NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 17/12/2015 / “Se tripulação do país não se entender, Brasil se perderá na viagem”, diz presidente da TAM
“Se tripulação do país não se entender, Brasil se perderá na viagem”, diz presidente da TAM ...
Joana Cunha / Ana Estela De Sousa Pinto / Folha ...
"Se a tripulação do Brasil não se entender, o país corre o risco de se perder em pleno voo", diz a presidente da TAM S.A, Claudia Sender.
Para a executiva, o país está pagando um preço muito alto pela inter-relação entre as crises política e econômica. "O mercado mundial está sendo mais duro do que precisaria com nossa moeda, não porque ache que o Brasil vá ficar insolvente, mas por insegurança sobre o futuro."
Uma das principais patrocinadoras da Olimpíada e da Paralimpíada do Rio, no próximo ano, a TAM sente o reflexo da retração econômica também em relação aos Jogos: a demanda pelos pacotes de viagens, principalmente os comprados por empresas, está 30% abaixo do previsto.
A empresa postergou os planos para operar, já no próximo ano, um centro de conexões —o chamado hub— no Nordeste.
O anúncio da cidade escolhida para o investimento, que seria feito neste ano, foi adiado para 2016, porque não há segurança jurídica: os modelos de operação dos aeroportos e os limites de participação da Infraero ainda não estão definidos.
Como os aviões para essa operação já estavam contratados, a empresa estuda outras rotas para utilizá-los.
Uma delas será o voo entre São Paulo e Johannesburgo (África do Sul), mas parte desse investimento pode ser direcionado para outro dos sete países em que opera.
Pressionada pela queda de demanda no mercado nacional e pela competição com empresas estrangeiras favorecidas pela alta do dólar, a executiva diz que há uma guerra de preços prejudicial ao setor como um todo e que o Brasil precisa encarar seriamente a solução de seus gargalos de infraestrutura, paternalismo trabalhista e tutela do consumidor.
A situação econômica e política do país piorou muito. Como isso afeta os planos da empresa?
Nunca vimos uma crise política e econômica tão interrelacionada. Difícil separar os fatores macro e microeconômicos, causas e consequências. A crise política piorou muito em 2015 e agravou muito a economia.
O país está sendo penalizado pelo mercado mundial no câmbio e no rating, por causa da política. Há ajustes econômicos importantes a serem feitos, mas o clima político traz insegurança de que esses ajustes sejam feitos. O mercado mundial está sendo mais duro do que precisaria com nossa moeda, não porque ache que o Brasil vá ficar insolvente, mas por insegurança sobre o futuro.
Precisamos demonstrar, com medidas simples, que o país está no rumo certo, para que as coisas voltem a entrar nos trilhos.
Quais são essas medidas simples?
Aprovar alguns temas importantes no Congresso, como CPMF, a DRU, a redução de custos do governo, que é uma máquina muita inchada.
Aprová-los mostra que há alguma coesão em torno de um projeto de retomada, de um projeto para o Brasil.
Temos a quinta maior população urbana do mundo, e a segunda que mais cresce em termos absolutos. Não há como não precisar de infraestrutura, saneamento, estrada, saúde.
A dúvida é se encontraremos um mecanismo que catalise esse potencial de crescimento no curto prazo. No médio prazo, não há dúvida.
Essas medidas mostrariam pro mercado mundial que a classe política brasileira está disposta a fazer esforços para trazer o Brasil de volta a um caminho de retomada e crescimento.
Um tema essencial para a aviação é competitividade. É uma das indústrias mais sem fronteiras no mundo, e ainda vemos tratamentos na aviação brasileira absolutamente anticompetitivos, e o Brasil vai por um caminho que tira ainda mais essa competitividade.
Pode dar um exemplo?
No Brasil, por exemplo, as empresas são obrigadas a indenizar os passageiros por "acts of God", como se diz na aviação mundial.
Por exemplo, se chove o aeroporto fecha, a empresa tem que dar hospedagem, alimentação e comunicação para o passageiro.
O Brasil resolveu tutelar o consumidor de uma maneira de que ele não precisa. E isso vira custo à empresa aérea e a todo o sistema. O país criou isso por portaria, sem qualquer equivalente no mundo.
Um outro exemplo: temos uma das frotas mais modernas do mundo, porque o combustível no Brasil é um dos mais caros. O querosene é o maior percentual do custo, de 30% a 40% dependendo do câmbio, e o preço aqui é desproporcionalmente maior em relação a qualquer mercado relevante, inclusive na América Latina.
Além de termos os aviões mais modernos, temos uma aviação mais segura até que a dos Estados Unidos e um pessoal bem pago comparado à média mundial.
Mas há desafios aqui que são jabuticabas. Um é o ICMS sobre combustível, outro a portaria que tutela o consumidor, o terceiro é uma infraestrutura muito precária, muito aquém do que é necessário.
As concessões não melhoraram os aeroportos?
Sim, mas veja quanto tempo Guarulhos ficou sem investimento, enquanto o movimento triplicou em dez anos. Hoje temos uma situação em que há aeroportos concessionados que melhoraram bastante e toda uma rede sob gestão da Infraero, sem caixa para fazer investimentos, que fecham a qualquer ameaça de chuva.
Entre Boston e Nova York, há voos em meio a nevascas, e os aeroportos não fecham. No Brasil, a gente brinca que, se alguém fumar na cabeceira da pista, o aeroporto já fecha. Enquanto não houver um olhar muito sério para infraestrutura e a competitividade das empresas brasileiras, nosso crescimento vai sofrer.
O setor de aviação já havia previsto que só voltaria a crescer a partir de 2017. Estão revendo essa previsão mais para longe?
Estamos agora trabalhando com horizontes mais curtos de planejamento e mais cenários, mais flexíveis. Ficou mais difícil ter visibilidade. E um dos problemas é que o ciclo da aviação é muito longo.
Por exemplo, vamos receber agora o primeiro Airbus 350 que compramos em 2005, quando o câmbio era R$ 1,50 por dólar, o país crescia 8%, a aviação crescia 10%. São dez anos desde a compra e mais 15 anos com o avião ativo, 25 anos de ciclo, enquanto a demanda oscila todos os dias.
Como está a demanda agora?
Há dois grupos: viajantes a negócios e a lazer.
Negócios sempre foi 60% e agora está em 45%. É um grupo muito afetado pelo otimismo do empresariado. Há outras coisas por trás, o crescimento do PIB, a taxa de câmbio, a capacidade ociosa das indústrias, mas o que realmente faz a demanda variar é o otimismo do empresariado. E esse indicador não para de cair, tem tido recordes de baixa.
