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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 22/01/2016 / Segurança dos Jogos do Rio 2016 está garantida


Segurança dos Jogos do Rio 2016 está garantida ...


A segurança das Olimpíadas e Paralimpíadas do Rio 2016 vai contar com ações de combate ao terrorismo, reforço nas fronteiras e cooperação internacional. O secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, delegado da Polícia Federal Andrei Rodrigues, falou com exclusividade à Sputnik Brasil.

O maior evento esportivo já realizado na América do Sul – reunindo 15 mil atletas de 206 países – vai ter um contingente estimado em mais de 85 mil profissionais, sendo 47 mil de segurança pública, defesa civil e ordenamento urbano e 38 mil das Forças Armadas. E o Brasil está preparado para garantir a segurança dos Jogos do Rio 2016, mesmo diante de um cenário preocupante com os ataques terroristas que vêm ocorrendo pelo mundo, segundo Andrei Rodrigues, secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça.

O Delegado Federal Andrei Rodrigues acredita que o país vai repetir uma boa atuação, como tem feito nos últimos três anos, em eventos como a Copa do Mundo 2014, a Copa das Confederações, a Rio+20 e a Jornada Mundial da Juventude, com a vinda do Papa Francisco.

“Digo com absoluta convicção: o Brasil está preparado”, garante Andrei Rodrigues. Nós já fizemos grandes eventos anteriores e demonstramos que estamos preparados, porque hoje temos profissionais qualificados, temos instituições e pessoas comprometidas com o processo, temos a experiência de eventos anteriores, e temos toda a integração que é decisiva, entre todas as instituições com o objetivo comum, que vão com certeza nos levar a ter mais uma vez um evento seguro e pacífico, como tivemos em eventos anteriores.”

Com relação a possíveis ataques terroristas, o secretário destacou a novidade que é a implantação do Centro Integrado Antiterrorismo, que vai contar com a colaboração da inteligência de outros países.

“Além da colaboração internacional, da capacitação, do controle de fronteiras, de toda a política de segurança, que implementamos em eventos anteriores, nós trazemos para os Jogos uma novidade, a criação desse ambiente de cooperação internacional, que é o Centro Integrado Antiterrorismo, onde nós vamos ter policiais estrangeiros aqui, cooperando conosco para o foco específico do enfrentamento ao terrorismo. É uma unidade que se soma ao Centro de Cooperação Policial Internacional, que nós empregamos aqui já na Copa do Mundo, contando com 40 países naquela oportunidades, com os policiais aqui em território brasileiro.”

Além do reforço na segurança no Rio de Janeiro, Andrei Rodrigues também ressalta que haverá reforço na segurança nacional como um todo, como nas cidades-sede do futebol e locais onde haja, por exemplo, aumento do turismo. O secretário destacou ainda um esquema especial de segurança que começará em 3 de maio, com a chegada da Tocha Olímpica, vinda da Grécia, para dar início ao revezamento do símbolo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos por 300 cidades brasileiras, em todas as regiões do país.

“Isso nos trouxe a necessidade de levar esse modelo de segurança integrado também para as cidades que vão receber a Tocha Olímpica. A partir do mês de maio, nós já estaremos com o Centro Nacional de Comando e Controle, que eu tenho a responsabilidade de coordenar, ativado e participando desse processo de segurança do revezamento da Tocha, em conexão com todas as capitais brasileiras, como um modelo de operação uniforme que nós faremos de norte a sul do país, também para as cidades que vão receber fluxos de turistas e o revezamento da Tocha.”

O secretário do Ministério da Justiça também afirmou que mesmo com a crise no país o patrulhamento nas fronteiras brasileiras durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos está garantido e não sofreu cortes que possam prejudicar a segurança.

“Os investimentos destinados à segurança não foram contingenciados, e nós então vamos poder mais uma vez, como aconteceu na Copa do Mundo, desenvolver essa operação integrada de todas as polícias dos três níveis de Governo também para as ações de fronteira, aeroportos e portos. Acabamos de adquirir, por exemplo, lanchas para o Comando de Operações Táticas da Polícia Federal que vai também atuar na Zona Portuária do Rio de Janeiro, e também capacitação e preparação dos policiais para atuação na região de fronteira, especialmente para o controle de fronteiras de imigração.”

Sobre o treinamento dos policiais e das Forças de Segurança Nacional, Andrei Rodrigues destacou o envio, no ano passado, de cerca de 100 policiais para conhecer as melhores práticas em grandes eventos internacionais. Eles estiveram presentes em eventos como as Maratonas de Boston e de Berlim, o Mundial de Atletismo, na China, os Jogos Europeus Baku 2015, o Tour de France e também a Assembleia-Geral da ONU.

Investimentos em tecnologia também vão ajudar a garantir a segurança dos Jogos. De acordo com o Secretário Andrei Rodrigues, atualmente não se pode pensar em segurança sem tecnologia.

“O fundamento da operação são os profissionais preparados, mas um grande aliado é a tecnologia. Nós estamos com fortes investimentos no sistema de comando e controle, que faz toda a gestão do evento, investimentos também na área de videomonitoramento, de sensores e alarmes. Uma aquisição recente foram os balões de monitoramento de grandes áreas. São balões estacionários com câmeras de longo alcance e com alta tecnologia, transmitindo as imagens em tempo real para nossos Centros de Comando e Controle. Também expandimos o nosso sistema de margeamento aéreo e acoplados aos helicópteros, que estarão sobrevoando permanentemente as áreas de interesse operacional.”




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL SPUTNIK BRASIL


Exclusivo: Segurança dos Jogos do Rio 2016 está garantida


A segurança das Olimpíadas e Paralimpíadas do Rio 2016 vai contar com ações de combate ao terrorismo, reforço nas fronteiras e cooperação internacional. O secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, delegado da Polícia Federal Andrei Rodrigues, falou com exclusividade à Sputnik Brasil.
O maior evento esportivo já realizado na América do Sul – reunindo 15 mil atletas de 206 países – vai ter um contingente estimado em mais de 85 mil profissionais, sendo 47 mil de segurança pública, defesa civil e ordenamento urbano e 38 mil das Forças Armadas. E o Brasil está preparado para garantir a segurança dos Jogos do Rio 2016, mesmo diante de um cenário preocupante com os ataques terroristas que vêm ocorrendo pelo mundo, segundo Andrei Rodrigues, secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça.
O Delegado Federal Andrei Rodrigues acredita que o país vai repetir uma boa atuação, como tem feito nos últimos três anos, em eventos como a Copa do Mundo 2014, a Copa das Confederações, a Rio+20 e a Jornada Mundial da Juventude, com a vinda do Papa Francisco.
“Digo com absoluta convicção: o Brasil está preparado”, garante Andrei Rodrigues. Nós já fizemos grandes eventos anteriores e demonstramos que estamos preparados, porque hoje temos profissionais qualificados, temos instituições e pessoas comprometidas com o processo, temos a experiência de eventos anteriores, e temos toda a integração que é decisiva, entre todas as instituições com o objetivo comum, que vão com certeza nos levar a ter mais uma vez um evento seguro e pacífico, como tivemos em eventos anteriores.”
Com relação a possíveis ataques terroristas, o secretário destacou a novidade que é a implantação do Centro Integrado Antiterrorismo, que vai contar com a colaboração da inteligência de outros países.
“Além da colaboração internacional, da capacitação, do controle de fronteiras, de toda a política de segurança, que implementamos em eventos anteriores, nós trazemos para os Jogos uma novidade, a criação desse ambiente de cooperação internacional, que é o Centro Integrado Antiterrorismo, onde nós vamos ter policiais estrangeiros aqui, cooperando conosco para o foco específico do enfrentamento ao terrorismo. É uma unidade que se soma ao Centro de Cooperação Policial Internacional, que nós empregamos aqui já na Copa do Mundo, contando com 40 países naquela oportunidades, com os policiais aqui em território brasileiro.”

