NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 14/07/2016 / Infraero terá novo modelo com setor privado
Infraero terá novo modelo com setor privado ...
Fabio Graner ...
Ruy Baron / Valor - Fernando Soares, diretor de governança de estatais: "Cada setor e empresa vai ser tratado conforme sua especificidade". O governo discute uma reestruturação da Infraero dentro da estratégia de privatização de alguns aeroportos da estatal.
A modelagem em estudo prevê uma parceria com o setor privado, na qual será criada uma empresa específica para cada aeroporto (ou mais de um), que ficará debaixo da "holding" Infraero. Assim, os investidores privados comprariam participação dessas empresas até um determinado limite a ser fixado e se tornariam sócios da estatal.
Além de Congonhas e Santos Dumont, esse modelo de privatização poderá ser aplicado também para os aeroportos de Manaus e Curitiba, informou ao Valor o diretor do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest) do Ministério do Planejamento, Fernando Soares.
"A ideia é criar uma empresa vinculada à própria Infraero, na qual esses aeroportos em que se venha abrir o capital, fazer o IPO, em vez de ficar pendurados na atual Infraero, você pendura nessa holding para apartá-los da contabilidade das demais", disse Soares. "O pulo do gato é que será uma empresa dentro da Infraero, mas na forma de uma sociedade de propósito específico, com a contabilidade apartada do restante. É nessa empresa que entrará o capital privado", acrescentou.
Dentro dessa sistemática, os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont poderiam ser vendidos dentro de uma só empresa específica, ou seja, os dois terminais poderiam ter os mesmos sócios, em parceria com a Infraero.
"Pode ser uma empresa para cada aeroporto. Pode ser uma para os dois [Congonhas e Santos Dumont]. Alguém será contratado para estruturar projetos e construir cenários, e, nessa construção, vamos ver o melhor desenho", explicou Soares.
A estratégia em discussão visa garantir novos investimentos no setor aéreo e também ampliar as receitas da Infraero, garantindo que ela consiga, pelo menos em parte, sustentar as operações de outros aeroportos não tão rentáveis ou mesmo deficitários.
"Esse modelo traz a possibilidade de aporte de capital e investimento imediatos", explicou Soares. Ele lembrou que a Infraero vive perda de receitas por conta das concessões de aeroportos dos últimos e manutenção de alto nível de despesas. Isso limita a capacidade de novos investimentos da companhia nos aeroportos em que manteve o controle.
O diretor também ressaltou que a parceria com o setor privado em estudo pode se dar por atividades. "Posso fazer um mix no qual a parte operacional permaneça com a Infraero e a parte comercial fique com o setor privado", disse. "Consigo fazer o negócio ficar de pé fazendo com que a receita comercial seja tão ou mais importante que a receita operacional", acrescentou.
Um efeito esperado é no fomento à concorrência no mercado aeroportuário, de forma a gerar mais eficiência em todo o sistema. "Estou melhorando a indústria e melhorando a Infraero. Pode virar uma disputa sadia [entre aeroportos] com aumento da eficiência como um todo", afirmou.
O projeto em estudo, se avançar e for bem-sucedido, poderá servir de referência para o programa de desestatização em preparação pelo governo. "O modelo de atuação sem dúvida é teste para outros. A Infraero é que está mais adiantada e esse aprendizado vai nos ajudar para outros, não tenho dúvidas", disse o diretor do Dest, departamento que nos próximos dias se tornará uma secretaria dentro do Ministério do Planejamento.
A nova secretaria ganha relevância não só pela mudança de status, mas também por conta da nova lei de governança das estatais, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente interino Michel Temer.
A nova Sest vai ajudar sobretudo na formação dos comitês de auditoria das empresas públicas, uma das exigências da nova lei. "Tudo isso vai ter que passar por mudança estatutária e a gente vai ter que ajudar", afirmou. O órgão também quer fortalecer orientação dos conselheiros das empresas, já que a legislação tornou mais exigente as regras para nomeação e responsabilização desses conselheiros. "Haverá interação maior, o que também é um apoio importante", disse Soares, para quem a nova legislação deu mais suporte para que o Dest (ou Sest) cobre melhores resultados das empresas. "Atender o interesse público aumenta a necessidade de ter mais produtividade, eficiência e redução de custos".
Em relação às privatizações de forma geral, Soares disse que o modelo não deve ser de simples venda de patrimônio ao setor privado, como ocorreu nos anos 90. O conceito agora é aplicar diferentes possibilidades de desestatização, conforme a empresa e o setor econômico.
"Não tem mais aquela coisa de simplesmente vender o que puder. Cada setor e empresa vai ser tratado conforme sua especificidade. Vou analisar a firma e a indústria em que está inserida, isso pode me dizer muito da parceria que adotarei para a empresa estatal", disse Soares. "A estatal tem que atender o interesse da coletividade e não consigo fazer isso sem entender o setor em que ela está inserido."
A modelagem em estudo prevê uma parceria com o setor privado, na qual será criada uma empresa específica para cada aeroporto (ou mais de um), que ficará debaixo da "holding" Infraero. Assim, os investidores privados comprariam participação dessas empresas até um determinado limite a ser fixado e se tornariam sócios da estatal.
Além de Congonhas e Santos Dumont, esse modelo de privatização poderá ser aplicado também para os aeroportos de Manaus e Curitiba, informou ao Valor o diretor do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest) do Ministério do Planejamento, Fernando Soares.
"A ideia é criar uma empresa vinculada à própria Infraero, na qual esses aeroportos em que se venha abrir o capital, fazer o IPO, em vez de ficar pendurados na atual Infraero, você pendura nessa holding para apartá-los da contabilidade das demais", disse Soares. "O pulo do gato é que será uma empresa dentro da Infraero, mas na forma de uma sociedade de propósito específico, com a contabilidade apartada do restante. É nessa empresa que entrará o capital privado", acrescentou.
Dentro dessa sistemática, os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont poderiam ser vendidos dentro de uma só empresa específica, ou seja, os dois terminais poderiam ter os mesmos sócios, em parceria com a Infraero.
"Pode ser uma empresa para cada aeroporto. Pode ser uma para os dois [Congonhas e Santos Dumont]. Alguém será contratado para estruturar projetos e construir cenários, e, nessa construção, vamos ver o melhor desenho", explicou Soares.
A estratégia em discussão visa garantir novos investimentos no setor aéreo e também ampliar as receitas da Infraero, garantindo que ela consiga, pelo menos em parte, sustentar as operações de outros aeroportos não tão rentáveis ou mesmo deficitários.
"Esse modelo traz a possibilidade de aporte de capital e investimento imediatos", explicou Soares. Ele lembrou que a Infraero vive perda de receitas por conta das concessões de aeroportos dos últimos e manutenção de alto nível de despesas. Isso limita a capacidade de novos investimentos da companhia nos aeroportos em que manteve o controle.
O diretor também ressaltou que a parceria com o setor privado em estudo pode se dar por atividades. "Posso fazer um mix no qual a parte operacional permaneça com a Infraero e a parte comercial fique com o setor privado", disse. "Consigo fazer o negócio ficar de pé fazendo com que a receita comercial seja tão ou mais importante que a receita operacional", acrescentou.
Um efeito esperado é no fomento à concorrência no mercado aeroportuário, de forma a gerar mais eficiência em todo o sistema. "Estou melhorando a indústria e melhorando a Infraero. Pode virar uma disputa sadia [entre aeroportos] com aumento da eficiência como um todo", afirmou.
O projeto em estudo, se avançar e for bem-sucedido, poderá servir de referência para o programa de desestatização em preparação pelo governo. "O modelo de atuação sem dúvida é teste para outros. A Infraero é que está mais adiantada e esse aprendizado vai nos ajudar para outros, não tenho dúvidas", disse o diretor do Dest, departamento que nos próximos dias se tornará uma secretaria dentro do Ministério do Planejamento.
A nova secretaria ganha relevância não só pela mudança de status, mas também por conta da nova lei de governança das estatais, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente interino Michel Temer.
A nova Sest vai ajudar sobretudo na formação dos comitês de auditoria das empresas públicas, uma das exigências da nova lei. "Tudo isso vai ter que passar por mudança estatutária e a gente vai ter que ajudar", afirmou. O órgão também quer fortalecer orientação dos conselheiros das empresas, já que a legislação tornou mais exigente as regras para nomeação e responsabilização desses conselheiros. "Haverá interação maior, o que também é um apoio importante", disse Soares, para quem a nova legislação deu mais suporte para que o Dest (ou Sest) cobre melhores resultados das empresas. "Atender o interesse público aumenta a necessidade de ter mais produtividade, eficiência e redução de custos".
Em relação às privatizações de forma geral, Soares disse que o modelo não deve ser de simples venda de patrimônio ao setor privado, como ocorreu nos anos 90. O conceito agora é aplicar diferentes possibilidades de desestatização, conforme a empresa e o setor econômico.
