NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 19/01/2016 / Rio 2016 terá operação especial em 39 aeroportos do País
Rio 2016 terá operação especial em 39 aeroportos do País ...
Secretaria de Aviação Civil coordena os últimos ajustes necessários, como foco em possíveis demandas complementares ...
Diversos órgãos do setor aéreo realizam atividades conjuntas nos próximos dias, sob o comando da Secretaria de Aviação da Presidência da República (SAC), com foco na preparação para a operação especial em 39 aeroportos durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. Pelo menos seis grandes temas estão na pauta de discussão de colegiados do setor aéreo, formados por representantes do governo federal, dos operadores aeroportuários e companhias aéreas.
A primeira reunião do Comitê Técnico de Operações Especiais (CTOE), órgão criado no âmbito da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero), está prevista para esta terça-feira (19). Três dias depois, a Secretaria vai discutir o tema da acessibilidade, juntamente com entidades, órgãos públicos e gestores de aeródromos envolvidos nas Olimpíadas.
Em 27 de janeiro, a SAC participa de encontro sobre planejamento da aviação geral (executiva) para os Jogos. No dia seguinte, a discussão é sobre o Plano de Contingência e estacionamento de aeronaves nos aeroportos Galeão e Santos Dumont, abordando também questões climáticas e horário de funcionamento dos terminais.
Segundo o coordenador do Comitê Técnico de Operações Especiais (CTOE), Thiago Meirelles, a agenda de alinhamento e integração do governo às autoridades envolvidas na gestão aeroportuária assume, agora, a responsabilidade de encaminhar as últimas definições.
"A execução do planejamento do setor começou há mais de 100 dias, orientada por um manual que rege as operações durante os Jogos. Agora, nosso objetivo é fazer os ajustes necessários para solucionar possíveis demandas complementares e desafios do setor como um todo", disse.
Eventos-teste
A análise de procedimentos de chegada e partida de atletas vem sendo monitorada pelo governo federal dentro do calendário de testes do Comitê Rio 2016. Dos 45 eventos do programa "Aquece Rio", preparatório para os Jogos, a Secretaria de Aviação selecionou sete para testar oficialmente os aeroportos: remo (realizado em agosto), bocha (realizada em novembro), saltos ornamentais (19 a 24 de fevereiro), rúgbi em cadeira de rodas (26 a 29 de fevereiro), pentatlo moderno (10 a 14 de março), tiro esportivo (14 a 25 de abril) e ginástica (16 a 24 de abril).
A SAC coordena também a realização de simulados de acessibilidade aeroportuária para Passageiros com Necessidade de Atendimento Especial (PNAEs). O objetivo é testar as operações de embarque e desembarque, fluxos aeroportuários e a infraestrutura dos principais terminais envolvidos na operação dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Trata-se de uma ação do subcomitê de acessibilidade do CTOE.
A primeira rodada de simulados passou pelas bases aéreas do Galeão (11/06), de Santos Dumont (11/07) e de Guarulhos (04/08). Antes disso, o CTOE também visitou os terminais de todas as cidades-sede do futebol: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Salvador e Manaus.
Fluxos aeroportuários especiais também são testados pela Secretaria. Em novembro, o aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), realizou simulado para testar o fluxo de armas e munições no terminal durante os Jogos Olímpicos Rio 2016.
Em setembro, a Secretaria de Aviação da Presidência da República lançou o Manual de Planejamento do Setor de Aviação Civil – Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, cartilha técnica para padronizar a operação dos 39 aeroportos (entre prioritários, monitorados e de apoio).
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
FAB conclui investigação sobre acidente com Campos
Ex-governador de Pernambuco morreu em agosto de 2014, após o aviação em que ele viajava cair no litoral de São Paulo
Da Redação Com Bandnews Fm
A Força Aérea Brasileira concluiu as investigações sobre o acidente que matou o ex-governador de Pernambuco e outras seis pessoas, em agosto de 2014.
O relatório final será apresentado pelo Cenipa, Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, amanhã (19) à tarde, em Brasília.
O avião caiu em Santos, no litoral paulista, onde o político iria cumprir compromissos da campanha à Presidência da República.
A queda da aeronave também é investigada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.
O relatório final será apresentado pelo Cenipa, Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, amanhã (19) à tarde, em Brasília.
O avião caiu em Santos, no litoral paulista, onde o político iria cumprir compromissos da campanha à Presidência da República.
A queda da aeronave também é investigada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.
Dilma libera mais de R$ 2 bi para combate ao Aedes
22 estados tiveram aumento no número de casos de dengue em 2015
Poralbenísio Fonseca
A presidente Dilma Rousseff sancionou na sexta-feira (15) a liberação de recursos da ordem de R$ 1,27 bilhão para o desenvolvimento das ações de vigilância em saúde, incluindo o combate ao mosquito Aedes aegypti, em 2016. Ao montante será adicionado, ainda, R$ 600 milhões destinados à Assistência Financeira Complementar da União para os Agentes de Combate às Endemias em todo o país.
Para intensificar as ações e medidas de vigilância, prevenção e controle da dengue, febre chikungunya e Zika também foi aprovada a importância extra de R$ 500 milhões, sobretudo, por conta da situação de emergência em saúde pública de importância nacional que o país vive. Desse último montante, 44.963. 347,12 para o Nordeste, sendo a maior parcela, R$ 11.332.150,44, para a Bahia.
Na última semana, o Ministério da Saúde já havia repassado aos estados R$ 143,7 milhões extras destinados a ações de combate ao Aedes aegypti. Esse recurso foi garantido em portaria publicada em 23 de dezembro do ano passado e já foram liberados em 100%. O Ministro da Saúde, Marcelo Castro, considera de fundamental importância este recurso extra para as ações nos estados e municípios. “Com este reforço financeiro, os estados e municípios vão poder potencializar as medidas de combate ao Aedes aegypti para evitar a transmissão de dengue, chikungunya e Zika”, considerou.
Conforme o ministro, os cuidados com o mosquito devem ser redobrados nesta época do ano, período de maior incidência das doenças. “É preciso que todos se mobilizem para combater este mosquito. É muito importante sempre verificar o adequado armazenamento de água em suas casas, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso, que possam acumular água e virar criadouros do mosquito”, recomendou
O Ministério da Saúde tem reunido esforços para o combate ao mosquito Aedes aegypti, convocando o poder público e a população para uma ampla mobilização nacional visando conter a proliferação do mosquito. O governo federal mobilizou 19 ministérios e outros órgãos federais para atuar conjuntamente neste enfrentamento, além da participação dos governos estaduais e municipais.
Com isso, as visitas a residências para eliminação e controle do vetor ganharam o reforço das Forças Armadas e de mais de 266 mil agentes comunitários de saúde, além dos cerca de 44 mil agentes de endemias que já atuavam regularmente nessas atividades. A orientação é que esse grupo atue, inclusive, na organização de mutirões de combate ao mosquito em suas regiões.
Os repasses de recursos do Ministério da Saúde para o combate ao mosquito têm se mantido crescentes ao longo dos anos. Somente em 2015, foi liberado R$ 1,25 bilhão. Em 2011, este montante era de R$ 970,4 mil, o que representa um aumento de 28,8% nos recursos nos últimos cinco anos. O Ministério da Saúde também investiu, em 2015, R$ 23 milhões na aquisição de inseticidas e larvicidas, além das ações de apoio a estados e municípios.
22 estados tiveram aumento no número de casos de dengue em 2015
Em 2015, foram registrados 1.649.008 casos prováveis de dengue no país. A região Sudeste concentra o maior número de registros da doença com 62,2% (1.026.226) dos casos de todo o país, seguida pelas regiões Nordeste com 18,9% (311.519), Centro-Oeste com 13,4% (220.966), Sul com 3,4% (56.187) e Norte com 2,1% (34.110). Entre os estados, destacam-se Goiás (2.500,6 casos/100 mil hab.) e São Paulo (1.665,7 casos/100 mil hab.) No total, 22 estados apresentaram aumento no número de casos. Apenas Acre, Amazonas, Roraima, Piauí e o Distrito Federal tiveram redução.
O pico de maior incidência da dengue ocorreu em abril com 229,1 casos para cada 100 mil habitantes, seguido de uma redução a partir de maio (116,1), tendência observada nos meses seguintes até outubro (12,2). A partir de novembro (22,3), a incidência da doença voltou a apresentar leve tendência de aumento. Em 2015 ocorreram 863 mortes por dengue. As regiões que registraram o maior número de vítimas fatais foram Sudeste (563) e Centro-Oeste (130).
O Ministério da Saúde observou ainda os municípios com as maiores incidências da doença acumuladas por estrato populacional em relação ao número de habitantes. Entre as cidades com menos de 100 mil habitantes destaca-se o município de Onda Verde (SP), com 17.989,9 casos para cada 100 mil habitantes. Entre os municípios com 100 mil a 499 mil pessoas, Rio Claro (SP) possui maior incidência da doença, com 10.804,7 casos/100 mil habitantes. Em relação aos municípios com população entre 500 mil e 999 mil, Sorocaba (SP) se destaca com incidência de 8.815,6 casos para cada 100 mil habitantes. Já em relação aos municípios com mais de 1 milhão de pessoas, Campinas (SP) registrou incidência de 5.766,2 casos para cada 100 mil habitantes.
Entre os quatro sorotipos virais existentes da dengue, o DENV1 foi o que mais circulou durante 2015 respondendo a 93,8% dos casos confirmados de dengue, seguido do DENV4 (5,1%), DENV2 (0,7%) e DENV3 (0,4%).
CHIKUNGUNYA
Em 2015, foram registrados 20.661 casos de febre chikungunya no país. Desse total, 7.823 casos foram confirmados e 10.420 estão em investigação. Atualmente, 84 municípios de 11 estados estão com transmissão autóctone (circulação) do vírus. Além disso, pela primeira vez no Brasil, foram confirmadas três mortes por chikungunya, sendo duas na Bahia e uma em Sergipe. As três vítimas eram idosas (85, 83 e 75 anos) e apresentavam histórico de doenças crônicas.
As medidas de prevenção para a doença são as mesmas já adotadas para a dengue, que se resume em evitar o acúmulo de água parada. A principal diferença nos sintomas das duas doenças é que na febre chikungunya, a dor articular surge em 70% a 100% dos casos, é intensa e afeta principalmente pés e mãos.
ZIKA
Até o último dia 9 de janeiro foram registrados 3.530 casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus Zika. Os casos suspeitos da doença em recém-nascidos são computados desde o início das investigações (em 22 de outubro de 2015) e ocorreram em 724 municípios de 21 unidades da federação. Também estão sob investigação 46 óbitos de bebês com microcefalia possivelmente relacionados ao vírus Zika, todos na região Nordeste.
O estado de Pernambuco, o primeiro a identificar aumento de microcefalia, continua com o maior número de casos suspeitos (1.236), o que representa 35% do total registrado em todo o país. Em seguida, estão os estados da Paraíba (569), Bahia (450), Ceará (192), Rio Grande do Norte (181), Sergipe (155), Alagoas (149), Mato Grosso (129) e Rio de Janeiro (122).
Sesab confirma duas mortes por chikungunya em território baiano
A Sesab-Secretaria de Saúde do Estado confirmou, no último sábado, que as duas mortes por chikungunya na Bahia, em 2015, ocorreram nas cidades de Jaguarari e Itiúba, localizadas no norte do estado. Os dois casos, conforme a Sesab tiveram confirmação laboratorial para a doença. A Secretaria de Saúde de Itiúba - município na região de Senhor do Bonfim, a 382 km de Salvador - chegou a considerar a possibilidade de um surto de chikungunya e zika vírus, em outubro do ano passado, quando 65% dos habitantes da cidade apresentaram sintomas da doença. Entre agosto e outubro de 2015 foram notificados no município 300 casos de zika e 175 de chikungunya.
