NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 31/03/2016 / Gol tem prejuízo de R$ 4,29 bi em 2015 e revisa corte de decolagens
Gol tem prejuízo de R$ 4,29 bi em 2015 e revisa corte de decolagens ...
Queda é influenciada por menores receitas e maiores custos. Em 2015, cia teve prejuízo de R$ 4,29 bi, aumento de 284% ante 2014 ...
SÃO PAULO (Reuters) - A aérea Gol apurou prejuízo líquido de 1,13 bilhão de reais no quarto trimestre, aumento de 79 por cento ante o resultado negativo de um ano antes, influenciado por menores receitas e maiores custos, o que a fez revisar projeção de corte na oferta em 2016.
Em 2015, a Gol teve prejuízo de 4,29 bilhões de reais, aumento de 284 por cento sobre o resultado negativo de 2014, afetado pelo impacto da desvalorização do real e do bolívar venezuelano frente ao dólar nas despesas operacionais e sobre o saldo dos passivos financeiros.
De outubro a dezembro, a empresa teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves (Ebitdar) de 398,9 milhões de reais, queda de 17,3 por cento contra o mesmo trimestre um ano antes.
A receita operacional líquida totalizou 2,65 bilhões de reais no trimestre, baixa de 2,8 por cento sobre os últimos três meses de 2014, resultado do menor volume de passageiros.
O resultado vem após uma queda de 8,8 por cento na demanda total e recuo de 4,8 por cento na oferta total de assentos da companhia no quarto trimestre, com baixa de 3,3 pontos percentuais na taxa de ocupação das aeronaves.
O yield, indicador que mede preços de passagens, subiu 4,5 por cento.
Os custos e despesas operacionais avançaram 7,3 por cento no quarto trimestre na comparação anual, a 2,75 bilhões de reais.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Brasil pode comprar novo lote de helicópteros da Rússia
Interessado na compra de novos lotes de helicópteros russos, o Brasil recebeu da Rússia a indicação do modelo Mi-26T2, informou em entrevista à Sputnik o chefe da delegação da Rosoborexport (empresa estatal russa responsável pelas compras e vendas internacionais de material bélico) Sergei Ladygin na feira internacional de armamentos FIDAE-2016.
"O interesse [brasileiro com relação aos helicópteros russos] existe, e nós estamos pronto para oferecer aos brasileiros tanto helicópteros de combate, como de transporte. Por exemplo, o Mi-26T2, que não possui análogos no mercado no quesito de capacidade de carga" – disse Ladygin.
O porta-voz da estatal russa destacou ainda a necessidade de se criar no Brasil um sistema de centros de manutenção para helicópteros russos.
"Depois disso, surgirão novas perspectivas para expandir a nossa cooperação nessa área" – explicou o chefe da delegação da Rosoboronexport.
Um dia antes, Ladygin revelou que a Rússia tem planos de construir centros de manutenção de helicópteros no Brasil, na Venezuela, na Colômbia e no Peru.
A edição 2016 da FIDAE – Feira Internacional do Ar e do Espaço, acontece entre os dias 29 de Março e 3 de abril, em Santiago, no Chile. É um dos mais importantes eventos de aviação, defesa e segurança da América Latina. Na última edição, em 2014, a feira contou com a participação de 604 expositores de 43 países, com 125 aeronaves expostas e cerca de 150.000 visitantes durante o evento.
Há 10 anos, o Brasil inteiro acompanhava seu primeiro cosmonauta no espaço
Há 10 anos, o Brasil inteiro acompanhava pelos noticiários os momentos do primeiro cosmonauta brasileiro a ir ao espaço. No dia 29 de março de 2006, o Tenente-Coronel Marcos Pontes integrava a tripulação da Soyuz TMA-8, formada ainda pelo comandante russo Pavel Vinogradov e pelo astronauta americano Jeffrey Williams.
Pontes integrava a chamada Missão Centenário, fruto de um acordo firmado em 2005 entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos). Pontes, que era tenente-coronel da Força Aérea Brasileira (FAB), estava se preparando há alguns anos para integrar as missões dos ônibus espaciais americanos, mas a explosão da Columbia em 2003 fez a Agência Espacial Americana (NASA) interromper todos os seus programas.
A Missão Centenário recebeu este nome em referência à comemoração do centenário do primeiro voo tripulado de uma aeronave, o 14 Bis, de Santos Dumont, em Paris, em 23 de outubro de 1906. Com o acordo firmado entre Brasil e Rússia, Marcos Pontes passou por treinamento na Cidade das Estrelas, complexo de formação e preparação de cosmonautas situado a cerca de 50 quilômetros de Moscou.
Os três cosmonautas decolaram do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, em 29 de março de 2006, às 23h30min (horário de Brasília), tendo como destino a Estação Espacial Internacional, onde acoplou no dia 1.º de abril. Lá os cosmonautas realizaram diversos experimentos científicos. Entre os realizados por Pontes estavam estudos sobre o efeito da microgravidade na cinética das enzimas, minitubos de calor, germinação de sementes em ambiente de microgravidade, alguns dos quais foram acompanhados por alunos de escolas de São José dos Campos (SP) através da internet. A tripulação voltou à Terra no dia 8 de abril.
Dez anos depois, Pontes faz um balanço da experiência e conta aos leitores da Sputnik os pontos altos dessa missão:
“Queria agradecer por todo o carinho que tenho recebido por ocasião dos 10 anos da Missão Centenário, um marco na minha vida. Uma honra muito grande poder representar o Brasil, poder conhecer amigos que tenho até hoje na Rússia e que mantenho com muito carinho, e poder realizar um sonho não só meu, mas de uma nação inteira. Toda vez que você decola carregando a bandeira de uma nação carrega consigo também os sonhos, as expectativas e as vontades de um país inteiro. E dez anos passaram bem rápido, e muita coisa aconteceu nesse período.”
A experiência no espaço deixou frutos que estão sendo colhidos até hoje graças à persistência do cosmonauta e ao seu empenho em contribuir com projetos de desenvolvimento de educação.