"Não tem mais aquela coisa de simplesmente vender o que puder. Cada setor e empresa vai ser tratado conforme sua especificidade. Vou analisar a firma e a indústria em que está inserida, isso pode me dizer muito da parceria que adotarei para a empresa estatal", disse Soares. "A estatal tem que atender o interesse da coletividade e não consigo fazer isso sem entender o setor em que ela está inserido."
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Semadur e Infraero fazem fiscalização para prevenir acidentes aéreos
A ação teve por finalidade diagnosticar a situação das grandes áreas urbanas da região, como parte das estratégias previstas no projeto socioeducativo “Amigos do entorno da região do Aeroporto”
Por: Da Redação Com Informações Da Prefeitura De Campo Grande
Com vistas à prevenção de acidentes aéreos, provocados pela atração de aves em áreas de descarte incorreto de resíduos sólidos na região do entorno do Aeroporto Internacional de Campo Grande, foi realizada na tarde de ontem (12) uma visita técnica de campo na região sul do aeroporto. A ação teve a participação de agentes fiscais da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), apoio de reforço à fiscalização pela Patrulha Ambiental da Guarda Civil Municipal e técnicos da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária).
A ação teve por finalidade diagnosticar a situação das grandes áreas urbanas da região, como parte das estratégias previstas no projeto socioeducativo “Amigos do entorno da região do Aeroporto”, desenvolvido pela Semadur em parceria com a Infraero. Com este trabalho pretende-se contribuir para a redução dos casos de descarte de resíduos em terrenos baldios que também trazem risco a saúde da comunidade, conscientizar a população por meio da Educação Ambiental Itinerante sobre a destinação correta de resíduos sólidos e o uso de canetas a laser, balões e pipas com linhas de cerol que constituem um perigo para as aeronaves.
Na atividade, fiscais da Semadur detalharam propostas para a instalação de lixeiras nos bairros da região, seguindo a Lei nº 5664 de 15 de janeiro de 2016 que estabelece as normas do programa “Adote uma lixeira”.
O patrulheiro ambiental Adeilson Valentim explica que o mutirão realizado pelo poder público irá beneficiar toda a comunidade campo-grandense. “Primeiramente, vamos fazer o levantamento das dificuldades que a região possui para que, assim, realizemos melhorias para a população”, afirma.
Na opinião da administradora da Infraero, Daniele Vória, a ação realizada é de extrema relevância e garante que irá atingir todo o entorno do aeroporto. “É importantíssimo essa ação para conscientizar a comunidade, estabelecendo assim a preservação da fauna e o combate a super população de pássaros que traz riscos a aviação”, destaca.
A ação de fiscalização terá continuidade. Nos meses de maio e junho, atingiu a região oeste do aeroporto. Na atuação de ontem (12), a ação abrangeu a região sul e tem previsão de abranger a região norte no mês de agosto.
Táxi-aéreo: voos clandestinos agravam crise no setor
Felippe Constancio
Do começo do ano até agora, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) já registrou mais de 70 casos de interdição, suspensão e autuação de aeronaves em operações realizadas em aeroportos de diversos Estados do Brasil. Entre as preocupações da agência reguladora estão os riscos que voos de helicópteros e jatos irregulares podem representar ao usuário.
No Brasil, apenas 8% das aeronaves têm licença para funcionar como táxi-aéreo (TPX).
No intuito de assegurar os padrões de segurança, os procedimentos e a manutenção adequada, a Anac exige homologação das aeronaves. Aqueles que operam sem o aval da agência são apelidados de "Taca" - táxi-aéreo clandestino. No caso dos helicópteros no mercado brasileiro, estima-se que quase 90% estejam em situação irregular.
Empresas acabam operando sem homologação por conta dos trâmites para regulamentação e dos altos custos das manutenções dos veículos homologados, conforme explica Henrique Antunes, executivo da empresa de compartilhamento de voos Fly Edge. “As aeronaves pertencentes a uma empresa de táxi-aéreo devidamente homologada são submetidas a exigências de altos níveis de segurança e sofrem frequentes fiscalizações de manutenção e segurança da aeronave, além de treinamentos de atualização dos pilotos”.
Em outras palavras, sem a homologação, um passageiro pode voar, às vezes sem saber, com uma mão de obra pouco qualificada, pousar em pistas irregulares e usufruir de serviços de uma tripulação sem direitos assistidos.
Atraídos por preços até 70% menores, clientes contratam Tacas sem saber que a barganha vem de custos mais baixos de operação em relação às empresas homologadas. Dada a apresentação e aparente profissionalismo que uma empresa irregular pode oferecer, o passageiro pode não desconfiar da ilegalidade do serviço - o que faz com que fontes do setor acreditem que hoje há mais clandestinos que homologados nos céus do Brasil.
Em uma crise agravada pelos preços do combustível (em dólar), o setor perdeu 30% dos voos e perto de 70% de faturamento também por conta dos piratas, aponta o executivo da Fly Edge.
Segundo o diretor da Associação Brasileira de Táxis Aéreos, Ênio Paes de Oliveira, "as empresas ainda não estão fechando, porém estão deteriorando de forma drástica”. “A queda média de faturamento dos táxis aéreos é de 50%, chegando a 70% em alguns casos".
Já o mercado dos clandestinos, segundo ele, está em expansão, com 70% do faturamento do mercado de passageiros.
ALTERNATIVAS
No entanto, players do setor têm buscado contornar a situação. Recentemente, a Fly Edge lançou uma plataforma de compartilhamento de assentos em voos executivos - uma opção mais barata a que trechos individuais. "Dessa maneira conseguimos oferecer voos acessíveis em equipamentos homologados e seguros para nossos clientes” acredita Antunes, que chama a atenção para formas de se perceber qual a situação de uma aeronave.
No entanto, players do setor têm buscado contornar a situação. Recentemente, a Fly Edge lançou uma plataforma de compartilhamento de assentos em voos executivos - uma opção mais barata a que trechos individuais. "Dessa maneira conseguimos oferecer voos acessíveis em equipamentos homologados e seguros para nossos clientes” acredita Antunes, que chama a atenção para formas de se perceber qual a situação de uma aeronave.
De certa forma, o Uber também pilota no mesmo sentido. No mês passado, a empresa lançou o Ubercopter, que reúne passageiros em busca de trechos a serem percorridos de helicóptero em São Paulo - cidade que desde 2013 tem a maior frota do tipo no mundo.
Ainda assim, também é bem-vinda a atenção do passageiro quanto à situação da embarcação. "No site da Anac é possível consultar o prefixo da aeronave e verificar se está homologada como táxi aéreo", alerta Antunes, que menciona ainda a possibilidade de verificação do prefixo de aeronaves, do certificado de homologação e o adesivo de identificação da Anac especial para táxi-aéreo.
Exército abre concurso para 98 vagas no Instituto Militar de Engenharia
São 75 vagas para oficiais da ativa e 23 para oficiais da reserva. Candidatos devem ter entre 16 e 21 anos.
Do G1, Em São Paulo
O Comando do Exército, por intermédio do Instituto Militar de Engenharia (IME), divulgou dois editais de concurso para um total de 98 vagas.
São 75 vagas para Admissão ao Curso de Formação e Graduação de Oficiais da Ativa do Quadro de Engenheiros Militares (para quem deseja seguir a carreira militar) e 23 para Admissão ao Curso de Formação e Graduação de Oficiais da Reserva da 2ª Classe do Quadro de Engenheiros Militares (para quem não deseja seguir a carreira militar).
Os candidatos devem ter, no mínimo, 16 anos e, no máximo, 21 anos no período entre 1º de janeiro e 31 de dezembro do ano do concurso. Também é necessário ter concluído ou cursar a última série do ensino médio.
As especialidades de engenharia oferecidas são: fortificação e construção (engenharia civil), eletrônica, comunicações, elétrica, mecânica e de armamento, mecânica e de automóveis, materiais, química, cartográfica e de computação.
As inscrições estarão abertas de 18 de julho a 26 de agosto pelo site www.ime.eb.br. A taxa é de R$ 100.
O Instituto Militar de Engenharia fica na cidade do Rio de Janeiro. É o estabelecimento de ensino do Departamento de Ciência e Tecnologia, responsável, no âmbito do Exército Brasileiro, pelo ensino superior de engenharia, voltado para o emprego militar, e pela pesquisa básica, tendo como finalidade formar recursos humanos para atender às necessidades do Exército. Ambos os cursos graduam engenheiros entre as especialidades oferecidas, definidas pelo Estado-Maior do Exército.
O processo seletivo será feito por meio de exame intelectual, inspeção de saúde e exame de aptidão física.
As provas serão aplicadas no dia 12 de outubro, nas cidades de Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas (SP), Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Juiz de Fora (MG), Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São José dos Campos (SP), São Paulo e Vila Velha (ES).
Os concursos têm validade para o ano a que se refere a inscrição.
