NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 28/01/2016 / Anac quer revisar regras para atrair empresas aéreas de baixo custo
Anac quer revisar regras para atrair empresas aéreas de baixo custo ...
Para incentivar a entrada de empresas aéreas de baixo custo ("low cost") no país, o governo deverá acelerar a revisão de normas de direitos de passageiros da aviação civil.
O presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Marcelo Guaranys, disse que deverá colocar em consulta pública neste trimestre a resolução sobre como as empresas têm de agir quando há atraso em voos e as regras para a venda de passagem e bagagem. As mudanças estão em estudo desde 2013.
Dentro da minuta que deverá ser submetida a consulta pública, que foi noticiada na edição desta quarta (27) do jornal "O Estado de S. Paulo", há propostas que beneficiam diretamente os passageiros, como o fim da permissão para cobrança de várias punições para a remarcação de passagem e a permissão para que o passageiro devolva a passagem se encontrar outra por valor mais baixo.
Outras propostas levarão a mais benefícios para as empresas, como a permissão para vender passagens em que só será permitido levar bagagem de mão, por exemplo.
A ideia geral é que as empresas tenham menos custos, inclusive com a redução de disputas judiciais com os passageiros, e com isso possam reduzir o valor das passagens.
Mas, para garantir a redução de preço, segundo Guaranys, será necessário que essas empresas de baixo custo entrem no país. Segundo ele, parte das regras desincentiva a vinda de empresas de baixo custo. Também há a intenção de acabar com a barreira de 20% de capital estrangeiro votante nas empresas nacionais.
"Não conheço nenhum lugar do mundo que garanta duas malas de 32 quilos no transporte internacional."
Para ele, a revisão dessas normas é um processo para continuar incluindo mais passageiros no sistema aéreo.
As empresas aéreas vinham conseguindo, mesmo com aumento de seus custos, reduzir o preço das passagens por causa da maior quantidade de passageiros no sistema. Com o cenário de retração econômica, a situação financeira das companhias se deteriora e não há garantia de que elas continuarão a reduzir os valores das passagens.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Governo anuncia ação de 220 mil militares para combater Aedes aegypti
Militares deverão fazer entrega de panfletos e visitas a casas e escolas. Mosquito é transmissor do zika vírus, relacionado com surto de microcefalia.
Laís Alegretti
O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, anunciou nesta quarta-feira (27) o aumento da atuação de militares no combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como a dengue e as febres chikungunya e amarela, além do zika vírus. As ações envolvem a mobilização de militares para a entrega de panfletos e visitas a casas e escolas. O anúncio ocorre após o governo divulgar o registro de mais de 4 mil casos suspeitos de microcefalia no país.
Em novembro do ano passado, o governo declarou estado de emergência em saúde pública no país por causa do aumento no Nordeste dos casos de microcefalia, quadro em que os bebês nascem com o cérebro menor do que o esperado e que pode comprometer o desenvolvimento da criança. As causas exatas do surto no Brasil ainda estão sendo investigadas, mas há fortes evidências de que o zika vírus tenha relação com o surto.
O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta que, até 23 de janeiro, foram registrados 4.180 casos suspeitos de microcefalia.
De acordo com Aldo Rebelo, as ações das Forças Armadas anunciadas nesta quarta serão divididas em quatro fases.
Primeira fase: De sexta-feira (1) a 4 de fevereiro, os militares vão fazer um mutirão de limpeza nas próprias organizações militares. O objetivo, segundo o governo, é chamar atenção para os cuidados necessários e eliminar focos de proliferação do mosquito.
Segunda fase: Em 13 de fevereiro, 220 mil homens e mulheres das Forças Armadas (160 mil do Exército, 30 mil da Marinha e 30 mil da Força Aérea) vão distribuir material impresso com orientações para combater o Aedes. A ação ocorrerá em 356 municípios, incluindo todas as capitais do estados. A expectativa é chegar a 3 milhões de residências;
Terceira fase: De 15 a 18 de fevereiro, 50 mil militares atuarão em conjunto com o Ministério da Saúde e vão fazer visitar domiciliares para inspecionar focos de proliferação, orientar moradores e, se for necessário, aplicar larvicida em criadouros;
Quarta fase: A última fase é a atuação de militares em visitar a escolas para reforçar o trabalho de conscientização. Essa etapa, no entanto, ainda está em fase de discussão com o Ministério da Educação.
O Ministério da Defesa esclareceu que, até o momento, atuava apenas nos estados em que a ajuda das Forças Armadas foi solicitada. Só nesta semana, por exemplo, desde segunda-feira (25), 2,2 mil militares atuaram em 14 estados no combate ao mosquito.
Zika
O vírus zika é transmitido especialmente por mosquitos infectados, principalmente o mosquito da dengue, o Aedes aegypti. A maioria das pessoas não tem sintomas mas, quando surgem, são principalmente erupções na pele, olhos vermelhos e dores no corpo. Eles desaparecem em até uma semana, em geral.
Auxílio
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou na segunda-feira que o governo distribuirá repelentes a grávidas cadastradas no Bolsa Família, a fim de evitar o contágio do zika vírus pelo mosquito.
Nesta quarta, os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Marcelo Castro (Saúde) se reuniram no Palácio do Planalto com fabricantes de repelentes de mosquitos que podem ser usados contra o Aedes aegypti. Segundo o governo federal, são estimadas em cerca de 400 mil mulheres as grávidas que podem ser beneficiadas com a medida.
Também nesta quarta-feira, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome informou que pagará bolsa mensal a famílias de crianças diagnosticadas com microcefalia. O auxílio tem o valor de um salário mínimo por mês e é normalmente concedido a idosos com mais de 65 anos que não recebem aposentadoria e a pessoas diagnosticadas com um algum tipo de deficiência.
Segundo a Presidência, as negociações ainda estão em andamento e, durante o encontro, os ministros apresentaram aos fabricantes a quantidade de mulheres que precisam dos repelentes, enquanto o setor se comprometeu a estudar formas de produção, custos e capacidade de fornecimento dos produtos.
Repelente
Nesta quarta, os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Marcelo Castro (Saúde) se reuniram no Palácio do Planalto com fabricantes de repelentes de mosquitos que podem ser usados contra o Aedes aegypti. Segundo o governo federal, serão distribuídos repelentes a grávidas que sejam beneficiárias do Bolsa Família, estimadas em cerca de 400 mil mulheres.
Preso soldado do Exército suspeito de desviar armamentos em SP
Armas e munições das Forças Armadas iam para facção, segundo polícia. Ele foi detido em sua casa; cinco armas foram apreendidas, afirma Denarc.