Além do reforço na segurança no Rio de Janeiro, Andrei Rodrigues também ressalta que haverá reforço na segurança nacional como um todo, como nas cidades-sede do futebol e locais onde haja, por exemplo, aumento do turismo. O secretário destacou ainda um esquema especial de segurança que começará em 3 de maio, com a chegada da Tocha Olímpica, vinda da Grécia, para dar início ao revezamento do símbolo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos por 300 cidades brasileiras, em todas as regiões do país.
“Isso nos trouxe a necessidade de levar esse modelo de segurança integrado também para as cidades que vão receber a Tocha Olímpica. A partir do mês de maio, nós já estaremos com o Centro Nacional de Comando e Controle, que eu tenho a responsabilidade de coordenar, ativado e participando desse processo de segurança do revezamento da Tocha, em conexão com todas as capitais brasileiras, como um modelo de operação uniforme que nós faremos de norte a sul do país, também para as cidades que vão receber fluxos de turistas e o revezamento da Tocha.”
O secretário do Ministério da Justiça também afirmou que mesmo com a crise no país o patrulhamento nas fronteiras brasileiras durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos está garantido e não sofreu cortes que possam prejudicar a segurança.
“Os investimentos destinados à segurança não foram contingenciados, e nós então vamos poder mais uma vez, como aconteceu na Copa do Mundo, desenvolver essa operação integrada de todas as polícias dos três níveis de Governo também para as ações de fronteira, aeroportos e portos. Acabamos de adquirir, por exemplo, lanchas para o Comando de Operações Táticas da Polícia Federal que vai também atuar na Zona Portuária do Rio de Janeiro, e também capacitação e preparação dos policiais para atuação na região de fronteira, especialmente para o controle de fronteiras de imigração.”
Sobre o treinamento dos policiais e das Forças de Segurança Nacional, Andrei Rodrigues destacou o envio, no ano passado, de cerca de 100 policiais para conhecer as melhores práticas em grandes eventos internacionais. Eles estiveram presentes em eventos como as Maratonas de Boston e de Berlim, o Mundial de Atletismo, na China, os Jogos Europeus Baku 2015, o Tour de France e também a Assembleia-Geral da ONU.
Investimentos em tecnologia também vão ajudar a garantir a segurança dos Jogos. De acordo com o Secretário Andrei Rodrigues, atualmente não se pode pensar em segurança sem tecnologia.
“O fundamento da operação são os profissionais preparados, mas um grande aliado é a tecnologia. Nós estamos com fortes investimentos no sistema de comando e controle, que faz toda a gestão do evento, investimentos também na área de videomonitoramento, de sensores e alarmes. Uma aquisição recente foram os balões de monitoramento de grandes áreas. São balões estacionários com câmeras de longo alcance e com alta tecnologia, transmitindo as imagens em tempo real para nossos Centros de Comando e Controle. Também expandimos o nosso sistema de margeamento aéreo e acoplados aos helicópteros, que estarão sobrevoando permanentemente as áreas de interesse operacional.”

JORNAL A TRIBUNA (ES)


Familiares de pilotos mortos em acidente vão processar fabricante de avião

Jato se chocou com imóveis residenciais, em Santos, e vitimou o presidenciável Eduardo Campos (PSB) e outras seis pessoas

Gustavo Miranda

Os advogados que cuidam dos interesses dos familiares do pilotos Marcos Martins e do copiloto Geraldo Magela afirmam que, até maio, deverão ingressar com uma ação judicial contra a Cessna Aircraft Company, fabricante do jato que se chocou em imóveis residenciais, em Santos, em 13 de agosto de 2014. O acidente aéreo matou o presidenciável Eduardo Campos (PSB) e outras seis pessoas. 
Segundo os especialistas, a empresa deveria aperfeiçoar o projeto dos seus aviões de maneira a evitar o movimento inadvertido do estabilizador horizontal. Eles atribuem a um suposto problema nessa peça a perda de controle que culminou na queda.
Segundo o manual de pilotos do Citation XLS+, é necessário não recolher os flaps quando a velocidade do jato superar a 200 nós. Se o sensor de velocidade falhar em impedir o movimento do estabilizador, o nariz do avião se posicionará para baixo.
Os advogados pretendem responsabilizar a empresa. Vão se basear no relatório do comandante Carlos Camacho. “Se houvesse um dispositivo sonoro apontando que o estabilizador horizontal não estava na posição adequada, a situação teria sido diferente. (...) A empresa precisa solucionar isso”, diz.
Deverá ser da fabricante que as famílias dos pilotos vão pleitear indenizações por danos morais e materiais causados pelo desastre aéreo em Santos. Por nota, a Cessna Aircraft Company diz trabalhar com as autoridades governamentais de aviação responsáveis por investigações relacionadas a acidentes e não comenta apurações.

PORTAL G-1


Aeronáutica começa a investigar acidente envolvendo avião e Kombi

Seis trabalhadores que estavam dentro do carro morreram. Acidente foi na rodovia Carlos João Strass, em um distrito de Londrina.

A Aeronáutica começou a investigar nesta quinta-feira (21) as causas do acidente envolvendo um monomotor e uma Kombi em Warta, distrito de Londrina, no norte do Paraná, que matou seis pessoas.
Toda a área, na rodovia Carlos João Strass, está isolada. Avião e Kombi permanecem no local, intactos desde o acidente, para que técnicos avaliem o que pode ter motivado a queda.

No local, é possível ver latas de tinta, mochilas e botas, por exemplo. Os objetos faziam parte do trabalho das seis vítimas, todas da Kombi, que atuavam em uma empresa de pintura. Eles iam de Bela Vista do Paraíso para Londrina, por volta das 17h, quando foram atingidos pelo monomotor.

Entre os oito trabalhadores que estavam no carro, cinco morreram na hora - Rodolfo Florêncio Fagundes, Renan Florêncio Fagundes, Flávio Tosi, Cleverson Henrique Pereira e Odirley de Oliveira Inácio. Luis Carlos Silva morreu no hospital, durante a madrugada.

Alex Carlos de Brito permanece internado no Hospital Universitário de Londrina, em estado grave, porém estável, de acordo com o próprio hospital. Diógenes Gomes Fagundes está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico, também em estado grave.

O piloto do avião, Bruno Nobre, também internado no HU de Londrina, está consciente e fora de perigo. Ele tinha vasta experiência e a documentação em dia, conforme a empresa dona do avião, a Viagro Vidotti, especializada na pulverização de plantações. O avião, diz a responsável, também estava com as revisões em dia.

Cenipa fez o "necessário" sobre acidente com Campos, diz Rebelo

Desorientação de pilotos e mau tempo contribuíram, diz relatório do Cenipa. Ministro da Defesa falou sobre documento em visita a Aramar, em Iperó.

