NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 17/01/2016 / Negócios nas alturas - Entrevista Ozires Silva
Negócios nas alturas ...
Como um jovem de 16 anos de família humilde que sonhava em construir aviões num país em que ainda não se fabricava aeronaves fundou a Embraer? Conheça esse e outros segredos da carreira de um dos maiores empreendedores do Brasil
Entrevista Ozires Silva
Formado em engenharia aeronáutica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) desde 1962 e mestre em ciências aeronáuticas pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia desde 1966, Ozires Silva, 85 anos, é um dos empreendedores e líderes mais respeitados do Brasil. Nascido e crescido em Bauru (SP), ele contribuiu enormemente para o desenvolvimento da indústria aeronáutica brasileira. Foi um dos fundadores e o primeiro presidente da Embraer, uma das maiores empresas aeroespaciais do mundo e, na primeira gestão, de 1969 a 1986, desenvolveu o famoso Bandeirante, além de outros seis aviões.
Em 1986, chegou à presidência da Petrobras, em que atuou até 1989. No ano seguinte, assumiu o Ministério da Infraestrutura e, em 1991, retornou à Embraer e conduziu o processo de privatização da empresa. Foi presidente da Varig em 2000; e, em 2003, criou a Pele Nova Biotecnologia, organização focada em saúde humana, desenvolvimento de tecnologias inovadoras na área de regeneração e engenharia tecidual. Pai de três filhos e viúvo, é presidente do Conselho de Administração da Anima Educação —companhia de capital aberto que atua na educação superior — e reitor da Unimonte, instituição particular de ensino superior localizada em Santos (SP).
Você imaginava que chegaria onde chegou no início da carreira?
Com certeza, não. Minha história de vida foi formada aos poucos. Depois de começar a me interessar por aviões, quando tinha cerca de 16 anos e estudava no Ginásio do Estado de Bauru e frequentava o Aeroclube da cidade, em vez de desejar ser piloto — como a maioria dos jovens —, me chamou a atenção a fabricação. Naquele ponto, comecei a me questionar por que o Brasil não fabricava aviões. Depois da invenção de Santos Dumont em 1906, o país abandonou a fabricação do invento com receio do mercado mundial. Eu não tinha a menor ideia do que aconteceria, apenas percebi que o avião era fabricável e não apenas pilotável. Então, comecei a traçar minha carreira procurando a qualificação necessária para trabalhar em uma fábrica de aeronaves.
Com certeza, não. Minha história de vida foi formada aos poucos. Depois de começar a me interessar por aviões, quando tinha cerca de 16 anos e estudava no Ginásio do Estado de Bauru e frequentava o Aeroclube da cidade, em vez de desejar ser piloto — como a maioria dos jovens —, me chamou a atenção a fabricação. Naquele ponto, comecei a me questionar por que o Brasil não fabricava aviões. Depois da invenção de Santos Dumont em 1906, o país abandonou a fabricação do invento com receio do mercado mundial. Eu não tinha a menor ideia do que aconteceria, apenas percebi que o avião era fabricável e não apenas pilotável. Então, comecei a traçar minha carreira procurando a qualificação necessária para trabalhar em uma fábrica de aeronaves.
Você traçou metas ou foi crescendo à medida que as oportunidades apareciam?
Apesar de eu não saber qual seria o resultado da minha caminhada, a decisão que tomei quando jovem — de ser engenheiro aeronáutico em um país aonde ainda não existia sequer o curso de engenharia aeronáutica — me fez perceber que eu tinha que ter a qualificação necessária para dominar o assunto. A Força Aérea criou o ITA em 1945. Eu me formei como oficial da Aeronáutica em 1951, mas tive que esperar cerca de sete anos para cumprir os requisitos legais para pleitear uma das bolsas oferecidas aos oficiais da Aeronáutica para estudar no instituto. Passar no exame para ganhar o benefício foi o maior desafio de minha vida: tive que voltar a estudar aos 28 anos. Eu me dediquei como um maluco. No dia da minha formatura, o diretor-geral do que hoje é o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial do ITA — focado em pesquisa — me deu uma oferta de trabalho. Naquele momento, cheguei à seguinte conclusão: “Eu estou com a qualificação certa e trabalhando no lugar certo, agora cabe a mim fazer deste o momento certo”.
Apesar de eu não saber qual seria o resultado da minha caminhada, a decisão que tomei quando jovem — de ser engenheiro aeronáutico em um país aonde ainda não existia sequer o curso de engenharia aeronáutica — me fez perceber que eu tinha que ter a qualificação necessária para dominar o assunto. A Força Aérea criou o ITA em 1945. Eu me formei como oficial da Aeronáutica em 1951, mas tive que esperar cerca de sete anos para cumprir os requisitos legais para pleitear uma das bolsas oferecidas aos oficiais da Aeronáutica para estudar no instituto. Passar no exame para ganhar o benefício foi o maior desafio de minha vida: tive que voltar a estudar aos 28 anos. Eu me dediquei como um maluco. No dia da minha formatura, o diretor-geral do que hoje é o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial do ITA — focado em pesquisa — me deu uma oferta de trabalho. Naquele momento, cheguei à seguinte conclusão: “Eu estou com a qualificação certa e trabalhando no lugar certo, agora cabe a mim fazer deste o momento certo”.
Quais os maiores desafios enfrentados e os sacrifícios que teve que fazer?
Tentar convencer as pessoas que estavam ao meu redor de que, com a ajuda delas, podíamos ter sucesso com a fabricação de aviões. Hoje, no Brasil, o grande problema é que muitos não acreditam que possam competir com o Hemisfério Norte. Nós temos uma indústria de avião brasileiro, a Embraer, por exemplo, mas não temos um automóvel brasileiro — justamente porque não houve uma pessoa na época da implantação da indústria automobilística brasileira que tenha persistido nesse ramo. O país passa por um período no qual mudanças são absolutamente necessárias. As pessoas jogam a responsabilidade pelo sucesso da nação apenas para o governo e terceiros, mas eu digo: veja o que você pode fazer e faça!
Tentar convencer as pessoas que estavam ao meu redor de que, com a ajuda delas, podíamos ter sucesso com a fabricação de aviões. Hoje, no Brasil, o grande problema é que muitos não acreditam que possam competir com o Hemisfério Norte. Nós temos uma indústria de avião brasileiro, a Embraer, por exemplo, mas não temos um automóvel brasileiro — justamente porque não houve uma pessoa na época da implantação da indústria automobilística brasileira que tenha persistido nesse ramo. O país passa por um período no qual mudanças são absolutamente necessárias. As pessoas jogam a responsabilidade pelo sucesso da nação apenas para o governo e terceiros, mas eu digo: veja o que você pode fazer e faça!
Qual é o primeiro passo que um jovem deve dar para tirar os onhos do campo das ideias?
Ser um empreendedor de sucesso não depende só do passo inicial. Depois do primeiro, há os seguintes, e o profissional deve continuar buscando melhorar ao longo do tempo. O empreendimento não é uma coisa morta, pelo contrário: há um caminho a se percorrer em que a pessoa deve saber tomar decisões até atingir o êxito. Em vez de ficar mensurando se está sonhando alto demais — o que não importa, pois as metas maiores são atingíveis, só levarão mais tempo para serem conquistadas —, é fundamental persegui-las de todas as maneiras possíveis e não se intimidar com os fracassos. Dificuldades todos têm, tanto aqueles que falham quanto os que obtém sucesso, o que os diferencia é a capacidade de persistir até atingir o êxito nos projetos.
Ser um empreendedor de sucesso não depende só do passo inicial. Depois do primeiro, há os seguintes, e o profissional deve continuar buscando melhorar ao longo do tempo. O empreendimento não é uma coisa morta, pelo contrário: há um caminho a se percorrer em que a pessoa deve saber tomar decisões até atingir o êxito. Em vez de ficar mensurando se está sonhando alto demais — o que não importa, pois as metas maiores são atingíveis, só levarão mais tempo para serem conquistadas —, é fundamental persegui-las de todas as maneiras possíveis e não se intimidar com os fracassos. Dificuldades todos têm, tanto aqueles que falham quanto os que obtém sucesso, o que os diferencia é a capacidade de persistir até atingir o êxito nos projetos.