“Tudo o que eu pude fazer para incentivar, promover as atividades espaciais, a ciência e tecnologia e principalmente a educação no Brasil eu fiz, até criei fundação para isso, como a Fundação Astronáutica Marcos Pontes. Agora no domingo, dia 3 de abril, vamos ter um evento muito bonito em Bauru (SP), onde a gente espera reunir entre 40 e 50 mil pessoas – no ano passado foram 40 mil – justamente em torno de educação, ciência e tecnologia.”
Apesar do entusiasmo, no entanto, Pontes diz que o cenário no Brasil deixa ainda muito a desejar.
“O fato é que, do ponto de vista federal, do apoio ao programa espacial e de outras áreas de ciência e tecnologia no Brasil, infelizmente as notícias não são boas. Não sei o que se passa na cabeça das nossas autoridades, mas certamente é distante do desenvolvimento da ciência e da tecnologia. O que a gente vê é uma redução de investimentos, leis que atrapalham bastante o desenvolvimento, a conexão operacional entre as universidades públicas e as empresas privadas, os centros de pesquisa, as parcerias no país. A gente precisa mudar essa proa, para que se tenha um país desenvolvido através da ciência, da tecnologia e da educação.”
Sobre o momento mais marcante da Missão Centenário, Marcos elege um e se emociona ao falar dele:
“Teve um momento que congregou desde a parte emocional, com tudo que foi antes da missão. Foi o momento em que chegamos ao espaço com o corte do motor e a separação do último estágio da Soyuz. Foi um momento especial quando olhei para a Terra e vi essa Terra azul, maravilhosa. Foi uma espécie de flash back de todos esses anos de preparação, começando lá em Bauru”, recorda.
“Lembro que naquela época, quando eu falava em ser piloto, os meus amigos de trabalho lá na Rede Ferroviária falavam que era maluquice, que eu nunca iria conseguir fazer isso. Eu tinha ali de 14 para 16 anos. Lembro que um dia cheguei em casa chateado e minha mãe olhou para mim – ela era italiana, com aqueles olhos azuis – e me disse: ‘Olha, não dê ouvido a esse tipo de coisa, porque você pode ser o que quiser na vida desde que você estude, trabalhe e persista. Sempre faça mais do que esperam de você.’ De repente, naquele momento, quando olhei a Terra, lembrei da minha mãe falando exatamente aquilo. Acho que aquele momento foi o mais marcante de toda a missão.”
Piloto morre após dois aviões agrícolas baterem no ar em SC
Acidente aconteceu na manhã desta quarta-feira (30) em Luiz Alves. Uma das aeronaves perdeu o controle e bateu contra bananal.
Do G1 Sc
Dois aviões agrícolas bateram durante voo no início da manhã desta quarta-feira (30) em Luiz Alves, no Vale de Itajaí, em Santa Catarina. Uma das aeronaves perdeu o controle, bateu contra um bananal e o piloto morreu, de acordo com o Corpo de Bombeiros. O outro avião conseguiu pousar e o piloto passa bem.
Conforme o Corpo de Bombeiros, as aeronaves eram usadas na aplicação de fertilizantes, sementes e defensivos em uma plantação de bananas. As causas do acidente ainda são desconhecidas.
Os bombeiros foram acionados um pouco antes das 7h. Após mais de uma hora, com buscas por ar e terra, a aeronave que bateu no bananal foi localizada por volta das 8h20.
A identidade da vítima fatal ainda não foi divulgada. Os dois pilotos estavam sozinhos nas aeronaves, segundo os bombeiros.
Ninguém viu ninguém, diz piloto que sobreviveu a choque no ar em SC
Acidente matou colega que estava em outro avião em plantação de banana. Homem conseguiu pousar. "A hélice do meu avião arrancou a asa dele", diz.
O piloto Sergio Mendonça, sobrevivente de um acidente com dois aviões agrícolas que matou outro piloto em Luiz Alves, no Vale do Itajaí, diz que não enxergava a outra aeronave no momento da batida, na manhã desta quarta-feira (30). Segundo ele, não houve tempo de desviar. "Ele veio por cima e só tem visão da frente, não tem embaixo. Ninguém viu ninguém".
Mendonça, de 52 anos, contou à RBS TV que ele e o outro piloto, de 45 anos, trabalhavam juntos na pulverização de uma plantação de bananas. "Quando eu terminava essa [pulverização], ele iniciava a dele. Ele veio e colidiu por cima do meu avião. A hélice do meu avião arrancou a asa dele. Eu nem vi", disse.
Apesar da batida, Mendonça conseguiu pousar seu avião. "Eu tive sorte de chegar, vocês viram o estado em que ficou nosso [avião]. O dele, infelizmente caiu logo na frente", contou. Assim como Mendonça, o piloto que morreu tinha mais de 20 anos de experiência em aviação.
Asa ficou marcada
Conforme os bombeiros, a aeronave do piloto que morreu perdeu a direção e bateu na parte de cima do outro avião, que ficou com a ponta de uma das asas marcadas pela roda do veículo. Ao pousar, a hélice entortou ao bater no chão.
Asa ficou marcada
Conforme os bombeiros, a aeronave do piloto que morreu perdeu a direção e bateu na parte de cima do outro avião, que ficou com a ponta de uma das asas marcadas pela roda do veículo. Ao pousar, a hélice entortou ao bater no chão.
Depois do pouso, o piloto Mendonça acionou o Salvaero (Salvamento Aeronáutico), que informou ao Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA) V. Este órgão da Força Aérea Brasileira deve investigar as causas e circunstâncias do acidente.
Em corte adicional, Educação perde R$ 4,2 bilhões e PAC, R$ 3,2 bilhões
Decreto detalhando bloqueio foi publicado em edição extra do Diário Oficial. Segundo governo, corte de R$ 21,2 bilhões visa atingir meta fiscal de 2016.
Alexandro Martello
O Ministério do Planejamento divulgou nesta quarta-feira (30), por meio de edição extraordinária do "Diário Oficial da União", mais detalhes sobre o bloqueio extra de R$ 21,2 bilhões, anunciado na semana passada.
