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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 14/01/2016 / Restrição cai, e Congonhas volta a ter voos para o país todo após 9 anos


Restrição cai, e Congonhas volta a ter voos para o país todo após 9 anos ...


Depois de um hiato de quase nove anos, o aeroporto de Congonhas (zona sul de SP) voltará a ter voos para as principais capitais do Nordeste.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) derrubou em dezembro uma restrição —em vigor desde 2007— que limitava a uma distância de 1.500 km em linha reta os voos a partir do aeroporto, o terceiro maior do país em número de passageiros. Assim que a decisão saiu, Gol, Azul e Avianca pediram os primeiros voos. A Gol começa em 28 de janeiro 26 frequências semanais (ida e volta) de Congonhas para o Recife.

Planeja, também, voar para Fortaleza, Natal, João Pessoa e Maceió ainda neste semestre, diz Alberto Fajerman, diretor de relações institucionais da Gol. O objetivo é dar conta da demanda por turismo interno, aquecido pela alta do dólar, ao mesmo tempo em que compensa a perda de passageiros corporativos.

A Avianca fará um voo para Fortaleza aos sábados, com volta aos domingos, com início em 20 de fevereiro. Já a Azul voará a partir de 2 de abril para Recife, Maceió e Natal, com um voo semanal cada um, aos sábados. A empresa anunciou voos também para Salvador e Porto Seguro, para onde os voos já podiam ocorrer antes de a restrição ser revogada. O foco também é o turismo.

Não houve acréscimo ao movimento do aeroporto, limitado a 34 movimentos de pouso e decolagem por hora.

Na Gol, a substituição foi por um voo diário da ponte aérea. A Avianca usará o horário de um voo a Salvador. Na Azul, serão usados slots (autorizações para pouso ou decolagem) que a empresa tinha disponíveis.

A TAM diz que ainda avalia "as possibilidades".

O cenário no setor é de retração diante do aumento do dólar e da recessão. As empresas têm anunciado corte na oferta de assentos.

Até a revogação da norma, os voos de São Paulo para as principais capitais do Nordeste eram feitas por Guarulhos –são 525 voos semanais. A GRU Airport, que administra o aeroporto, se disse favorável à liberalização de rotas domésticas e internacionais nos aeroportos brasileiros.

TÉCNICA
Segundo a Anac, não havia razão técnica ou econômica que justificasse manter a restrição. A intenção foi permitir ampliar a oferta. A modificação era um pedido constante das empresas.

A regra havia sido criada pela Anac após o acidente com o Airbus da TAM em 2007, para reduzir o uso do aeroporto. Na ocasião, 199 pessoas morreram. Outras duas medidas foram adotadas, ambas em vigor: uma delas reduziu os pousos e decolagens —Congonhas chegou a ter 50 movimentos/hora; hoje são 34. A outra foi não usar a pista auxiliar para voos comerciais.

Para o consultor Érico Santana, especialista em aeroportos, a quebra dessa barreira "não técnica" permite abertura de novas rotas e mercados. A medida, diz, abre caminho para outras possibilidades, como a reabertura de Congonhas para voos internacionais, desta vez só para a América do Sul.

A Abear (associação das aéreas) diz que a mudança é "positiva e necessária". "A exploração do pleno potencial do aeroporto de Congonhas traz benefícios para os passageiros em termos de facilidade de deslocamentos e contribui para a viabilidade econômica de muitas rotas, especialmente no momento atual de retração da demanda."

A Infraero, administradora do aeroporto, diz que elabora edital de concessão para construir de 9 a 11 pontes de embarque, em troca da exploração comercial do espaço por um período de 25 anos.

COMO ERA
Voos partindo de Congonhas podiam ter como destino lugares a até 1.500 km.

COMO ESTÁ VALENDO
Aéreas podem voar para qualquer destino nacional.

POR QUE HAVIA RESTRIÇÃO?
A limitação foi criada em 2007, depois do acidente no aeroporto com um avião da TAM. Também foi limitado o número de pousos e decolagens a 34 por hora e apenas uma das pistas pode ser utilizada.