O ministro da Defesa Aldo Rebelo disse nesta quinta-feira (21) que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) "fez o necessário" para elaborar o laudo sobre o acidente de avião que matou o então candidato a presidência da República, Eduardo Campos, em 2014. Durante visita ao Centro Experimental da Marinha (Aramar) em Iperó (SP), Rebelo não falou sobre a possibilidade de que seja realizado uma simulação do acidente. Essa é uma das críticas realizadas pelo advogado da família do ex-candidato após a divulgação na terça-feira (19) de um estudo técnico do Cenipa indicando fatores como falha humana e condições meteorológicas como causadores da queda do avião.
"Tudo o que foi necessário técnica e cientificamente para a elaboração do laudo o Cenipa realizou", afirmou Rebelo durante visita ao Centro Experimental de Aramar, base do Programa Nuclear da Marinha, em Iperó, no interior de São Paulo.
Segundo o ministro, as equipes verificaram indícios que pudessem levar ao acidente inclusive nos Estados Unidos, onde o avião é produzido. "A investigação foi conduzida por gente da mais elevada qualificação. Reunindo não apenas a responsabilidade, mas a experiência técnica de um pessoal que conhece a aviação não da sala de aula, mas pilotos experientes com milhares de horas de vôo e que conhecem os equipamentos."
Para Rebelo, o estudo procurou apontar as verdadeiras causas da queda do avião do ex-candidato. "O relatório apresentado é tecnicamente consistente e procurou apontar dentro das possibilidades e informações reunidas as verdadeiras causas daquele desastre." Esta foi a primeira visita do ministro na base do Programa Nuclear da Marinha na cidade, que abriga um centro de estudos e produção de um reator nuclear com enriquecimento de urânio.
O material produzido em Iperó é usado como combustível nuclear em usinas como as de Angra. Após a visita, Rebelo voltou para Brasília onde segue agenda de compromissos no período da tarde.
Relatório final
O Cenipa apresentou nesta terça-feira (19) a conclusão sobre a investigação da queda do jato Cessna 560 XLS+, em que morreu o então candidato à Presidência da República Eduardo Campos em 13 de agosto de 2014. Outras seis pessoas morreram no acidente, que ocorreu em Santos, no litoral de São Paulo.
A investigação do Cenipa, que é um órgão da Aeronáutica especializado na apuração de tragédias aéreas no país, tem como objetivo a prevenção de novos acidentes do mesmo tipo e não aponta culpados. Ainda estão em curso investigações criminal e cível (responsabilização), a cargo da Polícia Federal e Ministério Público Federal.
Segundo o Cenipa, um conjunto de fatores levou à queda, começando pelas dificuldades meteorólogicas do aeroporto de Santos, a falta de treinamento para operar o avião, além do cansaço e as dificuldades de entrosamento entre os dois pilotos, que levaram a uma desorientação espacial e um possível erro. A aeronave estava em alta velocidade quando bateu no chão.
"A aeronave estava descendo em uma situação bem agressiva", disse o tenente-coronel Raul de Souza, chefe da investigação. "O elevado ângulo negativo e a potência dos motores é característica que a pessoa estava desorientada" no momento da queda, acrescentou ele.
Veja abaixo os fatores apontados pelo Cenipa:
Fatores que contribuíram para o acidente

ImagemO Cenipa afirma ter certeza que atuaram na tragédia
* Atitude dos pilotos: eles pegaram rota diferente do previsto na carta para a aproximação do aeroporto, não seguindo os procedimentos e perderam a chance de pouso. A ação errada foi causada "possivelmente" pelo excesso de confiança do comandante.
* A desorientação espacial: estresse e alta carga de trabalho no momento de arremeter, com chuva e falta de visão da pista, além das manobras exigidas sem o treinamento adequado, levaram os pilotos a se perderem no que estava acontecendo. O avião caiu com alta velocidade e ângulo negativo (bico para baixo) e motores com alta potência.
* Indisciplina de voo: ao tentar se aproximar da pista, o avião fez uma curva à esquerda, sem motivo, e também desviou da aerovia que deveria seguir. Os pilotos mentiram posições e usaram velocidade errada à recomendada, com pouca possibilidade de conseguirem o pouso. Também não seguiram as regras determinadas pelos manuais para a arremetida.
* Condições meteorológicas: eram mínimas para o pouso e abaixo do mínimo para a arremetida. Eles só fariam a arremetida segura se tivessem feito tudo certo desde o início. Sem verem a pista, com chuva, vento forte e sem informações antecipadas sobre a mudança do tempo, era difícil estabilizar o avião.
Fatores indeterminados

A investigação acha relevantes, mas não conseguiu comprovar até que ponto interferiram no acidente
* Aplicação dos comandos: o fato do avião ter aumentado muito o ângulo negativo (bico para baixo) e a velocidade "pode ter sido resultado de aplicação de comando exageradas", segundo o relatório. Ou seja, os pilotos podem ter aumentado a velocidade achando que estavam subindo, e não descendo.
* Sobrecarga de tarefas: possibilidade do comandante ter acumulado tarefas na arremetida, devido a uma possível dificuldade do copiloto em ajudá-lo, podem tê-lo induzido a erros de pilotagem ou desorientação.
* Características da tarefa: a rotina de campanha de Eduardo Campos criava uma autopressão nos pilotos para a conclusão das programações, levando-os a operar com pouca segurança.
* Dinâmica da equipe: pilotos tinham dificuldade de integração devido à pouca convivência e diferença de formação. Segundo o relatório, o comandante tinha postura impositiva e confiante, e o copiloto, uma ação passiva.

* Fadiga: resultados de análise de voz mostraram fadiga e sonolência no copiloto.
* Formação, capacitação e treinamento: os pilotos não tiveram treinamento para arremeter no Cessna 560 XLS+, a aeronave envolvida no acidente, o que pode ter exigido grande esforço e apreensão. Eles também não sabiam as diferenças entre os aviões antigos da família Cessna, que eram acostumados a pilotar, e o que estavam operando.
* Fraseologia do órgão ATS: o aeroporto de Santos não informou nas mensagens ao piloto as condições de visibilidade da pista. A falta destas informações pode ter levado os pilotos a accreditarem que o tempo estava como o previsto.
* Memória: como o comandante já tinha feito uma aproximação visual por um sistema chamado FMS no avião, ele pode ter achado que poderia fazer o mesmo procedimento, mas o manual para este avião prevê uma sequência de comandos específica.
* Percepção: pilotos não tinham percepção ideal das condições meteorológicas na pista e por isso não se preocuparam com a segurança
* Planejamento de voo: o mapa meteorólogico que os pilotos viram antes da decolagem e que previa chuva e degradação rápida do clima, mostrava que isso mudaria até o pouso. Eles podem não ter feito uma boa análise dos dados.
* Processos organizacionais: pilotos tinham uma habilitação ampla para operarem aeronaves da família Cessna 560, e não foram questionados por quem os contratou sobre a experiência em usarem o avião de um modelo bem mais moderno. Não havia um sistema formal de recrutamento, seleção e treinamento dos pilotos para este modelo.
Sistemas de apoio: apesar de terem a habilitação, os pilotos não fizeram instrução e teste em voo. Eles também tinham recebido apenas treinamento em versões anteriores do avião que pilotavam. Um mês antes do acidente, uma nova norma da Anac passou a exigir um treinamento específico, mas os pilotos só precisariam provar esta especialização, quando fossem renovar a habilitação.
O Cenipa aponta uma falha no sistema em vigor no Brasil para a programação de pousos e decolagens (chamado de DCerta) que, na época, não recusou plano de voo mesmo com a nova norma em vigor.

Fora por 0,1 da primeira chamada, jovem comemora ingresso no ITA

David Nogueira foi um dos quatro aprovados na segunda chamada. Estudante estava no RJ quando recebeu a notícia da aprovação.

