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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 04/08/2016 / Olimpíada se transforma em vitrine para indústria de defesa nacional


Olimpíada se transforma em vitrine para indústria de defesa nacional ...


Esquema de segurança conta com tecnologias que vão de bloqueadores de drones a sistemas de gestão e de tráfego aéreo; fabricantes nacionais aproveitam evento para ampliar exportação de produtos ...

Anna Carolina Papp...

A Olimpíada do Rio de Janeiro deu um novo fôlego à indústria de defesa nacional. Muito além do batalhão previsto de 85 mil homens, entre soldados e policiais, a aposta para o esquema de segurança dos jogos está na tecnologia: de bloqueadores de drones a sistemas de gestão e de tráfego aéreo. Em meio à crise fiscal do governo, que levou a sucessivos cortes de investimentos em defesa, o evento se transforma numa vitrine para as empresas brasileiras do ramo, que veem uma oportunidade de ampliar os mercados de exportação dessas tecnologias.

Para a Associação Brasileira das Indústrias de Defesa e Segurança, o Brasil ainda tem um amplo potencial na área de segurança, tanto para atender às necessidades do mercado interno como para exportar essas tecnologias.

“O mercado de segurança e defesa no mundo é de US$ 1,5 trilhão, e o Brasil responde por apenas 2%. Há muito para crescer”, diz Frederico Aguiar, presidente da instituição. Ele, no entanto, se mostra otimista com a visibilidade da Olimpíada. “Todo evento desse porte traz não só o efeito direto da aquisição de equipamentos, mas é também uma vitrine, pois vai mostrar para o mundo que o Brasil não só está preparado com treinamento, mas com equipamento e serviços adequados.”

O monitoramento começa pelos céus. Um aparelho adquirido pelo Exército Brasileiro irá bloquear drones não autorizados próximos às instalações dos jogos. O sistema, chamado de Jammer, pode bloquear o sinal dos vants (veículos aéreos não tripulados) para além de um quilômetro de onde for instalado. O objetivo é desativar aparelhos suspeitos, uma vez que, conforme revelado pelo Estado, a utilização de drones com pequenos explosivos foi um dos métodos sugeridos pelo Estado Islâmico para a realização de ataques terroristas durante os jogos.

“É uma tecnologia inédita em eventos desse porte e 100% nacional”, afirma Luiz Teixeira, presidente da Iacit, empresa localizada no interior de São Paulo que desenvolveu o equipamento. “O operador, quando detecta ameaça em algum drone, aciona o sistema de forma a bloquear a comunicação entre o controlador e o veículo. Ele toma o controle do vant, que pode pousar ou retornar ao local de origem”, explica.

O investimento necessário foi de R$ 1,5 milhão e envolveu dez engenheiros. “A Olimpíada ampliou a capacidade de projeção da empresa, que já está há 30 anos no mercado”, diz Teixeira. A ideia é expandir o uso do aparelho para outras áreas, como em presídios, onde há entregas ilegais via drones, bem como exportá-la para o mercado externo. “Já fizemos demonstrações em vários países, como Espanha e Chile”, afirma.

Equipamento. Além de bloquear drones não autorizados, as Forças Armadas terão seus próprios vants para reforçar o sistema de segurança da Olimpíada. Criado pela FT Sistemas, o vant FT100 será utilizado em missões de vigilância, monitoramento, detecção de alvos e levantamento de informações.

“Ele é um sistema militar, com uma tecnologia de ponta específica para uso de segurança e defesa em ambientes hostis”, afirma Nei Brasil, diretor-presidente da FT Sistemas. “A parceria com as Forças Armadas demonstra que o investimento em inovação é uma alternativa viável para o Brasil.” Ele afirma que os drones já são exportados para países africanos desde o ano passado, e a Olimpíada pode ajudar a abocanhar novos mercados.

O monitoramento dos céus abrange também os aviões. Serão utilizados nos aeroportos dois sistemas desenvolvidos pela Atech, empresa do Grupo Embraer, a fim de não só garantir a segurança, mas melhorar o fluxo para evitar atrasos. As tecnologias Sagitário e Sigma já eram utilizadas, mas foram adaptadas e atualizadas para os jogos.

“O foco do Sagitário é a segurança operacional, pois monitora os voos em tempo real”, explica Edson Mallaco, presidente da Atech. “Já o Sigma faz uma otimização do fluxo de aeronaves. O sistema recebe todos os planos de voo, os analisa e otimiza para evitar engarrafamentos no aeroporto em determinado momento. Pode antever o tráfego aéreo com até uma semana de antecedência”, explica.

Ele afirma que a parceria com a Força Aérea permitiu que a empresa pudesse desenvolver não só com foco em defesa, mas também para o mercado corporativo. “Isso nos permite a comercialização desse sistema para outros mercados. Ele já está sendo implementado na Índia, por exemplo, e deve entrar em operação até o final deste ano.”

Dados. Além da gestão de veículos aéreos, a preparação para os jogos demanda um amplo monitoramento de dados. Essa gestão foi feita pela Fundação Ezute, empresa de direito privado sem fins lucrativos, que vem atuando em parceria com o Ministério do Esporte desde 2012.

A fundação, que esteve à frente de projetos como o Sistema de Vigilância da Amazônia e o Bilhete Único, desenvolveu um sistema que monitora processos em 35 instalações e faz a gestão de orçamentos, prazos, requisitos olímpicos e parâmetros legais. “A plataforma tem como foco cada instalação olímpica e todo o seu ciclo de desenvolvimento”, afirma Flavio Firmino, diretor de projetos especiais da Fundação Ezute. “Ela possui mecanismos para gestão de pontos críticos, cronogramas requisitos e também painéis estratégicos.”

Ele explica que o projeto nasceu mediante o diagnóstico de que o governo federal havia enfrentado dificuldades para gerir os recursos da Copa do Mundo. “Constava que o monitoramento da transferência de recursos para a Olimpíada seria conduzido pelo Ministério do Esporte, num modelo apoiado na contratação de consultorias.

Apresentamos nossa experiência na área de gestão de projetos complexos e fomos contratados no final de 2012.” A parceria com o Ministério do Esporte se encerra em abril do ano que vem.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


Ao lado de Marcela, Temer participa de ato de promoção de militares

Cerimônia no Planalto é a primeira oficial da qual ela participa desde maio. Presidente em exercício assinou promoção de oficiais há uma semana.

O presidente da República em exercício, Michel Temer, participou na tarde desta quarta-feira (3) de uma cerimônia no Palácio do Planalto na qual foi formalizada a promoção de 90 militares do Exército (43), da Marinha (22) e da Aeronáutica (25).
A mulher dele, Marcela, acompanhou o presidente em exercício no evento. Usando vestido cinza, ela se posicionou ao lado esquerdo de Temer no palco montado para as autoridades durante a execução do Hino Nacional pela banda do Batalhão da Guarda Presidencial.
Marcela e Temer passaram a cerimônia de pé e receberam os cumprimentos dos militares promovidos. Este foi o primeiro ato público dela desde que Temer assumiu como presidente em exercício, em maio, e o primeiro no Planalto desde 1º de janeiro de 2015, quando a presidente Dilma Rousseff, atualmente afastada do cargo, tomou posse para o segundo mandato.
O evento desta quarta ocorreu no Salão Nobre do palácio, o mesmo utilizado para a recepção de chefes de Estado. Familiares dos militares participaram do ato.
Na semana passada, Temer já havia assinado, em uma reunião fechada em seu gabinete, a promoção desses 90 oficiais-generais. Na ocasião, os ministros Raul Jungmann (Defesa), Sérgio Etchegoyen (Segurança Institucional) e Eliseu Padilha (Casa Civil) o acompanharam. Os militares foram promovidos a cargos como almirante de esquadra da Marinha, general do Exército e tenente-brigadeiro da Aeronáutica.
Segundo a assessoria do presidente em exercício, as listas com os nomes dos militares que deveriam ser promovidos foram levadas a Temer no último dia 27 pelos comandantes das Forças Armadas: Eduardo Villas Bôas (Exército), Eduardo Leal Ferreira (Marinha) e Nivaldo Rossato (Aeronáutica).
Acenos aos militares

Além da promoção dos oficiais-generais nesta quarta, Temer tem feito frequentes acenos aos militares desde que assumiu como presidente em exercício, em maio. No mês passado, por exemplo, ele devolveu aos comandantes militares competências administrativas retiradas durante o governo da presidente afastada, Dilma Rousseff.
Além disso, em junho, o peemedebista foi ao Clube Naval de Brasília, onde assistiu à cerimônia da "Parada após o Pôr do Sol", organizada em homenagem aos trabalhos da Marinha para o Brasil.
Mais cedo, nesta quarta, o presidente em exercício também publicou no microblog Twitter a mensagem “eu confio no Exército” e um vídeo institucional sobre as atividades da corporação.

Em ato com militares, Temer fala em "tranquilidade absoluta" na Olimpíada

Presidente em exercício falou a plateia de oficiais das Forças Armadas. Ele também voltou a dizer que "prioridade" é retomar crescimento econômico.

O presidente da República em exercício, Michel Temer, aproveitou um ato com militares nesta quarta-feira (3) no Palácio do Planalto para dizer que, em sua avaliação, a "tranquilidade será absoluta" no período dos Jogos Olímpicos Rio 2016.
"Tenho tranquilidade absoluta em relação às Olimpíadas. Não é incomum que, naqueles momentos que antecedem grandes encontros internacionais, haja uma ou outra notícia que coloque em dúvida a segurança. E posso dizer, por tudo que tenho participado, que a tranquilidade será absoluta", declarou Temer no evento.
Temer deu a declaração ao discursar na cerimônia na qual foi formalizada a promoção de 90 militares de Exército, Marinha e Aeronáutica. A mulher do presidente em exercício, Marcela, o acompanhou na cerimônia.
Em seu pronunciamento, com cerca de dez minutos, Temer disse que era preciso recordar a participação "extraordinária" das Forças Armadas em operações como as missões de paz da ONU e a Copa do Mundo de 2014.
Aos militares, o peemedebista lembrou que as delegações estrangeiras já estão no Brasil para que os atletas participem da Olimpíada e disse, "sem medo de errar", que o país "conta" com os militares para garantir a segurança.
"Vamos ter Olimpíadas que vão fazer com que nós possamos, mais uma vez, por meio do esporte, projetar o Brasil no mundo e, especialmente por meio do esporte, dar uma visão, digamos assim, de paz", afirmou o presidente em exercício.
Temer acrescentou ainda, ao citar a Copa de 2014, que o Brasil não ganhou o mundial, mas "ganhou o mundo, precisamente em função da organização do mesmo grupo [Forças Armadas] que agora trabalha nessa atividade e já prestou serviços no passado".
Ajuste fiscal e Congresso
Embora fosse um evento voltado para militares, sem a presença de parlamentares, Temer voltou a dizer que, neste momento, a "prioridade" do governo é fazer com que o país retome o crescimento econômico. Sem entrar em detalhes, o presidente em exercício disse que o ajuste fiscal "se impõe sobre todo o governo".
No primeiro semestre, o Planalto enviou ao Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o aumento dos gastos da União e dos estados à inflação do ano anterior pelos próximos 20 anos. Para virar lei, a medida deve ser aprovada por pelo menos três quintos dos deputados e dos senadores e dois turnos – o Executivo quer aprovar o projeto ainda neste ano.
"Numa democracia, a interação entre Executivo e Legislativo é fundamental. Aliás, muitas vezes faço esse comentário, as pessoas acham que o Executivo fez e isso é a "palavra definitiva". A palavra do Executivo é uma parte do processo. Num segundo momento, é o Congresso Nacional, onde está a representação popular, que se manifesta", acrescentou Temer.