Um soldado do Exército suspeito de desviar armas e munições para uma facção criminosa foi preso, na manhã desta quarta-feira (27), na casa dele, na Rua Serrana Fluminense, em Jardim Peri Alto, na Zona Norte de São Paulo, informou a Polícia Civil. Cinco armas e diversas munições foram apreendidas, disse a corporação.
De acordo com a polícia, o suspeito trabalhava no Hospital Militar, de onde estaria desviando armas e munições pertencentes às Forças Armadas. Na casa do soldado, foram apreendidos duas pistolas, dois revólveres e um fuzil, segundo a polícia. Apenas um dos revólveres não tinha sua numeração raspada.
Ainda segundo a corporação, foram também encontrados cinco celulares, um uniforme do Exército Brasileiro, uma agenda que teria manuscritos sobre o crime, carregadores de pistolas e três caixas de munições da Força Aérea Brasileira. A prisão foi feita em cumprimento a uma ordem judicial pedida pelo próprio Denarc, que investigou o caso.
Idoso morre após ser atingido por hélice de avião em São Luís
Ele estava calçando o pneu de um bimotor no momento do acidente. Seripa vai abrir investigação para apurar as causas e classificar o acidente.
Um homem de 79 anos morreu na noite de terça-feira (26) após ser atingido pela hélice de uma aeronave no Aeroclube de São Luís, no Km 1 da BR-135. Segundo familiares, ele fazia a limpeza de um bimotor quando o acidente aconteceu, por volta das 17h.
A vítima identificada como Sotero Felipe foi atingida pela hélice da aeronave enquanto colocava um calço no pneu do avião, segundo relatou Alan George do Nascimento, filho da vítima. “Ele foi calçar o avião e pelos cortes tudo indica que ele estava de costa. Ele trabalhava lá desde a década de 70 mais ou menos”, afirmou.
A vítima foi socorrida por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada para o Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I), mas ao resistiu aos ferimentos e acabou morrendo.
“O piloto desligou o avião, mas a hélice não parou totalmente. O corte foi muito forte e ele chegou a perder massa encefálica. Teve corte no ombro, pulso e até na perna”, relatou.
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da Infraero disse que o órgão foi notificado sobre o caso e que uma equipe de investigadores do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) vai até o aeroporto para apurar as causas e classificar o acidente.
Roda de avião cai em aterrissagem e assusta grupo de indígenas no Acre
Voo com 14 passageiros vinha do Amazonas e não deixou nenhum ferido. Piloto aguarda técnico da empresa para trocar o pneu e a roda do avião.
Do G1 Ac
Um grupo de indígenas que saia de São Gabriel da Cachoeira, no oeste do Amazonas, para Marechal Thaumaturgo, no interior do Acre, nesta terça-feira (26), levou um susto durante o pouso da aeronave, quando o pneu caiu. A viagem foi realizada pela empresa Apuí Táxi Aéreo, com um avião do modelo Bandeirante. Cerca de 14 pessoas estavam a bordo e ninguém saiu ferido.
Segundo o diretor da empresa, Vitor César Marmentini, a bequilha, equipamento auxiliar do trem de pouso da aeronave, quebrou na hora da aterrissagem. "Os passageiros não desceram no terminal, andaram da pista para o aeroporto, mas todos ficaram bem. O comandante entrou em contato comigo e enviamos um mecânico levando uma nova roda com pneu", explica.
Marmentini disse que na cidade não existem equipamentos para retirar o avião da pista e foi necessário pedir ajuda do Exército para remover a aeronave do local.
O piloto, Fulton Riker, está aguardando o técnico que deve chegar na cidade ainda nesta quarta-feira (27).
"Por ser uma pista com pouco movimento, não teve muito problema e a aeronave ficou lá até ser removida. Como têm poucos voos, não houve transtorno", comenta.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que, conforme consta no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), "a aeronave estava com a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) em dia. Portanto, a aeronave estava apta a voar". No site da Anac também é possível confirmar que o piloto Riker está apto a voar.
OEA aprova envio de missão para analisar crise política no Haiti
A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou por maioria, nesta quarta-feira (27), o envio de uma missão especial ao Haiti, com o objetivo de ajudar a buscar uma saída para a crise política diante da suspensão do segundo turno da eleição presidencial.
O pedido de envio de uma missão foi feito no Conselho Permanente da OEA pelo embaixador do Haiti na Casa, Bocchit Edmond, insistindo em que se tratava de uma demanda do próprio presidente haitiano, Michel Martelly.
Na sessão, o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, disse que "o mandato e os limites da missão serão dados pelo governo do Haiti". "Caso contrário, seria uma ingerência que o Haiti não deseja e nós tampouco", frisou.
O presidente do Conselho Permanente, Michael Sanders, explicou que o objetivo da missão é "analisar a situação no Haiti, incluindo um diálogo com todas as partes apropriadas".
Horas depois da OEA, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) decidiu enviar uma comissão dos chanceleres do Equador, Uruguai, Venezuela e Bahamas para se informar sobre o terreno antes de decidir se também mandará uma missão de ajuda ao país.
"Que se envie uma comissão de chanceleres para obter mais informação, falar com as partes e ver se há lugar para a intervenção da Celac, ou não", propôs o presidente equatoriano, Rafael Correa, anfitrião da cúpula em Quito.
O plano contempla que, em seu retorno, os chanceleres informem da situação ao quarteto da Celac - formado por Equador, República Dominicana, Costa Rica e Bahamas. O grupo repassará a mensagem aos demais membros, que decidirão sobre o envio da uma missão.
O pedido de envio de uma missão foi feito no Conselho Permanente da OEA pelo embaixador do Haiti na Casa, Bocchit Edmond, insistindo em que se tratava de uma demanda do próprio presidente haitiano, Michel Martelly.
Na sessão, o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, disse que "o mandato e os limites da missão serão dados pelo governo do Haiti". "Caso contrário, seria uma ingerência que o Haiti não deseja e nós tampouco", frisou.
O presidente do Conselho Permanente, Michael Sanders, explicou que o objetivo da missão é "analisar a situação no Haiti, incluindo um diálogo com todas as partes apropriadas".
Horas depois da OEA, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) decidiu enviar uma comissão dos chanceleres do Equador, Uruguai, Venezuela e Bahamas para se informar sobre o terreno antes de decidir se também mandará uma missão de ajuda ao país.
"Que se envie uma comissão de chanceleres para obter mais informação, falar com as partes e ver se há lugar para a intervenção da Celac, ou não", propôs o presidente equatoriano, Rafael Correa, anfitrião da cúpula em Quito.