Um décimo. Esta foi a margem que separou David do Espírito Santo Nogueira, de 19 anos, da lista da aprovados na primeira fase do vestibular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) de São José dos Campos, um dos mais concorridos do país. Mas a história do jovem teve final feliz - duas semanas depois e decidido a tentar outro desafio, em uma universidade no Rio de Janeiro, David foi um dos quatro selecionados para ingressar no instituto pela segunda chamada, divulgada nesta quinta-feira (21).
Mesmo sem saber ainda qual curso vai fazer, o estudante, que é de São José, afirma que sempre foi apaixonado pelo campo das ciências exatas. No ITA, os dois primeiros anos contemplam o curso fundamental de engenharia. Apenas no terceiro ano, cada aluno escolhe uma das especialidades: aeroespacial, aeronáutica, civil-aeronáutica, de computação, eletrônica e mecânica-aeronáutica.
A paixão pela aeronáutica surgiu no Ensino Médio. “Desde 2011 eu pensava nisso. O ITA era meu objetivo mesmo, pelo reconhecimento e até por me deixar mais próximo de casa”, disse David.
O jovem contou que penso em desistir por causa da pressão e do desgaste que a preparação gera. “O cursinho é muito puxado. Folga é algo bem raro, até em feriado a gente estudava. Sábado e domingo tinha conteúdo e simulado. Eu acho que se tirar o recesso e alguns feriados, não tivemos nem cinco finais de semana [no ano] para descansar. Então minha rotina era essa, acordar, ir para o cursinho, voltar e descansar para o outro dia. Em casa eu nem estudava, até porque nem tinha esse tempo”, brincou.
No cursinho preparatório há três anos, David tentava ingressar no ITA pela terceira – e última – vez. O estudante afirma que se não fosse convocado neste ano, seu destino seria o Rio de Janeiro. Ele foi aprovado no Instituto Militar de Engenharia (IME) e estava na capital fluminense para prestar as provas físicas e médicas para assumir a vaga conquistada no vestibular.
Mas foi justamente no Rio de Janeiro que, durante uma palestra no IME, o jovem recebeu a notícia de que seu futuro seria outro.
Notícia
O ITA tem por costume ligar para cada aprovado para confirmar a chamada. Como David estava em outro Estado, foi o capitão Francisco Raimundo Nogueira, militar da aeronáutica e pai do estudante, o responsável por dar a tão esperada notícia ao filho.
“Eu estava no auditório do Instituto quando me contaram a novidade. Tentaram me ligar várias vezes, mas eu não podia atender. Como meu celular não parava de vibrar, resolvi dar uma olhada para ver o que estava acontecendo. Foi aí que vi uma mensagem do meu pai, todo orgulhoso, contando que eu tinha passado. Na hora eu nem acreditei”, contou o jovem.
O estudante confessa que apesar de saber que eram pequenas as chances do aprovados na primeira chamada desistirem, ainda tinha esperanças de entrar para o ITA. Isso porque em 2015 a nota de corte diminui da primeira para a segunda chamada. Como David precisava de apenas um décimo, ele acreditava que seria convocado, mas decidiu seguir para o Rio de Janeiro para garantir sua vaga.
Expectativa
Agora, David vive a expectativa de conhecer seu novo ambiente de estudos. Aquela pressão que ele diz que o incomodava na época do cursinho, não vai mais assustar tanto. “Sei como funcionam algumas coisas lá dentro e acho que vou gostar muito do curso. É uma etapa totalmente diferente na minha vida e sei que estou mais maduro para isso”, concluiu.

MINISTÉRIO DA DEFESA


Ministro da Defesa recebe comenda da Somaero durante comemoração dos 75 anos da FAB


ImagemO ministro da Defesa, Aldo Rebelo, participou, nessa quarta-feira (20), do jantar “Jubileu de Diamante”, em São Paulo, realizado em homenagem aos 75 anos da Força Aérea Brasileira (FAB). Na ocasião, foi condecorado com a comenda Ordem do Mérito Somaero, no grau Grande Oficial. O evento foi promovido pela Somaero (Sociedade dos Melhores Amigos da Aeronáutica em São Paulo). Estavam presentes o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, e o chefe do IV COMAR, brigadeiro Damasceno.
“Procurarei carregar esta honraria com a responsabilidade não apenas de ministro da Defesa, mas de um brasileiro que ama e tem orgulho de seu País”, disse o ministro ao receber a comenda das mãos do presidente da Somaero, Reinaldo Papaiordanou.
Rebelo ressaltou a história da FAB: “Os 75 anos da Força Aérea Brasileira constituem um momento significativo para a construção do nosso País”, disse, fazendo menção à 2ª Guerra Mundial. “Os campos de batalha do nosso planeta e, principalmente da Europa, decidiram pela liberdade e pela democracia”, disse. Segundo o ministro, a FAB “recebeu o seu batismo exatamente nos céus da Europa, oferecendo o sangue e a vida de jovens brasileiros” para que a humanidade pudesse viver sob o signo da independência das nações, da liberdade e da democracia.
O ministro também mencionou outras iniciativas da FAB, como a criação do Correio Aéreo Nacional, que tinha o objetivo de superar as grandes distâncias do País, suas desigualdades e deficiências de infraestrutura; e do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). “Trata-se de uma instituição que tem essa dupla missão de defender a pátria e, ao mesmo tempo, de construir o Brasil, socialmente, com a tarefa humanitária; cientificamente e tecnologicamente, com suas instituições como o ITA e o DCTA; e materialmente, como foi o caso do surgimento da Embraer”.
SomaeroImagem

A Sociedade dos Melhores Amigos da Aeronáutica em São Paulo, idealizada pelo brigadeiro Damasceno, é uma instituição de personalidade jurídica de direito privado, sem finalidade econômica ou atividade política. Tem o objetivo, entre outros, de congregar personalidades e instituições que tenham relação coma FAB em São Paulo, para apoiar o desenvolvimento desta instituição; e de promover comemorações de eventos históricos e cívicos, relacionados com aviação.



AGÊNCIA BRASIL


Tire suas dúvidas sobre o alistamento militar 2016

Serviço Militar Registro deve ser feito até 30 de junho por todos os homens que completam 18 anos até 31 de dezembro

