NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 27/07/2016 / Caça da Marinha cai no mar do RJ
Caça da Marinha cai no mar do RJ ...
Acidente aconteceu durante treinamento com outro avião, que pousou em segurança ...
Dois caças modelo AF-1B (A-4KU-Skyhawk), da Marinha do Brasil, colidiram durante treinamento nesta terça-feira, 26, ao largo de Saquarema, na Região dos Lagos, no Rio, provocando a queda de um dos aparelhos no mar. O piloto conseguiu se ejetar, mas não tinha sido encontrado até o início da noite. O outro aparelho, mesmo danificado, pousou na Base Aeronaval de São Pedro D’Aldeia em segurança.
Segundo nota da Marinha, os aviões treinavam ataques a alvos de superfície com a fragata Liberal, a cerca de 100 quilômetros da costa. Quando se afastavam do navio, em formação tática, bateram. Uma operação de busca e salvamento, com pelo menos cinco helicópteros e dois navios, além de lanchas do Corpo de Bombeiros, foi desencadeada na região. As buscas pelo piloto desaparecido, cujo nome não foi divulgado, continuavam à noite.
Por meio de nota, a Força Naval lamentou o ocorrido. “A Marinha deu início às buscas pelo piloto e está prestando todo o apoio necessário à família do militar”, disse no texto.
A Força negou oficialmente ao Estado que o treino fizesse parte da preparação para a Olimpíada. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, tratava-se de atividade de rotina.
Ainda de acordo com a Marinha, as duas aeronaves modelo AF-1B, Skyhawk, que pousam no porta-aviões São Paulo, faziam o exercício quando, “durante o voo de afastamento do navio, em formatura tática, para a realização de um novo ataque, houve a colisão entre as aeronaves, com a provável ejeção do piloto e queda de uma delas no mar”. Embora o exercício fosse de rotina, as aeronaves poderiam ser empregadas na patrulha do litoral do Rio, caso houvesse necessidade, durante os Jogos Olímpicos.
Histórico. O avião acidentado passara por processo de modernização na Embraer, no Brasil, segundo contrato de R$ 106 milhões assinado em 2009, envolvendo a compra de 12 aeronaves do modelo. Os Skyhawk adquiridos pelo Brasil lutaram na Guerra do Golfo (1990-1991), tendo cumprido missões na Operação Tempestade do Deserto. Atualmente, porém, são consideradas aeronaves obsoletas – os EUA aposentaram as últimas em 1999.
O País comprou 23 A-4 Skyhawk, todos da versão A-4KU, a última a ser produzida. Três eram modelos com dois lugares, para treinamento; os demais eram monopostos, com espaço apenas para o piloto. Porém, apenas 12 continuavam em condições de voo.
Os aviões foram comprados do Kuwait ainda durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), para equipar o porta-aviões São Paulo, adquirido da Marinha francesa, onde servira sob o nome de Foch. Desde os anos 1940, com a criação do Ministério da Aeronáutica, a Marinha não mantinha aviões de combate.
Os aparelhos ficam na Base de São Pedro d’Aldeia, onde integram o Primeiro Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque (Esquadrão VF-1). Deveriam atuar a partir do São Paulo, mas o porta-aviões teve vários problemas técnicos nos últimos anos, incluindo um incêndio. Os caças A-4 usados pela Marinha do Brasil devem ser aposentados em 2025.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Salvador tem simulação em ferry com ameaça de armas a bordo
Exercício ocorreu na manhã desta terça-feira e contou com 400 oficiais. Dez embarcações da Marinha e helicóptero também participaram.
Juliana Almirante - G1 / Ba
A Marinha fez uma simulação de abordagem a embarcações com ameaça de armas a bordo em Salvador, na manhã desta terça-feira (26). O exercício aconteceu no ferry boat Dorival Caymmi, nas proximidades do porto da capital baiana. A ação compõe a estratégia de defesa para os jogos olímpicos de futebol que acontecem de 4 a 13 de agosto na cidade.
O exercício contou com 400 oficiais e 10 embarcações da Marinha, e durou aproximadamente uma hora e meia. Na simulação, uma embarcação com oficiais foi até o ferry boat. Eles entraram no ferry e fizeram a abordagem da tripulação.
Na inspeção, foi encontrada uma arma dentro de uma bolsa. Um helicóptero fez a proteção aérea durante a abordagem. Outras duas embarcações do Samu, juntamente com a Polícia Federal, verificaram a presença de feridos no ferry.
O capitão Fernando Vidal explicou que o exercício aconteceu para avaliar as condições de prontidão dos meios navais.
"Tem um protocolo que o grupo (da Marinha) cumpre até certo ponto, se tiver algo (armas), o comando aciona os órgãos de segurança pública", afirma.
Segurança
No entorno da Arena Fonte Nova, em Salvador, onde ocorrerão os jogos olímpicos entre os dias 4 e 13 de agosto, será feito um perímetro de segurança por equipes aéreas e terrestres. O esquema foi apresentado nesta terça-feira, em coletiva de imprensa.
No entorno da Arena Fonte Nova, em Salvador, onde ocorrerão os jogos olímpicos entre os dias 4 e 13 de agosto, será feito um perímetro de segurança por equipes aéreas e terrestres. O esquema foi apresentado nesta terça-feira, em coletiva de imprensa.
A entrada nas ruas será permitida apenas para moradores com veículos cadastrados e torcedores com ingressos. Ainda ficará bloqueado o tráfego aéreo uma hora antes e três horas depois dos jogos no entorno do estádio. Para garantir a segurança, as Forças Armadas vão contar com o efetivo de 1.607 militares. Anteriormente, a previsão era de que cerca de 1.400 atuassem na segurança da capital baiana.
Para as delegações de seleções, o esquema montado contará com segurança do percurso de chegada com batedores da polícia pelas ruas da cidade, do aeroporto até o alojamento. As rotas serão escolhidas de acordo com o fluxo de veículos e possibilidade de manifestação e interdição do trânsito. "Também não podemos alterar a rotina dos moradores de Salvador", diz o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa.
Treinamento
Estão previstos exercícios e simulações durante toda esta terça-feira na capital baiana em preparação para o evento esportivo. No Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, será feita a simulação de voo de drone não autorizado.
Estão previstos exercícios e simulações durante toda esta terça-feira na capital baiana em preparação para o evento esportivo. No Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, será feita a simulação de voo de drone não autorizado.
"Hoje é um grande exercício geral. Vamos colocar em prática planejamentos e exercícios que já fizemos e estamos repetindo", explicou o vice-almirante Claudio Viveiros. As ações durante o período de eventos acontecem de maneira integrada com órgaos de Segurança Pública, Defesa Civil e Inteligência.
A Marinha terá embarcações que vão executar patrulhas no litoral da capital baiana e no interior da Baía de Todos-os-Santos. A força aérea fará proteção do espaço aéreo da capital baiana e o Exército estará de prontidão para atuar como força de contingência.
Cumbica tem reforço na segurança e ministro diz que não haverá filas
Maior aeroporto do país intensificou fiscalização de estrangeiros. Aeroportos tiveram filas após fiscalização mais rigorosa em voos domésticos
Tatiana Santiago - G1 / Sp
O Aeroporto Internacional de São Paulo (Cumbica), em Guarulhos, responsável por 40% do movimento de passageiros e atletas que chegam ao Brasil para participar dos jogos olímpicos, recebeu reforço na segurança e monitoramento.
Além do reforço no efetivo de policiais militares, civis, federais, o terminal aéreo também recebe novos equipamentos para identificar suspeitos com passagens pela Interpol, rastrear drogas e isolar supostos artefatos explosivos.
Na manhã desta terça-feira (26), o terminal aéreo foi fiscalizado pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves.
De acordo com o Ministro da Justiça, o reforço da fiscalização na imigração não irá gerar atrasos ou filas de passageiros. Aeroportos registraram filas após mudanças em regras de fiscalização da Anac para passageiros de voos domésticos.
“Toda mudança de procedimento gera uma adaptação. O que houver necessidade de adaptação do protocolo sem obviamente afastar qualquer critério de segurança será feito e nenhum desses aparatos, desses mecanismos ou instrumentos de segurança vai gerar nenhum impacto para o brasileiro que vem de outros estados ou para o turista. Basta ver que essa segunda verificação ligada a Interpol se dá em três segundos”, afirmou Moraes.
Ao todo, 206 delegações passarão por Cumbica e os estrangeiros passarão por novos procedimentos de inspeção como um software que lê as digitais em três segundos através de um scanner e está conectado a um banco de dados dos procurados da Interpol.
“Todos os estrangeiros que chegarem ao Brasil passarão por essa identificação, além da identificação normal da alfandega que já é feita, uma segunda identificação de todos os estrangeiros para verificar se algum tem alguma anotação na Interpol”, afirmou o ministro da Justiça. Os estrangeiros também terão que passar por uma máquina que visualiza metais e drogas presas ao corpo, uma espécie de raio-x.