É a pior baixa que já viram no mercado de negócios?
O corporativo vem se mantendo estável, com um pequeno crescimento ano a ano, há uns quatro ou cinco anos. Mas, neste ano, houve uma despencada no tráfego corporativo. A proporção vinha se invertendo porque o Brasil ainda tem um espaço muito grande para crescer em viagens a lazer. O brasileiro faz em média meia viagem por ano, muito abaixo do que ocorre em outros países latino-americanos.
Nós já prevíamos essa queda: com o processo eleitoral, o otimismo do empresariado já veio se apequenando. Desde o segundo semestre do ano passado, a demanda corporativa vinha caindo. Nossa estratégia tem sido estimular muito as viagens a lazer, que, por ter uma penetração muito baixa, é muito elástico: se o preço cai, a demanda cresce.
Há, porém, limites. Quando o passageiro começa a ter dúvidas sobre se vai ter emprego, se os outros da família terão emprego, se vão ter dívidas, se o horizonte financeiro fica menos claro, ele pensa duas vezes antes de parcelar uma viagem de férias.
Até mesmo esse modelo, que tinha trazido muito sucesso para a TAM desde 2012, mostrou um esgotamento neste ano. O próprio passageiro de lazer está achando que este não é um bom momento para viajar.
A queda do lazer surpreendeu a empresa?
No ano passado, havíamos nos planejado para crescer neste ano, mas, ao longo do segundo trimestre, revisamos a estratégia e vimos que não daria para crescer a oferta no segundo semestre, e já anunciamos uma redução que, agora no quarto trimestre, vai chegar perto dos 10%.
Provavelmente em 2016 vamos ter ainda mais redução na oferta, de 6% a 9% da capacidade, dependendo de como estiver a demanda. Não vemos uma recuperação em 2016. Em 2017, vamos estar partindo de uma base tão deprimida que pode haver alguma recuperação.
O problema é que, a cada segunda-feira, as previsões dos economistas vêm sendo revisadas para pior, para uma retração mais profunda, uma inflação mais acelerada, o que é muito nocivo para a nossa indústria. Esperamos que, até o final de 2016, seja possível uma retomada.
A estratégia para sobreviver até lá é cortar mais custo?
É ser muito eficiente na operação e fidelizar nosso passageiro. Precisamos garantir que, como há menos passageiros, cada passageiro que viaja seja muito bem atendido e seja fiel à companhia.
Mas há uma sensibilidade a preços que se torna muito relevante, por isso é preciso ser competitivo em custos, o que impede viajar com o avião meio vazio. Por isso estamos revendo constantemente a malha, para ficar nas rotas em que há mais demanda.
Em alguns Estados, conseguimos manter nossos voos porque há redução do ICMS do combustível. Temos tido sucesso em reduzir nossos custos desde o ano passado, com a colaboração de toda a equipe, mas ninguém esperava um cenário tão adverso quanto este. A procura por viagens para os Estados Unidos caiu 40%. Tirar os voos é complicado, já há um custo fixo pesado, a tentação é manter os aviões voando, e enquanto não se reduz a capacidade existe uma guerra de preços, que acaba potencializando o resultado negativo das companhias aéreas.
Por isso teremos uma visão muito conservadora da capacidade no ano que vem e esperando que o país retome nos anos seguintes a agenda de infraestrutura e competitividade.
Vão revisar investimentos? Como fica o hub do Nordeste?
O hub do Nordeste é uma iniciativa de muito mais longo prazo, para os próximos 25 anos. Estrategicamente, o Nordeste está muito bem posicionado para ser o "gateway" entre a América Latina e a Europa. Está na esquina do continente. Ali há uma oportunidade de fazer algo semelhante ao Oriente Médio, criar um verdadeiro centro de conexões onde se agrega toda a demanda da América Latina e distribui para a Europa e a Ásia, onde estão nossos parceiros.
A Latam tem a beleza de ser parte de um grupo com sete operações domésticas na América Latina: Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Argentina e Paraguai. Conseguimos trazer um passageiro de Quique, no Chile, para levá-lo a Madri, o grupo tem uma vantagem competitiva muito grande, de captura de passageiros, que nenhum outro grupo tem na região.
O hub do Nordeste é um investimento estratégico muito importante, que tem que acontecer. Pode começar um pouco mais lento, mas precisa começar, até para aprendermos a operar na região.
Por que o anúncio do hub foi adiado?
O grande motivo é que, quando olhamos para a infraestrutura, não temos segurança jurídica de que os aeroportos possam prover o que a gente precisa.
Fortaleza está em processo de concessão, e não sabemos qual o formado dessa concessão, que participação terá a Infraero e que poder de investimento terá quem assumir essa concessão.
Em Recife, estamos trabalhando com a Infraero para desenvolver um novo modelo, que não existe hoje, de ter um terminal privado dentro de um aeroporto operado pela Infraero.
E Natal ainda tem todos os desafios logísticos do próprio aeroporto e o plano de investimento.
Enquanto não tivermos mais segurança de onde o hub pode ter mais qualidade de implantação, não podemos anunciar. Mas já teremos a frota disponível a partir do final do ano que vem, porque nos comprometemos com ela. Vamos procurar projetos alternativos até que o hub passe a operar, mas estamos totalmente comprometidos de que isso vai acontecer.
É uma superoportunidade para revertermos uma tendência no Brasil muito forte: um avião que sai do Brasil para qualquer lugar vai com 70% a 75% de brasileiros. O país recebe menos turistas em um ano que Paris em um mês. Recebe menos turistas que a Argentina. O potencial de turismo que o Brasil tem é subutilizado e o hub do Nordeste é supertransformacional, não só para mas para a companhia aérea, mas para a região.
São mais de 35 mil postos de trabalho, para pessoas que vão falar outros idiomas, desenvolvimento de serviços. Quando se conecta uma cidade com o mundo, o potencial transformacional é enorme.
Foi o que aconteceu com Dubai, que hoje é um dos maiores centros financeiros do mundo. Temos muita confiança nesse projeto, mas precisamos ter condições de infraestrutura e competitividade de preço.
Quais são as alternativas para o atraso que o hub terá?
Estamos avaliando várias. Uma delas é o voo entre Guarulhos e Johannesburgo [África do Sul].
Estamos olhando outras opções, não só na nossa operação do Brasil, o que é triste, porque estamos perdendo investimento no país.
O Abilio Diniz disse que o país está "on sale" [em liquidação], e a verdade é que hoje não está caro para investir no Brasil, mas do ponto de vista da moeda. Do ponto de vista de segurança regulatória, ainda está.
