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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 18/01/2016 / A fórmula da Embraer para selecionar e treinar fornecedores


A fórmula da Embraer para selecionar e treinar fornecedores ...


São Paulo – Em 2011, a liderança da fabricante de ­aviões Embraer decidiu criar um programa de treinamento sem nenhum custo para seus fornecedores. O objetivo era aumentar o volume de suprimentos comprados no Brasil e, dessa maneira, resolver dois problemas: a dependência dos fornecedores estrangeiros e a exposição às variações cambiais.

O primeiro passo foi colocar em um formato de curso o conteúdo de metodologias de melhoria de qualidade que a companhia vem usando desde 2007. Um exemplo: o sistema de manufatura enxuta. Feito isso, a Embraer escalou alguns de seus gerentes e diretores para dar aulas aos donos e técnicos de todas as empresas brasileiras fornecedoras.

De lá para cá, 90 profissionais da Embraer dedicaram 9.800 horas em treinamento para mais de 2.700 pessoas. Ao longo desse período, as aulas — antes centradas no aumento da eficiência — passaram a tratar de temas mais sofisticados, como gestão de projetos e engenharia de peças.

“Desenvolvemos novos modelos de aeronaves que impõem desafios tecnológicos”, diz Fernando Soares, vice-presidente de suprimentos da Embraer. Funcionários também visitam os fornecedores e os ajudam, in loco, a resolver problemas. Veja como funciona hoje o programa e os resultados alcançados.

1. Na sala de aula
Durante seis dias ao longo do ano a Embraer recebe em sua sede, no interior de São Paulo, 120 representantes de 70 fornecedores e os divide em duas turmas. A cada dia, especialistas da Embraer transformam-se em professores e abordam um tema diferente, como gestão financeira ou governança. Entre os assuntos programados para 2016 estão gestão da inovação, fusões e aquisições.

2. Com a mão na massa
A Embraer organiza visitas de um dia a alguns dos participantes do programa. Nelas, um especialista da companhia e um representante do fornecedor escolhem um processo para ser melhorado. Se os testes mostram resultados positivos, as mudanças são incorporadas. Dali em diante, sem a ajuda da Embraer, o trabalho de melhorias continua. Nos últimos quatro anos, cerca de  300 processos foram aprimorados.

3. Evolução diária
Para que os participantes possam compartilhar os avanços conquistados com as aulas e as visitas, desde 2013 a Embraer já promoveu quatro fóruns. Nesses eventos, com duração de 4 horas, os fornecedores, voluntariamente, trocam ideias e apresentam casos de melhorias que foram implementadas. Em média, cada um dos fóruns reuniu cerca de 300 pessoas de 70 empresas. Para 2016, quatro eventos já estão programados.

Resultados
A adoção do programa, em 2011, ajudou a Embraer a selecionar seus melhores fornecedores brasileiros. Com isso, o número deles caiu de 100 para 70, mas o volume de peças adquirido localmente triplicou. O índice de pontualidade na entrega dos suprimentos aumentou 95%. Além disso, três fornecedores conquistaram uma certificação para exportar para os fabricantes de aviões Airbus e Boeing.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




JORNAL TRIBUNA DA BAHIA


Coluna do dia 18/01/2016

Visita

Antonio Larangeira

O novo comandante do 35 Batalhão de Infantaria do Exercito tenente-coronel Cláudio Eduardo Bouças esteve visitando o prefeito Jose Ronaldo de Carvalho no Paço Municipal e se fez acompanhar do tenente-coronel Paulo Sérgio Brito Santos, ex-comandante. O primeiro assumirá o comando do 35º Batalhão de Infantaria durante solenidade hoje, às 19h30, no “Batalhão Luiz Barbalho Bezerra”. O tenente-coronel Cláudio Eduardo veio do Rio de Janeiro e já está na cidade. Em sua passagem por Brasília, respondeu por Assuntos Internacionais do Exército, responsável pela Europa e Ásia.

JORNAL O TEMPO (MG)


Conheça seus direitos em caso de problemas com voos

Anac recomenda que passageiros entrem em contato com as companhias para saber a situação do voo e melhor horário para comparecer ao aeroporto

Ana Paula Pedrosa

Os passageiros que tiveram seus voos cancelados ou atrasados têm direito a comunicação, alimentação, acomodação em hotéis e reembolso de passagens, conforme o tempo de espera no aeroporto. As regras são definidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e devem ser seguidas por todas as companhias, mesmo quando o problema no voo acontece por um problema que a empresa não pode controlar, como as condições meteorológicas. Neste fim de semana, os passageiros que passaram pelo aeroporto de Confins sofreram com atrasos e cancelamentos causados por condições climáticas desfavoráveis.
Conheça seus direitos:
A partir de uma hora de atraso: a empresa tem que oferecer ao passageiro meios de comunicação com a família, empresa e outros. A partir de duas horas de atraso: a companhia aérea tem que oferecer alimentação aos passageiros (voucher, lanche, bebidas etc.).
A partir de quatro horas de atraso: o passageiro em direito a acomodação ou hospedagem (se for o caso) e transporte do aeroporto ao local de acomodação. Se o passageiro estiver no local de seu domicílio, a empresa poderá oferecer apenas o transporte para a sua residência e desta para o aeroporto.
Atraso superior a quatro horas ou cancelamento: a empresa aérea deverá oferecer ao passageiro, além da assistência material, opções de reacomodação em outros voos ou reembolso. A assistência material deverá ser oferecida também aos passageiros que já estiverem a bordo da aeronave, em solo, no que for cabível. A empresa poderá suspender a prestação da assistência material para proceder ao embarque imediato. O reembolso acontece da mesma maneira que a passagem foi comprada: se o pagamento foi à vista, o reembolso deve ser imediado; se foi parcelado no cartão, segue a política da operadora do cartão.
Onde reclamar:
Reclamações devem ser registradas primeiro na própria empresa e depois na Anac, que tem postos nos aeroportos. Em nota divulgada em seu site, a Anac explica que as restrições de voos em aeroportos do Sudeste neste fim de semana acontecem devido às condições climáticas e ressalta que "a segurança das operações é prioridade para a aviação civil em todo o mundo". A agência recomenda que os passageiros "entrem em contato com a companhia aérea para verificar a situação de seu voo e o melhor horário para comparecer no aeroporto". 