Segundo os números do governo federal, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) teve seu limite de gastos limitado em R$ 3,21 bilhões, com a autorização para despesas, em todo este ano, caindo de R$ 26,49 bilhões para R$ 23,28 bilhões.
Neste mês, após a cerimônia de posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil, a presidente Dilma Rousseff publicou um decreto que transfere a gestão do PAC do Ministério do Planejamento para a Casa Civil. Lula, porém, ainda não assumiu o cargo porque teve a nomeação suspensa pelo Supremo Tribunal Federal.
Minha Casa Minha Vida
O anúncio aconteceu no mesmo dia em que o governo lançou, em uma cerimônia no Palácio do Planalto, a terceira fase do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que terá a meta de entregar 2 milhões de moradias populares até 2018. O MCMV está dentro do PAC.
Minha Casa Minha Vida
O anúncio aconteceu no mesmo dia em que o governo lançou, em uma cerimônia no Palácio do Planalto, a terceira fase do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que terá a meta de entregar 2 milhões de moradias populares até 2018. O MCMV está dentro do PAC.
Nos dois primeiros meses deste ano, os gastos do PAC já haviam recuado. Segundo números do Tesouro Nacional, as despesas do PAC caíram 6,8%, para R$ 6,96 bilhões, contra R$ 7,46 bilhões em igual período do ano passado.
Já as despesas do Minha Casa Minha Vida tiveram uma queda mais forte ainda no primeiro bimerstre. Os números oficiais mostram que esses gastos somaram R$ 1,24 bilhão em janeiro e fevereiro deste ano, contra 2,75 bilhões no mesmo período do ano passado – uma queda de 54%.
Corte por ministérios
Os números do novo decreto de limitação de gastos divulgado pelo governo federal mostram que o Ministério da Educação foi fortemente afetado pelo novo bloqueio de gastos.
Os números do novo decreto de limitação de gastos divulgado pelo governo federal mostram que o Ministério da Educação foi fortemente afetado pelo novo bloqueio de gastos.
De acordo com o governo, o Ministério da Educação teve seu limite de empenho para gastos discricionários (excluindo o PAC e as despesas obrigatórias) diminuído em R$ 4,27 bilhões para todo este ano.
Já o Ministério da Saúde teve seu limite para gastos reduzido em R$ 2,28 bilhões, enquanto o Ministério da Ciência e Tecnologia teve seu orçamento para todo este ano diminuído em R$ 1 bilhão. O Ministério de Minas e Energia teve seu limite cortado em R$ 2,13 bilhões e o Ministério da Fazenda "perdeu" R$ 827 milhões.
O Ministério da Defesa, por sua vez, teve seu limite para gastos para o ano de 2016 reduzido em R$ 2,13 bilhões, ao mesmo tempo em que o Minsitério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome teve seu orçamento cortado em R$ 827 milhões.
Bloqueio adicional
O corte adicional no orçamento deste ano, anunciado na semana passada, se somou ao bloqueio de R$ 23,4 bilhões que havia sido autorizado em fevereiro. Com isso, o corte total, na peça orçamentária de 2016, chega a R$ 44,65 bilhões.
O corte adicional no orçamento deste ano, anunciado na semana passada, se somou ao bloqueio de R$ 23,4 bilhões que havia sido autorizado em fevereiro. Com isso, o corte total, na peça orçamentária de 2016, chega a R$ 44,65 bilhões.
Segundo o governo, o novo bloqueio de gastos no orçamento deste ano visa cumprir a meta de superávit primário, isto é, a economia para pagar juros da dívida pública, de R$ 24 bilhões para o governo central - União, Previdência Social e Banco Central - fixada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano.
Nesta semana, porém, o governo encaminhou ao Congresso Nacional o projeto de lei que altera a meta fiscal deste ano e autoriza um déficit de até R$ 96,65 bilhões em suas contas em 2016.
Ao anunciar que o governo enviaria o projeto, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, informou que ele contempla a "reversão" desse corte adicional de R$ 21,2 bilhões nos limites para gastos - cujo detalhamento saiu nesta quarta-feira (30).
Educação e PAC são áreas mais afetadas por novo corte no Orçamento
Wellton Máximo
O Ministério da Educação e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram as áreas mais afetadas pelo corte adicional de R$ 21,2 bilhões anunciado na semana passada pelo governo. O Diário Oficial da União publicou hoje (30), em edição extraordinária, o detalhamento do novo contingenciamento (bloqueio de verbas) por órgão público.
Segundo o novo decreto de programação orçamentária, o Ministério da Educação perdeu R$ 4,27 bilhões. O limite de despesas discricionárias (não obrigatórias) foi reduzido de R$ 34,43 bilhões para R$ 30,16 bilhões. Em fevereiro, a pasta tinha sofrido contingenciamento de R$ 2,216 bilhões.
Em segundo lugar estão as despesas do PAC, que tiveram corte de R$ 3,21 bilhões, passando de R$ 26,49 bilhões para R$ 23,28 bilhões. Em fevereiro, os gastos com as obras do programa haviam sido reduzidos em R$ 4,23 bilhões
Completam a lista dos cortes os ministérios da Defesa, que teve o limite de gastos não obrigatórios reduzido em R$ 2,83 bilhões, da Saúde (R$ 2,37 bilhões), de Minas e Energia (2,15 bilhões), da Ciência e Tecnologia (R$ 1 bilhão), do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (R$ 852 milhões) e da Fazenda (R$ 847 milhões).
Anunciado no último dia 22, o contingenciamento adicional foi necessário para fazer o governo cumprir a meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – de R$ 24 bilhões para o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) estipulada no Orçamento deste ano. Somado ao corte de R$ 23,4 bilhões anunciados em fevereiro, o bloqueio total de verbas chega a R$ 44,6 bilhões.
Por causa da dificuldade em cumprir a meta fiscal mesmo com os novos cortes, o governo enviou na segunda-feira (28) ao Congresso projeto para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias e permitir um déficit primário de R$ 96,7 bilhões em 2016. O resultado negativo poderá chegar a R$ 102,7 bilhões com a renegociação da dívida dos estados e do Distrito Federal com a União.