Segundo o ministro da Justiça, sua maior preocupação é que os estrangeiros venham confiantes na segurança no país. “A nossa maior preocupação é que as pessoas venham para o Brasil com absoluta tranquilidade para assistir os jogos olímpicos”, disse.
No caso de objetos suspeitos, é acionado um esquadrão especializado que conta com dois robôs para manusear os supostos explosivos. Também haverá uma caixa de contenção para transportar as bagagens suspeitas para fora da área do saguão de passageiros. A caixa é feita com material resistente e aguenta explosões.
Cumbica recebeu R$ 18 milhões de investimentos do governo federal para intensificar o controle dos passageiros. “Guarulhos é estratégico para os jogos olímpicos e para a Paraolimpíada. Aproximadamente 40% do ingresso de quem vem de outros países se faz por Guarulhos, que em seguida vão para o Rio de Janeiro”, declarou o ministro da Defesa Raul Jungmann.
Policiamento
O policiamento será reforçado no maior terminal aéreo do país. Serão 279 policiais militares trabalhando durante o período da Olimpíada, além de efetivos extras da Polícia Civil, Força de Contingência do Policiamento de Choque e do Policiamento Rodoviário.
O policiamento será reforçado no maior terminal aéreo do país. Serão 279 policiais militares trabalhando durante o período da Olimpíada, além de efetivos extras da Polícia Civil, Força de Contingência do Policiamento de Choque e do Policiamento Rodoviário.
O aeroporto contará com 700 agentes da Polícia Federal, 300 a mais que o de costume.
Para eleição, TSE quer manter no Rio tropas destinadas à Olimpíada
Presidente do tribunal, Gilmar Mendes, fez pedido ao ministro da Defesa. Jogos terminam em 21 de agosto, quando campanha já terá se iniciado
Renan Ramalho E Mariana Oliveira
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, afirmou nesta terça-feira (26) ao G1 que pediu ao ministro da Defesa, Raul Jungmann, que as tropas enviadas ao Rio de Janeiro a fim de reforçar a segurança para a Olimpíada sejam mantidas na cidade até outubro. O objetivo é que os militares atuem na cidade também durante a campanha eleitoral deste ano.
Os Jogos Olímpicos terminam em 21 de agosto, quando a campanha eleitoral para cargos de prefeito e vereador já estará em andamento – a campanha começa oficialmente em 16 de agosto.
Segundo o TSE, as Paralimpíadas, que também terão segurança das Forças Armadas, terminam em 18 de setembro, duas semanas antes da eleição.
De acordo com o tribunal, caberá ao Ministério da Defesa analisar a quantidade de homens que poderá manter no Rio de Janeiro após os jogos até a eleição.
O ministro Gilmar Mendes afirmou que o pedido foi feito ao TSE pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, Antônio Jayme Boente.
"Essa providência já tomamos em relação ao Rio de Janeiro. Pedimos ao ministro da Defesa que deixasse as forças que estão alocadas no Rio de Janeiro [para a Olimpíada] até as eleições. Isso atende a pedido do presidente do TRE. Mas vamos ter que continuar discutindo porque isso envolve também custos e isso deve ser considerado", disse o presidente do TSE.
Segundo Mendes, em relação a outras cidades, o TSE vai seguir as regras e analisar cada situação de acordo com a demanda de cada tribunal regional.
O ministro lembrou, no entanto, que no atual contexto de corte de gastos, isso poderá ser considerado.
"Quanto à segurança aqui e acolá, vamos seguir as práticas e praxes normais. Vamos dialogar com cada tribunal e, na medida do possível, vamos indicar a presença de Força Nacional, Forças Armadas, e isso tem que se fazer com muito método porque envolve custos num sistema hoje de financiamento restrito. Todos estamos convivendo com corte de gastos", afirmou.
"Quanto à segurança aqui e acolá, vamos seguir as práticas e praxes normais. Vamos dialogar com cada tribunal e, na medida do possível, vamos indicar a presença de Força Nacional, Forças Armadas, e isso tem que se fazer com muito método porque envolve custos num sistema hoje de financiamento restrito. Todos estamos convivendo com corte de gastos", afirmou.
Como é feito o pedido de tropa
O pedido de tropa é feito pelo juiz eleitoral da cidade para o Tribunal Regional Eleitoral do estado, que fica responsável por obter um parecer do governador – responsável pelas forças sobre a necessidade do reforço. Do TRE, o pedido é remetido ao TSE, que precisa aprovar ou não o envio das tropas.
O pedido de tropa é feito pelo juiz eleitoral da cidade para o Tribunal Regional Eleitoral do estado, que fica responsável por obter um parecer do governador – responsável pelas forças sobre a necessidade do reforço. Do TRE, o pedido é remetido ao TSE, que precisa aprovar ou não o envio das tropas.
O parecer do governador é levado em conta, mas nem sempre a aprovação depende disso.
Após a aprovação do reforço, o TSE eleitoral envia ofício à presidente da República solicitando autorização para uso das forças federais. No caso de aprovação, o TSE acerta os detalhes com o Ministério da Defesa.
A presença das Forças Armadas visa garantir a segurança no dia da eleição, mas, para isso, a força federal se desloca antes para as cidades.
Desde 1994, a Justiça Eleitoral tem o apoio logístico das Forças Armadas para locais de difícil acesso ou em situação de violência durante as eleições.
Argentina planeja oferecer voos comerciais para a Antártica em 2018
A Argentina anunciou na última semana que planeja operar voos comerciais para a Antártica a partir de janeiro de 2018. Atualmente, o continente gelado só costuma ser acessado por turistas com a ajuda de navios que saem da cidade de Ushuaia, no sul do país.
Em declaração à agência nacional de notícias Télam, o secretário do Ministério da Defesa argentino Walter Ceballos confirmou que a base Marambio deverá ser equipada com radares e sistemas eletrônicos para receber aviões civis. Atualmente, o local recebe apenas aviões militares com pessoas ligadas às forças armadas e cientistas e profissionais ligados a projetos de pesquisa.
Os novos voos deverão ser oferecidos pela companhia aérea estatal Lade, da Força Aérea Argentina, que em junho retomou rotas para a Patagônia.
Turistas que decidirem embarcar e conhecer a Antártica deverão ter em mente, porém, que as acomodações não serão muito diferentes das utilizadas pelos pesquisadores que atualmente vão à região, mais simples que o padrão hoteleiro internacional. Os visitantes também precisarão respeitar as normas de proteção ambiental.
Ainda não há confirmação dos preços das passagens.
Enquanto os voos não são regulamentados, quem deseja hoje ir ao continente deve primeiramente ir à cidade de Ushuaia e comprar um pacote em um dos navios que oferecem roteiros para a Antártica. A temporada de cruzeiros vai de outubro a abril, quando as temperaturas não são tão severas, e costuma levar mais de 35 mil turistas por ano. Um pacote de dez dias, em cabine quádrupla, pode custar mais de R$ 25 mil.
Em declaração à agência nacional de notícias Télam, o secretário do Ministério da Defesa argentino Walter Ceballos confirmou que a base Marambio deverá ser equipada com radares e sistemas eletrônicos para receber aviões civis. Atualmente, o local recebe apenas aviões militares com pessoas ligadas às forças armadas e cientistas e profissionais ligados a projetos de pesquisa.
Os novos voos deverão ser oferecidos pela companhia aérea estatal Lade, da Força Aérea Argentina, que em junho retomou rotas para a Patagônia.
Turistas que decidirem embarcar e conhecer a Antártica deverão ter em mente, porém, que as acomodações não serão muito diferentes das utilizadas pelos pesquisadores que atualmente vão à região, mais simples que o padrão hoteleiro internacional. Os visitantes também precisarão respeitar as normas de proteção ambiental.
Ainda não há confirmação dos preços das passagens.
Enquanto os voos não são regulamentados, quem deseja hoje ir ao continente deve primeiramente ir à cidade de Ushuaia e comprar um pacote em um dos navios que oferecem roteiros para a Antártica. A temporada de cruzeiros vai de outubro a abril, quando as temperaturas não são tão severas, e costuma levar mais de 35 mil turistas por ano. Um pacote de dez dias, em cabine quádrupla, pode custar mais de R$ 25 mil.
Privatização de aeroportos pode adotar modelo "filé com osso"
Dimmi Amor
A privatização de aeroportos poderá ser feita no modelo "filé com osso", em que unidades lucrativas como Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ) serão concedidas à iniciativa privada num pacote com terminais deficitários.
O governo analisa se essa fórmula seria mais vantajosa que a prevista desde 2015 para sanear a Infraero, a estatal do setor —privatizar unidades lucrativas, mantendo a receita dessa concessão com a empresa federal para a gestão das deficitárias.