Aeroporto de Confins tem 42 voos cancelados neste domingo

Segundo nota divulgada no início da noite deste domingo (17) pela BH Airport, também há 90 voos atrasados, sendo 25 chegadas e 65 partidas; a assessoria informou ainda que entre 12h30 e 13h18 o aeroporto ficou fechado

O Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, teve 42 voos cancelados entre 0h e 18h deste domingo (17) e 90 voos atrasados, sendo 25 chegadas e 65 partidas, segundo nota divulgada pela BH Airport no início da noite. A assessoria informou ainda que entre 12h30 e 13h18 o aeroporto ficou fechado.
O aeroporto está operando por instrumentos. “Os atrasos e cancelamentos trazem reflexos na infraestrutura que é planejada para a demanda em condições normais de operação. Por isso, é recomendável que os passageiros entrem em contato com a companhia aérea para receber as orientações de viagem. A Concessionária está realizando todos os esforços, em cooperação com as companhias aéreas e controle do espaço aéreo, para restabelecer a normalidade das operações no menor espaço de tempo possível”, informou a nota.
Na fila de embarque
O funcionário público Armando Moreira, 55 anos, é de Belo Horizonte e vai para o Recife (PE). "Já estou esperando há algumas horas, me pediram pra aguardar na fila pra despachar a bagagem. Mas vamos ver se vai sair na hora. Temos que viajar hoje ainda, senão podemos perder um dia de passeio. A previsão de embarque era as 11h", aguarda.
A professora Cláudia Barbosa Melo Paiva, 63, de BH, também aguarda na fila de embarque. Ela vai para Ilhéus, no Sul da Bahia. "Estou tentando voar desde ontem (sábado, 16). Ficamos o dia inteiro pra resolver e a nossa passagem foi remarcada para hoje, às 8h. Mas chegamos às 6h e descobrimos que o voo só iria sair às 12h. Apesar do transtorno, estou aguardando com paciência, estou sendo bem atendida pela empresa aérea", relatou. Nesse sábado (16), 189 voos foram cancelados e 25 registraram atrasos em função da chuva que atinge BH e região desde a última sexta-feira (15).
A BH Airport recomenda aos passageiros que entrem em contato com a companhia aérea para receber as orientações de viagem. E informa que realiza todos os esforços, em cooperação com as companhias aéreas e controle do espaço aéreo, para restabelecer a normalidade das operações no menor espaço de tempo possível.

PORTAL G-1


Força-tarefa deve iniciar buscas por grupo desaparecido em mata, no AM

Exército, Polícia Civil e Bombeiros entram na área nesta segunda (18). Nove pessoas se perderam na Reserva Biológica Uatumã, há 69 dias.

Ive Rylo

As buscas por nove pessoas desaparecidas na Reserva Biológica Uatumã, localizado do município de Presidente Figueiredo, a 165 quilômetros de Manaus, iniciam na manhã desta segunda-feira (18), segundo a Polícia Civil. Uma Força-tarefa foi montada com 31 profissionais que ficarão envolvidos na busca e resgate do grupo desaparecido há 69 dias. A suspeita é que o grupo entrou na área para a prática de garimpo ilegal.
De acordo com o delegado Valdiney Silva, da 27º Delegacia Interativa de Polícia (DIP), são 27 agentes da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros do Amazonas, além de quatro militares do Exército que irão atuar em conjunto na operação de busca.
No sábado (16), foi realizada uma reunião com os comandos dos três órgãos para definir a atuação de cada um. “O Exército vai levar o pessoal até o acampamento de helicóptero, que fica na confluência do rio Pintinga com o Pitinguinha. Desse local, vamos partir as buscas pela mata, pelos dois rios e pelo lago de Balbina”, explicou o delegado Silva. Ainda segundo Silva, uma aeronave de grande porte do Batalhão de Aviação do Exército vai facilitar o deslocamento da equipe até o ponto de saída para as buscas.
Uma parte grupo partirá de Presidente Figueiredo nesta segunda-feira (18) às 7h. Neste domingo, material de apoio e mantimentos foram enviados em três embarcações para o acampamento. “Também foram oito integrantes da equipe de busca. Amanhã irá o restante”, informou.
Desaparecimento
De acordo com Silva, entre os desaparecidos estão cinco pessoas de Manaus e quatro moradores da comunidade Rumo Certo, que fica em Presidente Figueiredo. A suspeita é que eles saíram da comunidade com destino ao rio Pitinga, dentro da reserva biológica do Uatumã, para realizar atividades de garimpo. Familiares viram o grupo pela última vez no dia 8 de novembro, mas acionaram a polícia apenas no dia 15 do mesmo mês. Inicialmente, a denúncia enviado aos Bombeiros informava o desaparecimento de 8 pessoas, porém, na comunidade Rumo Certo, foi verificado que o grupo era formado por 9 integrantes.
Causas
O garimpo é ilegal no interior da reserva, contudo, algumas pessoas se aventuram clandestinamente com este objetivo. Por isso, a equipe de inteligência especula algumas causas para o desaparecimento do grupo. “Eles podem ter se perdido dentro da mata, ou ocorrido alguma situação de conflito entre o grupo deles e outros grupos de garimpeiros. Lá não é permitido garimpo, nem pesca, nem caça, nem turismo. É uma reserva biológica”, apontou Silva.

REVISTA VEJA


SEGURO CONTRA ATRASOS

Com o performance bond, já comum no setor privado, a seguradora fiscaliza as obras para que os prazos e os custos sejam respeitados, fechando as brechas às falcatruas

Marcelo Sakate

UMA DAS FERRAMENTAS mais eficazes para tapar as brechas do superfaturamento e da corrupção nas obras públicas é o seguro-garantia, ou performance bond. Nos Estados Unidos, ele existe há mais de 100 anos. Nenhuma grande obra começa a sair do papel antes de estar coberta por um seguro. Assim, a própria seguradora, interessada em conter eventuais perdas, faz toda a fiscalização do andamento do projeto, assegurando que os prazos e os custos previstos sejam cumpridos. No Brasil, a contratação do seguro-garantia está prevista na Lei de Licitações, de 1993, mas como uma decisão facultativa. Algumas agências reguladoras, como a Aneel (do setor elétrico), exigem que a salvaguarda esteja presente nos contratos de concessão. Mas, mesmo quando o seguro-garantia é acionado, nem sempre age com eficácia. A razão é que há diferenças fundamentais em relação a países onde o mecanismo cumpre de fato seus objetivos: a quantia a ser liberada pela segurado-ra equivale a até 10% do valor do projeto, o que muitas vezes é insuficiente para assegurar a sua conclusão. Nos Estados Unidos, o performance bond é obrigatório em obras públicas cujo orçamento supere 100 000 dólares, e a cobertura chega a 100%. Há um projeto no Senado brasileiro que amplia essa proteção a 100%.
Por aqui, a cobertura já deu mostras de eficácia no setor privado. Um exemplo é a CCR, que está entre os maiores grupos de infraestrutura do país. Um de seus principais projetos é a construção do terminal 2 do Aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele deve ficar pronto até o fim do ano, depois que houve atraso na obtenção do licenciamento. A BH Airport, consórcio que administra o aeroporto e no qual a CCR possui 75% de participação, negocia o ajuste do prazo com a Anac, a agência reguladora do setor de aviação, mas conta com o seguro-garantia como proteção. Tamanha preocupação das companhias privadas se justifica. O planejamento operacional e financeiro é feito em cima de prazos que precisam ser respeitados à risca. Atrasar em um ano a entrada em operação de uma linha industrial afeta a rentabilidade do investimento. As empresas dispõem-se até a pagar a mais pela apólice para que, em caso de imprevisto, a cobertura seja equivalente ao valor total da obra. O custo sobe, mas evita o atraso. É o raciocínio oposto à alegação mais comum de quem é contra o seguro-garantia na esfera pública, de que ele encarece o projeto, mas omitindo o fato de que, na maioria das vezes, este não fica pronto, com prejuízo ainda maior para a sociedade. Sem falar nas manipulações feitas nos contratos para dar margem à corrupção.

