Rio de Janeiro, o número de total medalhas certamente será comemorado. É preciso lembrar, porém, que a meta estipulada pelo próprio comitê não deve ser batida. A ideia era ficar entre os 10 do quadro de medalhas por total de medalhas. Neste momento, o país é o 13º na soma de pódios. E só deve entrar no top 10 se ganhar medalhas em todas as modalidades que disputar neste sábado e domingo. São disputas no 4x400 m no atletismo neste sábado e na maratona neste domingo. Além de já contar com o pódio garantido do vôlei.
Aumento de esportes medalhistas
Qual foi a receita para o aumento de performance brasileiro? A resposta é o aumento de modalidades em que o Brasil subiu ao pódio. Pela primeira vez na história, o número de esportes com medalhistas olímpicos chegou aos dois dígitos.
A canoagem de velocidade foi o décimo esporte a medalhar na Rio-2016. Antes, atletismo (ouro de Thiago Braz), vôlei de praia (ouro de Alison/Bruno e prata de Agatha/Bárbara), boxe (ouro de Róbson Conceição), ginástica (pratas de Arthur Zanetti e Diego Hypólito e bronze de Arthur Nory), judô (ouro de Rafaela Silva e bronzes de Rafael Silva e Mayra Aguiar), maratona aquática (bronze de Poliana Okimoto), vela (ouro de Martine Grael e Kahena Kunze), tiro (prata de Felipe Wu) e futebol (com a final de Neymar &Cia.) foram ao pódio. Com o vôlei, da seleção masculina de Bernardinho, o número chega a 11.
Dessa lista, o Brasil também emplacou duas modalidades em que nunca tinha subido ao pódio. A prata de Isaquias Queiroz no C1-1000m foi o primeiro da canoagem de velocidade, assim como o bronze de Poliana na maratona aquática. Além disso, a prata de Wu foi o primeiro resultado expressivo olímpico do Brasil no tiro esportivo desde os feitos de Guilherme Paraense nas Olimpíadas de 1920.
Mais modalidades no 1º lugar
Outra prova de um Brasil mais versátil no esporte olímpico é a origem dos seis ouros conquistados no Rio de Janeiro. Em Atenas-2004, os cinco vieram de vela (2), hipismo (1), vôlei (1) e vôlei de praia (1). Nenhum deles chegava ao pódio pela primeira vez naquela edição.
Na Rio-2016, foram cinco modalidades diferentes com campeões olímpicos, duas delas que nunca tinham feito isso antes. Robson Conceição, no 60kg, é o primeiro ouro do boxe. E a seleção masculina de futebol conquistou o último título que faltava para a equipe pentacampeã mundial.
Nos outros esportes, brasileiros já tinham ouro de outras Olimpíadas. Martine Grael e Kahena Kunze ganharam a sétima medalha dourada da vela. No atletismo, Thiago Braz fez o quinto ouro. Rafaela Silva é quarta campeã olímpica brasileira do judô. No vôlei de praia, Alison e Bruno são a terceira dupla a atingir o feito.
Isaquias quebra recorde de medalhas
Além disso, pela primeira vez o Brasil teve um atleta com três pódios na mesma edição dos Jogos. Aos 22 anos, Isaquias inaugura a era de superatletas brasileiros com três medalhas na canoagem: ele foi prata no C1-1000m, bronze no C1-200m e prata no C2-1000m – o último ao lado de Erlon Souza.
Antes dele, o máximo que atletas brasileiros conseguiram em uma mesma edição olímpica eram duas. A lista tem os nadadores César Cielo (ouro nos 50m livre e bronze nos 100m livre em Pequim-2008) e Gustavo Borges (prata nos 200 m livre e bronze nos 100 m livre em Atlanta-1996) e os atiradores Guilherme Paraense (ouro na pistola militar de 30 m e bronze por equipes na pistola livre 50 m na Antuérpia-1920) e Afrânio da Costa (prata na pistola livre de 50m e bronze por equipes na mesma prova de Paraense em 1920).
 Imagem

