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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 02/06/2016 / Embraer vai encerrar produção de jatos Legacy na China


Embraer vai encerrar produção de jatos Legacy na China ...


Empresa anunciou fim da parceria com as subsidiárias da chinesa Avic. Após 13 anos, a última entrega do Legacy 650 foi em março ...

A Embraer vai encerrar a produção dos jatos Legacy 650 na China, com o fim da parceria com as subsidiárias da chinesa Avic para fabricação de jatos executivos, informou a brasileira nesta quarta-feira (1°).

A companhia produzia o jato na China por meio da joint-venture Harbin Embraer Aircraft Industry (HEAI), em parceria com a Harbin Aviation Industry e a Harbin Hafei Aviation Industry.

Após 13 anos de parceria, a última entrega do Legacy 650 ocorreu em março. A fábrica localizada em Harbin também produzia anteriormente o jato regional ERJ-145.

"A Embraer permanece totalmente comprometida e vai continuar a atender os mercados chineses de aeronaves comerciais e executivas", afirmou a empresa.

A Embraer vai continuar oferecendo suporte aos consumidores existentes na China e à frota de 166 aeronaves da empresa no país por meio de sua equipe baseada em Pequim.

Em teleconferência em abril, o presidente da Embraer, Frederico Curado, afirmou que a empresa estava vendo "muito pouca atividade de vendas" de jatos executivos no Brasil e na China.

As ações da Embraer exibiam queda de 0,3 por cento às 11h15, enquanto o Ibovespa mostrava alta de 0,1 por cento.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



PORTAL G-1


Navio francês captou sinal que pode ser de avião acidentado, diz Egito

Avião da EgyptAir caiu com 66 pessoas a bordo no dia 19 de maio. Airbus A320 fazia o trajeto Paris-Cairo quando desapareceu dos radares.

Do G1, Com Agências Internacionais

As autoridades egípcias afirmaram nesta quarta-feira (1) que um navio francês captou sinais no mar Mediterrâneo que poderiam ser das caixas pretas do avião da EgyptAir, que caiu com 66 pessoas a bordo no dia 19 de maio, segundo a agência "Associated Press".
"Os equipamentos de um navio da Marinha francesa, o Laplace, captaram sinais que emanam, provavelmente, de uma das duas caixas-pretas" do avião, indicou o ministério egípcio.
O Laplace, que chegou na terça-feira na zona de buscas, tem três veículos submarinos (DETECTOR-6000) da empresa francesa Alseamar, capazes de detectar os "pings" (ecos sonar) das caixas-pretas entre 4 mil e 5 mil metros.
No entanto será necessária ao menos uma semana antes da chegada de um outro navio especialmente equipado para trazer à superfície os dois gravadores de voo, indicou o ministério da Aviação Civil em um comunicado.
Um navio de uma empresa Deep Ocean Search (DOS), equipado com um robô para recuperar os gravadores a 3 mil metros, também deve chegar à área do suposto acidente em 10 de junho.
O Airbus A320, da companhia EgyptAir, fazia o trajeto Paris, na França, e Cairo, no Egito, com 66 pessoas a bordo, quando desapareceu dos radares em 19 de maio. Alguns destroços da aeronave foram recuperados ao longo da costa egípcia.
As caixas pretas com os registros de voo podem explicar o que derrubou o voo Paris-Cairo quando ele entrava em espaço aéreo egípcio.
Além disso, os investigadores estão procurando nos restos mortais e destroços encontrados no Mediterrâneo indícios que ajudem a explicar a queda do avião.
A hipótese de ataque, inicialmente apresentada pelo Egito, perdeu terreno em favor de incidente técnico: alertas automáticos foram emitidos pela aeronave dois minutos antes de sua queda, sinalizando fumaça na cabina do piloto e uma falha do computador que gera os comandos.
O voo MS804 caiu entre Creta e o litoral norte do Egito, depois de desaparecer dos radares.

Embraer vai encerrar produção de jatos Legacy na China

Empresa anunciou fim da parceria com as subsidiárias da chinesa Avic. Após 13 anos, a última entrega do Legacy 650 foi em março.

Da Reuters

A Embraer vai encerrar a produção dos jatos Legacy 650 na China, com o fim da parceria com as subsidiárias da chinesa Avic para fabricação de jatos executivos, informou a brasileira nesta quarta-feira (1°).
A companhia produzia o jato na China por meio da joint-venture Harbin Embraer Aircraft Industry (HEAI), em parceria com a Harbin Aviation Industry e a Harbin Hafei Aviation Industry.
Após 13 anos de parceria, a última entrega do Legacy 650 ocorreu em março. A fábrica localizada em Harbin também produzia anteriormente o jato regional ERJ-145.
"A Embraer permanece totalmente comprometida e vai continuar a atender os mercados chineses de aeronaves comerciais e executivas", afirmou a empresa. A Embraer vai continuar oferecendo suporte aos consumidores existentes na China e à frota de 166 aeronaves da empresa no país por meio de sua equipe baseada em Pequim.
Em teleconferência em abril, o presidente da Embraer, Frederico Curado, afirmou que a empresa estava vendo "muito pouca atividade de vendas" de jatos executivos no Brasil e na China.
As ações da Embraer exibiam queda de 0,3 por cento às 11h15, enquanto o Ibovespa mostrava alta de 0,1 por cento.

TAM encerra operação no aeroporto de São José dos Campos, SP

Companhia deixou de operar voos na cidade nesta quarta-feira (1º). Terminal deixou novamente de ter voos comerciais.

Do G1 Vale Do Paraíba E Região

Menos de um ano após iniciar a operação no aeroporto de São José dos Campos (SP), a companhia aérea TAM encerrou as atividades a partir desta quarta-feira (1º). Com isso, o terminal deixou novamente de operar voos comerciais .
De acordo com a empresa, em comunicado na época do anúncio do fim das operações no Vale, a medida faz parte de um processo de ajustes de custos em um período considerado de dificuldade na economia do país.
A companhia operava a rota São José-Brasília seis vezes por semana, de segunda a sábado. No sentido contrário, a operação era de segunda a sexta-feira e também aos domingos.O último voo sentido São José decolou nesta segunda-feira (30) às 20h15 e, com destino a Brasília, às 7h35 desta terça-feira (31)
A companhia informou que presta apoio no processo de recolocação profissional dos 12 funcionários impactados por essa decisão.
A Infraero, que administra o terminal, informou que nenhuma nova empresa se interessou até o momento em operar voos no aeroporto de São José. 
A Prefeitura de São José dos Campos disse em nota que lamenta a interrupção dos voos da TAM na cidade. "A administração municipal tem se reunido com a Infraero para tratar do caso e continuará trabalhando em parceria com a estatal para atrair outras empresas interessadas em operar em São José", diz nota.
Aeroporto
Com encerramento das atividades da TAM, o aeroporto de São José, que tem capacidade para receber 2,7 milhões de passageiros por ano, deve ficar novamente ocioso. O espaço foi reformado em 2013 em uma obra que teve investimento de R$ 16 milhões.
Essa não é a primeira vez que uma companhia aérea deixa de operar no terminal. Em dezembro de 2014 a Azul encerrou a operação no aeroporto da cidade após quatro anos. Na época a aérea alegou que o baixo movimento de passageiros tornava a a manutenção das atividades inviável.

Suspeito de estelionato na venda de produtos é preso em João Pessoa

Homem negociava produtos que não existiam e fugia após pagamento. Pelo menos 15 pessoas teriam sido lesadas, segundo delegado.

Do G1 Pb

Um homem de 41 anos foi preso na manhã desta quarta-feira (1º), em João Pessoa, suspeito de estelionato na venda de produtos eletrônicos. De acordo com o delegado Lucas Sá, da Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa, o homem negociava produtos que não existiam e após receber o pagamento antecipado, fugia das vítimas. Pelo menos 15 pessoas teriam sido lesadas pelo suspeito, segundo o delegado.
A prisão aconteceu na casa do suspeito, no bairro de Mangabeira. Lucas Sá explica que as investigações começaram há cerca de uma semana, depois que dez das vítimas, que são colegas de turma do suspeito em um curso de redes de computadores, denúnciar o caso.“O suspeito informava às vítimas que tinha um parente nas Forças Armadas e que este parente viajava para missões de guerra de três meses no Haiti, e que na volta trazia produtos eletrônicos a preços baixos, entre R$ 1 mil e R$ 1.300. Com isso ele conseguia que as vítimas realizassem a compra, pedindo uma parte do valor adiantada para que o parente pudesse adquirir os produtos. Após o pagamento, ele não entregava os itens e quando as vítimas o procurava, ele ignorava os contatos”, explicou Lucas Sá.
O delegado explica que o homem também agia por meio de sites de vendas e das redes sociais, onde teria feito outras vítimas. “Após ser preso, ele confessou o crime e disse que apesar de ter realmente um parente nas Forças Armadas, esse parente não fazia viagens para o exterior, e os produtos oferecidos não existiam, sendo que as fotos mostradas às vítimas eram retiradas da internet. Ele conseguia o adiantamento do valor por meio de comprovantes falsos de envio dos produtos”, completou.
Ainda segundo Lucas Sá, o homem é natural do Rio de Janeiro e também já morou no Mato Grosso, onde responde a um processo federal pelo crime de peculato, uma vez que é suspeito de ter desviado valores de uma agência dos Correios onde trabalhou. O suspeito foi levado para a carceragem da Central de Polícia Civil, onde deve aguardar a audiência de custódia, prevista para a quinta-feira (2).

O delegado orienta a outras vítimas que possam comparecer à Delegacia de Defraudações e Falsificações para reconhecer o suspeito e ajudar nas investigações. As denúncias também podem ser feitas pelo número 197, o disque denúncia da Polícia Civil. O anonimato da vítima é garantido pela polícia.