O plano contempla que, em seu retorno, os chanceleres informem da situação ao quarteto da Celac - formado por Equador, República Dominicana, Costa Rica e Bahamas. O grupo repassará a mensagem aos demais membros, que decidirão sobre o envio da uma missão.
Em 356 cidades, 220 mil militares vão combater mosquito Aedes aegypti
Luciano Nascimento
O governo federal anunciou hoje (27) que 220 mil miltares vão ajudar no combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, da febre chinkungunya e do vírus Zika. Em coletiva de imprensa, o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, informou que os homens das três Forças Armadas vão atuar em 356 municípios.
“As Forças Armadas já exercem essa função auxiliar desde o primeiro momento de combate ao mosquito Aedes aegypti. Agora estamos intensificando a mobilização onde há uma incidência maior”, disse Aldo Rebelo.
Dos 356 municípios, 115 concentram grande quantidade de casos de microcefalia, que podem ter sido provocados pelo vírus Zika.
A atuação das Forças Armadas vai complementar as ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, estados e municípios.
Aldo Rebelo informou que a ação dos militares será dividida em quatro etapas.
A primeira ocorrerá até o dia 4 de fevereiro quando os militares farão um mutirão para erradicar criadouros do mosquito em instalações das Forças Armadas em todo o país.
No dia 13 de fevereiro, quando ocorrerá a segunda fase, 220 mil homens e mulheres das Forças Armadas farão uma ação de conscientização para orientar a população no combate ao mosquito. Os militares irão distribuir panfletos com um número de telefone local que irá receber denúncias de locais onde haja proliferação do mosquito.
De acordo com o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Almirante Ademir Sobrinho, 3 milhões de imóveis residenciais devem ser visitados. “Vamos distribuir folheto informativo chamando a responsabilidade dos moradores no combate ao mosquito, chamando a atenção para a importância de vigiar a presença de focos do mosquito na vizinha e medidas básicas de como evitar focos na residência”, disse.
Entre os dias 15 e 18 de fevereiro, um contingente de 50 mil militares fará nova visita, em ação coordenada com o Ministério da Saúde e autoridades locais, para inspecionar possíveis focos de proliferação nas casas e, se for o caso, aplicar larvicida. “Acreditamos que quando voltarmos, grande parte desse trabalho já tenha sido feito pelo morador”, acrescentou Sobrinho.
Segundo o ministro Aldo Rebelo, a divisão dos militares obedecerá a proporcionalidade dos efetivos em cada estado. O ministro disse ainda que os 50 mil militares continuarão mobilizados, mas que atuarão quando solicitados pelas autoridades locais. Ele disse que os estados podem contribuir mobilizando as forças locais. "Vou falar com todos os governadores e pelo menos com os prefeitos das capitais para que a nossa mobilização possa ser acolhida e reforçada em todos os estados".
A última etapa, ainda em discussão com o Ministério da Educação (MEC), prevê a mobilização dos militares para reforçar o trabalho de conscientização em escolas das redes pública e privada."Vamos depender, naturalmente, do calendário escolar que é diferente em cada escola, nas redes privada e pública, seja municipal ou estadual. Estaremos à disposição do MEC para apoiar a ação de esclarecimento para prevenção e combate ao mosquito nas escolas", disse o ministro.
Casos de microcefalia
Nesta quarta-feira (27), o Ministério da Saúde informou que investiga 3.448 casos suspeitos de microcefalia no país, que podem ter relação com o vírus Zika. Questionado se o governo demorou em acionar os militares para conter o aumento de casos de microcefalia no país, Aldo Rebelo disse que os militares já vinham atuando em 14 estados, atendendo pedidos de autoridades locais, a exemplo dos estados de Pernambuco, da Paraíba, de Mato Grosso e São Paulo.
“Já tínhamos disponibilizado e treinado homens e mulheres para essas ações e agora esse esforço maior é correspondente ao esforço do governo [União, estados e municípios]. Já tínhamos mobilizado 4 mil militares e treinado muito antes. Agora disponibilizamos a possibilidade de treinar mais 50 mil”, disse o ministro.
Uênia é suspensa por 4 anos, e família Fernandes vê terceiro caso de doping
Ciclista foi flagrada com substância proibida em exame realizado no ano passado. Antes disso, duas primas dela também já tinham sido punidas pelo mesmo motivo
A ciclista brasileira Uênia Fernandes pegou quatro anos de suspensão após ter sido flagrada em exame antidoping, em julgamento realizado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), nesta terça-feira em Curitiba. A substância encontrada foi eritropoietina, mais conhecida como EPO, em um teste feito fora de competição no dia 29 de setembro de 2015. Este é o terceiro caso de doping envolvendo a família Fernandes.
Antes, as irmãs Clemilda e Márcia, que são primas de Uênia, também foram suspensas por usarem substâncias proibidas na modalidade. Em 2009, Clemilda foi punida com dois anos de gancho após ter sido flagrada no Giro da Itália. Em 2014, Márcia testou positivo durante o Campeonato Brasileiro de Ciclismo de Estrada, em São Carlos, interior de São Paulo.
Todas as três familiares foram punidas depois de usarem EPO, um hormônio que aumenta a capacidade física em provas longas e tem sido bastante utilizado de maneira ilegal para melhorar o desempenho no ciclismo.
Uênia é atleta da seleção brasileira e faz parte do Programa de Atletas de Alto Rendimento (PAAR) das Forças Armadas, além de ser 3º sargento da Força Aérea Brasileira (FAB). Antes de ser suspensa por quatro anos, a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) havia absolvido Uênia, em julgamento realizado em dezembro de 2015. O caso foi revisto pois a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), que havia realizado o teste, não foi convocada para o julgamento.
Antes de ser suspensa por quatro anos esta semana, Uênia Fernandes havia sido absolvida em dezembro do ano passado pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC). No entanto, o julgamento foi invalidade porque a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) não estava presente no dia daquela decisão, como manda o Código Brasileiro Antidoping.
F-16 cai no Egito durante exercício militar
O exército egípcio anunciou na madrugada desta quinta-feira que um de seus aviões de combate F-16 caiu durante um exercício militar, um acidente que matou toda a tripulação.
O comunicado divulgado pelo exército não revela o local da queda da aeronave.
O F-16 é um avião de combate com um ou dois lugares fabricado pela Lockheed Martin. Presente nas frotas de 20 países, o modelo é um dos jatos militares mais utilizados no mundo.
Governo mobiliza 60% das Forças Armadas contra Aedes aegypti
Brasília - As Forças Armadas vão mobilizar 60 por cento de seu efetivo para ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya e do Zika vírus, que tem deixado autoridades e população em alerta por estar associado a casos de microcefalia em recém-nascidos.