Juiz de Fora será base da Esquadrilha da Fumaça durante Olimpíada

Os aviões chegaram nesta quarta-feira (3) ao aeroporto da Serrinha. Comitiva é formada por 50 militares, entre oficiais, equipe de apoio e soldados

Juiz de Fora vai ser a base da Esquadrilha da Fumaça até o fim da Olimpíada. Os aviões chegaram nesta quarta-feira (3) ao aeroporto da Serrinha.
São sete aviões modelo A29 super-tucano e outro de apoio da Força Aérea Brasileira (FAB). A cidade foi escolhida para ser sede da Esquadrilha da Fumaça no período da Olimpíada por causa da proximidade com o Rio de Janeiro.
Juiz de Fora tem um aeroporto mais tranquilo, tráfego aéreo também. A logística para gente ficaria melhor aqui", disse o tenente-coronel da Esquadrilha da Fumaça, Líbero Onoda Luiz Caldas.
A comitiva é formada por 50 militares, entre oficiais, equipe de apoio e soldados. Eles ficam até o dia 23 de agosto em Juiz de Fora e nesse tempo os deslocamentos serão só para apresentações nos jogos olímpicos.

Forças Armadas apresentam ações de segurança para Manaus na Rio 16

Exército, Marinha e Aeronáutica apresentaram atividades nesta quarta-feira. Efetivo deve atuar na prevenção e reconhecimento de situações de risco.

As Forças Armadas apresentaram na tarde desta quarta-feira (3) as atividades de segurança que serão exercidas durante os Jogos Olímpicos em Manaus. Exército, Marinha e Aeronáutica detalharam esquema de ação em áreas estratégicas da capital, durante entrevista coletiva realizada no Navio de Patrulha Fluvial Pedro Teixeira.
Segundo o General do Exército Geraldo Miotto, Comandante Militar da Amazônia, o efetivo do Exército para a Olimpíada será de aproximadamente três mil homens. "No hotel nós estamos com o 1º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) com 400 homens atuando na segurança dos atletas e até mesmo dos hospedes, e nós estamos continuando com a nossa força de contingência fazendo a segurança das instalações estratégicas, que são aquelas que proporcionam a energia, a água e as comunicações na área aqui de Manau", contou.
Na Marinha, um efetivo de aproximadamente 1.200 pessoas deverá atuar em quatro segmentos, segundo o Vice-Almirante Luís Antônio Hecht, comandante do 9º Distrito Naval. "Teremos o segmento dos fuzileiros navais, o segmento dos meios da flotilha do Amazonas, o segmento do sistema de segurança do tráfego aquaviário e também o segmento dos meios aéreonavais", contou.
Para evitar o tráfego aéreo indevido durante os jogos na capital, a Aeronáutica equipou 1500 pessoas atuando em interação e coordenação na capital. “Estamos com aeronaves de alerta, aeronaves de caça, prontas para serem acionadas em casos de ter que interceptar algum tráfego que porventura seja uma ameaça a normalidade da atividade aérea. Continuamos realizando o controle do espaço aéreo para a aviação geral, e para os turistas que estão se dirigindo a nossa cidade assistir os jogos”, contou o Major Brigadeiro do Ar Waldésio Campos, comandante do 7º Comando Aéreo Regional.
Durante a coletiva, os comandantes alertaram também sobre a segurança realizada quanto às ameaças de bombas e atentados terroristas em Manaus durante a Rio 2016.
“Nossas forças especiais trabalham na parte de enfrentamento ao terrorismo e também na parte de varredura das instalações esportivas e locais de treinamento, bem como a Companhia de Guerra Química, Bacteriológico e Nuclear, proporciona varreduras nos locais, e até mesmo em caso de desastre nós podemos trabalhar com a descontaminação”, afirmou o comandante Miotto, do Exército.
Ele afirmou ainda a existência de equipamentos e cães treinados para combater quaisquer eventos. “Ameaça não existe, porém nós trabalhamos com reconhecimento e prevenção, nós temos a capacidade de reconhecer uma ameaça, nós temos equipamentos sofisticados, temos expertise nesse assunto”, afirmou.

Caça pode ter se desintegrado, diz ex-militar da Marinha sobre acidente

Especialista Alexandre Galante falou com exclusividade ao G1. Aeronaves se chocaram no ar no litoral de Saquarema, RJ, no dia 27.

Fernanda Soares E Gustavo Garcia

O caça da Marinha que caiu no mar após um acidente aéreo no litoral de Saquarema, na Região dos Lagos do Rio, no dia 27 de julho, pode ter se desintegrado ao se chocar contra a água dificultando a localização das partes da aeronave, afirma o especialista Alexandre Galante. Ele é ex-militar da Marinha e consultor em assuntos militares, defesa e acidentes aéreos. Alexandre, que também é piloto virtual (pilota simuladores), conversou com o G1 por telefone diretamente do Texas, no Estados Unidos, onde mora atualmente.
O piloto está desaparecido desde o dia do acidente, que aconteceu durante um treinamento de ataque a alvos de superfície. Dois caças que participavam do treinamento junto com uma fragata se chocaram no ar. Um deles conseguiu voltar para a Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, enquanto o outro caiu no mar, segundo a Marinha.
O especialista deu detalhes sobre o funcionamento da aeronave modelo AF-1 Skyhawk. Alexandre Galante explicou ainda como funciona o sistema de ejeção da aeronave e afirmou que para ele são mínimas as chances do piloto ter conseguido acioná-lo.
"Provavelmente ele não deve ter conseguido ejetar por conta da altitude. Se ele realmente se chocou com a outra aeronave, ele (piloto) pode ter perdido o controle e mergulhado no mar sem ter tempo de ter ejetado", afirma o especialista.
Desde o dia do acidente, buscas são realizadas no litoral da Região dos Lagos, mas até o momento, nenhuma pista foi encontrada. Nesta quarta-feira (3) as equipes atuam na Praia de Jaconé, em Saquarema, em Cabo Frio e Arraial do Cabo.
O consultor destacou que este é o primeiro acidente grave envolvendo este modelo de aeronave e que incidentes do tipo já aconteceram nas corporações de outros países, como Estados Unidos e França, por conta do alto risco empregado nas manobras.
O G1 procurou a Marinha na manhã desta quarta-feira (3) com a intenção de abrir espaço para um posicionamento. A corporação informou por telefone que não vê necessidade em comentar a entrevista do especialista.
Trechos da conversa com o especialista podem ser conferidos nos vídeos e a entrevista na íntegra segue abaixo:
G1 - Qual a sua opinião sobre o caso?
Alexandre Galante: Esse esquadrão, pelo tempo que está operando, foi o primeiro acidente grave. É um tipo de missão que eles voam praticamente todos os dias. São operações super arriscadas. Depois de mais de 15 anos de operação, é a primeira vez que acontece algo assim. E isso também acontece em outras Marinhas. Aconteceu recentemente na Marinha americana, na Marinha francesa também. Ou seja, é um tipo de acidente que pode ocorrer. Não importa o nível de treinamento do piloto, idade da aeronave. É um risco que se corre todos os dias. É um risco inerente à atividade de aviação de combate.
Com o impacto com a água, devido à altitude e velocidade, a aeronave provavelmente se "quebrou" como se tivesse caído sobre o concreto? Ou você acha que tem chances dela ter embicado para o fundo como um mergulho?
Eu penso que existe grande possibilidade da aeronave ter se desintegrado quando bateu na água. Deve ter partido em vários pedaços.
Como funciona o sistema de ejeção da aeronave?
O sistema de ejeção funciona através de um alça acima da cabeça do piloto, parece uma argola grande. O piloto precisa posicionar as pernas para trás, tirar dos pedais, elevar os braços e puxar a alça para baixo. Ele puxa com as duas mãos até o peito. Um sistema de explosivos é acionado e ejeta o assento para fora do caça sem esbarrar em nenhum lugar. Então, ele tem que recolher as pernas, puxar a alça e rezar na hora para o sistema funcionar e colocar ele para fora da aeronave. A ejeção é violentíssima. O próprio assento arrebenta o canopy, que é a capota da aeronave.
Então por estar voando baixo, é possível que o piloto não tenha tido tempo de ejetar?
Sim. Provavelmente ele não deve ter conseguido ejetar por conta da altitude. Se ele realmente se chocou com a outra aeronave, ele (piloto) pode ter perdido o controle e mergulhado no mar sem ter tempo de ter ejetado.
O paraquedas, em caso de ejeção, abre a partir de qual altitude?
O paraquedas pode abrir em qualquer atitude.
Como funciona o sistema de localização de uma aeronave como essa? Existe a chance de haver um ponto cego em Saquarema?
Esses aviões, quando estão treinando com os navios da Marinha, eles voam muito baixo, perto do mar, a poucos metros acima das ondas, para não serem detectados pelos radares dos navios. Os pilotos argentinos usavam essa tática na Guerra das Malvinas. Então, não é questão de que exista um ponto cego nos radares na região de Saquarema. Mas sim, que esses aviões voam muito baixo. Pela altitude, os radares normais de tráfego aéreo não detectam, nem os radares dos navios, só quando estão muito perto.
A Marinha nos disse que o avião tinha dois equipamentos modelo Personal Locator Beacon (PLB) para localização; um no colete e outro no assento ejetável. E disse que nenhum dos dois mandaram sinais. Como funciona isso?
Esse PLB é um sistema de localização. Ele transmitiria por rádio a posição onde o piloto estaria, caso tivesse conseguido ejetar e tivesse na superfície. Ele transmite em uma determinada frequência e mostra a posição dele com precisão de uns 100 metros. Então, os navios que estiverem operando na área recebem as informações do PLB, onde o piloto estaria. Mas se o PLB do assento, nem o do colete estão transmitindo, então, ele não conseguiu ejetar. E o sistema pode ter sofrido avaria com o impacto do avião na água. Tem a questão também que o PLB funciona com bateria e tem no máximo 48h de transmissão. Então, se depois de 48h ninguém conseguir descobrir onde está o piloto e o avião, o sistema para de transmitir.
Como funciona o sistema de GPS da aeronave?
O sistema de GPS serve para orientar o piloto. Ele não envia nenhuma informação para a base sobre o posicionamento dele. Ele só consegue transmitir as informações do voo depois do pouso, como se fosse um relatório digital do que aconteceu durante o voo. A não ser que o pilota transmita por voz a informação.
Então a única forma mesmo de saber do avião é se ele aparecer no mapa aéreo, mas como estava muito baixo, o AF-1 Skyhawk não aparecia?
Durante o exercício, eles estavam operando com uma fragata. Os navios poderiam detectar os aviões por algum tempo, saber a direção que eles tomaram, durante o ataque simulado. Mas a posição exata onde o avião caiu é desconhecida. Tanto que a Marinha tem varrido o fundo do mar tentando encontrar, porque a Marinha não sabe a posição exata onde o avião caiu.
Então quando a aeronave deixa a base da Marinha, a companhia não tem um controle sobre a rota que o piloto vai tomar e não tem como monitorá-lo?
Não tem como controlar o que o piloto vai fazer. Isso em qualquer país do mundo. Já aconteceram casos de alguns pilotos desertarem e voarem com seus aviões para outros países e pedirem asilo em algumas guerras. Mas no Brasil não existe essa preocupação. É muito mais difícil o piloto fazer isso, ele não quer arriscar a carreira dele. Ele tem um nível de responsabilidade alta. Então, é muito difícil eles fazerem qualquer coisa que não seja a missão designada. Antes de decolar eles recebem o briefing e têm que obedecer tudo que foi determinado. Depois, tudo é checado para ver se foi feito. Existe um controle no sentido de que a Marinha formou e preparou esse piloto. Mas quando o piloto decola, ele é responsável por tudo que está acontecendo.
Como os pilotos de caça brasileiros são formados?
Esses pilotos navais brasileiros são formados na Marinha Americana para receber o brevê deles de piloto naval, de pouso em porta-aviões. Depois que eles terminam o curso de Asa Fixa, que atualmente está sendo feito na Força Aérea, na AFA, depois que fazem o estágio de caça na Força Aérea Brasileira, eles vão para a Marinha americana fazer o curso do aviador naval americano. Ao final do curso, eles precisam decolar e pousar cinco vezes nos porta-aviões americanos em missão de treinamento para ganhar Asa de aviador naval. Depois eles voltam ao Brasil para voar no esquadrão VF-1.
Você pilotou e conhece a aeronave AF-1 Skyhawk?
Eu não pilotei o avião, mas conheço bem a aeronave. O A-4 Skyhawk, que na Marinha do Brasil é designado AF-1, é um clássico da aviação de combate. É um avião que ainda é usado por algumas empresas que prestam serviços para as Forças Armadas Americanas e outras na Europa. Ele acabou de ser desativado pela força israelense. O Brasil utiliza os últimos que foram fabricados. Quando o Brasil comprou esses aviões, eles tinham muitas horas de voo pela frente para treinamento e retomada da aviação de asa fixa, pois até o governo do Fernando Henrique, a Marinha era proibida de voar com aviões. Só podia voar com helicópteros graças a um decreto do presidente Castelo Branco, de 1965. A Marinha lutou para voltar a ter esse direito de operar aviões e, em 1997, o presidente Fernando Henrique, através de um decreto, fez com que a Marinha tivesse esse direito de treinar e ter aviões para embarcar nos seus porta-aviões. Então, a Marinha foi até o Kuwait e comprou essas aeronaves.
Alexandre Galante é criador e responsável pelos sites Poder Aéreo, Poder Naval e Forças Terrestres (sites de Defesa).

