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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 05/08/2016 / Transporte aéreo de passageiros no mundo cresce 5,2% em junho


Transporte aéreo de passageiros no mundo cresce 5,2% em junho ...


O transporte aéreo de passageiros no mundo registrou, em junho, crescimento de demanda de 5,2% em pessoas-quilômetros transportadas (RPK, na sigla em Inglês), quando comparado o tráfego com o registrado em igual mês de 2015, informou a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), que representa as 260 maiores empresas de aviação do planeta.

Na mesma base de comparação, a oferta medida em assentos-quilômetros disponíveis (ASK) teve variação positiva de 5,6%. Assim, a taxa de ocupação da aviação mundial caiu 0,3 ponto percentual, para 80,7%.

"A demanda por viagens continua a aumentar, mas a um ritmo mais lento. O cenário econômico frágil e incerto, choques políticos e uma onda de ataques terroristas estão formando um ambiente de demanda mais frágil", disse o presidente da Iata, Tony Tyler, referindo-se à decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia e aos ataques terroristas recentes na Europa.

Nos mercados domésticos, o dos Estados Unidos teve o melhor desempenho em junho, com avanço de 15,4% na base anual. Já o Brasil recuou 1,4%, terceiro pior desempenho, após Austrália, Índia e Japão.

Nas rotas internacionais, a América Latina cresceu 4,6% em demanda. O Oriente Médio avançou 7,3% e a Ásia-Pacífico, 7,2%.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



PORTAL GLOBO ESPORTE


Continência, soldo e 31% do Time Brasil: as Forças Armadas na Rio 2016

Atletas falam sobre valores ensinados no militarismo, estrutura e se vão ou não fazer o gesto que se tornou polêmica no Pan. Ministério explica detalhes do programa militar

Gabriel Fricke

Nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015, diversos esportistas prestaram continência ao subir no pódio. O ato gerou debate. Tratava-se de uma questão política e era parte de propaganda, já que Exército, Marinha e Aeronáutica patrocinam o esporte, ou era apenas um sinal de respeito à bandeira nacional? O Comitê Olímpico Internacional (COI) não permite qualquer tipo de manifestação política ou militar durante a cerimônia de premiação. E não se sabe ainda se o gesto que se tornou comum no Canadá será repetido no Rio. O Ministério da Defesa confirmou que vão participar dos Jogos 145 atletas das Forças Armadas, ou seja, 31,2% do total de 465 integrantes do Time Brasil.

A visão dos atletas: continência no pódio e valores

Além de se beneficiarem com soldos e estrutura, os atletas tocam muito na questão de valores ensinados nas Forças Armadas. Consideradas terceiro sargento da Marinha, Ágatha e Bárbara Seixas, do vôlei de praia, afirmam que há muitas semelhanças entre a vida de esportista e militar. Ambas as jogadores pretendem prestar continência se forem subir ao pódio na Rio 2016.

O COB, aliás, nega que vá coibir essa prática e que não haverá cartilha ou orientação específica. O Comitê Olímpico Internacional (COI) afirmou que "sempre tem uma aproximação sensível à questão do militarismo e leva caso a caso em consideração, como, por exemplo, as saudações militares".

A entidade máxima do desporto olímpico acrescentou que, "quanto ao apoio do COI aos atletas militares, foi concedido ao Conselho Internacional do Desporto Militar (CISM) reconhecimento pleno em 1995. Desde então, as duas entidades têm trabalhado em cooperação, incluindo até mesmo empreitadas como a organização do seminários "Sport For Peace". O CISM terá presença confirmada nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 com o CISM Club Rio 2016, um lugar onde todos os envolvidos com esportes e militarismo poderão se encontrar durante a competição para confraternizar. O CISM possui clubes organizados em diversas edições desde os Jogos de Seul, em 1988".

Os atletas, por sua vez, elogiam principalmente os valores aprendidos nas Forças.

- Retrata tudo que um atleta vive: disciplina, comprometimento, representar uma nação e ter uma responsabilidade perante um país. As Forças Armadas potencializam isso. Não podemos usar nos Jogos a tatuagem temporária (como nas etapas do Circuito Brasileiro ou Mundial, em que estampam o brasão da Marinha), mas eu faria a continência, claro, porque é uma forma de representar e homenagear - disse a carioca Bárbara Seixas.

- Passamos a fazer parte do corpo da Marinha em janeiro de 2015, é pouco tempo, mas deu para perceber bem o que é a vida militar. Tivemos um período de alguns dias dentro do Cefan, aprendendo, estudando, cantando o hino, de farda. Não fizemos o curso completo de 45 dias. Outros fizeram atividades pegando em armas, por exemplo, mas não pudemos porque estávamos em treinamento. Mesmo assim, deu para vivenciar um pouco. É semelhante à vida de atleta: tem a ideia da hierarquia, disciplina, os horários, as regras. Farei a continência sim, porque não existe orientação contrária e, para nós, é um orgulho. No meu ver, representa o orgulho de defender meu país - completou a paranaense Ágatha.

Atletas do vôlei de praia, Larissa e Talita refletem a opinião de Ágatha e Bárbara Seixas, só que representam o Exército. Para elas, agrega "muitos valores". A continência, em seu caso, também será prestada. Membro da Força Aérea Brasileira desde 2013, Clemilda Fernandes, do ciclismo estrada, concorda com as compatriotas. Ela, contudo, crê que a cultura do militarismo é muito mais forte na Europa e discorda do programa em um ponto específico: a dispensa do serviço.

- Me orgulho de fazer parte dessa família e bater continência é uma maneira de homenagear nossa bandeira, é uma das saudações militares e é demonstra apreço por meus meus superiores e pelos símbolos nacionais. Eles estimulam sim a continência pelo respeito. No pódio, ao ver nossa bandeira, surge de forma natural. Na Europa já existe há muito tempo esse programa envolvendo as Forças Armadas, e as melhores atletas do mundo fazem parte do militarismo. Só que lá, é uma vez militar, sempre militar. No Brasil, algo que não concordo é que você entra para ser militar e, a qualquer momento, você pode ser dispensado. Você deveria ser para sempre militar. É muito difícil chegar a ser militar, tem que ser muito boa no esporte, ter muita disciplina, então acho que devia durar para sempre. Mas aqui, se o atleta não dá resultado, ele é dispensado - lamentou.

De acordo com o Ministério da Defesa, não há, por parte do Comitê Olímpico Internacional (COI), qualquer orientação contrária à continência. Segundo o boxeador Joedison Teixeira, conhecido como Chocolate, há um pedido para que se faça o gesto no pódio. Ele, aliás, tem uma experiência um pouco diferente dos outros atletas citados, já que começou a ter seu primeiro contato com a Marinha do Brasil com apenas 16 anos.

- Aprendi a me comportar melhor no meio da sociedade por causa da Marinha. Eu sou um dos pioneiros nisso porque participei de um projeto que apoia atletas de 15, 16 anos até completarem os 18 anos e terem a idade para ingressar na Marinha efetivamente e, a partir daí, iniciar seu caminho ou não no militarismo. Tínhamos que ficar no ambiente militar, dentro da Marinha. Então eu aprendi sobre isso antes de fazer o curso. Depois é que fiz. A Marinha me deu inclusão social. Aprendi, desde os 16 anos, a ter determinação, disciplina, humildade, lealdade, e foi isso que me fez crescer nessa profissão, persistir. O espírito do militarismo me envolveu de tal forma que consegui resistir a diversos problemas na minha vida. Aprendi a seguir no que eu queria e sonhava desde novinho.

Nascimento do projeto e convocações


O Ministério da Defesa explica que o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) das Forças Armadas nasceu em 2008 através de uma parceria com o Ministério do Esporte. Diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, o almirante Paulo Zuccaro explica como são feitas as convocações.
- A convocação para integrar o PAAR é feita mediante edital público, publicado em média duas vezes por ano, nas modalidades esportivas de interesse de cada Força (Marinha, Exército e Aeronáutica). Posteriormente, a seleção é feita por prova de títulos (currículo esportivo/resultados/ranking nacional). Os atletas selecionados, inicialmente, frequentam um estágio básico por 45 dias. Em paralelo, podem continuar treinando e competindo conforme conveniência de suas modalidades e são chamados, periodicamente, a critério de cada Força, para uma reciclagem de instrução militar.