Marinha Mercante abre concurso para 230 vagas e formação de oficiais

São 140 vagas para o Ciaga e 90 para o Ciaba. Candidato deve ter nível médio e idade entre 17 e 23 anos.

A Marinha Mercante abriu 230 vagas para Admissão às Escolas de Formação de Oficiais do Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (Ciaga), no Rio de Janeiro, e do Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar (Ciaba), em Belém.
Os candidatos devem ter ensino médio completo ou equivalente e idade entre 17 e 23 anos em 1º de fevereiro de 2017. As oportunidades são para ambos os sexos.
As inscrições devem ser feitas de 1º e 30 de junho pelo site www.ciaga.mar.mil.br. A taxa é de R$ 55. 
O exame de conhecimentos será nos dias 3 e 4 de setembro, às 9h30.
Haverá ainda seleção psicofísica de 24 de outubro a 18 de novembro; teste de suficiência física de 5 a 12 de dezembro; período de adaptação e verificação de documentos de 9 a 29 de janeiro de 2017; e matrícula e início do curso em 30 de janeiro de 2017.


Ministro da Defesa descarta ocupar comunidades durante a Rio 2016

"Não recebemos nenhuma solicitação até aqui", disse Raul Jungmann. Segundo o ministro, não foi detectado risco de terrorismo durante Jogos.

Gabriel Barreira Do G1 Rio

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, descartou a ocupação de comunidades cariocas pelas Forças Armadas durante os Jogos Olímpicos, em agosto. O ministro falou sobre o esquema de segurança para a Rio 2016 na tarde desta quarta-feira (1º), durante a solenidade de posse da nova presidente do BNDES, Maria Sílvia Bastos Marques.
"Por enquanto está descartado [ocupar favelas]. Nós não recebemos nenhuma solicitação adicional até aqui. Deodoro, por ser uma área militar, terá o maior contingente, de 4,3 mil homens. No que diz respeito ao perímetro de Deodoro, estamos absolutamente tranquilos. Quanto às outras áreas [de competição], já temos decreto assinado pelo presidente que encurta o tempo de resposta a qualquer necessidade, bastando um telefonema. Se recebermos um pedido do governador, basta o presidente dar a ordem verbal para que possamos engajar os contingentes disponíveis".
Jungmann deu detalhes sobre a divisão das áreas que ficarão sob guarda das Forças Armadas. Segundo ele, na região de Deodoro o comando será do Exército, enquanto no entorno do Maracanã e em Copacabana a responsabilidade será da Marinha. O ministro disse ainda que possiveis ameaças de atentados terroristas estão sendo monitoradas e que nenhum risco foi identificado até agora. Ele negou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência tenham obtido informações sobre o planejamento de atentados pelo Estado Islâmico.
"Os órgãos de inteligência têm contato com similares de vários países e até agora no nosso radar não existe nenhuma ameaça. Claro que você tem que contar com a imprevisibilidade, mas até aqui não há nenhum alerta de risco de que esteja havendo alguma operação externa de alguma entidade ou grupo terrorista", explicou Jungmann, acrescentando que o Brasil vem trabalhando em conjunto com EUA, Inglaterra, sede da olimpíada anterior, França, Israel e Rússia.
O ministro também comentou a declaração do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, de que a maior preocupação quanto ao terrorismo é com os chamados "lobos solitários", que agem sozinhos e independentemente de grupos. "É a maior ameaça não só para nós, mas para o mundo inteiro, pela dificuldade de detecção. E pela primeira vez uma edição da Olimpíada terá um centro de inteligência, com representações de aproximadamente 60 países. Eu vou estar aqui durante os Jogos", encerrou.

Avião com 257 passageiros retorna ao Aeroporto do Recife após decolagem

Cheiro de fumaça em avião da Azul provocou retorno ao terminal aeroviário. Após manutenção, a mesma aeronave decolou com destino a Campinas (SP).

Os passageiros do voo de número 6970 da Azul Linhas Aéreas levaram um susto nesta terça-feira (31). A aeronave, que decolou às 16h58 do Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife, com chegada prevista a Campinas (SP) às 20h10, precisou retornar à capital pernambucana após um forte cheiro de fumaça ser verificado dentro do avião. A bordo da aeronave A330 estavam 257 passageiros, de acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
Após a decolagem, o comandante solicitou retorno ao aeroporto às 17h04. O avião pousou novamente no terminal aeroviário às 17h58. Todos os passageiros desembarcaram e aguardaram na sala de embarque até o serviço de manutenção na aeronave ser realizado para verificar o que provocou o cheiro de fumaça. Às 20h34, a mesma aeronave da Azul decolou do Aeroporto Internacional dos Guararapes com os passageiros.
Por meio de nota, a Azul explicou que o retorno foi necessário “devido a um problema técnico na aeronave. Foi realizada a manutenção na aeronave e a mesma foi liberada para voo”. Ainda no texto, a empresa garante que “os clientes receberam toda a assistência necessária de acordo com a resolução 141 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e seguiram rumo a Campinas”. No documento, a companhia ainda “lamenta eventuais transtornos ocorridos aos seus clientes e ressalta que ações como essas são necessárias para conferir a segurança de suas operações”.

Câmara aprova reajustes para PGR, Executivo, Legislativo e Judiciário

Primeiro projeto analisado concede aumento de até 41,47% a Judiciário. De acordo com projetos, impacto é de mais de R$ 50 bilhões em 4 anos.

Nathalia Passarinho Do G1, Em Brasília

A Câmara aprovou na noite desta quarta-feira (1°) 14 projetos de reajustes salariais para servidores dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e para a Procuradoria Geral da República, além de militares. As propostas seguem agora para análise do Senado.
A aprovação desses reajustes é resultado de um acordo entre a base governista e a oposição, pelo qual os deputados começaram a votar um pacote de 15 projetos de reajuste para o funcionalismo público federal. O acordo teve o aval do Palácio do Planalto, segundo informou o colunista Gerson Camarotti. Um dos projetos, de reajuste para defensores públicos, deverá ser analisado só na próxima semana.
Só para servidores do Judiciário, o reajuste variará entre 16,5% e 41,47%. Ministros do Supremo Tribunal Federal terão aumento de 16,38%, com o salário passando dos atuais R$ 33.763 para R$ 39.293,38. (leia mais detalhes abaixo). 
A soma de todos os reajustes previstos nos 15 projetos pode gerar impacto de mais de R$ 50 bilhões em quatro anos nas contas públicas.
A votação dos aumentos se dá em um momento em que o governo prevê um rombo de cerca R$ 170 bilhões nas contas públicas para este ano.
Embora defenda medidas de ajuste fiscal para reverter esse déficit, deputados governistas defenderam, no plenário da Câmara, a aprovação dos aumentos aos servidores.
Todos os projetos de reajuste foram apresentados no ano passado, após negociações entre as categorias e a equipe econômica da presidente afastada, Dilma Rousseff. Na sessão da Câmara desta quarta-feira, o deputado André Moura (PSC-SE), líder do governo de Michel Temer, defendeu as correções salariais, sob o argumento de que os aumentos estão previstos no Orçamento de 2016. Deputados petistas também se posicionaram a favor das propostas.
O primeiro projeto votado e aprovado pelo plenário foi o que concede reajuste entre 16,5% e 41,47% dos salários de servidores do Judiciário.
O valor será dividido em oito parcelas, a serem pagas em quatro anos. Na época em que a correção salarial foi acertada entre Judiciário e Executivo, no ano passado, o Ministério do Planejamento previu um impacto de R$ 5,99 bilhões ao ano após o pagamento da última parcela. 
Só neste ano, o impacto da proposta será de R$ 1,1 bilhão. Perguntado nesta quarta sobre qual seria o custo da aprovação de todos os 15 projetos em pauta, o líder do governo, deputado André Moura (PSC-SE) afirmou, após hesitar por alguns instantes, que seria de R$ 8,5 bilhões até 2019.
No entanto, só o projeto de lei 4.250 de 2015 dá reajuste a mais de 500 mil servidores do Executivo, com gasto de mais de R$ 14,6 bilhões até 2019, conforme estimativa que consta da justificativa do texto, de autoria do então ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.
Salário de ministros do STF
O segundo projeto aprovado pelo plenário da Câmara foi o que aumenta os salários de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em 16,38%, dos atuais R$ 33.763 para R$ 39.293,38. O impacto anual da proposta supera R$ 710 milhões.
O custo adicional só considerando os 11 ministros do STF será R$ 2,17 milhões por ano, segundo a previsão descrita no projeto. Mas a elevação do teto salarial tem um efeito cascata sobre as remunerações de todos os magistrados federais, como juízes federais e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tribunal Superior do Trabalho (TST) e Superior Tribunal Militar (STM). Assim, o impacto total chega a R$ 717 milhões.
Salário PGR
Após aumentar o salário dos ministros, os parlamentares também reajustaram a remuneração do procurador-geral da República para o mesmo valor- R$ 39.293,38. O reajuste também gera efeito cascata para procuradores federais. O impacto da proposta, previsto na justificativa, supera R$ 258,6 milhões em 2016.
Ministério Público
A Câmara aprovou ainda projeto que reestrutura as carreiras de servidores do Ministério Público Federal e que também implica em aumentos salariais. Segundo a assessoria técnica do DEM, o custo previsto só para 2016 é de R$ 334 milhões. Em quatro anos, deve ultrapassar R$ 1 bilhão.
Servidores do Senado e da Câmara
Já para os servidores do Senado e da Câmara foi aprovado reajuste de cerca de 20% em quatro anos – até 2019. O impacto não foi especificado nos projetos.
Servidores do Executivo
Para servidores do Executivo federal, foi aprovado projeto que reestrutura carreiras, cria gratificações e dá aumentos salariais. A justificativa da proposta, elaborada em 2015 pelo então ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, diz que serão beneficiados 195,5 mil servidores da ativa e 397,9 aposentados. A previsão de impacto é de cerca de R$ 15 bilhões até 2019.
TCU
Também foi aprovado projeto que prevê reajustes a funcionários do Tribunal de Contas da União (TCU). Conforme o projeto, a estimativa de custo para 2016 é de R$ 82,5 milhões; em 2017, é de R$ 79,14 milhões; em 2018, o impacto é de R$ 79,7 milhões; e em 2019 é de R$ 78,3 milhões. Ou seja, em quatro anos, o impacto acumulado é de cerca de R$ 320 milhões.
Defensor-geral da União
Os deputados aprovaram ainda reajuste que elevará o salário do defensor-geral da União para R$ 39.293,38, equiparando a remuneração dele à de ministros do Supremo e do PGR. Com o efeito cascata que o aumento derá para os demais defensores públicos da União, o impacto previsto para 2016 é de R$ 159,6 milhões.
Professores
Foi aprovado projeto que aumenta em cerca de 20%, ao longo de quatro anos, os salários do magistério federal e de carreiras ligadas à área de Educação, como de servidores do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O impacto orçamentário previsto no projeto é de R$ 1 bilhão, em 2016, R$ 5,2 bilhões, em 2017, R$ 4,1 bilhões, em 2018, e de R$ 4, 5 bilhões, em 2019. Ou seja, o impacto em quatro anos é de R$ 14,8 bilhões.
Agências reguladoras
Para servidores do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e de agências reguladoras, foram aprovados reajustes salariais a 24, 4 mil servidores ativos, e 11,6 mil aposentados. O custo para 2016 é de R$ 118,6 milhões. Em 2017, é de R$ 566,6 milhões. Em 2018, de R$ 173, 6 milhões. E em 2019, de R$ 53,5 milhões. Em quatro anos, portanto, o impacto é de R$ 912,6 milhões.
Militares
A Câmara aprovou reajuste salarial a militares dos quadros de extintos territórios federais que hoje compõem Amapá, Roraima e Rondônia. O texto ainda institui a Vantagem Pecuniária Específica (VPE) da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar dos Extintos Territórios Federais.
Conforme a justificativa da proposta, o impacto será de R$ 162,5 milhões em 2016, R$ 455,9 milhões em 2017, R$ 530,4 milhões em 2018, R$ 636 milhões em 2019 e nos exercícios subsequentes. Em quatro anos, o custo é de cerca de R$ 1,79 bilhão.
Banco Central, AGU e outros
Os deputados aprovaram gratificações e aumentos a servidores de diferentes órgãos públicos, entre os quais Banco Central, IBGE, CVM, AGU e IPEA. A proposta alcança 20,7 mil servidores ativos e 42 mil aposentados. O impacto previsto na justificativa do texto é de R$ 203,3 mil em 2016, de R$ 972,8 em 2017, R$ 1,16 bilhão em 2018 e R$ 1,59 bilhão em 2019.
O texto prevê ainda que honorários de sucumbência pagos em processos que tenham a Advocacia-Geral da União como parte irão para os próprios advogados públicos e não para um fundo público, como ocorre atualmente. Os honorários de sucumbência são os valores que a Justiça determina que a parte perdedora de um processo pague ao advogado da outra parte. O pagamento é fixado pelo juiz e varia de 10% a 20% sobre e sobre o valor da condenação.
Forças Armadas
Por fim, os deputados aprovaram reajuste de 25,5%, até 2019, dos salários de militares das Forças Armadas. Os percentuais serão os seguintes: 5,5% em 2016; 6,59% em 2017; 6,72% em 2018 e 6,28% em 2019. O reajuste terá impacto de R$ 14 bilhões em quatro anos (até 2019).