MPF denuncia prefeito de Maricá por falha em manutenção de aeródromo

Problemas teriam afetado segurança e causado duas mortes em 2013. Prefeitura nega relação de interdição com acidente.

O prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público Federal (MPF) por exposição de aeronave a perigo. Segundo o MPF, a falta de manutenção do aeródromo da cidade teria afetado a segurança de aeronaves e tripulantes, o que culminou na morte de duas pessoas há três anos. O prefeito nega, dizendo que não existe qualquer vinculação entre o acidente de 2013 e o fechamento das instalações do aeródromo e que isso teria sido reconhecido em parecer do próprio Ministério Público Federal (veja resposta dele abaixo).
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Lourival Casula Filho, também é alvo da denúncia. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) vai decidir se acolhe a ação.
O acidente a que o processo se refere é a morte de um piloto e seu aluno em 2013, quando um bimotor tripulado pelo instrutor de voo Adelmo Louzada de Souza e pelo juiz federal Carlos Alfredo Flores da Cunha teve de arremeter. Segundo a denúncia a aeronave não conseguiu com segurança já que o aeródromo estava interditado por viaturas da guarda municipal sob ordens de Quaquá e Casulo.
Ainda segundo a denúncia do MPF, outras ocorrências e acidentes aéreos sem fatalidades foram registrados no aeródromo. Na época, o local foi interditado para impedir a atuação de escolas de treinamento e empresas de manutenção de aviões. 
"Os denunciados não só orientaram os agentes municipais a criarem embaraços para os pilotos que insistiam em realizar manobras no aeroporto de Maricá, como possuíam pleno conhecimento de sua atuação, já que diversos foram os relatos feitos, não só pelas vítimas, como pelos próprios órgãos de fiscalização e regulação do setor, como a Anac”, afirma o procurador regional da República Carlos Aguiar, coordenador do Núcleo Criminal de Combate à Corrupção da PRR2.
“Os servidores da Anac, a propósito, chegaram a ser impedidos de entrar no aeródromo, demonstrando a truculência e descompromisso com a segurança pública”, disse ainda.
Resposta da Prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Maricá disse que o prefeito e o secretário desconhecem o teor da denúncia.
"O prefeito estranha a informação de que teria sido denunciado, já que há pouco mais de 20 dias prestou todos os esclarecimentos solicitados pelo MPF, quando reafirmou a legalidade da decisão de fechar as instalações administrativas do aeródromo municipal e apresentou farta documentação comprobatória de que jamais deu ordem para fechar a pista", informou a Prefeitura.
A nota também informou que "a decisão pelo fechamento compulsório foi tomada após a queda de um avião sobre uma casa da cidade, em 11/09/2013, causando a morte do piloto".
A Prefeitura disse ainda que, em depoimento ao MPF, o prefeito também informou que a pista sempre foi mantida aberta, uma vez que seu controle cabe exclusivamente à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Nos dias que antecederam ao acidente que vitimou um instrutor e seu aluno, bem como nos posteriores, vários pousos e decolagens ocorreram normalmente no local.
"Não existe qualquer vinculação entre o acidente de 2013 e o fechamento das instalações do aeródromo e isso já foi reconhecido em parecer do próprio Ministério Público Federal da lavra do Procurador Dr. Eduardo André Lopes Pinto em 29/08/2014", informou a nota.
Segundo a Prefeitura, um laudo técnico preliminar emitido pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa) da Aeronáutica em 2014, que é de conhecimento do Ministério Público Federal, atesta que a aeronave sofreu uma “pane catastrófica” em uma das hélices, uma falha súbita, imprevista, decorrente de fadiga e que impede qualquer reação dos pilotos quando ocorre. A queda ocorreu em um ponto a aproximadamente oito quilômetros da pista, fora de qualquer ponto de aproximação para pouso".

JORNAL VALOR ECONÔMICO


Projetos das Forças Armadas passam por adaptações, destaca Temer


Bruno Peres E Andrea Jubé

O presidente interino Michel Temer destacou em discurso nesta quarta-feira a prioridade do governo sobre a retomada do crescimento econômico do país e que, portanto, é “natural” que iniciativas como projetos estratégicos das Forças Armadas sofram “adaptações”. “A retomada do crescimento é prioridade e o ajuste fiscal se impõe”, disse o presidente interino em discurso. " Trata-se, porém, de projetos de longa duração”, afirmou.
As declarações foram dadas durante solenidade no Palácio do Planalto para apresentação de oficiais-generais recém-promovidos. A solenidade, no Palácio do Planalto, contou com a presença de Marcela, mulher de Temer, em sua primeira aparição em eventos oficiais.

Sobre a Olimpíada, Temer disse que há “tranquilidade” em poder contar com as Forças Armadas para a segurança do evento, no Rio. O presidente interino afirmou também que “nada melhor que o esporte” para o “congraçamento” das nações.“Vamos ter a Olimpíada, que mais uma vez permitirá projetar Brasil para o mundo”, disse.

Temer também lembrou em seu discurso quando, ainda no governo da presidente afastada Dilma Rousseff, coordenou os trabalhos de segurança das fronteiras do país feito pelas Forças Armadas. “O profissionalismo e a abnegação no cumprimento de múltiplas funções que a Constituição confia a nossos militares são referência para o conjunto da sociedade”, disse.

Segurança "é guerra permanente", afirma Faria .