POR QUE A MEDIDA FOI DERRUBADA?
Segundo a Anac, a intenção é permitir a ampliação dos serviços de transporte oferecidos. Azul, Gol e Avianca já confirmaram que vão operar novas rotas para o Nordeste




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


COLUNA BRASÍLIA-DF


Denise Rothenburg

É guerra!
O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, passou ontem por Pernambuco para conhecer a equipe militar de combate ao Aedes aegypti. Isso mesmo. São, pelo menos, 800 militares dedicados a essa tarefa no estado. Cada um cuida da guerra que tem. No Brasil, a do momento é contra o mosquito.
Serviço não falta
O combate ao mosquito não é a única tarefa a cargo dos militares país afora. No Nordeste, eles trabalham ainda na distribuição de água por meio carros-pipa e ainda tem a turma de engenharia de infantaria dedicada a parte das obras de transposição do Rio São Francisco.

PORTAL R7


Fim de ano teve menor índice de voos atrasados dos últimos nove anos

Durante a Operação Fim de Ano, apenas 8,1% das decolagens partiram com atraso

O índice de pontualidade das decolagens nos principais aeroportos do país entre o dia 10 de dezembro do ano passado e o dia 10 deste mês ficou em 91,9%. Segundo a Secretaria e Aviação Civil, foi o melhor resultado da Operação Fim de Ano dos últimos nove anos.
Das 55.673 decolagens realizadas durante a operação, 8,1% dos voos partiram com atraso. O percentual é o melhor da série histórica iniciada em 2007, quando os voos atrasados chegavam a 30% das partidas realizadas. Na operação do ano passado, a proporção de atrasos em relação às decolagens foi de 10,8%.
O resultado atende à meta definida pela Secretaria, companhias aéreas e autoridades responsáveis pela gestão aeroportuária no país, que é manter os atrasos abaixo de 15%. Nos balanços parciais da operação, o índice foi de 13% (10 a 15/12), 10,2% (16 a 20/12), 9% (21 a 29/12), 4,9% (30/12 a 05/1) e 4,82% (6 a 9/1).
A Operação Fim de Ano é um esquema especial montado para atender à alta demanda de passageiros da época nos 15 maiores terminais do País, responsáveis por 80% do fluxo de passageiros no país.
Os terminais que integram a operação são: Guarulhos, Congonhas e Viracopos (SP); Galeão e Santos Dumont (RJ); Brasília (DF); Confins (MG); Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA), Curitiba (PR), Manaus (AM), Fortaleza (CE), São Gonçalo do Amarante (RN) e Cuiabá (MT).

JORNAL DA CÂMARA


Aprovado projeto que visa impedir cobrança abusiva por remarcação de passagem aérea


Lara Haje

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional aprovou projeto que pretende impedir que as empresas aéreas cobrem “preços exorbitantes” pela remarcação ou reembolso das passagens aéreas adquiridas por tarifas promocionais (Projeto de Decreto Legislativo 49/15).
A proposta, do deputado Celso Russomanno (PRB-SP), suspende dispositivo de portaria do Comando da Aeronáutica que regulamenta as regras para reembolso, estabelecendo cobrança de taxa de serviço no valor de 10% do valor reembolsável, no caso de voos domésticos, ou de U$ 25, na hipótese de bilhete internacional.
“As pessoas que, por algum motivo, ou por falecimento de algum parente, ou por uma doença grave ou por acidente não pode viajar, ela tem que ter o direito de desistir da viagem, remarcar esse bilhete sem ser apenado do jeito que eles estão fazendo”, disse Russomanno.
O parecer do relator, deputado Benito Gama (PTB-BA), foi favorável ao projeto. Ele afirmou que o Comando da Aeronáutica exorbitou de seu poder regulamentar, uma vez que não compete a ele coordenar as relações de consumo, no âmbito da Aviação Civil.
Tramitação

Agora, o projeto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de seguir para o Plenário.
Íntegra da proposta:
PDC-49/2015

Comissão uniformiza penas para crime continuado praticado por militar e por civil


Lara Haje

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2037/15, do deputado Rômulo Gouveia (PSD-PB), que altera o Código Penal Militar (Decreto-Lei 1.001/69), para adequar a penalização da prática de crime continuado ao previsto no Código Penal (Decreto-lei 2.848/40).
Pelo novo texto proposto, quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, praticar dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, deverão os subsequentes ser considerados como continuação do primeiro, a pena aplicada será de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
Esta é a mesma redação do Código Penal. Já a redação atual do Código Penal Militar estabelece que, quando o agente, mediante uma só ou mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, as penas privativas de liberdade devem ser unificadas. Se as penas são da mesma espécie, a pena única é a soma de todas. Segundo o autor, essa redação “gera uma injustificável discrepância entre a legislação comum e a militar”.
O parecer do relator, deputado Pastor Eurico (PSB-PE), foi favorável à proposta. “Dotar o ordenamento jurídico pátrio da necessária uniformização reduz a insegurança jurídica dos administrados, conferindo igualdade perante a lei a todos”, disse. “A proposta busca tão-somente a isonomia no tratamento legal dado ao acusado por prática de crime militar e ao acusado por crime comum, em questões materialmente idênticas, mas enquadradas, por questões formais, em leis penais distintas”, completou.
Tramitação
A proposta será analisada agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e depois pelo Plenário.