Maicon Andrade bate britânico e é bronze no taekwondo da Rio-2016


Daniel Brito E José Ricardo Leite Do Uol, No Rio De Janeiro

Saiu da Arena Carioca 3, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, uma das medalhas mais improváveis para o Brasil na Rio-2016. Maicon Andrade faturou o bronze acima de 80 kg - categoria que Anderson Silva cogitou disputar para tentar a vaga olímpica. Ele venceu o marfinense naturalizado britânico Mahana Cho por 5 a 4 no final da luta, quando restavam quatro segundos para o fim. O mineiro é mais um atleta ligado às Forças Armadas - ele é da Aeronáutica. Foi a 18ª medalha brasileira nos Jogos do Rio.
ImagemÉ a segunda vez que um atleta do taekwondo leva a bandeira brasileira ao pódio olímpico. A paranaense Natália Falavigna é a dona da primeira medalha do país, em Pequim-2008. Maicon não estava nos prognósticos de possíveis medalhistas. Ele não consta nem sequer no top 10 do ranking olímpico da Federação Internacional da modalidade.
"Por mais que eu tente te explicar, é uma sensação única. É um sonho. Não tem como explicar como é estar aqui. É um momento único. Por mais que fale palavras bonitas, não tem como descrever", disse Maicon, que teve infância difícil e trabalhou como garçom e pedreiro.
"Como qualquer outro brasileiro, eu trabalhei para sustentar a família, realizar meu sonho. São oito irmãos, sete homens e uma mulher - eu sou o caçula. Consegui me manter no taekwondo até entrar para o alto rendimento", explicou o lutador de 23 anos.
Sua campanha para chegar ao pódio foi bastante sinuosa. Maicon estreou com vitória de virada sobre o americano Stephen Lambdin por 9 a 7 nas oitavas de final. Na sequência, nas quartas, perdeu para o nigerino Abdoulrazak Issoufou.
A partir de então, teve de torcer para o seu algoz: caso ele chegasse à final, Maicon voltaria na repescagem, primeiro passo para tentar o terceiro lugar. Issoufou surpreendeu, foi à decisão, e o brasileiro retornou ao tatame. Na primeira repescagem, o mineiro não teve dificuldades para bater o francês Bar Diaye por 5 a 2. Na decisão da medalha, saiu atrás, mas recuperou-se embalado pela torcida para escrever seu nome na história.
A Arena Carioca 3 estava lotada e empurrou Maicon durante todo o combate. Cho é seis centímetros mais alto (1, 96m) e 10 kg mais pesado (100 kg) que o brasileiro.
Por isso, a luta começou estudada e o primeiro round se encerrou sem que ninguém tomasse a dianteira no placar. A primeira pontuação só veio no segundo minuto da segunda parcial, quando o britânico abriu 3 a 1.
Com uma sequência de golpes, Maicon virou o placar para 4 a 3. O ginásio estremeceu com a torcida. Restando um minuto, o britânico empatou em quatro pontos. Mas com um golpe a quatro segundos do fim, o brasileiro garantiu o bronze para levar os brasileiros à loucura - com gritos de "é campeão" e embalados pelo tema da vitória de Ayrton Senna.
"Entrei muito focado e consegui encaixar meu jogo. Ainda tomei um chute em cima, mas não me abalou porque eu ainda estava na luta e no final apliquei uns dois golpes giratórios que era o que eu precisava. E deu certo. É uma conquista muito grande para minha modalidade e para mim", resumiu Maicon.