Você escreveu o livro Cartas a um jovem empreendedor: Realize seu sonhos (edição esgotada), voltado para aqueles que empreenderam ou sonham em empreender. Quais são as características essenciais que todo homem ou mulher de negócios deve desenvolver?
As habilidades são consolidadas a partir de um processo de formação educacional, uma espécie de trampolim que te habilita a saltar. Entretanto, para saltar, é preciso ter outras competências como vontade, liderança, disposição, paixão pelo que faz, acreditar nos objetivos, saber conquistar a confiança das pessoas. Você tem que trabalhar muito para ter sucesso. Além disso, é imprescindível criar uma espécie de inquietação sobre o que existe ao nosso redor, saber que as coisas podem ser melhoradas — isso significa ter mentalidade empreendedora voltada para a inovação.
As habilidades são consolidadas a partir de um processo de formação educacional, uma espécie de trampolim que te habilita a saltar. Entretanto, para saltar, é preciso ter outras competências como vontade, liderança, disposição, paixão pelo que faz, acreditar nos objetivos, saber conquistar a confiança das pessoas. Você tem que trabalhar muito para ter sucesso. Além disso, é imprescindível criar uma espécie de inquietação sobre o que existe ao nosso redor, saber que as coisas podem ser melhoradas — isso significa ter mentalidade empreendedora voltada para a inovação.
Muitos jovens anseiam crescer rapidamente na carreira. Ter pressa é positivo? Ou uma carreira sólida só se constrói com o tempo?
O contexto atual não oferece condições que favoreçam o sucesso em curto prazo. Em qualquer situação, entretanto, é primordial a persistência. Veja quanto tempo levei desde quando era um menino de 16 anos que pensava em fazer um avião até conseguir realizar o primeiro voo — mais de 20 anos! A trajetória é uma sequência de desafios. Depois do meu primeiro voo, por exemplo, o avião estava pronto, mas tínhamos que fabricá-lo. Depois que começamos a fabricar, era preciso vendê-lo. Os obstáculos vão apenas se modificando, mas não deixam de existir. Portanto, pensar em longo prazo é imprescindível. O que é dificultado pela recorrente mentalidade estritamente financeira que acredita que dinheiro deve fabricar dinheiro. No entanto, dinheiro deve fabricar valor, que é o que, de fato, trará mais recursos financeiros para o empreendimento.
O contexto atual não oferece condições que favoreçam o sucesso em curto prazo. Em qualquer situação, entretanto, é primordial a persistência. Veja quanto tempo levei desde quando era um menino de 16 anos que pensava em fazer um avião até conseguir realizar o primeiro voo — mais de 20 anos! A trajetória é uma sequência de desafios. Depois do meu primeiro voo, por exemplo, o avião estava pronto, mas tínhamos que fabricá-lo. Depois que começamos a fabricar, era preciso vendê-lo. Os obstáculos vão apenas se modificando, mas não deixam de existir. Portanto, pensar em longo prazo é imprescindível. O que é dificultado pela recorrente mentalidade estritamente financeira que acredita que dinheiro deve fabricar dinheiro. No entanto, dinheiro deve fabricar valor, que é o que, de fato, trará mais recursos financeiros para o empreendimento.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Região Centro-Oeste recebe R$ 11 milhões extras para combate ao Aedes aegypti e à microcefalia
Os recursos a mais irão se somar ao orçamento destinado às ações de vigilância em saúde
A presidenta Dilma Rousseff sancionou nessa sexta-feira (15) recurso extra de R$ 11.676.293 milhões à Região Centro-Oeste do país para intensificar as ações e medidas de vigilância, prevenção e controle da dengue, febre chikungunya e Zika, sobretudo, por conta da situação de emergência em saúde pública de importância nacional que o país vive. Com a medida, serão beneficiados 467 municípios da Região.
Os recursos extras, aprovados para todo o país, irão se somar ao orçamento aprovado de R$ 1,27 bilhão destinado às ações de vigilância em saúde. A este montante do orçamento serão adicionados R$ 600 milhões destinados à Assistência Financeira Complementar da União para os Agentes de Combate às Endemias.
COMBATE AO AEDES AEGYPTI
O governo federal tem reunido esforços para o combate ao mosquito Aedes aegypti, convocando o poder público e a população para uma ampla mobilização nacional para conter o mosquito. O governo federal mobilizou 19 ministérios e outros órgãos federais para atuar conjuntamente neste enfrentamento, além da participação dos governos estaduais e municipais.
Com isso, as visitas a residências para eliminação e controle do vetor ganharam o reforço das Forças Armadas e de mais de 266 mil agentes comunitários de saúde, além dos cerca de 44 mil agentes de endemias que já atuavam regularmente nessas atividades. A orientação é para que esse grupo atue, inclusive, na organização de mutirões de combate ao mosquito em suas regiões.
Os repasses de recursos do governo federal para o combate ao mosquito têm se mantido crescentes ao longo dos anos. Somente no ano de 2015, foi liberado para todo o país R$ 1,25 bilhão. Em 2011, este montante era de R$ 970,4 mil, o que representa um aumento de 28,8% nos recursos nos últimos cinco anos. O Ministério da Saúde também investiu, no ano de 2015, R$ 23 milhões na aquisição de inseticidas e larvicidas. Além das ações de apoio a estados e municípios, o Ministério da Saúde realiza a aquisição de insumos estratégicos e kits de diagnósticos, para auxiliar os gestores locais no combate ao mosquito.
DENGUE 2015
Em 2015, foram registrados 1.649.008 casos prováveis de dengue no país. A região Sudeste concentra o maior número de registros da doença com 62,2% (1.026.226) dos casos de todo o país, seguida pelas regiões Nordeste com 18,9% (311.519), Centro-Oeste com 13,4% (220.966), Sul com 3,4% (56.187) e Norte com 2,1% (34.110). Entre os estados, destacam-se Goiás (2.500,6 casos/100 mil hab.) e São Paulo (1.665,7 casos/100 mil hab.) No total, 22 estados apresentaram aumento no número de casos. Apenas Acre, Amazonas, Roraima, Piauí e o Distrito Federal tiveram redução.
CHIKUNGUNYA
Em 2015, foram registrados 20.661 casos suspeitos de febre chikungunya no país. Desse total, 7.823 casos foram confirmados e 10.420 estão em investigação. Atualmente, 84 municípios de 11 estados estão com transmissão autóctone (circulação) do vírus. Além disso, pela primeira vez no Brasil, foram confirmadas três mortes por chikungunya, sendo duas na Bahia e uma em Sergipe. As três vítimas eram idosas (85, 83 e 75 anos) e apresentavam histórico de doenças crônicas.
As medidas de prevenção para a doença são as mesmas já adotadas para a dengue, que se resume em evitar o acúmulo de água parada. A principal diferença nos sintomas das duas doenças é que, na febre chikungunya, a dor articular, que surge em 70% a 100% dos casos, é intensa e afeta principalmente pés e mãos.
ZIKA
Até o dia 9 de janeiro deste ano, foram registrados 3.530 casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus Zika. Os casos suspeitos da doença em recém-nascidos são computados desde o início das investigações (em 22 de outubro de 2015) e ocorreram em 724 municípios de 21 unidades da federação. Também estão em investigação 46 óbitos de bebês com microcefalia possivelmente relacionados ao vírus Zika, todos na região Nordeste.
Transtorno nos aeroportos de todo o país
INFRAESTRUTURA/ Mau tempo no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte fecha terminais e provoca atrasos de 274 voos
Rodolfo Costa
O mau tempo na Região Sudeste causou transtornos ontem a viajantes de todo o país. Devido às fortes chuvas que castigaram Belo Horizonte e Rio de Janeiro, operadoras aéreas e terminais aeroportuários registraram, até as 17h, 274 voos atrasados e 198 cancelados, em 47 terminais monitorados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (inham), a maioria dos transtornos aos consumidores ocorreu em decorréncia dos fatores climáticos. Estavam previstos 1.498 partidas, até o horário, em todo o país.