Íntegra da proposta:
PL-2037/2015

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


COLUNA MÔNICA BERGAMO


SEMPRE ALERTA

A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal diz que, mesmo que os integrantes entreguem seus cargos em protesto contra os cortes orçamentários na PF, a corporação continuaria apta a cuidar da segurança da Olimpíada. A ameaça dos delegados de deixarem postos de chefia fez ressurgir, nos bastidores do governo, a ideia de retirar da PF a supervisão da segurança dos jogos e passá-la para as Forças Armadas.

Restrição cai, e Congonhas volta a ter voos para o país todo após 9 anos


Ricardo Gallo De São Paulo

Depois de um hiato de quase nove anos, o aeroporto de Congonhas (zona sul de SP) voltará a ter voos para as principais capitais do Nordeste.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) derrubou em dezembro uma restrição —em vigor desde 2007— que limitava a uma distância de 1.500 km em linha reta os voos a partir do aeroporto, o terceiro maior do país em número de passageiros. Assim que a decisão saiu, Gol, Azul e Avianca pediram os primeiros voos. A Gol começa em 28 de janeiro 26 frequências semanais (ida e volta) de Congonhas para o Recife.
Planeja, também, voar para Fortaleza, Natal, João Pessoa e Maceió ainda neste semestre, diz Alberto Fajerman, diretor de relações institucionais da Gol. O objetivo é dar conta da demanda por turismo interno, aquecido pela alta do dólar, ao mesmo tempo em que compensa a perda de passageiros corporativos.
A Avianca fará um voo para Fortaleza aos sábados, com volta aos domingos, com início em 20 de fevereiro. Já a Azul voará a partir de 2 de abril para Recife, Maceió e Natal, com um voo semanal cada um, aos sábados. A empresa anunciou voos também para Salvador e Porto Seguro, para onde os voos já podiam ocorrer antes de a restrição ser revogada. O foco também é o turismo. Não houve acréscimo ao movimento do aeroporto, limitado a 34 movimentos de pouso e decolagem por hora.
Na Gol, a substituição foi por um voo diário da ponte aérea. A Avianca usará o horário de um voo a Salvador. Na Azul, serão usados slots (autorizações para pouso ou decolagem) que a empresa tinha disponíveis.
A TAM diz que ainda avalia "as possibilidades".
O cenário no setor é de retração diante do aumento do dólar e da recessão. As empresas têm anunciado corte na oferta de assentos.
Até a revogação da norma, os voos de São Paulo para as principais capitais do Nordeste eram feitas por Guarulhos –são 525 voos semanais. A GRU Airport, que administra o aeroporto, se disse favorável à liberalização de rotas domésticas e internacionais nos aeroportos brasileiros.
TÉCNICA
Segundo a Anac, não havia razão técnica ou econômica que justificasse manter a restrição. A intenção foi permitir ampliar a oferta. A modificação era um pedido constante das empresas.
A regra havia sido criada pela Anac após o acidente com o Airbus da TAM em 2007, para reduzir o uso do aeroporto. Na ocasião, 199 pessoas morreram. Outras duas medidas foram adotadas, ambas em vigor: uma delas reduziu os pousos e decolagens —Congonhas chegou a ter 50 movimentos/hora; hoje são 34. A outra foi não usar a pista auxiliar para voos comerciais.
Para o consultor Érico Santana, especialista em aeroportos, a quebra dessa barreira "não técnica" permite abertura de novas rotas e mercados. A medida, diz, abre caminho para outras possibilidades, como a reabertura de Congonhas para voos internacionais, desta vez só para a América do Sul.
A Abear (associação das aéreas) diz que a mudança é "positiva e necessária". "A exploração do pleno potencial do aeroporto de Congonhas traz benefícios para os passageiros em termos de facilidade de deslocamentos e contribui para a viabilidade econômica de muitas rotas, especialmente no momento atual de retração da demanda."
A Infraero, administradora do aeroporto, diz que elabora edital de concessão para construir de 9 a 11 pontes de embarque, em troca da exploração comercial do espaço por um período de 25 anos.
COMO ERA
Voos partindo de Congonhas podiam ter como destino lugares a até 1.500 km.
COMO ESTÁ VALENDO
Aéreas podem voar para qualquer destino nacional.
POR QUE HAVIA RESTRIÇÃO?
A limitação foi criada em 2007, depois do acidente no aeroporto com um avião da TAM. Também foi limitado o número de pousos e decolagens a 34 por hora e apenas uma das pistas pode ser utilizada.
POR QUE A MEDIDA FOI DERRUBADA?
Segundo a Anac, a intenção é permitir a ampliação dos serviços de transporte oferecidos. Azul, Gol e Avianca já confirmaram que vão operar novas rotas para o Nordeste