Brasileiros ganharam 13,1% das medalhas de atletas militares na Rio-2016


Guilherme Costa Do Uol Rj

Não é apenas na delegação brasileira que as medalhas conquistadas por militares são maioria na Rio-2016. Oficiais do país obtiveram 13,1% dos pódios coletados por representantes das Forças Armadas nos Jogos Olímpicos, segundo estimativa do CISM (Conselho Internacional do Desporto Militar, na sigla em francês).
A conta da entidade é que atletas militares recolheram 99 láureas na Rio-2016 até o momento. Os brasileiros colaboraram com 13 – o país angariou um total de 18 pódios (19, contabilizando a presença do vôlei masculino na decisão marcada para este domingo).
"Tivemos muitos bons exemplos de sucesso militar nos Jogos, como o Brasil. Eles têm um plano bem estruturado e bons representantes. Meu país teve duas medalhas, e ambas foram de militares. A Itália também teve muitos, mas no Brasil os resultados foram expressivos", disse o coronel Abdul Hakeem Alshino, presidente do CISM.
O Brasil incluiu 145 militares entre os 465 atletas inscritos na Rio-2016. Esse contingente foi o resultado de um plano iniciado pelas Forças Nacionais em 2008, inicialmente voltado aos Jogos Mundiais Militares de 2011, no Rio de Janeiro.
As Forças Armadas do Brasil atualmente contam com 670 atletas inscritos em plano de alto rendimento (76 oficiais de carreira e 594 temporários). Esse grupo recebe R$ 15 milhões anuais do Ministério da Defesa em salários, além de R$ 3 milhões por temporada em inscrições e estrutura para participação em competições internacionais. O Ministério do Esporte contribuiu com outros R$ 120 milhões em reformas de instalações e R$ 25 milhões em custeio de viagens durante os últimos cinco anos.
O programa de alto rendimento dos militares brasileiros, portanto, tem um custo anual que gira em torno de R$ 47 milhões. Segundo o CISM, os países com aporte similar das Forças Armadas no esporte são Alemanha, China, França, Itália e Rússia.
"O esporte é algo típico em todas as Forças Armadas do mundo. A capacitação física, para ser mais preciso. Mesmo os países mais desenvolvidos, com maiores arsenais bélicos, valorizam muito isso", disse Paulo Martino Zuccaro, vice-almirante e diretor do Departamento de Desporto Militar no Brasil.

AGÊNCIA ESTADO


PF põe Veículo Aéreo Não Tripulado na Amazônia

Com o lançamento do IntegraVANT, equipamento passa a acumular missões na fronteira, sua primeira área de ação, com rastreamento de plantações de maconha no Nordeste e de focos de desmatamentos na grande floresta

Fausto Macedo E Julia Affonso

A Polícia Federal decidiu ampliar a área de ação do Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT). A partir de agora, o VANT será empregado não apenas em missões na fronteira. Ele será integrado a todo o sistema operacional da PF, incluindo especialmente sua utilização na Amazônia e nas operações para identificação e erradicação de maconha deflagradas na região Nordeste.
A remodelação e o redimensionamento do projeto original do VANT , que passará por um processo de transição, são a nova meta da Direção-Geral da PF.
ImagemA PF informou que, nos próximos dias, será constituída uma comissão de policiais para elaborar as diretrizes do novo projeto, denominado IntegraVANT. Essa medida decorre do emprego de outras ferramentas de tecnologias adquiridas recentemente pela PF, que elevaram muito a capacidade das operações aéreas a partir de sistemas de imagem, comunicação em tempo real e georreferenciamento.
“O remodelamento da utilização das ferramentas na repressão ao crime organizado impõe o desafio de também adequar as doutrinas de imagens e de operações aéreas”, informou a PF.
O Veículo Aéreo Não Tripulado é uma ferramenta de inteligência utilizada pela PF no combate ao crime organizado, especialmente na região de fronteira. O VANT voa sem tripulação a bordo, sob controle remoto.
As características especiais da aeronave permitem que ela voe 37 horas ininterruptas e possa ser operada a uma distância de até 250 quilômetros das estações de controle em terra. Equipado com câmeras diurna e noturna, pode fotografar e filmar pessoas ou objetos no solo, de uma altura que pode chegar a 30 mil pés, ou dez quilômetros, sem perder a nitidez.
Por ser equipado com radar do tipo SAR, tem capacidade para obter imagens similares a fotos aéreas, com altíssima resolução, além de detectar movimentos no solo, entre outras funções.
A tríplice fronteira foi definida como prioridade para a instalação e operação dos dois primeiros VANTs, região para onde a PF deslocou reforço de pessoal e de materiais ‘visando ao enfrentamento da criminalidade organizada’. Isso não impediu que as aeronaves atuassem em outras áreas do território.
A PF foi a primeira força policial do mundo a utilizar esse tipo de equipamento para o emprego em atividades voltadas à segurança pública. Até aqui, o VANT era exclusivamente uma ferramenta de inteligência e o SISVANT – Sistema de Veículos Aéreos da Polícia Federal – tinha como função principal monitorar as áreas de fronteira.