Transplante era sonho, diz mulher de paciente de órgão levado pela FAB
Fígado foi retirado de adolescente morto em acidente de trânsito. Homem passou por cirurgia em Sorocaba e estado de saúde é estável.
Do G1 Sorocaba E Jundiaí
A família de um paciente de 56 anos que passou por um transplante de fígado está aliviada depois do sucesso do procedimento feito em Sorocaba (SP). O órgão, retirado do corpo de um jovem morto em um acidente de trânsito em Alvares Machado (SP), foi implantado nesta terça-feira (12). Esta foi a primeira vez que um órgão chega ao município transportado por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
O paciente – natural de Rondônia – é vítima de cirrose hepática causada por hepatite C e ficou quase três anos na fila de espera pelo órgão. Após mais de quatro horas de cirurgia, o processo foi concluído na noite de terça-feira (12). O quadro nesta quarta-feira (13) é considerado estável, com boa evolução, mas ainda sob sedação.
“O sonho dele era fazer esse transplante. Ele ficou animado em vir para o hospital. Fico muito feliz da família ter doado esse órgão para o meu marido, que está lutando há anos”, conta a esposa dele, Kátia Menezes de Araújo. Ela ficou ao lado da filha Júlia, de 10 anos, durante todo o procedimento.
Uso do avião da FAB
De acordo com a Força Aérea, desde o decreto presidencial, 22 transportes de órgãos já foram realizados pela FAB. Nesta missão, foi utilizada uma aeronave de médio porte – C97 Brasília. A equipe que acompanhou a missão é formada por um piloto, um co-piloto, um mecânico e um comissário, além da equipe médica. Ainda segundo a FAB, o avião partiu do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, foi para o aeroporto de Guarulhos (SP) e lá embarcou a equipe médica. Em seguida, pousou em Presidente Prudente (SP), onde pegou o fígado e seguiu para o aeroporto de Sorocaba.
De acordo com a Força Aérea, desde o decreto presidencial, 22 transportes de órgãos já foram realizados pela FAB. Nesta missão, foi utilizada uma aeronave de médio porte – C97 Brasília. A equipe que acompanhou a missão é formada por um piloto, um co-piloto, um mecânico e um comissário, além da equipe médica. Ainda segundo a FAB, o avião partiu do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, foi para o aeroporto de Guarulhos (SP) e lá embarcou a equipe médica. Em seguida, pousou em Presidente Prudente (SP), onde pegou o fígado e seguiu para o aeroporto de Sorocaba.
Transplante
O cirurgião de transplante de fígado Renato Hidalgo, que esteve à frente do procedimento, afirma ao G1 que e tem boas chances de recuperação. O procedimento foi realizado em um hospital particular, mas custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O médico lembra que essa decisão se deve a infraestrutura do local, que entre 2003 e 2010 realizou 70 transplantes. "Houve uma pausa nesses procedimentos porque aconteceram mudanças estruturais e na equipe, coisas normais." Para Hidalgo, a realização do procedimento só é possível por meio da junção de uma série de profissionais. "A família tem o ato de coragem ao optar pela doação e o transplante envolve muita gente. São cirurgiões, enfermeiros, fisioterapeutas, enfim. Sem eles, não seria possível nada disso", destaca.
O cirurgião de transplante de fígado Renato Hidalgo, que esteve à frente do procedimento, afirma ao G1 que e tem boas chances de recuperação. O procedimento foi realizado em um hospital particular, mas custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O médico lembra que essa decisão se deve a infraestrutura do local, que entre 2003 e 2010 realizou 70 transplantes. "Houve uma pausa nesses procedimentos porque aconteceram mudanças estruturais e na equipe, coisas normais." Para Hidalgo, a realização do procedimento só é possível por meio da junção de uma série de profissionais. "A família tem o ato de coragem ao optar pela doação e o transplante envolve muita gente. São cirurgiões, enfermeiros, fisioterapeutas, enfim. Sem eles, não seria possível nada disso", destaca.
Sorocaba se tornou referência para transplante de fígado. De março até julho de 2016, já foram feitos oito; todos pelo SUS. O especialista explica que Rondônia é um dos Estados do Brasil que não têm ainda uma equipe que faz transplantes de fígado.
"Hoje, Rondônia já tem pessoas que estão desenvolvendo essa atividade lá, mas ainda não conseguiram concretizar. Os pacientes desses lugares procuram centros que passa transplante, porque não existe uma rede de referenciamento específica para isso, como ocorre em outras doenças. No caso transplante de fígado, o paciente ou quem cuida do paciente, conhece os centros transplantadores que podem ser capaz de ter sucesso e encaminha os pacientes", completa o médico.
Anac suspende atividades do aeroclube de Rio Preto
Aeroclube não apresentou o relatório anual de atividades. Em nota, a administração do aeroclube disse que tudo já foi regularizado.
Do G1 Rio Preto E Araçatuba
As atividades no Aeroclube de São José do Rio Preto (SP) estão suspensas. A determinação é da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e foi divulgada em uma portaria nesta quarta-feira (13).
Segundo a agência, vários fatores contribuíram para a suspensão. De acordo com a Anac, o aeroclube não apresentou o relatório anual de atividades, nem a autorização de utilização da área.
A falta de instrutores para todas as disciplinas teóricas dos cursos oferecidos pelo aeroclube também foi outro motivo que levou a essa suspensão.
Em nota, a administração do aeroclube disse que tudo já foi regularizado e que na próxima segunda-feira (18) todos os documentos serão enviados à Anac para a regularização do aeroclube.
Como é a rotina de uma engenheira no Exército brasileiro
Carolina Reis sempre gostou de visitar obras. Quando era pequena, ia acompanhada pelo pai, engenheiro militar que adorava lhe ensinar matemática. Hoje tenente moderna – que, no linguajar militar, quer dizer recente – na Diretoria de Obras de Cooperação do Exército e também engenheira, segue a tradição.
A opção pela carreira veio cedo. Na oitava série, incentivada pela família, Carolina prestou concurso para o Colégio Militar do Rio de Janeiro. Passou em quarto lugar e decidiu ali, em meio às formaturas cerimoniais, que queria ser militar também. “O companheirismo do Exército é diferente. O oficial tira algo da própria farda para colocar na sua, por exemplo”, diz.
Estudiosa, também gostava do currículo aprofundado. Decidiu estende-lo ao estudar no Instituto Militar de Engenharia (IME), onde entrou em 2008. A instituição, que fica na capital carioca, é a mesma que formou seu pai, que possui seu nome gravado no salão nobre do lugar. “O IME permite que uma mulher tenha uma carreira militar completa, até alcançar o posto de general”, resume ela, que é a primeira mulher engenheira a chegar na Diretoria de Obras de Cooperação.
Representadas
A história é resultado de uma série de conquistas recentes na luta pela igualdade de gêneros. As brasileiras do Exército, que somam mais de 22 mil, representam cerca de 6% da força total. É um número baixo, mas crescente desde 2012, quando a então presidente Dilma Rousseff sancionou uma lei permitindo que vagas em áreas combatentes fossem abertas também para elas.
A primeira mulher a integrar o Exército só foi oficialmente reconhecida pela organização mais de um século depois. Maria Quitéria de Jesus Medeiros, ou soldado Medeiros, pertencia ao Batalhão de Voluntários do Imperador e lutou pela Independência do Brasil em 1822.
Famosa entre os pares, foi condecorada por Dom Pedro I como Cavaleiro da Imperial Ordem do Cruzeiro depois da guerra – e aproveitou para pedir que ele escrevesse uma carta para seu pai, a quem havia desobedecido ao se alistar. Em 1996, ela ganhou o título de Patrono do Quadro Complementar de Oficiais e hoje tem seu retrato em todos os quarteis do país.
As primeiras integrantes oficiais mesmo vieram em 1943, na Segunda Guerra Mundial. Eram enfermeiras e voluntárias. Meio século depois, em 1992, a Escola de Administração do Exército, na Bahia, teve sua primeira turma feminina matriculada – até então, as poucas mulheres presentes atuavam em cargos majoritariamente administrativos e de saúde.
Ainda nos anos 1990, seguiram-se outras opções de serviço na área de saúde, como médicas e dentistas, e na área técnica, que inclui profissionais diversas como advogadas, psicólogas, professoras e jornalistas. A Aeronáutica, que tem a maior parte das militares ativas e 36 aviadoras, abriu suas portas em 1995, assim como a Marinha. O próprio IME passou a admitir mulheres (e, consequentemente, engenheiras militares) apenas em 1997.
Finalmente, no início de 2016, a Força Terrestre divulgou seu primeiro edital para ingressantes do sexo feminino na área bélica – leia-se: combatentes. As primeiras quarenta oficiais vão passar pela tradicional Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), entre outros espaços, e devem concluir seus estudos em 2021.
Como a carreira militar é longeva e baseada em tempo de serviço, se alguma delas for se tornar a primeira comandante brasileira, só ganhará o título em idos de 2060.
