A Mala Ideal
A Mala Ideal ...
*Helena Beatriz Juenemann ...
Passagem guardada, hotéis reservados e confirmados, passaporte com os vistos necessários, seguro saúde pago, roteiro visto, revisto e estudado, vida pessoal, financeira e profissional organizada. Chegou a hora, o momento crítico de fazer a mala. É interessante como este processo acontece de variadas maneiras e diz muito da personalidade de cada pessoa.
Para alguns, as malas já foram feitas há semanas e estão praticamente fechadas; outros perdem horas a fio na atividade e as preparam quase na véspera. Ainda existem aqueles que, na correria, atiram as roupas de qualquer jeito e as fecham quando o taxi já está na porta. Muitas vezes a angústia do partir é justamente elaborada na feitura interminável da mala e os atrasos, a pressa, o pouco tempo para organizar tudo, nada mais são do que uma súplica, a expressão de uma linguagem camuflada que grita pela vontade danada de ficar e não mais levantar âncoras.
Para alguns, as malas já foram feitas há semanas e estão praticamente fechadas; outros perdem horas a fio na atividade e as preparam quase na véspera. Ainda existem aqueles que, na correria, atiram as roupas de qualquer jeito e as fecham quando o taxi já está na porta. Muitas vezes a angústia do partir é justamente elaborada na feitura interminável da mala e os atrasos, a pressa, o pouco tempo para organizar tudo, nada mais são do que uma súplica, a expressão de uma linguagem camuflada que grita pela vontade danada de ficar e não mais levantar âncoras.
A colocação de roupas e objetos pessoais que parece ser algo tão simples, envolve forte carga emocional. Uns levam demais, outros de menos. Na verdade, em virtude do peso e espaço, é necessário fazer escolhas, separações, decidir as melhores opções, ter a coragem para descartar, abandonar e deixar tudo aquilo que, embora nos pertença e tenhamos a propriedade, não será útil.
Além da roupa que nos representa e compõe nossa imagem, a mala sempre fala de um pedaço de nós, da nossa infância, da família e da terra que, doravante, ficarão para trás. Fazer mala significa desafiar-se. É também um ato de crescimento, um renascer, pois implica em ir ao encontro do novo, do desconhecido, levando, para sobreviver, apenas o mínimo de nós mesmos.
Além da roupa que nos representa e compõe nossa imagem, a mala sempre fala de um pedaço de nós, da nossa infância, da família e da terra que, doravante, ficarão para trás. Fazer mala significa desafiar-se. É também um ato de crescimento, um renascer, pois implica em ir ao encontro do novo, do desconhecido, levando, para sobreviver, apenas o mínimo de nós mesmos.
As malas, normalmente são feitas pelo próprio passageiro, porém, certas vezes, é tarefa delegada à mãe, cônjuges ou serviçais. A organização de uma mala, muita mais que prática e paciência, requer um trabalho interior que pode assustar. Ante aquele espaço aberto e vazio, paira a dúvida de como preenchê-lo; do que eleger e deixar, do que realmente nos identifica e nos agrada para que, lá fora, possamos nos sentir seguros e confiantes, fator fundamental para uma viagem bem sucedida.
Cada um tem um jeito próprio de arrumar e carregar sua bagagem, enquanto que mala ideal será sempre aquela que levará nossa historia de vida dentro do peso e das medidas exigidas pelas transportadoras aéreas.
*Life Coach, Psicóloga, especialista em psicossomática e Relações Públicas
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