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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 07/03/2016 / Conheça diferentes modelos de drones, que crescem à margem da legislação


Conheça diferentes modelos de drones, que crescem à margem da legislação ...


Bruno Romani ...

Apesar de, às vezes, parecerem brinquedos, drones não são coisa de criança. Se por um lado eles se popularizaram e não é difícil vê-los voando por aí – nos Estados Unidos, cerca de 400 milhões de unidades foram vendidas no último Natal, por outro há quem não queira ver os aparelhos aos montes nos céus.

Que o diga a Casa Branca, que em 2015 teve de acionar o Serviço Secreto para prender o piloto de um desses "aviõezinhos", que sobrevoava a cerca da sede do governo.

Para evitar situações como essas, a universidade Michigan Tech testa um drone especializado em capturar outros drones. E há até uma empresa que vende um canhão para abater veículos do tipo, em que a arma lança uma rede contra o objeto voador.

"Drone" (zangão, em inglês) é um termo genérico e amplo que se refere a veículos aéreos com capacidade para voar sem um piloto a bordo. É tão abrangente que serve para descrever desde aviões não tripulados usados em bombardeios e guerras até pequenos aparelhos comprados em supermercados.

O setor que mais se aquece, porém, é o de máquinas pequenas, de até 25 kg, com capacidade para uso comercial.

São aparelhos que podem captar imagens, mapear e inspecionar terrenos, pulverizar terras agrícolas, atuar em pesquisas, segurança e resgate de vítimas de acidentes.

No Brasil, não existem números oficiais sobre o uso desses produtos. A Associação Brasileira de Multirrotores, entidade recém-criada, faz uma estimativa: 50 mil aparelhos em operação. Mas Flávio Lampert, presidente da entidade, reconhece que o número é impreciso, pode ser maior e provavelmente está crescendo.

Uma loja especializadas em drones, com sede em São Paulo, diz que em 2015 as vendas aumentaram 30% em relação a 2014 –mesmo com a alta do dólar, já que os aparelhos são importados. O valor médio é de R$ 6.000.

"Quando a pessoa compra, já imagina uma forma de ganhar dinheiro com o drone", diz Fernando Villares, proprietário da loja. Segundo ele, 90% dos clientes têm intenção de utilizar comercialmente o equipamento. É justamente o uso comercial dos drones que carece de legislação no Brasil. Quando todas as regras estiverem valendo, o setor será regulado por três agências: a Anatel (responsável pelas radiofrequências), o Decea (responde pelo uso do espaço aéreo) e a Anac (responsável pelas regras de aparelhos e pilotos).

Nada, porém, foi estabelecido ainda (o Chile foi o primeiro país da América Latina a criar normas para os drones, em abril de 2015).

No fim de novembro, o Decea publicou uma instrução sobre o uso do espaço aéreo por drones. Um dos pontos diz que o usuário deve seguir as normas da Anac, que ainda nem existem.

A Anac encerrou uma consulta pública em novembro e promete que as regras entrarão em vigor até a Olimpíada, em 5 de agosto. Se a proposta da agência for aceita, o uso recreativo dos drones será proibido em áreas urbanas e povoadas.

Nesse caso, o usuário terá que visitar uma fazenda ou praia deserta para poder acionar o aparelho.

Para uso comercial, se operados a até 120 metros do solo, os drones deverão ser cadastrados, e o voo ocorrer a distância mínima de 30 metros de pessoas. Também haverá obrigação de contratar um seguro de danos a terceiros. "Atualmente, as pessoas não conseguem nem fazer o seguro, pela falta de legislação", diz Villares.

Um ponto polêmico da regra do Decea é que os pedidos de voos sejam feitos com antecedência de 48 horas, medida difícil de cumprir, já que os serviços são contratados de imediato, diz Lampert.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




JORNAL EXTRA


Local de protesto em Brasília terá militares no dia 13


Geralda Doca E Jaqueline Falcão

BRASÍLIA e SÃO PAULO - No próximo domingo, quando as ruas do país e a Esplanada dos Ministérios deverão receber milhares de manifestantes pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff, o governo tomou uma providência que, na prática, coloca os militares das Forças Armadas na Praça dos Três Poderes. A Aeronáutica adiou o evento de troca da bandeira na Praça dos Três Poderes, que acontece sempre no primeiro domingo do mês, para o dia dos protestos.
Militares afirmaram que o aviso sobre a mudança foi feito somente na semana passada. A Aeronáutica nega que a mudança tenha relação com os protestos e alegou que a Força estava mobilizada para a realização da "Corrida da Paz", realizada em 21 de fevereiro, e não houve tempo para treinar os militares para a troca da bandeira.
Na última sexta-feira, com o aumento da tensão nas ruas em São Paulo por causa do depoimento do ex-presidente Lula na Operação Lava-Jato, o governador Geraldo Alckmin recebeu o telefone de um oficial da Aeronáutica pondo a Força à disposição.
- Eles ligaram se colocando à disposição, mas não teve nenhuma necessidade - afirmou Alckmin.
A Aeronáutica foi surpreendida pela operação cumprida pela Polícia Federal a mando da Lava-Jato e não conseguiu fazer a segurança do aeroporto de Congonhas, onde simpatizantes pró e contra Lula se enfrentaram. O comando da Aeronáutica mostrou-se irritado por não ter sido informado pela PF. O oficial agradeceu Alckmin pelo trabalho feito pela Polícia Militar no local.
Ex-comandante da PM e ex-secretário nacional de Segurança Pública, o coronel José Vicente da Silva Filho explicou que a decisão sobre oferecer reforço de militares a governos estaduais é da Presidência da República.