De acordo com o relatório epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado na última sexta-feira (15), uma terceira pessoa também foi vítima da doença, mas no estado de Sergipe. Em todos os casos as pessoas eram idosas, com idade entre 75 e 85 anos, e com histórico de doenças crônicas, conforme o relatório.
Ainda de acordo com o relatório, o Nordeste ficou em segundo lugar no número de notificações de zika e chikungunya, com 311.519 casos, atrás apenas da região sudeste, que teve 1.026.226 registros.
Conforme o titular da Sesab, Fábio Vilas Boas, os dois casos de óbito por Chikungunya no estado “não chegaram a gerar uma situação preocupante, na medida em que atingiram pessoas idosas, com histórico de outras enfermidades e que em razão da idade avançada e saúde fragilizada não demonstraram capacidade de resistência”.
Segundo o secretário, “a doença preocupa menos pela letalidade (incidência de óbitos) que pela morbidade (casos dos sintomas que acomete os pacientes), diante da decorrência das dores insuportáveis nas articulações e que podem se estender por meses, até anos e evoluir para quadros de artrite”. Vilas Boas ressaltou a “importância da liberação de recursos suplementares”, no sentido de que “possibilitarão o desenvolvimento de campanhas mais efetivas na Vigilância às doenças transmitidas e no combate à proliferação do mosquito Aedes Aegypti”.
Casos de dengue
Até a 1ª semana epidemiológica de 2016, de 3 a 9 de janeiro, foram informados pelas unidades de saúde e registrados no SINAN, órgão do Ministério da Saúde, 75.551 casos suspeitos de dengue na Bahia.
Destes, 17.457 foram classificados como dengue; 42 como dengue com sinais de alarme; 32 como dengue grave e 21.372 foram descartados. Estão sem classificação 36.648 casos. No mesmo período de 2014 foram notificados 114 casos de dengue, portanto, o número de casos atual corresponde a um aumento de 66.172.81%.
Vale ressaltar que alguns municípios não aparecem entre os com maiores números de casos registrados no SINAN nos últimos quinze dias em razão do atraso no processo de digitação das Fichas de Notificação Individual, fato considerado como um dos principais fatores de risco para ocorrência de epidemias.
Na Bahia, a maior epidemia de dengue ocorreu em 2009, quando foram registrados mais de 123 mil ocorrências. Embora o número de casos tenha reduzido nos anos seguintes em relação a 2009, desde então tem-se registrado mais de 50 mil casos de dengue a cada ano, confirmando a dengue como um dos principais problemas de saúde pública no estado.
Para intensificar as ações e medidas de vigilância, prevenção e controle da dengue, febre chikungunya e Zika também foi aprovada a importância extra de R$ 500 milhões, sobretudo, por conta da situação de emergência em saúde pública de importância nacional que o país vive. Desse último montante, 44.963. 347,12 para o Nordeste, sendo a maior parcela, R$ 11.332.150,44, para a Bahia.
Na última semana, o Ministério da Saúde já havia repassado aos estados R$ 143,7 milhões extras destinados a ações de combate ao Aedes aegypti. Esse recurso foi garantido em portaria publicada em 23 de dezembro do ano passado e já foram liberados em 100%. O Ministro da Saúde, Marcelo Castro, considera de fundamental importância este recurso extra para as ações nos estados e municípios. “Com este reforço financeiro, os estados e municípios vão poder potencializar as medidas de combate ao Aedes aegypti para evitar a transmissão de dengue, chikungunya e Zika”, considerou.
Conforme o ministro, os cuidados com o mosquito devem ser redobrados nesta época do ano, período de maior incidência das doenças. “É preciso que todos se mobilizem para combater este mosquito. É muito importante sempre verificar o adequado armazenamento de água em suas casas, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso, que possam acumular água e virar criadouros do mosquito”, recomendou
O Ministério da Saúde tem reunido esforços para o combate ao mosquito Aedes aegypti, convocando o poder público e a população para uma ampla mobilização nacional visando conter a proliferação do mosquito. O governo federal mobilizou 19 ministérios e outros órgãos federais para atuar conjuntamente neste enfrentamento, além da participação dos governos estaduais e municipais.
Com isso, as visitas a residências para eliminação e controle do vetor ganharam o reforço das Forças Armadas e de mais de 266 mil agentes comunitários de saúde, além dos cerca de 44 mil agentes de endemias que já atuavam regularmente nessas atividades. A orientação é que esse grupo atue, inclusive, na organização de mutirões de combate ao mosquito em suas regiões.
Os repasses de recursos do Ministério da Saúde para o combate ao mosquito têm se mantido crescentes ao longo dos anos. Somente em 2015, foi liberado R$ 1,25 bilhão. Em 2011, este montante era de R$ 970,4 mil, o que representa um aumento de 28,8% nos recursos nos últimos cinco anos. O Ministério da Saúde também investiu, em 2015, R$ 23 milhões na aquisição de inseticidas e larvicidas, além das ações de apoio a estados e municípios.
22 estados tiveram aumento no número de casos de dengue em 2015
Em 2015, foram registrados 1.649.008 casos prováveis de dengue no país. A região Sudeste concentra o maior número de registros da doença com 62,2% (1.026.226) dos casos de todo o país, seguida pelas regiões Nordeste com 18,9% (311.519), Centro-Oeste com 13,4% (220.966), Sul com 3,4% (56.187) e Norte com 2,1% (34.110). Entre os estados, destacam-se Goiás (2.500,6 casos/100 mil hab.) e São Paulo (1.665,7 casos/100 mil hab.) No total, 22 estados apresentaram aumento no número de casos. Apenas Acre, Amazonas, Roraima, Piauí e o Distrito Federal tiveram redução.
O pico de maior incidência da dengue ocorreu em abril com 229,1 casos para cada 100 mil habitantes, seguido de uma redução a partir de maio (116,1), tendência observada nos meses seguintes até outubro (12,2). A partir de novembro (22,3), a incidência da doença voltou a apresentar leve tendência de aumento. Em 2015 ocorreram 863 mortes por dengue. As regiões que registraram o maior número de vítimas fatais foram Sudeste (563) e Centro-Oeste (130).
O Ministério da Saúde observou ainda os municípios com as maiores incidências da doença acumuladas por estrato populacional em relação ao número de habitantes. Entre as cidades com menos de 100 mil habitantes destaca-se o município de Onda Verde (SP), com 17.989,9 casos para cada 100 mil habitantes. Entre os municípios com 100 mil a 499 mil pessoas, Rio Claro (SP) possui maior incidência da doença, com 10.804,7 casos/100 mil habitantes. Em relação aos municípios com população entre 500 mil e 999 mil, Sorocaba (SP) se destaca com incidência de 8.815,6 casos para cada 100 mil habitantes. Já em relação aos municípios com mais de 1 milhão de pessoas, Campinas (SP) registrou incidência de 5.766,2 casos para cada 100 mil habitantes.
Entre os quatro sorotipos virais existentes da dengue, o DENV1 foi o que mais circulou durante 2015 respondendo a 93,8% dos casos confirmados de dengue, seguido do DENV4 (5,1%), DENV2 (0,7%) e DENV3 (0,4%).
CHIKUNGUNYA
Em 2015, foram registrados 20.661 casos de febre chikungunya no país. Desse total, 7.823 casos foram confirmados e 10.420 estão em investigação. Atualmente, 84 municípios de 11 estados estão com transmissão autóctone (circulação) do vírus. Além disso, pela primeira vez no Brasil, foram confirmadas três mortes por chikungunya, sendo duas na Bahia e uma em Sergipe. As três vítimas eram idosas (85, 83 e 75 anos) e apresentavam histórico de doenças crônicas.
As medidas de prevenção para a doença são as mesmas já adotadas para a dengue, que se resume em evitar o acúmulo de água parada. A principal diferença nos sintomas das duas doenças é que na febre chikungunya, a dor articular surge em 70% a 100% dos casos, é intensa e afeta principalmente pés e mãos.
ZIKA
Até o último dia 9 de janeiro foram registrados 3.530 casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus Zika. Os casos suspeitos da doença em recém-nascidos são computados desde o início das investigações (em 22 de outubro de 2015) e ocorreram em 724 municípios de 21 unidades da federação. Também estão sob investigação 46 óbitos de bebês com microcefalia possivelmente relacionados ao vírus Zika, todos na região Nordeste.
O estado de Pernambuco, o primeiro a identificar aumento de microcefalia, continua com o maior número de casos suspeitos (1.236), o que representa 35% do total registrado em todo o país. Em seguida, estão os estados da Paraíba (569), Bahia (450), Ceará (192), Rio Grande do Norte (181), Sergipe (155), Alagoas (149), Mato Grosso (129) e Rio de Janeiro (122).
Sesab confirma duas mortes por chikungunya em território baiano
A Sesab-Secretaria de Saúde do Estado confirmou, no último sábado, que as duas mortes por chikungunya na Bahia, em 2015, ocorreram nas cidades de Jaguarari e Itiúba, localizadas no norte do estado. Os dois casos, conforme a Sesab tiveram confirmação laboratorial para a doença. A Secretaria de Saúde de Itiúba - município na região de Senhor do Bonfim, a 382 km de Salvador - chegou a considerar a possibilidade de um surto de chikungunya e zika vírus, em outubro do ano passado, quando 65% dos habitantes da cidade apresentaram sintomas da doença. Entre agosto e outubro de 2015 foram notificados no município 300 casos de zika e 175 de chikungunya.
De acordo com o relatório epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado na última sexta-feira (15), uma terceira pessoa também foi vítima da doença, mas no estado de Sergipe. Em todos os casos as pessoas eram idosas, com idade entre 75 e 85 anos, e com histórico de doenças crônicas, conforme o relatório.
Ainda de acordo com o relatório, o Nordeste ficou em segundo lugar no número de notificações de zika e chikungunya, com 311.519 casos, atrás apenas da região sudeste, que teve 1.026.226 registros.
Conforme o titular da Sesab, Fábio Vilas Boas, os dois casos de óbito por Chikungunya no estado “não chegaram a gerar uma situação preocupante, na medida em que atingiram pessoas idosas, com histórico de outras enfermidades e que em razão da idade avançada e saúde fragilizada não demonstraram capacidade de resistência”.
Segundo o secretário, “a doença preocupa menos pela letalidade (incidência de óbitos) que pela morbidade (casos dos sintomas que acomete os pacientes), diante da decorrência das dores insuportáveis nas articulações e que podem se estender por meses, até anos e evoluir para quadros de artrite”. Vilas Boas ressaltou a “importância da liberação de recursos suplementares”, no sentido de que “possibilitarão o desenvolvimento de campanhas mais efetivas na Vigilância às doenças transmitidas e no combate à proliferação do mosquito Aedes Aegypti”.
Casos de dengue
Até a 1ª semana epidemiológica de 2016, de 3 a 9 de janeiro, foram informados pelas unidades de saúde e registrados no SINAN, órgão do Ministério da Saúde, 75.551 casos suspeitos de dengue na Bahia.
Destes, 17.457 foram classificados como dengue; 42 como dengue com sinais de alarme; 32 como dengue grave e 21.372 foram descartados. Estão sem classificação 36.648 casos. No mesmo período de 2014 foram notificados 114 casos de dengue, portanto, o número de casos atual corresponde a um aumento de 66.172.81%.
Vale ressaltar que alguns municípios não aparecem entre os com maiores números de casos registrados no SINAN nos últimos quinze dias em razão do atraso no processo de digitação das Fichas de Notificação Individual, fato considerado como um dos principais fatores de risco para ocorrência de epidemias.
Na Bahia, a maior epidemia de dengue ocorreu em 2009, quando foram registrados mais de 123 mil ocorrências. Embora o número de casos tenha reduzido nos anos seguintes em relação a 2009, desde então tem-se registrado mais de 50 mil casos de dengue a cada ano, confirmando a dengue como um dos principais problemas de saúde pública no estado.