AGÊNCIA BRASIL


Com 14 medalhas de atletas militares, Brasil supera meta


Cristina índio Do Brasil Repórter Da Agência Brasil

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Rio de Janeiro – Responsáveis por 30% da delegação brasileira, os 145 atletas militares que participaram dos
Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro conquistaram 14 medalhasCristina Índio do Brasil/Agência Brasil
Dos 465 que integraram a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016, 145 são militares em 27 modalidades esportivas. A meta era atingir dez medalhas, mas o resultado superou a expectativa chegando a 14, informou o Ministério da Defesa.
Entre esses atletas está a judoca medalha de ouro, Rafaela Silva, que entrou na Marinha em janeiro de 2014. Segundo ela, a participação nos Jogos Mundiais Militares, realizados antes das Olimpíadas, e o apoio financeiro ajudam na preparação.
"É muito importante a gente ter outros tipos de recursos, representar a Marinha nos Jogos Mundiais Militares, onde a gente conhece alguns adversários que possam estar em Olimpíada e em campeonatos mundiais. A gente tem uma ajuda também, porque a gente não consegue treinar com preocupação. A gente tem uma renda fixa e uma preocupação a menos, podendo se preocupar mais com o treino e a competição", comentou.
Medalha de ouro no salto com vara, Thiago Braz, da Aeronáutica, destacou que para o desenvolvimento da modalidade dele, as Forças Armadas têm uma estrutura de pista de saltos que vai influenciar a preparação para as competições. "O principal é que agora a gente vai ter um espaço. Quando eu estiver lá fora e vier para o Brasil, vou poder fazer intercâmbios. Isso vai dar uma boa ajuda", apontou.
Segundo Thiago, os resultados dos Jogos de 2016 devem atrair mais atenção para outros esportes além do futebol. "Não vou comparar o atletismo com futebol, porque a gente ainda é fraco nesta área, mas acredito que tendo uma medalha pode influenciar muitos brasileiros a voltarem os olhos ao esporte. Não somente ao futebol, mas em outras áreas. O interessante é que as pessoas estão tendo a oportunidade de iniciar, a partir de 2017 ou ainda em 2016, uma nova fase para o Brasil. O esporte só tem a ganhar com isso", concluiu.
Os atletas militares medalhistas olímpicos participaram hoje (20), com outros atletas militares, da cerimônia de encerramento do Clube Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM), na Fortaleza de São José da Ilha das Cobras, no centro do Rio de Janeiro. O presidente do CISM, coronel Abdulhakeem Alshano, agradeceu a participação de todos os atletas militares nesta Olimpíada. "Os atletas militares conseguiram resultados positivos e deram contribuição enorme para os esportes em nível internacional", destacou.
Militar do Bahrein, Alshano elogiou o trabalho feito pelas Forças Armadas brasileiras. "O Brasil tem um papel muito importante. Realmente forma pessoas que tem muito talento. Contribui para qualificar as pessoas para diferentes atividades", declarou.
Edição: Wellton Máximo