Câmara de Fortaleza aprova benefícios fiscais para atrair companhias aéreas
Edwirges Nogueira
A Câmara Municipal de Fortaleza aprovou hoje (30) projeto de lei que concede benefícios fiscais para empresas aéreas que instalarem centros internacionais de conexões de voos, os chamados hubs, na cidade.
A proposta, enviada pelo Poder Executivo Municipal, é uma tática para atrair o hub que a companhia Latam vai criar no Nordeste. A empresa avalia as condições de Fortaleza, Natal (RN) e Recife (PE) para a instalação do centro de conexões.
O projeto isenta de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) os serviços relativos à implantação e operação de hub de companhias aéreas e reduz de 5% para 2% o tributo para serviços como manutenção de aeronaves, hospedagem das tripulações e venda de passagens aéreas e pacotes turísticos.
A proposta também concede isenção do Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).
A tática de conceder benefícios fiscais para companhias aéreas já vem sendo adotada pelos outros duas cidades que disputam o hub da Latam. Natal e Recife reduziram no ano passado a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que incide no querosene de aviação.
No Ceará, o governo estadual deve enviar até o fim da semana uma mensagem com o mesmo teor para ser analisada pela Assembleia Legislativa.
Infraestrutura
Desde o anúncio de que o grupo Latam planeja criar um centro internacional de conexões no Nordeste, os estados que disputam a preferência da companhia iniciaram campanhas para atrair o investimento.
Os três principais critérios para a escolha, segundo a empresa, são a qualidade da infraestrutura aeroportuária, a experiência do cliente e a competitividade em custos.
Para atender ao último critério, os governos têm criado benefícios fiscais. No entanto, em relação à qualidade da infraestrutura, as três cidades deixam a desejar. Estudo da consultoria Arup para avaliar as condições dos terminais para o hub, divulgado em outubro de 2015, aponta a necessidade de adaptações estruturais nos três aeroportos concorrentes.
O vereador João Alfredo (PSOL) é contrário à instalação do hub da Latam em Fortaleza pelo fato de o Aeroporto Internacional Pinto Martins estar dentro da cidade.
“Se olharmos para outras cidades, os aeroportos ficam afastados da zona urbana. Aqui, temos um aeroporto em uma área densamente habitada, com vias que não suportam os engarrafamentos e ainda com o problema da poluição sonora. E o que se propõe: ampliar ainda mais a capacidade do aeroporto, que terá voos praticamente de hora em hora.”
Já o líder do governo na Câmara Municipal, vereador Evaldo Lima (PCdoB), comemorou a aprovação do projeto. “O prefeito Roberto Cláudio e o governador Camilo Santana assumem a liderança para trazer o hub para Fortaleza. A possibilidade é estratégica para o desenvolvimento da cidade e merece o empenho e o compromisso dos cidadãos.”
Previsto inicialmente para o fim do ano passado, o anúncio da cidade-sede do centro internacional de conexões da Latam foi adiado para este ano e será divulgado até o fim do primeiro semestre, segundo a empresa.
Tom Jobim/Galeão faz exercício simulado de acidente com avião
Mais de 200 pessoas participaram, hoje, de um exercício simulando um acidente aéreo no aeroporto Tom Jobim/Galeão, no Rio. O Boeing 747-800 das fotos, usado na rota regular entre Rio e Frankfurt, representou a aeronave envolvida no incidente.
O exercício durou cerca de duas horas e contou, além do corpo de emergência do Rio/Galeão, com Defesa Civil, Bombeiros, Hospital da Força Aérea e Cruz Vermelha, entre outros.
O exercício durou cerca de duas horas e contou, além do corpo de emergência do Rio/Galeão, com Defesa Civil, Bombeiros, Hospital da Força Aérea e Cruz Vermelha, entre outros.
Marinhas do Brasil e dos Estados Unidos fazem simulado de ação antiterrorista
Treinamento conjunto de operações especiais que visa ao aperfeiçoamento de técnicas e troca de experiências ocorre de 2 de março a 11 de abril
Um navio é sequestrado por terroristas. Há reféns. Com duas lanchas e um helicóptero, é feita a abordagem e a retomada da embarcação. As pessoas em risco são liberadas. A operação é finalizada com sucesso e sem mortes, assim como deve ser em caso de eventual ataque em um momento como os Jogos Rio 2016. Nesta terça-feira (29), esse simulado foi realizado na Base Almirante Castro e Silva (Bacs), na Ilha de Mocanguê Grande, em Niterói (RJ).
Militares do Grupamento de Mergulhadores de Combate (Grumec) e do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais da Marinha Brasileira, representantes da Marinha norte-americana, membros do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (COT-PF) e de outros órgãos brasileiros de segurança pública participam, de 2 de março a 11 de abril, de um treinamento conjunto de operações especiais que visa ao aperfeiçoamento de técnicas e troca de experiências.
Os simulados são parte do curso que tem cem participantes e ocorre não só na Ilha de Mocanguê, mas também na Cidade da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, na comunidade do Jacaré, e na área marítima localizada no interior da Baía de Guanabara. Há treinamentos de tiro, de combate em ambiente confinado, de primeiros socorros, de comunicações e de abordagem de embarcações.
“Esse relacionamento com a Marinha norte-americana e com outros países é de longa data. São oportunidades de trocar informação e de aprimorar algumas técnicas dentro da nossa realidade”, disse Luís Guilherme Rabello, comandante do Grumec.
“Estamos sempre fazendo esse tipo de exercício. Este curso foi mais uma afirmação para nivelamento técnico, para podermos operar com várias unidades de operações especiais além da nossa, já que a operação da Olimpíada é conjunta”, acrescentou um militar do Grumec que participou do treinamento e preferiu não se identificar por questões de segurança.
Ele também destacou o intercâmbio de informações com os militares dos Estados Unidos. “Eles vieram com técnicas novas, resultado de um estudo para fazer a melhor abordagem e diminuir ao máximo o efeito colateral, que é a perda de pessoas. Algumas (técnicas) já utilizávamos, outras foram melhoradas e adaptadas”, finalizou.