Somente em Brasília, dos 29 voos cancelados, 12 foram atribuídos, pelas empresas, ao mau tempo. "Os outros foram previamente suspensos", informou a assessoria da Inframérica, empresa responsável pela administração do terminal. Dos 22 voos atrasados, 12 partiram depois de 30 minutos do horário previsto, para Santos Dumont, e outros cinco, para Confins.
Eventuais problemas na operação de pouso ou decolagem em qualquer grande terminal do pais acaba gerando um efeito cascata e quase toda a malha aérea sofre alterações nos horários programados. Com o clima influenciando as operações, os aeroportos têm de trabalhar com auxílios de instrumentos, o que causa maior demora e concentração de operações na pista, provocando as demoras.
As más condições meteorológicas na capital mineira e região provocaram o fechamento do aeroporto internacional de Conins até as 15h10 de ontem. Na capital fluminense, o terminal Santos Dumont também ficou fechado e só teve a situação reestabelecida às 10h50. Durante o período de fechamento, alguns voos foram alternados para o Galeão, e outros voos foram cancelados, justificaram as companhias aéreas.
As empresas aéreas destacaram que estão prestando a devida assistência aos passageiros e trabalham para normalizar a situação o mais breve possível. A TAM informou que "a segurança é um valor imprescindível para a companhia". A Gol comunicou que, "ainda que indesejadas, eventuais alterações nos trajetos e horários dos voos se fazem necessárias". A Azul orienta que clientes com voos programados com destino ou origem em Belo Horizonte não se dirijam ao aeroporto de Confins e remarquem os voos. "Todas as remarcações estão sendo feitas sem custo e da melhor forma possível". declarou. A Avianca não se posicionou.
Negócios nas alturas
Como um jovem de 16 anos de família humilde que sonhava em construir aviões num país em que ainda não se fabricava aeronaves fundou a Embraer? Conheça esse e outros segredos da carreira de um dos maiores empreendedores do Brasil
Entrevista Ozires Silva
Formado em engenharia aeronáutica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) desde 1962 e mestre em ciências aeronáuticas pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia desde 1966, Ozires Silva, 85 anos, é um dos empreendedores e líderes mais respeitados do Brasil. Nascido e crescido em Bauru (SP), ele contribuiu enormemente para o desenvolvimento da indústria aeronáutica brasileira. Foi um dos fundadores e o primeiro presidente da Embraer, uma das maiores empresas aeroespaciais do mundo e, na primeira gestão, de 1969 a 1986, desenvolveu o famoso Bandeirante, além de outros seis aviões.
Em 1986, chegou à presidência da Petrobras, em que atuou até 1989. No ano seguinte, assumiu o Ministério da Infraestrutura e, em 1991, retornou à Embraer e conduziu o processo de privatização da empresa. Foi presidente da Varig em 2000; e, em 2003, criou a Pele Nova Biotecnologia, organização focada em saúde humana, desenvolvimento de tecnologias inovadoras na área de regeneração e engenharia tecidual. Pai de três filhos e viúvo, é presidente do Conselho de Administração da Anima Educação —companhia de capital aberto que atua na educação superior — e reitor da Unimonte, instituição particular de ensino superior localizada em Santos (SP).
Você imaginava que chegaria onde chegou no início da carreira?
Com certeza, não. Minha história de vida foi formada aos poucos. Depois de começar a me interessar por aviões, quando tinha cerca de 16 anos e estudava no Ginásio do Estado de Bauru e frequentava o Aeroclube da cidade, em vez de desejar ser piloto — como a maioria dos jovens —, me chamou a atenção a fabricação. Naquele ponto, comecei a me questionar por que o Brasil não fabricava aviões. Depois da invenção de Santos Dumont em 1906, o país abandonou a fabricação do invento com receio do mercado mundial. Eu não tinha a menor ideia do que aconteceria, apenas percebi que o avião era fabricável e não apenas pilotável. Então, comecei a traçar minha carreira procurando a qualificação necessária para trabalhar em uma fábrica de aeronaves.
Com certeza, não. Minha história de vida foi formada aos poucos. Depois de começar a me interessar por aviões, quando tinha cerca de 16 anos e estudava no Ginásio do Estado de Bauru e frequentava o Aeroclube da cidade, em vez de desejar ser piloto — como a maioria dos jovens —, me chamou a atenção a fabricação. Naquele ponto, comecei a me questionar por que o Brasil não fabricava aviões. Depois da invenção de Santos Dumont em 1906, o país abandonou a fabricação do invento com receio do mercado mundial. Eu não tinha a menor ideia do que aconteceria, apenas percebi que o avião era fabricável e não apenas pilotável. Então, comecei a traçar minha carreira procurando a qualificação necessária para trabalhar em uma fábrica de aeronaves.
Você traçou metas ou foi crescendo à medida que as oportunidades apareciam?
Apesar de eu não saber qual seria o resultado da minha caminhada, a decisão que tomei quando jovem — de ser engenheiro aeronáutico em um país aonde ainda não existia sequer o curso de engenharia aeronáutica — me fez perceber que eu tinha que ter a qualificação necessária para dominar o assunto. A Força Aérea criou o ITA em 1945. Eu me formei como oficial da Aeronáutica em 1951, mas tive que esperar cerca de sete anos para cumprir os requisitos legais para pleitear uma das bolsas oferecidas aos oficiais da Aeronáutica para estudar no instituto. Passar no exame para ganhar o benefício foi o maior desafio de minha vida: tive que voltar a estudar aos 28 anos. Eu me dediquei como um maluco. No dia da minha formatura, o diretor-geral do que hoje é o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial do ITA — focado em pesquisa — me deu uma oferta de trabalho. Naquele momento, cheguei à seguinte conclusão: “Eu estou com a qualificação certa e trabalhando no lugar certo, agora cabe a mim fazer deste o momento certo”.
Apesar de eu não saber qual seria o resultado da minha caminhada, a decisão que tomei quando jovem — de ser engenheiro aeronáutico em um país aonde ainda não existia sequer o curso de engenharia aeronáutica — me fez perceber que eu tinha que ter a qualificação necessária para dominar o assunto. A Força Aérea criou o ITA em 1945. Eu me formei como oficial da Aeronáutica em 1951, mas tive que esperar cerca de sete anos para cumprir os requisitos legais para pleitear uma das bolsas oferecidas aos oficiais da Aeronáutica para estudar no instituto. Passar no exame para ganhar o benefício foi o maior desafio de minha vida: tive que voltar a estudar aos 28 anos. Eu me dediquei como um maluco. No dia da minha formatura, o diretor-geral do que hoje é o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial do ITA — focado em pesquisa — me deu uma oferta de trabalho. Naquele momento, cheguei à seguinte conclusão: “Eu estou com a qualificação certa e trabalhando no lugar certo, agora cabe a mim fazer deste o momento certo”.
Quais os maiores desafios enfrentados e os sacrifícios que teve que fazer?
Tentar convencer as pessoas que estavam ao meu redor de que, com a ajuda delas, podíamos ter sucesso com a fabricação de aviões. Hoje, no Brasil, o grande problema é que muitos não acreditam que possam competir com o Hemisfério Norte. Nós temos uma indústria de avião brasileiro, a Embraer, por exemplo, mas não temos um automóvel brasileiro — justamente porque não houve uma pessoa na época da implantação da indústria automobilística brasileira que tenha persistido nesse ramo. O país passa por um período no qual mudanças são absolutamente necessárias. As pessoas jogam a responsabilidade pelo sucesso da nação apenas para o governo e terceiros, mas eu digo: veja o que você pode fazer e faça!
Tentar convencer as pessoas que estavam ao meu redor de que, com a ajuda delas, podíamos ter sucesso com a fabricação de aviões. Hoje, no Brasil, o grande problema é que muitos não acreditam que possam competir com o Hemisfério Norte. Nós temos uma indústria de avião brasileiro, a Embraer, por exemplo, mas não temos um automóvel brasileiro — justamente porque não houve uma pessoa na época da implantação da indústria automobilística brasileira que tenha persistido nesse ramo. O país passa por um período no qual mudanças são absolutamente necessárias. As pessoas jogam a responsabilidade pelo sucesso da nação apenas para o governo e terceiros, mas eu digo: veja o que você pode fazer e faça!