Modalidades participantes atualmente

O programa inclui 26 modalidades olímpicas: atletismo, badminton, basquete, boxe, ciclismo, esgrima, futebol, golfe, handebol, hipismo, judô, levantamento de peso, lutas associadas, maratona, nado sincronizado, natação, pentatlo moderno, remo, saltos ornamentais, taekwondo, tiro, tiro com arco, triatlo, vela, vôlei e vôlei de praia. Além disso, há modalidades não olímpicas e tipicamente militares, como cross country, lifesaving e futebol de areia orientação, paraquedismo, pentatlo aeronáutico, pentatlo militar e pentatlo naval. Juntas, elas somam um total de 34 modalidades esportivas.

Valores do programa: soldo e benefícios

ImagemAtualmente, 670 militares fazem parte do Programa Atletas de Alto Rendimento, sendo que 76 são militares de carreira e outros 594 temporários. Anualmente, o Ministério da Defesa investe aproximadamente R$ 15 milhões em salários para os atletas militares de alto rendimento. Eles têm direito a soldos, 13º salário, locais para treinamento, recursos humanos nas comissões técnicas, participação nas competições do Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM), além de apoio de saúde com atendimento médico, odontológico, fisioterápico, alimentação e alojamento.

- Por meio do Programa, os atletas são incorporados com patentes variadas na Marinha, no Exército e na Aeronáutica. Os direitos salariais e todos os outros são exatamente os mesmos que os demais militares de graduação em serviço ativo têm. Por exemplo, a remuneração líquida do 3º sargento temporário é de aproximadamente R$ 3,2 mil mensais - explicou o almirante Paulo Zuccaro, diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa.

A Defesa ainda investe cerca de R$ 3 milhões por ano nos eventos esportivos nacionais e internacionais, aquisição de equipamentos, uniformes, e outros itens destinados ao aperfeiçoamento dos atletas. Questionado sobre a manutenção desse programa mesmo após o término dos Jogos Olímpicos, o almirante garantiu que "não há data de validade" para o PAAR.

- O Programa Atletas de Alto Rendimento está consolidado e é objetivo que permaneça como fator indutor e de desenvolvimento do esporte competitivo das Forças Armadas, contribuindo para que o Brasil seja um protagonista mundial no desporto olímpico e não olímpico. O Ministério da Defesa já tem pronto um planejamento para o ciclo de 2016 a 2020, pensando nos Jogos Mundiais Militares de 2019 e nos Jogos Olímpicos de 2020. O programa, pelo Ministério da Defesa, não irá acabar - falou o dirigente.

Ágatha e Bárbara, que tiveram dificuldades para arrumar patrocinadores e fornecedores de material esportivo para os Jogos, mesmo sendo campeãs mundiais em 2015 e representantes olímpicas do vôlei de praia, ressaltam a importância do soldo e da estrutura complementar oferecida.

- É muito importante porque nos ajuda a pagar nossos profissionais e manter a estrutura que tivemos em 2015, por exemplo - comentou Ágatha.

- A Marinha disponibiliza o Cefan (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes, na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro) para treinarmos e qualquer tipo de assistência que a gente precisar, além da ajuda financeira, eles dão - acrescentou Bárbara.

Instalações esportivas

As três Forças Armadas oferecem aos atletas seus centros de treinamento para preparação. No caso da Marinha, é o Cefan (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes), no do Exército, trata-se do Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx) e Complexo Esportivo de Deodoro e, por fim, há a Universidade da Força Aérea, da Aeronáutica. Essas são as principais, mas, ao todo, são sete bases de apoio. A parceria, que culminou na montagem desses locais, começou com um protocolo de intenções em 2011.

ImagemO destaque é o CCFEX que, na Olimpíada, será chamado de Centro de Treinamento de Alta Performance do Time Brasil (CTAP Brasil), tornando-se o QG do Time Brasil. Nesse local, os atletas terão autonomia nos horários de suas atividades, privacidade, poucos deslocamentos e alimentação balanceada. A base terá ainda hospedagem, lavanderia, serviços médicos, ciências do esporte, academia e uma área de convivência para que os atletas possam relaxar. E uma espécie de lounge, com videogames (existe até um simulador de corrida) e aparelhos de televisão.

A primeira modalidade a entrar no CCFex foi o tiro com arco, oficialmente, no dia 18 de julho, apesar de Marcus D”Almeida e cia. já estarem morando e treinando na Urca há mais tempo. O boxe entrou depois. A vela e o vôlei de praia, com exceção de Alison e Bruno Schmidt, ficarão no local durante todo o período olímpico, devido à proximidade com seus locais de competição. A vela acontece na Marina da Glória, e o vôlei de praia, na Praia de Copacabana.

No caso do vôlei de praia, por exemplo, foi feita uma preparação especial de iluminação para que os atletas possam treinar à noite na Urca, simulando o que acontecerá durante os Jogos, já que os jogos da modalidade ocorrem em período integral.
- De maneira frequente, os desportistas do atletismo, especialmente os revezamentos 4x100 e 4x400, utilizam as estruturas militares para treinamento. Muitos atletas, inclusive, nem são militares. Outras modalidades como basquete, vôlei, taekwondo, judô e natação também utilizam os centros de treinamento das Forças Armadas - falou o almirante Paulo Zuccaro.

Expectativa das Forças Armadas

Segundo o almirante Paulo Zuccaro, diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, há vários atletas de destaque no cenário nacional e internacional que foram incorporados às Forças Armadas. Ele destacou Charles Chibana (judô), Sarah Menezes (judô), Renzo Agresta (esgrima), Leonardo de Deus (natação), Iris Tang Sing (taekwondo), Juliana Veloso (saltos ornamentais), Larissa e Talita (vôlei de paria) e Yane Marques (pentatlo moderno). As modalidades com mais expectativas de medalhas, ainda de acordo com ele, são judô, natação, vôlei de praia, tiro e vela.

- O desafio agora é alcançar 10 medalhas e contribuir para o resultado do Time Brasil - concluiu o dirigente.

PORTAL G-1


"Paz será recuperada", diz Jungmann no RN; governador pede mais apoio

Ministro da Defesa iniciou operação para combater ataques criminosos. Robinson Faria fez apelo para tropas ficarem por mais tempo no Estado.