Exército reforça combate a entrada de explosivos em ação para Olimpíada

Operação Dínamo também combate entrada de armas e produtos químicos. Equipes apreenderam 2,5 toneladas em um dia; 42 pessoas foram autuadas.

Gabriel Luiz Do G1 Df

O Exército Brasileiro deu início nesta terça-feira (31) a uma operação nacional voltada para evitar a entrada e circulação irregular de produtos controlados no país, como explosivos, armas, munição e produtos químicos. A operação Dínamo faz parte das estratégias de segurança voltadas para os Jogos Olímpicos deste ano e deve ocorrer até esta quinta-feira (2). Novas fases devem acontecer até o fim do ano. 
No primeiro dia de operação, as Forças Armadas apreenderam 2.532 quilos de explosivos. Segundo o general do Exército Ivan Neiva Filho, uma pessoa foi presa no Rio de Janeiro por levar 50 kg de fogos de artifício sem autorização. Em todo o país, 42 pessoas foram autuadas.
As ações contam com apoio da Receita Federal, do Ibama e do Ministério Público Federal. Equipes das polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil também participam da força-tarefa, que não tem prazo definido para acabar.
“Os pontos [de vistoria] foram escolhidos em função de uma análise de inteligência que foi feita. São locais onde o acesso desses produtos acarreta problemas”, afirmou Neiva Filho. Segundo ele, a operação é curta para aumentar o impacto e a efetividade, "por causa do efeito surpresa".
De acordo com o Exército, a Operação Dínamo é de caráter preventivo e teve outras três fases em função da Copa do Mundo. Na apresentação, o general Guilherme Cais Oliveira falou sobre as preocupações com a fronteira do país. Questionado sobre um possível alerta em razão de atentados terroristas, ele disse ter notado aumento na entrada de migrantes principalmente entre a Colômbia e o Peru e pelo Acre. 
“São senegaleses, gente africana, muita gente egípcia passando por lá. Pessoal vindo pela Venezuela que nos preocupa a passagem. Não são aqueles migrantes africanos que a gente estava acostumado. São pessoas diferentes que têm entrado por aquela fronteira. É uma coisa que sinaliza”, declarou o general, que não informou se o assunto está sendo tratado oficialmente.
Terrorismo
Em abril, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) confirmou a autenticidade de um perfil no Twitter no qual um integrante do Estado Islâmico afirma que o Brasil seria um próximo alvo de ataques.
Em apresentação sobre ameaças terroristas aos Jogos Olímpicos Rio 2016, realizada na Feira Internacional de Segurança Pública e Corporativa nesta semana, o diretor da Abin afirmou que a conta com as declarações é do francês Maxime Hauchard, ligado ao Estado Islâmico, e foi confirmada em novembro de 2015 pelo órgão.
Na avaliação do diretor do Departamento de Contraterrorismo da Abin, Luiz Alberto Sallaberry, a probabilidade de o país ser alvo de ataques terroristas foi elevada nos últimos meses devido aos eventos ocorridos em outros países, como na França, e ao aumento do número de adesões de nacionais brasileiros à ideologia do Estado Islâmico.

JORNAL EXTRA


Facebook faz primeira transmissão ao vivo do espaço


O Facebook fez nesta quarta-feira a primeira transmissão ao vivo do espaço, da Estação Espacial Internacional . Os astronautas da Nasa conversaram com o fundador do site, Mark Zuckerberg, que fez perguntas enviadas por internautas.
“Quando você cria produtos para tentar todo o mundo, e conecta caras que estão no espaço é tão extremo e legal quanto parece. É incrível ter a oportunidade de conversar com vocês hoje. Obrigado por fazerem isso”, disse Zuckerberg. Participaram da conversa os astronautas Tim Kopra, Tim Peake, da Nasa, e Jeff Williams, da Agência Espacial Europeia (ESA).
Mais de 1 milhão de pessoas acompanharam a conversa que durou 19 minutos. Os astronautas falaram do dia a dia na estação espacial, e até deram sugestões de como Mark pode melhorar as redes sociais - ele é dono do WhatsApp, Instagram e Facebook.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Ministro diz que inteligência não detectou ameaças terroristas para a Rio-2016


Lucas Vettorazzo Do Rio

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quarta-feira (1) que os órgãos de inteligência brasileiros não detectaram até o momento nenhuma ameaça terrorista ao país em razão da realização da Olimpíada no Rio, em agosto.
Segundo o ministro, nem os setores de inteligência das Forças Armadas nem a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) identificaram ameaças ou sinais de que grupos terroristas internacionais estariam planejando ações durante os Jogos.
A fala do ministro contradiz informação divulgada em abril deste ano, de que a Abin teria identificado um perfil em uma rede social de um terrorista do Estado Islâmico que teria feito ameaças ao Brasil. As postagens foram feitas em novembro do ano passado e o militante teria feito referências explicitas às Olimpíadas.
Jungmann afirmou nesta quarta, que não há ameaça, embora nesse caso haja o fator do imponderável. O ministro afirmou que os órgãos de inteligência brasileiros têm trocado informações com órgãos de países como Estados Unidos, Inglaterra, França, Israel e Rússia e até agora nada entrou no radar.
"Os órgãos de inteligência das forças têm contato com os de diversos países. E nosso radar não existe até agora nenhuma ameaça. Essa é uma área que você tem que contar com a imprevisibilidade, mas até aqui nós não temos nenhum alerta, nenhum risco de que esteja ocorrendo uma operação externa de alguma entidade terrorista no mundo com foco no Brasil", disse.
O ministro participou, nesta quarta-feira, da cerimônia de transmissão de cargo da presidência do BNDES, no Rio.
Questionado especificamente sobre o caso do militante do Estado Islâmico e a repercussão junto à Abin, o ministro afirmou não haver alerta.
Ele afirmou que perguntou sobre o caso diretamente ao general do exército Sérgio Etchegoyen, ministro do GSI, que controla a Abin, que teria negado a existência de um alerta específico do tipo.
Jungmann lembrou que o Brasil não tem perfil para atrair o interesse de grupos radicais, já que não há no território nacional "conflitos étnicos, religiosos ou de fronteira". Não existiria, portanto, segundo ele, "razões para que esses grupos venham a cometer algum tipo de atentado".
"Eu desconheço. Eu não tenho essa informação. No que diz respeito aos nossos órgãos de informação, não temos no radar essa informação. Não se percebeu nenhum movimento no sentido de se promover algo. Eu perguntei diretamente ao ministro Sérgio Etchegoyen se ele confirmava isso e ele negou. Disse que não tem essa informação. Volto a repetir: para os nosso órgãos de inteligência, sobretudo as parcerias internacionais, até aqui nada detectado", disse.