Qual é o primeiro passo que um jovem deve dar para tirar os onhos do campo das ideias?
Ser um empreendedor de sucesso não depende só do passo inicial. Depois do primeiro, há os seguintes, e o profissional deve continuar buscando melhorar ao longo do tempo. O empreendimento não é uma coisa morta, pelo contrário: há um caminho a se percorrer em que a pessoa deve saber tomar decisões até atingir o êxito. Em vez de ficar mensurando se está sonhando alto demais — o que não importa, pois as metas maiores são atingíveis, só levarão mais tempo para serem conquistadas —, é fundamental persegui-las de todas as maneiras possíveis e não se intimidar com os fracassos. Dificuldades todos têm, tanto aqueles que falham quanto os que obtém sucesso, o que os diferencia é a capacidade de persistir até atingir o êxito nos projetos.
Ser um empreendedor de sucesso não depende só do passo inicial. Depois do primeiro, há os seguintes, e o profissional deve continuar buscando melhorar ao longo do tempo. O empreendimento não é uma coisa morta, pelo contrário: há um caminho a se percorrer em que a pessoa deve saber tomar decisões até atingir o êxito. Em vez de ficar mensurando se está sonhando alto demais — o que não importa, pois as metas maiores são atingíveis, só levarão mais tempo para serem conquistadas —, é fundamental persegui-las de todas as maneiras possíveis e não se intimidar com os fracassos. Dificuldades todos têm, tanto aqueles que falham quanto os que obtém sucesso, o que os diferencia é a capacidade de persistir até atingir o êxito nos projetos.
Você escreveu o livro Cartas a um jovem empreendedor: Realize seu sonhos (edição esgotada), voltado para aqueles que empreenderam ou sonham em empreender. Quais são as características essenciais que todo homem ou mulher de negócios deve desenvolver?
As habilidades são consolidadas a partir de um processo de formação educacional, uma espécie de trampolim que te habilita a saltar. Entretanto, para saltar, é preciso ter outras competências como vontade, liderança, disposição, paixão pelo que faz, acreditar nos objetivos, saber conquistar a confiança das pessoas. Você tem que trabalhar muito para ter sucesso. Além disso, é imprescindível criar uma espécie de inquietação sobre o que existe ao nosso redor, saber que as coisas podem ser melhoradas — isso significa ter mentalidade empreendedora voltada para a inovação.
As habilidades são consolidadas a partir de um processo de formação educacional, uma espécie de trampolim que te habilita a saltar. Entretanto, para saltar, é preciso ter outras competências como vontade, liderança, disposição, paixão pelo que faz, acreditar nos objetivos, saber conquistar a confiança das pessoas. Você tem que trabalhar muito para ter sucesso. Além disso, é imprescindível criar uma espécie de inquietação sobre o que existe ao nosso redor, saber que as coisas podem ser melhoradas — isso significa ter mentalidade empreendedora voltada para a inovação.
Muitos jovens anseiam crescer rapidamente na carreira. Ter pressa é positivo? Ou uma carreira sólida só se constrói com o tempo?
O contexto atual não oferece condições que favoreçam o sucesso em curto prazo. Em qualquer situação, entretanto, é primordial a persistência. Veja quanto tempo levei desde quando era um menino de 16 anos que pensava em fazer um avião até conseguir realizar o primeiro voo — mais de 20 anos! A trajetória é uma sequência de desafios. Depois do meu primeiro voo, por exemplo, o avião estava pronto, mas tínhamos que fabricá-lo. Depois que começamos a fabricar, era preciso vendê-lo. Os obstáculos vão apenas se modificando, mas não deixam de existir. Portanto, pensar em longo prazo é imprescindível. O que é dificultado pela recorrente mentalidade estritamente financeira que acredita que dinheiro deve fabricar dinheiro. No entanto, dinheiro deve fabricar valor, que é o que, de fato, trará mais recursos financeiros para o empreendimento.
O contexto atual não oferece condições que favoreçam o sucesso em curto prazo. Em qualquer situação, entretanto, é primordial a persistência. Veja quanto tempo levei desde quando era um menino de 16 anos que pensava em fazer um avião até conseguir realizar o primeiro voo — mais de 20 anos! A trajetória é uma sequência de desafios. Depois do meu primeiro voo, por exemplo, o avião estava pronto, mas tínhamos que fabricá-lo. Depois que começamos a fabricar, era preciso vendê-lo. Os obstáculos vão apenas se modificando, mas não deixam de existir. Portanto, pensar em longo prazo é imprescindível. O que é dificultado pela recorrente mentalidade estritamente financeira que acredita que dinheiro deve fabricar dinheiro. No entanto, dinheiro deve fabricar valor, que é o que, de fato, trará mais recursos financeiros para o empreendimento.
O mistério do voo SP-Paris
Corpo encontrado no trem de pouso de avião que saiu do Brasil expõe as falhas de segurança nos aeroportos
Ludmilla Amaral
Um corpo encontrado no trem de pouso do Boeing 777 da Air France no aeroporto de Paris-Orly no domingo 10 mostrou como os aeroportos do mundo estão vulneráveis. O vôo havia saído de São Paulo na sexta-feira 8. A identidade do homem ainda não foi revelada e o corpo foi levado ao Instituto Médico Legal da capital francesa para identificação. De acordo com a imprensa francesa, autoridades acreditam se tratar de um caso de tentativa de imigração ilegal para o país. Ainda não se sabe quando a pessoa teria entrado no trem de pouso porque a aeronave esteve na África antes de seguir para o Brasil. “Infelizmente, são casos cada vez mais frequentes em nossos aeroportos”, disse o comandante da Gendarmerie des Transports Aériens (GTA) de Paris-Orly.
Essa não é a primeira vez que um corpo é encontrado no trem de pouso de um avião. Em 2013, aconteceram dois casos parecidos. Primeiro o cadáver de um imigrante dos Camarões foi descoberto no mesmo local da aeronave, no Aeroporto Charles de Gaulle. Depois, o corpo do moçambicano José Matada, 30 anos, caiu de um avião sobre um bairro de Londres, na Inglaterra. Segundo uma autópsia, ele teria morrido de ferimentos múltiplos.
Para o comandante Bolívar Kotez, Associação de Pilotos da Aviação Civil (Abrapac), essa é uma situação difícil de acontecer, mas que uma falha na vigilância pode tornar possível. “É preciso trabalhar na prevenção para que isso não ocorra”, disse Kotez. “A vigilância nos aeroportos precisa ser aumentada e as próprias companhias aéreas devem colaborar.” Os especialistas em segurança de voo dizem que a entrada de qualquer pessoa em locais próximos a aviões é uma falha de segurança gravíssima. As chances de alguém sobreviver no trem de pouso de um voo com duração de uma rota como a São Paulo-Paris (cerca de 11 horas) são mínimas, por conta das baixas pressão e temperatura. Quase não há oxigênio no compartimento e também há o risco de esmagamento no momento da aterrissagem. A Air France lamentou o acidente: “A companhia lamenta profundamente esse incidente trágico e se coloca à disposição para colaborar com o processo de investigação.”
Rede de supermercados pode fechar mais duas lojas
Waldemar Gonçalves
Baixas I – Depois do fechamento da unidade da Julio de Castilho do Comper, são fortes os boatos de que outras duas lojas vão encerrar as atividades. A direção da rede até tentou negar a informação, mas perguntou como a reportagem estava sabendo. Se a previsão se confirmar, moradores próximos a duas unidades da região central vão perder o supermercado próximo.
Baixas II – A direção também nega veemente que funcionários do Comper da avenida Julio de Castilho tenham sido demitidos. Afirma que todos foram remanejados. Mas, nesta semana havia trabalhador fazendo acerto no Sindicato dos Comerciários. A informação que corre é de que novos cortes devem ocorrer.