Avião Solar Impulse 2 pousa no Egito em sua última escala
Em alguns dias, a aeronave movida a energia solar parte para Abu Dhabi, onde deve completar a viagem de volta ao mundo iniciada em março de 2015
Por Da Redação
O avião Solar Impulse 2 terminou a penúltima etapa de sua volta ao mundo, iniciada 9 de março de 2015. O avião, que utiliza como combustível apenas a energia solar, pousou nesta quarta-feira no aeroporto do Cairo, Egito, às 7h10 (2h10 no horário de Brasília). Essa será a última escala antes de o avião partir para Abu Dhabi, cidade onde a viagem teve início e que deverá ser o destino final da jornada.
A aeronave havia decolado na segunda-feira de Sevilha, cidade na qual havia pousado em 23 de junho, depois de cruzar pela primeira vez o Oceano Atlântico. Ela pousou no aeroporto do Cairo sob aplausos e na presença do ministro egípcio da Aviação Civil, Shérif Fathy. No total, esta penúltima etapa do voo percorreu 3.745 quilômetros em 48 horas e 50 minutos, passando por sete países.
“Foi fantástico, tudo saiu muito bem”, declarou o suíço André Borschberg, piloto durante essa penúltima etapa, em uma conversa com o centro de controle da missão, em Mônaco.
Ao desembarcar, ele abraçou o compatriota Bertrand Piccard, com o qual pilota o Solar Impulse 2 em sistema de rodízio há mais de um ano. Piccard será o comandante do avião em sua última etapa.
“Parece um milagre, mas é a realidade atual. Isto é o que podemos fazer com as novas tecnologias”.
Volta ao mundo
Volta ao mundo
O Solar Impulse 2, que pesa 1,5 tonelada e tem a mesma envergadura de um Boeing 747, voa a uma velocidade média de 50 quilômetros por hora, graças às baterias que armazenam a energia solar captada por células fotovoltaicas instaladas nas asas.
Durante a volta ao mundo, iniciada há 16 meses, o Solar Impulse 2 fez escalas em Omã, na Índia, em Mianmar, na China, Japão e Estados Unidos .
Em sua etapa mais longa, o Solar Impulse 2 voou 118 horas de Nagoya, no Japão, até a ilha americana do Havaí. Borschberg foi o responsável por conduzir a aeronave durante essa longa etapa, de 6.437 quilômetros, sobre o Pacífico ocidental, na qual foi batido o recorde de voo ininterrupto mais longo da história.
No Havaí, a aeronave teve que fazer uma longa escala técnica de quase 10 meses para o reparo de algumas baterias, danificadas na primeira etapa do voo sobre o Pacífico.
Depois do reparo, o Solar Impulse 2 partiu do Havaí e fez algumas escalas nos Estados Unidos, em São Franscisco, Phoenix, Tulsa, Dayton, Lehigh Valley e Nova York.
Na segunda-feira, 20 de junho, o avião decolou com destino a Sevilha, onde pousou após uma viagem de 71 horas e 8 minutos de voo solitário, sem interrupção.
Ministério determinará isenção fiscal para compra de equipamentos olímpicos
Diário Oficial publicou portaria determinando a responsabilidade do Ministério do Esporte sobre a suspensão para compras feitas pelo Comitê Rio 2016
Por Portal Brasil
O Diário Oficial da União (DOU) publicou, nesta quarta-feira (13), a portaria 236 que determina a responsabilidade do Ministério do Esporte sobre a suspensão e isenção fiscal de equipamentos esportivos comprados pelo Comitê Rio 2016 para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio.
Após os Jogos, o Comitê tem a opção de devolver os equipamentos para o fornecedor de origem sem o pagamento dos relativos tributos ou realizar uma doação para um ente público ou privado. A segunda opção representa um dos grandes legados para o esporte nacional deixado pelo megaevento.
Caso a doação seja para um ente público (escolas, universidades, Forças Armadas etc.) da União, Estados ou municípios, os equipamentos continuam cobertos pela isenção fiscal. Entretanto, caso a doação seja feita a um ente privado (confederações, clubes ou outras entidades esportivas etc.), o Ministério do Esporte tem de certificar a entidade e validar o projeto de uso dos equipamentos que foram recebidos via doação.
Com o certificado de validação do projeto, o Comitê Rio 2016 encaminha a documentação à Receita Federal para que os equipamentos possam ser doados, mantendo-se a isenção fiscal. Essa questão tributária está prevista na Lei 12.780, de 9 de janeiro de 2013, que regulamenta as responsabilidades do Ministério do Esporte nesses casos.
“Historicamente, nós, no Brasil, temos uma defasagem de instalações e equipamentos em relação às principais potências esportivas do mundo”, destaca Guilherme Raso, diretor de Esporte de Base e Alto Rendimento do Ministério do Esporte. “O que esse processo permite é que, após os Jogos Rio 2016, todo esse equipamento esportivo, que é de primeiríssima linha, possa permanecer no País e ser usado por nossos atletas”, afirma.
Três mil itens
Aproximadamente três mil itens de equipamentos esportivos foram adquiridos para os Jogos Rio 2016. Do total, a aquisição de cerca de 2.800 itens ficaram sob a responsabilidade do Comitê Rio 2016 e outros 216 itens ficaram a cargo do Ministério do Esporte.
Um item não diz respeito à quantidade de material esportivo. Por exemplo, as milhares de bolinhas de tênis que serão usadas durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos representam apenas um dos cerca de três mil itens do megaevento.
Após o campeonato mundial, alguns desses itens adquiridos pelo Ministério do Esporte ficarão como legado para a Marinha, Exército e Aeronáutica e outros itens devem ser encaminhados, preferencialmente, para as respectivas entidades responsáveis pelas modalidades esportivas.
Infraero terá novo modelo com setor privado
Por Fabio Graner | De Brasília
Ruy Baron/ValorFernando Soares, diretor de governança de estatais: "Cada setor e empresa vai ser tratado conforme sua especificidade". O governo discute uma reestruturação da Infraero dentro da estratégia de privatização de alguns aeroportos da estatal. A modelagem em estudo prevê uma parceria com o setor privado, na qual será criada uma empresa específica para cada aeroporto (ou mais de um), que ficará debaixo da "holding" Infraero. Assim, os investidores privados comprariam participação dessas empresas até um determinado limite a ser fixado e se tornariam sócios da estatal.
Além de Congonhas e Santos Dumont, esse modelo de privatização poderá ser aplicado também para os aeroportos de Manaus e Curitiba, informou ao Valor o diretor do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest) do Ministério do Planejamento, Fernando Soares.
"A ideia é criar uma empresa vinculada à própria Infraero, na qual esses aeroportos em que se venha abrir o capital, fazer o IPO, em vez de ficar pendurados na atual Infraero, você pendura nessa holding para apartá-los da contabilidade das demais", disse Soares. "O pulo do gato é que será uma empresa dentro da Infraero, mas na forma de uma sociedade de propósito específico, com a contabilidade apartada do restante. É nessa empresa que entrará o capital privado", acrescentou.
Dentro dessa sistemática, os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont poderiam ser vendidos dentro de uma só empresa específica, ou seja, os dois terminais poderiam ter os mesmos sócios, em parceria com a Infraero.
"Pode ser uma empresa para cada aeroporto. Pode ser uma para os dois [Congonhas e Santos Dumont]. Alguém será contratado para estruturar projetos e construir cenários, e, nessa construção, vamos ver o melhor desenho", explicou Soares.
A estratégia em discussão visa garantir novos investimentos no setor aéreo e também ampliar as receitas da Infraero, garantindo que ela consiga, pelo menos em parte, sustentar as operações de outros aeroportos não tão rentáveis ou mesmo deficitários.
"Esse modelo traz a possibilidade de aporte de capital e investimento imediatos", explicou Soares. Ele lembrou que a Infraero vive perda de receitas por conta das concessões de aeroportos dos últimos e manutenção de alto nível de despesas. Isso limita a capacidade de novos investimentos da companhia nos aeroportos em que manteve o controle.
O diretor também ressaltou que a parceria com o setor privado em estudo pode se dar por atividades. "Posso fazer um mix no qual a parte operacional permaneça com a Infraero e a parte comercial fique com o setor privado", disse. "Consigo fazer o negócio ficar de pé fazendo com que a receita comercial seja tão ou mais importante que a receita operacional", acrescentou.
Um efeito esperado é no fomento à concorrência no mercado aeroportuário, de forma a gerar mais eficiência em todo o sistema. "Estou melhorando a indústria e melhorando a Infraero. Pode virar uma disputa sadia [entre aeroportos] com aumento da eficiência como um todo", afirmou.
O projeto em estudo, se avançar e for bem-sucedido, poderá servir de referência para o programa de desestatização em preparação pelo governo. "O modelo de atuação sem dúvida é teste para outros. A Infraero é que está mais adiantada e esse aprendizado vai nos ajudar para outros, não tenho dúvidas", disse o diretor do Dest, departamento que nos próximos dias se tornará uma secretaria dentro do Ministério do Planejamento.
