NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 09/07/2016 / Abertura total do setor aéreo é o fim da picada, diz presidente da Azul
Abertura total do setor aéreo é o fim da picada, diz presidente da Azul ...
Joana Cunha ...
O debate no governo e no Congresso para socorrer as companhias aéreas nacionais, que somam hoje prejuízos bilionários, está ainda poluído por "cortina de fumaça", na opinião de Antonoaldo Neves, presidente da Azul.
É "o fim da picada" a proposta que permitia a participação de 100% de empresas estrangeiras nas nacionais, sem pedir reciprocidade de outros países —trecho da medida provisória que o governo do presidente Michel Temer prometeu vetar.
Medidas como a redução do teto do ICMS (imposto estadual) para o querosene ainda não são suficientes. Melhor seria baixar também o preço do combustível.
Na entrevista, Neves falou ainda sobre como cobrar pela bagagem poderia inserir mais passageiros no mercado.
Folha - A proposta de liberar participação de 100% nas companhias nacionais às estrangeiras não é consenso no setor. A Latam, por exemplo, apoia. Qual é a sua posição?
Antonoaldo Neves - Se olharmos as práticas globais, não há referência de 100%. As pessoas não estudam para falar do assunto. Qual é o objetivo de adotar uma abertura diferente da que temos hoje como política pública para o país?
E por que não adotar?
Argumentar que falta capital estrangeiro no Brasil para aéreas é uma falácia. A Azul captou nos últimos 12 meses US$ 550 milhões de capital estrangeiro. Captamos US$ 400 milhões em financiamento de aeronaves com bancos estrangeiros com dívida no exterior, o que também é capital. Há abundância de capital estrangeiro. O que está se discutindo é controle.
Defensores dizem que a liberação do 100% impulsionaria a entrada empresas de baixo custo, as "low cost".
A tarifa média no país é R$ 300, cerca de US$ 80. A tarifa média da Ryanair, a maior empresa global de "low cost" é US$ 70. Já temos tarifa de "low cost" no Brasil, embora ainda não seja o limite que o mercado pode chegar.
Havendo reciprocidade, ou seja, desde que uma brasileira também possa adquirir 100% de uma aérea no outro país, seria aceitável?
A relação entre países na aviação passa por acordos bilaterais de frequências. Se liberássemos 100% do capital estrangeiro, estaríamos autorizando uma empresa como a Lufthansa, ou qualquer outra, a vir ao Brasil, abrir uma empresa de capital estrangeiro e ter direito às minhas frequências. E eu, como empresa brasileira, não tenho direito às frequências dela na Alemanha.
Pensando em política pública, liberar 100% sem negociação bilateral é o fim da picada. Vamos discutir céus abertos com Europa, Argentina. Vamos liberar os vistos para os EUA. Nós topamos céus abertos se liberar os vistos. Se eu tivesse condição de competir de igual para igual com estrangeiras, não teria problema.
Deixa eu abrir empresa na Alemanha? Por que vamos ceder sem o país tirar proveito? É cortina de fumaça. Não vou especular sobre o real objetivo, mas não entendemos como a política pública bem pensada pode levar o país a mudar isso.
Pensando em política pública, liberar 100% sem negociação bilateral é o fim da picada. Vamos discutir céus abertos com Europa, Argentina. Vamos liberar os vistos para os EUA. Nós topamos céus abertos se liberar os vistos. Se eu tivesse condição de competir de igual para igual com estrangeiras, não teria problema.
Deixa eu abrir empresa na Alemanha? Por que vamos ceder sem o país tirar proveito? É cortina de fumaça. Não vou especular sobre o real objetivo, mas não entendemos como a política pública bem pensada pode levar o país a mudar isso.
Qual é o efeito para o consumidor?
Os aviões são ativos móveis. É falácia dizer que, se eu liberei capital estrangeiro para automotivo, telecom, energia, tenho que liberar a aviação. Nenhuma empresa que investiu em barragem no Brasil vai retirar a barragem voando. Nem cabos de telecomunicação vão sair voando. Mas existe um efeito no aéreo. Um dos grandes motivos pelos quais Europa, EUA, Índia não liberam é porque os ativos são móveis. Para não dar espaço a grandes flutuações da oferta.
Porque quem sofre com isso é o consumidor. Não queremos que, do dia para a noite, cem aviões que estão hoje voando na África sejam colocados para voar no Brasil em dezembro, janeiro e julho para aproveitar aqui o momento em que a demanda é melhor. Para cobrar uma tarifa mais alta e ganhar dinheiro em julho, companhia aérea no mundo todo perde dinheiro nos meses de baixa. Não pode permitir que uma empresa aérea pegue 30 aviões e esteja na Europa em agosto [quando lá é alta], em julho, no Brasil. E fique circulando o mundo e fazendo grandes oscilações na oferta. Porque nos meses de baixa essa oferta vai acabar e o preço da passagem no período de baixa vai subir. Se todos os países fossem 100% eu ia dizer que eu estou errado. A Câmara passou essa discussão no atropelo, sem debate.
Porque quem sofre com isso é o consumidor. Não queremos que, do dia para a noite, cem aviões que estão hoje voando na África sejam colocados para voar no Brasil em dezembro, janeiro e julho para aproveitar aqui o momento em que a demanda é melhor. Para cobrar uma tarifa mais alta e ganhar dinheiro em julho, companhia aérea no mundo todo perde dinheiro nos meses de baixa. Não pode permitir que uma empresa aérea pegue 30 aviões e esteja na Europa em agosto [quando lá é alta], em julho, no Brasil. E fique circulando o mundo e fazendo grandes oscilações na oferta. Porque nos meses de baixa essa oferta vai acabar e o preço da passagem no período de baixa vai subir. Se todos os países fossem 100% eu ia dizer que eu estou errado. A Câmara passou essa discussão no atropelo, sem debate.
E o alto preço do combustível? O governo está se movendo nisso. É satisfatório?
Não é suficiente. Defendemos o ICMS com limite máximo de 12%. A Azul é a empresa que menos se beneficia com isso porque já tem acordo de ICMS com todos os Estados menos com São Paulo. Como fazemos aviação regional, temos poder maior de negociação nos Estados. Meu ICMS na Bahia é em torno de 7% ou 8%. Mas não vou atacar uma medida porque só os outros se beneficiam.
Quando eu vejo o preço do querosene de aviação que eu abasteço em Miami custar R$ 1,36 e o litro ser R$ 2,25 em Campinas, fico desapontado. Na aviação regional que fazemos, há cidades em que custa até R$ 4,90. A tarifa média do interior é mais alta que a das capitais por causa do querosene de aviação. Isso é subsídio para a Petrobras e para os distribuidores.