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Para o alto.. E além!

Os drones são cada vez mais utilizados como hobby e em projetos de registro de eventos e pesquisas científicas. A regulamentação do veículo voador não tripulado, porém,ainda não foi completamente implementada no país. A Anac trabalha nesse sentido

É um pássaro? É um avião? Nada disso! E olha que também não é o super-homem, e está longe de ser um objeto voador não identificado (Ovni). Pequenos, acessíveis e equipados com quatro, seis ou oito hélices e câmeras de alta resolução que podem fazer vídeos e fotos em 4K, os drones — veículos voadores não tripulados — têm chamado a atenção do público e são cada vez mais comuns no céu da capital federal.
Apesar do sucesso, o que muita gente não sabe é que os miniaviões são utilizados há mais de 50 anos. Os primeiros testes foram feitos na década de 1960 pela Marinha dos Estados Unidos, que precisava encontrar uma forma de atacar postos e bases inimigas sem arriscar a vida de nenhum soldado. A experiência inicial foi um verdadeiro fracasso. A força aérea norte-americana resolveu, então, assumir o projeto usando câmeras no lugar de armas. A partir dos anos de 1980, os Vants (veículos aéreos não tripulados), como os drones também são chamados no Brasil, ficaram mais modernos e se tornaram mundialmente conhecidos, principalmente graças ao uso militar.
Apesar de contarem com uma tecnologia mais avançada do que as “máquinas de guerra” dos anos 80, os drones dos universitários Gabriel Hoeckele, 17 anos, e Gabriel Simões, 21, não passam de simples aparelhos voltados para a diversão.“Um amigo trouxe o DJI Phantom 1, o primeiro modelo que já vem montado, dos Estados Unidos. Depois de alguns problemas de funcionamento, eu consertei o aparelho e perguntei para ele se não tinha interesse em me vender”, relata Simões. O estudante diz ainda que o próprio equipamento conta com recursos automáticos de segurança. “A placa-mãe vem programada com um software que impede voos em áreas próximas a aeroportos e em lugares com muitos prédios”, detalha.
Gabriel Hoeckele tem um modelo um pouco mais modesto e conta que encara o novo brinquedinho como muito mais do que um hobby. “É uma forma diferente de aprender a pilotar e tirar algumas fotos de ângulos legais. Tenho a intenção de, daqui a alguns anos, comprar um com sistema FPV”, relata Gabriel Simões. Para ele, a bateria é um dos pontos fracos do equipamento. “Quando ele está completamente carregado, consigo, no máximo, uns 10 minutos de voo. Levando em conta que demora cerca de uma hora e meia para carregar, é muito pouco”, afirma.
Regulação
No Brasil, a Associação Nacional de Aviação Civil (Anac) estuda a regulamentação dos gadgets. Segundo informações da agência, as normas vão viabilizar as operações com drones não autônomos desde que a segurança do usuário comum possa ser preservada. Caso a regulamentação seja aprovada, para serem guiadas, as aeronaves remotamente pilotadas (RPA, na sigla em inglês) serão divididas por peso, exigirão a idade mínima de 18 anos do piloto e seguro com cobertura de danos a terceiros.
Atualmente, não existem restrições com relação à aquisição ou à compra de Vants. A legislação determina que não são necessárias permissões para operar aeromodelos de recreação, contanto que os usuários respeitem à restrição de não pilotar nas zonas de aproximação e decolagem de aeródromos e nunca ultrapassem altura superior a 400 pés, aproximadamente 120 metros. Vale lembrar que a Anac recomenda ainda que o piloto não se guie apenas pela câmera do equipamento e que o aeromodelo esteja sempre ao alcance da visão.
No caso do uso de aeronaves que não contam com certificação da agência e são utilizadas geralmente para pesquisas e desenvolvimento de projetos, são necessárias uma autorização específica da agência reguladora e outra do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), concedidas depois das devidas comprovações de segurança. Entretanto, esses certificados não permitem que as operações experimentais sejam feitas sobre áreas urbanas ou densamente povoadas.
Por ter um drone de recreação, Gabriel Simões não passou por nenhum inconveniente durante os voos, nem precisou de autorização para colocar o aparelho no ar. “Não me disseram nada e eu nunca tive nenhum tipo de problema. Uma vez, eu estava tirando algumas fotos com ele no Congresso (Nacional). Um tempo depois, um segurança apareceu e pediu, educadamente, para que eu não voasse com ele por ali. Foi só isso”, conta.
Controle por câmera
É a sigla em inglês para first person view. Em tradução livre: visão em primeira pessoa. A modalidade permite que aeromodelistas controlem os veículos a distância, guiando-se apenas por meio da câmera de bordo dos aparelhos. O FPV lembra os primeiros veículos aéreos não tripulados, em que o operador controlava o voo por meio de uma tela.