Fred Carvalho

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, iniciou na manhã desta quinta-feira (4) a Operação Potiguar, que tem por objetivo combater a onda de ataques criminosos que que vem ocorrendo no Rio Grande do Norte desde a sexta-feira (29). Ao todo, cerca de 1.200 homens do Exército, Marinha e Aeronáutica vão se integrar às forças de segurança pública estadual. Os militares - provenientes de Pernambuco, Ceará e Paraíba e do interior do RN - devem ficar em Natal e na região metropolitana da capital até o próximo dia 16. Na solenidade de lançamento, o governador Robinson Faria quebrou o protocolo e apelou para que esse prazo seja estendido.
"Nós vamos recuperar a paz. O que estamos fazendo aqui no Rio Grande do Norte é um trabalho de integração, o que mostra a preocupação do governo federal com a situação desse Estado. Essa GLO (Garantia da Lei e da Ordem) tem amparo legal e visa ajudar o Governo do Estado a restabelecer a tranquilidade da população", disse Jungmann.
Os 1.200 homens, segundo o ministro, serão empregados no patrulhamento das ruas e na ocupação de corredores de ônibus, pontos turísticos, acesso ao aeroporto e na principais vias de Natal e da Grande Natal. Os militares podem fazer prisões em flagrante. "O objetivo é auxiliar no patrulhamento e, com isso, poder liberar os policiais que antes estavam nesses locais para ocupar outras áreas, inclusive cidades do interior do Estado". Os militares nâo têm poder para fazer incursões na periferia das cidades e também não irão ajudar nas investigações dos crimes.
Protocolo quebrado
Em entrevista coletiva, o governador Robinson Faria quebrou o protocolo e fez um apelo ao ministro Raul Jungmann. "Apelo em nome do povo do Rio Grande do Norte. Peço que seja feito um aditamento desse prazo de permanência das tropas aqui no nosso Estado. O ideal é que esses bravos homens fiquem conosco até o Governo do Estado conseguir implantar bloqueadores de celular em todas as unidades prisionais", pediu o governador. De acordo com Faria, o prazo para conseguir intalar os bloqueadores é de cerca de dois meses.
Após o pedido do governador, Raul Jungmann disse que irá analisar a solicitação. "Há a maior boa vontade do governo federal para ajudar o Rio Grande do Norte. Mas temos que estudar esse pedido. Se for possível, iremos atender esse pleito".
Operação Potiguar
A vinda de Jungmann a Natal marcou o início da Operação Potiguar. Os 1.200 militares que irão atuar na ação chegaram a Natal na manhã desta quarta. Já à noite, 55 deles foram às ruas e ocuparam alguns dos principais cruzamentos da capital.
O Rio Grande do Norte vem sendo alvo de ataques criminosos desde a sexta (29). Pelo menos 106 ataques criminosos foram registrados em 36 cidades. Foi o que informou o mais recente boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesed). O primeiro ataque aconteceu na tarde da sexta, quando um micro-ônibus foi incendiado na BR-304, em Macaíba, cidade da Grande Natal. A instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária Estadual de Parnamirim, que também fica na região Metropolitana da capital potiguar, é apontada pelo governo como motivo dos atentados. O equipamento foi instalado no dia anterior.
Os principais alvos dos criminosos são ônibus, carros, prédios da administração pública e bases policiais. Um dos acessos ao aeroporto Internacional Aluízio Alves, e até mesmo a vegetação do Morro do Careca - um dos principais cartões-postais do estado - também foram alvos dos atentados.
Ainda segundo a Sesed, do total de 106 ocorrências contabilizadas até agora, 61 delas são incêndios, 30 atentados a fogo, 7 disparos contra prédios públicos e proximidades, 4 ataques envolvendo artefatos explosivos e 4 depredações. Os veículos incendiados (ônibus e micro-ônibus) são 32.
As ocorrências foram registradas nas cidades de Natal, Parnamirim, Macaíba, São José de Mipibu, Caicó, Currais Novos, Caiçara do Norte, Santa Cruz, Mossoró, João Câmara, Jardim de Piranhas, Assu, Tangará, São Gonçalo do Amarante, Touros, Maxaranguape, São Paulo do Potengi, Goianinha, Florânia, São José de Campestre, Canguaretama, Cruzeta, São Vicente, Tenente Laurentino, Jardim do Seridó, Pedro Avelino, Montanhas, Lagoa Nova, São Tomé, Pendências, São Fernando, Rio do Fogo, Itajá, Extremoz, Dix Sept Rosado e Parelhas.
Prisões
A Secretaria de Segurança confirmou também que 100 pessoas já foram presas, todas suspeitas de participação direta ou de envolvimento com os atentados.
Os suspeitos conduzidos para averiguação foram detidos em Monte Alegre, Macaíba, Parnamirim, Parelhas, Santa Cruz, Natal, Currais Novos, São Paulo do Potengi, Patu, Nova Cruz, Canguaretama, São Tomé e Goianinha. Com eles, a PM apreendeu motos roubadas, armas, cartuchos, munições, chumbo, pólvora e dezenas recipientes de combustíveis, dinheiro, explosivos e colete balísitico. Todos os detidos estão sendo apresentados à Polícia Civil, que está realizando os procedimentos necessários para elucidar cada caso.
Sexta noite seguida de ataques
Três ônibus escolares de Governador Dix-Sept Rosado, município da região Oeste potiguar, foram incendiados na madrugada desta quinta-feira (4). Além desta ocorrência, outras sete marcaram a sexta noite seguida de atos criminosos no Rio Grande do Norte.
Os ônibus escolares destruídos estavam estacionados no pátio da prefeitura da cidade quando foram incendiados. A polícia informou que ninguém foi preso até o momento. Em Mossoró, também na região Oeste, um carro estacionado em frente à Delegacia Especializada em Furtos e Roubos, no bairro de Abolição IV, foi queimado. Por volta de 1h, quatro homens foram presos tentando incendiar um posto da PM no Abolição III.
Já em Caicó, no Seridó potiguar, um caminhão-pipa foi incendiado por volta das 22h no bairro de Castelo Branco, próximo à Cidade Judiciária. O Corpo de Bombeiros esteve no local e conseguiu controlar as chamas. Uma hora depois, o prédio onde estão instalados os transmissores da rádio A Voz do Seridó, no Bairro Walfredo Gurgel, também foi atacado por vândalos.
Em Santa Cruz, a 120 quilômetros de Natal, três jovens tentaram incendiar veículos do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Policiais militares da cidade agiram rápido e apagaram as chamas. Apenas um carro ficou danificado.

Na Grande Natal, duas cidades registraram ataques. Em Macaíba, dois carros particulares foram queimados pouco depois das 22h próximo ao Campo das Mangueiras. Criminosos também incendiaram um carro que estava estacionado em frente a uma oficina em Extremoz.
Transferências
No início da semana, cinco detentos apontados pelo Governo do Rio Grande do Norte como chefes da facção criminosa que reivindica os ataques foram transferidos para a penitenciária federal de Mossoró.
Edson Cardoso Bezerra (Gato), Anderson Mendonça da Silva (Sancinho), Cosme Wendel Rodrigues Gomes (Cego), Alex Barros de Medeiros e Marcos Paulo Ferreira (Cabeça do Acre) foram transferidos de parnamirim para Mossoró.
De acordo com o governador Robinson Faria, os presos transferidos foram identificados pelo setor de inteligência da polícia potiguar após terem celulares monitorados. Ainda de acordo com o governador, outros 20 detentos serão transferidos para presídios federais em breve.
Na manhã desta terça, a polícia potiguar anunciou a prisão de Daniel Silva de Carvalho, apontado como sendo o "número 2" da facção que reivindica os ataques criminosos que vêm sendo registrados. Além dele, foi presa Islania de Abreu Lima, que também seria uma das chefes da quadrilha. Os dois foram presos em cumprimento a mandados de prisão.
João Mago
Entre as 100 pessoas presas até agora está João Maria dos Santos de Oliveira, de 32 anos, apontado pelas forças de segurança como um dos chefes da facção criminosa que vem agindo no estado. "João Mago", era considerado foragido desde dezembro do ano passado, quando saiu da Penitenciária Estadual de Parnamirim, na Grande Natal, com o auxílio de um alvará de soltura falso.
A prisão de João Mago foi feita em um condomínio residencial no bairro de Nova Parnamirim, em Parnamirim. Na casa, a polícia apreendeu R$ 300 mil em espécie, tabletes de crack e aparelhos celulares.
Robinson Faria comemorou a prisão do criminoso: “A polícia prendeu agora o traficante João Mago, um dos líderes de uma facção que fazia parte do comando dos ataques criminosos. Ele estava com vários aparelhos celular e R$ 300 mil. Era foragido do Presídio Estadual de Parnamirim. Quero parabenizar a polícia pelo grande trabalho que está realizando. Estamos vencendo o crime!", escreveu o governador em uma rede social.
Motim
Detentos da Penitenciária Estadual de Parnamirim, na Grande Natal, fizeram um motim na noite desta quarta (3). Os presos empilharam colchões no pé do muro e atearam fogo, segundo o secretário estadual de Justiça e Cidadania, Wallber Virgolino, pois "o objetivo era que as chamas atingissem o transformador ou a própria torre onde foram os instalados os bloqueadores de celular". O Corpo de Bombeiros apagou o fogo. Não há registro de feridos e a PM não soube informar se os bloqueadores foram danificados. Os aparelhos serão avaliados nesta quinta (4).
Ônibus com frota reduzida
Mesmo com homens do Exército, da Marinha e da Aeronáutica já integrando as forças de segurança do Rio Grande do Norte, os ônibus de Natal saíram das garagens com frota reduzida nesta quinta-feira (4).

FAB põe caças de prontidão para emergências em Manaus na Rio 2016

Aeronaves estão no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. Caças têm maior capacidade de armazenamento de arma.