O capital é infiel, não tem nacionalidade, e o investidor quer segurança e retorno interessante. Se não conseguirmos dar isto perderemos uma chance de ouro de atrair capital estrangeiro.
Qual o maior gargalo da aviação regional? É um problema de tamanho da aeronave?
Não. É a demanda, a um preço que consiga justificar esse tipo de operação. As cidades menores vêm crescendo a um ritmo mais rápido que as maiores.
A Latam opera em mais de 10 aeroportos regionais no Brasil com as nossas aeronaves, por isso não é um problema do tamanho dos aviões, mas de infraestrutura e a demanda a um preço interessante.
Mas o grande problema continua sendo a infraestrutura. Não adianta dar subsídio para que uma empresa voe para um aeroporto que fecha toda vez que há nevoeiro. Quando um voo é cancelado, é preciso dar hospedagem, remarcação de voo para os passageiros, continua pagando o leasing, continua pagando a remuneração variável que a tripulação teria nessa rota, mesmo sem ter tido a receita.
Sem infraestrutura adequada, o custo não se sustenta, a operação não para de pé.
Há outro tema cuja discussão está bastante acalorada no Congresso que é o da jornada dos aeronautas. O Brasil tem a segunda tripulação menos produtiva da América Latina, depois da Argentina. A regulamentação neste ano faz 39 anos. Precisa ser revista.
Mesmo sabendo que a aviação brasileira é uma das mais seguras do mundo, há uma discussão no Congresso para aumentar o número de folgas e reduzir a jornada. É um desafio entender que, num momento em que todo o Brasil procura flexibilizar a jornada, procura alternativas para manter emprego, trazer competitividade para as indústrias, queira-se aprovar uma lei para reduzir a jornada de trabalho.
Não existe o argumento contrário: de que a aviação brasileira é segura justamente porque a jornada da tripulação é menor?
Não, e o fundamental não é o número de horas, mas a gestão da fadiga. É preciso levar em conta o ciclo circadiano, horas de descanso diurno, descanso noturno, horas de vigília, oportunidades de sono de qualidade. Essa avaliação não depende necessariamente do número de horas que se trabalha no mês.
O importante é que, quando o comandante assume uma viagem, ele esteja em condições de assumi-la de forma segura, e isso tem a ver com a escala de trabalho.
Em vez de a abordagem pensar em trazer competitividade mantendo a segurança, querem fazer da forma fácil, que é aumentar o número de folgas.
A discussão não tem o nível de seriedade que merece.
E, num momento em que é preciso aumentar a competitividade, as empresas aéreas vão perder fácil R$ 7 bilhões. Uma perda recorde, histórica. A falta de sensibilidade à crise que o setor está passando é algo difícil de entender.
A sra. citou varias jabuticabas, a proteção trabalhista, a proteção ao consumidor. E no caso das aeronaves? É mais caro para uma companhia aérea brasileira comprar aeronave Embraer do que uma estrangeira?
Não necessariamente. Hoje, outras empresas que operam Embraer no Brasil compram a aeronave de uma empresa de leasing, através de uma empresa estrangeira. Então a Embraer vende o avião para essa companhia de leasing, que então faz o leasing dessa aeronave para a companhia nacional. Ou seja, a aeronave é exportada para depois ser importada.
Durante toda essa transação há impostos ao longo da cadeia.
Em algum momento, quando o Brasil voltar a crescer, a gente vai precisar de uma aeronave de menor porte. A Embraer hoje é líder na fabricação de jatos regionais. Temos conversas com eles pensando no longo prazo.
Hoje, num cenário com crescimento econômico tão baixo, não está no nosso horizonte trazer aeronaves de modelos diferentes. O desafio, quando você tem uma frota tão diversa, é que tem que investir muito dinheiro em treinar os pilotos, porque os tira da operação e o investimento em treinamento é alto.
Nossa frota já é complexa hoje. Temos os Airbus no mercado doméstico e os de grande porte no mercado internacional. Colocar outra frota tem que ser algo muito bem pensado, traz complexidade de manutenção e operação.
O tema não é o valor da aeronave. mas é o que se adequa melhor à estratégia.
É o gargalo da aviação regional.
Se tivéssemos feito essa conversa há dois anos, nosso viés seria diferente, de continuar crescendo pelas cidades menores.
Hoje, com a retração econômica é difícil olhar para um cenário de crescimento. Estamos em um cenário absolutamente contrário: tirando aviões de nossa frota, enxugando a nossa operação.
Quando voltarmos a crescer precisaremos olhar para essas cidades e aeronaves que tenham porte menor com muito mais carinho. Não necessariamente tem a ver com infraestrutura e operação hoje, mas, sim, um planejamento de longo prazo para voltar a crescer.
Daí os planejamentos estarem encurtados.
Exatamente. Por causa da incerteza. Eu entrei na TAM em dezembro de 2011. O dólar era R$ 1,69, o Brasil crescia. Eu entrei com plano de crescimento para a companhia. Olhávamos para uma expansão importante, conquista de mercado, abertura de novas bases. Tínhamos uma visão diferente do que o que realmente ocorreu nos últimos quatro anos.
Um bom líder tem que saber navegar por céus de brigadeiro e por céus turbulentos.
Na sua avaliação, qual foi a principal causa dessa virada nas expectativas e no crescimento?
O ciclo das commodities desacelerou muito fortemente. E a gente surfou uma onda sem nos preocuparmos com investimento de longo prazo.
Nesse momento em que a gente tinha o Brasil tão pujante era hora de fazer as reformas mais difíceis e os investimentos para desengargalar a nossa infraestrutura e trazer mais competitividade para o setor.
Mas o Brasil optou por crescer através de um modelo de investimento em subsídios e de consumo, e não de investimento na infraestrutura.
A gente aplaude todas as concessões feitas e vê a diferença que faz na vida do passageiro e das companhias quando o aeroporto é eficiente para operar.
A questão do investimento vai ter que esperar mais segurança jurídica, como a sra. mesma colocou. Deviam ser priorizadas as reformas?
A concessão do setor elétrico foi um sucesso porque algumas variáveis foram flexibilizadas. Se enxergarmos isso, por exemplo, para a nova rodada de concessão dos aeroportos, há muitos grupos interessados em entrar. Quem pensa em construção e operação de um terminal aeroportuário não está pensado nos próximos três anos. Está pensando nos próximos 15 ou 20.
Se desenharmos contratos que tragam segurança institucional, temos udo para trazer investidores que olham para o Brasil com olhos melhores até que os próprios brasileiros.
A sra. falou que vocês encurtaram seu plano estratégico. Trabalham agora com qual horizonte?