PORTAL UOL


Nós temos direito a tudo, diz única mulher a presidir Superior Tribunal Militar


Marina Motomura

Foi um período de apenas nove meses que garantiu notoriedade a Elizabeth Rocha. Durante este curto prazo, ela foi a primeira -- e única -- mulher a presidir o sisudo STM (Superior Tribunal Militar), um dos tribunais que compõem a cúpula do Poder Judiciário no país. "Foi significativo serem só nove meses, que é o tempo de gestação de uma vida", diz Elizabeth sobre o período.
A passagem pela liderança da corte que julga crimes de integrantes das Forças Armadas foi apenas o passo mais impactante da jornada desta magistrada de 56 anos nascida em Belo Horizonte.
Advogada formada pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Minas, ela atuou durante anos como defensora pública. Em 2007, foi nomeada pelo então presidente Lula como a primeira ministra da história do STM. Não por acaso, a nomeação saiu em um 7 de março, véspera do Dia Internacional da Mulher. Mesmo em um ambiente notoriamente masculino, a ministra não se intimida em defender o poder feminino. "Nós mulheres temos direito a tudo: temos direito a ser mães, a ser boas profissionais, a termos um casamento feliz. A luta das mulheres é uma luta árdua, uma luta longa, mas tem que continuar sendo travada", declara.
Sete anos depois, em junho de 2014, foi empossada presidente do tribunal, cargo que ocupou até março de 2015. Formado atualmente por 13 integrantes nomeados pelo presidente da República (oito militares e cinco civis), o STM é o tribunal mais antigo do país, com mais de 200 anos de história.
Leia abaixo trechos da entrevista da magistrada:
UOL - A senhora foi nomeada ministra na véspera de um 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. Nove anos depois, como avalia a evolução dos direitos da mulher em geral e no Judiciário, em particular?
Elizabeth Rocha - Houve um avanço porque a história não caminha para trás. Mas os avanços ainda são muito pequenos, e ainda há muito o que se fazer para buscar a efetiva igualdade entre homens e mulheres dentro do Poder Judiciário. Na segunda instância, nos tribunais de Justiça e nos tribunais superiores, a presença feminina ainda é muito pequena considerando o volume populacional de mulheres operadoras jurídicas e magistradas que nós temos.
O que ainda está atravancando esse avanço maior?
Ainda existe um preconceito e uma discriminação de gênero que, com o tempo, paulatinamente, vem sendo quebrantados.
"Nós vivemos em uma sociedade de homens brancos e heterossexuais, que ainda têm uma certa aversão ao empoderamento das minorias."

E a maior prova disso foi a rejeição, na Câmara dos Deputados, da cota de 30% de cadeiras para as mulheres.
A senhora foi a primeira ministra mulher a integrar o STM. Como foi a receptividade dos demais ministros?
Nesse ponto eu não posso me queixar. Eu realmente fui muito bem tratada e fui muito bem recebida pelos meus colegas tanto civis quanto militares.
Isso até pode parecer meio paradoxal, afinal de contas a caserna ainda é um ambiente estritamente masculino.
E veja só: essa é a corte mais antiga do Brasil, com 207 anos de existência. E ainda assim eu fui a primeira mulher depois de dois séculos. A primeira mulher no Superior Tribunal Militar. Efetivamente, na primeira instância [da Justiça militar] aí existiam outras [mulheres]. Quando o acesso é meritório, quando o acesso é por concurso, as mulheres ingressam. Quando a escolha é política, fica sempre mais complicado, o funil é mais estreito.
A senhora vê alguma diferença entre os ministros civis e militares do STM?
A diferença de pensamento é muito grande. Os militares são criados sob a égide da hierarquia e disciplina. E eu entendo exatamente o porquê. Homens armados têm que ser controlados. Não é possível se discutir, dentro de uma hierarquia castrense [denominação que se dá ao vínculo de subordinação ao qual estão submetidos o superior hierárquico e o subordinado em uma organização pública], se a ordem do general é democrática ou não, se a ordem do general é correta ou não...Ela tem que ser obedecida. E depois, se houver algum abuso, houver algum erro, aí existe o direito penal militar para poder punir.
Eu costumo dizer que as Forças Armadas são instituições antidemocráticas para preservar o Estado Democrático de Direito.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Conheça diferentes modelos de drones, que crescem à margem da legislação


Bruno Romani

Apesar de, às vezes, parecerem brinquedos, drones não são coisa de criança. Se por um lado eles se popularizaram e não é difícil vê-los voando por aí – nos Estados Unidos, cerca de 400 milhões de unidades foram vendidas no último Natal, por outro há quem não queira ver os aparelhos aos montes nos céus.
Que o diga a Casa Branca, que em 2015 teve de acionar o Serviço Secreto para prender o piloto de um desses "aviõezinhos", que sobrevoava a cerca da sede do governo.
Para evitar situações como essas, a universidade Michigan Tech testa um drone especializado em capturar outros drones. E há até uma empresa que vende um canhão para abater veículos do tipo, em que a arma lança uma rede contra o objeto voador.
"Drone" (zangão, em inglês) é um termo genérico e amplo que se refere a veículos aéreos com capacidade para voar sem um piloto a bordo. É tão abrangente que serve para descrever desde aviões não tripulados usados em bombardeios e guerras até pequenos aparelhos comprados em supermercados.
O setor que mais se aquece, porém, é o de máquinas pequenas, de até 25 kg, com capacidade para uso comercial.
São aparelhos que podem captar imagens, mapear e inspecionar terrenos, pulverizar terras agrícolas, atuar em pesquisas, segurança e resgate de vítimas de acidentes.
No Brasil, não existem números oficiais sobre o uso desses produtos. A Associação Brasileira de Multirrotores, entidade recém-criada, faz uma estimativa: 50 mil aparelhos em operação. Mas Flávio Lampert, presidente da entidade, reconhece que o número é impreciso, pode ser maior e provavelmente está crescendo.
Uma loja especializadas em drones, com sede em São Paulo, diz que em 2015 as vendas aumentaram 30% em relação a 2014 –mesmo com a alta do dólar, já que os aparelhos são importados. O valor médio é de R$ 6.000.
"Quando a pessoa compra, já imagina uma forma de ganhar dinheiro com o drone", diz Fernando Villares, proprietário da loja. Segundo ele, 90% dos clientes têm intenção de utilizar comercialmente o equipamento. É justamente o uso comercial dos drones que carece de legislação no Brasil. Quando todas as regras estiverem valendo, o setor será regulado por três agências: a Anatel (responsável pelas radiofrequências), o Decea (responde pelo uso do espaço aéreo) e a Anac (responsável pelas regras de aparelhos e pilotos).
Nada, porém, foi estabelecido ainda (o Chile foi o primeiro país da América Latina a criar normas para os drones, em abril de 2015).
No fim de novembro, o Decea publicou uma instrução sobre o uso do espaço aéreo por drones. Um dos pontos diz que o usuário deve seguir as normas da Anac, que ainda nem existem.
A Anac encerrou uma consulta pública em novembro e promete que as regras entrarão em vigor até a Olimpíada, em 5 de agosto. Se a proposta da agência for aceita, o uso recreativo dos drones será proibido em áreas urbanas e povoadas.
Nesse caso, o usuário terá que visitar uma fazenda ou praia deserta para poder acionar o aparelho.
Para uso comercial, se operados a até 120 metros do solo, os drones deverão ser cadastrados, e o voo ocorrer a distância mínima de 30 metros de pessoas. Também haverá obrigação de contratar um seguro de danos a terceiros. "Atualmente, as pessoas não conseguem nem fazer o seguro, pela falta de legislação", diz Villares.
Um ponto polêmico da regra do Decea é que os pedidos de voos sejam feitos com antecedência de 48 horas, medida difícil de cumprir, já que os serviços são contratados de imediato, diz Lampert.