REVISTA ISTO É DINHEIRO


Queda no PIB e retração nos investimentos afetam tráfego aéreo, diz Abear


Estadão Conteúdo

O desaquecimento contínuo da atividade econômica, que foi evidenciado pelo resultado do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado nesta quarta-feira, 1, e a consequente diminuição dos investimentos têm impacto direto sobre o setor aéreo brasileiro, de acordo com o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz. Isso porque afeta a demanda e o tráfego doméstico.
"As pessoas estavam se deslocando para uma série de regiões do País fora do eixo Rio-São Paulo que vinham recebendo investimentos ao longo da última década. A diminuição dos investimentos gera a redução de demanda para esses destinos", destacou Sanovicz, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Sanovicz mostrou preocupação com o segmento de viagens a negócios. "O PIB mostra o desaquecimento contínuo da economia, o que leva a uma redução brutal nos passageiros corporativos, que são os viajantes de maior rentabilidade, porque compram passagens de última hora e pagam um tíquete médio mais alto", destaca o presidente da Abear.
Para Sanovicz, a combinação entre os dados de atividade, a alta do câmbio e a queda na tarifa média tem feito com que os números do setor aéreo apresentem quedas sucessivas. Em abril, a demanda doméstica por viagens aéreas recuou 12,22% na comparação com o mesmo mês de 2015 - este foi o nono mês consecutivo de queda seguida no indicador e o pior desempenho mensal da demanda doméstica desde fevereiro de 2013.
"Para nós, a consequência desse cenário é a redução da malha, de modo a adaptá-la à demanda. É uma situação delicadíssima para a sustentabilidade econômica das empresas", afirma Sanovicz.
O PIB do País recuou 0,3% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao quarto trimestre de 2015. Já a FBCF, que reflete os investimentos, caiu 2,7% no período, na mesma base de comparação.

AGÊNCIA REUTERS


Após Copa do Mundo tranquila, Brasil levanta a guarda contra terrorismo na Olimpíada


Por Paulo Prada

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os ataques terroristas em Paris e Bruxelas e uma ameaça enviada por um suposto militante do Estado Islâmico pelo Twitter fizeram as autoridades repensarem o esquema de segurança no Brasil enquanto o país se prepara para receber a Olimpíada do Rio de Janeiro em agosto.
"Acendeu uma luz maior para o terrorismo", afirma o almirante Ademir Sobrinho, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, ressaltando os esforços para intensificar a cooperação com governos estrangeiros para monitorar tudo, desde uma ameaça coordenada de militantes até ataques individuais bem mais difíceis de detectar dos chamados "lobos solitários".
No período que antecede os Jogos, que começam em 5 de agosto, o Brasil vem se empenhando em compartilhar informações de inteligência, realizar treinamentos de segurança e até estabelecer instalações conjuntas de segurança.
Além de um centro policial colaborativo, que agentes de mais de 50 países irão ajudar a monitorar a segurança, o governo brasileiro criou um centro antiterrorismo internacional, com especialistas de países como Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Espanha.
"Teremos pessoas de todo o mundo para compartilhar melhor as informações e aconselhar umas às outras em suas respectivas áreas de domínio", diz Andrei Rodrigues, chefe da Secretaria Extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça.
Não significa que o Brasil não estivesse se preparando para o terrorismo antes, mas com a experiência de sediar eventos de grande porte, como Carnaval e a Copa do Mundo de 2014, as autoridades de segurança não o consideravam a maior de suas preocupações. Sem inimigos políticos ou histórico de guerras, e com poucos militantes locais para ameaçá-lo, o país se acostumou a ter que lidar primordialmente com os crimes urbanos e a violência cotidiana.
Mesmo durante o Mundial, realizado com sucesso em 12 cidades, o temor maior foi uma retomada das manifestações de rua que irromperam no país um ano antes por causa de problemas como a inflação e a corrupção.
Mas o Brasil tem suas vulnerabilidades. As vastas fronteiras de seu território, mais de 16 mil quilômetros compartilhados com 10 vizinhos, são mais do que cinco vezes o tamanho da fronteira norte-americana com o México. Grande parte se encontra em selvas remotas e sem proteção.
A recessão econômica em curso e os cortes orçamentários estão causando uma falta de financiamento para as forças de segurança, inclusive no Rio, onde algumas instalações policiais enfrentam uma penúria tão grande que vizinhos estão doando materiais de escritório e de limpeza.
MINIMIZANDO O RISCO
Mesmo assim, o governo está investindo recursos na proteção da Olimpíada, que deve atrair até 600 mil visitantes estrangeiros ao Rio.
Para estes, o sinal mais óbvio de segurança será o patrulhamento de 85 mil agentes de segurança, um destacamento que representa mais que o dobro do efetivo acionado para a Olimpíada de Londres em 2012.
Somando os Ministérios da Justiça e da Defesa, que estão dividindo a maior parte da conta do plano de segurança, o governo já gastou mais de 1,5 bilhão de reais nos preparativos.
Especialistas em segurança afirmam que a grande quantidade de efetivos será útil em termos de dissuasão. Os agressores de Paris, por exemplo, teriam matado muito mais pessoas em novembro do ano passado se os perímetros estabelecidos pela polícia ao redor de um estádio de futebol, que recebia um amistoso internacional, não tivessem impedido a entrada de um homem-bomba.
"É uma resposta contundente que pode parecer desproporcional, mas é útil em termos de minimização do risco", diz Robert Muggah, diretor de pesquisa do Instituto Igarapé, um centro de estudos de segurança e desenvolvimento sediado no Rio.
Em novembro, ataques de militantes islâmicos deixaram 130 mortos em Paris, e a cidade de Bruxelas foi alvo de ataques que mataram 32 pessoas em março, aumentando as preocupações de segurança para grandes eventos.
Para o pior cenário –-um ataque terrorista-– a maioria dos preparativos é invisível.
As autoridades de segurança vêm vasculhando as redes sociais, informações de inteligência estrangeiras e registros de imigração para detectar ameaças em potencial de possíveis militantes, suas redes e seus movimentos mundo afora. Elas vêm trabalhando de perto com governos estrangeiros em treinamentos de prontidão para situações como um atentado no estilo do que se viu na capital francesa, ou até para um ataque biológico.
Até agora as autoridades de segurança a par do "burburinho" de inteligência a respeito da Olimpíada dizem que nenhuma ameaça terrorista crível foi detectada.
Um alerta explícito surgiu em novembro, quando um suposto agente do Estado Islâmico afirmou que uma das células do grupo já estava no Brasil. Embora tenha alarmado os círculos de segurança, investigações posteriores levaram as autoridades a concluir que se tratava de uma bravata.
"Isso é uma coisa que a gente espera, é impossível o Brasil ter um evento desses e esse tipo de assunto não vir à tona", afirma Saulo Moura da Cunha, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
"LOBOS SOLITÁRIOS"
A ameaça mais difícil de se identificar, afirmam autoridades de segurança, é a de indivíduos sozinhos ou pequenos grupos que possivelmente se inspiram em facções organizadas que as agências de inteligência conhecem, mas não necessariamente estão ligados a elas.
Tais ameaças são mais escondidas, dizem agentes de inteligência, porque menos pessoas, e menos conhecidas, estão envolvidas, o que pode disparar menos alertas. "Uma pessoa pode fazer uma situação muito ruim", diz o secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame. "A inteligência tem que procurar muito para analisar, estudar e fazer um micro relatório."
Até agora as preocupações de longa data com células de recrutamento de terroristas em potencial no Brasil se mostraram infundadas. Apesar da tensão resultante da entrada de mais de 2 mil refugiados sírios no país, seis dos quais foram pegos no ano passado cruzando a América Central com passaportes falsos enquanto tentavam encontrar parentes distantes, as autoridades de segurança dizem não haver indícios críveis de que suspeitos de terrorismo estejam entre eles.
E anos de investigações das polícias e das agências de inteligência não revelaram pistas de terroristas na região da tríplice fronteira no sul do país.
Embora a região seja conhecida pelas práticas de contrabando com o Paraguai e a Argentina, e tenha atraído muitos imigrantes árabes em meados do século 20, os rumores de ligações entre comerciantes e militantes islâmicos jamais foram provados.
As passagens de fronteira ali e em outros postos de imigração oficiais são uma área na qual uma cooperação maior com os vizinhos ajudou nos últimos anos durante a realização de grandes eventos.
Na época da Copa, por exemplo, dicas da inteligência argentina ajudaram seus colegas brasileiros a capturar um torcedor conhecido por incitar a violência em partidas de futebol. A polícia o prendeu em um estádio.
Apesar do sucesso do torneio de 2014, as autoridades do Brasil admitem que a Olimpíada será mais desafiadora em muitos sentidos.
Diferentemente dos jogos individuais em dias separados e cidades diferentes da Copa, a Olimpíada será um evento poliesportivo do amanhecer ao anoitecer em uma região metropolitana que já é caótica em dias normais.
"A complexidade é maior, o tamanho do evento é maior e, consequentemente, o esforço de segurança é maior", afirma Rodrigues, da Secretaria Extraordinário de Segurança para Grandes Eventos.