Dureza – A primeira agenda da governadora em exercício Rose Modesto foi dureza. Ontem pela manhã, por quase duas horas, ela ficou em pé, sem poder sair do lugar, durante longa cerimônia de transmissão de comando da Base Aérea de Campo Grande, que teve direito a um discurso de 40 minutos do tenente coronel Potiguara Vieira, que deixou o cargo para ser adido militar na capital dos Estados Unidos, Washington.
Faltou – Depois das tratativas do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), com o Exército para execução de obras de recapeamento na Capital, a falta do comandante da cidade na troca de comando da Base Aérea foi sentida pelos presentes, que teve a participação da governadora em exercício.
Sensível – Durante a solenidade, o tenente coronel aviador Potiguara Vieira Campos quebrou o protocolo por várias vezes. Emocionado, em sua fala se dirigiu ao substituto, Daniel Cavalcante de Mendonça, como “Dani”. Depois disse que não tinha vergonha de chorar se assim acontecesse pela emoção da despedida. Algo pouco corriqueiro de ouvir no ambiente militar.
Celular – Ao final, além do aperto de mão, deu um forte abraço no amigo que estava assumindo o comando. Ainda na solenidade, no ato de entrega da medalha ao substituto, coronel Potiguara colocou a nova insígnia do comando no peito do tenente coronel aviador Daniel Cavalcante e, em seguida, tirou um celular do bolso com a mão direita, ergueu o braço mostrando o aparelho para toda a tropa e aos presentes e o repassou. Tratava-se do aparelho funcional que fica a cargo da chefia.
Férias – O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) manteve em segredo o local onde passará parte de seus primeiros 15 dias de recesso desde que assumiu o cargo. Fontes próximas a ele garantem que o destino é uma praia paradisíaca no litoral baiano. O restante dos dias de folga ele passa na fazenda, em Maracaju.
Missão – À substituta, Rose Modesto, deixou como principal missão cuidar dos municípios em emergência por conta das chuvas em Mato Grosso do Sul. Ela já tratou de agendar para segunda-feira (18) visita justamente a Aquidauana, uma das regiões mais afetadas.
Tô nem aí – Mesma preocupação que o governador parece não ter o prefeito José Henrique Trindade (PDT). Está de férias no Rio de Janeiro. Nada demais, não fosse o fato de Aquidauana, a cidade que em tese ele comanda, estar parcialmente debaixo d’água, com famílias desabrigadas e prejuízos milionários acumulando-se. Seu retorno era esperado para ontem, mas até agora não houve sinal dele no município.
Socorro – O atendimento a feridos em um acidente de trânsito em Campo Grande, ontem, teria demorado mais do que o normal porque o Corpo de Bombeiros estaria com muita demanda e viaturas “baixadas”, ou seja, paradas para manutenção, segundo relato de profissionais da área. O problema também estaria novamente afetando o Samu.
Governo tenta barrar aumento de 31% em taxas de "flanelinhas" de navios
De uma vez só, os preços da praticagem no Porto de Santos aumentaram 31,4%. Esse é o serviço de manobra de navios, que deve ser feito com apoio de especialistas (os práticos), já que se trata de operação de risco.
O ajuste foi ordenado pela Justiça, que mandou adequar os preços pela soma do IPCA de quatro anos. O governo, que foi obrigado a determinar o aumento, irá recorrer da decisão. A tabela de valores da praticagem é determinada pela Marinha. Em 2012, a presidente Dilma criou um grupo para repensar a maneira como o serviço é prestado e a lógica da precificação. Quando a comissão foi instalada, os valores ficaram congelados.
No fim do ano passado, a Justiça determinou a correção da tabela retroativa a 2011, e os novos preços passaram a valer na quinta-feira (14), quando foram publicados no Diário Oficial. Em nota, a Secretaria dos Portos afirma que "trabalha com o intuito de aprimorar a gestão e reduzir os custos do setor portuário". É a comissão que irá recorrer à Justiça. A tabela é usada se não há acordo com as empresas que fretam navios, que são casos mais frequentes com os armadores estrangeiros.
"Essas empresas trabalham em dólar. Mesmo com a atualização dos valores, o preço teve queda de 40%", diz Marcos Jorge Matusevicius, executivo da associação. A praticagem de Santos cobra preços semelhantes aos do resto do mundo e e esse não é um item de peso no valor total do frete, segundo ele. A Centronave, a associação de empresas de navegação, não se pronunciou.
O DIARIO
História de aviação e ortodontia
Manutenção e revisões rigorosas e periódicas, além de constante qualificação dos pilotos, são importantes medidas que devem ser adotadas sempre para evitar tragédias com aviões. O alerta é do piloto civil mogiano Galdino Iague Junior, 72 anos, que descobriu ainda na infância a paixão por aeronaves, acompanhando o pai, o comerciante Galdino Iague, em seus voos no antigo Aeroclube de Braz Cubas. Depois, passou a montar aeromodelos e a disputar campeonatos pela Associação Mogiana de Aeromodelismo (AMA). Já na juventude, iniciou o curso para garantir o brevê em São José dos Campos e o concluiu no Aeroclube de Mogi das Cruzes (Irohy), que hoje leva o nome de Biritiba Mirim, onde durante 12 anos foi diretor de materiais, além de atuar como auxiliar de instrução e navegação junto aos alunos formados no local. Mogiano nascido na região central, aos 7 anos ele já ajudava o pai na Casa Iague, fundada pelo avô Vicente Iague, em 1905, e hoje comandada por sua mulher, a professora aposentada Clélia Pereira das Neves Iague. Galdino iniciou os estudos no Curso Primário Anexo ao Ginásio Estadual e Escola Normal de Mogi e depois do preparatório para o Exame de Admissão, ingressou no Ginásio do Estado. Lá também fez o primeiro ano do colegial, mas transferiu-se para o curso técnico de Química Industrial do Liceu Braz Cubas e, em seguida, concluiu o colegial no Colégio Piratininga, na Capital. No ensino superior, formou-se em Biologia e Odontologia na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), onde lecionou 30 anos. Antes, deu aulas na rede estadual em escolas de Salesópolis e no Cocuera, na Cidade. O consultório de odontologia foi aberto em 1973 e até o ano passado Galdino ainda atendia alguns de seus pacientes lá. Na entrevista a O Diário, ele compartilha suas histórias com os leitores:
(Carla Olivo)
No início do mês, mais um acidente aéreo na região de Paraty, no Rio de Janeiro, teve ligação com Mogi das Cruzes, já que a aeronave pertencia ao Grupo Shibata, da Cidade. Como prevenir acidentes como este?
As dificuldades impostas pela serra e pelas más condições climáticas contribuíram para o acidente, mas já houve outros ligados a Mogi das Cruzes naquela região do Rio de Janeiro, com vítimas fatais. Se levarmos em conta o número de acidentes envolvendo automóveis e aviões, proporcionalmente há muito mais tragédias com veículos terrestres. Só que quando cai um avião, existe a possibilidade de morrer muito mais pessoas, então estes casos chamam maior atenção. Porém, acredito que ninguém vai embora antes de chegar a hora. Minha mãe sempre teve preocupação com os acidentes aéreos, mas o perigo está em todo o lugar. Para prevenir tragédias, os aviões precisam passar por manutenção rigorosa e os pilotos devem ter qualificação constante. Panes acontecem, mas são raras quando há revisões periódicas. Para voar, um avião deve estar impecável, hoje a tecnologia ajuda muito nisso e há aeronaves que fazem voos por instrumentos e pousam até sozinhas. Costumam dizer que só voa quem gosta e que, em sua primeira fase, o piloto paga para voar. Depois, recebe para voar e, por, fim, chega a hora em que paga para não voar (rsss).
Como teve início seu envolvimento com a aviação?