REVISTA ÉPOCA


Vai ter mulher na chefia, sim!

Os obstáculos ao avanço feminino nas chefias tornam-se sutis. Entenda as estratégias das executivas em empresas que vêm abrançando a mudança

Graziele Oliveira

“Não é preciso isso de apoiar as mulheres. Já há bastante mulher na empresa. Você não está nesse cargo?“ Maria Eduarda Kertész, Presidente da Johnson & Johnson Consumo do Brasil já deparou algumas vezes com variações desse tipo de, digamos, raciocínio, ao propor ampliar as políticas de igualdade de gênero e inclusão de mulheres na companhia. A administradora Maria Eduarda, ou Duda, comanda a empresa desde 2011. Celebra os avanços, assim como percebe as lacunas. Na Johnson & Johnson hoje, 47% dos cargos de chefia estão com mulheres. Uma realidade muito melhor que a média do mercado - essa fatia varia de 8% a 15%, a depender da pesquisa. “Estou na presidência, mas, entre as pessoas listadas como possíveis sucessores. não há nenhuma mulher candidata. As mudanças em andamento hoje talvez não continuem, se não fizermos algo para garantir isso“, diz com voz firme a executiva baiana de 42 anos.
Não é necessário ser mulher para brigar no trabalho por equilíbrio de oportunidades entre os sexos (como explica o pesquisador e ativista Gary Barker). Mas executivas em posições estratégicas percebem como são frágeis os avanços e como a resistência à mudança assume novas formas, mais sutis, onde o sexismo tosco e escancarado já não encontra lugar.
O cenário de inclusão ainda incompleta aparece mesmo nas listas de ótimos ambientes de trabalho, como a organizada pela consultoria Great Place to Work (GPTW), em parceria com ÉPOCA. Por isso, neste ano, pela primeira vez, o GPTW fez um estudo dedicado ao tema. Entre as mais de 1.490 organizações que avalia, a consultora destaca, regularmente, as 135 melhores. Nesse grupo já seleto, o GPTW encontrou as 20 melhores para mulheres. Elas serão homenageadas no Dia Internacional da Mulher, 8 de março, em São Paulo. O evento é organizado em parceria com a ONG Movimento Mulher 360 e a ONU Mulheres. “A igualdade de oportunidades entre homens e mulheres se impôs como um tema para toda a sociedade. Ainda estamos atrasados, mas vejo um movimento crescente, que está sendo percebido pelos empresários”, diz Mariana Tolovi, integrante do conselho do GPTW e líder do comitê de gênero da consultoria.
O movimento é percebido, mas nem sempre abraçado sem resistência. Duda, da Johnson & Johnson, conta que, ao tratar desses temas com homens, no competitivo mundo dos altos executivos, é comum que eles fiquem incomodados e se sintam ameaçados. Muitos dizem que a empresa está protegendo as mulheres e questionam quem vai protegê-los. A resistência vem em formas variadas, às vezes mais, às vezes menos sutis. Em conversas mais duras, ela já lembrou a executivos que eles têm filhas e que deveriam se preocupar com o mercado de trabalho que elas encontrarão. Diz-se inconformada com a quantidade de mulheres capazes que desistem da carreira por não verem como conciliar família e trabalho, num ambiente profissional que exija grande dedicação e alto desempenho. “Na minha posição, sinto-me
me obrigada a estimular as mulheres a pensar em seguir o mesmo caminho que eu e a ajudar para que esse caminho não seja tão sofrido”, afirma, numa sala decorada com fotos grandes dela com os filhos. É a primeira coisa que se vê ao entrar.
A empresa, como o mercado em geral, precisa avançar mais. Não por caridade, não por uma questão de imagem, nem porque as mulheres sejam mais competentes que os homens. Mas por uma questão de aproveitar ao máximo os recursos humanos à disposição na sociedade, para que a sociedade como um todo prospere. “A mudança se espalha. Das empresas que lideram a evolução se difunde para as fornecedoras delas”, diz Margareth Goldenberg, do Movimento Mulher 360. Há mais gente com nível superior entre as mulheres (12,5%) do que entre os homens (9,9%). Grupos com maior diversidade percebem mais facilmente mudanças no mercado e no cenário, e são mais refratários à corrupção. Uma pesquisa da consultoria McKinsey na América latina descobriu que empresas com ao menos uma mulher entre os principais executivos apresentam retomo, na média, 44% maior que aquelas que não têm mulher nenhuma. “Não é que colocar mulheres na diretoria aumente o lucro da empresa”, diz Regina Madalozzo, Ph.D. em economia pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, e professora na escola de negócios Insper. “Mas a empresa que cria a possibilidade de a mulher subir de forma competitiva está criando sistemas que permitem maior lucratividade.” Ao fazer isso, a companhia passa a selecionar as melhores pessoas. Empresas sexistas devem redobrar a atenção: provavelmente também discriminam outros grupos que não se encaixem no perfil habitual de chefe.
Diante da pequena participação de mulheres nos cargos de chefia, um argumento defensivo muito comum é que há poucas candidatas preparadas para assumir a responsabilidade A ou B. Duda quer empurrar esses números para cima, desde lá de baixo, na universidade. Trabalha na criação de uma parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), uma das melhores universidades do país, para contribuir com o aumento do número de alunas em cursos de ciências, tecnologia, engenharia e matemática.
Ela não é a única a enfrentar o argumento da falta de mulheres candidatas. Vanessa Lobato, vice-presidente de recursos humanos do Banco Santander, ouve frequentemente dos outros gestores na empresa que há poucas profissionais qualificadas no mercado, aptas a assumir um cargo qualquer. Isso poderia servir de desculpa para não haver mulher nenhuma numa determinada seleção - se Vanessa não brigasse. “Não é porque há poucas que elas não estarão na seleção. Ha poucas? Quero ver as poucas que há”, diz a executiva de 47 anos, com sotaque de Belo Horizonte e ritmo de quem se acostumou a encurtar problemas e já acoplar soluções num mesmo fôlego.
Para discutir o tema com colegas mais renitentes, ela adotou uma tática peculiar: usa números. “Mostro que a curva de produtividade das mulheres é tão boa quanto a dos homens. Elas mostram que competência e desempenho independem do gênero”, diz a administradora - Vanessa não fez carreira em recursos humanos, não se graduou em psicologia (formação comum em sua área) e curte uma planilha. A tática de recorrer aos dados de produtividade é objetiva e parece ter sentido num banco. Mas tem riscos. Uma leva de mulheres pode ter desempenho pior que outra. Não deveria ser preciso provar a igualdade de competência entre os sexos. Mesmo assim, vem funcionando.
Hoje, 33% dos cargos de chefia no banco estão com mulheres. Um programa de apoio ao funcionário, 24 horas por dia, tem papel importante nisso. O sistema oferece atendimento em psicologia, nutrição, assistência social e educação física. Foi pensado para todos os funcionários. Mas as mulheres o usam muito mais intensamente. Em 2015, dos 182 mil atendimentos, 154 mil foram de mulheres, boa parte grávidas e mães. O atendimento é rápido, fácil e confidencial. E ajuda o banco a reter boas profissionais.
Vanessa entrou no Santander em 1999, como superintendente regional para Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e Nordeste, a fim de conduzir a expan são do banco, então novato no Brasil.