Logo que amanhece em Natal, o governador do Rio Grande do Norte Robinson Faria (PSD) já está a postos no Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp). De lá não vai sair antes das 2h da madrugada seguinte, numa maratona de trabalho que virou sua rotina nos últimos dias.
Eleito com a promessa de ser "o governador da segurança", Faria, 57 anos, decidiu enfrentar a maior facção criminosa do Estado, o Sindicato do Crime, um braço do Comando Vermelho, do Rio. Com a instalação de bloqueadores de celular no presídio de Parnamirim, há uma semana, uma onda de vandalismo se propagou pelo Estado.
Sem acesso ao Fundo Penitenciário Nacional, cujos recursos estão retidos por conta da crise fiscal, Faria busca saídas para fazer novos investimentos em presídios. "A nossa conta única hoje mal paga o servidor, como vou fazer investimento?"
Ele se recusa a negociar com a facção, diz que não vai recuar e pretende instalar bloqueadores em mais sete presídios. "A segurança vai ser uma guerra permanente". A seguir, trechos da entrevista.
Valor: Como está a rotina do senhor nos últimos dias?
Robinson Faria: Minha rotina mudou totalmente, cancelei tudo. Hoje [ontem] está tendo encontro dos governadores em Brasília e eu não fui. Tenho convite da Presidência para ir à Olimpíada, mas vou ficar de plantão. Cancelei as convenções políticas. Saio daqui do Ciosp [Centro Integrado de Operações de Segurança Pública] todos os dias às 2h.
Valor: O sr. já esperava enfrentar esse tipo de problema quando decidiu colocar os bloqueadores?
Faria: Esperava, mas a intensidade é muito subjetiva. Ninguém sabe o poder que esse povo tem, financeiro, de articulação. A segurança pública do Brasil está tão frágil que não se sabe o quando esse povo está capitalizado, quantos seguidores tem, ninguém tem essa contabilidade. Você acaba tendo que ir para o enfrentamento. Na área de segurança do Rio Grande do Norte, a gente estava fazendo tudo, ações policiais, blitze, mas a doença estava dentro dos presídios. Um dia a doença iria matar o Estado.
Valor: Todos os Estados passam por restrições financeiras hoje. Isso tem prejudicado a segurança?
Faria: Claro, tudo depende de dinheiro. O governo federal tem bastante dinheiro acumulado no Fundo Nacional Penitenciário, que só está servindo para superavit primário. Esse dinheiro também é dos Estados, para construir novos presídios, abrir vagas, reformar o que foi destruído em rebeliões. A parte prisional está entrelaçada na segurança pública. Esse dinheiro seria fundamental. A nossa conta única hoje mal paga o servidor, como vou fazer investimento?
Valor: Qual o déficit de vagas no sistema prisional do Estado hoje?Faria: Estimamos em 2.500 vagas. Pretendo fazer até 2 mil até o fim do meu mandato. Se vier dinheiro federal, faremos mais.Valor: Quanto é necessário de investimento para isso?
Faria: Somando as nossas pequenas economias, vamos investir algo em torno de R$ 50 milhões para construir 1.500 vagas. Isso fora o presídio novo que está sendo feito [de Ceará-Mirim], que terá mais 600 vagas e tem recurso assegurado.
Valor: O que se sabe hoje sobre o Sindicato do Crime?Faria: O que sabemos é que o Sindicato do Crime é do Rio Grande do Norte, mas é uma célula do Comando Vermelho. Todos os presos são do Sindicato do Crime. O principal, João Mago, prendemos ontem e Daniel Silva Carvalho, segundo homem na hierarquia, também está preso, foram para presídios federais. Isso começa a enfraquecer o movimento. Lógico que no crime sempre vai aparecer alguém, mas até que se encontre um novo líder, demora um pouco.Valor: Houve algum tipo de negociação com o Sindicato do Crime?
Faria: Nunca. Eles tentaram, mandaram recado. Eu proibi, disse que o Estado não negocia. E o Estado não vai recuar. Quero terminar de instalar os bloqueadores em no máximo 90 dias.
Valor: O senhor se elegeu com o mote da segurança. Essa é sua prova de fogo?
Faria: Essa cobrança comigo, relacionada à segurança, é permanente. Cada vez que tem uma morte, um assalto, a população questiona "onde está o governador da segurança?" Nenhum governo nunca tinha tido coragem para esse enfrentamento. O Ceará começou e recuou, Pernambuco também. Só que no nosso Estado a população está dando apoio ao governo. Qualquer pesquisa que você fizer hoje vai mostrar que 80% do povo quer segurança. Quando assumi, tinha fim de semana de ter 20 mortes em um único bairro em Natal. Devolvi a autoestima dos policiais, fazendo um sacrifício enorme para promover mais da metade do efetivo da Polícia Militar.Valor: Quais investimentos foram sacrificados por causa disso?
Faria: Com esse dinheiro, muita coisa eu poderia estar fazendo no campo da infraestrutura, novas estradas, obras de cartão postal para área do turismo. Mas priorizei a vida das novas gerações.Valor: Os ataques diminuíram depois de um fim de semana agitado. A situação está sob controle?
Faria: Nunca no Brasil vamos poder dizer que está tudo sob controle. O que podemos dizer é que há avanços. Na hora que quebrarmos o instrumento de trabalho nos presídios vamos ter um novo padrão de segurança. Agora nada impede que os criminosos se organizem aqui fora. A segurança vai ser uma guerra permanente.
Valor: Como vai ser a atuação das Forças Armadas?
Faria: Pedi ao ministro Raul Jungman [Defesa] que deixasse as Forças Armadas aqui até o governo terminar de instalar os bloqueadores. Vamos colocar o Exército nos principais corredores de ônibus, que passam por hospitais, aeroporto e a parte de turismo. Os rios e as pontes ficam sob proteção da Marinha. São homens da divisão da Garantia da Lei e da Ordem, a GLO, especializada em momentos de crise. É a mesma que já atuou lá no Rio de Janeiro na favela da Maré e no Alemão. Quem comandava as ações na época, inclusive, era o nosso secretário de Segurança, Ronaldo Lundgren.

AGÊNCIA CÂMARA


Comissão arquiva proposta de apuração de erros da Anac e da Infraero


A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados arquivou proposta que previa medidas para apurar erros e omissões da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) no controle e na administração do comércio de alimentos nos aeroportos brasileiros e dentro de aeronaves.
A iniciativa constava na Proposta de Fiscalização e Controle (PFC) 90/12, do deputado César Halum (PSD-TO).
O relator, deputado Marco Tebaldi (PSDB-SC), disse que o objetivo da proposta já foi atendido em 2014, com o processo aberto pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para avaliar as atividades da Infraero.
Segundo o deputado, o TCU entendeu que, por se tratar de relação comercial entre consumidores e concessionários de áreas aeroportuárias, eventuais práticas de preços abusivos devem ser tratadas por órgãos de defesa do consumidor.
Providências da Infraero
Ainda assim, observa Teobaldi, o tribunal reconheceu que a Infraero tem adotado uma série de providências com o objetivo de coibir cobranças abusivas nos aeroportos sob sua administração, expandir o controle sobre a questão, estimular a concorrência e obter a redução de preços no comércio de alimentos.
Entre as medidas adotadas pela Infraero, está a inclusão, nos editais de concessão, de cláusulas que impeçam a exploração monopolística da atividade e que permitam o acompanhamento dos preços de produtos e serviços comercializados pelos concessionários de áreas aeroportuárias.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Ministro da Defesa diz que situação no RN é "preocupante"

Jungmann estará nesta quinta na capital potiguar para organizar atuação de tropas militares; Estado teve sexto dia de ataques

Tânia Monteiro E Mônica Bernardes

O Ministro da Defesa, Raul Jungmann, classificou a situação de violência no Rio Grande do Norte como “preocupante”. O Estado enfrentou nesta quarta-feira, 3, o quinto dia consecutivo de ataques ordenados por facções criminosas, dessa vez em cidades do interior. Foram 92 ocorrências em 33 cidades em todo o período; 85 foram presos com ligação com os casos.
“Há uma insuficiência das forças policiais e, a pedido do governador, o presidente Michel Temer nos autorizou a mandar tropas”, disse Jungmann. Segundo o ministro, apesar de o cenário local “seguir preocupante”, “a partir de amanhã (quinta), aquela situação tende a se estabilizar”.
A quantidade de militares das Forças Armadas aumentou nesta quarta e até o fim da semana a estrutura de segurança potiguar poderá contar com mais de mil homens e mulheres. Com a chegada das tropas, lembrou o ministro, o efetivo da Polícia Militar estará “liberado para reforçar a segurança em outras cidades e nos presídios”.
Jungmann estará nesta quinta-feira, 4, no Estado para participar das decisões sobre a estratégia de atuação do reforço federal. Os militares deverão atuar na segurança de ruas, corredores de transporte e acesso a pontos turísticos, além de prédios públicos estratégicos.
Os soldados que farão o reforço foram deslocados de batalhões sediados em João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba; Jaboatão dos Guararapes e Garanhuns, em Pernambuco; e também de Caicó, no interior do Rio Grande do Norte.
Apesar da diminuição do ritmo dos ataques, os ônibus da região metropolitana continuam circulando com frota e horários reduzidos.
Investigação. O grupo que comanda os ataques é conhecido como “Sindicato do Crime” e é a maior organização criminosa do Estado. “A organização é muito numerosa. Nossa preocupação é que com pouco dinheiro eles conseguem pagar adolescentes para cometer os delitos. A grande maioria dos presos no caso são adolescentes”, contou a delegada da Polícia Civil local Sheila Freitas.
Segundo o delegado-geral, Clayton Pinho, o Sindicato do Crime, criado em 2013, é mantido com delitos praticados por membros que estão fora da cadeia, e principalmente com o tráfico de drogas.

Olimpíada se transforma em vitrine para indústria de defesa nacional

Esquema de segurança conta com tecnologias que vão de bloqueadores de drones a sistemas de gestão e de tráfego aéreo; fabricantes nacionais aproveitam evento para ampliar exportação de produtos.