"Foram os 9 minutos mais rápidos da minha vida", relembra primeiro brasileiro no espaço
Há dez anos, Marcos Pontes se tornou o primeiro e até hoje único brasileiro a cruzar os limites da atmosfera e ver a Terra do espaço. Em entrevista à DW, ele relembra a viagem e avalia o programa espacial do Brasil.
Deutsche Welle
A bordo da nave russa Soyuz TMA-8, que partiu do Cazaquistão e carregava 200 toneladas de combustível a uma velocidade de 28 mil km/h, o primeiro e único astronauta brasileiro, Marcos Pontes, levou apenas nove minutos para entrar em órbita há exatamente dez anos, em 30 de março de 2006. Até o momento da acoplagem na Estação Espacial Internacional (EEI), tudo podia acontecer.
Sem grandes imprevistos iniciais, Pontes permaneceu dez dias no espaço para cumprir a Missão Centenário, referência ao voo inaugural do 14-bis de Alberto Santos Dumont, realizado em 1906. Dormia pouco, trabalhava de olho no cronômetro. Natural de Bauru, no interior de São Paulo, ele ajudou a fazer a manutenção da EEI e viu a Terra do alto como "uma criatura viva". Tirou 2.200 fotos, que pretende publicar ainda este ano.
Autor de quatro livros, o ex-piloto de testes da Força Aérea Brasileira (FAB) agora tenta retribuir a oportunidade única e histórica divulgando a ciência. Em entrevista à DW Brasil, ele contou do sonho de deixar a atmosfera uma segunda vez.
DW Brasil: O que você fez nos últimos dez anos?
Marcos Pontes: Fui para a reserva da Força Aérea, e isso ampliou minha possibilidade de atuação em outras áreas. Fui convidado pela ONU para ser embaixador de desenvolvimento industrial. Também trabalho como embaixador da First Foundation, que é para promoção de ciência e tecnologia em escolas. Também criei uma fundação. Usamos ciência e tecnologia para promover a educação. Escrevi quatro livros e montei uma empresa de turismo de aventura porque tenho vontade de levar outras pessoas ao espaço. Sou palestrante e coach.
Então você sonha com uma segunda viagem, que seria com mais gente, com turistas?
Eu sonho e espero que ela se realize. Posso voltar ao espaço através de outras agências ou de iniciativas privadas. É um mercado amplo, e tenho vários convites. Devo voltar ao espaço nos próximos anos e espero ajudar a levar mais pessoas. Sei que esse é o sonho de muita gente.
Como você virou astronauta?
Fiz um concurso público. Foi nos mesmos moldes que a Nasa. Meu irmão viu o edital e mandou para mim quando eu estava fazendo meu doutorado nos Estados Unidos.
Do que você se lembra daqueles dias que antecederam a partida?
Como eu estava em quarentena, nos últimos 15 dias antes do voo, lá no Cazaquistão, eu estava muito focado. As coisas que fazíamos eram ligadas a testes de sistema, verificação da espaçonave, exames médicos, provas de acoplamento. Era aquela expectativa natural do voo. Esses dias foram muito marcantes, também porque fazia cinco meses que eu não via minha família. Eles foram para lá no dia anterior à decolagem. Tive a chance de falar com eles durante meia hora. Aquele foi um momento muito marcante, a despedida. E depois os detalhes da missão, lembro de praticamente tudo.
E a viagem, como foi?
Começa naquele momento em que você está na escada. Você entra num elevador bem apertado. Tira a bota que usamos para caminhar e entra na cápsula. A passagem é estreira. Como aquele macacão é desconfortável, quando você chega dentro da nave, você está suado, e tudo que você quer é se conectar a um cabo. Tem um cabo de comunicação, um de oxigênio e um de ventilação. Quando você conecta, principalmente o de ventilação, dá um alívio. Aí você consegue raciocinar. Toda aquela parte de fora fica para trás. Tem que se concentrar no painel. Depois de todo mundo amarrado, vem o acionamento de todos os sistemas, contagem regressiva, vibração. O foguete vibra muito, o coração acelera bastante. Você está a caminho dos nove minutos mais rápidos da sua vida.
Teve algum momento em que bateu medo?
O medo é a causa de 99% das falhas ou dos insucessos na vida das pessoas. Medo é natural em todo ser humano. A questão é se você tem coragem ou não de fazer o que você precisa fazer. O medo vai aparecer. No momento da decolagem, você sabe que está com 200 toneladas de combustível queimando nas suas costas, e uma explosão certamente leva todo mundo junto. O acoplamento entre as espaçonaves é a 28 mil km/h, você não pode errar. Durante o período na Estação Espacial, tivemos um alarme de incêndio. Conseguimos contornar a situação, e para isso serve o treinamento, para você controlar a emoção e fazer o necessário.
Qual a impressão da Terra lá de cima?
É algo maravilhoso. Captura sua atenção, embora eu tivesse um monte de coisa para fazer porque o tempo é contado, minuto a minuto. Mas sempre que você passa por uma janela, você para um ou dois minutos para olhar. Durante o meu tempo de dormir, seis ou sete horas, era o tempo que eu ficava olhando. Tirava fotos. Tirei 2.200 fotos. A Terra é obviamente viva, com aquela superfície fina. A impressão que você tem é que é uma criatuva viva. É difícil de explicar.
O que era a Missão Centenário? Ela foi cumprida?
Tudo que foi previsto em termos operacionais, nós conseguimos cumprir. Pode me chamar de mecânico de espaçonave. Minha função a bordo era manter os sistemas funcionando e, naquele caso, preparar a estação para a próxima expedição. Todas as tarefas que recebi foram cumpridas. O que digo que foi além é que teve uma repercussão em vários setores, tanto de relações internacionais quanto na divulgação científica do país, e isso tem desdobramentos muito interessantes com relação à educação. No nosso caso, a missão ajudou a motivar jovens – não sei o número – a seguir carreira na ciência e tecnologia. Para mim é uma coisa que não tem preço.
O Programa Espacial Brasileiro carrega um peso antigo: fruto de uma iniciativa militar, ele se desenvolveu de forma limitada. Uma nova missão com um brasileiro ajudaria o programa a se expandir?