O que seria o ideal?
O problema não é o ICMS. É baixar o preço. Passa por uma política pública mais clara do combustível. É absurdo não colocar no Congresso a discussão de como a Petrobras e os distribuidores são hoje subsidiadas pelo passageiro por causa do sobrepreço do querosene de aviação.
Esse investimento que vocês têm dos chineses aumentaria se o 100% fosse liberado?
Já poderia aumentar hoje sem isso. As estruturas de capitais que existem hoje aprovadas pela CVM já permitem que 80% do capital seja estrangeiro. Porque existe capital votante e não votante [a proibição é para capital votante]. Se já é assim, para que mudar? Porque se quer resolver outro problema. Não vou ficar fazendo suposições.
E a cobrança de tarifa por bagagem? Qual é a vantagem?
Vamos supor que a tarifa média é R$ 300. Se você viaja com bagagem, paga R$ 350. Eu viajo sem bagagem, pago R$ 250. Para a companhia aérea aparentemente não muda nada. Porém há muita gente que viaja a R$ 250, mas não viaja a R$ 300. Quando eu posso cobrar pelo serviço que só você está usando, eu incluo novos consumidores no mercado.
Qual é o sentido da medida que flexibiliza atrasos em Congonhas?
Isso começou com uma discussão de que a oferta de Congonhas está até hoje controlada artificialmente. Poderia ter mais voos por dia. Deveria ser interesse do país que tivesse mais voos lá.
Isso se deve ao trauma da tragédia que houve lá em 2007 [acidente com avião da TAM que matou 199 pessoas]?
Sim. Mas, se você olha a quantidade de voos de 2007 e o que tem hoje, a diferença é abissal. E se analisar as investigações, não tem nada a ver com a quantidade de voos. O avião não sai da pista porque tem muito voo passando. Se fosse choque no ar de dois aviões... A verdade é que Congonhas é um aeroporto que tem uma rentabilidade maravilhosa para as companhias porque nesse setor, quando você controla artificialmente a oferta, pode subir o preço.
Não é interesse das companhias que dominam aquele aeroporto de aumentar, imagino eu –não estou falando em nome delas.
A resolução que foi cancelada [previa regras mais duras para atrasos e cancelamentos de voos] objetivou desde o início mais do que evitar o controle artificial de oferta, de disponibilidade de slots. Ela queria impedir uma prática muito comum em Congonhas: de ter um voo às 11h, um às 11h30 e outros às 12h, cancelar um deles e juntar com os outros dois. Isso é controlar a oferta artificialmente. Então a resolução que veio previa que se você cancelar mais de 10% dos seus voos por razões não meteorológicas, perderia o slot.
Por que baixou a régua eu não sei. Houve uma consulta pública quando levantou a régua, que passou de 80% para 90%. Falaram que a Azul era a única beneficiária disso. A mesma resolução que falava do atraso e do cancelamento também falava que não podia operar avião pequeno em Congonhas. Por um lado, derrubar a resolução acertou porque tira uma restrição artificial que é o fato de Congonhas não poder operar voo de ATR [avião menor] para Araraquara. Para a Azul isso é bom e para qualquer empresa que queira comprar aviões menores é bom. Mais competição no aeroporto é bom para o cidadão.
RAIO-X EMPRESA E EXECUTIVO
Antonoaldo Neves
Idade
42
42
Trajetória
Assumiu o comando da Azul em 2014. Antes foi executivo desde 2000 da consultoria McKinsey, onde, em 2012, coordenou o processo de fusão da Azul e da Trip
Assumiu o comando da Azul em 2014. Antes foi executivo desde 2000 da consultoria McKinsey, onde, em 2012, coordenou o processo de fusão da Azul e da Trip
Azul
Receita no ano passado
US$ 1,9 bilhão
US$ 1,9 bilhão
Aeronaves
125 unidades
125 unidades
Número de funcionários
Mais de 10 mil
Mais de 10 mil
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Avião com 5 pessoas faz pouso em MT e pega fogo após bater em cerca
Piloto diz que peça do trem de pouso quebrou e provocou o acidente. Aeronave saiu de São José do Xingu e pousou em pista de fazenda.
Denise Soares - Do G1 Mt
Um avião bimotor, modelo Baron, fez um pouso em uma pista de uma fazenda e acabou pegando fogo após bater em uma cerca da propriedade, nesta quinta-feira (7), em São José do Xingu, a 931 km de Cuiabá. De acordo com a Polícia Civil, cinco pessoas estavam a bordo da aeronave. Nenhuma delas se feriu.
Segundo a polícia, o avião tinha saído da cidade e ido até essa fazenda. O piloto da aeronave, Leandro Baiocchi, explicou ao G1 que uma peça do trem de pouso quebrou, provocando o acidente.
O avião saiu da pista e parou perto de um milharal. “Quando essa peça quebrou o avião perdeu a direção do eixo da pista. A asa, onde fica [armazenado] o tanque de combustível, bateu nessa cerca. Nós conseguimos controlar [o começo do incêndio no avião] e apagar o fogo”, disse o piloto. Conforme o piloto, a documentação dele e da aeronave estão regulares.
O Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa-6), órgão ligado à Força Aérea Brasileira (FAB), foi comunicado e deve apurar as causas do acidente. "Usamos água pra resfriar e terra para abafar e apagar o fogo. Perdemos o trem de pouso, que ficou na pista. Não tinha buraco nem nada nessa pista”, finalizou o piloto.
Segundo a polícia, o avião tinha saído da cidade e ido até essa fazenda. O piloto da aeronave, Leandro Baiocchi, explicou ao G1 que uma peça do trem de pouso quebrou, provocando o acidente.
O avião saiu da pista e parou perto de um milharal. “Quando essa peça quebrou o avião perdeu a direção do eixo da pista. A asa, onde fica [armazenado] o tanque de combustível, bateu nessa cerca. Nós conseguimos controlar [o começo do incêndio no avião] e apagar o fogo”, disse o piloto. Conforme o piloto, a documentação dele e da aeronave estão regulares.
O Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa-6), órgão ligado à Força Aérea Brasileira (FAB), foi comunicado e deve apurar as causas do acidente. "Usamos água pra resfriar e terra para abafar e apagar o fogo. Perdemos o trem de pouso, que ficou na pista. Não tinha buraco nem nada nessa pista”, finalizou o piloto.
Brigada de Infantaria Paraquedista apresenta plano para a Rio 2016
Grupo atuará em casos de "crise", como manifestações ou ataque terrorista. Guarda Municipal também terá reforço de 300 novos agentes.