Esforço que pode salvar uma vida


Otávio Augusto E Laura Tizzo

Na fila por um coração sadio, um menino de 12 anos morreu na última sexta-feira, na UTI do Instituto de Cardiologia do DF. No primeiro dia do ano, Gabriel L.A – o nome completo não foi divulgado a pedido da família – teve uma chance de receber o novo órgão que poderia salvar a sua vida. Surgiu um doador possivelmente compatível de Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais, cidade a 980 quilômetros da capital federal. A Central Nacional de Transplantes comunicou ao comando do DF sobre a oportunidade de ouro. A falta de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que fizesse o transporte com a agilidade necessária, no entanto, frustrou a esperança da família.
Na semana passada, o Ministério da Saúde emitiu uma nota sobre a falta de transporte para o coração. “O serviço de transporte de órgãos é feito com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), de prefeituras, governos estaduais e por meio de parceria com as empresas de aviação civil, de forma gratuita e voluntária”, justifica o texto. Por sua vez, a FAB diz que não pôde realizar o deslocamento devido a questões operacionais. Além de Gabriel, um bebê de 10 meses aguarda por um coração. Encontrar um doador compatível, especialmente para crianças e adolescentes, é extremamente difícil. Por isso, todas as chances são tratadas como uma operação de guerra. Um coração resiste apenas quatro horas entre o momento em que é retirado do doador até o implante no peito do paciente.
Em 2013, o Comando da Aeronáutica e o Ministério da Saúde firmaram um acordo de cooperação técnica que trata da condução de órgãos sólidos e de tecidos. O documento obriga a FAB a dar prioridade de pouso e decolagem a aeronaves que carregam as doações. Uma cláusula estabelece como responsabilidade a permissão do acesso dos servidores do Sistema Nacional de Transplante (SNT) ou da Confederação Nacional de Transportes (CNT) à sala de Decisões Colaborativas, onde poderão analisar quais os melhores itinerários e viações para o desempenho da função.
A FAB esclarece ainda que “realiza o transporte de órgãos em aproveitamento de missões militares, de acordo com a disponibilidade e considerando aspectos operacionais”. Gabriel estava sendo acompanhado pelo Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), o único em Brasília capacitado a fazer transplante de coração. Os pais do adolescente não autorizaram a entidade a divulgar nenhuma informação sobre o caso.
Para Daniela Salomão, coordenadora de transplantes no DF, é preciso estimular a doação e viabilizar o processo. “Normalmente eles (crianças) não ficam muito tempo na fila de espera. Em média são seis meses aguardando”, explica Daniela. Porém, ela salienta a necessidade de campanhas para estimular a doação de órgãos. “A gente tem que mostrar que vidas dependem desse gesto”, pontua.
A Força Aérea Brasileira realizou, em 2015, 42 missões de transporte de pacientes e órgãos em todo o país. Para a capital da República, no mesmo ano, chegaram seis corações em aviões da FAB. Segundo dados do Sistema Nacional de Transplante (SNT), em 2014, 2,5 mil dos 23 mil órgãos transplantados em todo o Brasil foram conduzidos por avião, o que corresponde a 10% do total. Em média, ocorrem 20 transportes de órgãos (coração, rim, pulmão, fígado, além de tecidos, como córnea e pele) por dia em aeronaves.
Caso bem-sucedido
Em novembro do ano passado, o analista de sistemas Welson André de Oliveira, 57 anos, recebeu transplante de coração em Brasília. A necessidade da cirurgia surgiu depois que ele sofreu um AVC e um infarto, em 1997. Desde então, ele sofria de insuficiência cardíaca. Agora, dois meses após a operação, Welson afirma que está reagindo bem e que se sente muito grato, principalmente à família do doador.
“Tive muita sorte. Vi pessoas que ficam anos na fila e outras que não aguentam esperar e acabam falecendo. As minhas orações hoje em dia são para a família dessa pessoa, em gratidão, e pedindo para que Deus cuide delas. Sem isso, a minha situação seria bem grave”, revela. Da recomendação dos médicos até a data do transplante, foram 25 dias de espera.
Apesar de bem-sucedida, a recuperação requer cuidados especiais. Welson ainda não pode ingerir nenhum alimento que esteja cru, voltará à fisioterapia neste mês e precisa comparecer a consultas no Instituto do Coração com frequência. Se, por um lado, o acompanhamento é rigoroso, em contrapartida, o aproximou de pessoas queridas. “Quando a pessoa sai de uma cirurgia grave como essa, não tem condições de tocar a vida sozinha. Por isso, dá uma sacudida nos nossos valores, passamos a ver quem realmente se importa conosco”, comenta.
Torcedor do Botafogo, Welson recebeu o novo órgão dias antes da partida em que o alvinegro conseguiu o retorno à Série A do futebol brasileiro, em novembro de 2015. No hospital, ele acompanhou o jogo ao lado do filho Rafael Rabadan de Oliveira. Agora ele poderá acompanhar de casa o desempenho do time do coração.
Para saber mais
Autorização para cirurgias
O Hospital de Base (HBDF) teve o credenciamento no Ministério da Saúde renovado. A liberação permite que a unidade médica volte a realizar transplantes de rim. Na última quarta-feira, uma mulher de 47 anos passou pelo primeiro procedimento após a suspensão desde o ano passado. Atualmente, a fila de espera para esse tipo de cirurgia conta com 310 nomes. Em 2015, 77 pessoas chegaram ao centro cirúrgico para realizarem o processo. Durante o período de paralisação do Base, os pacientes tiveram o atendimento encaminhado ao Hospital Universitário de Brasília (HUB) e ao Instituto de Cardiologia (ICDF). A autorização do Ministério da Saúde passa por revalidação a cada dois anos.

REVISTA ISTO É DINHEIRO


Embraer entregou 221 aeronaves em 2015, maior números dos últimos cinco anos


A Embraer anunciou nesta quinta-feira, 14, que entregou, no ano passado, 221 aeronaves para os mercados de aviação comercial e executiva. Segundo a companhia, este é o maior volume de entregas dos últimos cinco anos. Foram 101 jatos para o mercado comercial, e mais 120 aviões executivos, dos quais 82 jatos leves e 38 grandes.
No quarto trimestre do ano passado, a Embraer entregou 33 jatos para o mercado de aviação comercial, e mais 45 para o de aviação executiva, dos quais 25 leves e 20 grandes, totalizando 78 aviões. A companhia fechou o ano com uma carteira de pedidos firmes a entregar (backlog) de US$ 22,5 bilhões. Nesta carteira de pedidos firmes, a companhia tem 513 aeronaves a entregar. A empresa registra ainda 659 opções.
Segundo nota enviada à imprensa, a Embraer cumpriu as estimativas de entrega divulgadas ao mercado na aviação executiva, e teve uma aeronave acima do teto entregue na aviação comercial. Os destaques do trimestre, segundo a Embraer, foram a assinatura de um pedido firme para 19 jatos E175 adicionais pela SkyWest, para ser operado por meio de um acordo de compra de capacidade (CPA - Capacity Purchase Agreement, em inglês) com a Delta Air Lines, e a confirmação de duas opções por E175 adicionais para a KLM, do contrato com 17 pedidos firmes e 17 opções anunciado em março de 2015.
Na Aviação Executiva, os destaques do período foram o início das entregas do novo jato Legacy 450 e o contrato com a Emirates Flight Training Academy para cinco jatos Phenom 100E (com opção para mais cinco aeronaves do mesmo modelo). Em dezembro, a Embraer entregou ainda o primeiro Phenom 100E para um cliente da China.

Saiu na frente, mas empacou


Hugo Cilo

Desde o pico de mais de 14 mil funcionários, atingido em 2012, a Infraero perdeu cerca de 2 mil servidores. O ajuste da estatal começou bem antes do anunciado pelo ex-ministro Joaquim Levy, após a primeira leva de concessões, mas ainda há inscritos no programa de demissões voluntárias que continuam trabalhando porque a empresa não tem recursos para bancar as verbas rescisórias. A meta, ampliada em 2014, é cortar 4 mil vagas.
(Nota publicada na Edição 950 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Carlos Eduardo valim e Gabriel Baldocchi)