Anna Carolina Papp Rio

A Olimpíada do Rio de Janeiro deu um novo fôlego à indústria de defesa nacional. Muito além do batalhão previsto de 85 mil homens, entre soldados e policiais, a aposta para o esquema de segurança dos jogos está na tecnologia: de bloqueadores de drones a sistemas de gestão e de tráfego aéreo. Em meio à crise fiscal do governo, que levou a sucessivos cortes de investimentos em defesa, o evento se transforma numa vitrine para as empresas brasileiras do ramo, que veem uma oportunidade de ampliar os mercados de exportação dessas tecnologias.
Para a Associação Brasileira das Indústrias de Defesa e Segurança, o Brasil ainda tem um amplo potencial na área de segurança, tanto para atender às necessidades do mercado interno como para exportar essas tecnologias.
“O mercado de segurança e defesa no mundo é de US$ 1,5 trilhão, e o Brasil responde por apenas 2%. Há muito para crescer”, diz Frederico Aguiar, presidente da instituição. Ele, no entanto, se mostra otimista com a visibilidade da Olimpíada. “Todo evento desse porte traz não só o efeito direto da aquisição de equipamentos, mas é também uma vitrine, pois vai mostrar para o mundo que o Brasil não só está preparado com treinamento, mas com equipamento e serviços adequados.”
O monitoramento começa pelos céus. Um aparelho adquirido pelo Exército Brasileiro irá bloquear drones não autorizados próximos às instalações dos jogos. O sistema, chamado de Jammer, pode bloquear o sinal dos vants (veículos aéreos não tripulados) para além de um quilômetro de onde for instalado. O objetivo é desativar aparelhos suspeitos, uma vez que, conforme revelado pelo Estado, a utilização de drones com pequenos explosivos foi um dos métodos sugeridos pelo Estado Islâmico para a realização de ataques terroristas durante os jogos.
“É uma tecnologia inédita em eventos desse porte e 100% nacional”, afirma Luiz Teixeira, presidente da Iacit, empresa localizada no interior de São Paulo que desenvolveu o equipamento. “O operador, quando detecta ameaça em algum drone, aciona o sistema de forma a bloquear a comunicação entre o controlador e o veículo. Ele toma o controle do vant, que pode pousar ou retornar ao local de origem”, explica.
O investimento necessário foi de R$ 1,5 milhão e envolveu dez engenheiros. “A Olimpíada ampliou a capacidade de projeção da empresa, que já está há 30 anos no mercado”, diz Teixeira. A ideia é expandir o uso do aparelho para outras áreas, como em presídios, onde há entregas ilegais via drones, bem como exportá-la para o mercado externo. “Já fizemos demonstrações em vários países, como Espanha e Chile”, afirma.
Equipamento. Além de bloquear drones não autorizados, as Forças Armadas terão seus próprios vants para reforçar o sistema de segurança da Olimpíada. Criado pela FT Sistemas, o vant FT100 será utilizado em missões de vigilância, monitoramento, detecção de alvos e levantamento de informações.
“Ele é um sistema militar, com uma tecnologia de ponta específica para uso de segurança e defesa em ambientes hostis”, afirma Nei Brasil, diretor-presidente da FT Sistemas. “A parceria com as Forças Armadas demonstra que o investimento em inovação é uma alternativa viável para o Brasil.” Ele afirma que os drones já são exportados para países africanos desde o ano passado, e a Olimpíada pode ajudar a abocanhar novos mercados.
O monitoramento dos céus abrange também os aviões. Serão utilizados nos aeroportos dois sistemas desenvolvidos pela Atech, empresa do Grupo Embraer, a fim de não só garantir a segurança, mas melhorar o fluxo para evitar atrasos. As tecnologias Sagitário e Sigma já eram utilizadas, mas foram adaptadas e atualizadas para os jogos.
“O foco do Sagitário é a segurança operacional, pois monitora os voos em tempo real”, explica Edson Mallaco, presidente da Atech. “Já o Sigma faz uma otimização do fluxo de aeronaves. O sistema recebe todos os planos de voo, os analisa e otimiza para evitar engarrafamentos no aeroporto em determinado momento. Pode antever o tráfego aéreo com até uma semana de antecedência”, explica.
Ele afirma que a parceria com a Força Aérea permitiu que a empresa pudesse desenvolver não só com foco em defesa, mas também para o mercado corporativo. “Isso nos permite a comercialização desse sistema para outros mercados. Ele já está sendo implementado na Índia, por exemplo, e deve entrar em operação até o final deste ano.”
Dados. Além da gestão de veículos aéreos, a preparação para os jogos demanda um amplo monitoramento de dados. Essa gestão foi feita pela Fundação Ezute, empresa de direito privado sem fins lucrativos, que vem atuando em parceria com o Ministério do Esporte desde 2012.
A fundação, que esteve à frente de projetos como o Sistema de Vigilância da Amazônia e o Bilhete Único, desenvolveu um sistema que monitora processos em 35 instalações e faz a gestão de orçamentos, prazos, requisitos olímpicos e parâmetros legais. “A plataforma tem como foco cada instalação olímpica e todo o seu ciclo de desenvolvimento”, afirma Flavio Firmino, diretor de projetos especiais da Fundação Ezute. “Ela possui mecanismos para gestão de pontos críticos, cronogramas requisitos e também painéis estratégicos.”
Ele explica que o projeto nasceu mediante o diagnóstico de que o governo federal havia enfrentado dificuldades para gerir os recursos da Copa do Mundo. “Constava que o monitoramento da transferência de recursos para a Olimpíada seria conduzido pelo Ministério do Esporte, num modelo apoiado na contratação de consultorias.
Apresentamos nossa experiência na área de gestão de projetos complexos e fomos contratados no final de 2012.” A parceria com o Ministério do Esporte se encerra em abril do ano que vem.


JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


FAB aciona zonas de exclusão em espaço aéreo para Olimpíada


A FAB (Força Aérea Brasileira) acionou nesta quarta-feira (3) zonas de exclusão de controle do espaço aéreo no Rio de Janeiro e em outras cidades que sediarão eventos da Olimpíada. Nessas áreas, divididas em "amarelas" e "vermelhas", a FAB passará a permitir apenas voos autorizados, como transporte de chefes de Estado, delegações e aeronaves comerciais.
No Rio, a zona controlada amarela compreende um raio de 27,78 km, incluindo os aeroportos do Galeão e Santos Dumont. A área se estende de Niterói até a praia de Grumari e do Oceano Atlântico até a Nova Iguaçu. A zona vermelha, que foi acionada à zero hora, terá um raio de 7,2 km a partir do centro do Parque Olímpico e ficará ativa até o final dos Jogos, sendo retomada para a Paralimpíada.
Fora do Rio, as zonas amarelas começam uma hora antes do início dos eventos esportivos e terminam duas horas depois. 
Os pilotos que desobedecerem as regras das áreas de exclusão sofrerão "medidas de policiamento" que incluem, segundo o coronel Décio Dias Gomes, chefe do centro conjunto de operações aéreas do Condabra (Comando de Defesa Aeroespacial), em Brasília, "reconhecimentos à distância", ordem para desvio de rota, "tiros de aviso" e, em último caso, o abate da aeronave. Ele concedeu entrevista coletiva à imprensa em Brasília.
Desde 2004, quando o Brasil colocou em vigor a chamada lei de abate, que autoriza a derrubada do avião a tiros após advertências, pelo menos uma vez a medida foi empregada, segundo o coronel Dias Gomes, na fronteira entre Brasil e Paraguai.
O acompanhamento dessas zonas de exclusão está sendo feito em uma chamada "Sala de Decisão", em que um alto oficial encarregado de plantão, acompanhado por assessores jurídicos e de inteligência, entre outros militares, serve de elo de ligação com o comandante da Aeronáutica, única autoridade na Força que tem o poder de decisão final sobre eventual tiro de abate. Essa competência foi delegada ao comandante pelo decreto presidencial 8.787/2016.
A área de exclusão tem por objetivo "garantir a defesa do espaço aéreo e um fluxo de tráfego aéreo seguro e ordenado". Essas medidas têm sido empregadas pelo Brasil na época de grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014, e nunca registraram necessidade de tiros de alerta ou de abate, segundo o coronel Dias Gomes.
A FAB informou ter mobilizado um total de 15 mil militares para a Olimpíada e Paralimpíada e 80 aeronaves, incluindo 32 aviões de caça F-5M Tiger e Super Tucano, 15 helicópteros, 28 aviões de transporte, um avião-radar, um avião de patrulha e três de reconhecimento.
Os caças F-5M podem atingir 2.112 km/hora, os Super Tucano, mais leves, atingem 593 km/hora. Alguns desses aviões que poderão ser usados para a intercepção ficarão em atividade no ar por determinados períodos, disse o coronel Gomes.
Além do controle do espaço aéreo, a FAB e outros órgãos de segurança ativaram em terra medidas especiais para os Jogos. Aeronaves privadas, como serviços de táxi aéreo, cujos passageiros normalmente não passam pelo controle de raio-x nos aeroportos, ao longo da Olimpíada, se quiserem cruzar as zonas de exclusão com autorização da FAB terão que se submeter a medidas de inspeção antes de decolar.
Caso decole de outro aeroporto distante onde essas medidas não estão sendo usadas, o avião deverá descer em alguns dos aeroportos previamente escolhidos pela FAB para passar pela inspeção antes de seguir para a zona amarela.

Guiada por Temer, Marcela estreia em evento oficial como primeira-dama


 A primeira-dama interina, Marcela Temer, estreou nesta quarta-feira (3) em seu primeiro evento oficial desde que Michel Temer assumiu o Palácio do Planalto, em maio. A cerimônia escolhida foi a de formalização de promoção de noventa militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, no Palácio do Planalto. A participação deve-se a uma tradição nas Forças Armadas dos oficiais promovidos estarem acompanhados de suas cônjuges.
Com vestido cinza de mangas compridas e sapatos pretos de salto alto, a primeira-dama interina foi guiada durante toda a cerimônia pelo marido. Na descida na rampa para o evento, ele a amparou pelo braço e sugeriu que ela segurasse no corrimão para não escorregar. No cumprimento aos militares, ele a direcionou para a frente da plateia, onde receberam os militares promovidos e suas respectivas mulheres.
Para o evento público, Marcela chegou a receber treinamento, assim como os demais militares presentes. No final da cerimônia, o presidente interino também orientou a mulher a acenar para a imprensa. Desde que Temer assumiu o Palácio do Planalto, a primeira-dama interina não havia participado até o momento de nenhuma cerimônia oficial, nem mesmo de sua posse no cargo.
Além do evento desta quarta-feira (3), Marcela também participará da cerimônia de abertura da Olimpíada do Rio de Janeiro, na sexta-feira (5), no Maracanã.
Na tentativa de suavizar a imagem do presidente interino, assessores e auxiliares defendem que ele se deixar fotografar mais com a família e com o cão presidencial, Thor, que se mudou com a mulher e o filho, Michelzinho, para Brasília. Ele, no entanto, ainda resiste à ideia e avalia que a exposição deve ser evitada até a conclusão do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
OLIMPÍADA
Em discurso, o presidente interino lembrou que, por conta do ajuste fiscal, iniciativas de longo prazo das Forças Armadas podem sofrer impactos, mas que elas não serão descontinuadas.
Em relação à Olimpíada, Temer disse confiar nas Forças Armadas para assegurar a tranquilidade a atletas e turistas. Ele afirmou ainda acreditar que o país projetará ao mundo "uma lição de paz" nacional e internacional.
"Eu digo, sem medo de errar, contar com as Forças Armadas para a segurança da Olimpíada para que possamos revelar ao mundo tranquilidade absoluta. Nós vamos ter a Olimpíada para que possamos mais uma vez projetar o Brasil ao mundo e dar uma lição de paz não só interna como internacional", disse.