O Exército apresenta nesta sexta-feira (8) o plano de atuação da Brigada de Infantaria Paraquedista nos Jogos Olímpicos. Como mostrou o Bom Dia Rio, esse grupo atuará, principalmente, em casos de "crise", como manifestações ou, até mesmo, atentado terrorista.
“A segurança nas Olimpíadas foi concebida em três eixos principais: defesa, inteligência e segurança pública. Com a finalidade de organizar a ação do eixo de defesa, o Ministério da Defesa criou uma estrutura conjunta denominada Coordenador Geral de Defesa de Área, que reúne meios da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, cuja missão principal é atuar como força de contingência e na proteção de estruturas estratégicas. Crise, nós consideramos qualquer fato que atente como ameaça dos Jogos Olímpicos. Poderia ser uma manifestação, na qual os órgãos de Segurança Pública não tenham condição de resolver ou, até mesmo, um atentado", explicou o coronel Mário Medina, porta-voz da Coordenação de Defesa Aérea do Exército.
Na Olimpíada do Rio, o exército terá a Brigada de Infantaria Paraquedista, com cerca de 2,5 mil militares capacitados, sendo considerada a força estratégica do Exército apta a atuar em todo terrirótio nacional.
Também haverá reforço da Guarda Municipal na segurança da cidade. Cerca de 300 novos agentes, que foram formados especialmente para atuar na olimpíada, serão apresentados nesta sexta-feira. Esses novos guardas receberam treinamento específico para eventos de grande porte e se somarão aos guardas que já atuam.
O efetivo da Guarda ficará com um total de 7,5 mil agentes trabalhando pela cidade. Eles estarão no entorno das instalações olímpicas e também em outros pontos da cidade, como os pontos turísticos e os corredores de trânsito.
Ministro da Defesa reafirma que não há ameaça de terrorismo na Olimpíada
Segundo Jungmann, nenhuma agência de inteligência detectou ameaça. Ministro diz que, se houver pedido oficial, militares podem ficar até eleições
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, voltou a dizer nesta sexta-feira (8) que nenhuma agência de inteligência no mundo rastreou qualquer ameaça de ataque terrorista durante a Olimpíada do Rio. Jungmann disse ainda que o Brasil é um país pacífico, mas bem armado e que sabe contra-atacar.
Sobre a possibilidade de as tropas das Forças Armadas permanecerem no Rio até o fim do período eleitoral, o ministro disse que aguarda um pedido oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas que as tropas estão prontas para ficar no estado.
O ministro falou sobre o tema após passar em revista, na Vila Militar, Zona Oeste do Rio, a tropa de paraquedistas do Exército que atuará na segurança dos Jogos Olímpicos. São 2.400 homens, que só entrarão em ação em casos de emergência e têm preparo para chegar e entrar rapidamente em locais de confronto.
A operação das Forças Armadas na Olimpíada começa no dia 24, com mais de 21 mil homens. O Exército vai ocupar de ponta a ponta os 26 quilômetros da Transolímpica, que será inaugurada neste sábado (9), e liga Deodoro ao Recreio dos Baneirantes.
Os militares também estarão em toda a extensão da Linha Amarela, num trecho de oito quilômetros da Avenida Brasil, entre Realengo e o viaduto de Guadalupe e na Linha Vermelha, da entrada do Galeão ao acesso à Linha Amarela. Homens das Forças Armadas também estarão no entorno dos aeroportos e vão ocupar sete estações de trem: Ricardo de Albuquerque, Deodoro, Magalhães Bastos, Vila Militar, Engenho de Dentro, São Cristóvão e Maracanã. Todas ficam perto dos estádios do Maracanã e do Enegenhão, além do Complexo Esportivo de Deodoro.
As tropas militares também estarão em ruas e avenidas por onde os atletas vão passar. Pelo planejamento, o Exército cuida das regiões de Deodoro, Barra da Tijuca e Maracanã, enquanto a Marinha ficará responsável por patrulhar outros 17 bairros, do Caju a São Conrado.
Os fuzileiros navais ainda vão patrulhar a Lagoa Rodrigo de Freitas, a Baía de Guanabara e o trecho marítimo entre Guaratiba, na Zona Oeste da cidade, e Itaipu, em Niterói.
Testes antecipados
Faltando quatro semanas para a Olimpíada, os militares iniciam o treinamento nas ruas neste sábado (9). Este teste, que será realizado entre 8h e 14h e acontecerá em diversos pontos da cidade, estava marcado para o dia 21.
Os militares vão atuar perto do Maracanã e também na Praça Mauá, no Centro. No entorno da Vila Olímpica e na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, além de Copacabana e do Aterro do Flamengo, na Zona Sul, os soldados vão usar até carros blindados nesse primeiro dia de treinamento. No treino, os soldados estarão também nas estações ferroviárias de Magalhães Bastos e Vila Militar.
Avião agrícola cai em fazenda de Botucatu e piloto morre
Piloto chegou a ser socorrido, mas não resistiu, segundo a polícia. Cinco cidades estão sem energia elétrica por causa do acidente.
Do G1 Bauru E Marília
Um avião agrícola caiu em uma fazenda de Botucatu (SP) no fim da tarde desta sexta-feira (SP). O piloto foi socorrido pelos bombeiros para o Hospital das Clínicas da cidade, mas não resistiu aos ferimentos, segundo a Polícia Militar. O acidente deixou cinco cidades sem energia elétrica.
A fazenda onde a aeronave caiu fica próxima ao quilômetro 184 da rodovia Geraldo Pereira de Barros. Ainda segundo a polícia, o piloto fazia trabalho de pulverização na região. Na queda, a aeronave atingiu uma linha de transmissão de energia elétrica.
A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) informou que o desligamento de uma linha de transmissão de responsabilidade da CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica) afetou o fornecimento nas cidades de Pardinho, Bofete, Barra Bonita, Itatinga e parte de Botucatu, deixando 62.755 clientes sem energia elétrica.
A CTEEP informou que equipes da distribuidora estão trabalhando para redirecionar as fontes de fornecimento de energia dos clientes que ainda estão sem o serviço até que o suprimento vindo da linha de transmissão da CTEEP seja normalizado. Até às 20h45 ainda não havia sido reestabelecido o fornecimento de energia.
Tropa de mil militares ocupará ruas do Rio no sábado em teste para Olimpíada
Marco Antônio Martins
A partir deste sábado (9), militares das Forças Armadas estarão em diferentes pontos do Rio em um exercício prático para a Olimpíada. Serão cerca de 1.000 homens de Marinha, Exército e Aeronáutica.