MINISTÉRIO DA DEFESA


Militares e civis da missão da ONU no Haiti realizam corrida em homenagem ao Dia da Mulher


Assessoria De Comunicação Social (ascom)

Porto Príncipe, 06/03/2016 - Uma atividade civil-militar (Cimic) reuniu neste domingo (6) militares e civis dos diferentes países integrantes da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah). A atividade foi organizada pelo Batalhão de Infantaria de Força de Paz (Brabat) e a corrida ocorreu dentro da Base General Bacellar, sede do Brabat.
Participaram da corrida cerca de 200 pessoas de países como Argentina, Uruguai, Chile, Filipinas, Estados Unidos, Índia, Guatemala, Togo e Burkina Faso. A competição teve três categorias premiadas: masculina (até a terceira colocação), feminina civil (até a terceira colocação) e feminina militar (até a quinta colocação). Na categoria feminina militar, o primeiro e o último lugares no pódio ficaram com o Uruguai; em segundo, Guatemala; seguida por Filipinas e Chile. Na categoria feminina civil, o país Burkina Faso levou o primeiro e o terceiro lugares, enquanto Togo alcançou a segunda colocação. Na competição masculina, os militares do Brabat conquistaram todas as três colocações.
A tenente Cassiane Silveira, fisioterapeuta do Brabat, foi a primeira militar brasileira a cruzar a linha de chegada. Ela avalia que é de grande importância a realização de atividades integradoras entre os contingentes de diferentes nacionalidades: "Além disso, também é uma oportunidade de ressaltar a força que a gente tem, a igualdade que temos perante nossos colegas homens. E é saudável esse contato com diversas culturas, diversos ensinamentos. A união faz a força. Nós, mulheres, somos todas muito entusiasmadas com essa missão, tanto as brasileiras quanto as de todos os outros países. Atuamos com muita alegria".
Para o comandante do Brabat, coronel Ricardo, a iniciativa foi bastante positiva. "Minha avaliação é de que o evento foi excelente. E está inserido dentro do programa de atividades da Minustah. Foi um prazer para o Brabat poder participar e ajudar na integração, tanto de todas as mulheres da Minustah, quanto dos homens, na presença das mulheres. Pudemos ver, pelo semblante estampado no rosto das pessoas, que a satisfação com a corrida foi muito alta", conta.
O evento contou com a presença da representante do secretário-geral da ONU para a Minustah, a diplomata Sandra Honoré, de Trinidad e Tobago; do force commander (general) da Minustah, o general brasileiro Ajax Porto Pinheiro; e dos oficiais da comitiva do Ministério da Defesa e das Forças Armadas em visita de avaliação ao Haiti.
Mulheres no Brabat
Com 22 mulheres, o 23º contingente do Brabat tem o maior número de militares femininas, em comparação às tropas enviadas anteriormente ao Haiti. Elas atuam em áreas como a de saúde e de comunicação social. A major Solange, relações públicas que está há 16 anos no Exército, trabalhou na organização da corrida e afirma que eventos como o de hoje são uma forma de homenagear as mulheres. "Nós, mulheres, nos sentimos muito felizes em atividades como esta, porque somos minoria aqui.É uma maneira de valorizar nosso trabalho e dizer que somos importantes nesta missão. Eu me sinto muito honrada de estar na Minustah, porque fui selecionada dentre tantas pessoas para vir para cá, desempenhando meu trabalho e tendo a oportunidade de conhecer pessoas novas", avalia a militar.
Semana da Mulher na Minustah
Uma série de atividades está programada para as mulheres civis e militares da Minustah que atuam no Haiti. Nesta segunda (7), por exemplo, haverá uma atividade esportiva recreativa na Companhia Brasileira de Engenharia de Força de Paz (Braengcoy). Na terça (8), Dia Internacional da Mulher, será realizada uma ação cultural no Batalhão das Filipinas e um outro evento no Parque Histórico Cana de Açúcar, em Porto Príncipe. No dia 9, a celebração vai ocorrer na Base Logística da Minustah, também na capital nacional.