JORNAL VALOR ECONÔMICO


Anac estuda medidas "baixo custo" para o setor aéreo


Daniel Rittner

Duas medidas reivindicadas há anos pelas companhias aéreas devem finalmente sair do papel como uma tentativa do governo de dar novo fôlego à competitividade no setor. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) colocará em audiência pública, nas próximas semanas, novas regras para franquia de bagagem dos passageiros e uma flexibilização dasobrigações que as empresas precisam assumir em caso de atraso nos voos. Hoje os passageiros têm direito a despachar uma mala de até 20 quilos em viagens domésticas e duas bagagens de até 32 quilos em rotas internacionais. Conforme diagnóstico preliminar da agência, apenas uma minoria dos passageiros faz uso integral de suas franquias, mas as empresas costumam embutir todo o peso no cálculo das tarifas cobradas. Outra medida prevê mudanças na resolução 141 da Anac, adotada em 2010, no rescaldo do "caos" aéreo que atingiu o setor pouco antes.
Essa resolução garante aos passageiros uma série de direitos quando os voos não decolam no horário marcado: acesso gratuito à internet e ligação telefônica para atrasos superiores a uma hora, alimentação adequada após duas horas e hospedagem a partir da quarta hora. Como vinha sendo pedido pelas aéreas, elas continuarão tendo que assumir essas responsabilidades quando os atrasos forem causados por problemas operacionais, mas devem ficar desobrigadas no caso de "condições meteorológicas adversas". Ou seja: não teriam mais que pagar compensações aos passageiros se os atrasos forem decorrentes, por exemplo, de chuvas ou nevoeiro. O objetivo da Anac e do governo, que acompanha a elaboração das medidas por meio da Secretaria de Aviação Civil, é deixar a estrutura tarifária mais "limpa" e incentivar o surgimento de empresas "baixo custo" no setor. Uma das preocupações das autoridades é que isso não seja interpretado como socorro às aéreas, que têm acumulado prejuízos bilionários nos últimos anos, principalmente devido à alta do dólar.
Tanto é assim que outro pedido importante das companhias - usar dinheiro do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) para bancar temporariamente o pagamento das tarifas aeroportuárias - não tem chances de prosperar. O fundo é composto pelo pagamento anual de outorgas dos consórcios que arremataram os seis aeroportos privatizados. Uma autoridade do setor lembra que as medidas preparadas pela Anac não devem ser entendidas como ajuda financeira às companhias porque são "migalha" perto dos prejuízos anunciados recentemente. Essa mesma fonte ressalta, porém, o fato de que alterar as franquias de bagagem e revisar as obrigações das empresas no atendimento aos passageiros pode pode retirar custos importantes embutidos nos preços dos bilhetes e facilitar a oferta de passagens mais baratas.
"Percebemos que uma companhia "low cost", como a Ryanair na Europa ou a JetBlue nos Estados Unidos, teria dificuldades em replicar seus modelos operacionais no Brasil", afirma um funcionário do governo. Em outros países, raramente existe um volume mínimo de bagagem garantido aos passageiros e o despacho de malas é oferecido como um diferencial  pelas empresas. A Ryanair e a EasyJet, por exemplo, cobram a mais pelo despacho de bagagem.
Na avaliação da Anac, ao flexibilizar essas regras, abre-se a possibilidade de atrair companhias "low cost" e de conter os aumentos dos bilhetes vendidos pelas aéreas que já estão no mercado. A crise no setor preocupa o governo, mas a ordem geral é evitar o uso de verba pública. Para as autoridades, a Gol é quem mais inspira cuidados, mas avalia-se em Brasília que sua situação não é terminal.
A gestão de Paulo Kakinoff à frente da Gol é elogiada por assessores presidenciais. No curto prazo, espera-se que a queda do barril de petróleo se converta em preços um pouco mais baixos do querosene de aviação e compensem parcialmente a disparada do dólar. No médio prazo, há expectativa de aumento (de 20% para 49%) no teto de capital estrangeiro estrangeiro nas áreas. Mesmo dentro do limite atual, segundo uma fonte, ainda há espaço para ampliação das participações externas na Gol - hoje a Delta e a Air France/KLM são suas sócias - e a empresa é considerada eficiente do ponto de vista operacional.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


A 200 dias para a Rio-2016, Brasil usa táticas para aproveitar vantagem


Marcel Merguizo E Paulo Roberto Conde

A 200 dias do início dos Jogos Olímpicos do Rio, o interesse do público varia da conclusão de novas instalações esportivas à eficácia das medidas de segurança que serão adotadas pelas autoridades. Umas das principais dúvidas recai sobre a participação esportiva do país, ainda mais após o COB (Comitê Olímpico do Brasil) estipular a meta de estar no top 10 no quadro de medalhas -por total de pódios. A Folha conta estratégias adotadas pelo COB, confederações e atletas para tentar extrair as vantagens do "fator casa" e impulsionar a campanha.
1 - TREINO ISOLADO
Tido como esporte líder para a campanha brasileira, o judô pouco ficará na Vila dos Atletas. A preparação será toda feita em um hotel em Mangaratiba, no Estado do Rio. Eles já fizeram uma experiência antes do Pan de Toronto.Os judocas irão para a Vila apenas na antevéspera de competirem. Tudo para que os brasileiros tenham uma base e não precisem dividir tatame em treinos nas arenas designadas pela organização.
A natação, que iria treinar na Fortaleza de São João, na Urca, quartel-general da delegação brasileira, estuda fazer sua aclimatação nos EUA ou em outro Estado. "O desafio é encontrar um local que dê uma condição de união para o grupo", disse Bichara.
A piscina do "QG" da equipe brasileira não ficaria pronta a tempo da preparação do time nacional de natação.
2 - NEGOCIAÇÃO
Nos bastidores, os dirigentes brasileiros trabalham para que os atletas e equipes do país atuem em horários mais favoráveis. Em nem todas as modalidades isso é possível, mas em algumas sim. Um desejo do COB, por exemplo, é que as as equipes de vôlei e vôlei de praia não sejam as escolhidas para as últimas sessões esportivas do dia. Tudo para não prejudicar a recuperação para a sequência da competição. Haverá jogos na praia de Copacabana que vão até 0h50. Tudo depende de negociação com o comitê organizador da Rio-2016. Este tipo de apelo é praxe entre os países-sede dos Jogos Olímpicos.
3 - VIDA NOTURNA
Esportes como a natação, atletismo e vôlei de praia terão horários nos Jogos do Rio que fogem do habitual. As finais aquáticas, por exemplo, serão disputadas a partir de 22h, para atender pedido das TVs em Londres-2012 eram às 19h30 (no horário local).
COB e confederações têm feito tentativas para adaptar os atletas e amenizar efeitos. No início de dezembro, um grupo do atletismo fez dois dias de treinos à noite em instalação da Aeronáutica. A natação também estuda treinar nos respectivos horários. Atletas de outros esportes passarão por experiência semelhante. Um trabalho é feito em conjunto com Marco Túlio de Mello, professor da UFMG e especialista na área. 
4 - RECLUSÃO
A Vila dos Atletas é estratégica para o Brasil. Nas últimas edições olímpicas, o COB já pensava com carinho em como usar o local em favor da delegação. Agora, em casa, os dirigentes puderam aplicar de maneira ainda mais efetiva a estratégia. Está definido que os atletas brasileiros ficarão num prédio inteiro na Vila. Sozinho. E do lado oposto à movimentação na avenida em frente, que dá para o Parque Olímpico da Barra da Tijuca.
A área escolhida é próxima à zona de transporte, de onde partem os ônibus para as arenas de competição. O prédio também é afastado do burburinho da zona internacional (onde atletas, técnicos, jornalistas e convidados podem circular). A ideia é dar o máximo de tranquilidade aos atletas. Outra preocupação do COB se relaciona com o nascer o no pôr do sol, pondo em quartos estratégicos quem acorda mais cedo e mais tarde. Por ser o país-sede, o Brasil pôde mexer a primeira peça nessa disputa. O mesmo aconteceu com os ingleses em Londres, os chineses em Pequim e assim por diante.
Falar com atletas será quase impossível. O desejo do comitê é restringir ao máximo o acesso de familiares e convidados à Vila. Para isso, terá espaço em um shopping que fica a cerca de 4 km do local. A ideia é levar alguns competidores lá, de maneira escalonada, para ter contato com parentes e amigos, sem atrapalhar a concentração.
5 - OS "SEM VILA"
Cerca de 85% da delegação brasileira, que deve ter mais de 400 atletas, está com estratégia de alojamento para os Jogos definida. Parte não vai ficar hospedada na Vila. Devido à distância entre as principais praças de competição no Rio, a melhor condição de hospedagem é fora dela. É o caso dos velejadores, por exemplo, cujas competições ocorrerão na baía de Guanabara. Eles se acomodarão em hotéis, instalações militares e casas nos arredores da Marina da Glória.
Antes de suas provas, atletas da maratona aquática e triatlo, que competem em dia único, ficarão em hotéis entre Ipanema e Copacabana. Para a preparação antes dos Jogos, os brasileiros usarão instalações do Exército reformadas na Urca a um custo de mais de R$ 20 milhões. A Fortaleza de São João receberá a preparação de equipes de mais de dez modalidades, entre elas atletismo, basquete e futebol feminino.Também próxima à Urca, a Escola Naval foi revitalizada pelo governo federal e será usada pela equipe de vela.
6 - BASE DEODORO
O COB também planeja montar uma base de ação em Deodoro, segundo principal polo de competição dos Jogos do Rio -será o palco de 11 modalidades olímpicas. "Pensamos em competições que demoram o dia inteiro, que o atleta tenha um tempo para relaxar. Por exemplo, o cara que compete de manhã teria uma base para descanso", disse Jorge Bichara, gerente-geral de performance esportiva do COB. O comitê iniciou tratativas com o Exército para ter apoio na região e recebeu um aceno positivo. Afastado mais de 30 km do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, Deodoro é uma vila militar e recebeu diversas modalidades no Pan do Rio, em 2007.