Durante quatro horas, entre 8h e 12h, os militares estarão em pontos da Transolímpica, via expressa que liga Deodoro à Barra da Tijuca, e que será utilizada apenas pela "família olímpica" durante o evento. Também haverá um blindado da Marinha estacionado na praça Mauá, no centro do Rio.
Eles vão ocupar ainda estações de trem no trecho entre o estádio do Maracanã e o parque olímpico de Deodoro. Os blindados vão percorrer também a ponte Rio-Niterói. As Forças Armadas preveem uma série de testes na cidade até o dia 24 deste mês, data marcada para o início da operação de segurança planejada para o evento.
Ao todo serão 21.845 militares no policiamento da Rio-2016. Desses, 15 mil estarão nas ruas da cidade. Por dia, as Forças Armadas calculam cerca de 5.000 militares durante os Jogos. Nesta sexta-feira (8), o ministro da Defesa, Raul Jungmann, esteve no Rio para observar a apresentação da Brigada Pára-quedista que também será destacada para a Olimpíada.
Todo o efetivo da brigada (2.400) estará à disposição dos Jogos. Neste sábado, parte do grupo (o Exército não especificou o efetivo) também participará do evento nas ruas do Rio.
"Estaremos nas ruas na operação Visibilidade para treinar e preparar a tropa que está entre as melhores do mundo", afirmou o ministro da Defesa. Jungmann voltou a falar sobre o preparo do país para o caso de ameaças terroristas.
"O Brasil é um país pacífico, mas não é um país desarmado. Seremos implacáveis e incansáveis caso venha alguém a provocar, tumultuar ou arranhar os Jogos Olímpicos", disse.
Cunha perde regalias ao renunciar à presidência da Câmara
A renúncia ao posto de presidente da Câmara trará mais do que prejuízos políticos ao deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O desligamento do cargo acarreta a perda imediata de algumas regalias, como carro oficial e direito a voo em aviões da FAB (Força Aérea Brasileira).
Além disso, Cunha também terá que deixar em até 30 dias a residência oficial do presidente da Câmara. O deputado terá que providenciar uma mudança pois, ao assumir o posto, levou para a mansão de 800 metros quadrados parte de seu mobiliário pessoal.
Cunha decorou a sala da residência em Brasília com tapetes de sua coleção, mesinhas de apoio e porta-retratos da família.
O deputado também não terá mais acesso ao gabinete exclusivo da presidência, que contava com 47 funcionários de sua confiança. Cunha também já estava sem acesso ao local desde que foi afastado do cargo e do mandato pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em maio.
SEGURANÇA
A saída definitiva da presidência também fará com que Cunha perca direito a uma equipe de segurança exclusiva, fornecida pela Câmara. O carro oficial que ficava à sua disposição também não poderá mais ser usado. Quando no cargo, o deputado dispunha de até dois motoristas que se revezavam para atendê-lo diariamente.
Abertura total do setor aéreo é o fim da picada, diz presidente da Azul
Joana Cunha
O debate no governo e no Congresso para socorrer as companhias aéreas nacionais, que somam hoje prejuízos bilionários, está ainda poluído por "cortina de fumaça", na opinião de Antonoaldo Neves, presidente da Azul.
É "o fim da picada" a proposta que permitia a participação de 100% de empresas estrangeiras nas nacionais, sem pedir reciprocidade de outros países —trecho da medida provisória que o governo do presidente Michel Temer prometeu vetar.
Medidas como a redução do teto do ICMS (imposto estadual) para o querosene ainda não são suficientes. Melhor seria baixar também o preço do combustível.
Na entrevista, Neves falou ainda sobre como cobrar pela bagagem poderia inserir mais passageiros no mercado.
Folha - A proposta de liberar participação de 100% nas companhias nacionais às estrangeiras não é consenso no setor. A Latam, por exemplo, apoia. Qual é a sua posição?
Antonoaldo Neves - Se olharmos as práticas globais, não há referência de 100%. As pessoas não estudam para falar do assunto. Qual é o objetivo de adotar uma abertura diferente da que temos hoje como política pública para o país?
E por que não adotar?
Argumentar que falta capital estrangeiro no Brasil para aéreas é uma falácia. A Azul captou nos últimos 12 meses US$ 550 milhões de capital estrangeiro. Captamos US$ 400 milhões em financiamento de aeronaves com bancos estrangeiros com dívida no exterior, o que também é capital. Há abundância de capital estrangeiro. O que está se discutindo é controle.
Defensores dizem que a liberação do 100% impulsionaria a entrada empresas de baixo custo, as "low cost".
A tarifa média no país é R$ 300, cerca de US$ 80. A tarifa média da Ryanair, a maior empresa global de "low cost" é US$ 70. Já temos tarifa de "low cost" no Brasil, embora ainda não seja o limite que o mercado pode chegar.
Havendo reciprocidade, ou seja, desde que uma brasileira também possa adquirir 100% de uma aérea no outro país, seria aceitável?
A relação entre países na aviação passa por acordos bilaterais de frequências. Se liberássemos 100% do capital estrangeiro, estaríamos autorizando uma empresa como a Lufthansa, ou qualquer outra, a vir ao Brasil, abrir uma empresa de capital estrangeiro e ter direito às minhas frequências. E eu, como empresa brasileira, não tenho direito às frequências dela na Alemanha. Pensando em política pública, liberar 100% sem negociação bilateral é o fim da picada. Vamos discutir céus abertos com Europa, Argentina. Vamos liberar os vistos para os EUA. Nós topamos céus abertos se liberar os vistos. Se eu tivesse condição de competir de igual para igual com estrangeiras, não teria problema. Deixa eu abrir empresa na Alemanha? Por que vamos ceder sem o país tirar proveito? É cortina de fumaça. Não vou especular sobre o real objetivo, mas não entendemos como a política pública bem pensada pode levar o país a mudar isso.
Qual é o efeito para o consumidor?
Os aviões são ativos móveis. É falácia dizer que, se eu liberei capital estrangeiro para automotivo, telecom, energia, tenho que liberar a aviação. Nenhuma empresa que investiu em barragem no Brasil vai retirar a barragem voando. Nem cabos de telecomunicação vão sair voando. Mas existe um efeito no aéreo. Um dos grandes motivos pelos quais Europa, EUA, Índia não liberam é porque os ativos são móveis. Para não dar espaço a grandes flutuações da oferta. Porque quem sofre com isso é o consumidor. Não queremos que, do dia para a noite, cem aviões que estão hoje voando na África sejam colocados para voar no Brasil em dezembro, janeiro e julho para aproveitar aqui o momento em que a demanda é melhor. Para cobrar uma tarifa mais alta e ganhar dinheiro em julho, companhia aérea no mundo todo perde dinheiro nos meses de baixa. Não pode permitir que uma empresa aérea pegue 30 aviões e esteja na Europa em agosto [quando lá é alta], em julho, no Brasil. E fique circulando o mundo e fazendo grandes oscilações na oferta. Porque nos meses de baixa essa oferta vai acabar e o preço da passagem no período de baixa vai subir. Se todos os países fossem 100% eu ia dizer que eu estou errado. A Câmara passou essa discussão no atropelo, sem debate.