Diretor do Ministério da Defesa sugere mais investimentos em atletas militares


Cristina índio Do Brasil Repórter Da Agência Brasil

O diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, vice-almirante Paulo Zuccaro, disse hoje (20) ser preciso que os programas das Forças Armadas de apoio ao esporte invistam mais na preparação de atletas de base para obter resultados na Olimpíada de 2024, em Tóquio. Na cerimônia de encerramento do Clube do Conselho Internacional do Esporte Militar, ele informou que ainda não há avaliação no governo sobre a ampliação de recursos para os programas desenvolvidos em parceria com os Ministérios do Esporte e do Desenvolvimento Social.
Segundo Zuccaro, depois das competições de 2016, as Forças Armadas avaliarão os sucessos e as falhas destes Jogos Olímpicos para reforçar o atendimento em modalidades nas quais as Forças Armadas podem dar uma contribuição maior. Para o diretor, as modalidades muito custosas, nas quais já existe uma participação grande dos clubes e das empresas, talvez não sejam o melhor segmento para esse tipo de investimento.
"A gente imagina que pode trabalhar mais naquele segmento, naquelas modalidades de custo mais moderado e em que a nossa estrutura faça mais diferença. Os antigos chamavam esportes amadores. Trabalhar mais no segmento dos esportes individuais que dão muitas medalhas e talvez não atraiam tanta atenção do público e tenham patrocínios mais modestos. A gente pode fazer muito nestes campos", afirmou. Ele citou as artes marciais, o atletismo e a natação como esportes que podem receber maior apoio militar.
De acordo com Zuccaro, os Jogos Mundiais Militares, sempre realizados antes de uma Olimpíada, fazem parte do planejamento das Forças Armadas. "Aí, a gente vê muita gente se revelando e despontando e indicando grandes possibilidades para a Olimpíada seguinte. A gente tem um planejamento estratégico que envolve os próximos Jogos Mundiais Militares, na China, e suas consequências positivas para os Jogos Olímpicos no Japão", destacou.
Atualmente o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) tem 670 atletas, dos quais 76 são militares de carreira. A adesão é voluntária e depende de aprovação no edital de participação. O período máximo de permanência é de oito anos, o que corresponde a dois ciclos olímpicos.
Na comparação com atletas militares de outros países, o diretor do Ministério da Defesa citou a dupla do vôlei de praia Alison e Bruno Schimidt, que venceu a dupla italiana também formada por militares da Força Aérea da Itália. Na dupla feminina alemã, vencedora no vôlei de praia, uma das atletas é militar. Ele citou ainda o atleta americano que conquistou a medalha de bronze no salto com vara, embora os Estados Unidos não usem as Forças Armadas como componente importante do seu esforço olímpico.
De acordo com o diretor, a participação do Ministério da Defesa é mais forte na estrutura de atendimento médico, odontológico, nas instalações esportivas e na supervisão técnica na ciência do esporte do que no apoio financeiro. Ainda assim, disse Zuccaro, R$ 18 milhões são investidos por ano, dos quais R$ 15 milhões para os salários e o restante para os gastos com competições.
"O Ministério do Esporte nos ajuda muito. Nos últimos cinco anos o investimento do Ministério do Esporte nas Forças Armadas somou R$ 120 milhões, aplicados na melhoria das instalações desportivas militares, e aproximadamente mais R$ 25 milhões para a participação de atletas militares em competições de alto nível", destacou.
Edição: Wellton Máximo

PORTAL BRASIL


Novas regras para transportar órgãos salvam vidas pelo Brasil

Mudanças nas regras para transporte de órgãos e investimentos no SUS foram destaque nos três primeiros meses da gestão