Desde 1º de janeiro está aberto o período de alistamento militar obrigatório, que termina no dia 30 de junho. O Ministério da Defesa estima em 2 milhões o número de jovens que farão o alistamento em 2016, sendo que 100 mil devem ser incorporados ao serviço militar em um dos três ramos das Forças Armadas: Aeronáutica, Exército e Marinha. Confira abaixo as principais informações que você deve saber sobre como se alistar.
Outras respostas estão disponíveis no site http://dsm.dgp.eb.mil.br. O alistamento pela internet estará disponível neste ano para jovens residentes de nove Estados, clique aqui para saber mais.
1) Quem deve realizar o alistamento militar?
É obrigatório para jovens do sexo masculino que completam 18 anos em 2016. As mulheres estão isentas do Serviço Militar obrigatório, mas podem ingressar nas Forças Armadas mediante concurso público.
2) Aonde é realizado o alistamento militar?
O alistamento é realizado na Junta de Serviço de Militar mais próxima de seu domicílio. A Junta é um órgão administrado pela prefeitura municipal de cada cidade, onde é possível solicitar declaração comprovando o seu comparecimento ao alistamento para justificativa no trabalho ou na escola.
3) Quais documentos devem ser apresentados?
Para realizar o alistamento, é preciso levar:
◾Certidão de nascimento ou documento de identidade (RG). No lugar do RG, pode ser apresentado: carteira de trabalho, carteira profissional, passaporte e carteira de identificação funcional;
◾Comprovante de residência;
◾01 (uma) foto 3x4 (recente, de frente e sem retoques).
4) E se eu perder o prazo de alistamento?
Você deve comparecer à Junta de Serviço Militar (JSM) mais próxima, pagar uma multa e realizar o seu alistamento militar. O valor da multa é de R$ 3,71.
5) O que acontece se eu não me alistar?
Não estar em dia com as suas obrigações militares impede:
◾Obter passaporte ou renovação de sua validade;
◾Assumir cargo público, mesmo se aprovado em concursos;
◾Matrícula no ensino superior;
◾Registro de diploma de profissões liberais, matrícula ou inscrição para o exercício de qualquer função e licença de indústria e profissão;
◾Recebimento de qualquer prêmio do governo federal, estadual, dos territórios ou municípios.
6) Posso adiar o alistamento militar?
Não. O alistamento é obrigatório e deve ser realizado nos primeiros seis meses do ano em que o brasileiro completar 18 anos de idade. O que pode ser feito é, durante a fase de alistamento, solicitar o adiamento de incorporação caso seja convocado a cumprir o serviço militar obrigatório. Neste caso, o serviço é cumprido na turma seguinte.
7) O adiamento é diferente para quem cursa faculdade de Medicina, Farmácia, Odontologia ou Veterinária?
Sim. Esses estudantes podem solicitar o adiamento de incorporação até o término do curso. Eles ficam, contudo, obrigados a participar do processo seletivo para Estágio de Adaptação e Serviço (EAS) das Forças Armadas, destinado à formação de oficiais temporários.
8) Como é o alistamento para pessoas com necessidades especiais ou deficiência física ou metal?
Basta ir à Junta de Serviço Militar e solicitar o Certificado de Isenção (CI). É realizado exame médico nos casos em que a incapacidade física ou mental não é aparente.
9) O que é Seleção Geral?
É a fase em que o brasileiro se apresenta a uma comissão de seleção das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) a fim de concorrer à incorporação no quartel. Ele é submetido a uma série de testes compreendendo uma inspeção de saúde (exame dentário, médico e de esforço físico), testes de seleção e entrevista. Os aprovados podem ser distribuídos a uma Seleção Complementar no Quartel ou, caso exceda a necessidade, ser dispensado do Serviço Militar. É preciso obedecer as seguintes orientações:
◾Levar o Certificado de Alistamento Militar (CAM), a carteira de identidade e uma foto 3x4;
◾Recomenda-se evitar o uso de chinelo, bermuda ou camiseta cavada.
10) O que acontece com o alistado que não se apresenta na Seleção Geral?
Deverá retornar a Junta de Serviço Militar e realizar o pagamento da multa prevista na legislação vigente para ser encaminhado novamente à seleção geral.
11) O que é o Certificado de Alistamento Militar (CAM)?
Certificado de Alistamento Militar (CAM) é o documento comprovante da apresentação para a prestação do Serviço Militar inicial. Será fornecido gratuitamente pela Junta de Serviço Militar (órgão alistador). Nos limites da sua validade, e com as anotações devidas, o CAM é, ainda, documento comprobatório de que o brasileiro está em dia com as suas obrigações militares.
12) Ter tatuagem impede de servir as Forças Armadas?
Não.
13) O que faço se faltar no juramento à bandeira?
Comparecer a Junta de Serviço Militar para agendar uma nova data de juramento e, assim, retirar o comprovante de que fez o alistamento.

Dilma convoca ministros para discutir combate ao Aedes aegypti


Luana Lourenço

Após pedir ajuda à população para combater o mosquito Aedes aegypti, a presidenta Dilma Rousseff convocou hoje (21) os ministros da Saúde, Marcelo Castro, e da Integração Nacional, Gilberto Occhi, para fazer um balanço das ações e traçar os próximos passos no enfrentamento ao mosquito, que transmite o vírus Zika, responsável pelo aumento dos casos de microcefalia no país.
A reunião, que não constava na agenda de Dilma, começou por volta de 17h30, no Palácio da Alvorada, e durou cerca de duas horas.
Também participaram os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner; da Defesa, Aldo Rebelo; da Educação, Aloizio Mercadante; da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva; e da Justiça, José Eduardo Cardozo; além do secretário nacional da Defesa Civil, general Adriano Pereira Júnior, do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, e de técnicos do governo.
Diante do surto de casos de microcefalia, especialmente no Nordeste, o governo criou, em novembro de 2015, um grupo de trabalho interministerial para tratar das parcerias com estados e municípios no combate ao Aedes aegypti, que também é transmissor da dengue e da chinkungunya.
Ontem (20), o Ministério da Saúde divulgou novo boletim epidemiológico sobre a microcefalia. Até agora, foram registrados 3.893 casos suspeitos de microcefalia ligados ao vírus Zika, registrados em 764 municípios de 21 unidades da federação.
A Região Nordeste lidera o número de casos, concentrando aproximadamente 90% das notificações, seguida do Sudeste (6%) e Centro-Oeste (4%). Pernambuco, com 1.306 casos suspeitos (33% do total), é o estado com o maior número de registros. Em seguida, estão a Paraíba, com 665 casos; a Bahia, com 496; e o Ceará, com 216. O Rio Grande do Norte tem 188 casos.

A maratona para ingressar em universidades e escolas militares

Professor afirma que 60% do sucesso está em manter a calma na hora da prova

“Educação através de um bom curso preparatório” foi o tema principal do Bate-papo Ponto Com desta quinta-feira (21).

O diretor de curso pré-vestibular do Colégio e Curso SEI, Daniel Vitor Noleto, e a estudante de Engenharia Civil do Cefet, Thuyla Teixeira, estiveram no estúdio da Rádio MEC AM, esta manhã, e na troca de ideias surgiram temas voltados para a preparação dos alunos para absorver conteúdo, lidar com o psicológico e ter disciplina. Tudo isso dentro de uma rotina estressante.
O professor Noleto tem uma fórmula vencedora: “o diferencial da nossa proposta é acolher o aluno em conversas periódicas com a coordenação. Há casos de jovens que perdem rendimento por conta de problemas em casa. A coordenação entra em ação para ajudar e acalmar o aluno. Tudo isso faz parte de um ambiente saudável onde todos se conhecem pelo nome e acabam tendo uma cumplicidade positiva para alcançar bons índices de aprovação”, diz o diretor do curso.

Sobre os estudantes que buscam universidades tradicionais ou escolas superiores militares, como por exemplo o ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica - e o IME – Instituto Militar de Engenharia -, os integrantes da mesa foram unânimes em afirmar que a disciplina e a vontade de ingressar nesses sistemas de ensino sem desanimar na primeira derrota são fundamentais para a obtenção do sucesso.

Para ouvir esses e outros detalhes do programa Bate-papo Ponto Com, clique no player acima.

O Bate-papo Ponto Com é transmitido de segunda a sexta-feira, a partir das 11h05, pela rádio MEC AM do Rio de Janeiro. Se preferir, ouça o programa ao vivo, aqui no link das rádios EBC. Curta também a página da emissora pelo Facebook.