E o alto preço do combustível? O governo está se movendo nisso. É satisfatório?
Não é suficiente. Defendemos o ICMS com limite máximo de 12%. A Azul é a empresa que menos se beneficia com isso porque já tem acordo de ICMS com todos os Estados menos com São Paulo. Como fazemos aviação regional, temos poder maior de negociação nos Estados. Meu ICMS na Bahia é em torno de 7% ou 8%. Mas não vou atacar uma medida porque só os outros se beneficiam.
Quando eu vejo o preço do querosene de aviação que eu abasteço em Miami custar R$ 1,36 e o litro ser R$ 2,25 em Campinas, fico desapontado. Na aviação regional que fazemos, há cidades em que custa até R$ 4,90. A tarifa média do interior é mais alta que a das capitais por causa do querosene de aviação. Isso é subsídio para a Petrobras e para os distribuidores.
O que seria o ideal?
O problema não é o ICMS. É baixar o preço. Passa por uma política pública mais clara do combustível. É absurdo não colocar no Congresso a discussão de como a Petrobras e os distribuidores são hoje subsidiadas pelo passageiro por causa do sobrepreço do querosene de aviação.
Esse investimento que vocês têm dos chineses aumentaria se o 100% fosse liberado?
Já poderia aumentar hoje sem isso. As estruturas de capitais que existem hoje aprovadas pela CVM já permitem que 80% do capital seja estrangeiro. Porque existe capital votante e não votante [a proibição é para capital votante]. Se já é assim, para que mudar? Porque se quer resolver outro problema. Não vou ficar fazendo suposições.
E a cobrança de tarifa por bagagem? Qual é a vantagem?
Vamos supor que a tarifa média é R$ 300. Se você viaja com bagagem, paga R$ 350. Eu viajo sem bagagem, pago R$ 250. Para a companhia aérea aparentemente não muda nada. Porém há muita gente que viaja a R$ 250, mas não viaja a R$ 300. Quando eu posso cobrar pelo serviço que só você está usando, eu incluo novos consumidores no mercado.
Qual é o sentido da medida que flexibiliza atrasos em Congonhas?
Isso começou com uma discussão de que a oferta de Congonhas está até hoje controlada artificialmente. Poderia ter mais voos por dia. Deveria ser interesse do país que tivesse mais voos lá.
Isso se deve ao trauma da tragédia que houve lá em 2007 [acidente com avião da TAM que matou 199 pessoas]?
Sim. Mas, se você olha a quantidade de voos de 2007 e o que tem hoje, a diferença é abissal. E se analisar as investigações, não tem nada a ver com a quantidade de voos. O avião não sai da pista porque tem muito voo passando. Se fosse choque no ar de dois aviões... A verdade é que Congonhas é um aeroporto que tem uma rentabilidade maravilhosa para as companhias porque nesse setor, quando você controla artificialmente a oferta, pode subir o preço.
Não é interesse das companhias que dominam aquele aeroporto de aumentar, imagino eu –não estou falando em nome delas.
A resolução que foi cancelada [previa regras mais duras para atrasos e cancelamentos de voos] objetivou desde o início mais do que evitar o controle artificial de oferta, de disponibilidade de slots. Ela queria impedir uma prática muito comum em Congonhas: de ter um voo às 11h, um às 11h30 e outros às 12h, cancelar um deles e juntar com os outros dois. Isso é controlar a oferta artificialmente. Então a resolução que veio previa que se você cancelar mais de 10% dos seus voos por razões não meteorológicas, perderia o slot.
Por que baixou a régua eu não sei. Houve uma consulta pública quando levantou a régua, que passou de 80% para 90%. Falaram que a Azul era a única beneficiária disso. A mesma resolução que falava do atraso e do cancelamento também falava que não podia operar avião pequeno em Congonhas. Por um lado, derrubar a resolução acertou porque tira uma restrição artificial que é o fato de Congonhas não poder operar voo de ATR [avião menor] para Araraquara. Para a Azul isso é bom e para qualquer empresa que queira comprar aviões menores é bom. Mais competição no aeroporto é bom para o cidadão.
RAIO-X EMPRESA E EXECUTIVO
Antonoaldo Neves
Idade
42
42
Trajetória
Assumiu o comando da Azul em 2014. Antes foi executivo desde 2000 da consultoria McKinsey, onde, em 2012, coordenou o processo de fusão da Azul e da Trip
Assumiu o comando da Azul em 2014. Antes foi executivo desde 2000 da consultoria McKinsey, onde, em 2012, coordenou o processo de fusão da Azul e da Trip
Azul
Receita no ano passado
US$ 1,9 bilhão
US$ 1,9 bilhão
Aeronaves
125 unidades
125 unidades
Número de funcionários
Mais de 10 mil
Mais de 10 mil
Governo Federal faz mobilização contra o caos aéreo na Olimpíada
Ações de terroristas, privilégios de TVs e nevoeiros põem em risco pousos e decolagens no Rio, durante os Jogos
Alessandro Da Mata
A Olimpíada mobiliza o setor aéreo para o rigor na segurança e o atendimento dos passageiros. Há procedimentos-padrão contra ações terroristas, os arrastões, os privilégios às emissoras de TV, as condições climáticas adversas e até greves. A preocupação extrema é o Rio ficar sem pousos e decolagens de aeronaves durante os Jogos.
O ataque suicida que resultou na morte de cerca de 40 pessoas no aeroporto de Istambul, na Turquia, há uma semana, deixou o Governo Federal ainda mais atento. A informação divulgada pela Avianca de que um terrosista sírio teria como rota de fuga recente o Brasil, somada às ameaças em redes sociais de um integrante do Estado Islâmico, confirmada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), também assusta quem trabalha ou utiliza o serviço aéreo.
"Apesar de todo o esforço e preparação, eventos como o atentado de Istambul geram um alerta. O ministério está se reunindo para reforçar um olhar especial nessas áreas. Temos medidas que serão adotadas e não podem ser divulgadas por questões de segurança. Estamos acompanhando e preparados para prevenir e atuar", ressalta o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil Maurício Quintella.