Dividida em quatro etapas, a ação prevê a visita de militares a cerca de 3 milhões de residências em mais de 350 municípios, 115 deles considerados endêmicos.
“Por determinação da Presidência da República, o Ministério da Defesa é incorporado ao esforço do governo no combate ao mosquito, que é vetor da dengue, da Chikungunya, e desse vírus revelado mais recentemente, causador da microcefalia, que é o vírus Zika”, disse o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, a jornalistas.
O ministro explicou que após a primeira etapa no dia 4 de fevereiro, que prevê um mutirão de limpeza nas instalações militares, haverá a mobilização de 220 mil homens e mulheres das Forças Armadas para prestar informações e engajar a população para evitar focos do Aedes aegypti, no dia 13 de fevereiro.
Esse número corresponde a aproximadamente 60 por cento do efetivo das Forças Armadas, segundo Rebelo. O ministro afirmou, utilizando-se de dados do Ministério da Saúde, que aproximadamente dois terços dos focos de reprodução desses mosquitos ocorrem nas residências das pessoas.
“Se não mobilizarmos as pessoas, é difícil que nossa ação, da vigilância da saúde ou do poder público tenha a eficácia para erradicar o mosquito”, afirmou o ministro.
A terceira etapa da ação envolve 50 mil homens das Forças Armadas, que acompanhados de agentes de saúde visitarão entre os dias 15 e 18 de fevereiro domicílios para inspecionar focos de proliferação, munidos de larvicidas e inseticidas. Esses homens ainda terão de passar por treinamento, coordenado com o Ministério da Saúde. Na quarta fase, ainda em discussão com o Ministério da Educação, militares visitarão escolas para conscientização das crianças e adolescentes.
REPELENTES
Mais cedo, a presidente Dilma Rousseff defendeu em sua conta no Twtiter que o país precisa “lançar uma guerra” contra o mosquito e inaugurou as hashtags que o governo usará na campanha contra o Zika: #ForaZika e #ZikaZero. O Brasil tem hoje cerca de 4 mil casos suspeitos de microcefalia em bebês recém-nascidos relacionados com o Zika vírus, a maioria concentrados na Região Nordeste.
Segundo uma fonte da Casa Civil, que preferiu não ser identificada, o governo reuniu representantes de 20 laboratórios que fabricam repelentes no país e entregou a eles uma lista de questionamentos.
Cada laboratório vai responder sobre sua capacidade de produção e atendimento, preço, conteúdo, fator de duração, se podem ser usados por grávidas, seguindo normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Todos comprometeram-se a responder o mais rápido possível.
Como pretende comprar os repelentes para distribuição a cerca de 400 mil grávidas beneficiárias do programa Bolsa Família, o governo também quer saber se a produção é suficiente para cobrir a demanda, ou se é necessário importar o produto. O governo também tem interesse em conferir a possibilidade de redução dos preços dos repelentes.
Novos casos de zika no mundo geram preocupação
EUA e Rússia emitiram alertas para a população sobre o contágio
O vírus zika, que no Brasil tem provocado um surto de microcefalia, despertou preocupação da comunidade internacional. Após a Dinamarca confirmar a primeira infecção no país, líderes como Barack Obama e Vladimir Putin fizeram apelos de combate à transmissão da doença e alertaram a população sobre viagens à América Latina. O governo dinamarquês confirmou nesta quarta-feira (27) o primeiro caso de zika, de acordo com a agência de notícias Ritzau, que publicou que uma pessoa apresentou exames positivos para o vírus no Hospital Aarhus.
O presidente russo, Vladimir Putin, pediu que a ministra da Saúde do país, Veronika Skvortsova, emita um alerta para todos os cidadãos do país que viajaram ou passarão pela América Latina. "Algo triste está chegando da América Latina. Os mosquitos não voam sobre oceanos, mas as pessoas infectadas, sim. Este vírus já chegou à Europa", comentou Putin, segundo a agência Interfax.
Já o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reuniu-se com autoridades sanitárias e de segurança nacional para solicitar velocidade no diagnóstico de novos casos no país, assim como métodos de tratamento, prevenção e cura das infecções.
Os EUA confirmaram neste mês o primeiro caso de zika. Somente no estado de Nova York, três pessoas já foram diagnosticadas com a doença, que se relaciona com a microcefalia (má formação cerebral em fetos). Mas ainda são desconhecidas outras formas de transmissão - como sangue e sêmen-- e os efeitos do vírus no organismo.
Na Europa, países como Itália e Reino Unido também já reportaram casos de infecção. O governo britânico até recomendou que os atletas do país tomem cuidado com possíveis casos de contaminação durante os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, em agosto. A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu nesta semana um alerta de que o zika vírus deve se espalhar pelas América. Os únicos países que estariam a salvo seriam Chile e Canadá, já que as temperatuas mais baixas não favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença.
Até o momento, mais de 20 países e territórios na América já confirmaram casos do vírus: Barbados, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, El Salvador, Guadalupe, Guatemala, Guiana Francesa, Haiti, Honduras, Ilhas Virgens, Martinica, México, Panamá, Porto Rico, Paraguai, República Dominicana, St. Maarten, Suriname e Venezuela. Desde dezembro do ano passado, o Brasil já registrou aproximadamente 3,8 mil casos de zika. Entenda a doença - No final do ano passado, o Ministério da Saúde do Brasil estabeleceu a relação entre o aumento da microcefalia no nordeste do país e a infecção por zika. Até agora, as autoridades de saúde brasileiras, com apoio da OMS, estão investigando qual o efeito que o zika poderia ter sobre os fetos. De acordo com a análise preliminar, o risco de aparição de microcefalia e malformações estaria associado com a infecção no primeiro trimestre da gravidez.
As grávidas têm o mesmo risco que o resto da população de serem infectadas com o vírus zika, que é transmitido pela picada de um mosquito Aedes contaminado. Muitas delas podem não saber que têm o vírus, por não terem apresentado sintomas. Apenas uma em cada quatro pessoas apresenta sintomas de infecção por zika e, entre as que são afetadas, a doença é geralmente leve.
Os sintomas mais comuns são febre e exantema (erupção cutânea ou urticária), muitas vezes acompanhados por conjuntivite, dores musculares ou nas articulações, com um mal-estar que começa entre dois e sete dias após a picada de um mosquito infectado.
Não há vacina ou tratamento específico para a infecção por zika.
Por isso, o tratamento consiste em aliviar os sintomas, inclusive para as grávidas, que devem seguir as recomendações médicas.