Relatório aponta "falha humana" em acidente que matou Fernandão
Documento da Aeronáutica aponta que helicóptero e piloto não tinham habilitações para voo noturno e descarta consumo de bebidas alcoólicas
Por Rodrigo Saccone
“Falha humana”. Essa é a principal causa para o acidente aéreo do helicóptero que vitimou Fernandão e mais quatro pessoas em Aruanã, cidade no interior de Goiás, em 7 de junho de 2014. É o que revela relatório final sobre o acidente elaborado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão subordinado ao Comando da Aeronáutica.
Reportagem da RBS TV teve acesso ao relatório do Cenipa. De acordo com o documento, decisões erradas do piloto Milton Ananias, à época com 50 anos, contribuíram para o acidente. O helicóptero que transportava o grupo caiu logo depois de decolar em uma ilha do Rio de Araguaia, por volta de 1h. Além de Fernandão, morreram o piloto e mais três pessoas: Edmilson de Souza Leme, Antônio de Pádua e Lindomar Mendes Vieira.
Reportagem da RBS TV teve acesso ao relatório do Cenipa. De acordo com o documento, decisões erradas do piloto Milton Ananias, à época com 50 anos, contribuíram para o acidente. O helicóptero que transportava o grupo caiu logo depois de decolar em uma ilha do Rio de Araguaia, por volta de 1h. Além de Fernandão, morreram o piloto e mais três pessoas: Edmilson de Souza Leme, Antônio de Pádua e Lindomar Mendes Vieira.
O documento aponta que helicóptero e piloto não tinham as habilitações exigidas para a realização de voo à noite, em local sem iluminação. Ainda segundo o relatório, Milton pode ter sofrido uma ilusão visual causada pela falta de luz, que prejudicou a visualização do chão e da posição da aeronave. Exames mostraram que não houve consumo de bebidas alcoólicas por parte do piloto.
A perícia também constatou que a jornada de trabalho foi prorrogada além do que determinam as regras da aviação. Não foram encontradas falhas mecânicas na aeronave, sendo que as condições do tempo também eram consideradas boas para o voo.
A investigação da polícia de Goiás foi concluída há três meses sem apontar culpados pelo acidente. Segundo a assessoria de comunicação da polícia, o Ministério Público poderá decidir pela continuidade da investigação a partir dos laudos da perícia.
No ano passado, no dia 7 de junho, data do aniversário de um ano da morte de Fernandão, o Inter realizou uma missa que teve a presença de 8 mil colorados. Durante o confronto com o Coritiba – vitória por 2 a 0 –, a torcida ainda formou um mosaico com os dizeres "F9 Eterno Capitão", entoou cânticos ao ex-jogador e o aplaudiu no nono minuto do duelo.
Um dos maiores ídolos da história do Inter e com passagem marcante também pelo Goiás, Fernandão morreu aos 36 anos. Ele voltava de Aruanã, cidade no interior de Goiás, para sua casa na capital goiana quando o helicóptero onde estava caiu. O local do acidente fica a 15km do centro de Aruanã (veja no mapa abaixo). Em homenagem ao jogador, o Inter inaugurou uma estátua no pátio do Beira-Rio e propôs que uma rua próxima ao estádio fosse batizada com o nome dele: Fernando Lúcio da Costa.
Um dos maiores ídolos da história do Inter e com passagem marcante também pelo Goiás, Fernandão morreu aos 36 anos. Ele voltava de Aruanã, cidade no interior de Goiás, para sua casa na capital goiana quando o helicóptero onde estava caiu. O local do acidente fica a 15km do centro de Aruanã (veja no mapa abaixo). Em homenagem ao jogador, o Inter inaugurou uma estátua no pátio do Beira-Rio e propôs que uma rua próxima ao estádio fosse batizada com o nome dele: Fernando Lúcio da Costa.
Relatório do acidente que matou ex-jogador Fernandão é concluído
Aeronáutica aponta que decisões erradas do piloto Milton Ananias contribuíram para a queda do helicóptero.
A Aeronáutica concluiu o relatório do acidente que matou o ex-jogador de futebol Fernandão. Fernandão e mais quatro pessoas estavam a bordo de um helicóptero que caiu, em Goiás, em junho de 2014.
O documento aponta que decisões erradas do piloto Milton Ananias contribuíram pra queda. Nem o helicóptero nem Milton Ananias tinham autorização pra voar à noite, em local sem iluminação e referências visuais.
Exames mostraram que Milton Ananias não bebeu, nem consumiu qualquer tipo de droga. E não foram encontradas falhas mecânicas no helicóptero.
O documento aponta que decisões erradas do piloto Milton Ananias contribuíram pra queda. Nem o helicóptero nem Milton Ananias tinham autorização pra voar à noite, em local sem iluminação e referências visuais.
Exames mostraram que Milton Ananias não bebeu, nem consumiu qualquer tipo de droga. E não foram encontradas falhas mecânicas no helicóptero.
Garimpo ilegal é desocupado e será vigiado pela Força Nacional e Exército
Garimpo ilegal em Pontes e Lacerda (MT) é alvo de desocupação. Forças policiais cogitam antecipar a ocupação total e iniciar limpeza da área.
Do G1 Mt
O garimpo ilegal da Serra da Borda, em Pontes e Lacerda, a 487 km de Cuiabá, foi praticamente desocupado durante este final de semana. O local é alvo de uma desocupação por forças policiais atendendo a uma decisão da Justiça Federal, que determinou a retirada dos garimpeiros e isolamento da área. É a segunda desocupação do garimpo, que começou a ser explorado em setembro de 2015. Militares da Força Nacional e do Exército devem passar a fazer a vigilância da área a partir de quarta-feira (20).
De acordo com o comandante da Polícia Militar, coronel Alberto Neves, poucas pessoas foram vistas no garimpo durante uma patrulha neste domingo (17). O prazo para que os garimpeiros deixem o local termina nesta segunda-feira (18). A partir de terça-feira (19) estava prevista a desocupação total do garimpo, no entanto, o comandante cogita a possibilidade de antecipar as outras etapas da operação já que a saída ocorreu de forma pacífica.
As pessoas que saíram do garimpo até este final de semana foram revistadas em uma tenda montada pela PM e tiveram os nomes relacionados em uma lista. Dois maquinários foram apreendidos pelos policiais no garimpo neste final de semana. A polícia diz que os proprietários cobravam R$ 500 para que as máquinas fossem usadas pelo período de meia hora.
“Ontem, praticamente, não achamos mais ninguém no garimpo. Apreendemos maquinários que causaram danos ao meio ambiente. Achamos um ou outro garimpeiro [no local] e acreditamos que poderemos adiantar em um dia a desintrusão que estava prevista para o dia 19. Dependendo da chuva, amanhã poderemos começar a limpeza do garimpo, com o auxílio da prefeitura, tirando todo o material biodegradável, aquelas lonas e ferramentas, para possamos passar o local para a Força Nacional”, declarou o comandante.
De acordo com o comandante da Polícia Militar, coronel Alberto Neves, poucas pessoas foram vistas no garimpo durante uma patrulha neste domingo (17). O prazo para que os garimpeiros deixem o local termina nesta segunda-feira (18). A partir de terça-feira (19) estava prevista a desocupação total do garimpo, no entanto, o comandante cogita a possibilidade de antecipar as outras etapas da operação já que a saída ocorreu de forma pacífica.
As pessoas que saíram do garimpo até este final de semana foram revistadas em uma tenda montada pela PM e tiveram os nomes relacionados em uma lista. Dois maquinários foram apreendidos pelos policiais no garimpo neste final de semana. A polícia diz que os proprietários cobravam R$ 500 para que as máquinas fossem usadas pelo período de meia hora.
“Ontem, praticamente, não achamos mais ninguém no garimpo. Apreendemos maquinários que causaram danos ao meio ambiente. Achamos um ou outro garimpeiro [no local] e acreditamos que poderemos adiantar em um dia a desintrusão que estava prevista para o dia 19. Dependendo da chuva, amanhã poderemos começar a limpeza do garimpo, com o auxílio da prefeitura, tirando todo o material biodegradável, aquelas lonas e ferramentas, para possamos passar o local para a Força Nacional”, declarou o comandante.
Os militares da Força Nacional chegaram a Pontes e Lacerda neste domingo e devem ocupar e fazer a vigilância do garimpo a partir de quarta-feira, junto com oficiais do Exército Brasileiro. A segunda força policial deve chegar ao garimpo na quarta-feira. Uma bandeira do Brasil foi hasteada na base da serra.
O isolamento deverá durar até que o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) emite autorizações de exploração mineral e pesquisa no local.
Durante um sobrevoo do helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), os policiais detectaram uma cratera no alto da Serra da Borda. A PM acredita que o buraco foi aberto com a ajuda dos maquinários que foram apreendidos no local.
O isolamento deverá durar até que o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) emite autorizações de exploração mineral e pesquisa no local.
Durante um sobrevoo do helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), os policiais detectaram uma cratera no alto da Serra da Borda. A PM acredita que o buraco foi aberto com a ajuda dos maquinários que foram apreendidos no local.
O garimpo
O garimpo vinha sendo explorado desde setembro de 2015 e chegou a reunir oito mil pessoas, entre garimpeiros profissionais e ocasionais. Em outubro, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação contra as três mineradoras que protocolaram pedido de lavra junto ao DNMP para atuar na região e contra os três proprietários do imóvel onde o garimpo está localizado.
A Justiça Federal em Cáceres atendeu ao pedido do MPF e determinou a desocupação da área, mas determinou a permanência da polícia no local por apenas dez dias, o que resultou no retorno de garimpeiros no local.
O garimpo vinha sendo explorado desde setembro de 2015 e chegou a reunir oito mil pessoas, entre garimpeiros profissionais e ocasionais. Em outubro, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação contra as três mineradoras que protocolaram pedido de lavra junto ao DNMP para atuar na região e contra os três proprietários do imóvel onde o garimpo está localizado.
A Justiça Federal em Cáceres atendeu ao pedido do MPF e determinou a desocupação da área, mas determinou a permanência da polícia no local por apenas dez dias, o que resultou no retorno de garimpeiros no local.
ANAC aprova retomada de voos da Azul Linhas Aéreas em Varginha, MG
Retorno das operações está previsto para acontecer no dia 2 de março. Voos acontecerão três vezes por semana, para a capital mineira.
Do G1 Sul De Minas
Após quase dois anos do último voo comercial realizado no aeroporto de Varginha (MG), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou na sexta-feira (15) a operação da Azul Linhas Aéreas na cidade. O retorno está previsto para acontecer no dia 2 de março.
De acordo com a companhia aérea, por enquanto serão operadas apenas as rotas Belo Horizonte (MG)/ Varginha e Varginha/ Belo Horizonte, às segundas, quartas e sextas-feiras. Com a liberação, as passagens já começam a ser vendidas com tarifas a partir de R$ 159,90.
O voo sairá da capital mineira às 9h17, com previsão de chegada em Varginha às 10h20. Logo depois sairá de Varginha às 10h45 e deverá chegar a Belo Horizonte, às 11h44. Ainda segundo a companhia, a aeronave que fará o trajeto, a ATR 72-600, terá capacidade para 70 passageiros.
Retorno a Varginha
Esta não é a primeira vez que a Azul Linhas Aéreas opera os voos comercias em Varginha. A companhia incorporou a Trip, que chegou ao município no ano de 2010 oferecendo seis rotas. Mas com a venda da Trip, a Azul passou a oferecer apenas o trecho para Campinas (SP). A companhia realizou seu último voo na cidade, em março de 2014.
Em outubro de 2015, a prefeitura da cidade anunciou que negociava com a empresa Flyways para a retomada dos voos no município. Na época, a assessoria de comunicação da Anac disse que a empresa já havia passado por quatro das cinco etapas necessárias para operar voos na cidade, faltando apenas a fase de testes práticos. A princípio, a empresa também iria operar seu voo para Belo Horizonte.