Aeroporto
Na semana passada, a segunda versão de um manual de operações integradas exclusivo para os funcionários dos aeroportos e companhias aéreas foi lançado, e inclui medidas de condução em bloco do público frente aos arrastões. O hotsite www.transportes.gov.br/aeroportos2016 também foi disponibilizado com orientações aos turistas. Os materiais foram elaborados pela Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero), um fórum consultivo e deliberativo com representantes de nove órgãos do Governo Federal.
A Polícia Federal tem recebido treinamentos da Interpol (o último divulgado foi no começo de junho). Mas os policiais civis brasileiros, que devem apoiar na segurança, reivindicam melhores condições de trabalho. Ao todo, 200 chefes de estado virão ao Rio, segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI). Haverá aproximadamente 800 mil turistas para os Jogos.
A demanda doméstica para os Jogos não provocou viagens extras aos Aeroportos Tom Jobim/Galeão e Santos Dumont no Rio. Mesmo assim, há chances de antecipações, desvios e retardo dos voos. Antes de entrar nas aeronaves, nos pontos de partida, os passageiros perderão mais tempo no sistema de Raio X (detectores de metais). Os funcionários do setor farão inspeções mais rígidas em todo o País. Nos voos, os pilotos não deverão abrir as portas das cabines.
PRIVILÉGIO ÀS TVs E NEVOEIROS
Um dos pontos críticos da operação está no fechamento do Santos Dumont, durante dez tardes dos Jogos, a pedido das emissoras de TV que vão exibir as disputas de vela, na Baía de Guanabara, também no Centro. Elas não querem ruídos das aeronaves nas transmissões.
"A tendência é tudo transcorrer bem, como na Copa do Mundo, com os voos instalados dando vazão. Alguma adequação nos aeroportos e voos é mais uma questão de inteligência do que de processo. Mas se houver nevoeiro pela manhã, e for necessário fechar o Santos Dumont nesse período, isso vai gerar uma bola de neve em Congonhas e em todo o Brasil", comenta Ronaldo Jenkins, diretor de Segurança e Operações de Voo da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (ABEAR).
Aeroporto
O Santos Dumont concentra o maior volume de voos internos na cidade carioca. A necessidade específica das TVs para a Olimpíada, anunciada com antecedência, levou ao cancelamento de voos costumeiros de Avianca, Azul, Gol e Latam nesse aeroporto. As companhias alegam que não houve impacto, dado o rearranjo do público. Mas elas estão temerosas de que a exposição negativa do tema diminua o interesse de o público de última hora ir ao Rio. Os passageiros terão que adapatar as suas programações, pois perdarão mais tempo usando o Tom Jobim/Galeão e depois veículos terrestres, conforme o destino subsequente no Rio.
Na última semana, o Santos Dumont e o Tom Jobim/Galeão ficaram fechados simultanaeamento, em razão de um nevoeiro. E ao menos nos três últimos anos, em agosto, pelo menos um deles teve limitação no funcionamento. Caso isso se repita, o reflexo poderá se estender para além da Cidade Maravilhosa. A demanda será deslocada para aeroportos de grandes capitais próximas, a partir do diálogo entre torres de comando. Pilotos de aeronaves já se preparam inclusive para circundar trechos do espaço aéreo até que uma pista seja liberada. Procedimento habitual, mas que deveria ser exceção.
"Para eventos como esse, o piloto planeja até adicionar combustível por conta de eventual espera. Isso vai acontecer, inclusive por tráfego excessivo ou motivos meteorológicos. Pode ocorrer do piloto nem conseguir chegar no destino. Faltam pátios em aeroportos ao redor. Mas já estamos acostumados", afirma Rodrigo Spader, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).
O fluxo de táxis aéreos no Santos Dumont e no Aeroporto de Jacarepaguá durante a Olimpíada deixa apreensiva a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação (Fentac). Haverá restrição de horários, com prioridade para o uso do espaço aéreo para a demanda comercial. O aeroporto do Centro tentará reduzir os efeitos operando de madrugada durante os Jogos, justamente para atender voos executivos, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
"Nos preocupa a jornada e sobrecarga de trabalho vinculado aos fretados. A importância das ações antiterror é tão grande que mexe com o emocional de todos", diz Sergio Dias, presidente da Fentac. Na abertura do evento, serão 1 mil aerenoves executivas.
Desde fevereiro a Fentac e o Sindicato Nacional das Empresas de Táxi Aéreo (SNETA) discutem o acordo coletivo trabalhista para este ano. O primeiro pede a reposição salarial com base na inflação. O segundo defende um reajuste de 3,5%.
"Estamos com a impressão de que não haverá acordo. Não está descartada uma greve durante os Jogos", frisa Dias. Pelo menos 500 servidores da (ANAC) atuarão em duas frentes: na difusão de informações sobre os direitos dos passageiros e na intensificação da fiscalização dos serviços prestados à sociedade pelas empresas aéreas e concessionárias de aeroportos.
No último dia 23, representantes do ministério visitaram a Sala Master de Comando e Controle do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), no Rio. Ela reunirá, em sistema de plantão 24 horas, do dia 20 de julho a 24 de setembro, os órgãos governamentais e entidades do setor aéreo para coordenar as demandas de tráfego durante o período do evento. Um treinamento do Sistema de Gestão de Voos Olímpicos e Paralímpicos auxiliará na tomada de decisão. Ele permitirá a visualização de tudo o que está acontecendo nos Jogos. Possibilitará, por exemplo, que o CGNA selecione uma determinada aeronave e acompanhe todo o voo, em tempo real.
Crise faz demanda por voo nacional ter queda de 11,2% em junho, afirma Latam
A demanda doméstica brasileira da Latam Airlines recuou 11,2% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados ontem pelo grupo. A oferta de assentos teve um corte ainda maior, de 13,6%. Desta maneira, a taxa de ocupação da companhia dentro do Brasil registrou alta de 2,2 pontos porcentuais no mês passado, para 80,2%. No total, a Latam transportou 2,231 milhões de passageiros no País em junho, uma queda de 10,2%, em relação ao mesmo mês de 2015. No consolidado, a demanda de passageiros do grupo Latam em junho cresceu 2,2% na base anual, enquanto a oferta aumentou 0,1%.
Embraer e Boeing vão testar bioquerosene
A Embraer e a Boeing farão testes conjuntos de novas tecnologias sustentáveis em agosto e setembro, como o uso de bioquerosene de aviação e inovações aerodinâmicas. Os ensaios serão realizados num jato Embraer E170 e fazem parte do programa ecoDemonstrador,lançado pela Boeing em 2011 para buscar novas tecnologias ligadas à sustentabilidade.