Em Porto Príncipe, oficiais-generais fazem giro do horizonte no ponto mais alto da cidade


Assessoria De Comunicação Social (ascom)

Porto Príncipe, 05/03/2016 - Os oficiais-generais que integram a comitiva do Ministério da Defesa e das Forças Armadas ao Haiti visitaram nessa sexta-feira (4) o ponto de observação Boutillier, localizado em uma montanha que fica a 890 metros acima do nível do mar, de onde se tem vista para praticamente toda a capital haitiana - para se ter um comparativo, a estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, fica a 710 metros de altura, 180 metros a menos que Boutillier.
No mirante, os oficias realizaram um giro do horizonte - atividade que consiste na leitura técnica do terreno - para identificar os principais pontos de Porto Príncipe e apontar os locais em que o Brasil já manteve unidades militares. Além disso, fizeram o reconhecimento de toda a Área de Operação Regional (AOR) que está atualmente sob a responsabilidade das tropas brasileiras. Um dos pontos reconhecidos foi o Estádio Nacional de Porto Príncipe, que sediou, em agosto de 2004, uma partida de futebol entre as seleções do Brasil e do Haiti. O objetivo da ação, que teve participação do governo federal e do Exército brasileiros, foi chamar a atenção do mundo para a situação do país caribenho.
Durante o trajeto de volta à Base General Bacellar, onde a comitiva está hospedada, os oficiais brasileiros puderam ver a precária situação sanitária de algumas áreas da cidade. Na maior parte dos bairros de Porto Príncipe, não há energia elétrica, água encanada, asfalto, rede de esgoto e coleta de lixo. A infraestrutura da cidade, que é historicamente deficitária, tornou-se ainda mais carente após o terremoto de 2010. O transporte público é realizado majoritariamente pelas chamadas "taptaps", pequenas caminhonetes adaptadas para transporte de passageiros. Também é possível ver antigos ônibus escolares típicos dos Estados Unidos - doados pelo governo estadunidense - circulando pela cidade.
Grupamento de fuzileiros e cia de engenharia
Os generais conheceram também, nessa sexta (4), as instalações do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais, que estão sediados na Base Raquel de Queiroz. Um total de 181 militares da Marinha atuam no grupamento, que está subordinado ao Batalhão de Infantaria de Força de Paz (Brabat). 
Neste sábado (5), foi a vez de visitarem a Companhia de Engenharia de Força de Paz (Braengcoy). Apesar de estar situada dentro da base do Brabat e também estar subordinada administrativamente à unidade, a companhia responde diretamente ao Force Commander - espécie de general militar - da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), general Ajax. O grupo conta com 120 militares.
Ação civil-militar
Em comemoração ao Dia da Mulher, a ‎Minustah organizou várias atividades no Haiti, com a participação de militares brasileiras. Neste sábado (5), as chamadas "‎guerreiras da paz" realizaram uma Ação Civil-Militar (Cimic) no Instituto Sagrado Coração de Jesus, no bairro Croix de Bouquet, em Porto Príncipe.
Aproximadamente 400 crianças e jovens participaram de oficinas de escovação dental e recreação, além de receberem atendimento de saúde e alimentação. O trabalho foi realizado em conjunto com as mulheres militares da Argentina, Canadá, Chile, Filipinas, Guatemala, Paraguai, Peru e Uruguai.

Agenda da defesa é imprescindível para o País, afirma ministro


Carlos Pompe Assessoria De Comunicação Social (ascom)

Rio de Janeiro, 04/03/2016 - O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, ministrou Aula Magna para os alunos do Curso Superior de Defesa, na Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro, na manhã de sexta, 4. Ele pontuou que o ministério “quer a valorização da agenda da defesa junto ao Legislativo, Executivo e Judiciário, inclusive com a destinação permanente de recursos da ordem de 2% do Produto Interno Bruto para a Pasta. A agenda da defesa é imprescindível para o presente e o futuro do País”.
Durante mais de uma hora, Aldo falou sobre aspectos da formação do Brasil e do povo brasileiro e da situação política internacional, destacando que vivemos “em um País em construção, com grandes promessas humanitárias, mas muito desigual. Ao mesmo tempo em que temos que trabalhar a defesa do País temos que contribuir para a parte social, científica e de infraestrutura”.
Mesmo valorizando essas ações importantes e a admiração que o povo tem pelas Forças Armadas, “porque atuam na distribuição de água no Nordeste, no auxílio às populações ribeirinhas na Amazônia, no combate ao mosquito da dengue e zika em todo o território nacional.” São ações, segundo ele, importantes e necessárias. “Mas somos instituições de defesa e combate, e não uma organização social. Precisamos ganhar o apoio da população para a nossa atividade fim, que é a defesa do País, juntamente com todo o povo brasileiro”.
O ministro abordou que o Exército e a Marinha “foram instituições fundadoras da ideia nacional, mesmo antes de existir o Estado nacional. E é preciso que difundamos os valores nacionais. A política e as instituições de defesa compõem sua tarefa em condições materiais, intelectuais, profissionais e espirituais – nossas Forças não operam avessas aos nossos valores, nossa missão é patriótica”.
Após o ministro responder a perguntas dos alunos, foi saudado, em nome da turma, pelo contra-almirante Alan Guimarães Azevedo, que considerou a manhã “proveitosa e agradável. Suas palavras são um farol a orientar nossos estudos neste ano”.

OUTRAS MÍDIAS


CORREIO DO ESTADO (MS)