De acordo com a companhia aérea, por enquanto serão operadas apenas as rotas Belo Horizonte (MG)/ Varginha e Varginha/ Belo Horizonte, às segundas, quartas e sextas-feiras. Com a liberação, as passagens já começam a ser vendidas com tarifas a partir de R$ 159,90.
O voo sairá da capital mineira às 9h17, com previsão de chegada em Varginha às 10h20. Logo depois sairá de Varginha às 10h45 e deverá chegar a Belo Horizonte, às 11h44. Ainda segundo a companhia, a aeronave que fará o trajeto, a ATR 72-600, terá capacidade para 70 passageiros.
Retorno a Varginha
Esta não é a primeira vez que a Azul Linhas Aéreas opera os voos comercias em Varginha. A companhia incorporou a Trip, que chegou ao município no ano de 2010 oferecendo seis rotas. Mas com a venda da Trip, a Azul passou a oferecer apenas o trecho para Campinas (SP). A companhia realizou seu último voo na cidade, em março de 2014.
Em outubro de 2015, a prefeitura da cidade anunciou que negociava com a empresa Flyways para a retomada dos voos no município. Na época, a assessoria de comunicação da Anac disse que a empresa já havia passado por quatro das cinco etapas necessárias para operar voos na cidade, faltando apenas a fase de testes práticos. A princípio, a empresa também iria operar seu voo para Belo Horizonte.
O que você precisa saber para começar este 19 de janeiro de 2016
Aeronáutica divulga relatório final do acidente que matou Eduardo Campos. Começam as inscrições para concorrer a uma das 203 mil bolsas do ProUni.
Do G1, Em São Paulo
Bom dia!
O G1 reuniu os principais assuntos desta terça-feira (19) com o que você precisa saber para começar o dia bem-informado.
Morte de Eduardo Campos
A Aeronáutica divulga o relatório final sobre o acidente aéreo que matou o então candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, com outras seis pessoas, em 2014.
O G1 reuniu os principais assuntos desta terça-feira (19) com o que você precisa saber para começar o dia bem-informado.
Morte de Eduardo Campos
A Aeronáutica divulga o relatório final sobre o acidente aéreo que matou o então candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, com outras seis pessoas, em 2014.
Bolsa na universidade
Começam as inscrições para concorrer a uma bolsa em faculdades particulares pelo Prouni. Serão 203.602 bolsas. O prazo termina na sexta-feira (22). Veja no G1como concorrer.
Começam as inscrições para concorrer a uma bolsa em faculdades particulares pelo Prouni. Serão 203.602 bolsas. O prazo termina na sexta-feira (22). Veja no G1como concorrer.
Gigante asiático
A segunda maior potência mundial divulgou seu PIB de 2015, que fechou o ano em 6,9%, confirmando a desaceleração da economia do país. A instabilidade dos números econômicos asiáticos tem derrubado mercados no mundo todo.
A segunda maior potência mundial divulgou seu PIB de 2015, que fechou o ano em 6,9%, confirmando a desaceleração da economia do país. A instabilidade dos números econômicos asiáticos tem derrubado mercados no mundo todo.
Previsão do tempo
O dia deve ser de muitas nuvens e pancadas de chuva fortes e localizadas no sudeste do Pará, no sul de Tocantins, no sudoeste da Bahia, no centro-norte e leste de Goiás, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Veja a previsão completa para todas as capitais.
O dia deve ser de muitas nuvens e pancadas de chuva fortes e localizadas no sudeste do Pará, no sul de Tocantins, no sudoeste da Bahia, no centro-norte e leste de Goiás, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Veja a previsão completa para todas as capitais.
Marinha utiliza scanners alemães para medir poluentes lançados em incêndio
GDA e SIGIS chegaram ao Brasil para serem utilizados na Copa do Mundo. Equipamentos são capazes de identificar até 200 compostos químicos
Do G1 Santos
A Marinha do Brasil está utilizando dois scanners para identificar possíveis poluentes no ar, próximo ao terminal do Porto de Santos onde ocorreu um vazamento de gás e um incêndio, na última semana, em Guarujá, no litoral de São Paulo. Os equipamentos são importados da Alemanha.
O GDA e o SIGIS 2 chegaram ao Brasil para serem utilizados na Copa das Confederações e na Copa do Mundo. Eles também serão usados durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto deste ano.
Os equipamentos são capazes de identificar até 200 compostos químicos, por conta de um sistema de infravermelho. Podem ser utilizados em uma área distante da atingida e, por isso, facilitam a descoberta de qualquer substância nociva à saúde em um raio de 5 km.
Com as informações coletadas, as autoridades poderão preparar um relatório e avaliar quais substâncias foram lançadas com a cortina de fumaça tóxica durante as 37 horas de incêndio no terminal da Localfrio.
Os equipamentos são capazes de identificar até 200 compostos químicos, por conta de um sistema de infravermelho. Podem ser utilizados em uma área distante da atingida e, por isso, facilitam a descoberta de qualquer substância nociva à saúde em um raio de 5 km.
Com as informações coletadas, as autoridades poderão preparar um relatório e avaliar quais substâncias foram lançadas com a cortina de fumaça tóxica durante as 37 horas de incêndio no terminal da Localfrio.
Fim dos trabalhos
O incêndio terminou 37 horas após o vazamento de gás ter ocorrido no Distrito de Vicente de Carvalho. As chamas acabaram depois de o Corpo de Bombeiros começar a abrir os últimos contêineres em chamas para lançar água em seu interior.
A informação foi confirmada pelo comandante do Corpo de Bombeiros, Eduardo Nocetti Holms. “Agora, nós iremos fazer a desmobilização das equipes. Os trabalhos foram concluídos", disse.
Durante os trabalhos, 22 bombeiros e 4 brigadistas tiveram complicações por conta do incêndio. Três bombeiros tiveram de ser atendidos na Santa Casa de Santos. Todos foram liberados.
O incêndio terminou 37 horas após o vazamento de gás ter ocorrido no Distrito de Vicente de Carvalho. As chamas acabaram depois de o Corpo de Bombeiros começar a abrir os últimos contêineres em chamas para lançar água em seu interior.
A informação foi confirmada pelo comandante do Corpo de Bombeiros, Eduardo Nocetti Holms. “Agora, nós iremos fazer a desmobilização das equipes. Os trabalhos foram concluídos", disse.
Durante os trabalhos, 22 bombeiros e 4 brigadistas tiveram complicações por conta do incêndio. Três bombeiros tiveram de ser atendidos na Santa Casa de Santos. Todos foram liberados.
As autoridades se reuniram neste sábado (16) para decretar o encerramento do gabinete de crise, que envolveu diversos órgãos do setor público. A conclusão do gabinete foi definida após os órgãos chegarem a um consenso de que a situação de momento é tranquila, e que os moradores da região estão seguros.
Investigação
Os órgãos que atuam no incêndio que atingiu o terminal de cargas da Localfrio continuam os trabalhos para identificar os gases que foram lançados na atmosfera por causa do acidente.
Enedir Rodrigues, engenheiro da Cetesb, explica que as investigações continuam. "Não tem como falar, neste momento, quais foram os produtos. Temos a relação dos produtos fornecida pela empresa e ainda iremos checar essa situação. É cedo para falar quais eram os produtos", disse.
Investigação
Os órgãos que atuam no incêndio que atingiu o terminal de cargas da Localfrio continuam os trabalhos para identificar os gases que foram lançados na atmosfera por causa do acidente.
Enedir Rodrigues, engenheiro da Cetesb, explica que as investigações continuam. "Não tem como falar, neste momento, quais foram os produtos. Temos a relação dos produtos fornecida pela empresa e ainda iremos checar essa situação. É cedo para falar quais eram os produtos", disse.
- Choveu forte na região no Porto de Santos
- Alguma estrutura nos contêineres do pátio de armazenamento provavelmente cedeu
- A água da chuva entrou em contato com uma carga de um produto à base de cloro (ácido dicloro isocianúrico de sódio)
- Da reação química, surgiram focos de incêndio e a nuvem tóxica
- A fumaça causa irritações de pele e de olhos e, caso seja inalada, também nos pulmões
Combate a incêndios
Na manhã desta sexta-feira, os bombeiros informaram que entre 20 a 25 conteineres foram atingidos pelas chamas.
O trabalho foi feito por várias equipes que se dividem para resfriar o conjunto de conteineres e também atuavam no combate individual em cada um deles. Os bombeiros utilizaram 23 viaturas, um navio e um rebocador para captar a água do mar no combate ao incêndio.
- Alguma estrutura nos contêineres do pátio de armazenamento provavelmente cedeu
- A água da chuva entrou em contato com uma carga de um produto à base de cloro (ácido dicloro isocianúrico de sódio)
- Da reação química, surgiram focos de incêndio e a nuvem tóxica
- A fumaça causa irritações de pele e de olhos e, caso seja inalada, também nos pulmões
Combate a incêndios
Na manhã desta sexta-feira, os bombeiros informaram que entre 20 a 25 conteineres foram atingidos pelas chamas.
O trabalho foi feito por várias equipes que se dividem para resfriar o conjunto de conteineres e também atuavam no combate individual em cada um deles. Os bombeiros utilizaram 23 viaturas, um navio e um rebocador para captar a água do mar no combate ao incêndio.
Cidades atingidas
Várias áreas do complexo portuário precisaram ser evacuadas. A fumaça rapidamente se espalhou pela cidade de Guarujá e fotos registradas por moradores mostravam a Avenida Santos Dummont, a principal do município, coberta por uma névoa.
Por volta das 22h de quinta-feira (14), a fumaça já tinha se espalhado pelas cidades de Guarujá, Santos e São Vicente e invadido várias casas ocasionando problemas respiratórios nos moradores.
A fumaça também invadiu o Pronto Socorro de Vicente de Carvalho. Os pacientes que estavam internados foram transferidos, juntamente com as equipes e ambulâncias, para a UPA Boa Esperança, na Rua Alvaro Leão de Carmelo, onde a Secretaria de Saúde de Guarujá afirmou que os pacientes terão tratamento especializado.
Várias áreas do complexo portuário precisaram ser evacuadas. A fumaça rapidamente se espalhou pela cidade de Guarujá e fotos registradas por moradores mostravam a Avenida Santos Dummont, a principal do município, coberta por uma névoa.
Por volta das 22h de quinta-feira (14), a fumaça já tinha se espalhado pelas cidades de Guarujá, Santos e São Vicente e invadido várias casas ocasionando problemas respiratórios nos moradores.
A fumaça também invadiu o Pronto Socorro de Vicente de Carvalho. Os pacientes que estavam internados foram transferidos, juntamente com as equipes e ambulâncias, para a UPA Boa Esperança, na Rua Alvaro Leão de Carmelo, onde a Secretaria de Saúde de Guarujá afirmou que os pacientes terão tratamento especializado.
Efeitos da fumaça
As pessoas atendidas apresentaram ardência nos olhos ou mal-estar ocasionado pela fumaça. Apesar do transtorno, as vítimas não correm risco de morte.
Segundo Flavio Zambrone, médico toxicologista e professor aposentado da Unicamp, "esse produto é extremamente tóxico". Ele produz irritações de pele e de olhos e, caso seja inalado, causa irritação também nos pulmões.
"É um produto à base de cloro. Ele é estável, mas tem alto teor de cloro, que se dissolve na água. Por isso, outro problema será a questão ambiental que virá depois". Segundo o professor, o produto é usado na maioria das vezes em desinfecção de água, mas em grandes quantidades passa a ser tóxico.
As pessoas atendidas apresentaram ardência nos olhos ou mal-estar ocasionado pela fumaça. Apesar do transtorno, as vítimas não correm risco de morte.
Segundo Flavio Zambrone, médico toxicologista e professor aposentado da Unicamp, "esse produto é extremamente tóxico". Ele produz irritações de pele e de olhos e, caso seja inalado, causa irritação também nos pulmões.