PORTAL VEJA.COM


Ministro vai tirar verba da Força Nacional para combate a crimes sexuais

Medida foi anunciada pelo Ministério da Justiça após estupro coletivo de adolescente no Rio de Janeiro. Ainda não há metas, prazos ou valores estabelecidos para a estratégia

Felipe Frazão

O governo interino do presidente Michel Temer (PMDB) planeja deslocar a verba da Força Nacional de Segurança Pública para bancar convênios com as polícias estaduais e assim reforçar o combate à violência contra a mulher. O governo federal também pretende criar um padrão nacional de atendimento nas delegacias a vítimas de estupro e violência doméstica, anunciou nesta terça-feira o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. Ele não deu prazos, não citou valores, nem estabeleceu metas para as medidas anunciadas na esteira do estupro coletivo de uma adolescente em uma favela do Rio.
"O ministério vai auxiliar as polícias locais. Vamos usar a verba que poderia ser usada para a Força Nacional. Nós colocamos esse dinheiro diretamente para as polícias dos Estados. Em vez de se utilizar em algumas operações a Força Nacional, esse mesmo dinheiro, essa diária, é mais exitosa se você investir na polícia local, para que ela possa nessas horas extras realizar policiamento, investigação nos locais indicados. A polícia local, como polícia comunitária, é que conhece melhor as localidades onde ocorre a violência doméstica. Essa foi a opção que apresentei a todos os secretários e eles concordaram que é a melhor opção", disse Moraes depois de se reunir por quase quatro horas com os secretários de Segurança Pública dos 26 Estados e do Distrito Federal em Brasília. Temer abriu a reunião e afirmou que há uma onda crescente de violência contra a mulher - segundo o peemedebista, um "mal permanente" no Brasil. "Vamos estabelecer um protocolo único de atendimento à vítima mulher, de encaminhamento a psicólogos, quando houver necessidade, aos médicos."
O ministro negou que os trabalhos da Força Nacional sejam esvaziados. Segundo Moraes, o efetivo criado no governo do PT terá outras missões, em auxílio a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ministério da Defesa e Itamaraty no policiamento de fronteiras e nos Jogos Olímpicos. A ideia é que o Ministério da Justiça repasse a verba, por meio de convênios com os governos estaduais, para pagar diárias extras aos policiais civis e militares, que deverão ser direcionados ao combate à violência doméstica e contra a mulher. O governo, assim, pagará por uma espécie trabalho adicional de cada policial no período de folga. O ministro disse que pretende, dessa maneira, aumentar o efetivo do policiamento ostensivo e das delegacias da mulher, que investigam estupro.
Para tanto, as polícias estaduais terão de enviar ao Ministério um diagnóstico local de cada Estado, com dados de efetivo e incidência dos crimes com localização por regiões. Ex-secretário do governo paulista, Moraes afirmou que, a partir de um mapeamento feito na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (cujos resultados não foram divulgados pelo ministro) ficou demonstrado que há uma relação entre estupros, homicídios, feminicídio e violência doméstica nas áreas de criminalidade. "As manchas de violência doméstica coincidem, em todos os pontos do Estado, com o maior número de homicídios, e não só da mulher", disse Moraes.
O novo Núcleo de Proteção à Mulher do Ministério da Justiça vai ser responsável por verificar a necessidade exata de criação de um departamento na Polícia Federal, segundo Moraes.
O ministro também disse que é preciso fazer uma campanha de conscientização para que as mulheres registrem os casos de estupro e se diminua, assim, a subnotificação. Ele afirmou que em cerca de 70% dos casos o agressor é conhecido da vítima - 32% seriam amigos ou namorados e 38% algum familiar.

OUTRAS MÍDIAS


BLOG DO EU VOU PASSAR


Aeronáutica: Concurso para cadetes mulheres tem vagas abertas

Assim como o Exército, que demorou mais de sete décadas para abrir o primeiro concurso da linha militar bélica para mulheres, e ainda com exceções, a Aeronáutica abriu sua primeira seleção pública para formação de cadetes femininas após 67 anos – a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar), da Força Aérea Brasileira, com sede em Barbacena/MG, funciona em regime de internato apenas para homens desde 1949. Apesar do avanço tardio, a seleção reserva apenas 11% do total de vagas para candidatas (20 chances de 180) e, segundo o edital, caso todas as vagas oferecidas para mulheres ainda não sejam preenchidas, elas serão completadas pelos candidatos do sexo masculino, dentre os candidatos considerados com aproveitamento.
De acordo com a assessoria da Aeronáutica, a Epcar é a primeira das três escolas preparatórias das Forças Armadas a admitir mulheres em todos os anos do Ensino Médio. “A primeira turma de alunas do sexo feminino representa o embrião de um processo. A escola precisou se preparar, tanto em infraestrutura quanto em recursos humanos, para oferecer às jovens um ambiente adequado e com toda a segurança necessária”. Ainda segundo a assessoria, desde 1996, a FAB forma oficiais mulheres na Academia da Força Aérea e atualmente já ocupam o posto de major. A FAB também recebe, desde 2006, mulheres no curso de formação de oficiais aviadoras e “algumas delas, inclusive, são pilotos de caça”.
O concurso
As inscrições se encerraram nesta segunda-feira (30/5). Para participar da seleção, o candidato deve ter concluído, ou estar em condições de concluir com aproveitamento, o Ensino Fundamental, além de não possuir menos de 14 nem completar 19 anos de idade até 31 de dezembro de 2017.
Haverá provas escritas, inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação de condicionamento físico e validação documental.
As provas escritas vão ser realizadas nas cidades de Belém/PA, Recife/PE, Natal/RN, Salvador/BA, Rio de Janeiro/RJ, Belo Horizonte/MG, Barbacena/MG, São Paulo/SP, Pirassununga/SP, Campo Grande/MS, Curitiba/PR, Porto Alegre/RS, Brasília/DF, Manaus/AM, Boa Vista/RR e Porto Velho/RO, na data prevista de 24 de julho.O curso será realizado em Barbacena, Minas Gerais e terá duração de três anos. As aulas serão equivalentes ao Ensino Médio regular. O objetivo é preparar jovens para o ingresso no Curso de Formação de Oficiais Aviadores da Academia da Força Aérea, em Pirassununga/SP.
Durante o curso, o aluno receberá remuneração (R$ 840), alimentação, alojamento, fardamento e assistência médico-hospitalar e dentária. Ao concluir, o aluno será considerado apto na inspeção de saúde, no teste de avaliação do condicionamento físico e no teste de aptidão para a pilotagem militar, podendo também concorrer ao número de vagas previsto à matrícula no primeiro ano do Curso de Formação de Oficiais Aviadores da Academia da Força Aérea.

CORREIO DO ESTADO (MT)


Esquadrilha da Fumaça faz show no céu do Estado neste mês

Por LAURA HOLSBACK
Esquadrilha da Fumaça faz show no céu de Mato Grosso do Sul daqui há duas próxima semana. O evento está marcado para a manhã de sábado (18), no aeroporto Francisco de Matos Pereira, em Dourados.
Em parceria com o aeroclube da cidade, atrações prometem encantar ao público. Conforme o site Naviraí Notícias, Esquadrão de Demonstração Aérea da Força Aérea Brasileira (FAB) fará apresentação com a nova aeronave Super Tucano A29, fabricada pela Embraer, em substituição o T27 Tucano.
A novidade é mais veloz, ágil e utiliza azul com tom mais forte na pintura. Permite novas manobras e, em uma delas, as pessoas têm impressão de que o avião dá cambalhotas. Também utiliza tipo de óleo para que a fumaça produzida permaneça mais tempo no ar.
O show tem duração de 40 a 45 minutos, com pelo menos 20 sequências de manobras em equipe e 50 individuais. Envolve, pelo menos, 20 militares, entre pilotos, mecânicos e equipe de solo.
CINCO ANOS ATRÁS
A última apresentação da Esquadrilha da Fumaça em Dourados foi no dia 8 de maio de 2011 e foi prestigiada por milhares de pessoas.
Houve shows artísticos, aeromodelismo, paraquedismo, voos panorâmicos, exposição de aeronaves, parque infantil e praça de alimentação. A estrutura deste ano ainda não foi divulgada.
NOVOS AVIÕES
A Esquadrilha da Fumaça ficou dois anos (do final de 2012 a 2015) sem fazer apresentações no Brasil. Nesse período, pilotos treinaram e preparam apresentações nos novos aviões, mais potentes e modernos e com novas manobras para impressionar o público ainda mais. A primeira apresentação na era Super Tucano foi em julho de 2015. Fazem parte do esquadrão 11 aviões A29 Super Tucano, mas as apresentações ocorrem geralmente com 7 ou 9.
O Super Tucano é um caça de ataque leve e também um avião de treinamento, configurado para fazer interceptações aéreas. Ele tem o dobro da potência. Continua usando os motores à reação (turbinas) PT6 da Pratt & Whitney Canadá, considerados os mais eficientes e confiáveis do mundo na categoria. Mas, agora, são os PT6A-68C, com 1.600 shp de potência. Os antigos tinham 750 shp.
As hélices são de cinco pás – eram 3 nos T27. Com isso, a aeronave tem maior velocidade, que chega a 590 km/h em cruzeiro. Voando a 10 mil metros de altura tem autonomia de 2.800 km sem necessidade de reabastecimento.