Aos 7 anos, já voava com meu pai no antigo Aeroclube de Braz Cubas, onde também soltava meus aeromodelos, que adorava montar. Com kits fazia desde planadores simples até os mais complexos e participava de campeonatos pela Associação Mogiana de Aeromodelismo (AMA), com sede na loja Moderna, que ficava na esquina das ruas José Bonifácio e Dr. Deodato Wertheimer. Quando houve o acidente com o avião Paulistinha, que participava das comemorações do aniversário da Cidade, em 1º de setembro de 1948, com a morte dos aviadores Joaquim Frederico Muhleise e Wilson Abreu, a atividade esfriou na Cidade. Já jovem, estudei um ano em São José dos Campos para tirar o brevê da Aeronáutica, mas como o curso de piloto estava sendo aberto em Mogi, voltei para cá e tirei o documento em 1966, no então Aeroclube de Mogi das Cruzes, o Irohy, que hoje leva o nome de Biritiba Mirim. Lá, fui diretor de materiais durante 12 anos e também atuava como auxiliar de instrução e navegação dos alunos. Várias pessoas se formaram lá e o movimento era grande na pista construída com a ajuda de todos e o trator emprestado do também piloto Élcio Jungers.
Havia acidentes lá?
Poucos, mas a grande maioria era de pequenas proporções. Lembro-me apenas de um com vítima fatal, quando socorri o Hirota e outra pessoa que voava com ele em um Cap-4 Paulistinha. Na decolagem, o avião subiu e depois caiu de bico no chão. Levei os dois na minha Variant à Santa Casa. O outro só engessou o pé, mas o Hirota havia batido a cabeça e morreu. Eu também enfrentei uma falha e justo na primeira vez que levei a Clélia, ainda como namorada, para voar comigo. Neste dia, o parafuso da roda de trás quebrou e ficou só na mola. Mas nós já estávamos pousando e não houve problemas maiores.
E o sonho de contar com um aeroporto em Mogi das Cruzes?
Sempre escutei esta conversa na Cidade, mas até agora não houve avanços. Ouvi dizer que o Horii (Fumio Horii, empresário) construiu uma pista no hotel com capacidade até para pouso de jatos. Mas várias áreas, como o próprio bairro Jardim Aeroporto, que recebeu este nome por causa desta proposta, e Jundiapeba, já foram indicadas para receber o aeroporto. Só que Mogi está muito perto de Guarulhos, onde fica o Aeroporto Internacional de Cumbica, e também de Congonhas, por isso não acredito que isso vá se concretizar um dia. Além disso, a Cidade cresceu muito e agora quase não há mais grandes áreas disponíveis.
Vamos recordar histórias da infância. Em qual região da Cidade o senhor nasceu?
Quando nasci, meus pais (Galdino Iague e Dalva Zicardi Iague) moravam em uma casa na esquina das ruas Padre João e Dr. Ricardo Vilela, no Centro da Cidade. Era 1943, época da Guerra e havia racionamento de farinha de trigo, óleo, leite e quem tinha carro usava gasogênio. Todos viviam um momento difícil, mas minha infância, ao lado do meu irmão caçula Sérgio Roberto, foi boa apesar do meu pai, que era comerciante, trabalhar muito na Casa Iague, fundada por meu avô, Vicente Iague, em 5 de abril de 1905, primeiramente na esquina das ruas Coronel Souza Franco e Capitão Manoel Caetano, no Centro. Ali, além de tecidos, havia ferragens, armarinhos em geral, fogos e material explosivo, como salitre, enxofre e colorato para confecção de fogos, roupas, artigos de papelaria, entre outros. Aos 2 anos, fui morar na Coronel Souza Franco, 667, vizinho à loja. Depois, a loja foi para outra numeração da mesma rua e há 11 anos está na Professor Flaviano de Melo com entrada também pela Paulo Frontin.
Como era o comércio mogiano?
Na Coronel Souza Franco, tínhamos o Mercado Municipal, que sempre foi bem movimentado e onde a maioria dos mogianos, inclusive da zona rural, fazia compras, além de alguns armazéns de secos e molhados, como o do meu tio avô Narciso. Havia ainda as Casas São João, Sucena, das Noivas, Amazonas e Oliveira, que vendia ferragens e materiais de construção e onde meu pai contava que sempre chegavam barris com 200 quilos de cimento. Com o tempo, a loja da minha família passou a vender mais tecidos, chapéus, camisas e ternos. Como o pessoal que morava na roça tinha dificuldade de levar os tecidos às costureiras, meu pai fazia as encomendas a profissionais da Cidade que costuravam as peças e ele as vendia prontas na loja para os moradores da zona rural. Estes clientes gostavam, principalmente, de roupas feitas com o brim conhecido como "arranca toco", porque era bem resistente e mais barato. Eles costumavam vir dos sítios para a região central fazer compras e deixavam seus cavalos amarrados em madeiras, em uma área da Coronel Souza Franco, quando a rua começa a alargar, perto de onde morava o Nesclar Farias Guimarães. Ali havia até um bebedouro de água para isso. Minha mãe também atendia no balcão e eu, desde os 7 anos, já comecei a ajudar, mas ficava mais na venda de munições e espingardas. Lembro que muita gente ia até a loja não apenas para comprar, mas também para bater papo e contar histórias.
Onde o senhor estudou?
Estudei no Curso Primário Anexo ao Ginásio Estadual e Escola Normal de Mogi, que funcionava na área hoje ocupada pela Diretoria Regional de Ensino. Tive professores muito bons e exigentes, como dona Alice, que me deu aulas na primeira e segunda séries, e Ivone Capelli. Em seguida, fiz o curso preparatório para o Exame de Admissão com as donas Celeste e Etelvina, que tinham salas de aula em cima de uma bicicletaria da Rua Dr. Paulo Frontin, no Centro. Aprovado, ingressei no Ginásio do Estado, que era o único público da Cidade e bastante concorrido. Tive aulas com os professores Antônio Mármora Filho, de Música; Lozine, Toninho e Polimeno, de Matemática; Maria Nair, de Língua Portuguesa; Jair Batalha, de Geografia; Paulo, de História; entre outros. Ali a disciplina era rígida e os alunos não entravam atrasados e se estivessem sem uniforme.
O senhor participou da fanfarra da escola?
Toquei corneta em si, caixa, surdo e prato na fanfarra da escola, que vivia uma grande rivalidade com o grupo formado por alunos do Liceu Braz Cubas. Participávamos de vários concursos, principalmente na Capital, com os toques criados pelo professor Nicão e as escocesinhas na frente de todos. Os ensaios eram escondidos da turma do Liceu e aconteciam geralmente perto do Cemitério São Salvador, onde quase não havia residências, apenas um conjunto de casas para funcionários da Central do Brasil. Também participei da Brascol, uma competição envolvendo várias modalidades esportivas entre os alunos do Ginásio do Estado e do Liceu. Nestas ocasiões ficava mais na torcida, porque era do terceiro time de vôlei e do primeiro de beisebol, sendo que este último disputava os campeonatos interclasses. Éramos treinados pelo professor de Educação Física, Hugo Ramos, e na minha sala havia vários alunos da colônia. Depois do Ginásio, fiz o primeiro ano do colegial normal lá, fui para o técnico de Química Industrial do Liceu e em seguida conclui o colegial no Colégio Piratininga, na Capital.
UMUARAMA ILUSTRADO (PR)
POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
Eliseu Gonçalves
Nas várias missões de incumbência militar é exigida plena retidão comportamental desses profissionais baseados na hierarquia e disciplina, princípio constitucional (art. 42 e art. 142 CF) destinado às instituições militares que reflete no respeito às autoridades, leis, regulamentos, normas internas e continuidade da cultura militar.
Os militares federais (Exército, Marinha e Aeronáutica) e militares estaduais (Policias e Bombeiros Militares), atuam em todo o território nacional com a missão precípua na defesa da pátria, garantia dos poderes constitucionais da lei e da ordem (art. 142 CF), bem como na preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e patrimônio (art. 144 CF).
A Justiça Militar é órgão do Poder Judiciário Brasileiro (art. 92 VI CF), existente nas esferas da Justiça Militar da União (arts 122 a 124 CF) e Justiça Militar Estadual (art. 125 §§ 3º a 5 CF), ela é especializada na aplicação da lei penal militar à categoria dos militares, aplica a lei e tutela valores intrínsecos da categoria.