Em 100 dias de governo do presidente em exercício, Michel Temer, foram adotadas várias medidas para tornar mais eficiente a aplicação de recursos na saúde e salvar vidas. Uma das primeiras medidas foi o decreto do presidente que obriga aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) a ficarem sempre disponíveis para transportar órgãos, tecidos e partes do corpo humano para transplante em todo o território nacional. 
Além disso, o governo federal tem assegurado repasses sistemáticos para o Sistema Único de Saúde (SUS), para garantir procedimentos médicos, contratar profissionais para a rede, entre outros.
Conheça as principais medidas na área de saúde:
Decreto presidencial determina à FAB transportar órgãos para transplante: Em junho, Temer assinou decreto que colocou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) à disposição para missões de transporte de órgãos, tecidos e partes do corpo em todo o território nacional. Em apenas 24 dias após a norma entrar em vigor, 17 órgãos foram transportados pela FAB, sendo nove corações, seis fígados e dois pâncreas.
O transporte desse material tem prioridade na definição das rotas de tráfego aéreo, por causa do tempo de isquemia (período que os órgãos podem ficar sem irrigação sanguínea).
Mais recursos para a Saúde: No início de junho, ao enviar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para limitar os gastos do governo ao Congresso Nacional, Temer assegurou que a área da Saúde não seria alvo de contingenciamentos.
Além disso, no começo de agosto, o governo anunciou um reforço nos investimentos à Saúde, com o repasse de R$ 133 milhões para a qualificação de serviços e equipes da atenção básica. O governo também assegurou o repasse de R$ 12,5 milhões para a construção de novas Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 21 Estados.
Hospitais universitários têm orçamento reforçado: O Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), por exemplo, recebeu mais de R$ 11,5 milhões para quitar despesas de custeio e investimentos. Para o hospital da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foram liberados R$ 596,6 mil para reforçar os atendimentos pelo SUS.
Em abril, o governo já havia destinado outros R$ 230 milhões a diversos hospitais universitários do País e mais R$ 227 milhões devem ser repassados no segundo semestre, como parte do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf).
Ainda em julho, o Ministério da Saúde autorizou a liberação de R$ 37,5 milhões para que os hospitais universitários reforçassem os atendimentos pelo SUS.
Mais Médicos recebe 1,5 mil novos profissionais: Em julho, 600 profissionais, entre brasileiros e cubanos formados no exterior, foram a Brasília para atuar no programa Mais Médicos. A expectativa é de que, até o fim de agosto, outros 1,5 mil agentes ocupem o restante das vagas do programa e reforcem os atendimentos. Um novo edital que vai selecionar 502 médicos para 393 municípios também foi lançado em julho.
Teste rápido diagnostica hepatite B: O Ministério da Saúde passou a incluir na tabela do SUS a oferta do teste rápido para diagnóstico da hepatite. O intuito é identificar o vírus da hepatite B de maneira precoce, uma vez que a doença pode comprometer o fígado, que pode evoluir para uma cirrose hepática.
Acordo retira 14 mil toneladas de sódio de alimentos: Para evitar doenças crônicas comuns na população, como a hipertensão, um acordo entre o governo federal e a Associação das Indústrias da Alimentação (Abia) viabilizou a retirada de 14 mil toneladas de sódio dos alimentos. A meta é excluir 28 mil toneladas do mineral até 2020.
Pacientes do SUS serão identificados pela digital: O Ministério da Saúde será o primeiro órgão da administração pública federal a utilizar os serviços de biometria propostos pelo governo federal para todos os programas sociais. O projeto piloto para o novo modelo de identificação deve começar em serviços ofertados pela atenção básica em 2017.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde, FAB e Associação das Indústrias da Alimentação

Vigilância eletrônica garante segurança nos Jogos

Veículos possibilitam fazer uma varredura dos pontos principais e dão uma resposta imediata

Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), por meio da Subchefia de Segurança e Defesa, está coordenando o emprego de unidades de vigilância eletrônica desdobráveis, equipamentos com a capacidade de monitorar grandes áreas, com extrema mobilidade.
O objetivo é reforçar a segurança de instalações das Bases Aéreas do Rio de Janeiro durante os Jogos Olímpicos e Paralimpicos 2016.
Os responsáveis pela montagem e pelo emprego dos equipamentos são militares do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II).
Três veículos foram equipados com câmeras de vigilância, gravadores digitais de vídeo, antenas de transmissão de dados e telas para visualização, os quais estão sendo empregados 24 horas nas Bases Aéreas dos Afonsos, Galeão e Santa Cruz. O foco do trabalho é garantir a segurança nos receptivos, das aeronaves e dos atletas que passam pelos centros de treinamento da FAB.
As unidades móveis possuem câmeras fixas e com rotação de 360 graus (speed dome) além de contar com postes móveis de vigilância cujas imagens podem ser transmitidas a uma distância de até 12 quilômetros da viatura, possibilitando a vigilância e controle de grandes áreas empregando apenas um operador do sistema. A transmissão é feita por meio de links com as antenas da viatura. O trabalho é uma parceria entre o COMGAR e o DECEA.
Segundo o Comandante do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial do Galeão (BINFAE-GL), Major Alexander Setta, as viaturas possibilitam fazer uma varredura dos pontos principais de vigilância dando uma pronta-resposta imediata, caso necessário."A unidade de vigilância, além de registrar todos os procedimentos que vão auxiliar na análise pós-ação, também serve para garantir a segurança. É um multiplicador de força e um redutor de pessoal", explica.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Força Aérea Brasileira



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