PORTAL UOL


Jatinho vara a pista do aeroporto de Jundiaí


Um jato executivo Cessna CJ2 ultrapassou na manhã desta quinta-feira os limites da pista durante o pouso no Aeroporto de Jundiaí, no interior de São Paulo. A aeronave, matrícula PR-ARS, parou na área gramada e deixou o aeródromo "impraticável" para pousos e decolagens.
Segundo dados da Anac, a aeronave pertence ao grupo Premium Foods Brasil, detentor da marca de frios Eder e Frigo Hans. De acordo com fontes locais, não houve feridos e todos os passageiros desembarcaram da aeronave com segurança, com a ajuda da equipe de socorro do aeroporto.
Não há previsão para reabertura da pista. O aeroporto de Jundiaí é um dos mais utilizados pela aviação executiva em São Paulo, ao lado de Congonhas e Sorocaba. A Aeronáutica irá apurar se houve falha de algum sistema da aeronave e determinar quais os fatores que levaram ao incidente com a aeronave.

Governo do Haiti mantém eleições presidenciais para domingo


Porto Príncipe, 22 Jan 2016 (AFP) - O governo do Haiti confirmou na quinta-feira a realização das eleições presidenciais de domingo para evitar o risco de deixar o país no caos, apesar da recusa da oposição de participar, da ameaça de violência e das preocupações da comunidade internacional.
"Desde que assumi o cargo em 2011, sempre disse que sairia em 7 de fevereiro de 2016", disse o presidente Michel Martelly em um discurso à nação.
"Por isto queremos que o 24 de janeiro seja respeitado. As eleições devem acontecer e acontecerão com ordem e disciplina", completou.
Há dois meses, a oposição denuncia um "golpe de Estado eleitoral" estimulado por Martelly, que não pode disputar um segundo mandato consecutivo, de acordo com a Constituição.
No primeiro turno de 25 de outubro, o candidato governista Jovenel Moise recebeu 32,76% dos votos, contra 25,29% de Jude Celestin.
Após a divulgação dos resultados, o opositor se negou a fazer campanha e a participar no segundo turno.
"No dia 24 não, não irei a esta farsa, não será uma eleição, será uma seleção, já que existirá apenas um candidato", declarou Celestin.
Inicialmente previsto para 27 de dezembro, o segundo turno foi remarcado para 24 de janeiro, após uma avaliação de uma comissão independente que divulgou um relatório no qual afirma que as eleições foram "manchadas por irregularidades".
O Conselho Eleitoral Provisório (CEP) admitiu que boa parte dos funcionários das mesas eleitorais não estavam capacitados para a tarefa e garantiu um treinamento melhor para o segundo turno.
Ao mesmo tempo, milhares de haitianos protestaram durante a semana em Porto Príncipe, bloqueando com barricadas as ruas do centro da capital e enfrentando a polícia.

PORTAL TERRA


Violência e boicote preocupam comandante brasileiro da ONU no Haiti às vésperas de eleição


"Desde terça-feira houve um aumento considerável de incidentes (de violência) no país", afirmou o general. Segundo ele, foram registrados episódios de grupos armados ligados a partidos políticos entrando em choque entre si e gangues tentando incendiar locais de votação com coquetéis molotov.

O general disse que as tropas internacionais e a polícia local estão posicionadas nas principais cidades do país para garantir o pleito. "Estamos prontos. A eleição vai acontecer", disse o general. O país vive uma profunda crise política; o principal candidato oposicionista retirou sua candidatura e promove um boicote eleitoral.

Na quinta-feira, tropas brasileiras foram despachadas com urgência para a cidade de Jacmel, no sul do país, para proteger urnas eleitorais armazenadas em um aeroporto. Grupos locais ameaçavam incendiar o local para prejudicar a realização da eleição.
Militares do Chile tiveram que destruir um grande fosso cavado em uma das principais estradas do Haiti para interromper o tráfego. Além disso, a capital, Porto Príncipe, vive uma rotina praticamente diária de protestos, barricadas e choques de manifestantes com a polícia.

Crise política
A recente crise política do Haiti foi deflagrada no segundo semestre do ano passado, junto com o início do processo eleitoral.
Os primeiros distúrbios, ainda em pequena escala, começaram durante o primeiro turno das eleições parlamentares em agosto.
Em outubro, quando houve votações simultâneas para o segundo turno das eleições parlamentares e o primeiro turno da corrida presidencial, a violência cresceu.
Segundo autoridades da Missão da ONU para a Estabilização do Haiti (Minustah), grupos armados ligados a partidos políticos provocaram tiroteios em redutos eleitorais de seus opositores. Eles tentavam impedir que a votação ocorresse em locais estratégicos, para assim prejudicar seus oponentes.
Os grupos foram reprimidos por autoridades locais e internacionais e a votação ocorreu com elevados índices de comparecimento de eleitores às urnas, segundo autoridades da ONU.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Brasil deve atuar em desarmamento na Colômbia para acordo com Farc


Flávia Foreque

O governo brasileiro reforçou nesta quinta-feira (21) sua oferta de ajuda à Colômbia na questão do desarmamento para a implementação do acordo de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
O tema deve ser abordado na cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), na próxima quarta-feira (27), no Equador, com participação da presidente Dilma Rousseff. A Colômbia quer a colaboração dos países do bloco para pôr em prática a trégua permanente com a guerrilha.

O Brasil se dispõe a atuar no trabalho de identificação e destruição de explosivos. "Haverá provavelmente a necessidade de verificação de desarmamento, o que requer tropas policiais em condições de fazer isso", disse nesta quinta-feira (21) o embaixador Paulo Estivallet de Mesquita, responsável pela área de América do Sul, Central e Caribe no Itamaraty.
Em 2014, o Exército brasileiro enviou um militar a Bogotá para treinar oficiais colombianos a identificar e desarmar minas terrestres instaladas ao longo do confronto, que dura mais de 50 anos.
Em outubro do ano passado, em visita à Colômbia, Dilma já havia mencionado a possibilidade de ajuda nessa área, além de contribuição em programas de agricultura familiar e merenda escolar.
Segundo o embaixador Mesquita, "eles [colombianos] acham que [os programas] seriam úteis e se adequam às demandas desses territórios que voltam ao controle do governo colombiano".
O diplomata afirmou que outro aspecto a ser abordado no encontro, que deve reunir comandantes de 33 países, é a importância de aumentar o comércio da América Latina.
"Estamos na passagem de um ciclo em que, durante muito tempo, nossas economias () tiveram suas exportações muito voltadas para a Ásia e direcionadas por demanda por commodities. Esse ciclo aparentemente acabou", avalia.
Para Estivallet, o cenário traz uma "percepção clara" da necessidade de buscar outras fontes de comércio.
Ele negou, entretanto, que a situação na Venezuela seja um tema da pauta do encontro. "É sempre possível que no encontro de presidentes o tema seja suscitado. Mas não me parece evidente."
EQUADOR
Antes da cúpula da Celac, a presidente Dilma terá reunião de trabalho com o presidente do Equador, Rafael Correa. Ela retorna no dia seguinte, após o encontro dos chefes de Estado e de governo dos países.
O ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) ainda permanece no país para participar de reunião de chanceleres da Unasul (União das Nações Sul-Americanas).
Questionado sobre a crise diplomática entre o Brasil e o país vizinho, em 2008, o embaixador Paulo Estivallet afirmou que o assunto está "superado".
O impasse foi motivado por uma dívida do Equador com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que financiou obra de hidrelétrica do país realizada pela Odebrecht.
"Tanto está superado que a Odebrecht foi selecionada recentemente para realizar a obra do metrô de Quito, que é uma obra importante, em parceria com uma empresa espanhola", disse. "O desconforto de vários anos atrás foi superado."