Aéreas investem em centros de manutenção


Vencesiau Borlina Filho De Campinas

Apesar de ter sido atingido duplamente pela crise —com o aumento dos custos e a queda no número de passageiros—, o setor aéreo manteve planos de investimentos.
A Azul Linhas Aéreas e aJF Aviation, por exemplo, vão aplicar neste ano R$ 210 milhões na construção de dois novos centros de manutenção de aeronaves. O local escolhido foi o aeroporto internacional de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo, em expansão após concessão do governo. A Azul investirá cerca de R$ 160 milhões na obra e na aquisição de equipamentos.

O hangar de 14.000 m² ficará numa área de 100.000 m² no aeroporto. A empresa deve manter seus outros centros, em Belo Horizonte e Porto Alegre. Já a JFAviation, especializada na manutenção de aviões de terceiros, vai ocupar 18.000 m² na mesma área, com investimento de R$50 milhões. Será o principal hub da empresa. A área que receberá os hangares já passou por terraplenagem e as construções devem ser iniciadas no próximo mês. A Gol mantém centro de manutenção no aeroporto de Confins (MG), enquanto a TAM realiza seus serviços em São Carlos (SP).

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


O árduo caminho rumo ao poder


Oliveiros S. Ferreira

Um Estado sem poder é um Estado submisso ao poder de outros. O prestígio auxilia a destravar o caminho para o poder, ao mesmo tempo que a busca de uma posição de hegemon confere prestígio.
Triste é reconhecer que a ideia que se fez do Estado nos círculos intelectuais brasileiros com influência política contribuiu e contribui ainda hoje para diminuir, se não destruir, qualquer iniciativa do Estado em que ele apareça como sujeito ativo e, principalmente, altivo. A busca pelo poder do Brasil é, assim, uma jornada em que o prestígio não mais é um ponto de partida. E não apenas o prestígio deixou de ser ponto de partida porque já o perdemos, como também até mesmo um órgão dos meios de comunicação internacional, a revista britânica The Economist – refletindo a opinião dos que pensam política internacional em termos de poder nacional e com base nos fatos, não em frases que exaltam as utopias –, desmoralizou internacionalmente a empáfia brasileira por completo.
A pequena reação à assinatura do TNP e o acordo internacional sobre mísseis já demonstrava aos que poderiam estar preocupados com o crescimento do Brasil como potência que essa preocupação não tinha nenhuma razão de ser. E não tinha pelo simples fato de que a ideia de Estado se alterara internamente e o novo grupo dirigente estava mais preocupado com o juízo dos intelectuais engajados na construção de uma idílica nova ordem internacional do que com a afirmação do poder nacional.
O Brasil não perdeu potencial, mas perdeu meios de se impor após um processo político ilusoriamente “democratizante” que não só levou à redução do papel das Forças Armadas (FFAA) no Estado, como desvirtuou o papel da diplomacia, que cedeu a cuidar preferencialmente de assuntos comerciais. O mercado passava a ser mais importante que o Estado. Abrindo-se o mercado sem qualquer cuidado, foi aberto o caminho da desindustrialização. Nem Estado nem mercado foram levados a sério. Porque a nova política não era séria.
A busca por poder deve apoiar-se numa ideia firme de Estado. Também na vontade de afirmá-lo como ideal a ser atingido. E na recusa consciente e pública a que seja ele tratado como um Estado sipaio ou sendo com isso confundido para chefiar missões de paz.
Apenas um Estado economicamente forte poderá aspirar a uma posição capaz de influenciar a política de outros Estados. Essa proposição indica que o crescimento econômico deverá ser preocupação constante de sucessivos governos. O grupo que no Estado brasileiro se dispuser a conduzir o processo de transição da situação do Brasil como um país sem prestígio à de um país com poder não poderá deixar de ter essa ideia como guia. A crise em que o Brasil se debate não mais poderá repetir-se, sob pena de o Estado brasileiro perder as condições que lhe permitiriam postular a posição de hegemon. Em outros termos, o desenvolvimento econômico sustentável é a condição para que se possa iniciar a longa e penosa caminhada do prestígio ao poder.