De acordo com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha —ministro da Aviação Civil quando o projeto original para a Infraero foi elaborado—, a alternativa será analisada diante do novo cenário econômico do país, em que é necessário arrecadar recursos mais rapidamente para reduzir o déficit orçamentário.
"A situação fiscal mudou", disse Padilha sobre a possibilidade de mudança.
Em entrevista à Folha no início do mês, o presidente interino, Michel Temer, disse que o governo planeja privatizar Congonhas e Santos Dumont (que têm a rota mais movimentada do país, a ponte aérea Rio-São Paulo) para reduzir o rombo nas contas públicas, que deve chegar a R$ 170,5 bilhões neste ano.
PREJUÍZO
O plano para salvar a Infraero foi elaborado após a empresa perder cinco dos seus mais rentáveis aeroportos nas concessões de 2012 e 2013: Guarulhos, Campinas, Brasília, Confins (MG) e Galeão (RJ). A empresa ficou com 60 unidades, das quais apenas dez são lucrativas.
Pior, assumiu mais de 80% dos funcionários dos aeroportos privatizados, ficando ainda mais inchada. Resultado: prejuízo de R$ 3 bilhões.
Quando a presidente Dilma Rousseff, hoje afastada, decidiu em 2015 fazer mais quatro concessões de aeroportos rentáveis, elaborou-se um plano para sanear a empresa, com a demissão de 5.000 funcionários, entre outros cortes.
Também era necessário negociar dois bons ativos: os 49% de ações da companhia nas cinco concessões; e os três aeroportos mais rentáveis: Manaus, Congonhas e Santos Dumont.
Com queda dos gastos e os recursos desses ativos (que deveriam entrar no caixa da empresa, e não no do Tesouro), a Infraero conseguiria cuidar dos aeroportos deficitários.
Sem isso, a empresa quebra, e ninguém cuidará dessas unidades, diz um dos participantes do plano.
Os aeroportos em cidades do interior ou capitais de pouco movimento dão prejuízo porque a receita nesse ramo depende da comercialização de lojas. Nessas unidades, o movimento e as receitas comerciais não sustentam os elevados custos para receber os aviões.
INCLUSÃO
Padilha diz que não está descartada a inclusão dos quatro aeroportos já previstos para concessão em 2016 (Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza) no possível novo modelo de concessão.
Segundo ele, não há nada pronto e que a decisão será tomada por Temer e pelos ministros da área econômica.
Segundo ele, não há nada pronto e que a decisão será tomada por Temer e pelos ministros da área econômica.
O modelo "filé com osso" foi o utilizado pelo governo Fernando Henrique Cardoso na privatização do sistema de telefonia do país na década de 1990. O país foi dividido em lotes com áreas mais lucrativas e menos lucrativas.
Caça da Marinha cai no mar do RJ; piloto está desaparecido
Acidente aconteceu durante treinamento com outro avião, que pousou em segurança
Dois caças modelo AF-1B (A-4KU-Skyhawk), da Marinha do Brasil, colidiram durante treinamento nesta terça-feira, 26, ao largo de Saquarema, na Região dos Lagos, no Rio, provocando a queda de um dos aparelhos no mar. O piloto conseguiu se ejetar, mas não tinha sido encontrado até o início da noite. O outro aparelho, mesmo danificado, pousou na Base Aeronaval de São Pedro D’Aldeia em segurança.
Segundo nota da Marinha, os aviões treinavam ataques a alvos de superfície com a fragata Liberal, a cerca de 100 quilômetros da costa. Quando se afastavam do navio, em formação tática, bateram. Uma operação de busca e salvamento, com pelo menos cinco helicópteros e dois navios, além de lanchas do Corpo de Bombeiros, foi desencadeada na região. As buscas pelo piloto desaparecido, cujo nome não foi divulgado, continuavam à noite.
Por meio de nota, a Força Naval lamentou o ocorrido. “A Marinha deu início às buscas pelo piloto e está prestando todo o apoio necessário à família do militar”, disse no texto.
A Força negou oficialmente ao Estado que o treino fizesse parte da preparação para a Olimpíada. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, tratava-se de atividade de rotina.
Ainda de acordo com a Marinha, as duas aeronaves modelo AF-1B, Skyhawk, que pousam no porta-aviões São Paulo, faziam o exercício quando, “durante o voo de afastamento do navio, em formatura tática, para a realização de um novo ataque, houve a colisão entre as aeronaves, com a provável ejeção do piloto e queda de uma delas no mar”. Embora o exercício fosse de rotina, as aeronaves poderiam ser empregadas na patrulha do litoral do Rio, caso houvesse necessidade, durante os Jogos Olímpicos.
Histórico. O avião acidentado passara por processo de modernização na Embraer, no Brasil, segundo contrato de R$ 106 milhões assinado em 2009, envolvendo a compra de 12 aeronaves do modelo. Os Skyhawk adquiridos pelo Brasil lutaram na Guerra do Golfo (1990-1991), tendo cumprido missões na Operação Tempestade do Deserto. Atualmente, porém, são consideradas aeronaves obsoletas – os EUA aposentaram as últimas em 1999.
O País comprou 23 A-4 Skyhawk, todos da versão A-4KU, a última a ser produzida. Três eram modelos com dois lugares, para treinamento; os demais eram monopostos, com espaço apenas para o piloto. Porém, apenas 12 continuavam em condições de voo.
Os aviões foram comprados do Kuwait ainda durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), para equipar o porta-aviões São Paulo, adquirido da Marinha francesa, onde servira sob o nome de Foch. Desde os anos 1940, com a criação do Ministério da Aeronáutica, a Marinha não mantinha aviões de combate.
Os aparelhos ficam na Base de São Pedro d’Aldeia, onde integram o Primeiro Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque (Esquadrão VF-1). Deveriam atuar a partir do São Paulo, mas o porta-aviões teve vários problemas técnicos nos últimos anos, incluindo um incêndio. Os caças A-4 usados pela Marinha do Brasil devem ser aposentados em 2025.
Contra terrorismo, militares das Forças Armadas reforçam segurança no DF
Militares protegem áreas e prédios considerados estratégicos e potenciais alvos de ataque, como estações de energia elétrica e centros de treinamento
Cerca de 4 mil militares das Forças Armadas reforçam a segurança no Distrito Federal, desde o último domingo (24), em função das partidas de futebol dos Jogos Olímpicos que ocorrerão no Estádio Nacional Mané Garrincha. Militares protegem áreas e prédios considerados estratégicos e potenciais alvos de sabotagem e ataque terrorista. Entre eles, estações de energia elétrica e centros de treinamento.
Brasília receberá 10 partidas de futebol das Olimpíadas, de 4 a 13 de agosto. Serão sete jogos do torneio masculino e três do feminino. No dia 4, a seleção brasileira masculina enfrenta a África do Sul no Mané Garrincha. Antes do Brasil, no mesmo dia, entram em campo Iraque e Dinamarca.
Parte dos militares do Exército, Marinha e Aeronáutica ficará de prontidão e atuará caso seja necessário. “Os 4 mil militares atuam na proteção das estruturas estratégicas, na defesa aeroespacial, na defesa lacustre a atuando em conjunto com a segurança pública, caso seja necessário”, explicou o general César Lemes Justo, Comandante Militar do Planalto.
Trânsito
Outros 4,5 mil servidores do Distrito Federal atuarão durante as partidas de futebol dos Jogos Olímpicos em Brasília. Eles farão parte da operação que começa no próximo domingo (24) e vai até o dia 15 de agosto. Entre eles, integrantes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, do Detran, da Defesa Civil e do DER-DF) Além do policiamento para garantir a segurança dos atletas e do público, eles vão trabalhar na organização do trânsito e escolta de delegações.
Aeronaves da Marinha colidem no litoral do RJ
RIO E BRASÍLIA - (Atualizada às 19h55) Um caça da Marinha caiu, nesta tarde de terça-feira, durante um treinamento militar com outra aeronave a cerca de cem quilômetros ao largo do litoral de Saquarema, na região dos Lagos, no Rio de Janeiro.
Segundo a Marinha, o piloto se ejetou da aeronave e caiu no mar com vida, mas ele ainda não foi encontrado. Uma operação de resgate está em curso com navios, helicópteros e outras embarcações. A aeronave já foi localizada.
Em nota a Marinha do Brasil disse que o acidente ocorreu quando os pilotos voltavam dos exercícios e que está prestando apoio à família do militar desaparecido. A Marinha iniciou uma apuração para entender as causas do acidente.
Uma das aeronaves, o AF1 Skyhawk, que caiu no mar, fez parte do programa de modernização de 12 caças da Marinha feito pelo Ministério da Defesa para os Grandes Eventos. O avião modernizado atuaria, se fosse preciso, no controle do espaço aéreo para a Olimpíada que terá início em dez dias. A outra aeronave, do mesmo modelo, conseguiu pousar, mas também está danificada.