"É um produto à base de cloro. Ele é estável, mas tem alto teor de cloro, que se dissolve na água. Por isso, outro problema será a questão ambiental que virá depois". Segundo o professor, o produto é usado na maioria das vezes em desinfecção de água, mas em grandes quantidades passa a ser tóxico.
Vários moradores recorreram a equipamentos de proteção. "As máscaras acabaram nos postos e nas farmácias. Consegui pegar uma das últimas. Tem muita gente passando mal por causa da fumaça", afirmou a doméstica Maria Rita.
O engenheiro Felipe Pavan, de 27 anos, que trabalhava na Santos Brasil no momento do acidente, conta que ninguém entendeu o que estava acontecendo quando o produto começou a vazar.
"Fomos orientados a ir ao local de resgate. O problema é que estava tudo tomado por fumaça. Depois orientaram a sairmos por outra área. Nos disseram que era amônia e nitro álcool. Nunca tinha visto uma emergência dessas", disse.
"Fomos orientados a ir ao local de resgate. O problema é que estava tudo tomado por fumaça. Depois orientaram a sairmos por outra área. Nos disseram que era amônia e nitro álcool. Nunca tinha visto uma emergência dessas", disse.
Quem precisar de atendimento médico por irritação nos olhos, dificuldades de respirar, tontura ou náuseas deve procurar somente as UPAs Boa Esperança, Rodoviária e Enseada.
Áreas evacuadas
Por conta do vazamento, a orientação era para que as pessoas que moram em um raio de até 100 metros próximo ao local – ou seja, pessoas que residem no quadrante das avenidas Alvorada, Adriano Dias dos Santos, Santos Dumont e Rua Santidade Papa Paulo VI, além do Sitio Conceiçãozinha – procurassem a casa de amigos ou parentes.
A evacuação foi pedida pela prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito (PMDB).
"A situação é grave. Quem está nos quarteirões próximos ao local deve deixar as casas imediatamente. Os moradores precisam ir para a casa dos vizinhos e ficar longe do local da explosão. Quem estiver em casa, a orientação é pegar panos secos e colocar nas portas e janelas. Não saiam de casa. Se o morador se sentir mal deve procurar a UPA imediatamente. Cuidado com a chuva, porque ela contém elementos químicos e pode queimar a pele", afirmou a prefeita.
A assessoria de imprensa da Dersa, empresa responsável pelas travessias entre Santos e Guarujá, afirmou que a travessia de pedestres entre Vicente de Carvalho e a Praça da República foi temporariamente suspensa no final da tarde desta quinta-feira, por conta do acidente, mas foi liberada cerca de uma hora depois.
Áreas evacuadas
Por conta do vazamento, a orientação era para que as pessoas que moram em um raio de até 100 metros próximo ao local – ou seja, pessoas que residem no quadrante das avenidas Alvorada, Adriano Dias dos Santos, Santos Dumont e Rua Santidade Papa Paulo VI, além do Sitio Conceiçãozinha – procurassem a casa de amigos ou parentes.
A evacuação foi pedida pela prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito (PMDB).
"A situação é grave. Quem está nos quarteirões próximos ao local deve deixar as casas imediatamente. Os moradores precisam ir para a casa dos vizinhos e ficar longe do local da explosão. Quem estiver em casa, a orientação é pegar panos secos e colocar nas portas e janelas. Não saiam de casa. Se o morador se sentir mal deve procurar a UPA imediatamente. Cuidado com a chuva, porque ela contém elementos químicos e pode queimar a pele", afirmou a prefeita.
A assessoria de imprensa da Dersa, empresa responsável pelas travessias entre Santos e Guarujá, afirmou que a travessia de pedestres entre Vicente de Carvalho e a Praça da República foi temporariamente suspensa no final da tarde desta quinta-feira, por conta do acidente, mas foi liberada cerca de uma hora depois.
FAB divulga relatório final de acidente com Eduardo Campos nesta terça
Relatório do Cenipa busca apontar falhas e causas que levaram ao acidente, sem apontar culpados judiciais
Do Jc Online
A Força Aérea Brasileira (FAB) e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgam nesta terça-feira (19) o relatório final sobre o acidente do jatinho que vitimou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos em agosto de 2014, quando ele concorria à Presidência da República. O avião que transportava Campos e outras seis pessoas para um compromisso de campanha caiu em Santos, no litoral de São Paulo, no dia 13 de agosto, sem deixar sobreviventes.
O relatório que apontará as causas e fatores que contribuíram para o acidente será divulgado às 15h30, no auditório do Cenipa, em Brasília, pelo brigadeiro Dilton José Schuck, pelo tenente-coronel Raul de Souza e pelo Carlos Henrique Baldin.
A aeronave saiu do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, às 9h21, e, antes do acidente, tentou pousar na Base Aérea de Santos, mas não conseguiu por causa do mal tempo.
O avião transportava o ex-governador Eduardo Campos, o fotógrafo Alexandre Severo, o jornalista Carlos Augusto Ramos Leal Filho, o cinegrafista Marcelo de Oliveira Lyra, o ex-deputado Pedro Valadares Neto e os pilotos Marcos Martins e Geraldo Magela da Cunha.
FAB apresenta relatório final da investigação do acidente em que morreu Eduardo Campos
Eliana Lima
Em entrevista coletiva marcada para as 15h30 desta terça-feira (19), em Brasília, a Força Aérea Brasileira (FAB vai apresentar o relatório final da investigação do acidente com a aeronave PR-AFA, que vitimou sete pessoas, entre elas o ex-governador de Pernambuco e então candidato à presidência da República Eduardo Campos.
A apresentação será feito pelo chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro do Ar Dilton José Schuck, e o investigador encarregado, tenente-coronel aviador Raul de Souza, e o investigador do Fator Operacional, major aviador Carlos Henrique Baldin.
Sucessão de falhas do piloto resultaram no acidente que matou Fernandão
Uma série de imprudências resultou no acidente aéreo que ceifou a vida de Fernandão, aos 36 anos. O relatório da tragédia, elaborado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Aeronáutica, indicou uma sucessão de pequenos erros do piloto Milton Ananias e afastou a possibilidade de falha mecânica no helicóptero em que viajava o ídolo colorado.
Fernandão e mais quatro pessoas, entre elas o aviador, morreram no acidente ocorrido na madrugada de 7 de junho de 2014, em Aruanã (GO). O ex-jogador e amigos pescavam e jogavam cartas em um acampamento em uma ilhota no meio do Rio Araguaia - no período de secas da região, formamse pequenas praias ao longo do rio. O voo fatal, às 1h27min, levaria o grupo ao centro de Aruanã. Depois, Fernandão pretendia retornar para sua casa em Goiânia.
Zero Hora teve acesso ao relatório de Cenipa, concluído em setembro. Conforme a investigação realizada pela Aeronáutica, o voo não poderia ter ocorrido. O piloto estava com o Certificado de Aeronavegabilidade em dia, porém não possuía habilitação de voo por instrumentos e a aeronave, um Esquilo AS 350BA, não era homologada para esse tipo de operação. Os dois avais eram indicados para realizar o voo a partir de um banco de areia no meio do rio, local ermo e sem iluminação, que também não era homologado ou registrado.
O relatório descreve que as condições meteorológicas eram favoráveis e o vento calmo. O documento descartou falhas no motor durante a decolagem e não identificou anormalidades nos comandos de voo e no sistema hidráulico da aeronave, que pertencia à Planalto Indústria Mecânica, empresa do ex-jogador e de seu sócio, Alberto Nunes.
O Esquilo caiu 430 metros após o ponto da decolagem, ao lado do acampamento. Na escuridão da madrugada, o helicóptero subiu na vertical até 10 metros de altura, fez um giro de cauda à direita, deslocou-se na horizontal a 30 metros de altura e tombou, chocando-se direto com o solo, sem bater em nada no ar. O Cenipa entendeu que possivelmente, a ausência de referências visuais no setor de decolagem ocasionou a desorientação do piloto, levando-o a atuar nos comandos de voo de forma inadequada, ultrapassando os 30° de inclinação a cerca de 30m do solo.
O relatório destaca que Ananias não cumpriu o período indicativo para adaptar sua visão à escuridão. A investigação também afirma que a aceleração do Esquilo durante a decolagem pode ter criado no piloto uma forte sensação de que o nariz da aeronave movia-se para cima de forma excessiva, quando, de fato, isso não estava acontecendo. O sentimento errôneo teria feito com que Ananias levasse o bico da aeronave para baixo, ocasionando a queda.
- Ocorreu uma sucessão de pequenos equívocos. O piloto foi vítima de desorientação espacial, quando não há noção do horizonte. Antes de decolar, ele saiu de local iluminado e foi para um local escuro, o que potencializa a desorientação. Houve uma falha de procedimento. Não foi falha de pilotagem - avalia o tenente-brigadeiro José Carlos Pereira, ex-comandante de Operações Aéreas da Aeronáutica.
Cláudio Roberto Scherer, comandante aposentado da Varig e instrutor do curso de Ciências Aeronáuticas da PUCRS, entende que o relatório do Cenipa aponta para falha humana. Contudo, Scherer destaca que outras variáveis devem ser levadas em conta na conduta de Ananias.
- O piloto profissional tem o dever de dizer não, de alertar que o voo naquela situação era perigoso. Por vezes, a pessoa não se acha com autoridade suficiente para dizer não, pois acha que corre o risco de perder o emprego – avalia o professor.
Em um trecho o relatório indica que é possível que o piloto não tenha negado a realização do voo noturno ao seu patrão, ainda que estivesse fora da regulamentação, motivado pela intenção de manter seu emprego e o vínculo com a atividade aérea.
A investigação não conseguiu determinar se contribui para tragédia a fadiga de Ananias. Coronel reformada da PM de Goiás e experiente aviador, Ananias apresentou-se para o trabalho por volta de 10h20min de 6 de junho e decolou meia hora depois. Pousou em uma residência em Aruanã, às 13h44min, descansou das 14h às 19h.
Entre 19h26min e 19h36min, realizou o deslocamento até o acampamento no Rio Araguaia, onde ficou por mais de cinco horas - exames toxicológicos indicaram não houve consumo de álcool ou estimulantes. O acidente ocorreu à 1h27min do dia 7, 1h37min após o horário em que a jornada deveria ter sido finalizada (23h50min).
Zero Hora tentou contato com Alberto Nunes, sócio da empresa Planalto, proprietária da aeronave, porém ele não foi localizado. O acidente com o ídolo colorado também foi investigado pela Polícia Civil de Goiás, que concluiu o inquérito sem apontar culpados pelo acidente. Segundo a Assessoria de Comunicação do órgão, o caso está com o Ministério Público, que poderá decidir pela continuidade das apurações a partir do relatório do Cenipa.
Falhas de pilotos seriam maior causa do acidente que matou Eduardo Campos
Fadiga, falta de treinamento e desorientação espacial estão entre fatores do desastre que serão anunciados nesta terça-feira pela Aeronáutica
Humberto Trezzi
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado à Aeronáutica, anuncia às 15h30min desta terça-feira o esperado resultado da investigação sobre o acidente que matou Eduardo Campos, candidato do PSB à presidência da República nas últimas eleições. O desastre aéreo, ocorrido em Santos em 13 de agosto de 2014, matou as sete pessoas que ocupavam o jato Cessna usado pelo presidenciável, incluindo o piloto Marcos Martins e copiloto Geraldo Magela Barbosa da Cunha. Entre as causas que serão anunciadas está a possível desorientação dos aviadores, que não tinham treinamento formal exigido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar esse modelo de aeronave.
Alguns fatores que despertaram suspeita logo após o acidente a investigação descartou. Entre os episódios que não ocorreram estão colisão com animais; choque com um veículo aéreo não tripulado (Vant); que a aeronave estivesse de cabeça para baixo; fogo em voo; e falhas técnicas nas turbinas.