Sempre trabalhamos com planos de três, cinco anos e depois a perder de vista, principalmente com o nosso plano de frota. Hoje estamos olhando para o plano de um e dois anos com muito mais atenção. Esse horizonte de 12 e 24 meses se tornou cada vez mais crucial para nós.
A sra. também disse que ampliaram o número de cenários para fazer a análise. Qual é o melhor cenário?
O câmbio impacta 60% dos nossos custos. Só o que já vimos de desvalorização cambial neste ano, estamos falando de uma aumento de custo de quase 27% para a indústria no Brasil.
O melhor cenário para nós é um cenário de câmbio controlado, em que a gente consegue trafegar. Gostaria de voltar a R$ 1,69, sabemos que isso não vai acontecer.
Um cenário positivo é um cenário de câmbio controlado que permaneça abaixo de R$ 4, a uma taxa de R$ 3,50 a R$ 3,70. Há pouca probabilidade de acontecer.
O câmbio não tem só um impacto nos nossos custos, mas, principalmente, na demanda por viagens internacionais. Hoje, a gente tem conseguido compensar parte dessa demanda através das nossas operações domésticas nos outros países. Se você entrar hoje em um avião nosso indo para Paris ou Londres você vai ouvir muito mais espanhol do que antigamente, porque a gente traz passageiros da Argentina, do Chile, que conectam no nosso voo aqui em Guarulhos e são distribuídos na Europa. Tem nos ajudado a compensar parte da demanda do brasileiro que reduziu.
Agora, o Brasil é mais de 50% do tráfego da América Latina. É difícil, tem que somar todas as operações do resto do continente e a gente não vai trazer um passageiro da Colômbia para conectar em Guarulhos e ir para Londres. Não faz sentido. Tem parte da demanda que a gente consegue compensar e parte que não consegue.
E o pior cenário?
É um cenário de câmbio realmente descontrolado.
Tem gente já falando em um Câmbio em R$ 5 em 2017.
A gente não acredita nesse cenário. Obviamente, tudo é possível, mas não é provável. Um cenário em que o câmbio fica lá em cima e essa situação política-econômica não se move é o pior.
O mais importante agora é ter algum sinal de movimento de evolução para que o mundo volte a confiar no nosso país e a gente tenha uma volta do otimismo no empresariado.
A sociedade civil tem um papel nesse momento. Não adianta a gente ficar só falando do que pode dar errado, mas também de qual e o nosso papel para fazer o Brasil dar certo.
O hub do Nordeste é um desses projetos, é um projeto de trazer oportunidades de desenvolvimento social e sustentável de uma região que precisa e que tem tantas possibilidades.
Enquanto a gente ficar só falando da crise, só falando do ruim, a gente cria esse sentimento de fim do mundo. E isso faz com que as pessoas invistam menos, trabalhem menos, busquem menos.
Cria-se essa sensação de que o Brasil não tem solução. Eu não acredito nisso. O Brasil é muito maior. A gente já teve hiperinflação. Essa é uma crise muito profunda, muito séria, uma das crises mais longas que o Brasil já viveu na sua história recente, mas já passamos por crise pior. E o brasileiro é muito resiliente.
Mas precisa buscar esse caminho. O que me preocupa é se a gente não conseguir trazer propostas e uma construção. A sociedade civil brasileira é muito ativista no Facebook, mas é pouco propositiva.
Precisamos trazer novas propostas e se engajar para entender, se não como classe política, como classe empresarial, como a gente pode se engajar num debate propositivo. Isso falta para o nosso país.
Para a sua capacidade de tomar decisões, a abertura da discussão sobre se abrirá um processo de impeachment ou não torna mais definida a situação ou não?
Eu acho que o cenário hoje continua tão indefinido quanto ele era antes porque é muito difícil saber hoje o que vai acontecer.
Tem uma frase que ouvi outro dia: “Qualquer coisa pode acontecer amanhã, inclusive nada”. Esse é o pior cenário, o custo da não decisão para o país é muito alto. A gente precisa tomar uma decisão e mover adiante.
O que muda é quanto tempo a gente vai levar nesse cenário de estagnação e não olhar para uma agenda de crescimento. Da forma estrutural que ele precisa ser resolvido, fazer as reformas tributária, política, trabalhista. Senão vamos perder uma década. Nossa legislação trabalhista está tão ultrapassada.
Uma mudança de presidente afeta isso?
Tem que haver uma mudança de pensamento em Brasília, não necessariamente de quem está na cadeira. A política tem que virar de frente, e não de costas, para a população. Minha sensação é que hoje a classe política está tão introvertida no seu próprio mundo, tendo discussões que são pertinentes apenas a eles e não à população, que a gente está perdendo uma grande oportunidade de resolver temas estruturais do Brasil.
A reforma trabalhista é algo que temos discutido muito. O Brasil é um país onde a classe trabalhista entende que é seu direito ter reajustes acima da inflação todos os anos sem nenhum ganho de produtividade. Isso só faz com que a inflação cresça, porque as empresas se tornam cada vez menos competitivas.
Quando olhamos para o mundo lá fora, esse é um direito que é garantido em pouquíssimos lugares no mundo. Um colaborador no Brasil é muito mais caro do que em qualquer outro país onde a gente atua, porque não é o salário, são todos os custos que vêm junto, toda a burocracia.
Para termos uma país realmente competitivo, a reforma trabalhista é essencial.
Se o Brasil fosse um avião em viagem, como você o descreveria neste momento?
É um avião em que a tripulação tem que conversar mais, saber qual é o norte real, definir aonde quer chegar. Precisa saber para onde quer levar o país e engajar tanto os passageiros quanto a tripulação para garantir que o avião vai chegar seguro e da melhor forma possível ao seu destino. Talvez ainda haja muitas discordâncias entre a tripulação, e periga o avião se perder no caminho.
E o Fundo Nacional de Aviação Civil? Como avalia a eficácia dos subsidios?
É sempre uma forma complicada de desenvolver qualquer mercado. O melhor investimento na aviação civil é o desenvolvimento da infraestrutura e redução dos custos estruturais. Subsídios distorcem tanto a oferta e a demanda e, quando são retirados, o mercado virou de cabeça para baixo, como vemos acontecer com a indústria automobilística.
Para nós, o Fundo Nacional da Aviação Civil deveria ser utilizado para desenvolver a infraestrutura aeroportuária e garantir que a aviação brasileira como um todo, de forma democrática, fique mais eficiente. Não somos a favor de medidas protecionistas, somos a favor de mais competitividade, achamos que, quanto mais competição melhor se torna a indústria, melhor para o passageiro em termos de preço e acesso.