Neste momento, não. O Programa Espacial Brasileiro tem tantos problemas básicos, estruturais. Lógico que uma missão tem uma repercussão em termos de divulgação que vai causar apoio público, que vai causar interesse dos políticos, que por sua vez vai causar um orçamento maior, forçar leis melhores. Mas é só uma parte da solução. Precisamos solucionar uma série de outros problemas. O Brasil é um dos países que mais cedo começou as atividades espaciais, lá no início da década de 60, com esforços da Força Aérea. Eles geraram o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, formação de profissionais. Teve um grande crescimento numa certa fase. E, em 1995, quando o programa se tornou civil, com a criação da Agência Espacial, surgiu uma divisão na estrutura que atrapalha. Ou ele ficaria só militar ou só civil. Deveria existir uma divisão na Força Aérea para tratar do programa espacial, como é nos Estados Unidos.
Seria uma integração entre civil e militar?
Na verdade os dois estão juntos, mas não funcionam bem. Acho que o programa civil deveria ser só civil, funcionando dentro da premissa de uso pacífico do espaço. E a Força Aérea? Poderia ser criada uma divisão para tratar de assuntos espaciais. Seria bom para separarmos as coisas.
Cooperação entre Brasil e Ucrânia será ratificada
Assessoria De Comunicação Social (ascom)
Para dar continuidade à cooperação técnico-militar e na área de defesa, o embaixador da Ucrânia no Brasil, Rostyslav Tronenko, reuniu-se, nesta quarta-feira (30), com o ministro da Defesa, Aldo Rebelo.
“As propostas de cooperação são de todo interesse do Ministério da Defesa. Nossos países têm necessidades muito parecidas. Somos países médios, sem ambições de super potência. Países com estratégia de defesa essencialmente defensiva. Portanto, com condições de ter autonomia e por isso, podemos ter acordos de cooperação nesse sentido”, disse o ministro.
As possibilidades de cooperação entre Brasil e Ucrânia incluem intercâmbio de conhecimento, defesa cibernética, compartilhamento de tecnologia, produção conjunta de equipamentos e aeronaves, dentre outros projetos.
O embaixador da Ucrânia ressaltou o interesse em ratificar a atuação conjunta na área de defesa com o Brasil. “Nós sempre queremos estabelecer parcerias de longo prazo, não passageiros. Sempre respeitando as necessidades das Força Armadas do Brasil", destacou Tronenko.
Sem Galeão e Confins, Infraero sai do azul e tem prejuízo operacional
Daniel Rittner
BRASÍLIA - Depois de ter perdido o controle do Galeão (RJ) e de Confins (MG), aeroportos que foram transferidos para a iniciativa privada em agosto de 2014, a Infraero saiu do azul e registrou prejuízo operacional de R$ 221,7 milhões no ano passado. A perda dos dois terminais, além do de Natal, foi decisiva no resultado. Todos eram rentáveis — houve lucro de R$ 58 milhões no exercício anterior. Os resultados financeiros da estatal foram publicados nesta terça-feira no “Diário Oficial da União”.
Outros dois indicadores demonstram o grau de comprometimento da saúde financeira da Infraero. Ela teve prejuízo líquido de R$ 3,049 bilhões em 2015. Esse desempenho, no entanto, inclui os investimentos feitos em ativos da União. Isso porque os aeroportos administrados pela estatal não fazem parte de seu patrimônio e todas as melhorias são classificadas contabilmente como um gasto sem retorno.
Em função dessa regra, o balanço da Infraero inclui ainda o resultado líquido antes de investimentos, no qual foi registrado um prejuízo de R$ 2,118 bilhões — mais que o dobro do verificado no ano anterior.
Segundo comunicado da estatal, o rombo foi influenciado por vários “eventos não recorrentes”. Foi preciso, por exemplo, dar baixa patrimonial de R$ 826,4 milhões nos aeroportos em que a Infraero ficou com apenas 49% de participação acionária. Também houve a necessidade de constituir provisões, perdas e atualizações de contingências trabalhistas, cíveis e extrajudiciais no valor de R$ 584,8 milhões. Outro passivo resulta de provisão relativo ao plano de previdência complementar e ao programa de assistência médica. Foram alocados R$ 122,6 milhões no balanço para isso.
Em meio a uma tentativa de reestruturação, a Infraero destacou números que são favoráveis quando a comparação é feita sem os aeroportos privatizados. Nesse caso, as receitas operacionais apresentaram crescimento de 9,6% no ano passado. O desempenho decorre principalmente da expansão das receitas comerciais, que foram ampliadas com o arrendamento de áreas para alimentação, estacionamentos de veículos e novos hotéis, entre outros.
“O custo operacional, por sua vez, foi alvo de medidas de controle, com acompanhamento sistemático das despesas e definição de metas. Entre as ações que foram adotadas estão a substituição de empregados terceirizados por funcionários de carreira da Infraero que eram de aeroportos concedidos”, afirma o comunicado da estatal.
“Com isso, as despesas de 2015 com material de consumo, serviços contínuos, despesas gerais e serviços públicos chegaram ao montante de R$ 920,5 milhões, o que representa acréscimo de apenas 3% em relação a 2013 (sem os aeroportos concedidos), ante a inflação de quase 18% no mesmo período. Destaca-se que, até 2012, estas despesas aumentavam em média duas vezes a inflação por ano".
Gol tem prejuízo de R$ 4,29 bi em 2015 e revisa corte de decolagens
Queda é influenciada por menores receitas e maiores custos. Em 2015, cia teve prejuízo de R$ 4,29 bi, aumento de 284% ante 2014
Da Reuters
SÃO PAULO (Reuters) - A aérea Gol apurou prejuízo líquido de 1,13 bilhão de reais no quarto trimestre, aumento de 79 por cento ante o resultado negativo de um ano antes, influenciado por menores receitas e maiores custos, o que a fez revisar projeção de corte na oferta em 2016.