Brasileiros estão viajando menos de avião. Em dezembro a queda na demanda doméstica de passageiros foi de 4,5%
O transporte aéreo de passageiros caiu na comparação com o mesmo período de 2014, completando cinco meses consecutivos de retração, informa a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). No ano, indicador ficou praticamente estável, com alta de 1,1%
A demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros, medida em passageiros-quilômetros pagos transportados (RPK), registrou queda de 4,5% em dezembro em relação ao mesmo mês de 2014, segundo dados compilados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Com isso, a demanda doméstica completou cinco meses consecutivos de redução.
Já a oferta, medida em assentos-quilômetros oferecidos (ASK), teve recuo de 3,3% no mês passado, na mesma base de comparação. Com isso, a taxa de ocupação das aeronaves em voos domésticos (RPK/ASK) atingiu 79,8% em dezembro do ano passado, índice inferior ao registrado no mesmo mês de 2014, quando a taxa de ocupação doméstica ficou em 80,8%.
De acordo com a Anac, a Gol registrou a maior participação no mercado doméstico em dezembro, com uma fatia de 37,7%. Em sequência, aparecem TAM, com 34,4%, Azul, com 16,7%, e Avianca, com 10,1%. O número de passageiros pagos transportados no mercado doméstico em dezembro atingiu 8,48 milhões, queda de 4,46% em relação ao mesmo mês de 2014.
Acumulado no ano
No acumulado de 2015, a demanda doméstica teve alta de 1,1% em relação ao resultado de 2014, enquanto a oferta doméstica aumentou 1% na mesma base de comparação. Assim, a taxa de aproveitamento doméstico no ano passado ficou em 79,8%, praticamente estável em relação aos 79,7% verificados em 2014.
O resultado consolidado entre janeiro e dezembro de 2015 mostra que a TAM obteve a maior participação no mercado doméstico no acumulado do ano, com 36,7%. A Gol aparece em segundo lugar, com 35,9%, seguida por Azul, com 17%, e Avianca, com 9,4%. Quanto ao número de passageiros transportados, a Anac contabilizou 96,2 milhões em 2015, alta de 0,3% ante o resultado de 2014.
Internacional
No segmento internacional, a demanda (em RPK) por transporte aéreo de passageiros das empresas brasileiras cresceu pelo 22º mês consecutivo, com alta de 8,9% em dezembro de 2015 frente o mesmo mês de 2014. Já a oferta internacional (em ASK) registrou o 17º mês consecutivo de expansão, com alta de 7,7% em relação ao mês de dezembro do ano passado. Com isso, a taxa de aproveitamento das aeronaves nos voos internacionais operados pelas aéreas brasileiras alcançou 81,9% em dezembro de 2015 ante 81% no mesmo mês de 2014.
Em participação de mercado, a TAM seguiu isolada na liderança em dezembro, com 76,5%, enquanto a Azul respondeu por 11,8% e a Gol ficou com 11,6%.
No acumulado de 2015, a demanda internacional aumentou 13,8% em relação a 2014, enquanto a oferta cresceu 15,3% no período, levando a taxa de ocupação a 81,4%, uma redução em relação aos 82,5% registrados em 2014.
Defesa vai colocar 220 mil homens nas ruas para combater Aedes aegypt
Efetivo do Exército, Marinha e Aeronáutica começa a visitar casas a partir de 13 de fevereiro
O Ministério da Defesa anunciou nesta quarta-feira (27) que vai colocar 220 mil homens e mulheres das Forças Armadas nas ruas para combater o Aedes aegypt, mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e do zika vírus.
O ministro Aldo Rebello detalhou a divisão do efetivo e explicou que a pasta vai contribuir em quatro frentes para o combate do inseto.
— É a campanha de esclarecimento casa por casa. Para essa campanha, nós mobilizaremos 220 mil homens e mulheres das três Forças, sendo 160 mil do Exército, 30 mil da Marinha e 30 mil da Aeronáutica. Um pouco mais de 60% do efetivo total de 300 mil homens e mulheres das Forças Armadas. Terá a participação de todos os escalões das Forças Armadas. [...] Também podemos ter a ajuda de outras forças, de outros servidores que possam se incorporar para essa ação, marcada para o dia 13 de fevereiro.
Rebello, porém, enfatizou que a responsabilidade do combate ao mosquito é do Ministério da Saúde, o qual "dispõe dos meios e da capacidade para a campanha".
— Nós somos uma força subsidiária. Atuamos subsidiariamente e organizamos aqui, com as Forças Armadas, uma contribuição, distribuída em quatro etapas, envolvendo todos os efetivos das Forças Armadas.
A primeira fase compreende um esforço coletivo para "a erradicação do mosquito em equipamentos das Forças Armadas, como quarteis e equipamentos militares", explicou o ministro.
Outra estratégia da Defesa "é a mobilização de 50 mil militares, já sob a orientação do Ministério da Saúde, para a distribuição dos meios e dos produtos para a erradicação do mosquisto, como larvicidas e inseticidas, e outras medidas que o ministério julgue importante", disse Rebello.
— Hoje, temos já cerca de 2.000 homens e mulheres e ação e vamos treinar mais o número necessário para alcançar os 50 mil. Receberemos o treinamento do MS e vamos treinar o efetivo restante. Esses estarão à disposição do Ministério da Ssaúde para uma atuação mais perto dele.
Por fim, a quarta fase compreende "a disponibilidade também de praças e oficiais, sargentos e oficiais, para levar essa campanha para às escolas".
— Já conversei com o ministro da Educação para receber diretrizes, do ministério e das secretarias da educação, para a mobilização e empenho do nosso efetivo nas escolas. [...] Vamos apoiar a prevenção e combate do mosquito nas escolas.
Antes tarde do que nunca
Questionado porque a Defesa não entrou antes no combate ao mosquito da dengue, Rebello disse que as Forças Armadas só atuam quando são convocadas.
— Ontem, conversando com o governador do Acre, ele disse que uma das instituições que ajudaram ele enfrentar com êxito a incidência de dengue, que é o mesmo vetor do zika, foi a participação das Forças Armadas, que só atuam quando convocadas. Já tínhamos treinado homens e mulheres para essa ação. Eles já estão atuando nos estados como PE, MT, PB, AL e SP, onde fomos convocados, one já atuamos.
O ministro explicou que "esse esforço maior de participação é correspondente ao esforço que o próprio governo, não só a União, mas também os Estados e prefeituras, fazem". — Quando somos mobilizados para essa finalidade, respondemos prontamente. O último balanço do Ministério da Saúde indica que o País já tinha 4.180 casos de microcefalia suspeitos até o último sábado (23).