Quando se começa a criar subsidio direcionado para um tipo de operação ou outra, cria-se uma distorção que não é positiva para nenhuma indústria. Da forma como o subsídio havia sido discutido originalmente, podia-se fazer uma operação entre São Paulo, uma cidade regional e Brasilia com subsídio. Faz sentido? A companhia vai deixar de oferecer um voo direto entre São Paulo e Brasília porque vai custar menos fazer uma escala numa cidade do interior?
E é superdifícil controlar esse tipo de operação.
As tarifas de conexão, que oneraram tremendamente o setor aéreo para poder viabilizar as concessões dos grandes aeroportos, é um dinheiro que está sendo pago pelas companhias, é parte do fundo, mas não é revertido por nenhum tipo de benefício, seja para o passageiro, seja para a indústria.
O fundo tem que ser usado para infraestrutura e redução de custos e gargalos logísticos.
O passageiro não vai ver guerra de preços agora? Para a executiva, o país está pagando um preço muito alto pela inter-relação entre as crises política e econômica. "O mercado mundial está sendo mais duro do que precisaria com nossa moeda, não porque ache que o Brasil vá ficar insolvente, mas por insegurança sobre o futuro."
Uma das principais patrocinadoras da Olimpíada e da Paralimpíada do Rio, no próximo ano, a TAM sente o reflexo da retração econômica também em relação aos Jogos: a demanda pelos pacotes de viagens, principalmente os comprados por empresas, está 30% abaixo do previsto.
A empresa postergou os planos para operar, já no próximo ano, um centro de conexões —o chamado hub— no Nordeste.
O anúncio da cidade escolhida para o investimento, que seria feito neste ano, foi adiado para 2016, porque não há segurança jurídica: os modelos de operação dos aeroportos e os limites de participação da Infraero ainda não estão definidos.
Como os aviões para essa operação já estavam contratados, a empresa estuda outras rotas para utilizá-los.
Uma delas será o voo entre São Paulo e Johannesburgo (África do Sul), mas parte desse investimento pode ser direcionado para outro dos sete países em que opera.
Pressionada pela queda de demanda no mercado nacional e pela competição com empresas estrangeiras favorecidas pela alta do dólar, a executiva diz que há uma guerra de preços prejudicial ao setor como um todo e que o Brasil precisa encarar seriamente a solução de seus gargalos de infraestrutura, paternalismo trabalhista e tutela do consumidor.
A situação econômica e política do país piorou muito. Como isso afeta os planos da empresa?
Nunca vimos uma crise política e econômica tão interrelacionada. Difícil separar os fatores macro e microeconômicos, causas e consequências. A crise política piorou muito em 2015 e agravou muito a economia.
O país está sendo penalizado pelo mercado mundial no câmbio e no rating, por causa da política. Há ajustes econômicos importantes a serem feitos, mas o clima político traz insegurança de que esses ajustes sejam feitos. O mercado mundial está sendo mais duro do que precisaria com nossa moeda, não porque ache que o Brasil vá ficar insolvente, mas por insegurança sobre o futuro.
Precisamos demonstrar, com medidas simples, que o país está no rumo certo, para que as coisas voltem a entrar nos trilhos.
Quais são essas medidas simples?
Aprovar alguns temas importantes no Congresso, como CPMF, a DRU, a redução de custos do governo, que é uma máquina muita inchada.
Aprová-los mostra que há alguma coesão em torno de um projeto de retomada, de um projeto para o Brasil.
Temos a quinta maior população urbana do mundo, e a segunda que mais cresce em termos absolutos. Não há como não precisar de infraestrutura, saneamento, estrada, saúde.
A dúvida é se encontraremos um mecanismo que catalise esse potencial de crescimento no curto prazo. No médio prazo, não há dúvida.
Essas medidas mostrariam pro mercado mundial que a classe política brasileira está disposta a fazer esforços para trazer o Brasil de volta a um caminho de retomada e crescimento.
Um tema essencial para a aviação é competitividade. É uma das indústrias mais sem fronteiras no mundo, e ainda vemos tratamentos na aviação brasileira absolutamente anticompetitivos, e o Brasil vai por um caminho que tira ainda mais essa competitividade.
Pode dar um exemplo?
No Brasil, por exemplo, as empresas são obrigadas a indenizar os passageiros por "acts of God", como se diz na aviação mundial.
Por exemplo, se chove o aeroporto fecha, a empresa tem que dar hospedagem, alimentação e comunicação para o passageiro.
O Brasil resolveu tutelar o consumidor de uma maneira de que ele não precisa. E isso vira custo à empresa aérea e a todo o sistema. O país criou isso por portaria, sem qualquer equivalente no mundo.
Um outro exemplo: temos uma das frotas mais modernas do mundo, porque o combustível no Brasil é um dos mais caros. O querosene é o maior percentual do custo, de 30% a 40% dependendo do câmbio, e o preço aqui é desproporcionalmente maior em relação a qualquer mercado relevante, inclusive na América Latina.
Além de termos os aviões mais modernos, temos uma aviação mais segura até que a dos Estados Unidos e um pessoal bem pago comparado à média mundial.
Mas há desafios aqui que são jabuticabas. Um é o ICMS sobre combustível, outro a portaria que tutela o consumidor, o terceiro é uma infraestrutura muito precária, muito aquém do que é necessário.
As concessões não melhoraram os aeroportos?
Sim, mas veja quanto tempo Guarulhos ficou sem investimento, enquanto o movimento triplicou em dez anos. Hoje temos uma situação em que há aeroportos concessionados que melhoraram bastante e toda uma rede sob gestão da Infraero, sem caixa para fazer investimentos, que fecham a qualquer ameaça de chuva.
Entre Boston e Nova York, há voos em meio a nevascas, e os aeroportos não fecham. No Brasil, a gente brinca que, se alguém fumar na cabeceira da pista, o aeroporto já fecha. Enquanto não houver um olhar muito sério para infraestrutura e a competitividade das empresas brasileiras, nosso crescimento vai sofrer.
O setor de aviação já havia previsto que só voltaria a crescer a partir de 2017. Estão revendo essa previsão mais para longe?
Estamos agora trabalhando com horizontes mais curtos de planejamento e mais cenários, mais flexíveis. Ficou mais difícil ter visibilidade. E um dos problemas é que o ciclo da aviação é muito longo.
Por exemplo, vamos receber agora o primeiro Airbus 350 que compramos em 2005, quando o câmbio era R$ 1,50 por dólar, o país crescia 8%, a aviação crescia 10%. São dez anos desde a compra e mais 15 anos com o avião ativo, 25 anos de ciclo, enquanto a demanda oscila todos os dias.