Zero Hora conversou com especialistas em desastres aéreos e aponta algumas das constatações do inquérito — parte das quais já foram antecipadas em relatório parcial do Cenipa, em janeiro de 2015:
Falta de treinamento: nem o piloto nem o copiloto estavam acostumados àquele avião. Eles tinham habilitação para o jato Cessna C560 quando começaram a operá-lo, em maio e junho de 2014 (respectivamente), mas para modelos menos avançados que o Plus (+, tipo usado por Eduardo Campos). O modelo C560XLS+ tinha configuração de instrumentos em locais da cabine diferentes dos quais eles estavam acostumados - o que pode ter retardado reações na hora do desastre. Um exemplo de desconhecimento: o manual do fabricante recomenda não retrair os flaps em velocidade acima de 215 nós, ou 398 km/h. Flaps são equipamentos do avião que ajudam no procedimento de pouso. Há indícios de que o piloto teria retraído o dispositivo ao fazer a curva após abortar o voo, o que pode ter contribuído para embicar a aeronave em direção ao solo.
Falta de treinamento: nem o piloto nem o copiloto estavam acostumados àquele avião. Eles tinham habilitação para o jato Cessna C560 quando começaram a operá-lo, em maio e junho de 2014 (respectivamente), mas para modelos menos avançados que o Plus (+, tipo usado por Eduardo Campos). O modelo C560XLS+ tinha configuração de instrumentos em locais da cabine diferentes dos quais eles estavam acostumados - o que pode ter retardado reações na hora do desastre. Um exemplo de desconhecimento: o manual do fabricante recomenda não retrair os flaps em velocidade acima de 215 nós, ou 398 km/h. Flaps são equipamentos do avião que ajudam no procedimento de pouso. Há indícios de que o piloto teria retraído o dispositivo ao fazer a curva após abortar o voo, o que pode ter contribuído para embicar a aeronave em direção ao solo.
Desorientação espacial: o Cenipa concluiu que o avião fez trajeto diferente daquele previsto no plano de voo para a tentativa de pouso e a arremetida. Ao arremeter (subir após tentativa de pouso abortada), o Cessna fez uma curva mais curta do que a prevista. Fora isso, na sua derradeira tentativa de descida, o avião estava a um ângulo de 38º (totalmente inclinado em relação ao solo), quando o normal é inclinação de 3º a 3,5º (quase horizontal). Por quê? A hipótese é que o piloto tenha confundido céu e terra, voando direto ao solo, no que se chama CFIT (Controlled Flight Into Terrain ou Voo Controlado Direto para Terra). O aviador está no comando, mas perde orientação e bate direto no terreno. Isso é comum em casos de fadiga, como a dos pilotos a serviço de Eduardo Campos. O tenente-coronel aviador Raul de Souza, encarregado da investigação no Cenipa, confirmou recentemente que a posição de voo transmitida pelo piloto aos controladores não era a real.
Fadiga: o piloto Marcos Martins voou por Brasília, Recife e Rio na semana da sua morte, antes de colidir o avião em Santos. Em mensagem postada no Facebook, cinco dias antes do acidente, o aviador se queixou do ritmo intenso. "Cansadaço...Voar, voar e voar. E amanhã tem mais. Recife". A fadiga é um dos maiores fatores para o CFIT (quando o piloto confunde céu e terra), avisa o piloto Georges Ferreira, especialista em segurança de voo e ex-professor de Ciências Aeronáuticas na Universidade Federal de Goiás.
Clima ruim: chovia e a visibilidade estava baixa na região de Santos. Isso pode ter contribuído para o CFIT (confusão entre céu e terra) na hora do pouso.
Prefeitura mapeou 3 mil pontos estratégicos de Aedes aegypti em SP
Número de soldados do Exército que vão auxiliar agentes na prevenção contra o mosquito dobra; pacientes terão testes rápidos
Felipe Resk
SÃO PAULO - A Prefeitura de São Paulo mapeou 3 mil pontos que podem acumular focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, na cidade. São ferros-velhos, borracharias, obras abandonadas e imóveis espalhados por toda capital com potencial para juntar água parada - o criador das larvas do inseto.
Segundo o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha, a estratégia da Prefeitura para combater esses focos é fazer o "fumacê" a cada duas semanas. "O resultado tem sido positivo. A fumaça é capaz de matar a larva ainda na água", disse o secretário. "A maior preocupação são as casas. O mosquito gosta de sangue humano e vive onde há concentração de pessoas."
Nesta segunda-feira, 18, soldados do Exército brasileiro iniciaram o trabalhos de prevenção ao Aedes em São Paulo. Cem soldados vão ajudar agentes de saúde a entrarem na casa das pessoas para detectar focos da doença e prevenir a atuação do mosquito. O número de militares é o dobro do efetivo empenhado em 2015.
Os soldados devem atuar em regiões de maior incidência de dengue: a primeira operação é feita na manhã desta segunda-feira, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Penteado, na zona norte. As regiões de Pirituba e Freguesia do Ó são as que atualmente concentram o maior número de casos.
Governo diz que a Olimpíada do Rio deve impactar 39 aeroportos
Cidade tem expectativa de receber 350 mil turistas estrangeiros
Com a expectativa de receber 350 mil turistas estrangeiros, a maior parte deles no Rio de Janeiro, o governo federal já trabalha para evitar que o sistema aéreo brasileiro enfrente problemas durante os Jogos Olímpicos de 2016. De acordo com planejamento elaborado pela Secretaria de Aviação da Presidência da República, 39 aeroportos do País terão operação especial no período dos Jogos.
Além dos que contam com terminais de passageiros, os aeroportos que deverão ter preparação especial incluem os de menor porte. Eles estão localizados no Rio de Janeiro, nas cidades-sede do futebol ou a até 200 quilômetros de distância delas. Segundo o governo, a coordenação não afetará os horários dos voos comerciais regulares, que continuarão tendo prioridade.
Na avaliação da Secretaria de Aviação, os aeroportos deverão registrar pelo menos quatro picos de movimentação durante a Olimpíada e a Paralimpíada. O principal deles deve ser em 22 de agosto, um dia após o encerramento dos Jogos, quando 95 mil embarques estão previstos. Na abertura, em 5 de agosto, a previsão é de 90 mil desembarques. Nos Jogos Paralímpicos, o pico deverá ser de 45 mil desembarques no dia da abertura (7 de setembro) e 40 mil embarques em 19 de setembro.
Na avaliação da Secretaria de Aviação, os aeroportos deverão registrar pelo menos quatro picos de movimentação durante a Olimpíada e a Paralimpíada. O principal deles deve ser em 22 de agosto, um dia após o encerramento dos Jogos, quando 95 mil embarques estão previstos. Na abertura, em 5 de agosto, a previsão é de 90 mil desembarques. Nos Jogos Paralímpicos, o pico deverá ser de 45 mil desembarques no dia da abertura (7 de setembro) e 40 mil embarques em 19 de setembro.
Os números foram divulgados nesta segunda-feira, data que marca os 200 dias para início dos Jogos do Rio-2016. "A execução do planejamento do setor começou há mais de 100 dias, orientada por um manual que rege as operações durante os Jogos. Agora, nosso objetivo é fazer os ajustes necessários para solucionar possíveis demandas complementares e desafios do setor como um todo", informou Thiago Meirelles, coordenador do Comitê Técnico de Operações Especiais (CTOE), por meio de nota.
Além do embarque e desembarque de turistas, a chegada de atletas e equipamentos também é estudada. A Secretaria de Aviação selecionou sete eventos-teste para avaliar o funcionamento dos aeroportos: remo (realizado em agosto), bocha (novembro), saltos ornamentais (19 a 24 de fevereiro), rúgbi em cadeira de rodas (26 a 29 de fevereiro), pentatlo moderno (10 a 14 de março), tiro esportivo (14 a 25 de abril) e ginástica (16 a 24 de abril).
Rio 2016 terá operação especial em 39 aeroportos do País
Secretaria de Aviação Civil coordena os últimos ajustes necessários, como foco em possíveis demandas complementares
Diversos órgãos do setor aéreo realizam atividades conjuntas nos próximos dias, sob o comando da Secretaria de Aviação da Presidência da República (SAC), com foco na preparação para a operação especial em 39 aeroportos durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. Pelo menos seis grandes temas estão na pauta de discussão de colegiados do setor aéreo, formados por representantes do governo federal, dos operadores aeroportuários e companhias aéreas.
A primeira reunião do Comitê Técnico de Operações Especiais (CTOE), órgão criado no âmbito da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero), está prevista para esta terça-feira (19). Três dias depois, a Secretaria vai discutir o tema da acessibilidade, juntamente com entidades, órgãos públicos e gestores de aeródromos envolvidos nas Olimpíadas.
Em 27 de janeiro, a SAC participa de encontro sobre planejamento da aviação geral (executiva) para os Jogos. No dia seguinte, a discussão é sobre o Plano de Contingência e estacionamento de aeronaves nos aeroportos Galeão e Santos Dumont, abordando também questões climáticas e horário de funcionamento dos terminais.
Segundo o coordenador do Comitê Técnico de Operações Especiais (CTOE), Thiago Meirelles, a agenda de alinhamento e integração do governo às autoridades envolvidas na gestão aeroportuária assume, agora, a responsabilidade de encaminhar as últimas definições.
"A execução do planejamento do setor começou há mais de 100 dias, orientada por um manual que rege as operações durante os Jogos. Agora, nosso objetivo é fazer os ajustes necessários para solucionar possíveis demandas complementares e desafios do setor como um todo", disse.
Eventos-teste
A análise de procedimentos de chegada e partida de atletas vem sendo monitorada pelo governo federal dentro do calendário de testes do Comitê Rio 2016. Dos 45 eventos do programa "Aquece Rio", preparatório para os Jogos, a Secretaria de Aviação selecionou sete para testar oficialmente os aeroportos: remo (realizado em agosto), bocha (realizada em novembro), saltos ornamentais (19 a 24 de fevereiro), rúgbi em cadeira de rodas (26 a 29 de fevereiro), pentatlo moderno (10 a 14 de março), tiro esportivo (14 a 25 de abril) e ginástica (16 a 24 de abril).
A SAC coordena também a realização de simulados de acessibilidade aeroportuária para Passageiros com Necessidade de Atendimento Especial (PNAEs). O objetivo é testar as operações de embarque e desembarque, fluxos aeroportuários e a infraestrutura dos principais terminais envolvidos na operação dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Trata-se de uma ação do subcomitê de acessibilidade do CTOE.
A primeira rodada de simulados passou pelas bases aéreas do Galeão (11/06), de Santos Dumont (11/07) e de Guarulhos (04/08). Antes disso, o CTOE também visitou os terminais de todas as cidades-sede do futebol: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Salvador e Manaus.
Fluxos aeroportuários especiais também são testados pela Secretaria. Em novembro, o aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), realizou simulado para testar o fluxo de armas e munições no terminal durante os Jogos Olímpicos Rio 2016.
Em setembro, a Secretaria de Aviação da Presidência da República lançou o Manual de Planejamento do Setor de Aviação Civil – Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, cartilha técnica para padronizar a operação dos 39 aeroportos (entre prioritários, monitorados e de apoio).
São Paulo passa a realizar teste rápido que detecta dengue em 20 minutos
De São Paulo
A cidade de São Paulo passa a oferecer a partir desta segunda-feira (18) o teste rápido para detectar a dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da febre chikungunya e do vírus zika. O resultado, agora, sai em 20 minutos.
Com a nova técnica, o sangue do paciente é coletado da mesma forma como acontece em um exame de sangue tradicional. A Secretaria da Saúde diz que não há limite de idade, contraindicação ou exigência prévia (como jejum, por exemplo), e que o material utilizado é todo descartável.
O teste será realizado em todas as unidades de saúde da rede pública municipal e detectará os quatro subtipos do vírus que transmitem a doença. Com a técnica, a secretaria diz que será possível identificar rapidamente, na fase inicial da transmissão da doença, os casos positivos e agilizar as ações de campo de combate ao mosquito.