“Me sinto um pássaro sem asa”, diz piloto que salvou família Huck há 10 meses

Em entrevista, piloto revelou passar por dificuldades financeiras
Aliny Mary Dias
Dez meses depois de ter protagonizado acidente aéreo com repercussão nacional e que por pouco não terminou em tragédia, o piloto campo-grandense Osmar Frattini revelou em entrevista a programa da Rede Record, neste domingo (6), que passa por dificuldades financeiras e que até hoje não conseguiu voltar ao trabalho.
Osmar era piloto de um taxi aéreo que levava os apresentadores Luciano Huck, Angélica, os três filhos e duas babás do Pantanal até Campo Grande, no dia 24 de maio do ano passado.
Depois de problemas mecânicos na aeronave, que fizeram com que o motor esquerdo parasse completamente e comprometesse o direito, o piloto tomou a decisão de fazer um pouso de emergência em fazenda localizada a 20 quilômetros de Campo Grande.
Apesar do susto e de alguns estragos no avião, nenhum dos ocupantes teve grave ferimentos. Angélica foi a única a precisar ser acompanhada por mais tempo por equipe médica porque teve uma pequena fratura em umas das vértebras.
Na época do acidente, Osmar foi suspenso pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o procedimento é padrão em qualquer acidente. O piloto, então, recebeu doações de amigos e depois de algumas semanas começou os procedimentos para voltar a voar.
Ele passou por processo de reciclagem, que contou com exames médicos e psicólogos. Tudo foi feito e Osmar aprovado. No entanto, a empresa MS Taxi Aéreo o suspendeu do trabalho e até hoje, dez meses depois do acidente, ele não pôde voltar ao emprego.
DEPOIMENTO
Desde que sofreu o acidente, Osmar pouco falou com a imprensa. No entanto, neste domingo foi veiculada entrevista dada por ele ao programa Domingo Show, da Rede Record. O piloto relembrou todos os fatos do dia do acidente e demonstrou revolta em não poder voar novamente. “Me sinto como um pássaro sem asa”, disse.
Apesar de todas as habilitações junto à Anac estarem em dia, Osmar não voltou ao trabalho porque está suspenso pela empresa onde ele trabalhou por 15 anos. “Não sei o motivo da suspensão, eu só sei que quero voltar a voar para sustentar minha família”, desabafou Osmar.
O piloto também revelou que passa por dificuldades financeiras, que teve que vender a casa onde vivia com a família para custear a faculdade dos filhos, que cursam Direito e Medicina.
Hoje Osmar vive de aluguel e recebe salário de aproximadamente R$ 3 mil, o valor corresponde ao salário-base da profissão, mas quando estava na ativa, o piloto recebia cerca de 85% a mais.
Para a reportagem da Rede Record, a ANAC informou que Osmar está apto a voar. Já a empresa MS Táxi Aéreo não detalhou porquê até hoje mantém o piloto suspenso. O apresentador Luciano Huck também foi procurado pela produção do programa, mas se recusou a falar sobre o assunto que, segundo ele, traz sofrimento à família.

DEFENSA.COM


La Fuerza Aérea Brasileña patenta un proceso de pintura stealth

Javier Bonilla
El Instituto de Aeronáutica y del Espacio (IAE) de la Fuerza Aérea Brasileña ha patentado un proceso de pintura que permite proporcionar más furtividad a las aeronaves, generando mayor dificultad a la identificación por radares enemigos. Es el resultado de años de trabajo de los investigadores del IAE, con sede en São José dos Campos, y parte de un proyecto iniciado en 1998 llamado MARE (Materiales absorventes de Radiación Electromagnética) de la División de Materiales, dirigido por la professora Mirabel Cerqueira Rezende, encabezando a un equipo de 30 expertos.
El material que reviste a la aeronave convierte la energía electromagnética emitida por el radar enemigo en energía térmica, obstaculizando la reflexión de las señales y por lo tanto retardando la identificación de la aeronave, en mayor o menor medida dependiendo de su diseño y de los materiales utilizados para construirla. El reto ahora es licenciar la tecnología para que sea viable comercialmente. También se puede aplicar este recubrimiento como blindaje a equipos electrónicos, de telecomunicaciones, médicos, de aviación comercial, etc. entre otras posibilidades industriales.

JORNAL DE JUNDIAÍ (SP)


“Carreira militar é vocação e não saída para crise”