Como está a demanda agora?
Há dois grupos: viajantes a negócios e a lazer.
Negócios sempre foi 60% e agora está em 45%. É um grupo muito afetado pelo otimismo do empresariado. Há outras coisas por trás, o crescimento do PIB, a taxa de câmbio, a capacidade ociosa das indústrias, mas o que realmente faz a demanda variar é o otimismo do empresariado. E esse indicador não para de cair, tem tido recordes de baixa.
É a pior baixa que já viram no mercado de negócios?
O corporativo vem se mantendo estável, com um pequeno crescimento ano a ano, há uns quatro ou cinco anos. Mas, neste ano, houve uma despencada no tráfego corporativo. A proporção vinha se invertendo porque o Brasil ainda tem um espaço muito grande para crescer em viagens a lazer. O brasileiro faz em média meia viagem por ano, muito abaixo do que ocorre em outros países latino-americanos.
Nós já prevíamos essa queda: com o processo eleitoral, o otimismo do empresariado já veio se apequenando. Desde o segundo semestre do ano passado, a demanda corporativa vinha caindo. Nossa estratégia tem sido estimular muito as viagens a lazer, que, por ter uma penetração muito baixa, é muito elástico: se o preço cai, a demanda cresce.
Há, porém, limites. Quando o passageiro começa a ter dúvidas sobre se vai ter emprego, se os outros da família terão emprego, se vão ter dívidas, se o horizonte financeiro fica menos claro, ele pensa duas vezes antes de parcelar uma viagem de férias.
Até mesmo esse modelo, que tinha trazido muito sucesso para a TAM desde 2012, mostrou um esgotamento neste ano. O próprio passageiro de lazer está achando que este não é um bom momento para viajar.
A queda do lazer surpreendeu a empresa?
No ano passado, havíamos nos planejado para crescer neste ano, mas, ao longo do segundo trimestre, revisamos a estratégia e vimos que não daria para crescer a oferta no segundo semestre, e já anunciamos uma redução que, agora no quarto trimestre, vai chegar perto dos 10%.
Provavelmente em 2016 vamos ter ainda mais redução na oferta, de 6% a 9% da capacidade, dependendo de como estiver a demanda. Não vemos uma recuperação em 2016. Em 2017, vamos estar partindo de uma base tão deprimida que pode haver alguma recuperação.
O problema é que, a cada segunda-feira, as previsões dos economistas vêm sendo revisadas para pior, para uma retração mais profunda, uma inflação mais acelerada, o que é muito nocivo para a nossa indústria. Esperamos que, até o final de 2016, seja possível uma retomada.
A estratégia para sobreviver até lá é cortar mais custo?
É ser muito eficiente na operação e fidelizar nosso passageiro. Precisamos garantir que, como há menos passageiros, cada passageiro que viaja seja muito bem atendido e seja fiel à companhia.
Mas há uma sensibilidade a preços que se torna muito relevante, por isso é preciso ser competitivo em custos, o que impede viajar com o avião meio vazio. Por isso estamos revendo constantemente a malha, para ficar nas rotas em que há mais demanda.
Em alguns Estados, conseguimos manter nossos voos porque há redução do ICMS do combustível. Temos tido sucesso em reduzir nossos custos desde o ano passado, com a colaboração de toda a equipe, mas ninguém esperava um cenário tão adverso quanto este. A procura por viagens para os Estados Unidos caiu 40%. Tirar os voos é complicado, já há um custo fixo pesado, a tentação é manter os aviões voando, e enquanto não se reduz a capacidade existe uma guerra de preços, que acaba potencializando o resultado negativo das companhias aéreas.
Por isso teremos uma visão muito conservadora da capacidade no ano que vem e esperando que o país retome nos anos seguintes a agenda de infraestrutura e competitividade.
Vão revisar investimentos? Como fica o hub do Nordeste?
O hub do Nordeste é uma iniciativa de muito mais longo prazo, para os próximos 25 anos. Estrategicamente, o Nordeste está muito bem posicionado para ser o "gateway" entre a América Latina e a Europa. Está na esquina do continente. Ali há uma oportunidade de fazer algo semelhante ao Oriente Médio, criar um verdadeiro centro de conexões onde se agrega toda a demanda da América Latina e distribui para a Europa e a Ásia, onde estão nossos parceiros.
A Latam tem a beleza de ser parte de um grupo com sete operações domésticas na América Latina: Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Argentina e Paraguai. Conseguimos trazer um passageiro de Quique, no Chile, para levá-lo a Madri, o grupo tem uma vantagem competitiva muito grande, de captura de passageiros, que nenhum outro grupo tem na região.
O hub do Nordeste é um investimento estratégico muito importante, que tem que acontecer. Pode começar um pouco mais lento, mas precisa começar, até para aprendermos a operar na região.
Por que o anúncio do hub foi adiado?
O grande motivo é que, quando olhamos para a infraestrutura, não temos segurança jurídica de que os aeroportos possam prover o que a gente precisa.
Fortaleza está em processo de concessão, e não sabemos qual o formado dessa concessão, que participação terá a Infraero e que poder de investimento terá quem assumir essa concessão.
Em Recife, estamos trabalhando com a Infraero para desenvolver um novo modelo, que não existe hoje, de ter um terminal privado dentro de um aeroporto operado pela Infraero.
E Natal ainda tem todos os desafios logísticos do próprio aeroporto e o plano de investimento.
Enquanto não tivermos mais segurança de onde o hub pode ter mais qualidade de implantação, não podemos anunciar. Mas já teremos a frota disponível a partir do final do ano que vem, porque nos comprometemos com ela. Vamos procurar projetos alternativos até que o hub passe a operar, mas estamos totalmente comprometidos de que isso vai acontecer.
É uma superoportunidade para revertermos uma tendência no Brasil muito forte: um avião que sai do Brasil para qualquer lugar vai com 70% a 75% de brasileiros. O país recebe menos turistas em um ano que Paris em um mês. Recebe menos turistas que a Argentina. O potencial de turismo que o Brasil tem é subutilizado e o hub do Nordeste é supertransformacional, não só para mas para a companhia aérea, mas para a região.
São mais de 35 mil postos de trabalho, para pessoas que vão falar outros idiomas, desenvolvimento de serviços. Quando se conecta uma cidade com o mundo, o potencial transformacional é enorme.
Foi o que aconteceu com Dubai, que hoje é um dos maiores centros financeiros do mundo. Temos muita confiança nesse projeto, mas precisamos ter condições de infraestrutura e competitividade de preço.
Quais são as alternativas para o atraso que o hub terá?
Estamos avaliando várias. Uma delas é o voo entre Guarulhos e Johannesburgo [África do Sul].