Suelen Gonçalves

ImagemDuas aeronaves supersônicas da Força Aérea Brasileira (FAB) foram deslocadas da Base Aérea de Ponta Pelada para o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes na quarta-feira (3). De acordo com o major brigadeiro Waldeísio Campos, os caças estão municiados com mísseis e canhões e estarão de prontidão para qualquer possível ataque em Manaus ou outras cidades do Brasil.
O major brigadeiro da FAB, Waldeísio Campos, explicou que os caças foram posicionados nas dependências do Aeroporto devido a facilidade de voo do local.
"Daqui, ela pode operar com uma configuração mais ofensiva ou mais defensiva. Significa que daqui ela pode decolar com uma configuração de armamento e combustível que dá uma versatilidade maior para a aeronave, diferentemente de Ponta Pelada, que é onde ela opera normalmente e decola com menos combustível, com armamento reduzido".
De acordo com o major, as aeronaves são de fabricação americana, modelo F5EM, de última geração em termos de aviação e armazenamento. Ela é supersônica, atingindo a velocidade de 2.600 km/h. No entanto, esse regime só é usado quando exigido pela missão. Tem autonomia de duas horas de voo. Ela tem, ainda, capacidade de voar em baixa altura e sobe para prevenir possíveis ataques. Outra modernidade, é a possibilidade de reabastecimento em voo.
As Forças Armadas estão em alerta para a Olimpíada Rio 2016 e possíveis ataques terroristas. "Nossa aeronaves estão prontas para serem acionadas pelos controles de tráfego aéreo em casos de aeronave ou algo que esteja voando e pegando um rumo não desejado por nós nos termos de segurança. Se identificado algo não previsto na tela de radar, o controle comunica a Brasília, que vai autorizar a decolagem e acionar o piloto. Em dois minutos o piloto está com a aeronave no ar. Com essa aeronave, podemos chegar ao Rio de Janeiro em duas horas", enfatiza o major.
Segurança aérea
De acordo com a FAB, existem medidas de segurança do espaço áereo cujos procedimentos devem ser seguidos por todas as aeronaves. Aviões considerados suspeitos são interceptados pela Força Aérea. Algumas dessas aeronaves podem estar em emergência, como dificuldades de comunicação com o controle de tráfego aéreo, por exemplo.
"Nós identificamos a aeronave, vemos a matrícula e passamos para o órgão de controle, depois tentamos fazer um contato bilateral com o piloto de acordo com as normas internacionais e, se ele não responder, aí nós fazemos sinais visuais e nos colocamos à vista para ele ver que foi interceptado pela Força Aérea Brasileira e direcionamos a aeronave para onde desejamos que ela siga. Se ela não obedecer, nós passamos para uma fase mais agressiva, que é um tiro para a frente, um tiro de aviso, facilmente visualizado pela tripulação. Se, com tudo isso, eles prosseguirem naquele rumo hostil, que para nós é uma ameaça, o piloto está autorizado a dar o tiro de abate", exemplifica.
O hotel onde as delegações estão hospedadas, a Arena da Amazônia e o aeroporto fazem parte de um área amarela, na qual o tráfego de aeronaves é restrito às catalogadas pela FAB. Em dias de jogo da Arena, os voos nas proximidades são proibidos por duas horas antes e duas horas depois das partidas.

Tripulante de navio cai no mar no PR e está desaparecido há mais de 48 h

Marinha, Força Aérea e Corpo de Bombeiros buscam pelo tripulante. Queda aconteceu na madrugada de terça-feira (2), em Paranaguá.

Um tripulante de um navio caiu no mar no litoral do Paraná na madrugada de terça-feira (2) e está desaparecido desde então, segundo a Capitania dos Portos do Paraná (CPPR). A Marinha do Brasil informou nesta quinta (4) que as buscas seguem ininterruptas há mais de 48 horas.
O navio estava ancorado na área externa da baía de Paranaguá, entre a Ilha da Galheta e a Ilha Currais, onde aguardava para atracar no porto, conforme a CPPR. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Força Aérea Brasileira estão ajudando nas buscas.
A Capitania dos Portos do Paraná abriu um inquérito para investigas as circustâncias da queda. Até o momento, não se sabe como o tripulante caiu do navio.
O navio continua ancorado no mesmo local. Ele terá autorização para atracar no Porto de Paranaguá apenas depois que as buscas forem encerradas, de acordo com a CPPR. O navio tem a bandeira de Malta, e o tripulante é de origem búlgara. Ainda segundo a capitania, ele tem 49 anos.
O navio chamado "Slavyanka" chegou à área externa da baía de Paranaguá no domingo (31) carregado com 31 mil toneladas de fertilizantes.

Ave colide em avião e passageiros de MS perdem estreia na Olimpíada 2016

Acidente danificou turbina de aeronave na manhã desta quinta-feira (4). Companhia aérea diz que passageiros estão recebendo assistência.

Uma aeronave da Avianca pousou após 10 minutos de decolagem nesta quinta-feira (4), ao ser atingida por um pássaro, de acordo com a companhia aérea. O voo 6389 tinha Salvador como destino final e faria escala em Brasília, onde dezenas de campo-grandenses acompanhariam a estreia da seleção brasileira de futebol masculino na Olímpiada 2016. Houve danos na hélice esquerda e centenas de passageiros aguardam para serem realocados no saguão do aeroporto.
A Avianca Brasil informou ao G1 que "os passageiros desembarcaram normalmente e estão recebendo assistência". A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) também ressaltou que não houve problemas no desembarque.
 "Estávamos em um grupo de 40 pessoas para acompanhar o jogo e o avião com a lotação máxima, cerca de 200 pessoas. Nós faríamos a conexão em Brasília, para assistir o jogo do Brasil. Após 10 minutos, eles abriram as portas e informaram que houve um acidente com uma ave, afetando a turbina da aeronave", afirmou o representante comercial Eraldo Padilha, de 40 anos.
Com o prejuízo de R$ 2,5 mil entre passagens e ingressos adquiridos antecipadamente, Padilha ressaltou que pretende mover uma ação contra a companhia aérea. Ele e a família retornam para casa, sem assistir ao jogo. "Imprevistos acontecem, mas a companhia tem que tem um plano B, principalmente neste período em que milhares de turistas estão chegando no país. Fora isso, tem todo um transtorno que temos e eles imediatamente realocaram 6 pessoas e deixaram o restante sem explicação", comentou.
O comerciante Wilson Guerreiro Leite, de 62 anos, disse que tinha Ilhéus como destino. "O avião começou a decolar e, em 10 minutos, fez o pouso. Eles falaram de um problema mecânico e dos procedimentos de emergência, mas não chegamos a colocar nada. Foi tudo tranquilo, não houve gritaria nem pânico aparentemente", ressaltou ao G1 o comerciante.
Veja na íntegra a nota da companhia aérea:
São Paulo, 4 de agosto de 2016 – A Avianca Brasil informa que a aeronave que realizava o voo 6389 (Campo Grande - Brasília) foi atingida por um pássaro no momento da decolagem e, por esta razão, precisou retornar ao aeroporto. Os 97 passageiros desembarcaram normalmente e receberam assistência das equipes em solo – a companhia está fazendo todos os esforços possíveis para reacomodá-los nos próximos voos disponíveis. A Avianca Brasil lamenta profundamente pelo desconforto, provocado por motivo externo, e destaca que preza, acima de tudo, pela segurança de seus clientes e colaboradores.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Cerimônia de abertura da Rio-16 terá segurança "sem precedentes" no país

Forças armadas iniciam patrulha no Rio Fuzileiros navais fazem o patrulhamento de segurança em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro

Marco Antônio Martins

 A cerimônia de abertura da Olimpíada, que começa às 20h desta sexta-feira (5), é o evento que mais preocupa as forças de segurança envolvidas nos Jogos.
Nenhuma outra operação durante o evento reunirá tantos chefes de Estado –cerca de 40– e tantos atletas em um mesmo local.
Com isso, garantir a segurança do evento exigiu uma mobilização inédita dos governos federal e estadual.
"Não há precedente no país de um esquema de segurança como esse", afirmou o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
A Secretaria de Comunicação da Presidência da República proibiu qualquer divulgação de efetivo envolvido na festa.
Uma entrevista coletiva das três pastas responsáveis pelo planejamento –ministérios da Justiça, da Defesa e Gabinete de Segurança Institucional– foi cancelada em cima da hora, na tarde desta quinta-feira (4).
A Folha apurou que aproximadamente 3.000 homens estarão no interior do estádio para cuidar da segurança de chefes de Estado, atletas e público.
Diretamente junto aos mandatários estrangeiros haverá 800 policiais federais. Juntam-se a eles fuzileiros navais à paisana no meio do público e agentes da Força Nacional nos corredores do estádio do Maracanã.
A Polícia Militar, por sua vez, mobilizou homens do policiamento em estádios além de um grupo de intervenção tática.
O Exército terá 2.200 soldados, somando o efetivo do interior do estádio com o das cercanias.