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Uma ameaça longe dos radares


Uma ameaça, na maior parte das vezes invisível aos radares militares e civis, se multiplica nos céus do país com o desenvolvimento tecnológico. As Aeronaves Remotamente Pilotadas (Raps), os populares drones, assustam pilotos de aviões, e têm levado autoridades de segurança a buscarem soluções para regulamentar o uso recreativo e comercial do que há tempos deixou de ser visto como um simples brinquedinho de adultos. As restrições de tráfego aéreo em regiões de jogos olímpicos, incluindo Brasília, expõem as dificuldades do controle das Raps, que, a depender do tamanho e do peso, não podem ser detectadas por sistemas de segurança.
Ao passo em que impulsionam o mercado, apontando no horizonte novas possibilidades que vão da entrega de mercadorias até a pulverização de agrotóxicos, sem a participação direta de seres humanos, esses aparelhos também carregam uma preocupação. Somente no último ano, em ao menos dois episódios, a presença dos drones em áreas próximas a aeroportos quase provocou acidentes. Em Londres e em Varsóvia, aviões comerciais passaram por sustos ao se depararem com um drone próximo à área de pouso. De olho no risco, a International Air Transport Association (IATA) chegou a pressionar os países para que aprovassem legislações que disciplinassem a utilização desses aparelhos em áreas de segurança aérea. 
“Além de ver, perceber e detectar tráfegos conflitantes e obstáculos, é igualmente importante que (o drone) seja visto, percebido e evitado por outras aeronaves. Nesse contexto, o acesso ao espaço aéreo de forma irregular e não coordenada por usuários não capacitados pode vir a ser um fator contribuinte para um incidente/acidente”, admite a Força Aérea Brasileira.
Para uma aeronave ser detectada por radares primários, ela deve ter um tamanho mínimo aproximado de 2m² ou ter um transponder, que envia sinais eletrônicos para radares secundários. Cerca de 80% das Raps no mundo são de pequeno porte e não têm capacidade de voar com o equipamento, por isso, há a dificuldade de detecção pelos sistemas tradicionais. Estudos preveem o controle dos drones por meio de sinais de celular. Esses mecanismos ainda estão sendo testados.

"Além de ver, perceber e detectar tráfegos conflitantes e obstáculos, é igualmente importante que (o drone) seja visto, percebido e evitado por outras aeronaves. Nesse contexto, o acesso ao espaço aéreo de forma irregular e não coordenada por usuários não capacitados pode vir a ser um fator contribuinte para um incidente/acidente”
Trecho do comunicado da Força Aérea Brasileira

Da mesma forma, a falta de controle sobre quem compra um aparelho como esse, facilmente adquirido em feiras de eletrônicos, fez com que ele se tornasse uma das principais preocupações das forças de segurança pública em relação a possíveis atentados terroristas nos Jogos Olimpícos e Paralímpicos do Rio de Janeiro. Sem possibilidade de detectar os drones por radares, todas as cidades que receberão jogos do evento terão restrição no espaço aéreo. Apesar de parecerem inofensivos, uma das preocupações das autoridades é que eles sejam utilizados para furar as barreiras de segurança e até para o lançamento de bombas de pequeno porte em locais de grande aglomeração.

2m²
É o tamanho mínimo para uma aeronave ser detectada por radares primários

Na capital fluminense, eles estão proibidos até o fim das Paraolimpíadas, em setembro, em um raio que chega a até 72km das arenas esportivas. De acordo com o Ministério da Defesa, os equipamentos que não estiverem devidamente identificados e autorizados serão paralisados e derrubados. Por outro lado, a Força Aérea Brasileira (FAB) utilizará sua frota de drones para aumentar o controle da segurança na cidade. A uma altura invisível aos humanos, três Aeronaves Remotamente Pilotadas voarão em silêncio e serão os olhos da FAB em arenas, eventos e no deslocamento de autoridades pela cidade.
Controle
A partir de hoje, o espaço aéreo brasileiro começa a ser controlado de maneira especial por causa dos Jogos Olímpicos. Durante o evento, que começa oficialmente nesta sexta-feira, os céus das cidades que receberão competições estão divididos em três áreas de exclusão — Reservada, Restrita e Proibida. Só voos autorizados pelo Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra) serão permitidos nas regiões. As autorizações para o ingresso nos espaços aéreos segregados dependem da natureza e das intenções do voo, por exemplo, aeronaves transportando autoridades, delegações, aviões comerciais de operação regular doméstica e/ou internacional, serviços aéreos privados e especializados públicos, táxi aéreo, emprego militar, defesa aérea, transporte de pessoal e/ou material (civil ou militar), aeronaves ligadas à segurança pública, aeronaves de busca e salvamento e aeronaves ambulância. A Força Aérea Brasileira afirma que aeronaves em falha de comunicação e não identificadas poderão sofrer medidas severas.
No Rio de Janeiro, as restrições específicas para o sobrevoo começaram em 24 de julho e terminam em 22 de agosto. Depois, retornam de 7 a 19 de setembro, em razão das Paralimpíadas. Em Brasília, as restrições no tráfego aéreo começam hoje, a partir das 18h, por causa do jogo da Seleção Brasileira de futebol masculino no Estádio Mané Garrincha, amanhã, a partir das 13h. No dia da partida, espaço aéreo de Brasília estará fechado das 14h às 19h. A medida se repetirá em todos os jogos disputados na capital do país.

Olimpíada fecha os céus do país

Foram criados três níveis de exclusão. Aeronaves não autorizadas podem sofrer medidas que incluem até a destruição. Em Brasília, as restrições passaram a valer na tarde de ontem e se estende até as 19h de hoje.

Natália Lambert

Barreiras invisíveis fecham os céus do país desde ontem nas cidades que recebem os Jogos Olímpicos. Conforme antecipou o Correio, a Força Aérea Brasileira (FAB) separou o espaço aéreo em três áreas de exclusão — Reservada (branca), Restrita (amarela) e Proibida (vermelha), que se estendem a até 100km das arenas esportivas. Só voos autorizados pelo Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra) serão permitidos nas regiões. Entre eles, de transporte de chefes de Estado, delegações e comerciais. Aeronaves em falha de comunicação e não identificadas poderão sofrer medidas severas, entre elas, intervenção, persuasão e destruição. Até drones estão proibidos nessas áreas.
De acordo com o coronel Décio Dias Gomes, chefe do centro conjunto de Operações Aéreas do Comdabra, a operação especial de segurança já foi adotada em outros eventos internacionais, por exemplo, na Jornada Mundial da Juventude, em 2013, e na Copa do Mundo de 2014. O coronel explica que diversas “medidas de policiamento” serão tomadas no caso de aeronaves não identificadas invadirem as áreas restritas. O primeiro passo é o reconhecimento à distância, a solicitação de desvio de rota, um “tiro de aviso” e, em caso extremo, em ordem que só pode ser dada pelo comandante da FAB, um tiro de detenção.
No Rio de Janeiro, as restrições específicas para o sobrevoo começaram em 24 de julho e vão até 22 de agosto. Depois, retornam de 7 a 19 de setembro, para as Paralimpíadas. Em Brasília, as barreiras foram ativadas ontem às 18h e o espaço aéreo estará fechado hoje, das 14h às 19h. Entretanto, a medida não afeta os voos comerciais do Aeroporto Juscelino Kubitschek.
Insegurança
As proibições de acesso ao espaço aéreo não estão limitadas a aviões, helicópteros e equipamentos de grande porte. As Aeronaves Remotamente Pilotadas (Raps), os populares drones, não poderão voar nas áreas de exclusão durante os Jogos Olímpicos, com exceção de equipamentos identificados e registrados pelas forças de segurança. Invisíveis aos radares da FAB, os aparelhos têm assustado pilotos e preocupado autoridades de segurança, que buscam soluções para regulamentar o uso comercial e recreativo no Brasil.
Com receio de que as barreiras de segurança sejam burladas e Raps sejam usados em possíveis atentados terroristas, o governo brasileiro solicitou à empresa que detém 85% do mercado de drones no Brasil que ativasse o sistema que impede as aeronaves de voarem nas zonas determinadas. Para o restante dos equipamentos, outra empresa foi contratada para controlar o voo das aeronaves no Rio de Janeiro, cidade sede das Olimpíadas. O sistema é capaz de pousar e até derrubar as Raps. Em terra, as forças de segurança pública estão orientadas a recolher os equipamentos flagrados em regiões proibidas e encaminhar o operador à delegacia. Caso ele represente uma ameaça, será efetuada a prisão em flagrante.
100 km
Raio de abrangência das áreas de exclusão ao redor das arenas esportivas

AGÊNCIA BRASIL


Forças Armadas chegam a Natal para reforçar combate a ataques


Andreia Verdélio

Tropas das Forças Armadas chegaram hoje (3) a Natal (RN) para auxiliar a polícia na segurança e combate aos ataques a ônibus e prédios públicos que ocorrem desde a última sexta-feira (29) em cidades do interior do Rio Grande do Norte e na região metropolitana da capital. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, vai amanhã (4) ao estado para definir com as autoridades locais as ações de cooperação dos militares. Cerca de 1.200 homens do Exército e da Marinha atuarão no Rio Grande do Norte até 16 de agosto.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), 85 pessoas já foram detidas suspeitas de envolvimento nos ataques. No total, foram registradas 92 ocorrências, entre incêndios, tentativas de incêndios, disparos contra prédios públicos e proximidades, depredações e uso de artefatos explosivos; 29 veículos, entre ônibus e micro-ônibus foram incendiados.
As ocorrências foram registradas em 31 cidades. Hoje (3), o secretário da Sesed, Ronaldo Lundgren, visitará algumas cidades com as forças de segurança para analisar a necessidade de reforços no interior do estado. Segundo a Sesed, na capital “a situação está mais tranquila”, já no interior, houve mais tentativas de vandalismo.
Retaliação
As ações criminosas são uma retaliação à instalação de bloqueadores de celular no Presídio Estadual de Parnamirim (PEP), em Natal. Segundo o governo do estado, outros bloqueadores de sinal serão instalados em unidades prisionais.
“A população tem apoiado o governo porque toda essa ação [dos ataques] começou a partir de medidas de controle. Eles [os criminosos] estão incomodados. Mas o governo não vai recuar e isso tem sido aprovado pela população mesmo diante dos ataques que estão sendo registrados”, disse assessor de Comunicação da Sesed, capitão Christiano Couceiro.
Ele informou que os serviços públicos estão funcionando normalmente na capital, mas com reforço de policiamento nos 23 terminais de ônibus, corredores de transporte público, escolas e presídios. A atuação das Forças Armadas só será detalhada após a visita do ministro Raul Jungmann, mas, segundo a secretaria, as forças federais devem ocupar esses lugares nas ruas para que a polícia local foque nas investigações e combate direto aos criminosos.
Redes Sociais
Couceiro pediu ainda que a população não compartilhe áudios, imagens e mensagens de texto relacionadas a atos criminosos, mesmo que elas sejam verdadeiras. “Essa propagação e o pânico da população também são armas utilizadas [pelos bandidos] nesse momento”, disse, orientando que as mensagem sejam encaminhadas para o Disque Denúncia Whatsapp da Sesed pelo (84) 98149-9906.