Em 2015, a Gol teve prejuízo de 4,29 bilhões de reais, aumento de 284 por cento sobre o resultado negativo de 2014, afetado pelo impacto da desvalorização do real e do bolívar venezuelano frente ao dólar nas despesas operacionais e sobre o saldo dos passivos financeiros.
De outubro a dezembro, a empresa teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves (Ebitdar) de 398,9 milhões de reais, queda de 17,3 por cento contra o mesmo trimestre um ano antes.
A receita operacional líquida totalizou 2,65 bilhões de reais no trimestre, baixa de 2,8 por cento sobre os últimos três meses de 2014, resultado do menor volume de passageiros.
O resultado vem após uma queda de 8,8 por cento na demanda total e recuo de 4,8 por cento na oferta total de assentos da companhia no quarto trimestre, com baixa de 3,3 pontos percentuais na taxa de ocupação das aeronaves.
O yield, indicador que mede preços de passagens, subiu 4,5 por cento.
Os custos e despesas operacionais avançaram 7,3 por cento no quarto trimestre na comparação anual, a 2,75 bilhões de reais.
Portal da Prefeitura de Duque de Caxias (RJ)
PREFEITURA E GOVERNO DO ESTADO SE UNEM CONTRA O AEDES AEGYPTI EM CAXIAS
A Prefeitura de Duque de Caxias, através da secretaria municipal de Saúde, participa da força tarefa montada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro – formada pela Defesa Civil Estadual e Secretaria de Estado de Saúde – para operação “Xô, Zika”, que até o dia 14 de maio vai percorrer cinco municípios (Belford Roxo, São Gonçalo, Itaboraí, Itaguaí e Duque de Caxias), no combate ao mosquito Aedes aegypti. Desde a semana passada, agentes de Endemias de Caxias e militares do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro realizam visitas domiciliares nos bairros do Pilar, Santo Antônio e Santa Cruz da Serra.
“Toda ajuda é válida nesse momento. A participação da força militar dá mais confiança às pessoas para que abram as portas de casa aos agentes de endemias. Com isso, conseguimos diminuir as pendências nessas localidades”, destacou o coordenador de Vigilância Ambiental da secretaria municipal de Saúde, Alessandro de Deus Mello.
O coordenador da Força Tarefa estadual, coronel Paulo Renato Vaz, esteve no bairro Santo Antônio nesta terça-feira (29/3), acompanhando a operação e explicou o que vem sendo feito pelo governo do Estado no combate ao mosquito transmissor da Dengue, Zika e Febre Chikungunya. Segundo ele, desde o dia 22 de fevereiro, já foram visitados 73 mil domicílios.
“Sabemos que o mosquito (Aedes aegypti) tem uma predileção por áreas urbanas e levando em conta essa informação, a Secretaria de Estado de Saúde indicou cinco municípios da região metropolitana com grande taxa de urbanização para realizarmos esse trabalho. Juntos, Belford Roxo, São Gonçalo, Duque de Caxias, Itaboraí e Itaguaí têm mais de 2,7 milhões de habitantes, o que representa 17% da população fluminense. A força tarefa vem atuando com 2.500 bombeiros militares capacitados pela SES para a operação ‘Xô, Zika’, contamos ainda com a utilização de um drone que identifica em tempo real possíveis focos do mosquito em locais de difícil acesso”, explicou o coordenador da Força Tarefa, coronel Paulo Renato Vaz.
Moradora do bairro Santo Antônio, Leci da Silva, de 58 anos, abriu as portas de casa para os agentes de endemias e bombeiros e elogiou o trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti. “Acho muito importante essas ações. As pessoas têm que ter consciência que cada um deve fazer sua parte. Eu adoro plantas, mas tomo todos os cuidados para não deixar acumular água”, disse a doméstica, que nunca teve casos de doenças transmitidas pelo mosquito em casa.
Utilização de Drone
A novidade da operação é a utilização do veículo aéreo não tripulado, conhecido como drone, na identificação de possíveis focos do mosquito Aedes aegypti em locais de difícil acesso. A ferramenta possui uma câmera que monitora a localidade e um GPS para mapear as ações. As imagens são enviadas em tempo real para um tablet e o relatório encaminhado para os agentes que visitam os domicílios. Coordenador da Coordenadoria de Operação de Veículos Aéreos Não Tripulados (COVANT), o tenente-coronel Rodrigo Bastos explicou o funcionamento do drone.
“Temos um mapa da área que temos que monitorar e com o drone fazemos as imagens aéreas do local. Isso possibilita uma visualização mais ampla da região em tempo real. O relatório sobre os possíveis focos do mosquito é enviado para as equipes que trabalham em terra, que realizam a visita ao domicílio, já em posse de todas as informações”, afirmou o tenente-coronel.
EMBRAER
Embraer Defesa & Segurança seleciona Rheinmetall para fornecer dispositivos de treinamento para o KC-390
Embraer
Santiago, Chile, 30 de março, 2016 – A Embraer Defesa & Segurança anunciou hoje a seleção da empresa alemã Rheinmetall Defence Electronics Simulation and Training para desenvolver e entregar dispositivos de treinamento para o jato de transporte militar KC-390.
“Estamos dispostos a avançar com esta recente e profícua cooperação e estamos confiantes de que nossa parceria com a Rheinmetall resultará em um conjunto de meios de treinamento que certamente contribuirá para o sucesso global do Programa KC-390”, disse Jackson Schneider, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.
“A Rheinmetall está honrada por ter sido escolhida como parceira para os dispositivos de treinamento do programa KC-390”, disse Ulrich Sasse, Presidente da Rheinmetall Simulation and Training. “Estamos muito animados para demonstrar o nosso compromisso com a Embraer e com o programa KC-390, fornecendo a mais recente e comprovada tecnologia de simulação da Alemanha”.
O Embraer KC-390 é uma aeronave de transporte tático desenvolvida para estabelecer novos padrões na sua categoria, apresentando ao mesmo tempo o menor custo do ciclo de vida do mercado. É capaz de realizar diversas missões, como transporte e lançamento de cargas e tropas, reabastecimento em voo, busca e resgate e combate a incêndios florestais. A Embraer espera obter a certificação da aeronave no último trimestre de 2017 com as primeiras entregas previstas para o primeiro semestre de 2018.