Há 20 dias, uma outra aeronave, essa da Força Aérea Brasileira, caiu em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. Os dois tripulantes se salvaram. Na ocasião, eles conseguiram ejetar e pousar em terra, segundo nota da FAB.
A aeronave caiu em uma área desabitada da própria base aérea. Ninguém ficou ferido no acidente. O caça da Aeronáutica também havia sido modernizado pela Força: era F5-FM Tiger. Um inquérito foi aberto para apurar as causas do acidente.
Segundo a Marinha, o piloto se ejetou da aeronave e caiu no mar com vida, mas ele ainda não foi encontrado. Uma operação de resgate está em curso com navios, helicópteros e outras embarcações. A aeronave já foi localizada.
Em nota a Marinha do Brasil disse que o acidente ocorreu quando os pilotos voltavam dos exercícios e que está prestando apoio à família do militar desaparecido. A Marinha iniciou uma apuração para entender as causas do acidente.
Uma das aeronaves, o AF1 Skyhawk, que caiu no mar, fez parte do programa de modernização de 12 caças da Marinha feito pelo Ministério da Defesa para os Grandes Eventos. O avião modernizado atuaria, se fosse preciso, no controle do espaço aéreo para a Olimpíada que terá início em dez dias. A outra aeronave, do mesmo modelo, conseguiu pousar, mas também está danificada.
Há 20 dias, uma outra aeronave, essa da Força Aérea Brasileira, caiu em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. Os dois tripulantes se salvaram. Na ocasião, eles conseguiram ejetar e pousar em terra, segundo nota da FAB.
A aeronave caiu em uma área desabitada da própria base aérea. Ninguém ficou ferido no acidente. O caça da Aeronáutica também havia sido modernizado pela Força: era F5-FM Tiger. Um inquérito foi aberto para apurar as causas do acidente.
Rio 2016: delegações da Alemanha e França terão segurança reforçada em Salvador
Sayonara Moreno
Os atletas do futebol olímpico da Alemanha e da França, que disputarão partidas da Rio 2016 em Salvador, terão segurança reforçada por causa dos recentes ataques vividos por seus países. O reforço atende a pedido do Ministério das Relações Exteriores, segundo o secretário de Segurança Pública do estado da Bahia, Maurício Barbosa.
Haverá atenção especial ao transporte das delegações, locais de treinamento e de hospedagem, embarque e desembarque, entre outros. Os cuidados se estenderão às torcidas desses países.
Segundo Barbosa, por causa da onda de ataques terroristas, os Jogos Olímpicos trazem preocupações diferentes da Copa do Mundo, que também teve jogos em Salvador, em 2014. “As preocupações hoje são outras, até pela situação internacional que nós estamos vendo, esses ataques terroristas. Então temos modificado os protocolos no que se refere a essas novas ações neste ano”, disse.
O esquema de segurança para as partidas de futebol da Rio 2016 que ocorrerão em Salvador entre 4 e 13 de agosto terá ações em terra, com controle de acesso à Arena Fonte Nova, e no ar, com monitoramento do espaço aéreo de um raio de sete quilômetros no entorno do local das disputas.
O esquema de segurança para as partidas de futebol da Rio 2016 que ocorrerão em Salvador entre 4 e 13 de agosto terá ações em terra, com controle de acesso à Arena Fonte Nova, e no ar, com monitoramento do espaço aéreo de um raio de sete quilômetros no entorno do local das disputas.
O esquema integra forças de segurança e inteligência federais, estaduais e municipais. A Polícia Federal vai atuar em frentes de inteligência, no controle da entrada de estrangeiros, na segurança dos chefes de estado e com equipes de pronta intervenção.
“A gente vem monitorando e acompanhando eventuais riscos, em contato com os serviços de inteligência estrangeiros, que nos municiam de informações. Todas as medidas foram e estão sendo adotadas e a gente não baixa a guarda em momento nenhum. Estamos acompanhando, em tempo real, tudo que está acontecendo”, disse o superintendente da PF na Bahia, Daniel Madruga.
Militares
As Forças Armadas também farão a segurança dos Jogos Olímpicos em Salvador. Serão 1,4 mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica.
As Forças Armadas também farão a segurança dos Jogos Olímpicos em Salvador. Serão 1,4 mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica.
No mar, os militares da Marinha terão apoio de um helicóptero sobrevoando a área, cinco navios e dez embarcações da Capitania dos Portos da Bahia. No espaço aéreo, serão aeronaves de caça modelos A-29 e F-5. Toda a operação militar será conduzida a partir do Centro de Coordenação de Defesa de Área (CCDA), em constante comunicação com o Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR), onde todas as forças de segurança, em Salvador, serão orientadas e as informações, cruzadas.
Nos dias de partidas de futebol olímpico em Salvador, os torcedores e trabalhadores que circularem pelas imediações da Arena Fonte Nova serão vistoriados e deverão apresentar ingressos ou credenciais para acesso ao estádio. Os percursos das seleções, entre hotel e locais de treino e jogo, serão definidos momentos antes dos deslocamentos, por questões de segurança das equipes, que serão acompanhadas por helicópteros e batedores.
Indicação para diretor-geral da Abin está em análise na Comissão de Relações Exteriores
Da Redação
A sabatina de Janér Tesch Hosken Alvarenga para exercer o cargo de diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em substituição a Wilson Trezza, poderá ocorrer em agosto na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). A mensagem presidencial 74/2016, com a indicação, chegou ao Senado no último dia 20 e está sendo relatada pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que ainda não finalizou seu parecer.
Wilson Trezza pediu demissão do cargo em maio, e o nome de Janér Alvarenga foi indicado pelo presidente interino Michel Temer e pelo ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), Sérgio Etchegoyen, para substituí-lo. Até a aprovação do novo indicado, Trezza permanecerá no cargo.
Jáner Alvarenga integra os quadros do serviço de inteligência nacional desde 1984, tendo sido promovido a oficial de inteligência em 1989. Atualmente, é diretor do Departamento de Inteligência Estratégica da Agência, mas já passou pela chefia das superintendências estaduais de Goiás e Pernambuco, além de ter sido adido civil de inteligência junto à Embaixada do Brasil em Bogotá (Colômbia), entre outros postos.
O indicado tem 55 anos e é graduado em matemática.
Demissão
A saída de Wilson Trezza da direção da entidade foi precedida por uma denúncia. Segundo publicação de uma revista nacional, em maio, a agência estaria espionando Michel Temer, líderes do PMDB, o juiz Sérgio Moro e até mesmo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.
Em nota oficial, a Abin repudiou as acusações e afirmou que “o pedido de exoneração do diretor-geral não guarda nenhuma correlação com o teor da matéria, tendo em vista a improcedência das descabidas informações veiculadas pela revista”.
Participação total de capital estrangeiro é vetada em nova lei do setor aéreo
Foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (26) a Lei 13.319/2016, que promove diversas mudanças na aviação brasileira. Com origem na Medida Provisória (MPV) 714/2016, a norma foi publicada com cinco vetos. Um deles é sobre o trecho que ampliava em até 100% a possibilidade de participação de capital estrangeiro nas empresas aéreas brasileiras.
A MP original, editada pela presidente afastada Dilma Rousseff, previa aumento de 20% para 49% no limite máximo de capital estrangeiro, com direito a voto, nas empresas aéreas. A possibilidade de abertura total do setor foi inserida durante votação da matéria na Câmara dos Deputados, em 21 de junho, por meio de emenda do PMDB, aprovada por 199 votos a 71.
No Senado a mudança não foi bem recebida. O texto foi aprovado de forma simbólica em 29 de junho no Plenário, mas só depois de acordo para que fosse vetada essa mudança feita pela Câmara. Antes do fim da votação, o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), garantiu que o presidente interino Michel Temer tinha se comprometido a vetar a abertura total ao capital estrangeiro. Segundo Aloysio Nunes, a discussão sobre o tema acontecerá agora ou por projeto de lei a ser enviado pelo Executivo ou dentro da comissão especial de reforma do Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA).
Os senadores alegaram que a questão é muito complexa, exigindo, por isso, debate mais aprofundado. A relatora da matéria foi a senadora Ângela Portela (PT-RR).
De acordo com a justificativa do veto apresentada por Temer, a proposta inicial de aumento do capital estrangeiro para 49% era “meritória”. Entretanto, afirma-se ainda, a elevação dessa participação para até 100% não é adequada ao interesse público.
Adicional de Tarifa Aeroportuária
Entre as medidas trazidas pela Lei 13.319/2016 e mantidas pela Presidência da República, estão o perdão de débitos da Infraero com a União e a criação de subsidiárias da estatal, além da extinção do Adicional de Tarifa Aeroportuária e sua incorporação na composição das próprias tarifas.