REVISTA EXAME


A fórmula da Embraer para selecionar e treinar fornecedores


São Paulo – Em 2011, a liderança da fabricante de ­aviões Embraer decidiu criar um programa de treinamento sem nenhum custo para seus fornecedores. O objetivo era aumentar o volume de suprimentos comprados no Brasil e, dessa maneira, resolver dois problemas: a dependência dos fornecedores estrangeiros e a exposição às variações cambiais.
O primeiro passo foi colocar em um formato de curso o conteúdo de metodologias de melhoria de qualidade que a companhia vem usando desde 2007. Um exemplo: o sistema de manufatura enxuta. Feito isso, a Embraer escalou alguns de seus gerentes e diretores para dar aulas aos donos e técnicos de todas as empresas brasileiras fornecedoras.
De lá para cá, 90 profissionais da Embraer dedicaram 9.800 horas em treinamento para mais de 2.700 pessoas. Ao longo desse período, as aulas — antes centradas no aumento da eficiência — passaram a tratar de temas mais sofisticados, como gestão de projetos e engenharia de peças.
“Desenvolvemos novos modelos de aeronaves que impõem desafios tecnológicos”, diz Fernando Soares, vice-presidente de suprimentos da Embraer. Funcionários também visitam os fornecedores e os ajudam, in loco, a resolver problemas. Veja ao lado como funciona hoje o programa e os resultados alcançados.
1. Na sala de aula
Durante seis dias ao longo do ano a Embraer recebe em sua sede, no interior de São Paulo, 120 representantes de 70 fornecedores e os divide em duas turmas. A cada dia, especialistas da Embraer transformam-se em professores e abordam um tema diferente, como gestão financeira ou governança. Entre os assuntos programados para 2016 estão gestão da inovação, fusões e aquisições.

2. Com a mão na massa
A Embraer organiza visitas de um dia a alguns dos participantes do programa. Nelas, um especialista da companhia e um representante do fornecedor escolhem um processo para ser melhorado. Se os testes mostram resultados positivos, as mudanças são incorporadas. Dali em diante, sem a ajuda da Embraer, o trabalho de melhorias continua. Nos últimos quatro anos, cerca de 3 300 processos foram aprimorados.

3. Evolução diária
Para que os participantes possam compartilhar os avanços conquistados com as aulas e as visitas, desde 2013 a Embraer já promoveu quatro fóruns. Nesses eventos, com duração de 4 horas, os fornecedores, voluntariamente, trocam ideias e apresentam casos de melhorias que foram implementadas. Em média, cada um dos fóruns reuniu cerca de 300 pessoas de 70 empresas. Para 2016, quatro eventos já estão programados.
Resultados
A adoção do programa, em 2011, ajudou a Embraer a selecionar seus melhores fornecedores brasileiros. Com isso, o número deles caiu de 100 para 70, mas o volume de peças adquirido localmente triplicou. O índice de pontualidade na entrega dos suprimentos aumentou 95%. Além disso, três fornecedores conquistaram uma certificação para exportar para os fabricantes de aviões Airbus e Boeing.

JORNAL A CRÍTICA (AM)


Soldado é preso por roubo, receptação de veículos e desvio de materiais das forças armadas

A prisão foi realizada após investigações da Secretaria Adjunta de Operações (Seaop), na manhã do último sábado (16), por volta das 10h

O soldado Ivanildo Pedro Figueira de Souza, 23, lotado no 1º Batalhão de Infantaria de Selva (Bis), foi preso por receptação dentro da própria residência, localizada na rua Praia das Fontes, loteamento Aliança com Deus, bairro Cidade de Deus, Zona Morte de Manaus. O militar estava com veículo roubado dentro da garagem dos pais e um carregador de fuzil dentro do quarto.
A prisão foi realizada por policiais da Secretaria Adjunta de Operações (Seaop), na manhã do último sábado (16), por volta das 10h. O soldado do Exército Brasileiro foi preso após investigações da secretaria. De acordo com informações de uma fonte da Polícia Civil, o militar faz parte de uma quadrilha especializada em roubos e receptação de veículos.
O soldado também desviava material de uso exclusivo das forças armadas. Segundo uma fonte da PC, o carregador de fuzil com munições encontrado em seu quarto foi extraviado de dentro do quartel. O militar informou que pegou o carregador, após uma faxina no stand de tiro, porém a polícia acredita que a informação seja falsa.
A suspeita é de que o soldado tenha retirado o carregador reserva de algum colega de farda, durante o serviço. A Seaop informou que outras pessoas estão sendo investigadas. O militar faz parte de uma quadrilha especializada e será expulso do EB, conforme a PC. Dentro da casa dos pais dele foi encontrado um voyage preto, de placas OAH 2583, com restrição de roubo. Ivanildo recebia veículos e vendia em sites de venda. O caso foi registrado no 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP).