Estamos olhando outras opções, não só na nossa operação do Brasil, o que é triste, porque estamos perdendo investimento no país.
O Abilio Diniz disse que o país está "on sale" [em liquidação], e a verdade é que hoje não está caro para investir no Brasil, mas do ponto de vista da moeda. Do ponto de vista de segurança regulatória, ainda está.
O capital é infiel, não tem nacionalidade, e o investidor quer segurança e retorno interessante. Se não conseguirmos dar isto perderemos uma chance de ouro de atrair capital estrangeiro.
Qual o maior gargalo da aviação regional? É um problema de tamanho da aeronave?
Não. É a demanda, a um preço que consiga justificar esse tipo de operação. As cidades menores vêm crescendo a um ritmo mais rápido que as maiores.
A Latam opera em mais de 10 aeroportos regionais no Brasil com as nossas aeronaves, por isso não é um problema do tamanho dos aviões, mas de infraestrutura e a demanda a um preço interessante.
Mas o grande problema continua sendo a infraestrutura. Não adianta dar subsídio para que uma empresa voe para um aeroporto que fecha toda vez que há nevoeiro. Quando um voo é cancelado, é preciso dar hospedagem, remarcação de voo para os passageiros, continua pagando o leasing, continua pagando a remuneração variável que a tripulação teria nessa rota, mesmo sem ter tido a receita.
Sem infraestrutura adequada, o custo não se sustenta, a operação não para de pé.
Há outro tema cuja discussão está bastante acalorada no Congresso que é o da jornada dos aeronautas. O Brasil tem a segunda tripulação menos produtiva da América Latina, depois da Argentina. A regulamentação neste ano faz 39 anos. Precisa ser revista.
Mesmo sabendo que a aviação brasileira é uma das mais seguras do mundo, há uma discussão no Congresso para aumentar o número de folgas e reduzir a jornada. É um desafio entender que, num momento em que todo o Brasil procura flexibilizar a jornada, procura alternativas para manter emprego, trazer competitividade para as indústrias, queira-se aprovar uma lei para reduzir a jornada de trabalho.
Não existe o argumento contrário: de que a aviação brasileira é segura justamente porque a jornada da tripulação é menor?
Não, e o fundamental não é o número de horas, mas a gestão da fadiga. É preciso levar em conta o ciclo circadiano, horas de descanso diurno, descanso noturno, horas de vigília, oportunidades de sono de qualidade. Essa avaliação não depende necessariamente do número de horas que se trabalha no mês.
O importante é que, quando o comandante assume uma viagem, ele esteja em condições de assumi-la de forma segura, e isso tem a ver com a escala de trabalho.
Em vez de a abordagem pensar em trazer competitividade mantendo a segurança, querem fazer da forma fácil, que é aumentar o número de folgas.
A discussão não tem o nível de seriedade que merece.
E, num momento em que é preciso aumentar a competitividade, as empresas aéreas vão perder fácil R$ 7 bilhões. Uma perda recorde, histórica. A falta de sensibilidade à crise que o setor está passando é algo difícil de entender.
A sra. citou varias jabuticabas, a proteção trabalhista, a proteção ao consumidor. E no caso das aeronaves? É mais caro para uma companhia aérea brasileira comprar aeronave Embraer do que uma estrangeira?
Não necessariamente. Hoje, outras empresas que operam Embraer no Brasil compram a aeronave de uma empresa de leasing, através de uma empresa estrangeira. Então a Embraer vende o avião para essa companhia de leasing, que então faz o leasing dessa aeronave para a companhia nacional. Ou seja, a aeronave é exportada para depois ser importada.
Durante toda essa transação há impostos ao longo da cadeia.
Em algum momento, quando o Brasil voltar a crescer, a gente vai precisar de uma aeronave de menor porte. A Embraer hoje é líder na fabricação de jatos regionais. Temos conversas com eles pensando no longo prazo.
Hoje, num cenário com crescimento econômico tão baixo, não está no nosso horizonte trazer aeronaves de modelos diferentes. O desafio, quando você tem uma frota tão diversa, é que tem que investir muito dinheiro em treinar os pilotos, porque os tira da operação e o investimento em treinamento é alto.
Nossa frota já é complexa hoje. Temos os Airbus no mercado doméstico e os de grande porte no mercado internacional. Colocar outra frota tem que ser algo muito bem pensado, traz complexidade de manutenção e operação.
O tema não é o valor da aeronave. mas é o que se adequa melhor à estratégia.
É o gargalo da aviação regional.
Se tivéssemos feito essa conversa há dois anos, nosso viés seria diferente, de continuar crescendo pelas cidades menores.
Hoje, com a retração econômica é difícil olhar para um cenário de crescimento. Estamos em um cenário absolutamente contrário: tirando aviões de nossa frota, enxugando a nossa operação.
Quando voltarmos a crescer precisaremos olhar para essas cidades e aeronaves que tenham porte menor com muito mais carinho. Não necessariamente tem a ver com infraestrutura e operação hoje, mas, sim, um planejamento de longo prazo para voltar a crescer.
Daí os planejamentos estarem encurtados.
Exatamente. Por causa da incerteza. Eu entrei na TAM em dezembro de 2011. O dólar era R$ 1,69, o Brasil crescia. Eu entrei com plano de crescimento para a companhia. Olhávamos para uma expansão importante, conquista de mercado, abertura de novas bases. Tínhamos uma visão diferente do que o que realmente ocorreu nos últimos quatro anos.
Um bom líder tem que saber navegar por céus de brigadeiro e por céus turbulentos.
Na sua avaliação, qual foi a principal causa dessa virada nas expectativas e no crescimento?
O ciclo das commodities desacelerou muito fortemente. E a gente surfou uma onda sem nos preocuparmos com investimento de longo prazo.
Nesse momento em que a gente tinha o Brasil tão pujante era hora de fazer as reformas mais difíceis e os investimentos para desengargalar a nossa infraestrutura e trazer mais competitividade para o setor.
Mas o Brasil optou por crescer através de um modelo de investimento em subsídios e de consumo, e não de investimento na infraestrutura.
A gente aplaude todas as concessões feitas e vê a diferença que faz na vida do passageiro e das companhias quando o aeroporto é eficiente para operar.
A questão do investimento vai ter que esperar mais segurança jurídica, como a sra. mesma colocou. Deviam ser priorizadas as reformas?
A concessão do setor elétrico foi um sucesso porque algumas variáveis foram flexibilizadas. Se enxergarmos isso, por exemplo, para a nova rodada de concessão dos aeroportos, há muitos grupos interessados em entrar. Quem pensa em construção e operação de um terminal aeroportuário não está pensado nos próximos três anos. Está pensando nos próximos 15 ou 20.