R$ 120 MILHÕES
Para realizar a festa, o governo federal liberou nesta quinta R$ 120 milhões apenas para a cerimônia. A informação foi confirmada por Padilha, em entrevista no Centro de Comando e Controle, no Centro do Rio.
O esquema de segurança atinge oito bairros da zona norte da capital fluminense, região em que fica o estádio do Maracanã.
Os bloqueios de ruas começarão as 5h desta sexta. Só passarão por eles moradores cadastrados, pessoas com ingressos ou profissionais credenciados que trabalharão no evento.
Como o credenciamento de moradores da região não foi concluído a tempo, eles foram orientados pelas equipes de segurança a sair de casa com comprovantes de residência.

Brasil não está livre do terrorismo


André Luis Woloszyn Analista De Inteligência Estratégica Pela Esg

A estratégia do Estado Islâmico de recrutar simpatizantes autóctones por meio das mídias sociais, iniciada entre 2012 e 2013, apresenta seus primeiros resultados. Nesse aspecto, o Brasil é um campo de muitas possibilidades, fato percebido pelas lideranças do terrorismo extremista islâmico.
Com o aumento dos protocolos de segurança em países da comunidade europeia e o intercâmbio de informações de órgãos de inteligência, uma das alternativas dos grupos radicais pode ser direcionar suas ações à América Latina, especialmente ao Brasil, terreno ainda inexplorado.
Tais circunstâncias derrubam a tese, defendida por muitos, de que estamos longe do terrorismo extremista, já que somos pacíficos e não participamos de operações bélicas e de inteligência em zonas conflagradas, em especial o Oriente Médio e o norte da África.
Infelizmente, são falsas premissas. Para o terrorismo internacional, baseado na anomia e irracionalidade de ações, tais argumentos são irrelevantes.
Por isso, a prisão, pela Polícia Federal, de uma suposta célula terrorista ligada ao Estado Islâmico, que planejava ações durante os Jogos Olímpicos do Rio, é um marco histórico no Brasil que tende a se repetir com certa frequência.
Foram utilizados, pela primeira vez, dispositivos da lei federal de combate ao terrorismo, sancionada em 16 de março deste ano, que pune, inclusive, os atos preparatórios.
A questão principal desse contexto é o recado institucional das autoridades brasileiras para todo e qualquer movimento terrorista que possua intenções semelhantes.
A prisão demonstrou a capacidade operacional e de coleta de dados de inteligência das forças de segurança para detectar e neutralizar ameaças em qualquer parte do território nacional. Tais ações contribuirão, ainda, para aplacar parte da tensão de delegações e turistas estrangeiros em relação a atentados.
Sabe-se que é difícil identificar com antecedência os terroristas autóctones, como os chamados lobos solitários ou mesmo células decentralizadas e autodidatas, uma vez que não existe um perfil ou biótipo definido. Eles transitam no ambiente urbano com naturalidade.
Podemos perceber alguma intenção em gestos, atitudes e diálogos se os suspeitos forem monitorados por câmeras por algum tempo, o que permite analisar o conjunto de suas atitudes, e não um comportamento pontual. Também podem ser investigados por meio do monitoramento das comunicações eletrônicas ou digitais, a exemplo do que ocorre nos países que possuem experiência no trato com o terrorismo internacional.
Naturalmente, os desafios a serem enfrentados são imensos. O recrutamento de brasileiros pela ideologia extremista já é uma realidade. Segundo a inteligência do país, cerca de cem pessoas são consideradas "altamente radicalizadas"; sites em português fomentam tal comportamento.
Soma-se a essa conjuntura o fato de que não existe 100% de segurança. Nem mesmo a mais capacitada preparação técnica seria capaz de impedir todo e qualquer ataque. Finalmente compreendemos que nenhum país, hoje, pode se iludir a respeito dessa dura realidade, a menos que queira ser surpreendido.

Abertura da Rio-16 terá menos da metade dos líderes presentes em Londres-12


Camila Mattoso

A cerimônia de abertura da Olimpíada, nesta sexta-feira (5), no Maracanã, reunirá cerca de 40 chefes de Estado e governo, segundo o Palácio do Planalto e o Itamaraty.
O número representa menos da metade dos líderes presentes no início nos Jogos de Londres, em 2012. Há quatro anos, cerca de cem autoridades estiveram presentes na abertura da Olimpíada na capital britânica.
Entre os líderes estrangeiros com presença confirmada no Rio, estarão o presidente da França, François Hollande , o premiê da Itália, Matteo Renzi, e o príncipe Albert de Mônaco, além do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Representará os EUA o secretário de Estado, John Kerry.
A chanceler alemã, Angela Merkel, e o premiê espanhol, Mariano Rajoy, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, estão entre as principais ausências.
Putin desistiu de ir ao Rio depois de a IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo) banir o atletismo do seu país de competições internacionais -decisão depois confirmada pela CAS (Corte Arbitral do Esporte).
Das autoridades brasileiras estão confirmadas as presenças dos ministros dos Esportes (Leonardo Picciani), da Defesa (Raul Jungmann), da Justiça (Alexandre de Moraes) e da Fazenda (Henrique Meirelles), além das do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Também farão parte do grupo o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), o governador afastado do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e o governador interino, Francisco Dornelles (PP).
As autoridades serão recebidas em um coquetel no Palácio do Itamaraty, às 17h, no centro do Rio, pelo presidente interino, Michel Temer, e de lá seguirão para o Maracanã.

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Sem regulamentação, drones são ameaça; países buscam regras harmônicas


Indiscutível realidade nos céus do país e do mundo, as Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAs), mais conhecidas como drones, são motivo de preocupação para pilotos e autoridades de controle do espaço aéreo. Chamados de “urubus dos tempos modernos”, os equipamentos — invisíveis aos radares — podem derrubar até um avião comercial em caso de choque. Atenta aos riscos, a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês), o Conselho Internacional de Aeroportos (ACI) e a Federação Internacional das Associações de Pilotos de Linha Aérea (Ifalpa) emitiram, no começo deste ano, um alerta mundial sobre a insegurança e chamaram a atenção para a necessidade de uma regulamentação harmônica entre os países. No Brasil, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) elabora, desde 2014, um conjunto de regras para as empresas e operadores de drones. Após estudos e consultas públicas, o documento deve ser publicado até o fim deste mês.
Diante do rápido crescimento da indústria de drones no mundo, países correm para regulamentar o uso desses aparelhos aparentemente inofensivos. Atualmente, 63 nações publicaram regras sobre os equipamentos — menos de um terço dos 191 países-membros da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI). De acordo com o diretor de Infraestrutura da Iata, Rob Eagles, é crescente o número de relatos de Rpas operando perigosamente perto de aeronaves e aeroportos, alguns voando, inclusive, acima de 30 mil pés (9km). O maior número de notificações ocorreu nos Estados Unidos e na Europa Ocidental. No entanto, isso não significa que o risco é maior nessas regiões, só que os incidentes estão sendo relatados com mais regularidade. Em Brasília, não há registro de ocorrências com drones no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
“A Iata não é contra os RPAs, e a maioria dos operadores representa pouco ou nenhum risco para a segurança. Além disso, eles oferecem possibilidades comerciais e não comerciais enormes para o mercado. No entanto, não devemos permitir que eles se tornem um empecilho para a eficiência das vias aéreas ou uma ameaça de segurança para a aviação comercial”, comenta Eagles. O diretor da associação destaca ainda que o risco de uma colisão não é a única preocupação, já que os RPAs podem ser usados para burlar sistemas de segurança e invadir a privacidade. “Educar os usuários é importante. Então, a Iata está trabalhando para aumentar a conscientização e apoiando campanhas para ensinar as pessoas sobre uma operação segura e responsável.”
Atualmente, no Brasil , não existem restrições em relação à aquisição ou à compra de drones, que podem ser facilmente adquiridos em lojas especializadas ou na Feira dos Importados por valores que variam de R$ 3 mil a R$ 15 mil. Enquadrados na legislação de Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas, não são necessárias permissões para operar aeromodelos de recreação, contanto que os usuários respeitem a restrição de não pilotar em zonas de aproximação e decolagem de aeródromos, não ultrapassem altura superior a 400 pés (120m) e o mantenham ao alcance da visão. No caso do uso não recreativo, o que inclui filmagens de casamento, pesquisa e pulverização de agrotóxicos, são necessárias uma autorização específica da Anac e outra do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), que tem prazo de 48 horas para ser emitida. Entretanto, esses certificados não permitem que os voos sejam feitos sobre áreas urbanas ou densamente povoadas.
Preocupada com a expansão desse mercado, a Força Aérea Brasileira (FAB) publicou em novembro do ano passado a portaria que regula o acesso dos equipamentos ao espaço aéreo brasileiro. “A cultura aeronáutica e o conhecimento de regras e regulamentos relacionados à atividade aérea, como regras de tráfego aéreo, navegação, meteorologia etc., estão ainda aquém do nível desejado e, com isso, a regulamentação vem, também, no sentido de educar os usuários desse novo segmento aeronáutico”, explica o brigadeiro Luiz Ricardo Nascimento, chefe do subdepartamento de operações do Decea.
Mercado
Nascimento destaca que o Decea tem trabalhado para propiciar uma legislação que atenda aos anseios dos usuários e promova o fomento dos RPAs de forma segura. O brigadeiro afirma que a ausência de uma regulamentação governamental traz insegurança e pode inibir o crescimento do mercado. “É o principal aspecto que os empreendedores identificam como primordial, pois as incertezas jurídicas impedem – ou no mínimo inibem – que usuários que precisam dos serviços façam contratações, e que empresários tomem suas decisões e realizem novos investimentos, bem como as empresas seguradoras não abranjam esse mercado”, comenta.