O texto extingue, a partir de 1º de janeiro de 2017, o Adicional de Tarifa Aeroportuária (Ataero), devido pelas companhias às empresas de administração aeroportuária. O tributo incide no valor de 35,9% sobre as tarifas pagas pelos passageiros (embarque) e pelas companhias aéreas (pouso, permanência de aeronave, armazenagem e de conexão). O Ataero foi criado pela Lei 7.920/1989. Os recursos arrecadados (R$ 679,7 milhões em 2015) são enviados para o Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), que financia o setor de aviação civil e a infraestrutura aeroportuária.
De acordo com a MP, o valor do Ataero será incorporado às tarifas a partir de 2017, sem redução tarifária para passageiros e companhias. A partir da incorporação do adicional à tarifa, a Anac terá 180 dias para concluir processos de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos das concessionárias de aeroportos concedidos à iniciativa privada.
Nesse período, a diferença entre as tarifas revistas e as previstas no contrato continuará a ir para o Fnac, a título de contrapartida pela União em razão da outorga do serviço. Depois da revisão dos contratos, as concessionárias ficarão com o montante gerado pelo adicional incorporado.
Devido à incorporação do adicional à tarifa, o Senado manteve emenda da Câmara para deixar claro que o novo valor não entrará na base de cálculo usada para aplicar multas aos concessionários de aeroportos ou para o repasse de montante recolhido a título de contribuição variável ao poder público.
A Infraero opera 60 aeroportos no país, a maioria com prejuízo. Antes da privatização de aeroportos rentáveis, como os de Guarulhos e de Brasília, o órgão usava a sobra de caixa desses para custear outros de menor rentabilidade.
Perdão à Infraero
O texto prevê ainda o perdão dos débitos da Infraero com a União quanto aos repasses pendentes de parte do adicional relativos a 1º de dezembro de 2013 a 31 de dezembro de 2016.
Outra novidade é a proibição de contingenciamento dos recursos capitalizados do Fnac ou de transferência ao Tesouro.
Contratação direta
Quanto à forma de a Infraero atuar no setor, a MP estabelece a criação de subsidiárias ou participação em outras sociedades públicas ou privadas, que poderá ocorrer por meio de ato administrativo ou contratação direta.
Segundo previsão divulgada pelo governo à época da edição da MP, em março de 2016, a empresa se dividirá em Infraero Serviços, para prestar serviços aos aeroportos regionais; a Infraero Participações, que ficará com as ações da estatal nas sociedades formadas para explorar os aeroportos que foram privatizados (49% de Guarulhos, Brasília, Viracopos, Galeão e Confins); e a Infraero Navegação Aérea. O texto permite à Infraero transferir a empresa de navegação aérea ao Comando da Aeronáutica. Já as outras duas empresas poderão atuar também no exterior.
Linhas regionais
O texto também cria as chamadas linhas pioneiras, que poderão ser exploradas de forma exclusiva pelas companhias aéreas por um prazo de dez anos por operadoras regionais. A ideia é servir rotas de baixa densidade de tráfego e que não estejam sendo operadas comercialmente na data de publicação da MP. Elas não poderão, entretanto, receber subsídios federais.
As companhias aéreas terão de abrir uma subsidiária para operar essas linhas, destinadas a alimentar linhas comerciais por meio de acordo de cooperação (code share) ou de contrato de prestação de serviços e terão características, regulação e custos diferentes das atuais linhas.
Aviação regional
A medida estabelece ainda que as companhias aéreas deverão reservar até 20% de seus voos para aeroportos regionais, quando da autorização de voos regulares de transporte de passageiros pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Estabelece ainda o acesso controlado às pistas de taxiamento, de pouso e de decolagem para áreas privadas adjacentes aos aeroportos. O acesso será por meio de convênio com a administradora do aeroporto.
Intercâmbio de aeronave
Para disciplinar prática prevista no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o texto disciplina o intercâmbio de aeronave ou de motores entre companhias aéreas. A intercambiadora cede o direito de uso à empresa de transporte aéreo de outra nacionalidade, beneficiária do intercâmbio, por tempo determinado, para sua operação em troca de remuneração.
No caso das aeronaves estrangeiras intercambiadas com empresas brasileiras de transporte aéreo, o projeto exige que elas passem por vistoria técnica e sejam inscritas no registro aeronáutico. A aeronave em intercâmbio deverá manter as suas marcas de nacionalidade e de matrícula de origem, possuindo apenas um certificado brasileiro de aeronavegabilidade.
A beneficiária será integralmente responsável por quaisquer danos causados em decorrência do uso da aeronave no período em que a mesma estiver sob sua titularidade. As empresas beneficiárias do intercâmbio deverão empregar tripulantes brasileiros com contrato de trabalho no Brasil.
Durante o período em que a aeronave estiver sujeita ao intercâmbio, a beneficiária poderá operá-la livremente em qualquer rota no Brasil, sobrevoar o território do país de origem da intercambiadora, pousar nele para fins comerciais, embarcar e desembarcar passageiros, bagagens, carga e mala postal. Esse tipo de intercâmbio deve observar ainda as regras e recomendações previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais celebrados pelo Brasil.
Aeronaves abandonadas
Para evitar que restrinjam a operação do aeroporto, dificultem a ampliação de sua capacidade ou seu regular funcionamento, novo artigo incluído no Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) pela MP permite que o operador aeroportuário remova aeronaves, equipamentos e outros bens deixados nas áreas aeroportuárias. A iniciativa leva em conta riscos sanitários ou ambientais, e abrange principalmente aeronaves e bens integrantes de massa falida de companhias como a Vasp e a Transbrasil.
Outros vetos
Além de barrar a participação em 100% do capital estrangeiro, Temer vetou a possibilidade de autorização a associações civis para executar serviços aéreos especializados de ensino, adestramento, investigação, experimentação científica e fomento ou proteção ao solo, meio ambiente e similares. Outro veto foi ao inciso que obrigava a operação nos voos internacionais por tripulação brasileira com contrato no país. De acordo com as razões dos vetos, tais medidas poderiam trazer mais custos aos voos, e também dificultar a operação deles, sobretudo aos que têm escala no país.
Também houve veto ao uso de recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) para o financiamento a equipamentos para aeroclubes e a formação de pilotos e outros profissionais de aviação. Tal dispositivo não tem pertinência ao tema inicial da MP, de acordo com a justificativa para o veto.
Tropas das Forças Armadas passam por verificação final antes da Olimpíada em BH
Verificação do pessoal e do material militar individual e coletivo ocorreu na manhã desta terça, no 12º Batalhão, no Barro Preto
Carolina Mansur
Homens da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea de Belo Horizonte participaram de uma verificação do pessoal e do material militar individual e coletivo que serão utilizados na operação de segurança durante a Olimpída deste ano, em ação realizada na manhã desta terça-feira, no 12º Batalhão, no Bairro Barro Preto.
Em Belo Horizonte, onde serão realizados os jogos de futebol previstos pela Olimpíada 2016, 1.700 militares vão compor as tropas do Comando de Defesa de Área, que será responsável pela coordenação dos militares na operação de segurança na capital mineira durante o evento. Os militares vêm de várias regiões do país e tem especialidades técnicas e profissionais exigida para a atuação nos jogos olimpícos.
Cerca de 156 viaturas serão empregadas na operação, além de 9 motocicletas, serão usadas nos deslocamentos com objetivo de dar a agilidade necessária às tropas. Pelo menos quatro helicópteros, um deles equipados com equipamentos para captura de imagens e que vai auxiliar no monitoramento, também serão utilizados durante os jogos. Equipamentos para descontaminação em caso de ataques químicos, biológicos radiológicos e nucleares também serão utilizado pelos militares durante os eventos.
Deputados verificam esquema de segurança dos Jogos Olímpicos no Rio
Uma comitiva da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado está na cidade do Rio de Janeiro para verificar as condições do sistema de segurança dos Jogos Olímpicos, a cargo da Força Nacional.
Mais de 10 mil atletas de 20 diferentes países vão participar das Olimpíadas que começam no próximo dia 5 na capital fluminense. “Será a primeira vez que os Jogos Olímpicos serão sediados na América do Sul e a segunda vez na América Latina”, ressalta o deputado Rocha (PSDB-AC), que pediu a visita oficial ao Rio. “Resta claro a importância desse evento e, mais ainda, é sabido que a segurança dos jogos deve ser um ponto de preocupação para todos nós. Ainda mais em tempos de preocupação constante com atentados terroristas”, afirma o parlamentar.
Mais de 10 mil atletas de 20 diferentes países vão participar das Olimpíadas que começam no próximo dia 5 na capital fluminense. “Será a primeira vez que os Jogos Olímpicos serão sediados na América do Sul e a segunda vez na América Latina”, ressalta o deputado Rocha (PSDB-AC), que pediu a visita oficial ao Rio. “Resta claro a importância desse evento e, mais ainda, é sabido que a segurança dos jogos deve ser um ponto de preocupação para todos nós. Ainda mais em tempos de preocupação constante com atentados terroristas”, afirma o parlamentar.