Grosso modo, os crimes militares são divididos em tempo de paz e em tempo de guerra, com penas mais brandas os primeiros são praticados pelo militar quando estiver atuando em nome da corporação, serviço, manobras, local sujeito a administração militar, militar contra militar, a segunda previsão ocorre em tempo de guerra, zona de operações militares e locais militarmente ocupados, situações atípicas que exigem maior rigor ainda e excetua a regra, possibilitando inclusive a aplicação de pena de morte, conforme previsto no Código Penal Militar e Constituição Federal.
Parte da sociedade imagina erroneamente o foro militar como privilégio e corporativismo, mas nem mesmo a Lei 9099/95 que implantou os Juizados Especiais Cíveis e Criminais não se aplica em âmbito da Justiça Militar justamente pelo caráter despenalizador, inexiste o princípio de insignificância perante a hierarquia e disciplina, as penas em geral são maiores, ao principio da reabilitação se exige mais do que o dobro de tempo da lei penal comum, o rigor ainda prevalece.
De acordo com Eduardo Cambi “as Constituições contemporâneas contêm um denso conteúdo material, composto por valores, princípios, direitos fundamentais e diretrizes aos poderes públicos e aos entes particulares, sendo difícil conceber um problema jurídico que não encontre alguma resposta no texto constitucional” (2011, p. 61), ou seja, dada a dúvida basta estudar a Carta Magna que tem-se a resposta, a “regra é clara” quando corretamente submissa ao texto constitucional.
A Lei 9299/96 alterou dispositivos do Código Penal Militar e Código de Processo Penal Militar afirmando que os crimes dolosos contra a vida e cometidos contra civil serão da competência da justiça comum e admite o foro militar especial, exceto nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil em tempo de paz.
O homicídio praticado pelo militar não deixou de ser crime militar, tão somente passou a ser processado pela justiça comum com “a competência do júri quando a vitima for civil” (art. 125 § 4º, CF). O inquérito policial militar ainda é procedimento competente da Polícia Judiciária Militar para tais casos através de suas corregedorias (art. 8º CPPM), sem desmerecer o importantíssimo trabalho das polícias civis, a qual incumbe às funções de polícia judiciária e apuração de infrações penais, exceto as militares (art. 144, § 4º CF).
Destarte, garantia constitucional (art. 5º XXXVIII, CF), o júri, é o tribunal formado pela sociedade que tem o poder decisório sobre a condenação ou não dos réus para os crimes dolosos contra a vida. Vê-se aqui algumas exigências do júri, ser crime, doloso e contra a vida, logo, se a atuação do militar não for dolosa, ou estiver revestida das excludentes de ilicitude ou antijuridicidade, ou não for contra a vida do civil, o processo e julgamento continuariam sendo de competência da Justiça Militar, o qual verificando as exigências de ser crime doloso contra a vida e praticado contra civil logicamente encaminhará os autos do inquérito policial militar às providências da justiça comum (art. 9º par. único CPPM).
Há de se esclarecer que, em sendo instaurado o Inquérito Policial Militar, este necessariamente será apreciado pelo Ministério Público, representante da lei e fiscal de sua execução, assim como o juiz, pode devolvê-lo para diligências. Tal procedimento não pode em hipótese alguma ser arquivado pela autoridade militar, que mesmo frente à inexistência de crime ou inimputabilidade do indiciado ele irá tramitar ao judiciário para análise.
Tal disciplina encontra um vácuo doutrinário expressivo, em virtude de não ser trabalhado em âmbito acadêmico e não ter atualizações legislativas necessárias por tratar de um grupo muito específico, estas matérias são aprofundadas principalmente pelos profissionais que atuam diretamente na área, com regras muitas vezes desconhecidas e não são reconhecidas, mas ainda estão em plena vigência e de acordo com o caderno constitucional.
MARKETS DAILY
Stock Watchlist: Embraer-Empresa Brasileira de Aeronautica (NYSE:ERJ)
As Embraer-Empresa Brasileira de Aeronautica (NYSE:ERJ) prepares to next report their earnings on or around 2016-03-03, investors will be keeping a close eye on the reported earnings per share figure and how it compares to the Wall Street analyst consensus estimate. Presently, sell-side analysts are predicting that the company will post quarterly EPS of $1.01 for the quarter ending on 2015-12-31. This consensus figure is based on the 8 brokers providing estimates.
In the last fiscal quarter, Embraer-Empresa Brasileira de Aeronautica (NYSE:ERJ) saw a surprise factor of 5.41%. Analyst forecasts were $0.02 away from the actual reported EPS result of $0.39. $0.05 was the standard deviation of estimates before the posted results.
Where do Analysts See the Stock Going?
Firms that cover Embraer-Empresa Brasileira de Aeronautica (NYSE:ERJ) are anticipating that the stock will see a price of $34.75 in the next year. This represents the consensus average based on the 8 analysts that are providing targets. The highest analyst target sees the stock going to $42 while the lowest target sees the stock heading to $31. $3.284 is the standard deviation for the price targets.
On an analyst ratings scale from one to five where a one represents a Strong Buy and a five represents a Strong Sell, Embraer-Empresa Brasileira de Aeronautica (NYSE:ERJ) has a 1.57 rating on a consensus basis. The three months ago rating for the company was at 1.57.
Embraer SA is a Brazil-based holding company primarily engaged in the manufacture of aircrafts. The Company’s business activities are divided into main business segments: Commercial Aviation; Defense and Security, and Executive Aviation. The Commercial Aviation segment is involved in the development, production and sale of commercial jets, as well as in the provision of support services, with emphasis on the regional aviation industry and aircraft leasing. The Defense and Security segment mainly includes the research, development, production and modification of defense aircrafts as well systems and software design. Through the Executive Aviation segment, the Company is active in the development, production and sale of business jets, provision of support services related to this sector of the market and aircraft leasing. The Company has subsidiaries, affiliated companies and representative offices in Brazil, the United States, France, Spain, Holland, Ireland and China, among others.
AQUI ACONTECE (AL)
Dengue: Penedo está entre as cidades que realizaram força-tarefa
Essa intenção consta no Plano de Ação de Combate ao Aedes Aegypti, cujas atividades foram iniciadas no dia 5 de janeiro. Até sexta-feira (15), foram nove dias de trabalho, 60 cidades percorridas, além de Maceió, onde foram assistidos 22 bairros.
A medida se deve ao número de casos registrados das doenças provocadas pelo Aedes aegypti e as complicações que essas epidemias causam à população, a exemplo dos casos de microcefalia e de síndrome de guillan-barré.
Daí a importância de intensificar as ações de controle vetorial, que visam inspecionar todos os domicílios e instalações públicas e privadas até o dia 31 de janeiro de 2016. A força-tarefa conta com a participação de agentes de combate a endemias, agentes comunitários de saúde, forças armadas, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e policiais militares.
No entanto, conforme a secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, “é importante que, além da força-tarefa que está nas ruas, visando combater o Aedes aegypti, a população também faça a sua parte, eliminando possíveis criadouros e abrindo as portas para os agentes”. De acordo com a gerente estadual de Vigilância Epidemiológica, Cleide Moreira, a manutenção dos cuidados para evitar a proliferação do mosquito continua sendo a estratégia mais efetiva.
“A eliminação de criadouros, a proteção dos depósitos de água, a coordenação, o monitoramento e o apoio ao trabalho dos agentes de endemias, a realização de mutirões de limpeza e a denúncia de imóveis abandonados e fechados que podem albergar grandes quantidades de criadouros são iniciativas locais que podem ajudar a reduzir e eliminar o vetor”, listou Moreira.
Mutirão - Em nove dias de trabalho, a iniciativa conjunta para intensificar as ações de controle vetorial já percorreu 60 municípios alagoanos, que têm como cidade sede a capital, Maceió, além de Delmiro Gouveia, Santana do Ipanema, Arapiraca, Palmeira dos Índios, Penedo, Maragogi e União dos Palmares.