"O teste rápido é uma estratégia do município e ferramenta importante para agilizar e direcionar as ações de bloqueio de transmissão. A unidade de saúde encaminhará o resultado à Supervisão de Vigilância em Saúde (SUVIS) correspondente ao endereço do paciente, para que as ações de controle sejam iniciadas de imediato", diz secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha.
O teste rápido estará disponível até a primeira quinzena de março, considerada como pico de transmissão da doença. Após esse período, diz a secretaria, o diagnóstico específico será feito exclusivamente através dos exames ELISA IGM e NS1, já realizados pelo Laboratório de Zoonoses e Doenças Transmitidas por Vetores (LabZoo).
EXÉRCITO
O Exército apoiará agentes de saúde da Prefeitura de São Paulo nas visitas a casas para procurar os mosquitos. Para isso, serão disponibilizados cem militares, sendo que 70 atuarão na Coordenadoria Regional de Saúde Norte e 30 na Coordenadoria Regional de Saúde Oeste, que começarão o combate nesta segunda (18).
Em 2015, foram disponibilizados 50 militares do Exército, que atuaram por, aproximadamente, um mês (entre abril e maio). De janeiro a dezembro do mesmo ano, a cidade registrou 100.418 casos de dengue autóctones (adquiridos na cidade).
"A atuação conjunta com os soldados do Exército Brasileiro é de suma importância para orientar e ajudar as pessoas a eliminar os criadouros do mosquito que, em 85% das vezes, está na casa das pessoas. Esse trabalho é essencial e a participação da população é decisiva", afirma Padilha.
De acordo com a secretaria, os soldados já receberam orientação sobre como abordar a população, entrar nas residências, identificar, eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti.
Além disso, o combate ao mosquito é reforçado pelos 20 mil trabalhadores da limpeza urbana nas ações para a conscientização da população, pelos 2.000 agentes de zoonoses e os 8.000 agentes comunitários de saúde.
Carnaval do Recife terá reforço contra mosquito da dengue e zika
Kleber Nunes
Além das tradicionais sombrinhas e orquestras de frevo, o folião que for brincar o Carnaval no Recife vai se deparar com agentes de saúde ambiental e controle de endemias no meio dos blocos. A prefeitura da cidade anunciou, nesta segunda-feira (18), que as ações de combate ao Aedes aegypti –mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya– serão intensificadas.
O trabalho começará na terça-feira (26), ou seja, 15 dias antes do Carnaval, com os agentes realizando um trabalho de inspeção na rodoviária, no metrô, em hotéis e no aeroporto.
Um folder com orientações para a eliminação de criadouros do Aedes aegypti e com sintomas das doenças transmitidas pelo mosquito serão distribuídos para os turistas. Taxistas também serão capacitados para fazer a divulgação do material.
Nos bairros do Recife Antigo, Santo Antônio e São José, os agentes com o apoio de 200 soldados do Exército e da Aeronáutica farão a eliminação dos possíveis criadouros com a aplicação de larvicida biológico e a pulverização de inseticida (fumacê). O contingente também ajudará nos mutirões de limpeza, recolhendo pneus e outros objetos propícios ao acúmulo de água até a Quarta-feira de Cinzas.
O percurso de seis quilômetros do Galo da Madrugada também passará pela varredura dos agentes e militares antes do Carnaval.
Pela primeira vez, o Ambulatório do Viajante –que atende turistas e oferece vacinas– será aberto durante a folia para atender turistas com sintomas. Ele será instalado na Policlínica e Maternidade Professor Barros Lima, na zona norte do Recife, e vai abrir das 13h às 19h, com a presença de infectologista e enfermeiro.
"Não esperamos uma explosão de casos de dengue, chikungunya e zika no Carnaval, mas queremos estar preparados para atender recifenses e turistas. Além do Ambulatório do Viajante estamos estudando o reforço de pessoal em outras unidades de saúde", afirmou Jailson Correia, secretário de Saúde do Recife.
Outras orientações sobre o mosquito e as doenças poderão ser obtidas no Centro de Informações Estratégicas de Vigilância de Saúde (Cievs). O serviço estará disponível 24 horas durante o Carnaval. Os telefones são (81) 3355-1891 e 99488-6735, e os e-mails, cievs@recife.pe.gov.br e notifica@recife.pe.gov.br.
Do Exército a prêmios de R$ 1.000, cidades se armam contra a dengue
Recompensas de até R$ 1.000, uso de drones e auxílio do Exército e da Polícia Militar. Com o avanço do número de casos de dengue, zika e febre chikungunya, Estados e municípios recorrem como podem a estratégias para combater o mosquito Aedes aegypti neste verão.
Em Castilho (a 645 km de São Paulo), serão sorteados prêmios de R$ 300 a moradores que, por dez meses seguidos, não tenham focos do mosquito em suas casas.
Desde 2015, a prefeitura já adotava a prática de dar notas (verde, amarelo ou vermelho) aos moradores conforme a avaliação dos agentes de saúde, o que fez com que o número de casos despencasse de 30,2 por mil habitantes em 2013 para 2,6 em 2014.
Mas, por estar em uma região que concentra muitos casos da doença, a ideia foi reforçar a prevenção com dinheiro. "A população está adorando. Fica aquela disputa para ter notas verdes", diz o prefeito em exercício, Paulo Boaventura (PRB).
No Nordeste, onde houve explosão de casos de microcefalia associados ao vírus zika, a Igreja Católica, que integra uma força-tarefa criada para enfrentar o mosquito, também apelou ao dinheiro.
A CNBB Nordeste 2, que abrange os Estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, vai premiar a ação de combate mais criativa com R$ 1.000.
Já o uso de aplicativos que permitem enviar fotos e denunciar possíveis criadouros foi adotada em cidades como São Miguel (RN), com 23 mil habitantes, e em capitais, como Curitiba (PR) –com 1,7 milhão de moradores.
Paulista (PE) criou o aplicativo "Xô Aedes". "O diferencial é o georreferenciamento. Por telefone, a gente precisa procurar o local. O aplicativo diminui o tempo de resposta e o cidadão pode monitorar", diz a secretária de Saúde, Fabiana Bernart.
O uso de drones –para identificar possíveis focos e para a aplicação do larvicida– também se espalha. Desde 2015 é usado em municípios paulistas, em Santa Catarina e agora no Nordeste.
Recife, recordista em casos de microcefalia, está testando o uso das pequenas aeronaves não tripuladas.
João Pessoa (PB) utiliza um drone para identificar focos. "Temos apenas um equipamento", diz Silvio Ribeiro, diretor de Vigilância em Saúde da prefeitura, "mas a ideia é que ele passe por todos os bairros em até 60 dias".
SOLDADOS
O governo de São Paulo colocou cerca de mil PMs, que atuarão nas folgas, para localizar criadouros do mosquito em 15 cidades. A tarefa cabe aos agentes de combate a endemias, mas muitos lugares, como Campinas, reduziram os funcionários.
O Ministério da Saúde recomenda um agente para cada mil domicílios em caso de infestação, mas a cidade tem apenas um para cada 3.503.
O Exército também foi às ruas em sete Estados (São Paulo, Pernambuco, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Acre e Paraíba) e no Distrito Federal.
Na capital paulista, nesta segunda (18), cerca de cem soldados foram às ruas das zonas norte e oeste.
Para o virologista e professor da UFBA (Universidade Federal da Bahia) Gubio Soares, um dos primeiros a identificar o vírus zika no Brasil, o "uso de aplicativos e drones é interessante, mas o que você precisa mesmo é de agentes de saúde. Sem isso, você identifica, mas não resolve o problema", afirma.
O país sofre com epidemias de dengue desde 1986. O mosquito chegou a ser erradicado nos anos 1950, como parte de medidas de contenção da febre amarela, mas o vetor retornou anos depois.
Em 2015, o Brasil registrou 1,6 milhão de casos de dengue. Foi o maior número de registros desde 1990.
Aluno da USP está em estado grave após capotagem de veículo da Embrapa
Danilo Saraiva, 29, aluno de doutorado da USP (Universidade de São Paulo) está no CTI (Centro de Terapia Intensiva) da Santa Casa de Corumbá, distante 419 km de Campo Grande, após sofrer um acidente no Pantanal, por volta de 0h30 desta segunda-feira (18).
A princípio, as informações seriam de que Saraiva era um pesquisador da Embrapa, porém, a assessoria da instituição alegou que ele é aluno da USP que estava em um veículo da Embrapa junto com mais pessoas que não ficaram feridas.
A princípio, as informações seriam de que Saraiva era um pesquisador da Embrapa, porém, a assessoria da instituição alegou que ele é aluno da USP que estava em um veículo da Embrapa junto com mais pessoas que não ficaram feridas.
A assessoria da Embrapa alegou ainda que provavelmente eles estavam fazendo pesquisas na Fazenda Nhumirim, campo experimental da Embrapa Pantanal.
Conforme informações da Santa Casa de Corumbá, o quadro do aluno é considerado grave, já que ele teve fratura na cabeça, além de outros ferimentos. A Embrapa deve emitir nota sobre o caso.
Acidente - Danilo precisou ser socorrido de helicóptero do SAR (Esquadrão de Busca e Salvamento) da Aeronáutica, após o carro em que estava capotar, depois de perder o controle de direção do veículo, nesta madrugada.
Morre estudante da USP que sofreu acidente em carro da Embrapa
Danilo Saraiva, 29 anos, morreu na tarde desta segunda-feira (18) no Hospital de Corumbá, distante 419 km de Campo Grande, após sofrer um acidente na região da Fazenda Nhumirim, campo experimental da Embrapa.
Segundo informações do hospital, o estudante da USP (Universidade de São Paulo) estava internado no CTI (Centro de Terapia Intensiva) após ter afundamento de crânio e parada cardiorrespiratória. Ele não resistiu aos ferimentos e faleceu nesta tarde.
Segundo informações do hospital, o estudante da USP (Universidade de São Paulo) estava internado no CTI (Centro de Terapia Intensiva) após ter afundamento de crânio e parada cardiorrespiratória. Ele não resistiu aos ferimentos e faleceu nesta tarde.
O acidente aconteceu 0h30 desta segunda-feira (18) na região da Nhecolândia. O carro em que Saraiva estava perdeu o controle e capotou.
A princípio, as informações seriam de que o homem era um pesquisador da Embrapa, porém, a assessoria da instituição alegou que ele é aluno da USP que estava em um veículo da Embrapa junto com mais pessoas que não ficaram feridas.
Sobe para 14 o número de voos cancelados no Aeroporto de Confins
Terminal ainda opera por instrumentos nesta segunda-feira. No sábado, quase 200 voos foram cancelados
Cristiane Silva
O Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ainda registra atrasos e cancelamentos na manhã desta segunda-feira. O último boletim da BH Aiport, empresa responsável pelo terminal, mostra que entre 0h e 10h30 de hoje, 14 voos foram cancelados e 17 estão atrasados, sendo 11 partidas. Mais cedo, eram apenas cinco voos cancelados.
O terminal de Confins ainda opera por instrumentos por causa da neblina. Os problemas com os voos começaram na última terça-feira, quando o clima ficou instável na Região Metropolitana de Belo Horizonte, assim como no restante do estado. Somente no sábado foram quase 200 cancelamentos e atrasos nos voos. Com medo de perder a viagem, muita gente dormiu no saguão do aeroporto, que ainda enfrentava problemas com goteiras.
O terminal de Confins ainda opera por instrumentos por causa da neblina. Os problemas com os voos começaram na última terça-feira, quando o clima ficou instável na Região Metropolitana de Belo Horizonte, assim como no restante do estado. Somente no sábado foram quase 200 cancelamentos e atrasos nos voos. Com medo de perder a viagem, muita gente dormiu no saguão do aeroporto, que ainda enfrentava problemas com goteiras.