Tropas das Forças Armadas participam de exercício para policiamento ostensivo durante Jogos
Jornal Do Brasil
Militares das Forças Armadas vão participar, na manhã deste sábado (9), de exercícios de preparo para a atuação no policiamento ostensivo durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Os treinamentos são promovidos pelo Coordenador Geral de Defesa de Área (CGDA).
Tropas do Exército realizarão o reconhecimento da área de segurança e de itinerários de patrulhas motorizadas na Via Transolímpica. Na Praça Mauá, militares da Marinha do Brasil simularão o estabelecimento de Postos de Segurança Estáticos (PSE). Serão empregadas viaturas blindadas nessas duas atividades.
As ações se estenderão ainda por todas as áreas onde vão atuar os Comandos de Defesa Setorial (CDS) do CGDA, envolvendo militares das três Forças Armadas. No CDS Deodoro, haverá o reconhecimento de itinerário de patrulha motorizada na Avenida Brasil (trecho entre a Via Transolímpica e o viaduto de Guadalupe) e o de área de segurança nas estações ferroviárias Vila Militar e Magalhães Bastos.
Já na área do CDS Barra, tropas do Exército farão o reconhecimento de itinerário de patrulha motorizada na Avenida Ayrton Senna (do cruzamento da Avenida Abelardo Bueno até o terminal Alvorada, inclusive), e o deslocamento Deodoro – Barra – Deodoro com escolta de batedores, em treinamento para as ações reais de escolta que realizarão na Olimpíada.
O CDS Copacabana, sob-responsabilidade da Marinha, também realizará os reconhecimentos de Postos de Segurança e de itinerários a pé e motorizado no Aterro do Flamengo e na orla de Copacabana.
No CDS Maracanã, militares do Exército realizarão o reconhecimento de itinerários a pé e motorizado no perímetro do estádio Maracanã, e escolta de batedores também será realizada em treinamento, no itinerário Deodoro – Maracanã – Deodoro.
Na Estrada do Galeão, tropas da Força Aérea reconhecerão o itinerário de patrulha motorizada no trecho entre o Hospital da Força Aérea do Galeão e o acesso para o Aeroporto Internacional Tom Jobim.
Por fim, tropas do Exército farão o reconhecimento do itinerário de patrulha motorizada na Ponte Rio-Niterói, bem como o reconhecimento de Posto de Segurança Estático no Posto da Polícia Rodoviária Federal (RJ) e na Praça do Pedágio.
Suspeitos não conseguirão entrar no país por portos e aeroportos, diz Jungmann
Vinicius Lisboa
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou hoje (8) que nenhum suspeito de terrorismo conseguirá entrar no Brasil por portos e aeroportos sem ser monitorado. O país tem trabalhado com agências de inteligência estrangeiras e, segundo o ministro, terá o primeiro centro internacional de inteligência criado especialmente para os Jogos Olímpicos 2016.
"Não há possibilidade de algum suspeito terrorista utilizar portos e aeroportos para chegar ao Brasil sem que seja do nosso conhecimento. Evidentemente existem outras vias, mas elas também estão sendo monitoradas".
O ministro acompanhou a organização operacional da Brigada Paraquedista para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, no 26° Batalhão de Infantaria Paraquedista. A revista à tropa ocorreu na Vila Militar, zona oeste do Rio de Janeiro. Jungmann também afirmou que o país será incansável em buscar e punir responsáveis por ações terroristas, caso elas ocorram.
"O Brasil é um país pacífico, mas não é um país desarmado. Sabe se defender e sabe contra-atacar. Se porventura algo vier a acontecer que não seja do nosso conhecimento, seremos incansáveis e implacáveis até encontrar e punir".
Ao todo, 2,4 mil militares e mais de 300 viaturas foram apresentadas ao ministro. Os paraquedistas atuarão como força de contingência nos Jogos, auxiliando as forças de segurança em caso de esgotamento de suas capacidades.
O Rio de Janeiro terá mais de 21 mil militares das Forças Armadas dedicados à segurança dos Jogos Olímpicos. O contingente deve diminuir para durante a Paralimpíada, com previsão de menor demanda por segurança pela participação de menos competidores e espectadores.
Inicialmente, estavam previstos 18 mil militares no Rio de Janeiro, mas um pedido do governador em exercício, Francisco Dornelles, ampliou o número e a área de atuação. Os militares devem patrulhar vias expressas, o Aeroporto do Galeão, sete estações ferroviárias e partes da orla.
Jungmann afirmou que os homens estão preparados para atuar no policiamento ostensivo, porque são os mesmos que atendem a pedidos dos governos estaduais nos últimos anos.
A ação terá início no dia 24, quando será aberta a Vila dos Atletas. No dia 15, todo o contingente já deve estar na cidade para participar do último ensaio geral de segurança, que se estende até o dia 22.
Para amanhã, estão previstos treinamentos militares em diversos pontos da cidade. O Exército fará um reconhecimento na inauguração da Transolímpica. A Marinha fará manobras na Praça Mauá, em Copacabana e no Aterro do Flamengo, e a Aeronáutica, nos arredores do aeroporto internacional.
SITE ESPORTE AO MINUTO
Pista de atletismo recebe "carimbo" dos aros Olímpicos
Foram dois dias de trabalho do italiano Alessandro Genta apenas para riscar e preencher as circunferências dos cinco aros no Estádio Olímpico
POR Notícias Ao Minuto
POR Notícias Ao Minuto
A pista de atletismo do Estádio Olímpico está devidamente carimbada para o Rio 2016. Pouco antes do meio-dia desta quinta-feira (7), o italiano Alessandro Genta deu o último retoque com seu rolinho de tinta nos aros Olímpicos pintados na reta dos 100m, num espaço que receberá algumas das maiores estrelas do esporte mundial a partir do dia 12 de agosto.
A tradição de pintar os aros Olímpicos na pista de atletismo começou em Atenas 2004. Mas os anéis abrem uma exceção para o esporte nobre dos Jogos Olímpicos, porque perdem as tradicionais cinco cores: eles ficam camuflados em cor única na pista, para não atrapalhar os atletas. No caso do Engenhão, os aros se destacam discretamente em um tom de azul mais claro.
A tradição de pintar os aros Olímpicos na pista de atletismo começou em Atenas 2004. Mas os anéis abrem uma exceção para o esporte nobre dos Jogos Olímpicos, porque perdem as tradicionais cinco cores: eles ficam camuflados em cor única na pista, para não atrapalhar os atletas. No caso do Engenhão, os aros se destacam discretamente em um tom de azul mais claro.