A nova secretaria ganha relevância não só pela mudança de status, mas também por conta da nova lei de governança das estatais, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente interino Michel Temer.
A nova Sest vai ajudar sobretudo na formação dos comitês de auditoria das empresas públicas, uma das exigências da nova lei. "Tudo isso vai ter que passar por mudança estatutária e a gente vai ter que ajudar", afirmou. O órgão também quer fortalecer orientação dos conselheiros das empresas, já que a legislação tornou mais exigente as regras para nomeação e responsabilização desses conselheiros. "Haverá interação maior, o que também é um apoio importante", disse Soares, para quem a nova legislação deu mais suporte para que o Dest (ou Sest) cobre melhores resultados das empresas. "Atender o interesse público aumenta a necessidade de ter mais produtividade, eficiência e redução de custos".
Em relação às privatizações de forma geral, Soares disse que o modelo não deve ser de simples venda de patrimônio ao setor privado, como ocorreu nos anos 90. O conceito agora é aplicar diferentes possibilidades de desestatização, conforme a empresa e o setor econômico.
"Não tem mais aquela coisa de simplesmente vender o que puder. Cada setor e empresa vai ser tratado conforme sua especificidade. Vou analisar a firma e a indústria em que está inserida, isso pode me dizer muito da parceria que adotarei para a empresa estatal", disse Soares. "A estatal tem que atender o interesse da coletividade e não consigo fazer isso sem entender o setor em que ela está inserido."
Além de Congonhas e Santos Dumont, esse modelo de privatização poderá ser aplicado também para os aeroportos de Manaus e Curitiba, informou ao Valor o diretor do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest) do Ministério do Planejamento, Fernando Soares.
"A ideia é criar uma empresa vinculada à própria Infraero, na qual esses aeroportos em que se venha abrir o capital, fazer o IPO, em vez de ficar pendurados na atual Infraero, você pendura nessa holding para apartá-los da contabilidade das demais", disse Soares. "O pulo do gato é que será uma empresa dentro da Infraero, mas na forma de uma sociedade de propósito específico, com a contabilidade apartada do restante. É nessa empresa que entrará o capital privado", acrescentou.
Dentro dessa sistemática, os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont poderiam ser vendidos dentro de uma só empresa específica, ou seja, os dois terminais poderiam ter os mesmos sócios, em parceria com a Infraero.
"Pode ser uma empresa para cada aeroporto. Pode ser uma para os dois [Congonhas e Santos Dumont]. Alguém será contratado para estruturar projetos e construir cenários, e, nessa construção, vamos ver o melhor desenho", explicou Soares.
A estratégia em discussão visa garantir novos investimentos no setor aéreo e também ampliar as receitas da Infraero, garantindo que ela consiga, pelo menos em parte, sustentar as operações de outros aeroportos não tão rentáveis ou mesmo deficitários.
"Esse modelo traz a possibilidade de aporte de capital e investimento imediatos", explicou Soares. Ele lembrou que a Infraero vive perda de receitas por conta das concessões de aeroportos dos últimos e manutenção de alto nível de despesas. Isso limita a capacidade de novos investimentos da companhia nos aeroportos em que manteve o controle.
O diretor também ressaltou que a parceria com o setor privado em estudo pode se dar por atividades. "Posso fazer um mix no qual a parte operacional permaneça com a Infraero e a parte comercial fique com o setor privado", disse. "Consigo fazer o negócio ficar de pé fazendo com que a receita comercial seja tão ou mais importante que a receita operacional", acrescentou.
Um efeito esperado é no fomento à concorrência no mercado aeroportuário, de forma a gerar mais eficiência em todo o sistema. "Estou melhorando a indústria e melhorando a Infraero. Pode virar uma disputa sadia [entre aeroportos] com aumento da eficiência como um todo", afirmou.
O projeto em estudo, se avançar e for bem-sucedido, poderá servir de referência para o programa de desestatização em preparação pelo governo. "O modelo de atuação sem dúvida é teste para outros. A Infraero é que está mais adiantada e esse aprendizado vai nos ajudar para outros, não tenho dúvidas", disse o diretor do Dest, departamento que nos próximos dias se tornará uma secretaria dentro do Ministério do Planejamento.
A nova secretaria ganha relevância não só pela mudança de status, mas também por conta da nova lei de governança das estatais, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente interino Michel Temer.
A nova Sest vai ajudar sobretudo na formação dos comitês de auditoria das empresas públicas, uma das exigências da nova lei. "Tudo isso vai ter que passar por mudança estatutária e a gente vai ter que ajudar", afirmou. O órgão também quer fortalecer orientação dos conselheiros das empresas, já que a legislação tornou mais exigente as regras para nomeação e responsabilização desses conselheiros. "Haverá interação maior, o que também é um apoio importante", disse Soares, para quem a nova legislação deu mais suporte para que o Dest (ou Sest) cobre melhores resultados das empresas. "Atender o interesse público aumenta a necessidade de ter mais produtividade, eficiência e redução de custos".
Em relação às privatizações de forma geral, Soares disse que o modelo não deve ser de simples venda de patrimônio ao setor privado, como ocorreu nos anos 90. O conceito agora é aplicar diferentes possibilidades de desestatização, conforme a empresa e o setor econômico.
"Não tem mais aquela coisa de simplesmente vender o que puder. Cada setor e empresa vai ser tratado conforme sua especificidade. Vou analisar a firma e a indústria em que está inserida, isso pode me dizer muito da parceria que adotarei para a empresa estatal", disse Soares. "A estatal tem que atender o interesse da coletividade e não consigo fazer isso sem entender o setor em que ela está inserido."
Atletas olímpicos serão divididos no aeroporto por risco de atentado
Adriano Wilkson / Do Uol, Em São Paulo
Os Jogos Olímpicos se concentrarão no Rio, mas boa parte dos atletas e torcedores chegarão ao Brasil por São Paulo e, por causa disso, o aeroporto internacional de Guarulhos montou uma operação para atender esses passageiros.
Com o apoio da Polícia Federal e de outros órgãos de segurança, a empresa que administra o aeroporto de Guarulhos vai montar um esquema de classificação de risco, que dividirá delegações olímpicas de acordo com as chances que cada país ou atleta tem de sofrer um atentado terrorista.
Países “sensíveis” seriam aqueles com um histórico de conflitos, guerra e terrorismo. Atletas famosos, com grande visibilidade (e, portanto, mais visado por um suposto grupo terrorista), também terão um tratamento especial por parte da segurança. Uma "sala de crise" foi montada para reunir representantes de órgãos de segurança no caso de eventualidades.
Nesta quarta-feira, foi publicado um relatório de autoridades da inteligência francesa, no qual se informa que o Estado Islâmico teria planejado um ataque no Brasil, durante as Olimpíadas.
O aeroporto ainda não sabe exatamente quantas e quais delegações chegarão por São Paulo, mas pelo menos a China e o Reino Unido já avisaram que desembarcarão na capital paulista antes de ir ao Rio.
“Estamos preparados para qualquer eventualidade, até porque essa atenção já faz parte da operação de qualquer aeroporto, ainda mais durante um evento desse porte”, comentou o delegado Marcelo Ivo, chefe da Polícia Federal, durante uma visita ao “terminal olímpico”, em Guarulhos.
O maior aeroporto do país estima que cerca de 40% do público olímpico chegue ao Brasil via São Paulo, até porque muitos países só têm voos para a capital paulista. A cidade receberá dez partidas de futebol, masculino e feminino.
Mesmo atletas e comissões técnicas chegarão em voos comerciais, diferentemente do que aconteceu na Copa do Mundo, quando as seleções fretaram aviões especiais para o evento.
A estimativa é que Guarulhos receba até 130 mil passageiros por dia, um aumento de cerca de 30 mil passageiros/dia em relação à demanda normal.
Atletas terão tratamento VIP, mas caminharão junto ao público comum
O aeroporto de Guarulhos pintou uma faixa lilás no chão indicando um caminho especial para os olímpicos, que terão atendimento exclusivo no controle de passaporte, na alfândega e em postos de check-in.
A bagagem das delegações, principalmente por conter equipamentos esportivos valiosos, também será separada da dos passageiros comuns. Cerca de 2 mil câmeras foram instaladas para evitar furtos e extravios.
Apesar dessa segregação, o caminho dos atletas dentro do aeroporto correrá ao lado dos passageiros comuns, o que pode gerar cenas de tietagem e muitas selfies. “Isso é uma coisa que o próprio comitê olímpico orienta”, explicou Carlos Schimd, chefe de segurança do aeroporto, “que o espírito olímpico facilite o contato entre as pessoas: uma senhora tricotando ao lado do Michael Phelps.”