Nesta terça-feira, a comitiva se reunirá, ao meio-dia, com o diretor-geral de Segurança dos Jogos Olímpicos, Luiz Correa. Em seguida, os parlamentares visitarão o Centro Integrado de Comando e Controle e a Cidade da Polícia Civil para conhecer o projeto denominado "Central de Garantias".
A Central de Garantias é uma experiência pioneira que introduz uma nova metodologia na apreciação de situações de flagrante pelo delegado de Polícia. Esse novo sistema permitirá maior agilidade na adoção das medidas de polícia judiciária, otimização no emprego de pessoal e a ampliação do acesso à defesa.
Hospedagem de policiais
Na quarta-feira (27), a comitiva visitará as instalações destinadas à hospedagem do efetivo da Força Nacional, estimada em 9,6 mil policiais.
Na quarta-feira (27), a comitiva visitará as instalações destinadas à hospedagem do efetivo da Força Nacional, estimada em 9,6 mil policiais.
“Observamos, com muita apreensão, as notícias que chegam sobre a falta de infraestrutura para os soldados da Força Nacional que estão destacados para a segurança do evento”, afirma Rocha. “Sabe-se que os referidos soldados não contam com espaço próprio para descanso ou mesmo equipamentos adequados para um evento dessa natureza”, lamenta.
JORNAL FOLHA DIRIGIDA (RJ)
EEAr 2017: 149 vagas em concurso para Aeronáutica
Renato Deccache
Quem sonha em seguir carreira militar e exercer uma atividade dinâmica e estratégica do país pode conseguir alcançar este objetivo por meio do concurso EEAr 2017, para ingresso na Escola de Especialistas da Aeronáutica. As vagas são para o Exame de Admissão ao Curso de Formação de Sargentos, na modalidade B (CFS B 2017).
No concurso, que já teve o edital divulgado, a Força Aérea Brasileira oferta, ao todo, 149 vagas, sendo 128 para controlador de tráfego aéreo e 21 para o cargo de Guarda e Segurança. Para concorrer a uma das oportunidades ofertadas, os candidatos devem ter o ensino médio completo ou condição de concluí-lo até a data da matrícula no curso. Outro critério é não ter menos de 17 anos e nem completar 25 anos de idade, até 31 de dezembro de 2017.
A área de Guarda e Segurança somente podem concorrer candidatos do sexo masculino. Já as vagas para Controle de Tráfego Aéreo podem ser disputadas por homens e mulheres. Os classificados ingressam no posto de 3º sargento, com remuneração bruta inicial de R$3.892.
Dentre as principais atividades exercidas pelos controladores está a de organizar o tráfego de aviões no espaço aéreo brasileiro, com o objetivo de prevenir colisões entre aeronaves ou com obstáculos próximos aos aeroportos. Outra informações sobre as atribuições podem ser consultadas no edital, disponível na FOLHA DIRIGIDA Online.
Os interessados poderão se inscrever no concurso entre os dias 1° e 25 de agosto no site da FAB. O valor da taxa de participação é de R$60 e poderá ser pago até o dia 30 de agosto. Durante o prazo para inscrições, os inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e membros de família de baixa renda poderão solicitar a isenção desse valor.
Prova objetiva está marcada para novembro
A prova será no dia 13 de novembro. Os inscritos resolverão questões de Língua Portuguesa, Matemática, Física e Inglês. Está última de nível básico para o cargo de Guarda e Segurança, e nível intermediário para a especialidade Controle de Tráfego Aéreo. O processo seletivo ainda terá concentração intermediária, inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de condicionamento físico e a avaliação documentos.
Os classificados no processo seletivo farão um curso de formação que será realizado na cidade de Guaratinguetá, em São Paulo. Nesse período, os estudantes terão direito a vários benefícios, entre eles, alojamento, uniforme, assistência médica, odontológica, psicológica, religiosa, além de bolsa de estudos.
Os que concluírem, com aproveitamento, o curso que será realizado na Escola de Especialistas, poderão ingressar nos quadros da Força Aérea Brasileira, no posto de 3º sargento, com remuneração bruta inicial de R$3.892 mensais e os demais benefícios do setor público, como estabilidade profissional e oportunidades de ascensão na carreira militar. Este é o segundo Concurso EEAR 2017, para sargento da Aeronáutica (CFS B 2017), deste ano.
PORTAL INFOMONEY
Ozires Silva: "Estamos criando uma verdadeira tragédia para o nosso futuro"
Governo deveria ser o catalisador do sucesso da sociedade, e não o "atrito", diz fundador da Embraer; "onde estão os nossos líderes? Já esta provado que não estão em Brasília"
Thiago Salomão
Thiago Salomão
SÃO PAULO - O bordão "Brasil é o país do futuro" nasceu com uma visão promissora para o País, mas logo tornou-se o "lugar comum" para concluir a ideia de que não conseguimos evoluir em certos aspectos e ficamos esperando por um futuro que nunca chega. E se depender das políticas adotadas pelo nosso governo no campo educacional, estamos fadados a ficar cada vez mais atrasados do resto do mundo. Essa visão é de ninguém menos que Ozires Silva, 85 anos, fundador da Embraer (EMBR3) e que "venceu na vida" principalmente graças aos esforços pessoais nos estudos - o que torna essa análise ainda mais preocupante.
"A magia da transformação passa pela educação. Basta ver o que aconteceu com a China e a Coreia do Sul nas últimas décadas. Aqui não temos isso: o Governo Federal não tem e nunca teve um plano para mudar isso. Estamos criando uma verdadeira tragédia para o nosso futuro e para as gerações de nossos netos", disse Ozires em almoço palestra promovido pela OEB (Ordem dos Economistas do Brasil), realizado no começo de julho no Terraço Itália, em São Paulo.
Por cerca de 40 minutos, ele explicou por que o Brasil está ficando - e deverá ficar - cada vez mais para trás na esteira da evolução do mundo e apontou como a falta de líderes em Brasília é determinante para nos manter nesse atoleiro. Como um ótimo contador de histórias, Ozires ainda narrou toda a trajetória da Embraer, desde a fundação até a posição mundial de destaque, comovendo os ouvintes mas ao mesmo tempo mostrando o quão difícil é criar tecnologia dentro de um país tão acostumado a produzir commodities.
Confira abaixo os principais destaques do discurso de Ozires Silva:
"A magia da transformação passa pela educação. Basta ver o que aconteceu com a China e a Coreia do Sul nas últimas décadas. Aqui não temos isso: o Governo Federal não tem e nunca teve um plano para mudar isso. Estamos criando uma verdadeira tragédia para o nosso futuro e para as gerações de nossos netos", disse Ozires em almoço palestra promovido pela OEB (Ordem dos Economistas do Brasil), realizado no começo de julho no Terraço Itália, em São Paulo.
Por cerca de 40 minutos, ele explicou por que o Brasil está ficando - e deverá ficar - cada vez mais para trás na esteira da evolução do mundo e apontou como a falta de líderes em Brasília é determinante para nos manter nesse atoleiro. Como um ótimo contador de histórias, Ozires ainda narrou toda a trajetória da Embraer, desde a fundação até a posição mundial de destaque, comovendo os ouvintes mas ao mesmo tempo mostrando o quão difícil é criar tecnologia dentro de um país tão acostumado a produzir commodities.
Confira abaixo os principais destaques do discurso de Ozires Silva:
A magia da educação e a "herança maldita" do Brasil
A magia da transformação passa pela educação. Basta ver o que aconteceu com a China e a Coreia do Sul nas últimas décadas. Em 1988, eu, juntamente com outras personalidades mundiais da época, fomos chamados por Peter Druker, que havia sido contratado pelo governo chinês para criar um projeto de conquista do mercado mundial. Hoje vemos onde ela chegou. Isso mostra a importância de ter líderes, pois eles que guiarão as pessoas a fazerem algo em conjunto que resultará em um bem comum.
Aqui no Brasil não temos isso: o Governo Federal não tem e nunca teve um plano para mudar isso. Estamos criando uma verdadeira tragedia para o nosso futuro e para as gerações de nossos filhos. Sem dúvida nenhuma não chegaríamos onde chegamos [com a Embraer] sem educação. Inovação é fundamental. O problema é que o Brasil não está preparado para assumir os riscos de criar algo novo. Se não assumirmos isso, o futuro de nossos filhos estará em risco.
Nossos líderes não estão em Brasília
No passado, os líderes mudaram o mundo. E continuarão fazendo isso. Dai eu pergunto: onde estão os nossos líderes? Já esta provado que não estão em Brasília. O governo brasileiro não tem funcionado como um catalisador do sucesso da população, ele tem sido um atrito. Os líderes são sempre necessários. Então, seja um deles: ao invés de esperar alguém, seja você a mudança. Precisamos confiar em nós mesmos.