PORTAL CONSULTOR JURÍDICO (SP)


OAB questiona lei que alterou regra para militar ir para a reserva

Alegando que a Lei Complementar sergipana 206/2011 cria diferenciação injustificável entre militares, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil impetrou Ação Direta de Inconstitucionalidade 5.531 no Supremo Tribunal Federal. O relator do caso será o ministro Celso de Mello.
A LC estadual 206/2011 alterou a Lei 2.066/1976 (Estatuto dos Policiais Militares de Sergipe), que condicionava a transferência para a reserva remunerada dos coronéis que exerceram o cargo de comandante-geral ou de chefe do Estado Maior da Corporação, dentre outras, a 30 anos ou mais de serviço público.
Segundo a OAB, as alterações promovidas pela LC 206/2011 fizeram com que o período exigido de serviço público fosse reduzido em cinco anos apenas para uma parcela dos policiais militares sergipanos. Com isso, argumenta o Conselho Federal, a LC permite a transferência de alguns ocupantes da patente de coronel para a reserva remunerada depois de 25 anos de atividade, mas mantém a regra anterior para os demais policiais e bombeiros.
O conselho alega que, ao criar distinções de transferência para a reserva remunerada entre militares que ocupam a mesma carreira, a norma violou os princípios da isonomia (artigo 5º, da Constituição Federal), da impessoalidade, da moralidade e da eficiência (artigo 37), uma vez que todos os militares envolvidos “submetem-se aos mesmos tipos de riscos e possuem atribuições semelhantes”. Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.

PORTAL BLOG DA FOLHA (PE)


Jungmann acompanha planejamento das Forças Armadas para as olímpiadas

Alex Ribeiro
Para dar continuidade ao acompanhamento das ações do Ministério da Defesa nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, o ministro Raul Jungmann se reuniu, nessa terça-feira (31), com o comandante Militar do Leste e Coordenador Geral de Defesa de Área (CGDA), general Fernando Azevedo e Silva, no Rio de Janeiro.
O CGDA é responsável pelas ações de Defesa nas regiões olímpicas de Deodoro, Maracanã e da Barra, a cargo do Exército, e de Copacabana, sob a responsabilidade da Marinha. Durante a reunião, foram apresentados os cronogramas de planejamento operacional e tático das Forças Armadas a cargo do CGDA para as Olimpíadas.
“Por tudo que vi e ouvi, estamos cumprindo muito bem o nosso caderno de encargos. Estamos assumindo a nossa tarefa com muita dedicação, responsabilidade e competência”, destacou o ministro da Defesa.
Localizado no Palácio Duque de Caxias, o CGDA reunirá, durante os Jogos, militares especializados em diversas áreas que acompanharão as ações de Defesa e Segurança previstas para os Jogos Rio 2016 em tempo real, por meio de equipamentos de tecnologia da informação de última geração.
O monitoramento será realizado na sala de Comando e Controle, local equipado com monitores que transmitem imagens de câmeras espalhadas por toda a cidade, em parceria com diversos órgãos de segurança das esferas federal, estadual e municipal.
Os militares desenvolveram um sistema denominado “Pacificador”, que permite o monitoramento de todas as ações e deslocamentos de tropas em tempo real. Também foi criado o sistema “Olho da Águia”, que, por meio de uma câmera de 360 graus acoplada em uma aeronave militar, acompanha pelo ar todos os trajetos terrestres.
O comandante Militar do Leste ressaltou a importância do encontro e do aprofundamento da discussão. “A reunião foi bastante proveitosa. Nós pudemos situar o ministro de maneira completa com relação à participação do eixo de Defesa Nacional nas Olimpíadas”, concluiu.

PORTAL INFODEFENSA.COM


Estados Unidos y Brasil impulsan la cooperación en el ámbito espacial

El Centro de Lanzamiento de Alcântara (CLA) ha recibido la visita técnica de los miembros de la Embajada de Estados Unidos en Brasil y la Fuerza Aérea de los Estados Unidos (USAF) con el objetivo de promover el intercambio de conocimientos acerca de las actividades espaciales en ambos países.

La comitiva estuvo formada por el ministro consejero de Asuntos Comerciales de la Embajada de Estados Unidos en Brasil, Enrique Galindo Ortiz, funcionarios de la Oficina de Enlace Militar, el experto en asuntos espaciales de la Fuerza Aérea 12 (Afsouth), teniente coronel Banta York (USAF), y representantes de la División de Operaciones Espaciales de la Fuerza Aérea del Comando Espacial (Afspc según siglas en Inglés) y del Laboratorio de Investigación de la Fuerza Aérea (AFRL).

La visita se inició con una presentación sobre la Fuerza Aérea Brasileña (FAB) por parte del director del CLA, coronel Claudio Olany Alencar de Oliveira, quien destacó la historia de las actividades espaciales en Brasil, la estructura operativa del Sistema Nacional para el Desarrollo de Actividades Espaciales (Sindae), los recursos operativos y de apoyo disponibles actualmente en el CLA, las operaciones principales y los desafíos a los que se enfrenta el Centro.

Los integrantes de la comitiva pudieron conocer las instalaciones del Centro de Control, donde se hace la coordinación de las operaciones de lanzamiento, así como las estaciones del Sector de Comando y Control (SCC), entre ellas, las de Meteorología, Telemedidas y Localización. En el Sector de Preparación y Lanzamiento (SPL), el personal estadounidense conoció las nuevas instalaciones de Seguridad y Depósito de Propulsores, esenciales para una mayor seguridad durante los lanzamientos de campaña.

Además de los edificios recientemente inaugurados, los visitantes conocieron la maqueta en dimensiones reales del cohete suborbital VSB-30, vehículo certificado para lanzamientos en el exterior que ya ha cumplido más de 20 operaciones con éxito en suelo europeo.

Igualmente fue visitada la casamata, la estructura más próxima a las plataformas de lanzamiento y que alberga con total seguridad parte de los equipos que participan en las operaciones, así como la Torre Móvil de Integración (TMI), la estructura de montaje y operación del futuro Vehículo Lanzador de Satélites (VLS), el mayor cohete de desarrollo nacional.

PORTAL THE JAKARTA POST (INDODÉSIA)


Saab’s smart jet fighter only gets smarter

Faster, smarter: The new E version of the Swedish JAS 39 Gripen multirole fighter was presented by SAAB in Linkoping in late May.
The words “iPhone” and “smart” were uttered repeatedly during the unveiling of the prototype of the latest version of the Gripen jet fighter, the E model. In fact, the new aircraft was promoted as “Smart Fighter”.
The unveiling of the Gripen E jet fighter itself was modeled after one of those Apple events where the late tech giant CEO Steve Jobs would apply his salesman skills to introduce new gadgets, with the aid of expensive-looking animation and graphic design.
Although most of those who attended the unveiling of the Gripen E did not get the chance to witness the prototype of the new model take its first flight, many were certainly impressed by the savvy spectacle put on by the Swedish aircraft maker Saab in a hall inside the company’s manufacturing plant in the city of Linköping, southern Sweden, late last month.
Shortly before photojournalists and camerapersons were allowed to take pictures of the Gripen E prototype, stage handlers behind the unveiling ceremony pulled off an impressive stunt that involved colorful animation projected on the fuselage of the prototype to highlight the key features of the new model.
By comparing the Gripen E with the iPhone, designers of the jet fighter certainly want to emphasize the seamless integration between sophisticated software that powers the aircraft’s avionics and its weapon systems and the hardware that made the new fighter model such an indispensable muscle power.
On the hardware side, Gripen E offers superior muscle power with its 15.2-meter long body and a wingspan of 8.6 meters, giving it a take-off weight of 16,500 kilograms.
Its engine, General Electric’s ( GE ) F414G turbofan, has a greater fuel capacity, 20 percent more thrust, and in-flight refueling capability that could be crucial on a lengthy defense mission.
The new model is also agile as it can reach Mach 2 ( 2,450 kilometers per hour ) at high altitude with a turnaround time between missions of just ten minutes.Behold: Leader of Gripen E production team Matti Olsson gives a multimedia presentation on the manufacturing of the jet fighters during an unveiling ceremony late May in Linkoping. ( Photo courtesy of Saab )
Designers of the Gripen E installed a wide array of sensors that include an Active Electronically Scanned Array ( AESA ) radar system that uses an array of radars to track multiple targets individually, Infra-Red Search and Track ( IRST ) for tracking and locking onto hostiles passively Electronic Warfare ( EW ) suite and data link technology that would allow a pilot and ground crew to have a constant stream of data and obtain information crucial for the success of a mission.
The designers also built a system that allows for the separation of flight critical and non-flight critical functions, something that could allow pilots to concentrate on the mission at hand and worry less about flying the aircraft.
And with a service life expectancy of 50 years, designers at Saab came up with what they called Distributed Integrated Modular Avionics ( DIMA ) platform software to allow software and hardware upgrades to meet future needs and possibilities.
Gripen E is also the first aircraft developed by Saab using model-based system engineering without the aid of documents, handwritten specifications and software. With the model-based system, designers and engineers used a computer model, computer-based tools, airworthy software and 3D printers.
The new method was aimed at boosting cost efficiency in the manufacturing of the jet. “The cost in relation to other investments in society needs to be reasonable. Therefore, Saab has developed design and production methods for the Gripen E to both increase capability and to reduce costs,” CEO of Saab Håkan Buskhe said.
With such a breakthrough in hardware engineering and avionics systems, Gripen E, which has been in development for the past 10 years to replace the C/D model, is expected to draw the attention of countries with limited defense budgets but are looking for a cost efficient and reliable defense system.
Brazil, Finland and India are said to have expressed interest in buying the aircraft, which a number of defense publications said could cost US$85 million, excluding arms — slightly cheaper than the Rafale or Typhoon and significantly cheaper than the single-engine F-35.
Brazil has ordered 36 Gripen E for delivery between 2019 and 2024.
Earlier versions of the plane are in service in the air forces of Sweden, South Africa, Czech Republic, Hungary and Thailand.
Aside from the relatively low price, Saab also offers a wide range of cooperation with countries interested in buying the Gripen E.
Other than the technology transfer, which includes on-the-job training for engineers, development production and maintenance for the jet fighter, Saab could contribute to the buyer country’s capability in developing complex technology.
“It is possible for us to transfer technology in the construction of a submarine under this agreement. This is something that we can further discuss,” Saab deputy CEO Lennart Sindahl told reporters on the sidelines of the Gripen E unveiling.