A transição deverá dar-se de maneira sensível no plano interno e no das relações exteriores. É uma operação complexa com várias fases, muitas focando os vizinhos da América do Sul como objeto da ação e outras, o Brasil propriamente dito.
Essa passagem significará uma ampliação do poder do Estado brasileiro na sua relação com os vizinhos, além da afirmação de um objetivo que poderá facilmente ser entendido como busca de um status de hegemon no quadro das relações internacionais na América como um todo. A ação do Itamaraty será essencial para combater e desmistificar campanhas contra o Brasil sob pretexto de que o aumento no poder nacional é a emergência do imperialismo ou um retorno aos tempos em que se fazia propaganda contra um suposto subimperalismo brasileiro a serviço do imperialismo norte-americano.
Não será difícil ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) demonstrar o absurdo da proposição atuando junto às universidades e à mídia nos países sul-americanos, embora a ideologia que permitiu a ideia do subimperialismo tenha sido forte o suficiente para perturbar as relações do Brasil com seus vizinhos, já prejudicadas pelo fato de o presidente Nixon, ao saudar o presidente Médici, ter dito que o Brasil tinha a hegemonia na América Latina.
Não devemos esquecer, em hipótese alguma, que a passagem de prestígio a poder exigirá resolver os problemas ideológicos que impedem a afirmação do Estado brasileiro, internamente, como dirigente do processo de transformação e, nas relações exteriores, como um candidato a hegemon, disputando tal posição com os EUA e/ou qualquer outro Estado que possa ter condições de oferecer uma saída para os diferentes problemas, pelo menos, da América do Sul.
Isso significa que o MRE terá um papel importante ao longo de todo o processo e que será necessário definir um órgão do governo para exercer a um tempo as funções de controle das fronteiras e orientação do quase certo tumulto social que poderia suceder a um aumento descontrolado da imigração.
Esse órgão poderia ser o Conselho de Segurança Nacional – se a cega hostilidade às FFAA não o tivesse substituído por um inócuo Conselho da República e um ineficiente Ministério da Defesa. Ele não deve desempenhar o papel que o Politiburo da Comissão Central do PC da URSS teve ao controlar a Internacional, cuja ação era voltada para defender a política interna no tempo de Stalin. Sua função seria defender o Estado.
O temor contra a presença ostensiva das FFAA como defensoras do interesse nacional não é o de que se retroceda no campo das ditas conquistas democráticas, mas sim que o País se afirme internacionalmente como um polo de poder, e não apenas como uma grande fábrica à maneira chinesa, um grande mercado consumidor ou uma chave para fazer negócios de empreiteiras na periferia do sistema.
* OLIVEIROS S. FERREIRA É PROFESSOR DA USP E DA PUC-SP, MEMBRO DO GABINETE E OFICINA DE LIVRE PENSAMENTO ESTRATÉGICO. SITE: WWW.OLIVEIROS.COM.BR

OUTRAS MÍDIAS


PORTAL OLHAR DIRETO (MT)


Exército Brasileiro pode ser acionado para ajudar a manter garimpeiros fora da Serra do Caldeirão

Patrícia Neves
O Exército Brasileiro pode ser empregado para evitar que a área do garimpo da Serra do Caldeirão (em Pontes e Lacerda, a 441 km de Cuiabá) seja ocupada pela terceira vez. Ao Olhar Direto, o secretário adjunto de Integração Operacional de Segurança Pública, coronel Joelson Sampaio, informou que como o município pertence a área de fronteira, estuda-se a possibilidade de que o patrulhamento seja por executado pelas Forças Armadas.
A Serra viveu o ápice de ocupação para mineração de ouro entre os meses de outubro e novembro de 2015. O local sofreu uma grande intervenção policial em 10 de novembro, em cumprimento à decisção Judicial que determinou a retirada dos garimpeiros. No entanto, menos de 20 dias após a desocupação, novamente, centenas de pessoas passaram a arriscar a vida em busca do ouro.