A "triste" semelhança entre brasileiros e chineses
Os países emergentes estão encontrando seu caminho, hoje em dia produtos coreanos e chineses estão no mundo todo, mas nosso produto não. Não há produtos brasileiros nas ruas e cidades do mundo. O Brasileiro é igual o chinês: o chinês só compra produto chinês; o brasileiro também. Oportunidades estão aí e precisam ser aproveitadas, mas sem marca e sem propriedade intelectual não vamos evoluir.
A magia da transformação passa pela educação. Basta ver o que aconteceu com a China e a Coreia do Sul nas últimas décadas. Em 1988, eu, juntamente com outras personalidades mundiais da época, fomos chamados por Peter Druker, que havia sido contratado pelo governo chinês para criar um projeto de conquista do mercado mundial. Hoje vemos onde ela chegou. Isso mostra a importância de ter líderes, pois eles que guiarão as pessoas a fazerem algo em conjunto que resultará em um bem comum.
Aqui no Brasil não temos isso: o Governo Federal não tem e nunca teve um plano para mudar isso. Estamos criando uma verdadeira tragedia para o nosso futuro e para as gerações de nossos filhos. Sem dúvida nenhuma não chegaríamos onde chegamos [com a Embraer] sem educação. Inovação é fundamental. O problema é que o Brasil não está preparado para assumir os riscos de criar algo novo. Se não assumirmos isso, o futuro de nossos filhos estará em risco.
Nossos líderes não estão em Brasília
No passado, os líderes mudaram o mundo. E continuarão fazendo isso. Dai eu pergunto: onde estão os nossos líderes? Já esta provado que não estão em Brasília. O governo brasileiro não tem funcionado como um catalisador do sucesso da população, ele tem sido um atrito. Os líderes são sempre necessários. Então, seja um deles: ao invés de esperar alguém, seja você a mudança. Precisamos confiar em nós mesmos.
A "triste" semelhança entre brasileiros e chineses
Os países emergentes estão encontrando seu caminho, hoje em dia produtos coreanos e chineses estão no mundo todo, mas nosso produto não. Não há produtos brasileiros nas ruas e cidades do mundo. O Brasileiro é igual o chinês: o chinês só compra produto chinês; o brasileiro também. Oportunidades estão aí e precisam ser aproveitadas, mas sem marca e sem propriedade intelectual não vamos evoluir.
Vendemos barato, compramos caro; como fechar a conta?
O mundo está menor, cada vez mais globalizado, mas não estamos aproveitando as novas tecnologias que surgem. São raras as inovações no Brasil, e uma das razoes é a dificuldade de levantar capital de risco para aplicar e gerar valor, e não apenas aplicar para gerar retorno financeiro. Os empreendedores precisam disso para ter sucesso. Mas infelizmente ainda somos uma terra de commodities. Estamos vendendo barato e comprando caro. No longo prazo, essa conta fecha?
Embraer: do sonho de criança ao "dia de sorte"
Em 1945, quando tinha 14 anos, eu e o Zico [amigo de Ozires que ajudou a idealizar a Embraer, mas que morreu em 1955 em um acidente aéreo] frequentávamos o Aeroclube da minha cidade natal, Bauru. Nós discutíamos por que os aviões do aeroclube tinha que ser todos importados dos EUA. Em 1906 Santos Dummont deu seu primeiro voo, então por que 40 anos depois não tínhamos nossos próprios aviões? Além disso, o Brasil sempre foi um país continental e estava em crescimento, o que criava a necessidade de mobilidade. Havia também sinais de globalização, ou seja, poderíamos fazer aviões no Brasil e vender em outros lugares.
Como não havia graduação em aeronáutica, entramos na FAB (Força Aérea Brasileira) via concurso em 1946. Em 1950, foi criado o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), onde poderíamos ter a base de estudo. Mas eu só consegui a bolsa para ser engenheiro em 1962. Me formei aos 32 anos. Agora que eu tenho a qualificação correta, não podia ficar de braço cruzado: no ano seguinte, montei uma equipe de engenheiros para colocar de pé a seguinte ideia: criar aviões que poderiam atender a demanda regional de voos. Muitas cidades menores não tinham a infraesturtura para receber aviões muito grandes, e por isso essas cidades estavam perdendo serviço regular mesmo com o crescimento da economia do País como um todo. Nosso projeto era provar ser possível um avião pousar numa pista pequena.
Sofremos com a baixa credibilidade: o estrangeiro não queria colocar dinheiro nesse projeto, enquanto o governo rejeitou a ideia de uma sociedade mista e disse que algo desse porte tinha que ficar com a iniciativa privada. Até que surgiu o que eu gosto de chamar de "dia de sorte": era domingo, 20 de abril de 1969. Presidente da República [Artur da Costa e Silva] estava indo para Guaratinguetá e havia uma comitiva enorme para recebê-lo, mas por causa de uma neblina, ele teve que ir pra São José dos Campos. Eu e minha equipe estávamos trabalhando naquele domingo. Então como não tinha ninguém lá par recebê-lo, eu tive que fazer isso sozinho. Era a minha chance de de fazer uma "lavagem cerebral"e convencê-lo a criar uma estatal de fabricante de aviões. E ele acreditou: em 19 de agosto de 1969, foi criada a Embraer.
Hoje, voamos em 90 países, e o curioso é que foi esse o número que "chutei" em 1969 quando o presidente me perguntou quantos países eu achava que teriam interesses em nossos aviões.
O mundo está menor, cada vez mais globalizado, mas não estamos aproveitando as novas tecnologias que surgem. São raras as inovações no Brasil, e uma das razoes é a dificuldade de levantar capital de risco para aplicar e gerar valor, e não apenas aplicar para gerar retorno financeiro. Os empreendedores precisam disso para ter sucesso. Mas infelizmente ainda somos uma terra de commodities. Estamos vendendo barato e comprando caro. No longo prazo, essa conta fecha?
Embraer: do sonho de criança ao "dia de sorte"
Em 1945, quando tinha 14 anos, eu e o Zico [amigo de Ozires que ajudou a idealizar a Embraer, mas que morreu em 1955 em um acidente aéreo] frequentávamos o Aeroclube da minha cidade natal, Bauru. Nós discutíamos por que os aviões do aeroclube tinha que ser todos importados dos EUA. Em 1906 Santos Dummont deu seu primeiro voo, então por que 40 anos depois não tínhamos nossos próprios aviões? Além disso, o Brasil sempre foi um país continental e estava em crescimento, o que criava a necessidade de mobilidade. Havia também sinais de globalização, ou seja, poderíamos fazer aviões no Brasil e vender em outros lugares.
Como não havia graduação em aeronáutica, entramos na FAB (Força Aérea Brasileira) via concurso em 1946. Em 1950, foi criado o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), onde poderíamos ter a base de estudo. Mas eu só consegui a bolsa para ser engenheiro em 1962. Me formei aos 32 anos. Agora que eu tenho a qualificação correta, não podia ficar de braço cruzado: no ano seguinte, montei uma equipe de engenheiros para colocar de pé a seguinte ideia: criar aviões que poderiam atender a demanda regional de voos. Muitas cidades menores não tinham a infraesturtura para receber aviões muito grandes, e por isso essas cidades estavam perdendo serviço regular mesmo com o crescimento da economia do País como um todo. Nosso projeto era provar ser possível um avião pousar numa pista pequena.
Sofremos com a baixa credibilidade: o estrangeiro não queria colocar dinheiro nesse projeto, enquanto o governo rejeitou a ideia de uma sociedade mista e disse que algo desse porte tinha que ficar com a iniciativa privada. Até que surgiu o que eu gosto de chamar de "dia de sorte": era domingo, 20 de abril de 1969. Presidente da República [Artur da Costa e Silva] estava indo para Guaratinguetá e havia uma comitiva enorme para recebê-lo, mas por causa de uma neblina, ele teve que ir pra São José dos Campos. Eu e minha equipe estávamos trabalhando naquele domingo. Então como não tinha ninguém lá par recebê-lo, eu tive que fazer isso sozinho. Era a minha chance de de fazer uma "lavagem cerebral"e convencê-lo a criar uma estatal de fabricante de aviões. E ele acreditou: em 19 de agosto de 1969, foi criada a Embraer.
Hoje, voamos em 90 países, e o curioso é que foi esse o número que "chutei" em 1969 quando o presidente me perguntou quantos países eu achava que teriam interesses em nossos aviões.
JORNAL CORREIO (BA)
Forças Armadas farão segurança do Enem
As provas do Enem de 2016 serão aplicadas nos dias 5 e 6 de novembro
As Forças Armadas vão prestar novamente apoio logístico para a realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O apoio para a Operação Enem 2016 foi solicitado pelo Ministério da Educação visando a garantir a segurança no armazenamento das provas.