FAB realiza mutirão de combate ao mosquito em Canoas (RS)
Quinto Comando Aéreo Regional realiza varredura para detectar acúmulo de água, ambiente propício para proliferação do mosquito
O efetivo do Quinto Comando Aéreo Regional (V Comar), em Canoas (RS), entrou na guerra contra o Aedes Aegypti, o agente transmissor da dengue, da chikungunya e do zika vírus. Área militar de 600 mil m2 foi submetida a varredura, nesta terça-feira (26), para detectar possível acúmulo de água, ambiente propício para a proliferação do mosquito.
O V Comar contou com o suporte de agentes de saúde da Prefeitura de Canoas no depósito de larvicida em locais com acúmulo de água, como ralos e fossos. A campanha tem por objetivo a conscientização e a responsabilidade social dos militares, atuando de forma eficaz na prevenção e contenção de doenças.
O Tenente-Coronel Airton Nogueira da Gama Seraphim explicou que a ação foi realizada em função da gravidade das consequências decorrentes de uma eminente epidemia de dengue, febre chikungunya e zika. "Além da eliminação de diversos focos de proliferação do mosquito, o maior legado é a conscientização do efetivo e de seus familiares sobre a importância de trabalharmos juntos com sociedade local visando ao bem estar e saúde coletiva", resumiu.
Em edifícios, os militares verificaram condicionadores de ar, vasos de plantas, geladeiras, entre outros. Em áreas externas, eles vasculharam zonas de mata, serviços de manutenção e de lazer. Ao todo, foram recolhidos 45 sacos de lixo contendo materiais descartáveis.
Para Hira Lunkes da Silva, Capitão da Reserva, todos devem estar engajados no combate ao mosquito Aedes Aegypti: órgãos governamentais, entidades civis e a população do País, atuando principalmente na prevenção.
"Já levei o exemplo para minha casa, parentes, vizinhos e amigos, mobilizando-os nos cuidados a serem adotados, de forma a impedir a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Se houver o engajamento de todos, fica mais fácil vencermos a batalha", disse.
Participaram da ação militares do V Comar, o Hospital de Aeronáutica de Canoas, a Prefeitura de Aeronáutica de Canoas e Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.
Coluna Ricardo Boechat
Aviação civil rumo ao exterior
Mesmo com a crise econômica brasileira, a demanda pelo transporte aéreo fechou 2015 no azul. Mesmo com a desaceleração da economia brasileira, a demanda pelo transporte aéreo fechou 2015 no azul. Sim, a procura por voos domésticos cresceu 1,1% no ano passado em relação a 2014. Já para os passageiros internacionais, a procura por voos foi ainda maior e atingiu o pico dos últimos 10 anos, com crescimento de 13,8% quando comparado a 2014. Esses dados estarão disponíveis nesta quarta-feira 27, no Relatório de Demanda e Oferta do Transporte Aéreo da ANAC.
Vacina contra zika ainda demora 3 ou 4 anos, diz autoridade americana
Marcelo Ninio
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, leva muito a sério o risco de o vírus zika se espalhar pelo território norte-americano.
A afirmação é de Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH, na sigla em inglês), uma das autoridades que participaram da reunião com Obama sobre o zika nesta quarta (27).
Em entrevista à Folha, Fauci aconselhou o Brasil a priorizar o combate ao mosquito e estimou que deve demorar "três ou quatro anos" para que a vacina contra o zika esteja pronta para distribuição.
Folha - A reunião convocada pelo presidente Obama indica o grau de preocupação do governo com o vírus zika. Em que medida o problema é mais grave que outros surtos?
Anthony Fauci - Não é produtivo fazer rankings e comparações com outros surtos. Basta dizer que encaramos o problema com muita seriedade e queremos ficar à frente dos acontecimentos. É esta a visão do presidente, ele quer ficar à frente. O presidente vê [o problema] com muita seriedade.
Qual o risco de uma epidemia de zika nos EUA?
Certamente haverá casos importados de zika nos EUA. Vimos isso com a dengue e a chikungunya. Mas não acredito que haverá uma epidemia. Talvez haja um pequeno número de contágios locais, como ocorreu com a dengue. Mas temos capacidade para suprimir uma epidemia.
Historicamente, tivemos casos de dengue importados do Caribe e da América do Sul e o vírus se estabeleceu em alguns locais da Flórida e do Texas. Mas, graças a um combate agressivo à proliferação do mosquito, nós conseguimos impedir que progredisse.
Nunca se deve dizer nunca, mas consideramos improvável um grande surto de zika nos EUA como vemos na América do Sul.
Até agora não houve transmissão local de zika no território dos EUA, só em Porto Rico. Há cerca de 20 casos "importados".
Como estão os estudos sobre o elo entre zika e microcefalia?
Os estudos não estão sendo conduzidos nos EUA porque só temos um caso de uma mulher grávida no Havaí que foi contaminada no Brasil. Para conduzir um estudo é preciso ter muitos casos. O Centro de Controle de Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), junto com as autoridades brasileiras, estudou alguns casos no Brasil e identificou o vírus em bebês de mães que tinham o zika. Embora não seja uma prova definitiva de causa, fortalece um crescente volume de evidências de associação entre o zika e a microcefalia. Mas ainda não conseguimos provar que o zika é a única causa da microcefalia.
O presidente Obama pediu pressa no desenvolvimento de uma vacina contra o zika. Quanto tempo deve levar para ela ficar pronta?
Certamente não estará disponível para ser usada no atual surto no Brasil. Mas, assim como acontece com a dengue, não esperamos que o zika desapareça do Brasil, por isso é importante desenvolvermos uma vacina.
Uma vacina para ser testada em humanos deve estar pronta em um ano, talvez menos. Para distribuição, provavelmente só dentro de três ou quatro anos.
Uma vacina para ser testada em humanos deve estar pronta em um ano, talvez menos. Para distribuição, provavelmente só dentro de três ou quatro anos.
Como está a colaboração com o Brasil?
Temos uma longa relação científica com o Brasil. É uma vantagem, porque não precisamos partir da estaca zero. Temos financiado pesquisas no Brasil. Uma vacina contra a dengue desenvolvida aqui no NIH está sendo testada no Instituto Butantã [SP] neste momento. Para o zika, já começamos os trabalhos e certamente haverá cooperação com os colegas brasileiros.
As autoridades de saúde dos EUA recomendaram a gestantes que evitem viagens ao Brasil e a outros países com incidência do vírus. Esse alerta pode ser ampliado?