Em cumprimento à segunda decisão judicial, de 26 de dezembro, o secretário explicou que a partir de hoje, 13, o efetivo já foi reforçado. “No próximo sábado, 16, deverá ocorrer o bloqueio total do garimpo. Nos dias 16, 17 e 18, iremos aumentar progressivamente o emprego das forças e as pessoas que estão acampadas vão precisar sair um dia e não voltarão. A partir do dia 20, a gente passa as ações para às tropas federais”.

Por meio de nota, o Governo do Estado informou que as ações são articuladas com a Secretaria de Segurança Pública, Trabalho e Assistência Social (Setas) e Secretaria de Meio Ambiente (Sema).

Entenda:

A pequena e jovem cidade do interior de Mato Grosso, Pontes e Lacerda, ganhou destaque pelo surgimento de um garimpo que atraiu a atenção de pessoas de dentro e de fora do Estado.
Considerado a nova “Serra Pelada” pela quantidade de minério, o local começou a ter seu subsolo explorado por pessoas sem preparo e autorização. Para controlar a situação, município, estado e instituições federais se uniram para colocar em prática ações de proteção ao meio ambiente, regularização do garimpo ou desocupação do local.
Após decisão judicial do Ministério Público Federal (MPF) ordenando a desocupação do local pelos garimpeiros, o governo do estado pediu apoio da Segurança Nacional para garantir a saída dos cerca de oito mil ocupantes do garimpo, auxiliando no cumprimento da ordem judicial.

Menos de 30 dias, o local sofreu nova invasão. Uma nova ação foi proposta, dessa vez em conjunto entre Ministério Público Federal e Estadual. Em 26 de dezembro, nova decisão determinou que um planejamento para retirada de garimpeiros fosse executado em prazo de 30 dias.

PORTAL SALOBINHA NEWS (GO)


Da Redação Salobinha News

Avião agrícola cai em fazenda do município de Montes Claros de Goiás

O piloto foi socorrido, por um colega que sobrevoava o local, e se encontra internado no Hospital Municipal de Barra do Garças-MT
ImagemUm avião agrícola caiu na tarde desta terça-feira (12) numa propriedade rural, a poucos quilômetros da sede do município de Montes Claros de Goiás. O piloto foi socorrido e levado para Barra do Garças-MT, onde foi atendido no Pronto-Socorro do Hospital Municipal Milton Morbeck.
A aeronave fazia pulverização em uma plantação de soja na Fazenda Pouso Alegre do Sr. Edgar Valentin Ragagnin, a cerca de 40 km da cidade. O piloto foi encontrado por um colega de profissão que também fazia pulverização, porém em uma propriedade vizinha, a Fazenda Ipiranga, do Sr. Fernando Tiago. O acidente ocorreu por volta de meio-dia.
De acordo com o hospital de Barra do Garças o piloto, que disse apenas o seu primeiro nome - Sérgio, passa bem; não foi preciso levar para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele teve perfuração no pulmão e uma costela quebrada, além de algumas escoriações pelo corpo.
Segundo informações ainda não confirmada o avião pertence a uma empresa de Jataí/GO, terceirizada, para a prestação de serviços de pulverização rural. A aeronave ficou completamente destruída.
Até o fechamento desta matéria o acidente ainda não havia sido registrado na Delegacia de Polícia Civil de Montes Claros e nem nos órgãos de investigação de acidentes aeronáuticos. O caso será apurado pelo Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA VI), ligado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).

BIT MAGAZINE (SP)


Aeroporto de Viracopos instala controles biométricos da Vision-Box

Ana Rita Guerra
Viracopos é um dos principais centros de tráfego aéreo no Brasil, tendo processado o marco inédito de 10,3 milhões de passageiros em 2015. A implementação da solução da Vision-Box foi feita nas últimas semanas e consiste em controlos automáticos que verificam a autenticidade dos passaportes e fazem a verificação biométrica dos passageiros.