A lacuna na regulamentação também incomoda profissionais que escolheram a operação de drones como meio de sustento. O publicitário e empresário Carlos Moreira, 30 anos, comprou o primeiro drone para uso pessoal, mas rapidamente viu nele uma possibilidade de oferecer um melhor serviço para os clientes. Há pouco mais de dois anos, Carlos abriu uma empresa especializada em fotos, vídeos, clipes, mapeamento de fazendas a até monitoramento de obras. O empresário espera com expectativa a regulamentação que está para ser publicada pela Anac, pois tem “muito amador voando de qualquer jeito por aí”. Como os equipamentos possuem hélices e atingem altitudes elevadas, podem ferir pessoas em caso de queda. “A gente espera que melhore, pois essas pessoas colocam em risco quem faz um trabalho sério”, afirma o publicitário, que aprendeu a controlar sozinho as aeronaves e confia em poucas pessoas para operá-las.

PORTAL UOL


Transporte aéreo de passageiros no mundo cresce 5,2% em junho


O transporte aéreo de passageiros no mundo registrou, em junho, crescimento de demanda de 5,2% em pessoas-quilômetros transportadas (RPK, na sigla em Inglês), quando comparado o tráfego com o registrado em igual mês de 2015, informou a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), que representa as 260 maiores empresas de aviação do planeta.
Na mesma base de comparação, a oferta medida em assentos-quilômetros disponíveis (ASK) teve variação positiva de 5,6%. Assim, a taxa de ocupação da aviação mundial caiu 0,3 ponto percentual, para 80,7%.
"A demanda por viagens continua a aumentar, mas a um ritmo mais lento. O cenário econômico frágil e incerto, choques políticos e uma onda de ataques terroristas estão formando um ambiente de demanda mais frágil", disse o presidente da Iata, Tony Tyler, referindo-se à decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia e aos ataques terroristas recentes na Europa.
Nos mercados domésticos, o dos Estados Unidos teve o melhor desempenho em junho, com avanço de 15,4% na base anual. Já o Brasil recuou 1,4%, terceiro pior desempenho, após Austrália, Índia e Japão.
Nas rotas internacionais, a América Latina cresceu 4,6% em demanda. O Oriente Médio avançou 7,3% e a Ásia-Pacífico, 7,2%.

Novas ações da Polícia Federal no Rio incluem helicópteros e balões


Rubens Valente

 A Polícia Federal colocou em prática pelo menos três ações de segurança para os Jogos no Rio.
Essas iniciativas são baseadas na coleta ininterrupta de imagens e dados com o objetivo de prevenir atos violentos, incluindo terrorismo. Em caso de ataque, as ações permitiriam investigações com mais precisão.
Em outra frente do esquema de segurança, os órgãos públicos trabalham com a noção de "saturação", espalhando ostensivamente pelas ruas um grande número de homens e carros policiais e militares.
O objetivo é passar a sensação de que o atacante, se decidir agir, será rapidamente reprimido ou terá dificuldades para chegar ao evento.
Adquiridos e operados com a consultoria de peritos criminais do INC (Instituto Nacional de Criminalística), da direção geral da PF em Brasília, os sistemas de coleta de imagens usam balões, câmeras fixas e helicópteros equipados com câmeras.
Uma rede especial de transmissão de dados, que opera fora da internet, foi desenvolvida para garantir um bom fluxo das imagens e impedir o ataque de hackers.
As imagens registradas por câmeras de alta resolução são enviadas em tempo real aos centros de monitoramento do Rio e de Brasília e armazenadas em servidores de uma sala-cofre sob controle da PF.
A captação de imagens ajuda em duas frentes: antecipação de movimentos de carros e pessoas suspeitas e a reconstituição de eventos já ocorridos, conforme explica o perito criminal Evandro Mário Lorens, diretor da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais.
A análise do "big data", que no jargão da tecnologia de informação significa a formação de grandes bancos de dados, poderia indicar o caminho percorrido por determinado veículo ou pessoa e eventuais contatos com terceiros antes do ataque.

 O projeto dos balões, chamado de AMPGA (Aeróstato de Monitoramento Persistente de Grandes Áreas), inclui quatro unidades instaladas a 200 metros de altura, estáticas, cada uma equipada com 13 câmeras. Cada balão cobre área de 20 quilômetros quadrados. Somados, abrangem cerca de 80% da área de atividade nos Jogos.
As câmeras podem ser direcionadas para determinados pontos na multidão, mantendo a qualidade com precisão de centímetros. Um modelo similar foi testado pela primeira vez em 2014 na favela da Maré, pelo Exército.
Outra ação, chamada de PSEI (Projeto de Segurança Eletrônica das Instalações), emprega 2.000 câmeras de alta resolução que cobrem diuturnamente a Vila Olímpica e os locais em que ocorrerão eventos esportivos.
Um terceiro sistema de coleta de imagens é formado por oito helicópteros da PF, da Polícia Civil e da Polícia Militar do Rio. Quando houver um evento com grande afluxo de pessoas, como uma partida de futebol, um dos aparelhos ficará o tempo todo sobrevoando o local.
Outros dois projetos também envolvem o trabalho de centenas de peritos e outros policiais federais. O "Background Check" coleta, armazena e compara milhares de nomes, passaportes, fotografias e imagens das pessoas credenciadas para trabalhar em qualquer área da organização dos Jogos e também dos passageiros que vêm do exterior em voos comerciais.

 CÃO FAREJADOR
Nesse campo, outra medida entrou em vigor para a Olimpíada. Toda vez que um avião comercial doméstico decolar com atletas automaticamente os outros passageiros do voo serão revistados, senão um a um, ao menos com ajuda de cão farejador.
Um programa de reconhecimento facial também é usado pelos peritos da PF para identificação de suspeitos.
Os dados pessoais são comparados com diversas bases de informação produzidas ao longo do tempo no Brasil e do exterior, incluindo uma formada por 3.000 nomes de pessoas suspeitas de alguma ligação com o terrorismo, segundo informou à Folha o chefe da Interpol no Brasil, delegado da PF Valdecy Urquiza Júnior.
Nessa lista também há nomes de brasileiros, em número não revelado pela PF.
Na semana passada, um cidadão do Qatar proveniente de Londres foi deportado pelo Brasil depois que a PF localizou acusações de estelionato contra o passageiro.

JORNAL VALOR ECONÔMICO


Operação Potiguar


Com efetivo de 1.200 homens, as Forças Armadas deram início ontem à Operação Potiguar, que busca conter a onda de vandalismo que se espalhou pelo Rio Grande do Norte há uma semana. A operação conta com 920 soldados do Exército, 220 da Marinha e 60 da Força Aérea. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, colocou à disposição do Estado mais 524 homens, do Batalhão Verdes Mares, do Ceará, que serão acionados em caso de necessidade. Até ontem à noite foram registradas 109 ocorrências em 38 cidades e 105 pessoas foram presas. "A criminalidade não passará, não triunfará", disse Jungman. Segundo o ministro, o início da atuação das Forças Armadas vai possibilitar que o efetivo policial do Estado concentre esforços nas comunidades onde se refugiam os responsáveis pelos atos de depredação. Os soldados devem realizar policiamento ostensivo em Natal e região metropolitana.