Por decisão da Iaaf, Vanessa Spinola ganha vaga para o heptatlo na Rio 2016
Espn.com.br Com Agência Gazeta Press
A delegação do atletismo brasileiro ganhou mais uma representante para a Olimpíada do Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira, por decisão da Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf), a paulista Vanessa Chefer Spinola, atleta do Esporte Clube Pinheiros, recebeu o direito de disputar a Rio 2016 para completar a cota de participantes no heptatlo.
Vanessa Spinola que, no início deste mês, bateu o recorde brasileiro do heptatlo, na última edição do Troféu Brasil, ocorrida em São Bernardo do Campo (SP), foi comunicada nesta quarta pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) de que fará parte da delegação olímpica.
"Estou muito feliz. Embora esperasse entrar pela cota por causa de minha marca, receber a notícia oficial tira um peso enorme de minhas costas. Minha família toda comprou ingresso para a Olimpíada e reservou hotel no Rio. Só faltava eu. Imagina se estava fácil", disse a atleta, sem esconder a felicidade.
No último Troféu Brasil, Spinola fez 6.188 pontos, ficando a apenas 12 pontos do índice olímpico. A atleta não conseguiu atingir a marca limite para a Olimpíada por uma diferença de um segundo nos 800 metros rasos, última prova do heptatlo.
"É desesperador. Fiz um ciclo de quatro anos de muito treinamento, com uma cirurgia no meio, visando minha primeira experiência olímpica. Agora, tudo está certo. É manter o foco", afirmou.
Medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015, Spinola deve chegar ao Rio de Janeiro no dia 3 de agosto e seguirá para a Comissão Desportiva da Aeronáutica (CDA), onde fará a aclimatação para os Jogos. O heptatlo será disputado nos dias 12 e 13 de agosto, no Estádio Olímpico Nilton Santos, o popular Engenhão.
"O objetivo é quebrar meu recorde pessoal e tentar melhorar o recorde sul-americano da colombiana Evelys Jazmín Aguilar", finalizou Vanessa Spinola.
Contra terror, COI avaliou antecedentes de 400 mil pessoas
Serviços de inteligência de alguns países participarão de operação antiterrorismo
Jamil Chade - Correspondente Em Genebra
O Comitê Olímpico Internacional (COI) afirma que os antecedentes e históricos de cerca de 400 mil pessoas já foram avaliados antes dos Jogos do Rio e revela que os serviços de inteligência da Bélgica, França e EUA - locais que sofreram atentados - também irão apoiar a operação antiterrorismo no Brasil.
A informação foi passada pela entidade em Lausanne depois da revelação pelos serviços de inteligência da França de que o Estado Islâmico poderia estar organizando um atentado no Brasil. Especialistas na segurança do evento confirmaram ao Estado que o esforço de vasculhar o passado de dezenas de milhares de pessoas vem do temor de que um eventual atentado possa ser operacionalizado por alguém que tente se infiltrar entre os participantes.
FAB usará novo Boeing para transporte de tropas na Rio 2016
Alana Gandra Repórter Da Agência Brasil
O Boeing 767 300ER, alugado pela Força Aérea Brasileira (FAB) nos Estados Unidos, para substituir o Boeing 707, conhecido como Sucatão, será usado para o transporte de tropas que farão a segurança na Rio 2016, que começa em agosto e vai até setembro. O avião chegou à Base Aérea do Galeão no último domingo (10) e está no hangar do Esquadrão Corsário da Força Aérea Brasileira (FAB), que cuidará da operação.
"As tropas estão sendo mobilizadas para que no início da Olimpíada já estejam aqui no Rio de Janeiro, para atuar na parte de segurança. São tropas que estão vindo de outros lugares e estão sendo mobilizadas para participar da segurança aqui na cidade", disse o comandante do Esquadrão Corsário, tenente-coronel Luiz Eduardo Ferreira da Silva. As datas das primeiras viagens ainda não foram definidas.
O contrato de aluguel terá duração de três anos, podendo ser prorrogado por mais um ano. De acordo com a FAB, "alugar o Boeing 767 300ER foi uma opção extremamente viável e usada internacionalmente".
Após a Paralimpíada, em setembro, o avião poderá ser usado para deslocamento de pessoal para operações militares, ações governamentais dentro e fora do Brasil, missões de ajuda humanitária ou de cunho diplomático, "a exemplo da repatriação de brasileiros, em 2006, durante os conflitos na guerra do Líbano". O tenente-coronel Ferreira da Silva lembrou que, naquela época, o esquadrão operava com o Boeing 707, o "Sucatão", que foi desativado em 2013.
"A gente vai cumprir tudo aquilo que for determinado pelo comando superior", disse Ferreira da Silva, evitando falar se a nova aeronave poderá ser utilizada para buscar brasileiros presos em outros países por razões diversas, como corrupção e lavagem de dinheiro, por exemplo.
Com a desativação do Boeing 707, o Esquadrão Corsário ficou três anos sem voar, aguardando o novo avião, que tem baixo custo operacional e grande autonomia de voo.
Ferreira da Silva informou que a aeronave tem capacidade de transportar 257 pessoas ou carga de até 38 toneladas, somados os dois porões. O comandante explicou que em uma viagem muito longa, não se pode colocar muita carga. "Se você quiser botar muita carga, não pode ir muito longe, porque interfere na questão do combustível". Por exemplo, se a aeronave decolar da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, com uma carga de até 23 toneladas, somando bagagens e passageiros, tem capacidade de voar direto, sem escala, até Moscou. Isso envolveria até 200 passageiros mais em torno de 30 quilos de carga para cada pessoa transportada.
"Estamos falando de uma aeronave que é transcontinental, já consagrada mundialmente", disse.
Amanhã (14), em entrevista à imprensa no Rio de Janeiro, a FAB anunciará o esquema de controle e defesa do espaço aéreo durante os Jogos Olímpicos de 2016. Serão mais de 15 mil militares e 80 aeronaves envolvidos no evento, de acordo com o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica.
Edição: Carolina Pimentel
Aeronaves executivas passarão por inspeção de segurança extra durante a Rio 2016
As aeronaves executivas que passarem pelo Rio de Janeiro durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 deverão se submeter a inspeções extras de segurança, que podem incluir vistorias de tripulantes, passageiros, bagagens e cargas antes da chegada dos aviões ao Rio.
Para testar o procedimento, a Secretaria de Aviação Civil tem feito simulados nos aeroportos do estado. Hoje (13), os testes ocorreram no Aeroporto Santos Dumont, no centro da capital fluminense.
De acordo com o diretor do Departamento de Gestão Aeroportuária da secretaria, Paulo Henrique Poças, por causa da intensa movimentação de passageiros, as aeronaves executivas terão horário restrito para pouso no Rio, para aumentar a segurança.
“Uma aeronave da aviação executiva não poderá adentrar o espaço aéreo do Rio de Janeiro das 8h até as 2h do dia seguinte. Temos pouco mais de 200 países associados pelo Comitê Olímpico internacional, então imaginamos que o evento vai atrair aviões de vários países e a segurança será fundamental para nós e as medidas serão cumpridas à risca.”
A aeronave que quiser pousar fora desse horário deverá passar por inspeção adicional de segurança, que inclui a verificação da tripulação e bagagens. A operação especial, segundo Poças, também inclui reforço da segurança nos terminais de passageiros, pátios, pistas e nos acessos aos aeroportos. Será verificado ainda se o plano operacional de segurança apresentado pelas empresas homologadas para prestação desse serviço está sendo seguido conforme as exigências da Circular de Informação Aeronáutica.
Pousos e decolagens
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai fiscalizar, aplicar multas e suspensão a operadores da aviação executiva que fizerem uso irregular de slot (horário de pouso e decolagem) durante os Jogos. As regras foram publicadas hoje (13) no Diário Oficial da União. O operador da aeronave que descumprir qualquer requisito relacionado à alocação do slot poderá pagar multa de R$ 7 mil a R$ 90 mil. Está prevista também suspensão por até 180 dias do certificado de habilitação técnica do piloto em comando que, mesmo comunicado pela autoridade de aviação civil ou pelo operador aeroportuário, deixe de remover aeronave que permanecer no pátio de manobras por tempo superior ao estabelecido. Os operadores aéreos das aeronaves de marcas estrangeiras que não cumprirem as regras poderão ser intimados a retirar a aeronave do país.
As infrações cometidas por aeronave de marcas estrangeiras também poderão sofrer sanções no país de origem, conforme previsto nos acordos internacionais firmados pelo Brasil. As penalidades deste artigo não serão aplicadas quando o descumprimento do slot for devido a casos de força maior, a restrições meteorológicas, a restrições de navegação aérea, da infraestrutura aeroportuária, ou derivadas de renegociação com os operadores aeroportuários de maior permanência em solo com a devida atualização do slot.
Tráfego aéreo
Cerca de 2,2 mil controladores de voo já receberam treinamento específico para administrar o fluxo de aviação durante a Rio 2016. Os dez aeroportos do país que devem atender à demanda majoritária do evento terão um efetivo aproximado de 11 mil profissionais no período. As regras são válidas de 3 a 22 de agosto e de 7 a 19 de setembro.