O mais importante é que as mulheres grávidas estejam conscientes da advertência. O público em geral não está incluído no alerta. Para o Brasil, a prioridade máxima deve ser o combate ao mosquito.
Anac quer revisar regras para atrair empresas aéreas de baixo custo
Dimmi Amora
Para incentivar a entrada de empresas aéreas de baixo custo ("low cost") no país, o governo deverá acelerar a revisão de normas de direitos de passageiros da aviação civil.
O presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Marcelo Guaranys, disse que deverá colocar em consulta pública neste trimestre a resolução sobre como as empresas têm de agir quando há atraso em voos e as regras para a venda de passagem e bagagem. As mudanças estão em estudo desde 2013.
Dentro da minuta que deverá ser submetida a consulta pública, que foi noticiada na edição desta quarta (27) do jornal "O Estado de S. Paulo", há propostas que beneficiam diretamente os passageiros, como o fim da permissão para cobrança de várias punições para a remarcação de passagem e a permissão para que o passageiro devolva a passagem se encontrar outra por valor mais baixo.
Outras propostas levarão a mais benefícios para as empresas, como a permissão para vender passagens em que só será permitido levar bagagem de mão, por exemplo.
A ideia geral é que as empresas tenham menos custos, inclusive com a redução de disputas judiciais com os passageiros, e com isso possam reduzir o valor das passagens.
Mas, para garantir a redução de preço, segundo Guaranys, será necessário que essas empresas de baixo custo entrem no país. Segundo ele, parte das regras desincentiva a vinda de empresas de baixo custo. Também há a intenção de acabar com a barreira de 20% de capital estrangeiro votante nas empresas nacionais.
"Não conheço nenhum lugar do mundo que garanta duas malas de 32 quilos no transporte internacional."
Para ele, a revisão dessas normas é um processo para continuar incluindo mais passageiros no sistema aéreo.
As empresas aéreas vinham conseguindo, mesmo com aumento de seus custos, reduzir o preço das passagens por causa da maior quantidade de passageiros no sistema. Com o cenário de retração econômica, a situação financeira das companhias se deteriora e não há garantia de que elas continuarão a reduzir os valores das passagens.
Adolescente ofende militares do Exército e PMs durante vistoria de dengue
Caroline Maldonado
O recolhimento de apenas um foco de mosquito que transmite dengue virou caso de polícia em Chapadão do Sul, a 321 quilômetros de Campo Grande. Um adolescente de 15 anos foi apreendido depois de ofender agentes de endemias e militares do Exército, que recolhiam amostra do material durante o combate a doenças, no Bairro Sibipiruna.
Agressivo, o garoto pegou a amostra e jogou no chão, segundo o jornal Chapadense News. Ele começou a ofender verbalmente os agentes e os militares, que auxiliavam no Plano de Ação de combate à dengue, iniciado na segunda-feira (25), na cidade.
O adolescente continuou com as ofensas quando a Polícia Militar chegou. Ele foi apreendido por desacato e levado à delegacia de Polícia Civil. O rapaz e a família são de Atalaia, no Alagoas, e estão há duas semanas em Chapadão, visitando parentes. O garoto admitiu ser usuário de drogas e tem antecedentes criminais no Estado natal.
Multirão - Pelo menos oito caçambas de lixo e entulhos foram recolhidas nas primeiras 24 horas de atividades da campanha contra o mosquito, que é transmissor da dengue, chikungunya e zika. O multirão na cidade inclui limpezas de ruas e calçadas, além da pintura de meio fio das vias públicas e o trabalho de conscientização dos moradores.
No primeiro dia, 19 imóveis foram notificados por irregularidades na destinação incorreta de água servida e em fossas sépticas. Foram retirados das ruas cinco carros e/ou sucatas e 38 residências que estavam fechadas receberam um adesivo com o prazo de 72 horas para agendar uma visita na Ouvidoria Municipal pelo telefone 0800 647 0162.
JORNAL DIÁRIO GAÚCHO (RS)
Você pode viajar nos aviões da Força Aérea sem pagar nada. Saiba como
No Rio Grande do Sul, são duas bases aéreas para pegar carona: uma em Canoas e outra em Santa Maria
Uma aventura diferente, e o melhor: de graça. Nem todos sabem que podem viajar de carona nos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), mas isso é possível. Qualquer cidadão brasileiro pode solicitar, quantas vezes quiser, essa viagem. Contudo, não pense que é como voar por companhias aéreas pagas. Para pegar carona com a FAB, o sistema é bem diferente (e imprevisível).
Em primeiro lugar, é preciso fazer a inscrição no Correio Aéreo Nacional (CAN) da localidade de onde o passageiro deseja embarcar. Para realizar esse cadastro, você deve ir pessoalmente à base aérea da qual pretende partir — no Rio Grande do Sul, por exemplo, são duas as possibilidades: a base aérea de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e a de Santa Maria, no Centro do Estado — e levar sua carteira de identidade, CPF e comprovante de residência (todos em sua versão original e uma cópia).
O segundo passo é escolher o destino. São 16 opções dentro do país: Canoas (RS), Santa Maria (RS), Florianópolis (SC), Rio de Janeiro (RJ), Pirassununga (SP), São Paulo (SP), Campo Grande (MS), Brasília (DF), Belém (PA), Boa Vista (RR), Manaus (AM), Porto Velho (RO), Fortaleza (CE), Natal (RN), Recife (PE) e Salvador (BA).
Depois disso, é preciso escolher um período de dez dias no qual você gostaria de viajar. Caso tenha algum voo para o local escolhido e haja vaga para esse período, você é contatado pela FAB, que informa no dia ou um dia antes que a viagem será realizada e em qual horário.
Outra dúvida comum se refere à bagagem. É permitido carregar um máximo de 15kg em uma mala e mais 5kg na bagagem de mão.
Cabe ressaltar, ainda, que a FAB possui um número superior a 30 modelos de aeronaves — e você pode viajar em muitas delas. No entanto, só descobrirá no momento do embarque.
Agora vai uma dica: vá ao banheiro antes da viagem, porque nem todas aeronaves têm esse digníssimo ambiente. Também não espere por serviço de bordo — no máximo você ganhará um copo de água ou café.
JORNAL EL PAÍS
Zika vírus faz El Salvador recomendar que mulheres evitem gravidez até 2018
O país registrou 1.561 casos de suspeita do vírus nas duas primeiras semanas de 2016
Juan José Dalton
El Salvador registrou nas primeiras duas semanas de 2016 um total de 1.561 casos de suspeita do vírus zika. O Governo do país centro-americano recomendou às mulheres que planejaram ficar grávidas que não o façam, pelo menos até 2018. Esse anúncio gerou várias críticas de diferentes setores da sociedade salvadorenha. Apesar disso, a Organização Panamericana de Saúde avalia que o alerta do Governo faz parte de uma série de medidas necessárias para o combate ao vírus, cujo efeito nos fetos pode desde a microcefalia até outras lesões cerebrais.