A participação das Forças Armadas foi oficializada com a publicação de portaria na edição de 18 de julho do Diário Oficial da União. Desde 2009, os ministérios da Educação e da Defesa trabalham em parceria para assegurar que os exames não cheguem a mãos indevidas ou sejam utilizados de forma criminosa.
ACESSE NOSSA PÁGINA ESPECIAL DO ENEM
As provas do Enem de 2016 serão aplicadas nos dias 5 e 6 de novembro. A nota do exame é usada na seleção para vagas em instituições públicas, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e bolsas na educação superior privada, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni).
O resultado do exame também é requisito para receber o benefício do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e participar do Programa Ciência sem Fronteiras. Para pessoas maiores de 18 anos, o Enem pode ser usado como certificação do ensino médio.
Estudos
A plataforma Hora do Enem disponibiliza gratuitamente um plano de estudos individual para quem quer se preparar para o exame. O site também permite ao candidato participar de simulados nacionais, além de ter acesso ao Mecflix, portal com mais de 1,2 mil videoaulas.
A plataforma Hora do Enem disponibiliza gratuitamente um plano de estudos individual para quem quer se preparar para o exame. O site também permite ao candidato participar de simulados nacionais, além de ter acesso ao Mecflix, portal com mais de 1,2 mil videoaulas.
PORTAL PODER AÉREO
Réplica do Gripen NG é atração em shopping de Brasília
A exposição do caça é gratuita e vai até o dia 31 de julho
A exposição do novo caça da FAB está chamando a atenção de crianças e adultos no Shopping Iguatemi, Lago Norte, em Brasília. A réplica em tamanho real da aeronave foi montada no espaço para que o público possa conhecer e interagir com a aeronave. A visitação é gratuita e vai até o dia 31 de julho.
O engenheiro mecânico e civil Ênio Gomes de Lima, de 76 anos, foi ao shopping para ver de perto a aeronave. “Eu gostei muito do caça. Sou apaixonado pela aviação e sempre acompanho os eventos militares”, revelou.
Além de conhecer mais detalhes sobre a aeronave, os visitantes também têm a oportunidade de conversar com os militares para saber como ingressar na FAB e as curiosidades sobre o dia a dia daqueles que contribuem para a defesa do espaço aéreo brasileiro.
Quem também conferiu de perto o novo caça da FAB foi Bernardo Maia, de 9 anos. “Eu gostei do avião, é legal, tem muitos botões dentro da cabine”, afirmou. O protótipo do Gripen é feito de fibra de vidro, madeira e metal.
O Gerente do Projeto F-X2, Coronel Júlio César Cardoso Tavares, explica algumas das funcionalidades que despertam a curiosidade do público. “O interessante dessa réplica é que na cabine está ligado o painel com o display que equipará nossas aeronaves. Isso dá uma noção real de como o piloto verá a aeronave e como ela será quando estiver em voo. Fora isso, tem os armamentos, entre eles o míssil A-Darter, que está na réplica e também demonstra as características do Gripen NG’, finaliza.
REVISTA TECNOLOGIA & DEFESA
Chefe da Casa Civil defende prioridade para o KC-390
O ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que apesar dos desafios do governo de “fazer mais e melhor com menos recursos”, os investimentos no avião militar de transporte e reabastecimento ar-ar KC-390, maior aeronave desenvolvida no Brasil, e na modernização do sistema de controle do espaço aéreo são indispensáveis e devem ser prioridade para o governo.
A declaração foi feita após audiência entre o ministro e o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato, em Brasília (DF). “A navegação aérea é absoluta prioridade para a segurança de todos aqueles que venham a viajar mas, principalmente, para nós não estarmos no contexto internacional um degrau abaixo em relação a outros países”, afirmou o ministro.
O ministro Padilha salientou que o projeto do KC-390, uma parceria da Força Aérea Brasileira (FAB) com a Embraer, fará com que a indústria aeronáutica brasileira possa ter uma participação maior no âmbito internacional.
O chefe da Casa Civil também abordou na reunião com o brigadeiro Rossato o apoio da FAB para o transporte de órgãos para transplante. “A FAB está dando lição de como a gente consegue entregar à população um serviço absolutamente indispensável”, disse.
Além disso, destacou a atuação das Forças Armadas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, que iniciaram o patrulhamento ostensivo nas ruas da capital fluminense a partir do último domingo (24).
“Vamos ter um sistema de segurança envolvendo 85 mil homens em que as Forças Armadas são o principal destaque. Isso será a razão do conforto, da segurança de todos aqueles que venham nos visitar, assim como para a população local”, avaliou.
No encontro, o ministro recebeu a medalha Mérito Santos-Dumont. A imposição da comenda, realizada pelo comandante da Aeronáutica, foi acompanhada por membros do Alto Comando da Aeronáutica.
“Para mim é uma dupla honraria”, explicou Padilha lembrando sua atuação como ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC) ao longo de 2015. Ele assumiu a Casa Civil em maio de 2016.
“Eu recebo [esta homenagem] com o respeito, a admiração e o reconhecimento profissional que eu tenho com todos aqueles que têm dedicado a sua vida à Força Aérea Brasileira que é reconhecida internacionalmente como de ponta”, afirmou o ministro que em 1997 havia recebido a Ordem do Mérito Aeronáutica no Grau de Grande Oficial.
PORTAL SEGS (SP)
Médico de Santos participa de cirurgias em mata fechada, no Amazonas
Pela primeira vez um santista foi escolhido para participar do Projeto Expedicionários da Saúde, uma ONG que reúne médicos voluntários em expedições que levam medicina especializada, principalmente atendimento cirúrgico, à populações indígenas da Amazônia brasileira.
O oftalmologista Filipe Accioly de Gusmão, juntamente com outros 50 voluntários de diversas áreas da saúde, participou de um programa de atendimento a tribos indígenas, que leva medicina especializada, principalmente atendimento cirúrgico, a comunidades de difícil alcance no Brasil.
Durante oito dias, a equipe composta por profissionais voluntários vindos de várias regiões do país atendeu duas etnias indígenas: Satere Mawé e Hixkaryana.
Em pouco mais de uma semana foram feitas mais de 150 cirurgias de cataratas e pterígio, além de outras 134 cirurgias e mais de 1600 pacientes atendidos por especialidades como oftalmologistas, pediatria, ginecologistas, clínico geral, e dentistas.
Aventura em meio a mata:
A Expedição contou com equipes provenientes de vários locais do Brasil. Um avião cedido pela FAB, Força Aérea Brasileira, levou a tripulação médica até Parintins, de onde seguiriam viagem por mais quatro horas navegando os rios Amazonas e Andirá até chegar à Escola Indígena São Pedro, local do acampamento médico.
Segundo o oftalmologista Filipe Accioly,de Gusmão, o Exército participou com todos os preparativos. "Todo o nosso acampamento, as tendas de atendimento clínico e o centro cirúrgico foram montados com segurança e total assepsia", ressalta o cirurgião.
Para que o trabalho pudesse ser feito atingindo o maior número de pacientes possível, em menor tempo, alguns médicos que já atendiam as tribos indígenas fizeram uma pré-triagem para que as cirurgias já começassem no primeiro dia de expedição.
"Nosso trabalho foi bem dinâmico. Enquanto uma equipe operava, outros iam até a tribo fazer uma espécie de triagem e prestar atendimento oftalmológico, bem como prescrever e fornecer óculos para os índios que necessitassem. Mais de 300 óculos foram doados”, conta Filipe Accioly.
Segundo o especialista, a receptividade dos indígenas foi impressionante. “Gratidão era a palavra que definia o olhar deles quando voltavam a enxergar. Isso é algo que acredito que ficará na minha memória para sempre. Essa foi uma das experiências mais emocionantes e prazerosas que vivi. Desbravando rios e matas, encontrei seres humanos incríveis, que precisavam da minha ajuda. O pouco que dei a eles, veio em dupla recompensa. A satisfação de ver o sorriso dos índios tratados é simplesmente inesquecível. Acho que posso dizer com alegria: Missão cumprida!", finaliza o médico.
Jornal do Comércio (RS)
Fernando Albrecht
Começo de Conversa
A outra Olimpíada IDesde o último dia 20, a Sala Master de Comando e Controle do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea no Departamento de Controle do Espaço Aéreo está funcionando para atender à demanda da Rio 2016. São 39 aeroportos envolvidos (incluindo três Bases Aéreas).
A outra Olimpíada II
Para se ter uma ideia da complexidade da operação, serão 1 milhão de turistas, 4,7 milhões de bagagens só nos terminais cariocas, mais de mil vagas para aeronaves nos estacionamentos. Só na aviação executiva são esperadas entre 900 a mil aeronaves no dia da abertura.
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