“Depois de atingir um recorde no volume de passageiros num único ano, esta nova tecnologia chegou para tornar a jornada no aeroporto muito mais fácil e segura”, resume o presidente de Viracopos, Gustavo Müssnich.
Uma das chaves deste sistema é que os usuários, desde que sejam maiores de idade e possuam um passaporte eletrônico brasileiro não têm de interagir diretamente com os agentes da Polícia Federal. Também é muito mais rápido: a identificação é feita em segundos, comparando a imagem facial que está armazenada no chip do passaporte com a imagem ao vivo captada pelas câmaras.
O delegado federal Carlos Fagundes Vieira, responsável pela polícia do aeroporto de Viracopos, sublinha que a poupança de tempo no controlo fronteiriço é um ganho importante e que “a entrada e saída de cidadãos brasileiros no país será mais célere.” Em média, o controlo demora 15 segundos.
No que respeita à segurança, a Polícia Federal também está a usar o software de controlo remoto da Vision-Box, usando monitores à distância. Se houver uma situação anormal, as autoridades recebem um alerta imediato e os passageiros serão mantidos dentro da eGate – por exemplo, se duas pessoas entrarem em simultâneo numa eGate, ou se o sistema identificar o passaporte como tendo sido roubado.
“Uma das tendências mais interessantes da indústria da aviação neste momento é o refinar dos processos de segurança, para aumentar a fiabilidade e sustentabilidade”, afirma o diretor geral da empresa portuguesa para a América Latina, Leidivino Natal da Silva. A solução instalada em Viracopos vai ao encontro dessa tendência, “permitindo ao passageiro desfrutar das áreas de retalho e outras atrações do aeroporto.”

PORTAL MT.COM.BR (MT)


Prefeitura informa que piloto da Passaredo não seguiu procedimentos da estação de tráfego aéreo

A nota confirma ainda que a aeronave atingiu a cerca de proteção do aeródromo e pousou fora da pista. Por fim, foi dito que todos os instrumentos estavam funcionando no momento do ocorrido.
A Prefeitura de Rondonópolis informou que o piloto da Passaredo Linhas Aéreas, que errou a pista na madrugada do último sábado (09), no Aeroporto Maestro Marinho Franco e pousou em uma lavoura, não seguiu os procedimentos orientados pela Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTA). A nota confirma ainda que a aeronave atingiu a cerca de proteção do aeródromo e pousou fora da pista. Por fim, foi dito que todos os instrumentos estavam funcionando no momento do ocorrido.
“Ao iniciar o procedimento para pouso, (a aeronave) solicitou apoio da EPTA e foi orientado quanto aos procedimentos, aos quais não foram seguidos pelo piloto. Ao pousar, a aeronave tocou o solo antes do início da pista. Ao perceber o ocorrido, o piloto arremeteu e iniciou o procedimento de pouso novamente, desta vez com êxito”, diz trecho da nota emitida pelo município.
A Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (Setrat), responsável por gerir o aeroporto, explicou que todos os instrumentos necessários para auxiliar os pilotos durante o pouso e decolagem estavam funcionando normalmente. Além disso, o incidente provocou danos a uma cerca que, rapidamente, foi reparada pela equipe do aeroporto, pois faz o bloqueio de animais para a pista.
"A biruta, o farol rotativo, o balizamento e a EPTA estão funcionando dentro de sua normalidade. Nós, da gestão do aeroporto, estamos acompanhando tudo desde o momento do ocorrido. Nossa prioridade é garantir a segurança dos usuários. A caixa de comunicação do avião e também as gravações da EPTA, responsável pela comunicação com o piloto, já estão sendo analisadas para identificar o que de fato aconteceu", revela o secretário Argemiro Ferreira.
A reportagem entrou em contato com o Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Senipa 6), responsável pela região, que informou que o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) está responsável pelo caso. Também foi dito que as investigações já tiveram início e que um profissional já havia se deslocado para Rondonópolis.
EPTA
Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTA) é uma Estação de Telecomunicações, pertencente a pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, dotada de pessoal, instalações, equipamentos e materiais suficientes para: prestar, isolada ou cumulativamente, os Serviços de Controle de Tráfego Aéreo (APP e/ou TWR), os Serviços de Informação de Voo, de Informação de Voo de Aeródromo (AFIS) e de Alerta; apoiar a navegação aérea por meio de auxílios à navegação aérea; apoiar as operações de pouso e de decolagem em plataformas marítimas, ou ainda, veicular mensagens de caráter geral entre as entidades autorizadas e suas respectivas aeronaves, em complemento à infraestrutura de navegação aérea existente.
O caso
A aeronave (ATR-72) da Passaredo Linhas Aéreas que atingiu uma lavoura de soja e rompeu uma cerca de arame farpado ao tentar pousar no Aeroporto Maestro Marinho Franco, em Rondonópolis, sofreu danos em sua fuselagem e na hélice. Relatos apontam que o avião errou a pista e pousou na plantação. Em nota, a empresa informou ter sido necessário o procedimento de arremetida, após toque da aeronave no solo.
O "possível" pouso na lavoura foi negado pela Passaredo, que em nota informou ter sido necessário o procedimento de arremetida, após toque da aeronave no solo. A companhia aérea informou à reportagem que o pouso ocorreu normalmente, após o fato, e que nenhum passageiro ficou ferido. 
Confira nota enviada pela Passaredo Linhas Aéreas:

“Durante a noite de ontem, em função de condições meteorológicas adversas durante o pouso do voo 2330 em Rondonópolis-MT, foi necessário efetuar uma arremetida após o toque da aeronave no solo. Após o procedimento, foi realizado nova aproximação e pouso normal. O desembarque dos passageiros ocorreu normalmente próximo ao horário previsto. A aeronave passa por inspeção dos técnicos do departamento de manutenção da companhia.

O pouso aconteceu as 00h23 e o voo era procedente de Brasília (DF).”

REVISTA AEROMAGAZINE


MiG planeja caça que atinge Mach 4

Capaz de voar quatro vezes mais rápido que o som, modelo deverá substituir atuais MiG-31 até 2020
A russa Mikoyan-Gurevich iniciou o desenvolvimento de um novo avião de interceptação de grande altitude e elevada velocidade com objetivo de substituir os veteranos MiG-31. Embora não tenha divulgado detalhe dos projetos, o programa tem sido chamado de MiG-41. Analistas russos acreditam que o novo interceptador terá como base estudos dos anos 1990, como o MiG-301 e MiG-321, que previam uma aeronave hipersônica.

A intenção é que o novo avião ultrapasse a marca de Mach 4.3, ou seja, mais de 5.000 km/h, o que significa quatro vezes a velocidade do som. Na prática, ele voaria de São Paulo a Moscou em menos de três horas. O avião concorrerá com projetos também em desenvolvimento pela Sukhoi, que trabalha numa aeronave com capacidade similar aos atuais Su-30, incluindo a velocidade que não deverá ultrapassar Mach 2.0. Segundo Viktor Bondarev, comandante-geral das Forças Espaciais russas, o novo interceptor deve ser concluído em 2020.

Especialistas russos e ocidentais colocam em dúvida a capacidade da MiG de viabilizar um projeto que supere Mach 4, especialmente em função das dificuldades técnicas, que envolvem desde aerodinâmica até motores. Além disso, consideram que tal velocidade é pouco útil no cenário de interceptadores atuais. Porém, o fabricante defende que existe tecnologia para superar as dificuldades e o avião está em acordo com as necessidades da força aérea russa. “A aeronave será baseada nos princípios do avião militar moderno”, comentou Serguei Korotkov, diretor da Mikoyan-Gurevich. “Era preciso realizar essa modernização há 20 anos. O novo avião tem que ultrapassar a velocidade Mach 4.3”, completa Anatoli Kvotchur, piloto de testes da MiG.

O atual programa de modernização do Ministério da Defesa da Rússia inclui a substituição dos Sukhoi Su-27 mais antigos e da frota de MiG-31 ainda este ano. Entre os novos vetores que devem chegar nos próximos anos está o Sukhoi T-50, Su-30 e o MiG-31BM, versão atualizada do MiG-31.

PORTAL SÓ NOTÍCIAS (MT)


Clima ruim obrigou avião envolvido em acidente a pousar em MT, diz relatório

Weverton Correa
O clima ruim foi preponderante para que o avião Neiva EMB-202, que se envolveu em acidente em Campo Verde, em janeiro de 2011, tivesse que pousar na pista não homologada de uma fazenda. Ele havia partido de outra propriedade para aplicação de inseticida na plantação de soja, mas na aterrisagem, passou do limite lateral e acabou batendo com o trem de pouso em uma vala.

O piloto não se feriu. Os dados são do relatório conclusivo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Segundo o relatório, “o nariz da aeronave chocou-se contra o solo, resultando na quebra da parte traseira da fuselagem, causando danos ao leme directional”. Ela “teve danos substanciais no motor, na hélice, na fuselagem e no leme directional”. O piloto estava qualificado e possuía experiência suficiente para realizar o tipo de voo. A aeronave estava com o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) válido e as cadernetas de célula, motor e hélice estavam com as escriturações atualizadas.



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