A opinião pública de El Salvador está fortemente dividida desde que o Governo recomendou às mulheres do país que não engravidem até 2018. O vírus zika, que já se manifestou em 21 países da América Latina, entre eles o Brasil, é o responsável pela decisão do governo presidido por Salvador Sánchez Cerén. Entre novembro e dezembro de 2015, as autoridades de saúde pública do país registraram 3.836 casos de suspeita do zika. Mas nas duas primeiras semanas de 2016, já são 1.561 as pessoas que podem ter sido infectadas pelo vírus.
A recomendação às mulheres foi anunciada depois que o Ministério da Saúde (MINSAL) concluiu que há grandes possibilidades de que o vírus provoque outras doenças, como a microcefalia e até a morte dos bebês em gestação. Embora ainda não haja casos assim registrados em El Salvador, trata-se de uma possibilidade concreta, segundo as autoridades. O país não é o único: a Colômbia também fez o alerta às mulheres para que não engravidem pelo menos até o meio deste ano.
A proposta do Governo salvadorenho causou descontentamento em vários setores sociais, que consideram a medida “extremista” e pouco “consciente”. O vice-ministro de políticas para a saúde, Eduardo Spinoza, esclareceu que “não se trata de uma obrigação, mas de uma recomendação para que as mulheres, os casais, que estejam pensando em engravidar neste período pensem, se for possível, em adiar os planos. Os casais que acharem conveniente adiar a gravidez, que o façam”.
O risco de contrair o vírus durante a gravidez, segundo as pesquisas médicas, é a possibilidade de que o feto desenvolva microcefalia, uma afecção que não permite que o cérebro e a cabeça do bebê tenham um desenvolvimento integral. Algumas das consequências podem ser paralisia cerebral, ausência de audição e o risco de que uma convulsão possa causar a morte da criança. Carlos Garzón, da Organização Panamericana de Saúde (OPS), também afirmou recentemente que El Salvador foi bastante eficiente no que se refere a medidas preventivas e que a sugestão de não engravidar faz parte desse esforço. Em sentido contrário, a advogada especialista em questões de gênero da Fundação de Estudos para a Aplicação do Direito (FESPAD), Wendy Fernández, declarou que as autoridades de El Salvador não têm prerrogativas legais para fazer esse tipo de recomendação.
Apenas informar
Fernández afirmou que o dever do Ministério da Saúde é apenas o de informar sobre as consequências da doença, mas não sugerir quando engravidar ou não, principalmente “quando não se adotaram outras medidas que realmente solucionem o problema para as mulheres que já estão grávidas”. “Divulgaram a sugestão de não engravidar em um prazo de dois anos, mas não existem ações concretas que garantam a essas mulheres de que daqui a dois anos o vírus estará eliminado”, disse a advogada.
Outros setores avaliam como contraditória essa sugestão, em um país tão conservador como El Salvador, onde quase não existe educação sexual e que é um dos que registram os índices mais elevados de gravidez entre crianças e adolescentes.
A doença em outros países
Brasil: O mais recente boletim do Ministério da Saúde, com dados até o último 16 de janeiro, relata a existência de 3.893 casos suspeitos de microcefalia. O país, que enfrenta uma epidemia da doença, decidiu acionar inclusive as Forças Armadas para trabalhar na contenção dos focos de proliferação do Aedes aegypti. O ministro Marcelo Castro também causou polêmica ao declarar “sexo é para amadores, gravidez é para profissionais”, em referência a uma recomendação, feita extraoficialmente, de que as mulheres não deveriam engravidar neste momento.
Colômbia: O Governo colombiano estima que em 2016 poderão nascer 500 bebês com microcefalia no país em decorrência do vírus zika e que uma quantidade semelhante de pessoas poderá contrair a síndrome de Guillain-Barré, segundo informou nesta segunda-feira o presidente do país, Juan Manuel Santos. O Instituto Nacional de Saúde (INS) registrou até 890 casos de mulheres, em todo o território, que estão grávidas e contagiadas pelo vírus, 50 das quais deram resultado positivo no laboratório de virologia do INS e as demais em laboratórios de outras clínicas.
Porto Rico: As autoridades sanitárias desse país confirmaram nesta segunda-feira que foram registrados 19 casos de zika na ilha desde meados de dezembro passado, e fizeram um chamado às mulheres grávidas para que adotem todas as precauções possíveis para evitar eventuais patologias em seus futuros filhos.
Guiana: As autoridades de saúde da Guiana Francesa anunciaram nesta segunda-feira a existência de 45 “casos confirmados em laboratório e que existem outros 160 sob suspeita, dentre os quais estão quatro mulheres grávidas”.
Suíça: Duas pessoas que acabam de voltar para a Suíça procedentes de um país tropical tiveram resultado positivo em exames para o vírus zika, segundo confirmou nesta segunda-feira o Ministério da Saúde suíço.
PANROTAS
2015: Infraero registra 130 mil pedidos de análises de voos
Diego Verticchio
No ano passado, os 60 aeroportos administrados pela Infraero registraram 130 mil pedidos de análise de voos. Essas solicitações compreendem inclusão, alteração ou exclusão de um voo já cadastrado no Hotran (Horário de Transporte), que contém as operações “fixas” das diversas companhias aéreas que atuam no Brasil.
Dos 130 mil pedidos analisados, 70% foram aprovados, sendo que os terminais mais demandados foram: Salvador (11%); Recife (9%); Santos Dumont (8%); Curitiba (8%); e Fortaleza (8%).
ENTENDA
Quando uma empresa aérea deseja fazer uma inclusão, alteração ou exclusão de um voo cadastrado no Hotran, ela faz esse pedido à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que por sua vez encaminha a solicitação para os órgãos consultivos: a própria Anac, o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) e os operadores aeroportuários. As solicitações que chegam à Infraero - atualmente responsável pela administração de 60 aeroportos brasileiros – são então despachadas para os terminais relacionados ao pedido, que fazem a análise levando em considerações aspectos como: capacidade de terminal de passageiros, de pista de pouso e decolagem, de pátio de aeronaves, além de outros aspectos relativos a procedimentos operacionais, de segurança e de emergência.
A partir do momento em que recebe o pedido da Anac, a Infraero tem quatro dias corridos para dar um retorno ao órgão regulador.
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