Márcio Souza
À frente do 12º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) de Jundiaí há pouco mais de um ano, o tenente-coronel Messias Siqueira Mendes Barbosa se diz satisfeito com o trabalho realizado desde que assumiu o posto. Ele destaca a atuação em equipe, o apoio da Associação dos Amigos do Grupo Barão de Jundiahy e a dedicação dos militares como pilares da boa relação construída pela corporação com a comunidade local.
Em entrevista ao JJ Regional, o comandante defendeu a participação do Exército no combate ao mosquito Aedes aegypti e destacou a importância de priorizar a vocação – e não uma ambição financeira-ao tentar uma carreira no exército. Confira abaixo os principais pontos.
Jornal de Jundiaí Regional- Que o balanço o senhor faz deste primeiro ano de trabalho à frente do 12º GAC?
Tenente-coronel Mendes- De uma forma global, o resultado foi positivo no ano de 2015, fruto principalmente do trabalho em equipe, do apoio da sociedade jundiaiense, da Associação dos Amigos do Grupo Barão de Jundiahy (ASSAGBY) e dos militares que servem com muita dedicação e competência nesta tradicional unidade do Exército brasileiro.
Qual a sua opinião em relação ao uso de homens do Exército no combate à dengue?
O emprego dos militares do 12º GAC está dentro da legalidade, pois é uma ação subsidiária prevista no Artigo 142 da Constituição Federal. De igual modo, é uma ação que tem legitimidade, pois grande parte da população, dos públicos e da mídia jundiaiense, bem como das demais cidades da região estão unidos contra um inimigo comum, que é o Aedes aegypti. Além disso, destaco o alto índice de credibilidade da instituição, pois o militares têm constatado, na prática, a aceitação da opinião pública e a receptividade das pessoas, por ocasião das palestras de esclarecimento nas escolas feitas pelos médicos e demais profissionais da saúde pertencentes a esta unidade militar, das campanhas de orientação quanto as medidas para evitar ou minimizar a ação do mosquito, entre outras ações. Em síntese, acredito ser uma medida eficaz no contexto atual das regiões que o 12º GAC está atuando e pelo significativo envolvimento e apoio da população em geral no combate à proliferação do mosquito transmissor dos vírus causadores da dengue, chikungunya e zica.
Em tempos de crise econômica, com maior dificuldade enfrentada pelos jovens para encontrar emprego, o senhor acredita que o Exército acabe sendo uma “saída” para muitos jovens em busca de uma carreira?
Em parte, porque a carreira das Armas é um sacerdócio, tem algo diferente que não se configura apenas como um emprego. Tem suas especificidades e sacrifícios. Envolve vocação e uma motivação, que levam o militar a vibrar com as atividades da caserna e acreditar em valores como honra, respeito, lealdade, verdade, honestidade, exemplo, hierarquia, disciplina, legalidade, culto aos símbolos nacionais, amor ao Brasil, valorização dos fatos históricos do Brasil e dos verdadeiros heróis nacionais. Em resumo, acaba sendo uma consequência e não a causa. Existem casos pontuais dessa chamada “saída”, mas via de regra, a maioria dos militares do 12º GAC é de voluntários (quase cem por cento), conforme constam das nossas pesquisas internas. Ressalto que não é uma tendência observada nos recrutas de Jundiaí, respaldado nos dados estatísticos realizados nos dois últimos anos.
E qual a opinião do senhor sobre isso? Acredita que isso seja um fator positivo, mesmo sabendo que a vocação deve vir em primeiro lugar?
A carreira militar é mais que uma profissão, é missão de grandeza. Acredito que pode haver poucos casos, porém, o militar é vocacionado, é voluntário, tem orgulho da farda verde-oliva que veste, tornando incompatível o ingresso no GAC com essa finalidade. O grupo Barão de Jundiahy é uma unidade de elite que enviou militares para a Segunda Guerra Mundial , na década de 1940, participou da Operações de Pacificação nas comunidades do Rio de Janeiro e cumpriu a missão de segurança e defesa na Copa do Mundo de 2014, entre várias outras de destaque. Cabe destacar que a estabilidade financeira é algo relevante e visto positivamente, desde que o militar seja voluntário, escolha ingressar na carreira das armas por vocação e entenda que isso é uma consequência e não um fato gerador de motivação para ser militar. A experiência ao longo dos anos tem mostrado que o ingresso apenas com esse objetivo leva o militar a pedir licenciamento das fileiras do Exército ou mudar se o foco for apenas a estabilidade financeira como motivação para ingresso e permanência no 12º GAC.
O senhor está a frente do grupamento há um ano. Houve novos investimentos esse período? Há novos investimentos previstos?
Sim, desde o dia 7 de janeiro de 2015, quando assumi o 12º GAC, houve investimentos necessários para a organização, contextualizados com a realidades do País, em várias áreas (logística, operacional, de pessoal, fiscalização de produtos controlados, fundo de saúde do Exército, administrativa, infraestrutura, da Unidade Militar, Programa Forças no Esporte, Programa Soldado Cidadão, recurso para o Ensino Militar da Escola de Sargentos existente na Unidade) recebidos do escalão superior.
Mesmo para os recrutas que cumprem apenas o período obrigatório e não seguem no Exército, qual a importância desse período na vida dele?
O Serviço Militar Inicial propicia aos soldados e cabos do efetivo variável, temporário, uma lição de vida, além de os deixar numa situação regular e legalizada com o Serviço Militar. O período incute no jovem valores, tradições e crenças na instituição, desenvolve um sentimento de amor à Pátria e de nacionalismo. Além disso, os torna aprimorados na área psicomotora (fruto das atividades físicas e esportivas), aperfeiçoado na parte cognitiva (aprendizado, particularmente quanto às instruções e lições aprendidas no quartel) e enriquecidos no aspecto afetivo (companheirismo, camaradagem, amizade, respeito ao próximo, dentre outros atributos). Há, ainda, uma melhoria na compleição física do jovem em função do treinamento físico-militar (psicomotora), proporcionando-lhes ganhos corporais e na saúde. Outro destaque é a formação profissional dos soldados, por meio de cursos no Sistema “S” e várias outras parcerias. Muitos são motivados a fazerem cursos preparatórios para a Polícia Militar, Guarda Municipal, Aeronáutica e Marinha, bem como para Escola de Sargento das Armas (Essa) e Escola Preparatória de Cadetes do Exército.
Na área afetiva, menciono a tradicional Solenidade do Volta à Caserna, que em 2015 reuniu cerca de 3000 ex-soldados no 12º GAC para uma formatura, materializando a importância do serviço miliar na vida daqueles homens e o valor de uma sã camaradagem.
Quando o senhor assumiu o 12º GAC no ano passado, disse que pretendia continuar o trabalho desenvolvido e servir à comunidade. Acredita que tem alcançado este objetivo nesses 13 meses?
Sim, mas na minha visão, quem tem confirmado isso, de diversas formas, é a sociedade jundiaiense e os integrantes do 12º GAC. Só tenho procurado dar continuidade ao trabalhos dos meus antecessores e tentado servir à sociedade jundiaiense, ao Exército e ao País.
O que o 12º GAC tem feito (ou pode fazer) para aproximar o grupamento da comunidade na qual ele está inserido?
Um dos exemplos que me é muito caro e honroso é o trabalho que tem sido feito com crianças de 9 a 11 anos, estudantes da rede pública municipal, no complexo desportivo do 12º GAC, que é o Programa Forças no Esporte (PROFESP) em parceria com a administração municipal. Estes 100 meninos e meninas chegam às 8h, tomam café, aprendem e praticam diversos esportes orientados por professores de educação física, almoçam e são transportados até as escolas. Da mesma forma, registro a participação nas principais solenidades militares de várias autoridades civis, militares e eclesiásticas, convidados, órgãos de mídia, grupos de serviço, amigos da unidade, sociedade em geral e familiares dos soldados.

STREET EDITON


Embraer-Empresa Brasileira de Aeronautica Plummets by -16.79%

Don Boss
Embraer-Empresa Brasileira de Aeronautica (NYSE:ERJ) has tumbled 16.79% during the past week and has dropped 13.19% in the last 4 week period. The stocks are negative as compared to the S&P 500 for the past week with a loss of 18.95%. Embraer-Empresa Brasileira de Aeronautica (NYSE:ERJ) has underperformed the index by 18.4% in the last 4 weeks. Investors should watch out for further signals and trade with caution. The stock has recorded a 20-day Moving Average of 15.2% and the 50-Day Moving Average is 13.51%. The Standard and Poor Index advanced 0.3% or 6.59 points while the DJI Average climbed 0.4% or 62.87 points on Friday and crossed 17000. According to the analysts, last weeks rally is contributed by the manufacturing sector in the US that seems to be improving along with the consumer spending. Stocks would see even more gains this week if the stimulus measures are expanded by European Central Bank.
Embraer S.A. has dropped 20.85% during the last 3-month period . Year-to-Date the stock performance stands at -16.45%. The company shares have dropped 24.64% in the past 52 Weeks. On March 9, 2015 The shares registered one year high of $33.03 and one year low was seen on August 24, 2015 at $23.15. The 50-day moving average is $28.24 and the 200 day moving average is recorded at $28.11. S&P 500 has rallied 3.82% during the last 52-weeks.
Several analysts have stated their opinion on the company shares. Cowen & Company downgrades its view on Embraer-Empresa Brasileira de Aeronautica (NYSE:ERJ) according to the research report released by the firm to its investors. The shares have now been rated Market Perform by the stock experts at the ratings house. Earlier, the shares had a rating of Outperform. Cowen & Company lowers the price target from $39 per share to $29 per share on Embraer-Empresa Brasileira de Aeronautica. The rating by the firm was issued on March 4, 2016.
Embraer-Empresa Brasileira de Aeronautica (NYSE:ERJ) stock ended Friday session in the red zone in a volatile trading. The stock closed down 1.56 points or 5.95% at $24.68 with 3,323,567 shares getting traded. Post opening the session at $23.66, the shares hit an intraday low of $23.64 and an intraday high of $25.96 and the price was in this range throughout the day. The company has a market cap of $4,544 million and the number of outstanding shares have been calculated to be 184,123,280 shares. The 52-week high of Embraer-Empresa Brasileira de Aeronautica (NYSE:ERJ) is $35.09 and the 52-week low is $23.15.
Embraer S.A. (Embraer) produces aircraft for commercial and executive aviation, and for defense and security purposes. The Company operates through four segments: Commercial aviation business, Defense and security business, Executive Jets business and Other. The Commercial Aviation business involves the development, production and sale of commercial jets, and rendering of support services. The Defense and security business operations mainly involve research, development, production, modification and support for military defense and security aircraft, as well as a range of products and integrated solutions. The Executive Aviation market operations are constituted by development, production and sale of executive jets, as well as by providing support services and aircraft operational leasing. The Other segment supplies structural parts and mechanical and hydraulic systems, and produces agricultural crop-spraying aircraft.