JORNAL DO BRASIL


A Lava-Jato e o vice-almirante


Mauro Santayana

Em uma sentença que chama a atenção pela severidade e a ausência de proporcionalidade, o ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, foi condenado, ontem, por um juiz do Rio de Janeiro - com uma decisão que atingiu também a sua filha - a 43 anos de prisão por crimes supostamente cometidos durante as obras da usina nuclear de Angra 3.
O vice-almirante Othon é um dos maiores cientistas brasileiros, um dos principais responsáveis pelo programa de enriquecimento de urânio da Marinha, que levou o Brasil, há 15 dias, a fazer a sua primeira venda desse elemento químico - usado como combustível para reatores nucleares - para o exterior, para uma empresa pertencente ao governo argentino.
Em qualquer nação do mundo, principalmente nos EUA - país que, justamente por ser brasileiro, e não norte-americano, o teria espionado, “plantando” um homem da CIA ao lado do seu apartamento - o vice-almirante Othon estaria sendo homenageado, provavelmente com uma medalha do Congresso ou da Casa Branca, por serviços de caráter estratégico prestados ao fortalecimento da Nação e ao seu desenvolvimento.
No Brasil de Itamar Franco - um homem íntegro e nacionalista, que cometeu a besteira de confiar em quem não devia e abriu a Caixa de Pandora da tragédia neoliberal dos anos 1990, ao apoiar para sua sucessão um cidadão em cujo governo, segundo o Banco Mundial, o PIB e a renda per capita recuaram e a dívida pública duplicou, deixando ainda um papagaio, com o FMI, de 40 bilhões de dólares - o Almirante Othon recebeu, em 1994, da Presidência da República, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico.
Ele também é Comendador da Ordem do Mérito Naval; da Ordem do Mérito Militar; da Ordem do Mérito Aeronáutico; da Ordem do Mérito das Forças Armadas; da Medalha do Mérito Tamandaré; e recebeu, além disso, a Medalha do Pacificador, a Medalha do Mérito Santos-Dumont e a Medalha Militar de Ouro.
No Brasil kafquianamente imbecilizado, midiotizado, manipulado, plutocratizado, deturpado, moralmente, da atualidade, que caminha a passos largos para a instalação de um governo - de fato - de exceção e fascista - e, ainda por cima, entreguista e anti-nacional - a partir de 2018, ele está sendo condenado por uma justiça em que muitos membros recebem acima do teto constitucional, perseguem jornais que os denunciam, e podem fazer palestras remuneradas sem ter que declarar quanto estão, conforme resolução do CNJ divulgada no início deste mês de julho.
Com uma maioria de patriotas, nacionalistas, legalistas, constitucionalistas, os militares brasileiros tem suportado em silêncio digno a interrupção e as ameaças que pairam, como aves de rapina, sobre numerosos projetos de defesa que tiveram início na última década e sobre as empresas responsáveis por eles, como o dos submergíveis convencionais e o do submarino atômico - de cujo desenvolvimento do reator já participou o próprio Almirante Othon - sob responsabilidade da Odebrecht, um dos grupos mais prejudicados e perseguidos pela Operação Lava-Jato, que já teve que demitir mais de 120.000 pessoas no último ano, também encarregada, por meio da Mectron, da construção, em conjunto com a Denel sul-africana, do míssil A-Darter que irá armar os novos caças Gripen NG-BR, que estão sendo - também por iniciativa dos dois últimos governos - desenvolvidos com a Suécia por intermédio da SAAB.
Tudo isso, em nome de um pseudo combate à corrupção hipócrita, ególatra, espetaculoso e burro, em que, para descobrir supostos desvios de um ou dois por cento em programas estratégicos de bilhões de dólares, condena-se ao sucateamento, atraso ou interrupção - como era o caso, há anos, das obras de Angra 3 antes de sua retomada justamente pelo Vice-Almirante Othon - os outros 97% dos projetos, sem nenhuma consideração pela aritmética, a lógica, o bom senso, a estratégia nacional, o fortalecimento ou o desenvolvimento brasileiros.
Isso, ainda, para vender, falsa e mendazmente, com a cumplicidade de uma parcela da mídia irresponsável, apátrida, estúpida e venal, a tese de que se estaria "consertando" o país, quando o que se está fazendo é jogar o bebê pela janela junto com a água do banho, e matando a boiada inteira para exterminar meia dúzia de carrapatos, no contexto de um projeto de endeusamento de um personagem constantemente incensado por uma potência estrangeira - justamente aquela que espionou o próprio Almirante Othon - quando se sabe que para prender corruptos não era preciso arrebentar com as maiores companhias de engenharia do país, como se está arrebentando, nem com os principais projetos bélicos e de infraestrutura em andamento, ou com a Estratégia Nacional de Defesa, arduamente erguida nos últimos anos, ou com um conjunto de programas do qual toma parte, ainda, o Astros 2020 da Avibras; a nova família de fuzis de assalto IA-2, da IMBEL; o Cargueiro Militar multipropósito KC-390 da Embraer; a nova linha de radares SABER; os 1050 novos tanques Guarani, desenhados pelo Departamento de Engenharia do Exército, até algum tempo atrás - ao que se saiba - ainda em construção pela IVECO; os novos navios de superfície da Marinha; ou o novo satélite de comunicações que atenderá às Forças Armadas.
Os alegados 4 milhões de reais em "propina" eventualmente pagos em consultoria ao Almirante Othon - uma das razões de sua condenação a mais de 40 anos de prisão - seriam, caso sejam comprovados, uma migalha diante do que ele mereceria receber, em um país mais patriótico e menos hipócrita, como cientista e como compatriota, e uma quantia irrisória, se formos considerar, por exemplo, o preço de um apartamento de quatro quartos em Higienópolis, em São Paulo - há os que são vendidos a preço de “ocasião” - ou o fato de ratos como Eduardo Cunha, Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, com dezenas de milhões de dólares na Suíça, terem sido soltos pelo Juiz Sérgio Moro e, tranquilos, estarem em casa neste momento.
Só no Brasil, também, um cientista desse porte é enxovalhado, como o Vice-almirante Othon está sendo, nas redes sociais, por um bando de energúmenos, ignorantes, preconceituosos e estúpidos que não tem a menor ideia do que está ocorrendo no país, e que pensam mais com o intestino do que com a cabeça.

Só não dá para dizer que dá vergonha de ser brasileiro porque o Brasil é maior que esta corja tosca, anti-nacional, vira-lata, manipulada e ignara, e porque mesmo que os cães ladrem a caravana irá passar, finalmente, um dia, altaneira e impávida.
Como diria Cazuza, o tempo não para.
Aos que estão arrebentando com a Pátria - e com as suas armas, seus heróis e seus exemplos - sacrificando-os no altar de suas inconfessáveis, imediatistas e rasteiras ambições, sobrará o inexorável e implacável julgamento da História.

JORNAL A CRÍTICA (AM)


Forças Armadas abrem inscrição para seleção no Quadro de Saúde

As inscrições para o processo seletivo de prestação de Serviço Militar Temporário serão realizadas até o dia 19 de agosto. A seleção é voltada para médicos, farmacêuticos, dentistas e veterinários

Até o dia 19 de agosto estão abertas as inscrições para o processo seletivo de prestação de Serviço Militar Temporário para Médicos, Farmacêuticos, Dentistas e Veterinários (MFDV), no âmbito da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Forca Aérea Brasileira. As inscrições podem ser feitas gratuitamente no site www.12rm.eb.mil.br, do Comando da 12ª Região Militar - Exército Brasileiro.
O processo seletivo será realizado em cinco etapas: Inscrição pela Internet; Análise Curricular; Inspeção de Saúde; e Convocação. A aprovação no processo seletivo assegura, apenas, a expectativa de direito à designação e incorporação, ficando a concretização desses atos condicionada à existência de vaga em quaisquer das três Forças.
Podem se inscrever homens e mulheres com até 38 anos, completados no ano da convocação. O Serviço Militar Temporário é de até oito anos, computado o tempo de serviço público anterior. A renovação é feita anualmente a critério do Comandante/ Chefe ou Diretor.
O salário inicial para Aspirante-a-Oficial é de R$ 5.622,00, tendo direito ao Plano de Saúde. O exercício das atividades dos convocados será nas localidades abrangidas pelo Comando do 9º Distrito Naval (9º DN), pelo Comando da 12ª Região Militar (12ª RM), e VII Comando Aéreo Regional (VII COMAR), nos Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima, mas só as capitais e Estados.