PORTAL PODER AÉREO


Gripen M comparado ao C e ao E: os trens de pouso

Diferentemente do Gripen E, cujo trem de pouso dianteiro mudou para uma só roda, o projeto da versão naval Gripen M, também chamado de Sea Gripen, mantém as duas rodas que caracterizam a versão C. Mas as mudanças apresentadas vão além
Para quem é familiarizado com trens de pouso de caças para emprego em porta-aviões CATOBAR (dotados de catapulta e aparelho de parada) a ilustração do projeto do Gripen M (naval, também chamado de Sea Gripen) acima mostra o padrão consagrado de trem de pouso dianteiro – e também indica que, com o perdão do jogo de palavras, a Saab entende que nessa área não vale a pena “reinventar a roda”.
Antes de aprofundarmos essa questão, vale lembrar ao leitor que nossa cobertura sobre a apresentação da nova versão E do caça Gripen da Saab, evento realizado em 18 de maio e que o Poder Aéreo presenciou na Suécia, já abordou tanto a nova geração da aeronave quanto as atualizações do Gripen C – mesmo porque o próprio foco da empresa, nos três dias de apresentações voltadas à imprensa internacional antes, durante e após o evento, manteve-se nesses dois polos: o novo Gripen E e a continuidade do Gripen C.
Mas e o projeto da versão naval da nova geração, o Gripen M? Esse assunto esteve longe dos holofotes durante o evento. Apesar de constar da pauta de questões que pretendíamos abordar em nossa visita à Suécia (embora não como item prioritário), o fato é que a agenda lotada de apresentações e discursos tornou curtíssimos os tempos para perguntas, tanto ao final das longas exposições comerciais e técnicas quanto nas rápidas brechas para conversas de bastidores. Assim, este editor optou por aproveitar estas oportunidades exclusivamente para questões relacionadas ao Gripen E – e as respostas a nossos questionamentos já fazem parte de matérias publicadas e estarão em outras ainda a publicar, mas não abordaram a versão naval.
Porém, não nos esquecemos da necessidade de mostrar aos leitores ao menos algumas curiosidades e atualizações, para fomentar o debate sobre o Sea Gripen / Gripen M, mesmo que a matéria-prima para isso venha de folhetos de divulgação distribuídos na ocasião pela empresa.Comparando os trens de pouso – Compusemos a ilustração comparativa acima, a partir de três ilustrações de três vistas publicadas pela Saab em diferentes materiais de divulgação, para facilitar ao leitor a percepção da principal diferença entre as versões do Gripen: os trens de pouso. O Gripen C, à esquerda, possui trem de pouso principal que recolhe na fuselagem e trem dianteiro (também chamado de bequilha) composto de duas rodas. O Gripen E, ao centro, possui trem de pouso principal que recolhe sob as raízes das asas e trem dianteiro composto de uma única roda. Já o Gripen M, que deriva do E, possui trem de pouso principal que também recolhe nas raízes das asas, porém com design diferente e mais robusto, e bequilha composta de duas rodas.
Pode-se perceber, também, que a bequilha / trem dianteiro do Gripen M possui perna com comprimento significativamente maior que o de sua contraparte no modelo E, proporcionando um maior ângulo de ataque do caça para operações de pouso e decolagem em porta-aviões. A bequilha também incorpora uma barra de reboque / catapultagem à sua frente, para conexão à catapulta do navio-aeródromo, e seu projeto inclui uma haste de retração na parte de trás, necessária tanto para retrair a longa perna do trem quanto reforçá-la nas cargas às quais é submetida. Esse conjunto se assemelha bastante ao do caça naval Super Hornet, visto na foto abaixo, porém proporcionalmente a altura do equipamento no Gripen M é maior – o que também o torna parecido com a bequilha do Rafale M (naval).Quanto ao trem principal, quando comparado ao do Gripen E do centro da imagem (das três vistas), é possível perceber que a posição das rodas em relação ao comprimento da aeronave não muda em relação ao M, mas o ponto em que a perna do trem se conecta à estrutura do avião está mais adiante, sendo o projeto desse conjunto mais complexo e em formato de “L”. Também nesse caso, há algumas semelhanças com o trem de pouso principal do Super Hornet, visto na imagem acima, e que também segue o formato geral de “L” (embora se perceba consideráveis diferenças em detalhes).
Concepções artísticas mostrando o projeto do Gripen M com esse conjunto de trens de pouso já haviam sido publicadas há alguns anos (caso da imagem abaixo), porém as ilustrações em três vistas e do tipo “cutaway” (raio-x) mostradas neste material de divulgação recente da Saab ajudam a perceber melhor esses detalhes que o diferenciam bastante do trem de pouso do Gripen E – e a padronização dos desenhos em três vistas e em raio-x, no material divulgado agora, torna ainda mais fácil essa comparação.Comunalidade de 95% e velocidade máxima menor – Ainda que as diferenças nos trens de pouso, que geralmente também implicam em reforços estruturais significativos, apontem para mudanças consideráveis em relação ao novo Gripen E, a Saab informa um elevado (e até surpreendente, na opinião deste editor) índice de comunalidade entre o caça terrestre e o caça naval da nova geração: segundo material de divulgação datado do mês de abril, o Gripen M “tem as mesmas excelentes capacidades multimissão do Gripen E e 95% de suas partes são comuns ao Gripen E e ao Gripen F” (versão de dois lugares do modelo E, que é monoposto).
A empresa publicou folheto em português com as informações básicas do Sea Gripen / Gripen M (para acessar, clique aqui). As dimensões externas, 15,2m de comprimento incluindo tubo de pitot e 8,6m de envergadura, são as mesmas, mas as (poucas) projeções de desempenho divulgadas para o Sea Gripen mostram uma variação na performance global. A velocidade máxima em elevada altitude, que no Gripen E é informada como Mach 2, no Gripen M cai para Mach 1.8. A altitude máxima de serviço também cai de aproximadamente 52.500 pés para cerca de 50.000 pés. Já a velocidade máxima ao nível do mar mantém-se nas duas versões: acima de 1.400 km/h.
Apesar do peso vazio e máximo de decolagem serem divulgados para o Gripen E nesse material mais recente (respectivamente 8 e 16,5 toneladas, valores que são os mesmos de divulgações dos últimos anos), no folheto do Gripen M não constam essas informações. É de se esperar que o peso vazio estimado do Sea Gripen seja superior ao do Gripen E, no mínimo devido ao trem de pouso mais complexo e pesado, mas a não divulgação dá margem a se entender que esse acréscimo não esteja totalmente definido – ou, caso tenha sido estimado com precisão, não seja do interesse da empresa divulgá-lo no momento de forma pública, mas apenas de forma restrita a possíveis clientes. Já dados como empuxo máximo (98 kN), limites G (-3G / +9G) e número de pilones para cargas externas (10) são comuns ao material de divulgação das duas versões.
Para facilitar aos leitores perceberem todas as diferenças e embasar o debate sobre o Sea Gripen / Gripen M, seguem abaixo as três “cutaways” simplificadas das versões C, E e M apresentadas no material recente de divulgação da Saab. Um detalhe final e interessante a ressaltar é o grande suporte externo do gancho de parada do Gripen M mostrado na ilustração, que “emenda” com o pilone central da fuselagem. Matérias publicadas anteriormente sobre o projeto do Sea Gripen, tanto no Poder Aéreo quanto no Poder Naval, estão na lista ao final. Boa discussão a todos!
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PORTAL SÓ NOTÍCIAS (MT)


Cenipa arquiva investigação sobre acidente de avião na divisa entre Mato Grosso e Pará

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) suspendeu e arquivou a investigação do acidente envolvendo o avião Censsa 210k, que pousou sem trem, no aeródromo de Jacareacanga (PA), cidade na divisa com Mato Grosso. O relatório aponta que havia 3 pessoas à bordo e houve danos nas pás da hélice. O caso foi em setembro do ano passado, mas o documento foi divulgado somente agora.
Na decisão no relatório final, o Cenipa se baseou o Código Brasileiro de Aeronáutica, considerando que “a operação em desacordo com as legislações aeronáuticas em vigor pode implicar em níveis de segurança abaixo dos mínimos aceitáveis estabelecidos pelo Estado Brasileiro”. Segundo o relatório, o piloto, não identificado, pousou depois que as atividades no aeródromo já haviam sido encerradas. “O condutor ergueu a aeronave com a ajuda de populares para o abaixamento do trem de pouso, deslocando a aeronave até o pátio de estacionamento do aeródromo, durante o período noturno”.
No dia seguinte à ocorrência, consta que “foi efetuada a troca da hélice. O deslocamento da aeronave, para um local desconhecido, foi realizado após o encerramento das atividades da sala AIS (Serviço de Informações Aeronáuticas)”. Não houve fogo e danos a terceiros.
O Certificado de Aeronavegabilidade estava válido, conforme o documento. 