Espaço aéreo de Brasília terá restrições durante jogos da Rio 2016


Yara Aquino

ImagemBrasília terá restrições no espaço aéreo amanhã (4), de modo a impedir o sobrevoo de aeronaves sobre o Estádio Mané Garrincha e proximidades durante as partidas de futebol masculino dos Jogos Olímpicos 2016. Amanhã, jogam Iraque e Dinamarca, às 13h, e a Seleção Brasileira estreia contra a África do Sul, às 16h.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a restrição vale entre 14h e 19h, com a ativação das chamadas “áreas de exclusão” vermelha e amarela.
Na área vermelha, incluindo o estádio, somente poderão sobrevoar aeronaves envolvidas no evento, como as militares e da organização do evento e autorizadas pelo Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra). Essa área abrange um raio de sete quilômetros. Na área amarela, com raio de 12 quilômetros, não poderão entrar aeronaves particulares e táxi aéreo.
Sobre todo o Plano Piloto, Sudoeste, Setor de Indústria e partes do Lago Sul e do Lago Norte só serão permitidos voos autorizados pelo Comdabra.
A alteração vai se repetir nos demais dias de jogos no Mané Garrincha. Entre os dias 4 e 13 de agosto, serão dez partidas de futebol da Olimpíada, sete de equipes masculinas e três de times femininos.
Segundo o coronel Décio Dias Gomes, chefe do Centro Conjunto de Operações Aéreas do Comdabra, os voos da aviação regular do Aeroporto Juscelino Kubitschek não serão alterados.
“Uma hora antes dos jogos, as áreas amarelas e vermelhas são ativadas e podem voar apenas as aeronaves previamente autorizadas. Entretanto, o impacto para a aviação geral não vai ocorrer em Brasília”, afirmou.
Nas áreas de exclusão será impedido o uso de paraquedas, parapentes, balões, dirigíveis, ultraleves, aeronaves experimentais, asas-deltas, aeromodelos e drones.
Aeronaves que descumprirem as restrições para voos nos dias de jogos passam por um processo de identificação, tentativa de mudança de rota e podem, até mesmo, ser abatidas.

Temer promete “absoluta tranquilidade” durante Rio 2016 e elogia Forças Armadas


Paulo Victor Chagas

A dois dias da abertura oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o presidente interino Michel Temer voltou a dizer hoje (3) que as competições ocorrerão em “absoluta tranquilidade” com relação à segurança. Ao discursar em cerimônia com a presença dos mais altos postos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, Temer elogiou o trabalho dos militares e disse que eles serão um dos responsáveis por “projetar o Brasil ao mundo” por meio do esporte.
“Agora nas Olimpíadas nós já começamos a receber delegações de turistas de todo o mundo. É uma tranquilidade, digo aos senhores sem medo de errar, contar com o concurso das Forças Armadas para a segurança das competições e das atividades à sua volta”, disse o presidente interino após apresentação de oficiais-generais promovidos no Palácio do Planalto.
Após o evento, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que, nos próximos dias, as ameaças de atentados deixarão de ser o foco das ações de segurança da Olimpíada.
“É sempre assim nos grandes eventos. Nós começamos [com atenções voltadas ao] polo da segurança, do terrorismo. Hoje, com a chegada dos atletas, o início das primeiras competições, e a segurança e a tranquilidade que o Rio de Janeiro hoje tem, não tenha dúvida que vamos passar para o anonimato e lá cuidaremos da segurança e da defesa dos Jogos”, disse.
Prioridade para o crescimento
Durante o discurso aos militares, Temer disse ser “natural” no atual momento do país que “processos estratégicos das Forças Armadas sofram alterações” devido à prioridade que tem sido dada à retomada do crescimento. Ele acrescentou, no entanto, que são “projetos de longa duração” e garantiu que “não terão descontinuidade”, sem citar quais.
Além de enaltecer o papel dos militares em trabalhos desenvolvidos nas fronteiras brasileiras e em missões internacionais de paz, Michel Temer citou o lema do governo federal, “Ordem e Progresso”, para dizer que é com “hierarquia e disciplina que vem progresso”.
A esposa do presidente interino, Marcela Temer, participou pela primeira vez de um evento público no Palácio do Planalto desde que o Temer assumiu temporariamente a Presidência da República.

OUTRAS MÍDIAS


STF.JUS.BR


1ª Turma restabelece anistia a ex-cabo da Aeronáutica

Por unanimidade dos votos, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) restabeleceu a anistia política concedida a um ex-cabo da Aeronáutica. Durante sessão realizada na tarde desta terça-feira (2), os ministros deram provimento ao Recurso Ordinário em Mandado de Segurança (RMS) 31841 por entenderem que, no caso, ocorreu decadência do direito da administração pública de anular o ato administrativo que reconheceu a condição de anistiado político ao impetrante.
Conforme o relator, ministro Edson Fachin, transcorreram mais de cinco anos entre a concessão da anistia (publicada em novembro em 2003) e a portaria que deflagrou o processo administrativo de revisão da anistia e a anulou (em junho de 2012). Ele ressaltou que uma nota da Advocacia Geral da União (AGU) não poderia interromper a contagem do prazo de decadência, que é de cinco anos. “A Nota nº1/2006 não tem o condão de obstar esse fluir de lapso temporal”, avaliou, ao acrescentar que esse ato tem efeito jurídico similar ao de um parecer.
Segundo o ministro, o parecer do Ministério Público Federal (MPF) destacou que a nota não anulou a portaria, apenas deduziu crítica sobre o critério de julgamento dos pedidos administrativos por parte da comissão de anistia e recomendou outra forma de tratamento da questão, além da revisão dos casos passados. Ele lembrou que, depois dessa nota, somente em 2011 alguma providência foi tomada quando se instituiu um grupo de trabalho, culminando, em 2012, na anulação da anistia concedida em 2003.
O relator também considerou que não procede outra questão apresentada pela União quanto a eventual existência de má-fé do anistiado. “Não houve conduta maliciosa do interessado, agir de má-fé não tipificou o comportamento nessa hipótese”, entendeu.
Portanto, o ministro Edson Fachin, votou pelo provimento do recurso ao considerar que a decadência deve ser observada. “A questão, no fundo, pode referir-se a erro da administração em decorrência de nova interpretação conferida a fatos ocorridos em 1964, logo, em não se tratando de inconstitucionalidade flagrante não há que se cogitar da impossibilidade de configuração da decadência administrativa no caso em tela”, disse o ministro.

SÓ NOTÍCIAS (MT)


Cenipa divulga relatório final sobre queda de avião em Mato Grosso; piloto ainda não foi localizado

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgou o relatório final sobre o pouso forçado de um avião Cessna Aircraft, em junho do ano passado, em uma plantação de algodão, em Rondonópolis. O documento aponta que a aeronave não operava em conformidade com a legislação aeronáutica, o que motivou a interrupção das investigações. “Ao deixar de atender aos requisitos, podem-se criar condições inseguras latentes as quais deverão ser eliminadas ou mitigadas por meio do cumprimento da própria regulamentação”.O Cenipa levou em consideração ainda o Código Brasileiro de Aeronáutica, que determina a interrupção da investigação “quando verificar a existência de indícios de crime ou que a mesma decorreu de violação a qualquer legislação aeronáutica em vigor ou que a investigação não trará conhecimentos novos para a prevenção”. Há suspeita que a aeronave fosse utilizada para o transporte de drogas na região.Segundo o Cenipa, o piloto perdeu o controle da aeronave durante o pouso. Testemunhas informaram que a “tripulação” foi resgatada por um veículo utilitário branco, logo após a parada da aeronave. Até a divulgação do relatório, no entanto, o piloto do avião ainda não havia sido identificado. Logo após o acidente, ele chegou a ser procurado em hospitais da região, porém, também não foi localizado. O Cenipa não conseguiu apontar se ele seria a única pessoa na aeronave.A Polícia Civil de Rondonópolis apreendeu o avião.

JORNAL DA CIDADE ONLINE


Reforçado por tropas das Forças Armadas, RN declara guerra ao Sindicato do Crime

 Quem nunca recebeu ou ouviu dizer de uns larápios que ligam contando a história de que o cidadão que atende, seja lá quem for, foi premiado pelo SBT ou pelo Faustão ou por qualquer outro programa de TV?Um outro golpe, também bastante utilizado, é o do sequestro. O bandido simula que efetuou o sequestro de uma pessoa próxima de quem atendeu a linha, um filho, uma filha, a mãe ou o irmão.As vezes dá certo. Tem gente que cai.Muitas dessas ligações tem como origem a Penitenciária Estadual de Parnamirim, na Grande Natal. O negócio é lucrativo.A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, finalmente resolveu coibir a prática criminosa.Para tanto, providenciou a instalação de bloqueadores de sinal de celular nas penitenciárias do estado.Os bloqueadores, que foram instalados na quinta-feira (28), impedem que os detentos façam ou recebam ligações de dentro do presídio.A medida provocou a imediata represália da facção criminosa denominada "Sindicato do Crime".Ônibus e veículos foram incendiados na capital Natal e em cidades do interior. Prédios públicos e privados foram depredados.Já foram detectados mais de 80 ataques em 27 cidades do estado até esta terça-feira (2).Além dos ataques, 17 presos fugiram do Centro de Detenção Provisória (CDP) da Ribeira, na Zona Leste de Natal, na madrugada de segunda-feira (1º).A força da criminalidade é notória e cresceu graças às vistas grossas do poder público. Outro fator preponderante, certamente foi a conivência de algumas autoridades corruptas que se associaram ao mundo do crime.Paralelamente, o Governo Federal acaba de enviar tropas das Forças Armadas para ajudar no combate a onda de ataques no estado.O governo do Rio Grande do Norte confirmou o reforço de 1.000 homens do Exército e cerca de 200 fuzileiros.Não pode haver recuo.