O Galeão e Santos Dumont deverão receber no dia da abertura da Olimpíada, 5 de agosto, cerca de 90 mil passageiros. Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos devem trazer ao Brasil delegações de 206 países e mais de 100 chefes de Estado. O número será ainda maior no último dia dos jogos.
A partir de 19 de julho, a Anac começará a Operação Rio 2016. Até 22 de setembro, os aeroportos do Galeão (RJ), Santos Dumont (RJ), Congonhas (SP), Guarulhos (SP), Viracopos (SP), Brasília (DF), Confins (MG), Pampulha (MG), Salvador (BA) e Manaus (AM) vão contar com reforços na fiscalização e na orientação para receber atletas, membros de delegações e turistas que devem chegar ao Brasil. Aproximadamente 500 servidores da Agência atuarão em duas frentes: difusão de informações sobre os direitos dos passageiros e intensificação da fiscalização aos serviços prestados à sociedade pelas empresas aéreas e concessionárias de aeroportos.
Passageiros
Aos passageiros que estarão em viagem no período dos Jogos Olímpicos, a Secretaria de Aviação Civil e a Anac desenvolveram um hotsite com as principais informações sobre os direitos e deveres dos viajantes. Na página, as informações estão disponíveis em português, inglês e espanhol.
Simpósio discute segurança de voo na Amazônia Ocidental
O evento, promovido pelo Sétimo Serviço Regional de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VII), vai ocorrer no auditório da Universidade Paulista (Unip), no bairro Parque 10 de Novembro, Zona Centro-Sul
Silane Souza Manaus (am)
Visando fortalecer a filosofia do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer) junto à comunidade aeronáutica civil da Amazônia Ocidental, será realizada, no próximo sábado, em Manaus, a 7ª edição do Simpósio de Segurança de Voo da Amazônia Ocidental. O evento, promovido pelo Sétimo Serviço Regional de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VII), vai ocorrer no auditório da Universidade Paulista (Unip), no bairro Parque 10 de Novembro, Zona Centro-Sul.
As apresentações sobre procedimentos e recomendações serão ministradas por palestrantes experientes na área da segurança de voo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). O foco das discussões será a prevenção como a principal ferramenta de mitigação de ocorrências aeronáuticas a fim de elevar o nível de conscientização entre todos os envolvidos nas atividades de instrução.
De acordo com o suboficial encarregado da Seção de Prevenção do Seripa VII, Dalson Trigueiro Lima, o principal objetivo do evento, que é realizado anualmente, é elevar a consciência situacional dos profissionais para que haja maior redução do número de ocorrências aeronáuticas, além de fazer com que o avião se torne o meio de transporte cada vez mais seguro.
“Se você sofre um acidente de carro, por exemplo, no dia seguinte o teu nível de atenção estará ao extremo, mas, a partir do momento que você retorna a sua rotina normal, esse nível de atenção cai e você pode voltar a cometer os mesmos erros de antes, que você não estava cometendo dias após o acidente. Então, essa nossa ação faz com que os profissionais voltem a ter nível de atenção maior, com isso, podemos evitar que o acidente aconteça”, explicou Lima.
Entre os temas abordados no seminário está a regulação e a certificação como ferramentas de prevenção da Anac, os desafios da operação Single Pilot na perspectiva do Fator Humano, a fadiga humana nas ocorrências aeronáuticas e os sete pecados capitais na manutenção. Para participar, os interessados devem acessar o link: https://www.e-inscricao.com/7simposio_amazonia_2016/2 e preencher o formulário online. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até a próxima sexta-feira.
Consequências das altitudes
O suboficial encarregado da Seção de Prevenção do Seripa VII, Dalson Trigueiro Lima, relatou que no ano passado um juiz de crimes aeronáuticos falou das consequências de algumas atitudes. “Às vezes, os profissionais acabam colocando-se em risco por desconhecimento. Então, quanto mais conhecimento se transmitir maior será o nível de atenção deles”.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO (SP)
#Vestibular: alunos do Ensino Médio podem se inscrever em cursinho gratuito no ITA
Vagas são destinadas a estudantes de baixa renda; aulas serão ministradas em São José dos Campos
Os alunos do Ensino Médio, em fase preparatória para o vestibular, podem se inscrever para o processo seletivo 2017 do CASD Vestibulares – curso pré-vestibular gratuito, fundado por alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). As inscrições podem ser feitas até 21 de agosto, no site oficial do evento. Ao todo, são ofertadas 520 vagas para alunos de baixa renda.
Para se candidatar, basta preencher o formulário. Ao clicar em "confirmar e gerar comprovante" ao fim da página, será gerado um comprovante de inscrição que deverá ser impresso. O aluno será orientado sobre as datas da prova para o processo seletivo. Serão duas fases, compostas por uma prova objetiva e uma entrevista socioeconômica.
O programa tem duração de um ano, com início programado para janeiro de 2017, no ITA, em São José dos Campos. As aulas serão ministradas por professores voluntários, alunos do ITA e de outras instituições renomadas, como USP, Unicamp e Unesp. O material didático utilizado em sala é oferecido pelo Sistema Ari de Sá (SAS), parceiro do programa desde 2013.
AGORAVALE (SP)
Legacy 450, da Embraer, é certificado para o alcance ampliado de 5.378 km
Redação AgoraVale
A Embraer anunciou que o jato executivo Legacy 450 recebeu a certificação para um alcance estendido de 5.378 km (2.904 milhas náuticas). A melhoria foi aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), no Brasil, pela FAA (autoridade aeronáutica dos Estados Unidos) e pela EASA (entidade reguladora para a Europa). O novo alcance, com quatro passageiros a bordo mais reservas é 609 km (329 nm) maior do que na certificação anterior.
"Com este alcance que superou nossas metas originais, o Legacy 450 torna-se definitivamente o melhor jato executivo em sua categoria. A aeronave já oferece maior velocidade e melhor desempenho do que originalmente planejado, com a cabine mais espaçosa em sua categoria. O novo alcance, o maior em sua categoria, permitirá voos diretos de São Francisco para o Havaí, ou de Nova York para Los Angeles", disse Marco Túlio Pellegrini, Presidente & CEO da Embraer Aviação Executiva.
O alcance adicional do Legacy 450 foi certificado após pequenas modificações na asa para acomodar mais combustível, juntamente com as atualizações para a Unidade de Controle de Combustível (FCU, na sigla em inglês) e aviônicos. A capacidade extra de tanque de combustível extra é adaptável, sem nenhum custo, para as primeiras aeronaves em série.
A primeira aeronave com o alcance estendido será entregue ainda este mês.
REVISTA HOTÉIS (SP)
LAN é eleita a Melhor Companhia Aérea da América do Sul
LAN Airlines, que agora se chama LATAM Airlines, recebeu o prêmio World Airline Awards, da Skytrax, pelo quarto ano consecutivo
Redação
Redação
A LAN Airlines (agora chamada LATAM Airlines), foi reconhecida ontem (12) como a “Melhor Companhia Aérea da América do Sul” pelo Skytrax World Airline Awards, durante a feira de aviação Farnborough International Airshow.
A premiação é organizada anualmente pela Skytrax Research, organização internacional de classificação de transporte aéreo, e baseia-se na maior pesquisa de satisfação de passageiros de companhias aéreas do mundo, que em 2016 registrou a avaliação de 280 companhias por mais de 19 milhões de passageiros, representando 104 nacionalidades diferentes.
A LAN já foi nomeada “Melhor Companhia Aérea da América do Sul” por quatro anos sucessivos, e tanto a LAN quanto a TAM, ambas membros do Grupo LATAM Airlines, recebem a honraria consecutivamente desde 2000.
Durante a pesquisa Skytrax World Airline Survey, realizada entre agosto de 2015 e maio de 2016, a LAN e a TAM adotaram uma marca única: LATAM Airlines. “A LATAM Airlines pretende superar o sucesso da LAN e da TAM nos últimos anos por meio da simplificação e melhora da experiência do passageiro, com inovações digitais e disseminação da cultura latino-americana”, acrescentou José Maluf, Vice-Presidente de Frota do Grupo LATAM Airlines.
Neste ano, a cerimônia do World Airline Awards foi realizada na maior feira aeronáutica do mundo, a Farnborough International Airshow, que acontece a cada dois anos no local de nascimento da aviação britânica – Farnborough, localizada 65 km a oeste de Londres.
Pesquisa Anual Skytrax World Airline Awards
O prêmio é baseado nos resultados da Skytrax World Airline Survey, pesquisa reconhecida mundialmente como a principal ferramenta para mensurar níveis de satisfação entre as companhias aéreas internacionais, oferecendo uma análise singular e independente da opinião dos passageiros. Em 2016, mais de 19 milhões de passageiros, representando 104 nacionalidades, participaram da pesquisa.