Para pintar os aros, são necessários dois dias. Na metade da reta dos 100m fica o ponto central do aro do meio. Dele sai a medição para os outros quatro aros. Com uma trena, são traçadas as circunferências, em linha dupla. Essas circunferências, então, serão preenchidas com cerca de 15 litros de tinta, num trabalho que leva dois dias.
Alessandro Genta, que também é topógrafo, passou 18 de seus 36 anos pintando pistas pelo mundo. Ele lembra a primeira vez que acompanhou o pai, aos 14 anos: “Ele disse: "nada de férias, você vai pintar comigo". Foi em Cagliari, na Sardenha", recorda. "Desde então, quantas pistas eu já pintei? Ah, mais de 100, com certeza."
De seu trabalho no Rio, ainda falta pintar a pista de aquecimento do Engenhão e outras de Centros de Treinamento, na Unifa (Universidade da Força Aérea), em Campo dos Afonsos, e no CAer (Clube de Aeronáutica), na Barra. Depois, Alessandro volta para casa, de onde acompanhará estrelas de seu país nos Jogos Olímpicos. Entre elas a nadadora Federica Pelegrini, que será a porta-bandeira da Itália no desfile da cerimônia de abertura.
Mudança próxima
Martinho Nobre, gerente de Atletismo do Comitê Rio 2016, diz que parte de sua equipe de 25 pessoas muda na segunda-feira (11) para o Estádio Olímpico. "Todos os 220 oficiais técnicos nacionais estão treinados e foram avaliados no Troféu Brasil, na semana passada, em São Bernardo do Campo", afirma o gerente.
Os equipamentos para as provas de pista e campo vêm de diversos países, como Alemanha, Polônia, Suécia, Hungria, Itália, Espanha, China e Índia.
PORTAL D24AM (AM)
Desaparecidos em queda de avião são encontrados em Apuí
Os corpos de José Silva, o Zé Comprido, e do piloto do avião, ainda não identificado, vão passar por avaliação da equipe médica da cidade
Girlene Medeiros
Manaus – Os corpos de José Pereira da Silva, conhecido como Zé Comprido, de idade não divulgada, e de Adones Costa e Silva, 38, que pilotava o avião, ainda não identificado pela polícia, foram encontrados em Apuí (distante de Manaus 455 km), na manhã de hoje (8), e identificados como as duas vítimas da queda de uma aeronave de pequeno porte, na tarde de ontem, na fronteira das cidades de Apuí, Novo Aripuanã e Borba. As informações foram repassadas pelo delegado Francisco Rocha, titular do 71ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), que acompanha preliminarmente o caso.
Segundo Rocha, os corpos de Zé Comprido e do piloto da aeronave foram encontrados em uma área de garimpo, localizado na fronteira de Apuí, e levados, de avião, para o aeroporto da cidade. O delegado informou que os corpos foram levados ao hospital da cidade e vão passar por avaliação da equipe médica no local.
O acidente aconteceu por volta de 16h de ontem, segundo o delegado, mas a dificuldade de se chegar até a área de garimpo impossibilitou que os corpos fossem retirados no mesmo dia da queda do avião.
Segundo a Polícia Civil, o avião saiu de Apuí com destino a uma pousada que se localizava no meio da floresta, onde José iria realizar uma manutenção no local, que o mesmo gerenciava.
De acordo com o tenente-coronel André Luiz Mota, comandante do Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VII), as investigações sobre as causas do acidente, por parte do órgão, devem ser iniciadas assim que for registrado o Boletim de Ocorrência (BO) na delegacia de Apuí.
PORTAL CIRCUITO MATO GROSSO (MT)
Avião bimotor pega fogo ao fazer pouso forçado em fazenda
Pré-candidato a prefeito de São José e outras quatro pessoas estavam no avião; ninguém ficou ferido
Um avião bimotor pegou fogo após bater em cerca de arames ao fazer pouso forçado em uma fazenda em São José do Xingu (930 km de Cuiabá). Cinco pessoas, dentre o pré-candidato a prefeito de São José do Xingu, Luiz Castelo, estavam na aeronave. Ninguém se feriu. Informações são da Polícia Civil.
O acidente aconteceu na manhã desta quinta-feira (7), e a aeronave fazia voo dentro do território da cidade. O pouso estava previsto para ocorrer em uma pista da fazenda e no momento da manobra uma peça do trem de pouso teria quebrado e provocado instabilidade na aterrissagem.
O incêndio foi controlado antes que houve expansão das chamas. O Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa-6) da Força Aérea Brasileira (FAB) abrirá diligências para investigar o acidente.
Portal AZ
Diretor do SENAI recebe visita de representantes do Ministério da Defesa.
O projeto Soldado Cidadão teve início em 2004
Ascom
O Diretor Regional do SENAI do Piauí, Mardônio Neiva, recebeu uma comitiva da Subchefia de Mobilização do Ministério da Defesa, no último dia 6 de julho. Durante a visita, que aconteceu na sala de reuniões do SENAI-PI. A comitiva de militares foi liderada pelo Coordenador Executivo do projeto Soldado Cidadão, Cel. Valter Vieira Sampaio Filho e o comandante do 25º Batalhão de Caçadores, Ten. Cel. Marcos Gomes Paulino.
A comitiva que esteve no SENAI é responsável pela gestão orçamentária do Projeto Soldado Cidadão, no âmbito do Ministério da Defesa, que visa profissionalizar os militares para uma melhor inserção no mercado de trabalho brasileiro. “Estamos aqui para reafirmar a parceria para dar continuidade ao Projeto Soldado Cidadão, além de estreitar os laços entre as nossas instituições", afirmou o Ten. Cel. Marcos Paulino.
Por sua vez, o Diretor Regional do SENAI do Piauí, Mardônio Neiva, colocou os produtos e serviços do SENAI à disposição dos visitantes, ressaltando que, para a instituição, é muito gratificante contribuir para a formação social daqueles que estão a serviço do país. “Eu fico realmente agradecido pelo interesse do Ministério da Defesa em capacitar esses jovens”, completou.
Segundo Mardônio Neiva, o SENAI-PI, nos últimos anos, proporcionou oportunidade de qualificação profissional para centenas de soldados em diversas áreas do conhecimento.
Ao final da visita o comandante convidou um representante do SENAI-PI para participar de uma palestra proferida pelo General Adalmir Manoel Domingos – Subchefe de Mobilização do Ministério da Defesa a ser realizada no dia 16 vindouro.
O projeto Soldado Cidadão teve início em 2004 através da assinatura de convênio do Departamento Nacional do SENAI com a Fundação Cultural do Exército, a fim de ofertar cursos de qualificação profissional aos jovens ingressantes das Forças Armadas, de sorte a facilitar a inserção destes no mercado de trabalho.
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