AGORA VALE (SP)


Embraer Aviação Executiva alcança o topo do ranking de revista americana

A Embraer Aviação Executiva continua se destacando em todo o mundo. Recentemente, a revista especializada americana Aviation International News (AIN) divulgou a Pesquisa de Suporte ao Produto deste ano, onde a empresa brasileira obteve a média mais alta de todos os quesitos da pesquisa (8,4 pontos de um total de 10) para jatos executivos novos e usados.
O levantamento anual da revista americana AIN pede para que operadores avaliem aeronaves, motores e aviônicos com os quais eles tiveram experiência nos últimos 12 meses. A pesquisa é tradicionalmente realizada no mês de maio e os resultados divulgados na edição de agosto da revista.
Marco Tulio Pellegrini, Presidente & CEO da Embraer Aviação Executiva comemora o anúncio: “A edição 2016 da Pesquisa de Suporte ao Produto da AIN é um claro reconhecimento do nosso compromisso de oferecer a melhor experiência aos clientes da indústria de aviação executiva. Pelo quinto ano consecutivo, a Embraer é ranqueada entre as melhores empresas nas mais importantes pesquisas de suporte ao cliente da indústria. Nós agradecemos a confiança de nossos clientes, que é refletida nessa primeira posição.”
De acordo com Pellegrini, o topo do ranking não ocorre por acaso. Em apenas uma década, a Embraer construiu uma consistente rede global para apoio aos clientes e uma frota de mais de mil jatos executivos que estão em operação em 60 países. Segundo o executivo, a empresa se antecipa na oferta de serviços inovadores para incrementar os esforços de suporte ao produto.

DIÁRIO DO GRANDE ABC


Quatro moradores da região estão em barco desaparecido

Quatro moradores do Grande ABC estão entre as sete pessoas que estavam na embarcação Anjo Gabriel, que está desaparecida após ter saído de Bertioga, na noite de sexta-feira, para realizar pesca esportiva. Na noite desta terça, possíveis destroços do barco foram encontrados nas buscas próximos à Laje de Santos. Os homens, no entanto, ainda não foram localizados. Bombeiros afirmaram que encontraram uma mancha de óleo, na noite desta quarta, nas águas próximas à ilha conhecida como Montão de Trigo, que fica entre Bertioga e São Sebastião e que concentrarão as buscas no local utilizando um sensor de calor. Caso nada seja encontrado, as varreduras continuarão amanhã, quinta-feira, a partir das 7h30.
Vandir Assunção do Carmo, Natalino Morita e Rogério Viana, que são de Santo André, estavam acompanhados do proprietário do barco, Fábio Garbin, que é de São Caetano. Os outros tripulantes são Dyone Amorim Neves, Ismael dos Santos e Renato Molinari.
As famílias e amigos dos tripulantes se juntaram e estão arcando com custos de helicópteros e barcos extras para ajudar na procura. Estão sobrevoando todas as ilhas próximas, mas até agora sem sucesso. A filha de Vandir Assunção do Carmo, Elisa Ramos do Carmo, está no local acompanhando as buscas dos Bombeiros.
“Foram os pescadores particulares, que estão ajudando nas buscas, que localizaram os destroços. Agora, a Marinha intensificou a procura nessa região para ver se consegue achar mais alguma coisa”, contou Elisa, que afirmou ainda que o pai e os amigos tinham um grupo de pesca e já era de costume deles sair para pescar.
A embarcação saiu por volta das 18h de sexta da Marina Polygon, justamente quando houve o último contato com a Capitania dos Portos de São Paulo. O destino final era a Ilha de Alcatrazes.
Corpo de Bombeiros
Apesar das informações de que foram encontrados destroços suspeitos de serem da embarcação Anjo Gabriel, o GBMar (Grupamento de Bombeiro Marítimo) no Guarujá, não tem nenhum indício do que o foi encontrado seja referente à embarcação, oficialmente.
Na manhã desta quarta-feira, foi localizado um colete salva-vidas, tamanho P, mas o mesmo não tinha nenhuma inscrição da embarcação.
“Desde domingo, por volta das 16h50, estamos na busca pela embarcação. Logo que avisados, as lanchas iniciaram os trabalhos que permanecem sem nenhuma paralisação no dia de hoje”, detalha a tenente Karoline Burunsizian.
Nas operação, o Corpo de Bombeiros conta com o apoio da Polícia Ambiental, navio da Marinha, aeronave da Aeronáutica e o helicóptero Águia, da Polícia Militar.
No transcorrer da tarde desta quarta-feira, o Corpo de Bombeiros informará sobre os resultados da realização do plano de rota do período da manhã.

AMAZONAS NOTÍCIAS (AM)


Esquadrão de caça sediado na Base Aérea está em alerta no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes para Jogos Olímpicos

Militares do Primeiro Esquadrão do Quarto Grupo de Aviação (1°/4° GAv), Esquadrão Pacau, estão de sobreaviso no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. O Esquadrão irá executar ações de Defesa Aérea, em prol da manutenção da soberania do espaço aéreo de Manaus, de forma a contrapor qualquer tipo de ameaça aos eventos dos Jogos Olímpicos 2016. A Unidade Aérea deslocou para o aeroporto antes do primeiro jogo, no dia 04 de agosto, e após a última partida, no dia 09 de agosto, regressará para a Base Aérea de Manaus.
De acordo com o comandante do Esquadrão Pacau, Tenente-Coronel Aviador Luciano Cantuaria Pietrani, essa missão traz ganho operacional para a Unidade. “O Esquadrão Pacau tem participação fundamental nos Jogos Olímpicos 2016, pois irá ajudar na segurança do evento, protegendo os céus da cidade de Manaus e ajudando a abrilhantar este grande evento. O ganho operacional é enorme, pois permite à Unidade Aérea a atuação em um cenário real, com a utilização de mísseis e armamentos de última geração”, disse.
As atividades do Esquadrão Pacau serão realizadas em parceria com outras organizações da Força Aérea que vão contribuir para o cumprimento da missão. “Para que uma aeronave de defesa aérea decole é necessário um trabalho sinérgico entre as diversas organizações do Sétimo Comando Aéreo Regional e de outras organizações da Força Aérea Brasileira. O Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro, o COMDABRA, é o grande responsável pelos acionamentos, porém a missão só é cumprida com o apoio do VII COMAR e da Base Aérea de Manaus”, explicou o Ten Cel Pietrani. Nos últimos dias, o 1°/4° GAv realizou exercício conjunto com o Segundo Grupo de Defesa Antiaérea para aperfeiçoar o treinamento de defesa antiaérea.
Para a missão dos Jogos Olímpicos, a Unidade passou por treinamentos específicos. Além da manutenção operacional de rotina, que prevê o treinamento dos procedimentos a serem realizados nos Jogos, foram realizados voos, aulas e instruções específicas para o evento.
Visita ao Esquadrão que fará a defesa aérea durante os jogos olímpicos
A Força Aérea Brasileira o convida para amanhã, 04 de agosto, às 10h no Balcão de Informações da Infraero para uma visita ao Esquadrão que fará a defesa aérea durante os jogos olímpicos em Manaus, uma equipe da FAB estará a postos para recebê-lo.

BLOG GILBERTO AMARAL


Promoção de militares

Na tarde de ontem, o presidente Michel Temer participou de cerimônia no Palácio do Planalto na qual foi formalizada a promoção de 90 militares do Exército (43), da Marinha (22) e da Aeronáutica (25). Usando um elegante vestido cinza, Marcela Temer estreou como primeira dama , acompanhando o presidente Temer na solenidade. Em seu pronunciamento, com cerca de dez minutos, Temer disse que era preciso recordar a participação extraordinária das Forças Armadas em operações como a missa de paz da ONU e a copa do mundo de 2014. Aos militares, o peemedebista lembrou que as delegações estrangeiras já estão no Brasil para que atletas participem das Olimpíadas e disse, "sem medo de errar" que o país conta com os militares para garantir a segurança. Depois de muitos e muitos anos, os militares voltam ao Planalto.

AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA PRESIDÊNCIA


Temer: projetos estratégicos das Forças Armadas terão continuidade

O presidente em exercício, Michel Temer, afirmou nesta quarta-feira (03) que, mesmo com o ajuste fiscal, projetos estratégicos para o País, como a defesa da soberania do País e a valorização das Forças Armadas, terão continuidade. A fala dele ocorreu no Palácio do Planalto durante solenidade de apresentação de oficiais-generais recém-promovidos.
Para o presidente, a missão dos militares no Brasil transcende as suas atribuições tradicionais. “Podemos estabelecer uma relação indissociável entre defesa e desenvolvimento. Desenvolvimento na acepção mais ampla, sempre em benefício do povo, sobretudo, os seus segmentos mais vulneráveis”, observou.
Em determinados pontos do território nacional, disse Temer, as Forças Armadas são a única representação do Estado. “Os rostos de nossos militares são cotidianamente a imagem da esperança para milhares de cidadãos brasileiros que vivem em regiões distantes e isoladas.”
“A relação (...) entre defesa e desenvolvimento está presente também na contribuição da Marinha, do Exército e da Aeronáutica para nossa base industrial de defesa com geração de empregos, mas precisamos agora de tecnologia”, argumentou o presidente.
Segurança nas Olimpíadas
Temer ainda afirmou que os Jogos Olímpicos serão seguros, de “tranquilidade absoluta”, um momento para o Brasil dar uma lição de paz interna e externa. “Nós vamos ter Olimpíadas que vão fazer com que nós possamos, mais uma vez por meio do esporte, projetar o Brasil no mundo.”



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