Já em Maceió, os 22 bairros assistidos até então são Jatiúca, Ponta Verde, Pajuçara, Jaraguá, Ponta da Terra, Jacintinho, Farol, Gruta de Lourdes, Ouro Preto, Canaã, Jardim Petrópolis, Santa Lúcia, Tabuleiro do Martins, Antares, Benedito Bentes, Jacarecica, Garça Torta, Guaxuma, Riacho Doce, Pescaria, Ipioca e Serraria.
Nesta segunda-feira (18), as ações recomeçam, passando pelos municípios de Branquinha, Jacaré dos Homens, Coité do Nóia, Pindoba, Olho d’Água Grande e Matriz do Camaragibe. Em Maceió, os bairros a serem visitados são Feitosa, Serraria, Barro Duro e São Jorge.
Epidemiologia - Dados de 12 de janeiro de 2016 mostram que, de acordo com parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde, 39 municípios alagoanos estão em risco de surto pelo fato de registrarem um Índice de Infestação Predial (IIP) acima de 3%, e 33 municípios em alerta com IIP entre 1% e 3%. Ou seja, mais da metade dos municípios de Alagoas está em risco de surto ou em situação de alerta.
De janeiro de 2015 até 12 de janeiro de 2016, foram notificados 30.735 casos suspeitos de dengue, dos quais 16.835 foram confirmados. A circulação de febre chikungunya foi comprovada desde outubro do ano passado. Atualmente, são 123 casos confirmados dos residentes em 11 municípios. Até o dia 12 de janeiro de 2016, foi isolado o zika vírus em amostras de 34 pacientes, que foram também confirmadas.
Já as notificações recebidas pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) dão conta do registro de 154 casos suspeitos de microcefalia, sendo destes 152 casos em recém-nascidos e 2 casos intrauterinos, oriundos de 55 municípios.
A TRIBUNA (SP)
Projeto quer incluir agentes de trânsito entre profissões consideradas perigosas
Conforme o texto, estes trabalhadores se submetem a situações de constante risco
Um projeto de lei de autoria do deputado federal Décio Lima (PT-SC) pode fazer com que agentes de trânsito sejam incluídos na lista de profissões consideradas perigosas. A Câmara dos Deputados analisa a proposta em caráter conclusivo nas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Pela matéria, a fiscalização de trânsito, operação ou controle de tráfego de veículos terrestres fica incluída na relação das atividades consideradas periculosas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Conforme o texto, estes trabalhadores se submetem a situações de constante risco ao se expor em cruzamentos e estações de passageiros, além do risco de morte do agente nas operações de fiscalização, a chamada “blitz”.
Segundo o deputado, a categoria contabiliza, em média, 15 mortes por ano. O que, frente ao efetivo nacional, próximo a 25 mil agentes, representa um número proporcional de vítimas superior às ocorrências nas Forças Armadas e na própria Polícia Militar.
“Este risco de morte acompanha os Agentes da Autoridade de Trânsito mesmo após estes retirarem o uniforme que caracteriza a atividade. Fato ilustrado por diversas vezes na mídia, em vários estados da federação, onde o infrator persegue e por vezes mata o fiscal”, lembrou Décio Lima.
UAI EM (MG)
Aeroporto de Confins tem 189 voos cancelados e passageiros enfrentam caos no terminal
Neste sábado, filas tomaram conta do saguão, com passageiros sentados no chão e goteiras
Mateus Parreiras , Cristiane Silva
A Defesa Civil prevê mais chuva pelo menos até terça-feira em Minas Gerais. Neste sábado, choveu mais de 80 mm em Belo Horizonte e a baixa visibilidade fez com que o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana, operasse por instrumentos, gerando cancelamentos e atrasos. A concessionária que administra o aeroporto, BH Airport, recomenda que passageiros com viagem marcada procurem sua companhia aérea para receber orientações.
O terminal chegou a fechar durante a tarde de sábado, segundo a concessionária. Até as 18h, 189 voos haviam sido cancelados e quem esteve no aeroporto encontrou saguões lotados e até goteiras. Abaixo, tudo o que você precisa saber sobre atrasos e cancelamentos, em vídeo do blog Viajando Direito, do Portal Uai.
Conforme o último boletim da BH Airport, da meia-noite até as 14h deste sábado, além dos cancelamentos, outros 25 voos estavam atrasados, sendo 15 partidas. "Os atrasos e cancelamentos trazem reflexos na infraestrutura que é planejada para a demanda em condições normais de operação. Por isso, é recomendável que os passageiros entrem em contato com a companhia aérea", explica a responsável pelo terminal, no boletim divulgado em seu site.
No Terminal 1, destinado a voos nacionais, as filas nos balcões das companhias aéreas para remarcações e reclamações se misturam, transformando tudo em uma única multidão. Por todos os lados, passageiros empurram pilhas de malas e as pessoas com crianças de colo se ajeitam como podem. Até mesmo o sinal de telefonia celular começa a falhar, com muitas pessoas usando a rede.
As mesas e cadeiras dos cafés são ocupadas por idosos procurando descanso. Outras pessoas estão sentadas no chão, impacientes. Agentes das empresas passam no grito avisando sobre as alterações. Há goteiras no teto, e como não há espaço para limpeza, há baldes de lixo contendo a água. Molhados, os calçados dos passageiros espalham ainda mais sujeira pelo piso.
“É um absurdo um aeroporto com esse porte, que tem intenção de ser um hub internacional e nacional, não suportar condições climáticas que nem são tão severas assim”, diz Carlos Gonçalves, 37 anos, aguardando um voo da TAM de BH para Brasília desde 8h. Ele se encontra no status “atrasado por condições meteorológicas”.
"É um absurdo total. Estou passando as férias no aeroporto. Ninguém sabe informar se vou voar hoje ainda. Como que uma simples chuva em pleno século XXI provoca tanto tumulto?", reclama Teresinha Viana, analista educacional, 64 anos, que partiria em um voo da Gol para Recife, que foi cancelado.
Confins opera por instrumentos pelo quarto dia consecutivo. De acordo com a assessoria de imprensa da BH Airport, não é possível calcular por quantas horas o terminal operou nestas condições, já que a operação é alternada à medida em que as condições de visibilidade melhoram ou pioram ao longo do dia. Com a operação por instrumentos, há uma grande concentração de voos ao mesmo tempo, o que leva a uma demora na acomodação das aeronaves na pista, gerando atraso.
Questionada sobre o ILS (Instrument Landing System) - um dos equipamentos de auxílio à aeronavegação, utilizado em situações de baixa visibilidade –, a BH Airport informa que ele está funcionando normalmente. No entanto, quando a visibilidade se encontra abaixo do mínimo (o teto é de 300 pés), muitas vezes nem o aparelho vai ser suficiente para operar o pouso. Assim, o piloto e a companhia optam por cancelar ou operar por instrumentos.
CAVOK
Brasil e Argentina retomam parcerias na área de defesa Por LaMarca
Por LaMarca
A reunião entre os chanceleres Mauro Vieira, do Brasil, e Susana Malcorra, da Argentina, ocorrida na última quintafeira (14), em Buenos Aires, abriu caminho para ambos os países retomarem parcerias em iversas áreas, incluindo a de defesa.
Segundo Vieira, no encontro os ministros falaram sobre os interesses dos dois países o acordo de produção da aeronave militar KC390, um cargueiro projetado pela Força érea Brasileira (FAB) e fabricado pela Embraer com a participação de outros três países Argentina, Portugal e República Tcheca.
Segundo o brasileiro, também ficou decidido no encontro que ministros de diversas áreas, como Fazenda e Ciência e Tecnologia dos dois países manterão reuniões periódicas com o objetivo de estreitar relações em projetos de interesse comum.
Depois do encontro com a chanceler, Vieira esteve na Casa Rosada. Ele foi o primeiro ministro de relações exteriores recebido pelo presidente Mauricio Macri. Na reunião, entregou uma carta da presidente Dilma Rousseff convidando Macri para visitar o Brasil como chefe de Estado. O presidente argentino reuniuse com Dilma no fim do ano passado, logo após ser eleito.
FONTE: Valor Econônico
EDIÇÃO: Cavok
FONTE: Valor Econônico
EDIÇÃO: Cavok
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