OUTRAS MÍDIAS


INFONET - SE


Morte Pedrinho: Família aguarda investigação da PF

Rodrigo Valadares diz que relatório divulgado é inconcluso

Aldaci de Souza
“O relatório é inconclusivo e não aponta causas. Vamos aguardar nova investigação da Polícia Federal para saber o que levou realmente à queda da aeronave”. A afirmação foi feita na tarde desta quinta-feira, 21 por Rodrigo Valadares, filho de Pedrinho Valadares ao ser indagado sobre o documento sobre as causas do acidente que tirou a vida do sergipano, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) e o assessor Carlos Percol , em 13 agosto de 2014 no litoral paulista.
O documento sobre o acidente foi revelado na última quarta-feira, 19 por oficiais do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). De acordo com o relatório, “entre os fatores que contribuíram para o acidente estão a falta de capacitação da tripulação para operar a aeronave e a escolha de uma rota fora dos padrões previstos”.
“A gente não ficou convencido das causas do acidente, por esse relatório, que procura algumas falhas nos pilotos, mas não aponta as causas, não fez a simulação do vôo. Esse relatório não ajudou em nada, chegou ao absurdo de dizer que um piloto era mais passivo e o outro, mais arrojado. Com isso, vamos aguardar a investigação da Polícia Federal, que deve ser mais ampla, pois esse relatório do Cenipa é inconcluso e não aponta nada. Vamos até o final’, alerta lembrando que uma investigação que vem sendo feita pelas famílias dos pilotos destaca que a aeronave tem uma falha de projeto.
O acidente que chocou o país, aconteceu na manhã do dia 13 de agosto de 2014 na cidade de Santos-SP e o relatório conclui que “nem o piloto Marcos Martins, nem o copiloto Geraldo Magela da Cunha tinham feito cursos para pilotar aquela aeronave, modelo Cessna 560 XL. Martins tinha curso para operar uma aeronave de modelo anterior, mas o copiloto não tinha treinamento no modelo usado no dia do acidente, nem no anterior”.