FAB apresenta esquadrão que fará a defesa aérea durante jogos em Manaus

Dois caças americanos F5, aeronaves de última geração em termos de aviação e de armamento, foram deslocados da Base Aérea de Manaus para o Aeroporto Internacional

Silane Souza

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A Força Aérea Brasileira apresentou nesta quinta-feira (4), no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, bairro Tarumã, Zona Oeste, o Esquadrão que fará a defesa aérea durante os Jogos Olímpicos em Manaus. Dois caças americanos F5, aeronaves de última geração em termos de aviação e de armamento, foram deslocados da Base Aérea de Manaus para o Aeroporto Internacional.
De acordo com o major brigadeiro Do AR, Waldeisio Ferreira Campos, as aeronaves e os militares do Primeiro Esquadrão do Quarto Grupo de aviação (1°/4° GAv), Esquadrão Pacau, estarão de sobreaviso no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes até a última partida de futebol prevista para acontecer no próximo dia 9.
"Estamos com duas F5 no Eduardo Gomes porque daqui elas podem decolar com uma configuração mais ofensiva ou defensiva. Isso significa que podemos decolar com uma configuração de armamento e combustível que dá uma versatilidade maior para a aeronave diferentemente do Aeroporto Ponta Pelada, onde operamos normalmente, que decolamos com menos combustível e armamento mais reduzido. Por isso trouxemos para cá para ficar mais fácil para decolarmos com mais capacidade de reação", explicou.
Segundo ele, as aeronaves são supersônica, ou seja, voam muito além da capacidade do som, e passam de 2,6 mil quilômetros de velocidade máxima. "Mas, normalmente, não se usa essa velocidade supersônica porque naturalmente consome mais combustível e só é empregado esse regime de voo quando a missão exige", afirmou Campos.
O major brigadeiro destacou que o tempo de reação do piloto para decolar é comandado pelo Comando de Defesa Aéreoespacial Brasileiro (Comdabra), em Brasília. Conforme ele, em casos sem ameaça o piloto decola em 15 minutos ou até 2h. Mas neste período de Jogos Olímpicos em Manaus, os pilotos vão estar Pronto para decolar em dois minutos.
As atividades do Esquadrão Pacau serão realizadas em parceria com outras organizações da Força Aérea. Para a missão do Jogos Olímpicos, a Unidade passou por treinamentos específicos. Além da manutenção operacional de rotina, que prevê o treinamento dos procedimentos a serem realizados nos Jogos, foram realizados voos, aulas e instruções específicas para o evento.

JORNAL O GLOBO


Drones reforçam segurança do espaço aéreo no Rio

Aeronaves da FAB pilotadas à distância têm câmeras que geram imagens em alta resolução

Antônio Werneck

ImagemDois drones da Aeronáutica estão, desde quarta-feira, patrulhando o espaço aéreo do Rio e de estados vizinhos. De fabricação israelense, têm autonomia de até 16 horas de voo e são controlados à distância por meio de sensores. Essas aeronaves não tripuladas, modelo Hermes 450, transmitem, em tempo real, imagens em alta resolução para centros de comando das Forças Armadas.
Em situações de grave ameaça à segurança dos Jogos, os dois aparelhos podem ajudar a direcionar aviões de combate a potenciais alvos. O modelo 450 é usado no país desde 2011, em operações de inteligência.
— Os ARPs (aeronaves remotamente pilotadas) podem voar a uma altura de três mil metros, e, em esquema de revezamento, serão usados no patrulhamento 24 horas por dia. As câmeras das aeronaves são capazes de identificar veículos e até mesmo pessoas no solo — afirmou o capitão da Aeronáutica David Inácio Júnior.

CAÇAS COM PERMISSÃO PARA ATIRAR
Os drones vão operar a partir da Base Aérea de Santa Cruz, de onde também levantarão voo caças F-5 e aviões do tipo Super Tucano, que ajudarão a manter a segurança do espaço aéreo durante os Jogos.
— Teremos em Santa Cruz cerca de 30 aeronaves e 272 militares da Força Aérea altamente preparados. Nossa missão é defender o espaço aéreo não só do Rio de Janeiro, mas também de São Paulo e Minas Gerais — disse o subcomandante da base, tenente-coronel Bruno Pedra.
A Aeronáutica ativou ontem seu plano de segurança para a Olimpíada, que contará com 15 mil homens e 80 aeronaves. É a maior mobilização já feita no país. Os pilotos de caças F-5 terão autorização para abater qualquer avião que representar uma ameaça.
Durante todo o período dos Jogos, estarão em vigor zonas de exclusão aérea no Rio e em outras cinco capitais brasileiras que também sediarão partidas de futebol: Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Salvador e São Paulo. Só poderão acessá-las aeronaves que tenham autorização expressa do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Condabra). As zonas de exclusão aérea com maior grau de restrição — classificadas como vermelhas — abrangerão um raio de 7,2 quilômetros a partir de arenas esportivas como o Parque Olímpico da Barra, o Complexo de Deodoro, o Maracanã, o Engenhão e a Praia de Copacabana.
Além das áreas vermelhas, há mais dois níveis de segurança nos céus. A maior das zonas de exclusão aérea, a branca, vai do litoral fluminense (do trecho entre Angra dos Reis e Cabo Frio) até a divisa do Rio com Minas Gerais. Nessa extensa região, estão proibidos todos os voos de instrução e turismo; saltos de paraquedas, asas-deltas ou parapentes; decolagens de ultraleves e aviões usados em pulverização agrícola e até o uso de drones, exceto os autorizados pelas Forças Armadas.
Até o próximo dia 22 e de 7 a 19 de setembro, as zonas amarelas serão ativadas quando houver competições. Elas têm um raio de 27,7 quilômetros a partir das arenas esportivas. Essas áreas vão de Niterói à Praia de Grumari, do litoral carioca até Nova Iguaçu, e abrangem ainda os aeroportos Santos Dumont e Tom Jobim.
A Aeronáutica informou que o espaço aéreo de Brasília estará fechado entre 14h e 19h desta quinta-feira, devido à realização de duas partidas de futebol. Somente aviões previamente autorizados poderão sobrevoar o Plano Piloto e outras regiões da capital.
A operação do Aeroporto Juscelino Kubitscheck será normal. Contudo, em uma área que abrange todo o Distrito Federal, estarão proibidos voos de treinamento e turísticos, assim como o uso de paraquedas, parapentes, balões, dirigíveis, ultraleves, asas-deltas, aeromodelos e drones. Medidas semelhantes serão adotadas em Manaus, Salvador, Belo Horizonte e São Paulo.
ROTINA ALTERADA NO SANTOS DUMONT
No Rio, a ativação das zonas de exclusão aérea afetará os voos no Santos Dumont. Suas operações serão paralisadas por quatro horas e meia (das 12h40m às 17h10m), da próxima segunda-feira ao dia 18 deste mês, durante as competições de vela na Baía de Guanabara. O fechamento do aeroporto nesse período deverá impactar mais de 150 mil passageiros, de acordo com uma estimativa da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que também prevê uma média de 104 voos cancelados diariamente.

JORNAL O POVO (CE)


Incêndio atinge Base Aérea


Incêndio atingiu ontem o terreno da Base Área de Fortaleza. O local do fogo era em frente ao Mercado da Aerolândia e chamou a atenção de motoristas que trafegavam pela BR-116.

De acordo com a oficial do dia, tenente Mara Melo, o fogo teve origem na BR-116. Labareda atingiu um campo livre da Base Aérea e acabou se espalhando.

O fogo que estava na parte interna foi controlado, no começo da noite de ontem, pelos bombeiros da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Na parte externa da Base Aérea, coube ao Corpo de Bombeiros Militar o trabalho de conter as chamas.

Conforme a tenente, o incêndio começou por volta das 17h45min e foi controlado às 18h50min. Duas viaturas da Infraero permaneceram na parte interna e uma do Corpo de Bombeiros pela BR. Nenhuma estrutura da base foi afetada.

O trânsito na BR-116, nas proximidades do local do incêndio, já congestionado, ficou ainda pior, devido aos curiosos.

Alguns condutores estacionaram os veículos para acompanhar o incêndio. Chegou a haver colisão no local. As chamas superavam a altura dos muros da Base Aérea.



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