JCNET (SP)


Em Bauru, a cada 2 dias uma arma é retirada das mãos de criminosos

Frequência pode ser confirmada a partir de dados da Secretaria de Segurança Pública
Cinthia Milanez
Frequentemente utilizadas em crimes de roubo e homicídio, 184 armas foram apreendidas em Bauru, pelas polícias Civil e Militar, em 2015. O total corresponde a uma arma recolhida a cada dois dias, segundo dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Titular da Delegacia Seccional de Bauru, Ricardo Martines explica que a Polícia Civil possui um trabalho direcionado ao combate aos crimes de roubo e homicídio, que resulta na apreensão de armas de fogo. “Procuramos agilizar os inquéritos, pedir a prisão temporária e representar pela preventiva, tirando o acusado e sua arma de circulação. É um trabalho repressivo”, descreve.
Já a Polícia Militar (PM) fica com o trabalho preventivo, conforme adianta o comandante do 4.º Batalhão de Polícia Militar do Interior (4.º BPM-I), o tenente-coronel Flávio Jun Kitazume. Ele frisa que a corporação também conta com o apoio da população, que costuma denunciar situações em que indivíduos estejam portando armas de fogo. “Além disso, fazemos buscas pessoais e veiculares durante os patrulhamentos”, reforça.
Normalmente, entre as apreensões, as armas mais comuns são os revólveres de calibres 32 e 38, que são mais baratos e nem tão difíceis de manusear. Isso na zona urbana. Quando se trata da rural, espingardas de calibres 22, 28 e 36 são as mais encontradas, por serem ideais para a caça. Todos os equipamentos apreendidos são encaminhados às Forças Armadas e destruídos.
Uso restrito
Kitazume revela que algo vem chamando a atenção da corporação nos últimos meses: o aumento da apreensão de armas de fogo de uso restrito das Forças Armadas, tais como a de 9 milímetros e a .40, além de fuzis. “São armas de origem israelense ou americana, o que indica que elas chegaram até a cidade por meio de contrabando. Diante disso, também procuramos monitorar o comércio desses equipamentos”, pontua.
Outro motivo de preocupação diz respeito às armas brancas. Apesar de não terem qualquer poder de fogo, podem, igualmente, ser letais. “Nós também apreendemos armas brancas, mas precisamos analisar as circunstâncias, porque elas não necessitam de autorização para posse ou porte. Caso seja constatado que o intuito era o de cometer um crime, o indivíduo é punido com prisão de 15 dias a 6 meses”, elucida Martines.
A lei
No Brasil, o Estatuto do Desarmamento dispõe sobre o registro, a posse e a venda de armas de fogo e suas munições. O artigo 35 desse texto, que proibia a comercialização de armas e munições em todo o País, foi rejeitado em um plebiscito que se deu no ano de 2005. Na época, 63,94% dos eleitores brasileiros disseram “não” à proibição da venda de armas e munições.
Dessa forma, a aquisição de armas por civis manteve-se permitida no País, desde que cumpridos os seguintes requisitos como: possuir idade mínima de 25 anos; ter ocupação lícita e residência certa; comprovar idoneidade; apresentar capacidade técnica e aptidão psicológica para manusear uma arma e declarar efetiva necessidade.
Posse e porte
Existe uma diferença semântica entre posse e porte de arma de fogo. O primeiro caso diz respeito a possuir esse item guardado dentro de casa. Quando não há autorização para tanto junto à Polícia Federal (PF), a pessoa pode ser punida com detenção de um a três anos. Já o porte equivale a trazer a arma consigo, fato que exige a apresentação de toda a documentação exigida para a regularização da posse de arma.
Além disso, a pessoa tem de aguardar a aprovação do delegado da PF local e do superintendente do órgão, em São Paulo. Caso haja consentimento, o interessado deve desembolsar uma taxa de aproximadamente R$ 2 mil. Se isso não for feito e o indivíduo for flagrado andando com uma arma, a pena prevista é de dois a quatro anos de detenção, conforme informa o delegado seccional Ricardo Martines.
Polícia Federal recebe duas armas por semana
A partir do Estatuto do Desarmamento, elaborado em 2003, foi instituída a Campanha do Desarmamento. O intuito era fazer com que as pessoas que portassem armas de fogo sem registro tivessem um prazo de 180 dias para a regularização junto à Polícia Federal (PF) ou as entregassem com direito à indenização.
Essa última opção ainda está em vigor. Inclusive, desde janeiro deste ano, a polícia costuma receber duas armas por semana. Os proprietários desses itens ainda podem entregá-los à PF, sendo indenizados em valores que variam de R$ 150,00 a R$ 450,00, dependendo do tipo da arma. Para participar, basta preencher o requerimento eletrônico de guia de trânsito de arma de fogo, disponibilizado no http://desarma.mj.gov.br.
Após preencher o documento e imprimi-lo, a pessoa deverá ir até a polícia com o guia de trânsito em mãos e o documento de registro de arma, caso disponível. O interessado receberá um protocolo de indenização no momento da entrega da arma de fogo. O dinheiro poderá ser sacado em qualquer posto de autoatendimento do Banco do Brasil. Já o objeto recolhido será inutilizado, sempre que possível.



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