AEROMAGAZINE.UOL.COM.BR


Uma análise do laudo sobre o acidente aéreo que matou Eduardo Campos

Relatório do Cenipa revela graves problemas de segurança de voo na aviação geral, da certificação de pilotos à compulsão pelo pouso
O acidente fatal com o jato de negócios que transportava o então presidenciável Eduardo Campos e parte de sua comitiva naquele fatídico dia 13 de agosto de 2014 estarreceu o Brasil. Mais conhecido como Citation XLS+, o Cessna CE 560 XL+ matrícula PR-AFA, avaliado em U$D 8 milhões, com capacidade para transportar até nove passageiros a mais de 800 km/h, caiu sobre área povoada na cidade de Santos, no Litoral Sul de São Paulo, e tirou da disputa pelo mais elevado cargo executivo do país o terceiro colocado nas pesquisas eleitorais. Perderam a vida no desastre os sete ocupantes a bordo do avião. Três transeuntes no solo Ficaram feridos. No Brasil, 16 unidades do CE 560 constam no Registro Aeronáutico Brasileiro, das quais 10 ainda estão em operação.
O laudo final apresentado nesta semana pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão pertencente à Força Aérea Brasileira, indica “perda de controle em voo” como fator preponderante para o acidente. Com participação da National Transportation Safety Board (NTSB), dos Estados Unidos, e da Transportation Safety Board (TSB), do Canadá, o relatório final descreve falhas críticas que envolvem a aviação geral brasileira. Especialistas acreditam que um dos aspectos a serem trabalhados na cultura dos pilotos de aeronaves leves após o desastre é a chamada “compulsão pelo pouso”, ou seja, a decisão de aterrissar sem dispor das condições ideais de segurança para tal, normalmente pela pressão de transportar “gente importante que não tem tempo a perder”. Essa situação se agrava diante da falta de infraestrutura tanto aeroportuária quanto de controle de tráfego aéreo em regiões importantes para a economia do país, como a Baixada Santista.
Mergulho do nariz
O relatório dá a entender – e especialistas em segurança de voo ouvidos por AERO Magazine confirmam – que um pequeno mergulho do nariz do avião durante uma tentativa de arremetida levou a um descontrole irreversível do voo, possivelmente por falta de coordenação dos tripulantes em relação ao que viam através do para-brisas e o que informavam os comandos de voo. Pilotos atestam que o Citation XLS+ possui características de voo singulares, que, em alguns momentos, podem tornar sua pilotagem crítica. O modelo é uma evolução do Citation Excel, cujo projeto deriva da junção das asas da série Citation V Ultra com a fuselagem das séries Citation III e VII, aliado a novos motores de grande potência. Isso permitiu a construção de um avião capaz de operar em pistas curtas com performance de subida elevada.
Na prática, o XLS+ possui algumas características de voo bastante pronunciadas, como a tendência de subir o nariz de forma acentuada em casos de decolagem e arremetida. Nessas situações, é exigido uso intenso do chamado compensador de arfagem (que controla o ângulo de subida ou descida), que fica na parte de trás da aeronave. O uso de tal dispositivo é comum a todos os aviões existentes, no entanto, no caso do XLS+, exige mais atenção aos procedimentos descritos em manual. Esse aumento da carga de trabalho associado à falta de entrosamento entre piloto e copiloto, o chamado CRM (Cockpit Resource Management), pode ter contribuído para a tragédia. As famílias das vítimas falam em processar o fabricante da aeronave por erro de projeto. Especialistas acreditam que, ainda que o avião tenha características “ariscas” de pilotagem, os tripulantes precisariam conhecer essas peculiaridades da máquina e seguir os procedimentos de voo previstos em manual para evitar situações de risco.
Copiloto deficiente
Pelo relatório do Cenipa, ficam demonstradas também deficiências consideráveis na formação e na proficiência do copiloto, que foi checado obtendo sempre os resultados mínimos necessários para ser aprovado. Durante o treinamento para voar comercialmente modelos Airbus A320, o copiloto chegou a ser desligado pela companhia aérea ainda na fase de instrução por apresentar desempenho abaixo dos mínimos exigidos. Além disso, o relatório destaca que o comandante, dias antes do acidente, havia comentado que a operação do copiloto não era adequada, o que o estaria sobrecarregando. De acordo com o Cenipa, o “copiloto mostrava-se apático e desatento, esquecendo constantemente de realizar ou conferir tarefas sob sua responsabilidade”.
HORAS VOADAS
Discriminação Comandante Copiloto
Totais 6.235:55 5.279:45
Totais, nos últimos 30 dias 53:00 54:40
Totais, nas últimas 24 h 00:42 00:42
Neste tipo de aeronave 130:05 95:45
Nesta aeronave, nos últimos 30 dias 53:00 54:40
Nesta aeronave, nas últimas 24h 00:42 00:42
Qualificação dos Inspac
Um ponto importante a se discutir é que o Inspac (Inspetor de Aviação Civil) que concedeu a licença ao copiloto não era familiarizado com a versão XLS+ do jato, portanto, pode ter realizado uma análise menos criteriosa sobre a proficiência de voo. Embora ambos os pilotos tivessem as carteiras válidas para voar o avião, nenhum havia realizado a adaptação específica para o XLS+, que difere de seus irmãos Excel e XLS em determinadas características. A tabela abaixo mostra que os tripulantes estavam devidamente habilitados e com os certificados médico dentro da validade e com experiência. Segundo o CENIPA, o comandante era “experiente e sabia gerenciar condições adversas”, dispondo ainda de experiência em voos nacionais e internacionais. Já o copiloto apresentava notas baixas em seu currículo.
Meteorologia
O relatório final descreve detalhes da operação e aponta que no fatídico dia uma frente fria se aproximava da região de Santos, prevendo redução de teto e visibilidade horizontal associada à chegada de chuva e névoa úmida. Na ocasião, a Base Aérea de Santos já operava por instrumentos, devido às condições meteorológicas na região.
Na esquerda, observa-se a restrição horizontal, com baixa visibilidade momentos após o acidente, na direita, observa-se o mesmo ponto um dia antes com visibilidade acima de 10 km.
Por ser um aeródromo militar, a base aérea de Santos não conta com torre, apenas uma rádio, que é um sistema de informação. Embora mais limitado que uma torre, alguns dados deveriam ter sido informados, como a condição meteorológica constante no Sigmet 6, que havia sido emitido pelo CMV-CW. O Sigmet informava base da camada de nuvens mais baixas e a visibilidade correta no aeródromo. Durante as comunicações, em nenhum momento a tripulação da aeronave questionou a Rádio Santos sobre essas informações, que seriam importantes para o julgamento a respeito das condições a serem encontradas durante a aproximação e o pouso – até porque, no primeiro contato, a aeronave havia recebido da Rádio Santos a informação de que o aeródromo operava sob condições IMC (Instrument Meteorological Conditions).
Violação grave
Um fator importante apontado pelos técnicos do Cenipa refere-se ao descumprimento de normas de voo por parte dos pilotos e também do órgão de controle de tráfego aéreo. Durante a aproximação para pouso na Base Aérea de Santos, a tripulação se desviou da aerovia W6 sem motivo, enquanto deveria seguir para iniciar o procedimento instrumento ECHO 1, ou seja, adotou um procedimento fora do previsto. Ao contatar a Rádio Santos, órgão responsável pelas operações aéreas na base, a tripulação afirmou ter realizado o bloqueio e rebloqueio do procedimento e que estava iniciando a aproximação final. Porém, registros de radar apontam que a aeronave não realizou os procedimentos e ingressou diretamente na perna de aproximação final, fato considerado uma violação grave.
Não conseguindo pousar, a tripulação realizou uma passagem baixa sobre a pista, com objetivo de perfazer o que os pilotos chamam de “circular”, iniciando um novo procedimento de pouso. Porém, tal manobra exige que o piloto em comando (que está voando o avião no momento) mantenha contato visual externo com o terreno, fator que naquele momento contribuiu para uma desorientação espacial. De acordo com o procedimento ECHO 1, em caso de não haver contato visual com a pista era compulsório prosseguir com a arremetida. Conforme instrui o Manual Brasileiro de Inspeção em Voo (MANINV-BRASIL), após o acidente, especialistas da Força Aérea testaram os auxílios à navegação utilizados pelo PR-AFA durante a aproximação, verificando que o NDB RR não estava operacional. Ainda que não tenha contribuído para o acidente, a desativação deste balizador revelou-se indevida.
Gravador inoperante
Mais um aspecto importante, e estranho, é que o Cockpit Voice Record (CVR) recuperado não registrou os últimos momentos antes da queda da aeronave. Com suspeita de falha, a caixa preta foi enviada para a Flórida por intermédio do NTSB a fim de identificar o registro de falha de funcionamento. Nada, porém, foi identificado. No fim, os peritos constataram que o CVR parou de funcionar após uma manutenção realizada no período de 26 de dezembro de 2012 a 23 de janeiro de 2013. A partir de então, não há mais novos registros no CVR, ou seja, a aeronave ficou 18 meses e 21 dias, com 216 horas de voo, sem um novo registro desde a última manutenção. De acordo com a certificação primária do Cessna CE 560 XLS+, o CVR é um item importante na operação, tanto que, com 15 dias de inoperância do gravador, a aeronave deve ser submetida à intervenção técnica para resolução do problema, não podendo efetuar novo voo até que o equipamento volte a funcionar normalmente.
A pergunta que fica é: estariam os tripulantes da aeronave sabendo dessa inoperância do CVR? De acordo com os registros de manutenção da aeronave, não houve qualquer relatado de irregularidade com a operação do CVR no PR-AFA. Com isso, o relatório do CENIPA é categórico em dizer que a aeronave não atendia às exigências mínimas de aeronavegabilidade, ou seja, não poderia operar dentro das condições em que estava no voo fatal.
Os fatores contribuintes
Um acidente aeronáutico nunca ocorre por uma causa única, ele é consequência de uma série de fatores que se interligam até o trágico desfecho final. De acordo com o CENIPA, os fatores que contribuíram para o acidente do PR-AFA, foram: Atitude, Condições Meteorológicas Adversas, Desorientação Espacial e Indisciplina de Voo. Veja um pouco mais sobre cada um deles:
Atitude: a realização da aproximação de forma diferente da prevista em carta demonstra falta de cumprimento dos procedimentos padrão, iniciando a sequência de eventos que levou à aproximação perdida, influenciada pelo excesso de confiança do comandante, devido à sua experiência acumulada anteriormente.
Condições meteorológicas adversas: caso os procedimentos previstos na carta ECHO 1 fossem fielmente seguidos, as condições meteorológicas não se configurariam em risco à operação, mesmo que próximo dos mínimos operacionais e abaixo dos mínimos para circular. Porém, ao se desviar do que previa a ECHO 1, a meteorologia entrou como um fator complicador para a pilotagem da aeronave.
Desorientação espacial: fatores como redução da visibilidade, estresse, aumento da carga de trabalho por conta da arremetida, manobras com carga acima de 1,15 g, falta de treinamento e possível perda da consciência situacional favoreceram à desorientação espacial, constatada pelo elevado ângulo de arfagem negativo, pela alta velocidade e pela potência desenvolvida nos motores da aeronave no momento do impacto.
Indisciplina de voo: a tripulação não seguiu o procedimento padrão para a aproximação final, desviando da aerovia W6 e reportando posições diferentes das posições reais até o momento em que declarou aproximação final. A carta de procedimento de aproximação por instrumentos ECHO 1 da Base Aérea previa condições de trajetória para aproximação que não foram seguidas, bem como as recomendações do fabricante para os parâmetros de velocidade durante essa fase, configurando uma aproximação não estabilizada. A realização da passagem baixa sobre a pista com posterior tentativa de realizar um procedimento chamado “circular” abaixo dos mínimos meteorológicos contribuiu para a desorientação espacial, uma vez que o previsto na carta era prosseguir com a arremetida.
Conclusão e recomendações
O relatório tem como conclusão que a aplicação de comandos errôneos na aeronave, falta de afinidade entre os pilotos, formação deficiente, fadiga, fraseologia do órgão ATS, memória, percepção, planejamento de voo, processos organizacionais, sistemas de apoio e sobrecarga de tarefa foram possíveis fatores contribuintes.
A investigação do CENIPA não tem caráter punitivo, mas, sim, preventivo. Após o estudo dos fatores que contribuíram com os acidentes, emite-se uma série de recomendações a fim de evitar que outros acidentes ocorram pelas mesmas causas. Todas as 13 recomendações do CENIPA estão disponíveis no relatório final, sendo nove delas direcionadas à ANAC, três ao Departamento de Controle de Espaço Aéreo e uma à Diretoria de Saúde da Aeronáutica.
A ANAC já iniciou a execução das recomendações do CENIPA e o PAME-RJ regulou os processos de manutenção preventiva dos equipamentos de auxílio à navegação, com a implantação de Boletins Técnicos com informações adicionais para a realização das manutenções. Dentre as demais recomendações se destacam a melhor qualificação dos Inspac e também problemas associados à formação e à manutenção.


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