PLANO BRASIL
Boa notícia para a Força Aérea Brasileira! Equipe SAAB/EMBRAER que desenvolverá o Gripen E/F começa, em mais 7 meses, seu trabalho em Gavião Peixoto (SP)
Posted by Roberto Lopes
O chefe do programa do Gripen Brasileiro no Grupo SAAB, Andrew Wilkinson, declarou, nesta terça-feira (29.03), ao site IHS Jane’s, que a equipe Gripen Design Development Network, formada por técnicos de sua empresa e funcionários da companhia Embraer Defesa & Segurança estará totalmente formada por volta do fim do mês de junho deste ano, e completamente equipada e pronta para iniciar seu trabalho, nas instalações da Embraer do município paulista de Gavião Peixoto, dentro de mais sete meses.
Wilkinson deu essas informações em Santiago do Chile, onde participa da rotina de eventos da SAAB programada para a FIDAE.
Ele contou que, além dos 55 funcionários da Embraer e da AEL Sistemas enviados, em outubro passado, para um estágio de qualificação nas instalações da SAAB na cidade de Linköping, outros 30 devem viajar para o mesmo destino na primeira quinzena de abril.
Esses técnicos cumprirão treinamentos em períodos que vão variar entre seis, 12 e 24 meses, de acordo com a função que lhes caberá cumprir no programa do Gripen, e, segundo o executivo sueco, essa rotina de especialização deve durar “vários anos”.
Roll out – A indústria aeroespacial brasileira será responsável por 40% de todo o programa do Gripen brasileiro.
O programa de transferência de tecnologia relativo à produção dos caças suecos no Brasil deve se estender por dez anos, e ao menos os primeiros quatro estão reservados à capacitação de pessoal da indústria aeroespacial brasileira.
Ao todo, cerca de 350 especialistas brasileiros passarão por diferentes aprendizados em Linköping.
O primeiro grupo de brasileiros qualificado pela SAAB deve estar de volta ao país a partir de outubro.
É possível que parte do pessoal brasileiro que se encontra na Suécia possa assistir o roll-out oficial do Gripen E da Força Aérea sueca, marcado para o dia 18 de maio.
Wilkinson não quis arricar nenhuma data para o evento do mesmo tipo referente ao primeiro Gripen da FAB, que será inteiramente fabricado na SAAB, mas confirmou que todos os 28 jatos modelo E, e os oito tipo F – biplaces – da Aeronáutica do Brasil, deverão estar em solo brasileiro no período de 2019 a 2024.
DEFESANET
KC-390 - EMBRAER otimista na perspectiva de mercado
Pedro Paulo Rezende
Enviado Especial DefesaNet a FIDAE 2016
Enviado Especial DefesaNet a FIDAE 2016
Santiago do Chile — A EMBRAER está confiante nas perspectivas de mercado do KC-390, mesmo diante do surgimento de potenciais concorrentes no mercado, como o Antonov An-178. “Temos um produto extremamente competitivo e uma grande vantagem sobre os ucranianos” — ressaltou o diretor do programa, Paulo Gastão, — “nosso avião saiu de uma linha de montagem enquanto eles são um escritório de projetos sem nenhuma fábrica para produzir o aparelho.”
A Antonov firmou, recentemente, um acordo com a Arábia Saudita para produzir o An-132, uma versão radicalmente modificada do velho An-32, em uma nova planta nas proximidades de Riad. Entre os projetos previstos para dar continuidade ao processo está o An-178, um aparelho biturbina, na classe do C-130, capaz de levar 17 toneladas de carga.
“Respeitamos muito a história da Antonov”, afirmou Gastão, “mas nosso produto concorre em uma faixa superior, com 27 toneladas de carga, e tem várias vantagens no momento, inclusive na quantidade de horas voadas. Já cumprimos mais de 150 horas com o protótipo número 1 e o protótipo número 2, depois de cumprir um ano de serviço em teste estático, está pronto para começar a série de voos.”
Para dar continuidade ao programa de desenvolvimento, a EMBRAER investiu dinheiro próprio no projeto, uma vez que os repasses devidos pelo Ministério da Defesa estão em atraso. Segundo o balanço da empresa, o passivo do governo já ultrapassa US$ 1,2 bilhão, cerca de R$ 4 bilhões. Duas células para testes estruturais encontram-se em fase de montagem para serem agregadas ao programa de testes.
“Acreditamos no KC-390”, assegurou Gastão, “que disputa um mercado superior a 2 mil unidades. Nenhum outro aparelho tem a capacidade de carga e as mesmas características, já testadas, de poder operar a partir de pistas não preparadas. Ele é superior ao C-130 Hercules em todas as prestações. Os testes foram conclusivos, nosso produto superou todas as nossas expectativas, por isto cumprimos nosso compromisso de ter dois protótipos voando.”
A EMBRAER prevê a certificação do KC-390 no final de 2017, segundo indicou O CEO da EMBRAER Defesa & Segurança Jackson Schneider. A EMBRAER tem 28 contratos para entregar o KC-390 para o Brasil e 32 cartas de intenção com outros países, incluindo Chile, Portugal e Argentina. A companhia também está em conversas avançadas com alguns outros países que ainda não anunciaram uma intenção de comprar a aeronave, disse Schneider, sem nomeá-los.
Schneider disse que a EMBRAER mantém uma imagem positiva no exterior apesar da atual agitação econômica e política do Brasil, mas sugeriu que o atraso do KC-390 afetou potenciais clientes.
Super-Tucano
A empresa também mostrou sua confiança no Embraer 314 Super-Tucano, vendido para 13 países e testado em combate. A empresa reafirmou seu compromisso de manter a fabricação dos componentes no Brasil, apesar do crescente interesse estadunidense no avião.
“Todos os componentes são feitos em Botucatú ou Gavião Peixoto para serem montados em Fort Lauderdale”, disse Gastão. “O mesmo ocorre na linha do Phenon, em Melbourne. Nossa presença nos Estados Unidos nos dá uma vantagem competitiva que não podemos abrir mão.”
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