Também foi solicitado que os passageiros avaliassem sua experiência com os serviços de aeroporto e de bordo, utilizando 41 critérios, dentre eles os processos de check-in e embarque, o conforto dos assentos, a limpeza das cabines e as refeições e entretenimento de bordo. A pesquisa deste ano avaliou 280 companhias aéreas, desde as maiores operadoras internacionais até operadoras domésticas pequenas.
MIDIANEWS (MT)
Índios querem indenização da Gol por acidente aéreo de 2006
Local onde o avião caiu, matando 154 pessoas, agora é intocável, segundo cultura da etnia
Vinícius Lemos, da Redação
Vinícius Lemos, da Redação
Índios da etnia Kayapó querem ser indenizados pela Gol Linhas Aéreas em razão da queda de um avião da companhia em uma área que pertence a eles. O acidente aconteceu em 2006 e 154 pessoas que estavam na aeronave morreram.
Os Kayapós alegam que a terra indígena Capoto-Jarina, nas proximidades de Peixoto de Azevedo (691 Km de Cuiabá), onde o avião caiu, possui cerca de 1,2 mil quilômetros quadrados inutilizados. Em razão de tradições dos indígenas, a área, que pertence à etnia, teria passado a ser considerada intocável.
Conforme a cultura Kayapó, a área constitui uma "mekaron nhyrunkwa", uma casa dos espíritos, que não pode ser utilizada para fins de caça, pesca, roça ou construção de aldeias.
O Ministério Público Federal (MPF) de Barra do Garças (a 509 quilômetros de Cuiabá) instaurou inquérito civil para apurar se a companhia aérea deverá ressarcir os indígenas. No final do ano passado, o órgão realizou uma reunião com a companhia para debater o assunto.
Depois do primeiro encontro, o MPF mediou, em fevereiro deste ano, uma reunião entre a Gol e os Kayapós, na qual os índios teriam apresentado uma proposta de indenização à empresa.Conforme o procurador da República responsável pelo caso, Wilson Rocha Fernandes Assis, a companhia aérea não deu uma resposta desde fevereiro e o MPF instaurou o inquérito. Em razão da falta de posicionamento da empresa, ele acredita que o caso seja levado à Justiça.
“Tendo em vista que se passaram cinco meses e não houve nenhuma resposta da Gol, acreditamos que a empresa não tenha interesse em nenhum acordo com os indígenas. Por isso, deveremos ajuizar uma ação contra a companhia”, disse.
O MPF deverá ser o autor da ação, na qual representará os indígenas. O órgão explicou que a Constituição permite que eles ajuízem ações em nome de índios.
Segundo o procurador da República, caso os índios consigam ser indenizados, o dinheiro recebido será utilizado a favor da comunidade Kayapó.
“Esse recurso vai ser usado em prol de toda a comunidade índigena da região, não somente as lideranças”, contou.
O valor inicial da indenização solicitada não foi informado pelo MPF.
Ação judicial
De acordo com o MPF, a ação contra a Gol deverá ser ajuizada até o fim do ano. Para que o processo possua embasamento, Wilson Rocha Fernandes Assis contou que as crenças dos Kayapós deverão passar por análise.
“Teremos que fazer uma perícia antropológica sobre os Kayapós, para que possamos confirmar o fato de que a cultura deles trata a área onde houve mortes como uma região sagrada. Isso será fundamental para representarmos os índios perante a Justiça”, explicou.
Ainda não há prazo para que ocorra a perícia antropológica do MPF.
Descaso
O procurador relatou que a companhia aérea não deu atenção aos indígenas antes de a questão ter sido encaminhada ao MPF.
“É curioso que os Kayapós tentaram, por diversas vezes, procurar a Gol para tentar um acordo, mas a empresa somente entendeu a situação dos indígenas quando o Ministério Público Federal entrou no caso”, declarou.
Wilson Rocha Fernandes Assis afirmou que a companhia aérea precisa compreender as consequências da queda do avião para os índios.
“É muito importante que a empresa entenda que o acidente causou danos ao povo indígena”, assegurou.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a Gol Linhas Aéreas, porém a assessoria de imprensa informou que não irá se pronunciar sobre o assunto.
ESPORTE ALTERNATIVO (SP)
Força Aérea apresenta ações para Jogos Olímpicos
Redação
Rio de Janeiro - A Força Aérea Brasileira (FAB) apresenta nesta quinta-feira (14/7), na sede do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), no Rio de Janeiro (RJ), os detalhes do esquema de controle e defesa do espaço aéreo durante os Jogos Olímpicos de 2016. Serão mais de 15 mil militares e 80 aeronaves da FAB envolvidos nas Olimpíadas.
A coletiva de imprensa acontece às 10 horas e logo após será realizado um voo em os profissionais de imprensa poderão acompanhar um treinamento de interceptação aérea.
A partir do dia 24 de julho começam as restrições no espaço aéreo da cidade. Aeronaves da Força Aérea Brasileira estarão prontas para interceptar qualquer veículo aéreo que desobedeça às regras. Será proibido o sobrevoo das arenas esportivas e o Decreto 8.787 já autoriza até o tiro contra aeronaves hostis.
Ao mesmo tempo, a FAB planeja o gerenciamento do fluxo de aeronaves civis: a expectativa é que ocorram 270 mil embarques e desembarques na capital carioca nos quatro dias de pico, no início das Olimpíadas. O Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea irá reunir representantes Secretaria de Aviação Civil, ANAC, Polícia Federal e concessionárias de aeroportos, dentre outros, durante todo o período dos Jogos.
A Força Aérea Brasileira também irá atuar na recepção de chefes de Estado na Base Aérea do Galeão, onde irá realizar ações de segurança e irá coordenar as ações entre as instituições envolvidas, como Anvisa, Receita Federal, Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), para o desembaraço alfandegário. A FAB atuará ainda na defesa contra ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares.
Serviço:
Local: Auditório do DECEA
Endereço: Av. General Justo, 160 – Centro. Ao lado do Aeroporto Santos Dumont . Rio de Janeiro (RJ)
Data: quinta-feira (14/7)
Horário: às 10 horas
A coletiva de imprensa acontece às 10 horas e logo após será realizado um voo em os profissionais de imprensa poderão acompanhar um treinamento de interceptação aérea.
A partir do dia 24 de julho começam as restrições no espaço aéreo da cidade. Aeronaves da Força Aérea Brasileira estarão prontas para interceptar qualquer veículo aéreo que desobedeça às regras. Será proibido o sobrevoo das arenas esportivas e o Decreto 8.787 já autoriza até o tiro contra aeronaves hostis.
Ao mesmo tempo, a FAB planeja o gerenciamento do fluxo de aeronaves civis: a expectativa é que ocorram 270 mil embarques e desembarques na capital carioca nos quatro dias de pico, no início das Olimpíadas. O Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea irá reunir representantes Secretaria de Aviação Civil, ANAC, Polícia Federal e concessionárias de aeroportos, dentre outros, durante todo o período dos Jogos.
A Força Aérea Brasileira também irá atuar na recepção de chefes de Estado na Base Aérea do Galeão, onde irá realizar ações de segurança e irá coordenar as ações entre as instituições envolvidas, como Anvisa, Receita Federal, Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), para o desembaraço alfandegário. A FAB atuará ainda na defesa contra ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares.
Serviço:
Local: Auditório do DECEA
Endereço: Av. General Justo, 160 – Centro. Ao lado do Aeroporto Santos Dumont . Rio de Janeiro (RJ)
Data: quinta-feira (14/7)
Horário: às 10 horas
PORTAL PODER AÉREO
Infográfico: a FAB na proteção dos Jogos Olímpicos
A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou o infográfico acima sobre as ações para a proteção dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que contarão com aviões de caça e helicópteros de combate para a defesa do espaço aéreo. Serão mais de 15 mil militares e 80 aeronaves da FAB envolvidos nas Olimpíadas, segundo a FAB, que também atuará na defesa contra ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares.
As restrições no espaço aéreo do Rio de Janeiro começarão em 24 de julho, com aeronaves da Força Aérea Brasileira prontas para interceptar qualquer veículo aéreo que desobedeça às regras. Será proibido o sobrevoo das arenas esportivas e, segundo a FAB, o Decreto 8.787 autoriza o tiro contra aeronaves hostis.
Outra responsabilidade da Força Aérea é o gerenciamento do fluxo de aeronaves civis, havendo a expectativa de 270 mil embarques e desembarques na cidade do Rio de Janeiro nos quatro dias de pico, no início das Olimpíadas. O Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea reunirá, segundo a FAB, representantes Secretaria de Aviação Civil, ANAC, Polícia Federal e concessionárias de aeroportos, dentre outros, durante todo o período dos Jogos.
A recepção de chefes de Estado na Base Aérea do Galeão também contará com ações de de segurança por parte da FAB, coordenando ações entre as instituições como Anvisa, Receita Federal, Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), para o desembaraço alfandegário.
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