JORNAL O DIA


Piratas roubam barcos atracados na Urca e mudam rotina nas madrugadas do bairro

De julho a dezembro de 2015, proprietários de embarcações estimam que houve pelo menos 20 vítimas, sem contar aquelas que chegaram a tempo de frustrar a ação

Lucas Gayoso

Rio - Eles chegam com os motores desligados, navegando pelos trechos escuros das praias da Urca. A má conservação dos barcos é uma das características de distinção, além do espaço vazio no lugar de uma bandeira ou nome no convés. Vestidos em trapos, mesmo passando quase despercebidos, são conhecidos pelas ameaças e pelos roubos. Por esses motivos, eles são chamados entre os locais como os "piratas da Baía de Guanabara", no ano que o cartão-postal será palco da Olimpíada.
Os relatos começaram na segunda metade do ano passado. Segundo barqueiros ouvidos pela reportagem, a estratégia de abordagem é sempre a mesma. Aproveitando o pouco movimento noturno, os piratas vêm em busca de motores, equipamentos náuticos e pertences pessoais. De julho a dezembro de 2015, proprietários de embarcações estimam que houve pelo menos 20 vítimas, sem contar aquelas que chegaram a tempo de frustrar a ação.
O piloto de avião Breno Maffei, de 40 anos, é um dos poucos que estiveram frente a frente com eles. O grupo não esperava que ele dormisse embarcado. “Acordei e senti um barulho forte de coisa quebrando. Achei que era outro barco batendo no meu. Abri a tampa e deparei com três indivíduos”, conta. “Eles disseram que iam atirar em mim. Mas, no calor do momento, a minha reação foi pegar uma alavanca, fazendo barulho, e eles fugiram. A gente perdeu a tranquilidade”, afirma.
Correntes, cabos de aço e trancas reforçadas fazem parte do investimento que o mergulhador Rodrigo Ferreira, de 37 anos, teve que fazer para se proteger da quadrilha. “Roubaram o meu motor e menos de um mês depois levaram o de um amigo. A sensação atual é de insegurança, porque vira e mexe a gente vê barcos circulando de madrugada. Eles são bem surrados, a gente suspeita que venham de outras partes da Baía, como a Ilha do Governador”, sugere.
O Clube Guanabara, onde estão atracados barcos com valor de mercado maior que R$ 50 mil, também foi invadido pelo grupo. “Aconteceu três vezes. Levaram um bote e um motor de embarcação e invadiram um veleiro onde o proprietário estava a bordo, levando o tanque do motor. No mar, não temos apoio nenhum”, disse Edison Silva, gerente do Guanabara, além de ressaltar que o clube teve que contratar seguranças particulares.
Todos os personagens ouvidos pela reportagem afirmam que fizeram registro na delegacia após os roubos. A Polícia Civil confirma que há pelo menos um registro na 10ª DP (Botafogo) entre o período citado no início da matéria, mas não informa se há investigação em curso.
A Polícia Militar alega que foi feita uma reunião, no fim do ano passado, com representantes do Clube Guanabara para reforçar o policiamento na área. A Marinha do Brasil, através da Capitania dos Portos, não respondeu às demandas feitas pela reportagem.
O antigo problema da poluição
A ação dos piratas está longe de ser a única preocupação para os barqueiros da Baía. “O esgoto é jogado na Praia de Botafogo toda noite. O odor fica impraticável”, relatou o morador da Urca Ricardo Santos, de 54 anos. Na última quarta-feira, pescadores foram surpreendidos com uma grande quantidade de peixes mortos na altura da Ilha do Governador. “É bom lembrar que há três anos se verifica alta mortandade de espécies, e nada foi feito”, lembrou o biólogo Mário Moscatelli.
Perigo na Olimpíada
Com os piratas à solta pela Baía de Guanabara, a chegada da Olimpíada é uma preocupação para aqueles que conhecem a Urca. “Pode ter certeza de que vai ter muita embarcação por aqui durante os Jogos. Aconselho a não deixar o motor à mostra, guardar o bote no espaço interno e retirar qualquer objeto de valor”, recomenda Breno Maffei, que mora embarcado.
A plataforma aquática do mergulhador João Carlos, de 71 anos, fica a poucos metros da entrada da Fortaleza de São João, área controlada pelo Exército. “A fortaleza tem um holofote, mas os militares dizem que não se metem nisso, porque do portão para fora não é problema deles. Já a PM na cabine na entrada da Urca alega que não podem fazer nada porque é área marítima. É um jogo de empurra”, denuncia o entrevistado.

OUTRAS MÍDIAS


PRAVDA.RU (RUSSIA)


Morte de Eduardo Campos: CIA?