JORNAL DO COMÉRCIO (RS)


Vencedor da concessão do Salgado Filho vai assumir obras que aeroporto exige

Jefferson Klein

Quem entra ou sai de Porto Alegre pelo aeroporto Salgado Filho poderá perceber as obras sendo realizadas no complexo. Mas as ações estão sendo desenvolvidas a passos lentos. Um dos motivos para esse cenário é que a responsabilidade das iniciativas será repassada ao empreendedor que vencer o leilão de concessão de exploração do aeroporto, que, de acordo com a Secretaria de Aviação Civil, ocorrerá no segundo semestre deste ano.

Neste momento, o aeroporto passa por duas obras: as ampliações do terminal de passageiros 1 e do pátio de aeronaves do terminal de cargas. Para a melhoria do pátio de aeronaves (que possibilitará mais posições para descarregamentos e carregamentos), o investimento total previsto é de R$ 70 milhões. Até esta etapa atual, já foram investidos R$ 45 milhões, o que corresponde a 64% da obra. Quanto à expansão do terminal de passageiros, o valor total estimado é de R$ 183 milhões e, até agora, foram aportados R$ 33,5 milhões na obra, o que corresponde a apenas 18,5% das necessidades para a conclusão dos trabalhos.

Hoje, o Salgado Filho tem capacidade para atender 15,3 milhões de passageiros/ano, sendo que em 2015 registrou 8,3 milhões de embarques e desembarques. Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, as obras que estão em andamento não irão expandir essa capacidade, mas modernizarão a estrutura e proporcionarão mais conforto aos usuários. A ampliação do terminal de passageiros 1 aumentará a área disponível de aproximadamente 40 mil metros quadrados para 76 mil metros quadrados. Sobre a expectativa de término dos projetos, após o anúncio da concessão do aeroporto Salgado Filho à iniciativa privada, a Infraero, orientada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), decidiu pelo encerramento do contrato das obras, que está em processo de rescisão. Dessa forma, a continuidade dos trabalhos será conduzida pelo futuro concessionário do aeroporto.

A Espaço Aberto é a empresa responsável pela expansão do terminal e, em meados de maio, tinha 30 funcionários atuando no canteiro de obras. A EPC-Conserva-Engesolo é o consórcio responsável pelas obras do pátio de aeronaves e trabalhava, na ocasião, com 20 colaboradores. As obras do terminal foram iniciadas em outubro de 2013 e estão hoje na fase de estrutura de concreto armado. As ações no pátio de aeronaves do terminal de cargas começaram em julho de 2014 e, neste momento, encontra-se na etapa de aterro. Os novos prazos dos empreendimentos serão definidos pelo futuro concessionário do Salgado Filho. Ainda não há uma data definida para o fim do contrato atual, uma vez que os trâmites para conclusão do acordo estão em andamento.

Conforme a Secretaria de Aviação, atualmente, o processo de concessão do Salgado Filho está em fase inicial das audiências públicas, que são realizadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), para obtenção de contribuições para o edital e a minuta do contrato. Após as respostas às questões levantadas, a agência publicará o edital final e será definida a data para realização do leilão, que será disputado na segunda metade do ano.

O vencedor do certame terá que realizar investimentos para a melhoria da infraestrutura aeroportuária previstos em contrato, que incluem ampliação de pista, pátio e terminal. Para o Salgado Filho, o aporte de recursos mínimo que deverá ser feito pelo futuro operador é de R$ 1,6 bilhão em 25 anos, prazo máximo de concessão do terminal. O valor de outorga inicial é de R$ 729 milhões. Nessa rodada de concessões, a Infraero não terá participação acionária nos aeroportos a serem concedidos à iniciativa privada.

A audiência pública que tratará da concessão do Salgado Filho já tem data marcada. O encontro será realizado em Porto Alegre hoje, dia 2 de junho, a partir das 10h, no auditório do Núcleo Regional de Aviação Civil da Anac, situado na Avenida Severo Dullius, nº 1.244. O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea) quanto à concessão do complexo pode ser acessado pela internet. O documento serve como base de informações para quem quiser participar da reunião.

Para o presidente da Associação Nacional em Defesa dos Direitos dos Passageiros do Transporte Aéreo (Andep), Claudio Candiota Filho, a concessão do Salgado Filho é uma medida adequada. "Tudo que é possível de ser privatizado deve ser privatizado, é muito melhor o aeroporto estar nas mãos da iniciativa privada do que nas da União", defende. Porém, o dirigente adverte que é preciso que o processo tenha as condições adequadas, caso contrário não haverá interessados em participar da licitação.

Questionado se a turbulência política e econômica pela qual passa o País atualmente pode, de alguma forma, afetar o processo de concessão do Salgado Filho, o presidente da Andep diz que não é possível saber. "Inclusive, a Secretaria de Aviação Civil foi incorporada ao Ministério dos Transportes, a Secretaria de Aviação Civil sumiu, desapareceu", frisa o dirigente.
A concessão do Salgado Filho exigirá como contrapartida uma série de aprimoramentos no aeroporto. Entre os principais destaques está a ampliação da pista de pouso e decolagem (hoje com 2,28 mil metros) em mais 920 metros, aponta o presidente da Andep, Claudio Candiota Filho, que cobra agilidade nessa ação. Para o dirigente, a expansão da pista deveria ser concluída antes mesmo das obras do terminal.

Além da maior segurança para os passageiros, a medida permitiria que fosse transportado um volume maior de cargas pelo modal aéreo. O consultor em aeroportos Fernando Bizarro comenta que um avião cargueiro, como o Boeing 747 (o popular Jumbo), precisa reduzir o volume de combustível para compensar o peso se for decolar em Porto Alegre com plena carga.

Uma aeronave dessa natureza, que pode carregar até 110 toneladas de carga, com a capacidade ocupada e tanque cheio, poderá chegar, a partir da capital gaúcha, somente até Lima no Peru, de acordo com o consultor. Se o destino da aeronave for os Estados Unidos ou Europa, seria necessário diminuir a quantidade de carga para ter mais combustível. Bizarro detalha que as cargas aéreas possuem alto valor agregado, como é o caso de equipamentos eletrônicos, motores, calçados etc.

Além da expansão da pista, o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental de concessão do Salgado Filho prevê, entre outras iniciativas, a construção de um edifício garagem para 4,49 mil vagas e mais 11 pontes de embarque. Ainda de acordo com o documento, a projeção é de uma receita total de R$ 265 milhões no primeiro ano completo da concessão (2017) e, em 2040, estima-se que o resultado atingirá R$ 704 milhões. Quanto a mercado, a expectativa é de que, de 8,8 milhões de passageiros previstos para 2017, aumente para 21,9 milhões de pessoas em 2041 (crescimento anual de 3,9%). Já as operações passarão de 89 mil para 166 mil ao ano, entre 2017 e 2041, e a movimentação de cargas saltará de 85 mil toneladas ao ano para 168 mil toneladas até 2046.

Complexo 20 de Setembro continua sendo uma opção para o Estado

Apesar dos investimentos previstos para o Salgado Filho, o projeto de construção do aeroporto 20 de Setembro no município de Portão, na Região Metropolitana de Porto Alegre, segue sendo uma ideia defendida por agentes do segmento. A diretora do Departamento Aeroportuário (DAP) da Secretaria dos Transportes do Rio Grande do Sul, Lígia Villagrán Barreto Alves, ressalta que as melhorias no Salgado Filho, que são iniciativas importantes, não excluem a possibilidade de implantação do 20 de Setembro.

A dirigente acrescenta que o empreendimento em Porto Alegre sofre a restrição da proteção do espaço aéreo, que tem um limite por motivo de segurança. Lígia considera que seja viável o Salgado Filho, depois da construção do 20 de Setembro, servir a uma demanda local e a estrutura de Portão ser destinada para atender, por exemplo, a região do Mercosul. A diretora do DAP enfatiza que, recentemente, com a transição do governo federal, foi retomada a discussão de incluir a construção do 20 de Setembro na concessão do Salgado Filho.

Ou seja, quem vencesse a licitação quanto ao complexo da Capital, se tornaria responsável também pela concretização do novo aeroporto. No entanto, por enquanto, esses assuntos são independentes. Se fosse adotada uma direção diferente, a decisão implicaria mudanças no edital, o que, provavelmente, significaria atrasos no processo de concessão.

O presidente da Andep, Claudio Candiota Filho, acrescenta que é possível o Salgado Filho e o 20 de Setembro operarem ao mesmo tempo. O dirigente cita como exemplos de coexistências os complexos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, e Santos Dumont e Galeão, no Rio de Janeiro. Candiota ressalta que, no caso do Salgado Filho, ainda seria viável construir mais duas pistas de aterrissagens e decolagens no complexo aeroportuário.

Quanto ao 20 de Setembro, o consultor em aeroportos Fernando Bizarro argumenta que qualquer planejamento de infraestrutura aeroportuária precisa ser executado com muitos anos de antecedência e é correto ter essa precaução. "É necessário um novo estudo pensando em um aeroporto futuro para o atendimento das demandas, especialmente da Região Metropolitana de Porto Alegre, além do Salgado Filho", sustenta.

Bizarro concorda que o Salgado Filho poderia operar com aviação geral e doméstica e um novo complexo poderia atuar com voos internacionais e cargas aéreas. O consultor reitera que é fundamental pensar em uma logística aérea de carga e de passageiros no Estado e também considerar a implantação do aeroporto de Vila Oliva, em Caxias do Sul. O Jornal do Comércio tentou, sem sucesso, contato com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, para abordar as questões referentes ao Salgado Filho e ao 20 de Setembro.



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