A orientação da BH Airport é de que os passageiros entrem em contato com as companhias aéreas. “Os atrasos e cancelamentos trazem reflexos na infraestrutura que é planejada para a demanda em condições normais de operação. Por isso, é recomendável que os passageiros entrem em contato com a companhia aérea para receber as orientações de viagem”, diz a nota publicada no site da empresa.
ILS O Instrument Landing System (ILS), equipamento que facilita pousos em situação de tempo instável, está funcionando no aeroporto, segundo a BH Airport. Ao longo do fim de semana, internautas questionaram no em.com.br qual a categoria do equipamento usado em Confins, já que ILSs superiores são capazes de operar até em situações mais complexas, como uma nevasca.
Por meio de nota, a BH Airport informou que o equipamento instalado em Confins é adequado para o terminal. “O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte opera com o ILS (Instrument Landing System) Categoria I na cabeceira da pista (16), por onde pousam e decolam mais de 90% das aeronaves, em razão do regime de ventos e das condições meteorológicas da região. Importante esclarecer que as demais categorias de ILS (II e III) se justificam naqueles aeroportos em que os impactos operacionais são frequentes, ocorrendo em grande parte do ano, o que não é o caso deste Aeroporto”, disse a empresa.
FAB apresenta amanhã relatório final da investigação do acidente que matou Eduardo Campos
Cesna caiu no dia 13 de agosto de 2014, matando, entre outros passageiros e tripulantes, o ex-governador de Pernambuco e então candidato à presidência da República, Eduardo Campos
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou, nesta segunda-feira (18), que irá apresentar, amanhã, o relatório final da investigação do acidente com a aeronave PR-AFA, que caiu na cidade de Santos (SP), no dia 13 de agosto de 2014, matando, entre outros passageiros e tripulantes, o ex-governador de Pernambuco e então candidato à presidência da República, Eduardo Campos.
A FAB informou, através de um comunicado oficial, que o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro do ar Dilton José Schuck, o investigador encarregado, tenente-coronel aviador, Raul de Souza, e o investigador do fator operacional, major aviador Carlos Henrique Baldin, receberão a imprensa, às 15h30, para apresentar o relatório final das investigações do acidente com o avião modelo Cessna 560XL, prefixo PR-AFA. A coletiva de imprensa, segundo a FAB, será realizada no auditório do Cenipa, localizado na SHIS QI 05, área especial 12 - Lago Sul, em Brasília.
A aeronave decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, no dia 13 de agosto de 2014, às 9h21. Ao chegar no espaço aéreo de Santos, o piloto tentou pousar na Base Aérea, mas, por causa do mau tempo, afirmou não ter visibilidade da pista e arremeteu. Minutos depois o avião com Campos e mais seis pessoas caiu na Rua Vahia de Abreu, perto das avenidas Conselheiro Nébias e Dr. Washington Luís, no bairro Boqueirão, matando todos os passageiros.
Além de Campos, morreram o fotógrafo Alexandre Severo Gomes e Silva, Carlos Augusto Ramos Leal Filho (Percol), assessor de imprensa de Campos, Marcelo de Oliveira Lyra, cinegrafista, Pedro Almeida Valadares Neto, assessor de campanha e ex-deputado federal, e os pilotos Marcos Martins e Geraldo Magela Barbosa da Cunha.
DEFESA.NET
Agência Força Aérea
FAB celebra sete décadas e meia de história
Criada em meio à Segunda Guerra Mundial, instituição ampliou seu leque de atuação sem deixar de lado a defesa da soberania do espaço aéreo brasileiro
Há 75 anos, em 20 de janeiro de 1941, o Ministério da Aeronáutica foi criado por meio do Decreto-Lei N° 2.961. O documento, assinado pelo então presidente Getúlio Vargas, transferiu para a Aeronáutica militares, servidores civis, aviões e instalações da Marinha, do Exército e do Ministério da Viação e Obras Públicas.
Logo após a sua criação, a FAB necessitava de pessoal qualificado e, já em 1941, foram criadas a Escola de Aeronáutica e a Escola de Especialistas de Aeronáutica, a partir da Escola de Aviação Militar e da Escola de Aviação Naval, até então pertencentes ao Exército e à Marinha, respectivamente.
O primeiro Ministro, Joaquim Pedro Salgado Filho, dividiu o território nacional em Zonas Aéreas e, em 22 de maio de 1941, criou a Força Aérea Brasileira, o braço armado do Ministério da Aeronáutica.
Exatamente um ano depois, em 22 de maio de 1942, o braço armado tinha o seu batismo de fogo: um avião B-25 da FAB atacou o submarino Barbarigo, da marinha italiana. Era a Segunda Guerra Mundial e naquela época o litoral brasileiro sofria com as ameaças de embarcações inimigas. Em 18 de dezembro de 1943, seria criado o Primeiro Grupo de Aviação de Caça, unidade de combate enviada para a Itália.
Nas décadas seguintes, a Aeronáutica ampliou sua atuação em áreas como a defesa da soberania do espaço aéreo brasileiro, o controle de tráfego aéreo, o fomento à indústria nacional, as missões de busca e salvamento em uma área de mais de 22 milhões de quilômetros quadrados sobre o Brasil e águas internacionais, o projeto espacial, a ciência e tecnologia, a investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos, e a integração nacional por meio da construção de pistas de pouso e dos voos de aeronaves de transporte. Em 1999, o Ministério da Aeronáutica foi transformado em Comando da Aeronáutica.
Hoje, são 75.402 brasileiros a serviço do Comando da Aeronáutica, sendo 12.640 mulheres.
Os tempos de paz, contudo, não devem tirar o foco da atividade-fim da FAB. “Nossa condição de país pacífico e sem pretensões expansionistas não nos faculta imaginar que nunca teremos nossa integridade ameaçada˜, afirma o atual Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato. “Devemos estar preparados diuturnamente para ações de pronta-resposta, ombreados com nossos irmãos da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro”, completa.
Para o futuro, a expectativa do Comandante é investir no preparo da Força. “Na guerra moderna, é fundamental vestir o equipamento adequado, receber o treinamento em quantidade e qualidade suficientes para contrapor as eventuais ameaças”, finalizou.A trajetória de um militar que se mescla com a história da Força Aérea Brasileira
Quando chegar 20 de janeiro de 2016, meu sonho se completa: serão 60 anos de Força Aérea”. A frase é do Suboficial da Reserva Antranik Cassapian. Com voz mansa e fala pausada, que expressam a experiência dos 78 anos de vida, ele conta sua história de dedicação à Força Aérea Brasileira (FAB) e ao Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP). Uma história que se confunde com a da instituição, que completa 75 anos neste mês.
De uma família de seis irmãos, foi o único que não seguiu a profissão de sapateiro. A relação com a instituição, que na época era um ministério recém-criado, nasceu em 1956, quando foi servir como soldado. “Eu morava a 1,5 km do Campo de Marte e sempre via os aviõezinhos passando. Ficava sonhando quando chegasse a época de servir e seguir carreira”, relata.
Foi soldado, cabo, formou-se sargento especialista em suprimentos na Escola de Especialistas de Aeronáutica, em 1957, e chegou à graduação de suboficial em 1981, sempre trabalhando no PAMA-SP, unidade histórica. “Nunca me movimentaram e também eu nunca pedi”, diz o suboficial, que foi para a reserva em 1986, mas não deixou de trabalhar.
A disposição é mantida com a prática de exercícios e o rigor na alimentação. Optou por ser vegetariano há 40 anos e é um assíduo participante da educação física. “Eu só não corro mais. Sou o guia da caminhada”, esclarece.
Com tanta experiência, o suboficial é uma “enciclopédia aeronáutica”. “O que não está no computador está na cabeça do Cassapian”, relatam os colegas de trabalho.
“Ele tem informações sobre os projetos antigos que já foram desativados. Às vezes, a peça não consta no sistema, mas ele consegue encontrar itens, do Búfalo, por exemplo, que puderam ser usados no F-5”, detalha o mecânico Sargento Rômulo Alves Mendonça, que tem 14 anos de PAMA-SP.
O militar acompanhou a modernização da Força Aérea nas últimas seis décadas. Ele é da época do “Cartex”, quando cada item que saía do estoque tinha que ser relatado em cartões. Nos anos 60, foi a vez do projeto 300, que possibilitou um avanço. A partir dos anos 80 foi incorporado o Sistema Integrado de Logística de Materiais e de Serviços (SILOMS).
Quando perguntado sobre o legado que acredita ter deixado para a FAB, ele não titubeia em enaltecer o quanto ama o que faz e todas as oportunidades que ele teve na instituição. “O meu legado é a amizade. Amo trabalhar aqui. Os mecânicos sempre tiveram meu apoio. Contribuí com a instituição. Dei o melhor de mim para a FAB e auxiliei meus companheiros”, finaliza.
Família – Do casamento, que em 2017 completará 50 anos, nasceram dois filhos. Um deles também adotou a carreira militar e a mesma especialidade. “Acho que tenho muito do meu pai. Na escola até fiz um teste de aptidão e o resultado apontou para essa área”, lembra o Major Antranik Cassapian Júnior, especialista em Suprimento, que trabalha no Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Tráfego Aéreo (CINDACTA II), em Curitiba (PR). Na memória do oficial estão vívidas as imagens de quando criança circular por entre os aviões no hangar enquanto acompanhava o pai. “O hospital ficava bem perto. Quando ia ao médico e ouvia a banda, eu saía correndo da sala para ver a tropa passar”, relata o filho.
Sete décadas e meia de história - Com 77 mil militares, centenas de aviões, doutrina operacional consolidada, a Força Aérea Brasileira chega aos 75 anos repensando seu futuro. No ano passado, passos importantes foram dados nesta direção. A assinatura do contrato da nova aeronave de caça e a chegada de um novo helicóptero operacional com capacidades inéditas para este tipo de aviação são exemplos. E sempre buscando aprimorar gestão, meios e técnica, a Força Aérea Brasileira se consolidou e passou a fazer história.
O surgimento do Ministério da Aeronáutica - A Aeronáutica nasceu em 20 janeiro de 1941 ao incorporar as aviações do Exército e da Marinha. Getúlio Vargas escolheu o advogado gaúcho e ministro do trabalho, Joaquim Salgado Filho, para o comando da pasta. Ele ficou no cargo entre 1941 e 1945. Com Assis Chateaubriand lançou a Campanha Nacional de Aviação, doando centenas de aviões e criou um ambiente aeronáutico no país.
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Sempedec apresenta plano de contingência em caso de nova enchente do Rio Madeira
A prefeitura de Porto Velho apresentará na próxima semana, o Plano de Contingência a ser executado em parceria com outros órgãos estaduais e federais, caso ocorra uma nova enchente de grandes proporções no Rio Madeira. O evento organizado pela Secretaria Municipal de Projetos Especiais e Defesa Civil (Sempedec) será realizado na terça-feira (19), a partir das 8h30min, no auditório da Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero).
Estarão presentes secretários e coordenadores de órgãos municipais e estaduais, representantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Defesa Civil de Rondônia, Acre e Amazonas, Hidrelétricas Jirau e Santo Antônio, Detran/RO, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Exército, Base Aérea de Porto Velho e Infraero, dentre outros que de alguma forma poderão contribuir para somar forças com a prefeitura e ajudar a minimizar o sofrimento das famílias impactadas.
O plano detalha quais serão as responsabilidades de cada órgão municipal e também de cada parceiro que somar força com a prefeitura, por meio da Sempedec, para que todos saibam exatamente o que fazer quando forem acionados. “Temos que estar preparados para todas as situações. Desta forma o poder público dará uma resposta mais rápida a sociedade”, declarou. Vicente Bessa entende que o Exército poderá contribuir com pessoal e caminhões para auxiliar na mudança dos desabrigados, como ocorreu em 2014. Da Base Aérea (Aeronáutica), o Município espera contar com helicópteros e, se possível, até aviões para atender as comunidades mais distantes. Além das sugestões que constam do Plano de Contingência, a Sempedec vai dialogar com todos os “atores” para definir a melhor forma de trabalho em conjunto.
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