Timothy Bancroft-Hinchey
Jornalista de renome nos EUA, Wayne Madsen publicou em sua coluna no jornal on-line Strategic Culture Foundation o texto em que denuncia que a morte do candidato a presidente Eduardo Campos (PSB) em acidente de avião em 13 de agosto teria sido uma trama da CIA.
O artigo é intitulado "All factors point to CIA aerially assassinating brazilian presidential candidate" ("Todos os fatores indicam que a CIA assassinou por via aérea candidato brasileiro à Presidência"). Madsen estabelece que uma derrota de Dilma Rousseff representaria uma vitória para os planos de Barack Obama de eliminar "presidentes progressistas" da América Latina.
Wayne Madsen concedeu entrevista exclusiva a este blog, em que reafirma a tese de que a CIA matou Campos. Ex-oficial da Marinha dos EUA, o jornalista Wayne Madsen é taxativo: "Marina Silva é a favorita de Obama e do George Soros. Marina defende que os EUA comandem a globalização, o livre comércio, investimentos privados e Marina é pró-Israel. Marina é do jeito que o Pentágono e Wall Street adoram". Ele é taxativo: os técnicos da National Transportation Safety Board, órgão dos EUA que investiga acidentes, vieram ao Brasil para levar as provas do acidente de Campos para os EUA - e sumiram com elas.
Tognolli - Você conhece algum caso nos EUA que envolva não gravação de conversações e fatos similares aos de Campos?
Wayne Madsen - O caso da queda do avião de Campos não recebeu nenhuma cobertura na mídia dos EUA. Mas aqui nos EUA já vimos casos similares em não divulgação de teor de caixas pretas após grandes acidentes, como no caso da queda do TWA 800, voo Airlines 587 de Nova Iorque a Santo Domingo, na República Dominicana, e queda dos aviões do senador Paul Wellstone e de John F. Kennedy Jr.
Nota do blog
Em 16 de julho de 1999, John Kennedy, sua esposa Carolyn e sua cunhada Lauren morreram num acidente de avião. Kennedy estava pilotando o monomotor. Os três estavam indo para o casamento da prima de John, Rory. Ele faleceu aos 38 anos e seu corpo foi cremado.
Tognolli -Você apenas opina sobre a participação da CIA na morte de Campos ou tem elementos como indícios de prova material?
Wayne Madsen -
Os rastros do envolvimento da CIA na morte de Campos são as anomalias técnicas que envolvem a queda e a confusa história da propriedade do avião. A L3 Communications and Textron prestam serviços para a CIA.
Nota do blog
A L3 Communications Inc. é uma empresa de defesa norte-americana, baseada em Manhattan, Nova Iorque, que fabrica equipamentos de "controle e comando" de comunicação, inteligência, monitoramento, sistemas de reconhecimento aéreo, além de instrumentação e produtos oceânicos e aeroespaciais. A empresa possui 63 mil funcionários e um faturamento superior a US$15 bilhões. Seus principais clientes são o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, a CIA, a Nasa e diversas empresas de telecomunicação e forças armadas internacionais.
A Textron Company é uma holding norte-americana que controla empresas fabricantes de aeronaves civis e militares. A Textron foi fundada em 1923, por Royal Little, como Special Yarns Company hoje inclui empresas em diversos ramos de negócios como: Bell Aircraft Corporation, Cessna Aircraft Company e Lycoming Engines.
Tognolli - Quais outros casos envolvem a CIA?
Wayne Madsen -
A CIA dispõe de vasta experiência em derrubar aviões: derrubaram o avião dos presidentes Jaime Roldos, no Equador, Omar Torrijos, no Panamá, do líder revolucionário cubano Camilo Cienfuegos, em 1959, e o também o avião da Cubana Aviación 455, em Barbados. A CIA também derrubou o avião do primeiro-ministro de Portugal, Sá Carneiro, e de seu ministro da Defesa, mortos na queda do Cessna 421 em Lisboa, em 1980, numa pré-eleição muito parecida agora com a pré-eleição de Eduardo Campos. Essa queda pavimentou a entrada de um governo português pró-EUA. Temos também a morte do candidato presidencial venezuelano Renny Ottolina, morto numa suspeita queda de um Cessna 310, em 1978. Renny Ottolina era um apoiador das ideias bolivarianas para a integração total da América Latina, ideais que foram mais tarde adotados por Hugo Chavez e eram obviamente combatidos pela CIA. Ottolina seria um futuro alvo primordial da CIA por sustentar esses ideais no poder. O líder político indiano Madhavrao Scindia morreu numa queda suspeita de Cessna C90 em 2001. Ele era o autêntico marajá da cidade de Gwalior, e se desse certo como líder político nacional teria trazido de volta as regras de antigos principados, muitas das quais seriam radicalmente opostas à globalização da sociedade indiana. Ele seria um dos maiores estorvos para a CIA.
Nota do blog
Gwalior é uma cidade do estado de Madhya Pradesh, na Índia. Localiza-se no centro do país. Tem cerca de 917 mil habitantes. Foi capital de um principado semi-independente até 1947.
Tognolli - Por que, em sua opinião, a CIA escolheu Campos, e não o venezuelano Maduro ou nossa presidente Dilma?
Wayne Madsen -
Porque o PT de Dilma teria nomeado rapidamente um substituto caso ela fosse assassinada. Campos virou um alvo para poder elevar Marina e garantir uma derrota a Dilma e ao PT.
Tognolli - Há casos similares de queda de Cessna 560 XLS, como o de Campos?
Wayne Madsen -
Não, esse avião tem índices de segurança exemplares. Mas o avião de John Kennedy era um Cessna que se suspeita tenha sofrido sabotagem. Um Cessna 310 caiu e matou o republicano Hale Boggs, um membro dissidente da Comissão Warren, que investigava a morte do presidente John. Boggs acusava a CIA de estar por detrás do assassinato de Kennedy. A queda de um Cessna 335 matou também o governador do estado do Missouri, Mel Carnahan, um dia antes das eleições.
Nota do blog
A Comissão Warren (nome oficial The President´s Commission on the Assassination of President Kennedy) foi estabelecida em 29 de novembro de 1963 pelo presidente dos EUA Lyndon Johnson para investigar o assassinato de John Kennedy.
Tognolli - Por que você não confia nos membros da National Transportation Safety Board, que veio ao Brasil investigar a queda do Cessna de Campos?
Wayne Madsen -
Porque esse pessoal da NTSB foi publicamente acusado de acobertar as causas da queda do TWA 800.
Tognolli - Como ex-oficial da Marinha dos EUA, você foi um dos responsáveis por ter implantado o primeiro programa de segurança deles. Você dispõe de fontes militares para acusar a CIA na morte de Campos?
Wayne Madsen -
Eu de fato tenho muitas fontes da comunidade de inteligência dos EUA que acusam o diretor da CIA, John Brennan, de participar de mortes praticadas pela CIA em serviços clandestinos que fazem parte rotineira das operações diárias da CIA.
Tognolli - Como a CIA mascara crimes, como você sugere tenha sido feito com Campos?
Wayne Madsen -
Mascaram fazendo com que tais crimes se pareçam com acidentes e depois passam a acusar quem os põe em xeque como sendo teóricos da conspiração, fazendo uso de jornalistas pagos pela CIA para disseminar a propaganda dos serviços de inteligência dos EUA.
Tognolli - Como a National Transportation Safety Board opera então no Brasil?
Wayne Madsen -
O pessoal da NTSB só atua em nome do governo doa EUA, sempre acusando alguém pela queda de aviões, para despistar, como fizeram agora contra o governo da Rússia, acusando-o de ter derrubado o avião da Malásia Airlines 17 na Ucrânia.
Tognolli - Quem são os políticos favoritos dos EUA no Brasil e quem são os mais odiados?
Wayne Madsen -
Marina Silva é a favorita de Obama e do Soros. Marina defende que os EUA comandem a globalização, livre comercio, investimentos privados e Marina é pró-Israel: Marina é do jeito que o Pentágono e Wall Street adoram.
Tognolli - Como um repórter investigativo brasileiro poderia ter atuado no caso Campos?
Wayne Madsen -
Jamais deveriam ter permitido que o pessoal da National Transportation Safety Board tivesse retirado evidências e dados físicos da cena da queda do avião de Campos e os levado aos EUA: jamais.
Nota do blog
George Soros é um empresário e homem de negócios húngaro-americano. Ficou famoso pelas suas atividades como especulador, nomeadamente em matéria de taxas de câmbio, chegando a ganhar US$1 bilhão em um único dia apostando contra o banco da Inglaterra, bem como pela sua atividade filantrópica, que apoiou entre outros, a Universidade Central Europeia.



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