Se desenharmos contratos que tragam segurança institucional, temos udo para trazer investidores que olham para o Brasil com olhos melhores até que os próprios brasileiros.
A sra. falou que vocês encurtaram seu plano estratégico. Trabalham agora com qual horizonte?
Sempre trabalhamos com planos de três, cinco anos e depois a perder de vista, principalmente com o nosso plano de frota. Hoje estamos olhando para o plano de um e dois anos com muito mais atenção. Esse horizonte de 12 e 24 meses se tornou cada vez mais crucial para nós.
A sra. também disse que ampliaram o número de cenários para fazer a análise. Qual é o melhor cenário?
O câmbio impacta 60% dos nossos custos. Só o que já vimos de desvalorização cambial neste ano, estamos falando de uma aumento de custo de quase 27% para a indústria no Brasil.
O melhor cenário para nós é um cenário de câmbio controlado, em que a gente consegue trafegar. Gostaria de voltar a R$ 1,69, sabemos que isso não vai acontecer.
Um cenário positivo é um cenário de câmbio controlado que permaneça abaixo de R$ 4, a uma taxa de R$ 3,50 a R$ 3,70. Há pouca probabilidade de acontecer.
O câmbio não tem só um impacto nos nossos custos, mas, principalmente, na demanda por viagens internacionais. Hoje, a gente tem conseguido compensar parte dessa demanda através das nossas operações domésticas nos outros países. Se você entrar hoje em um avião nosso indo para Paris ou Londres você vai ouvir muito mais espanhol do que antigamente, porque a gente traz passageiros da Argentina, do Chile, que conectam no nosso voo aqui em Guarulhos e são distribuídos na Europa. Tem nos ajudado a compensar parte da demanda do brasileiro que reduziu.
Agora, o Brasil é mais de 50% do tráfego da América Latina. É difícil, tem que somar todas as operações do resto do continente e a gente não vai trazer um passageiro da Colômbia para conectar em Guarulhos e ir para Londres. Não faz sentido. Tem parte da demanda que a gente consegue compensar e parte que não consegue.
E o pior cenário?
É um cenário de câmbio realmente descontrolado.
Tem gente já falando em um Câmbio em R$ 5 em 2017.
A gente não acredita nesse cenário. Obviamente, tudo é possível, mas não é provável. Um cenário em que o câmbio fica lá em cima e essa situação política-econômica não se move é o pior.
O mais importante agora é ter algum sinal de movimento de evolução para que o mundo volte a confiar no nosso país e a gente tenha uma volta do otimismo no empresariado.
A sociedade civil tem um papel nesse momento. Não adianta a gente ficar só falando do que pode dar errado, mas também de qual e o nosso papel para fazer o Brasil dar certo.
O hub do Nordeste é um desses projetos, é um projeto de trazer oportunidades de desenvolvimento social e sustentável de uma região que precisa e que tem tantas possibilidades.
Enquanto a gente ficar só falando da crise, só falando do ruim, a gente cria esse sentimento de fim do mundo. E isso faz com que as pessoas invistam menos, trabalhem menos, busquem menos.
Cria-se essa sensação de que o Brasil não tem solução. Eu não acredito nisso. O Brasil é muito maior. A gente já teve hiperinflação. Essa é uma crise muito profunda, muito séria, uma das crises mais longas que o Brasil já viveu na sua história recente, mas já passamos por crise pior. E o brasileiro é muito resiliente.
Mas precisa buscar esse caminho. O que me preocupa é se a gente não conseguir trazer propostas e uma construção. A sociedade civil brasileira é muito ativista no Facebook, mas é pouco propositiva.
Precisamos trazer novas propostas e se engajar para entender, se não como classe política, como classe empresarial, como a gente pode se engajar num debate propositivo. Isso falta para o nosso país.
Para a sua capacidade de tomar decisões, a abertura da discussão sobre se abrirá um processo de impeachment ou não torna mais definida a situação ou não?
Eu acho que o cenário hoje continua tão indefinido quanto ele era antes porque é muito difícil saber hoje o que vai acontecer.
Tem uma frase que ouvi outro dia: “Qualquer coisa pode acontecer amanhã, inclusive nada”. Esse é o pior cenário, o custo da não decisão para o país é muito alto. A gente precisa tomar uma decisão e mover adiante.
O que muda é quanto tempo a gente vai levar nesse cenário de estagnação e não olhar para uma agenda de crescimento. Da forma estrutural que ele precisa ser resolvido, fazer as reformas tributária, política, trabalhista. Senão vamos perder uma década. Nossa legislação trabalhista está tão ultrapassada.
Uma mudança de presidente afeta isso?
Tem que haver uma mudança de pensamento em Brasília, não necessariamente de quem está na cadeira. A política tem que virar de frente, e não de costas, para a população. Minha sensação é que hoje a classe política está tão introvertida no seu próprio mundo, tendo discussões que são pertinentes apenas a eles e não à população, que a gente está perdendo uma grande oportunidade de resolver temas estruturais do Brasil.
A reforma trabalhista é algo que temos discutido muito. O Brasil é um país onde a classe trabalhista entende que é seu direito ter reajustes acima da inflação todos os anos sem nenhum ganho de produtividade. Isso só faz com que a inflação cresça, porque as empresas se tornam cada vez menos competitivas.
Quando olhamos para o mundo lá fora, esse é um direito que é garantido em pouquíssimos lugares no mundo. Um colaborador no Brasil é muito mais caro do que em qualquer outro país onde a gente atua, porque não é o salário, são todos os custos que vêm junto, toda a burocracia.
Para termos uma país realmente competitivo, a reforma trabalhista é essencial.
Se o Brasil fosse um avião em viagem, como você o descreveria neste momento?
É um avião em que a tripulação tem que conversar mais, saber qual é o norte real, definir aonde quer chegar. Precisa saber para onde quer levar o país e engajar tanto os passageiros quanto a tripulação para garantir que o avião vai chegar seguro e da melhor forma possível ao seu destino. Talvez ainda haja muitas discordâncias entre a tripulação, e periga o avião se perder no caminho.
E o Fundo Nacional de Aviação Civil? Como avalia a eficácia dos subsidios?
É sempre uma forma complicada de desenvolver qualquer mercado. O melhor investimento na aviação civil é o desenvolvimento da infraestrutura e redução dos custos estruturais. Subsídios distorcem tanto a oferta e a demanda e, quando são retirados, o mercado virou de cabeça para baixo, como vemos acontecer com a indústria automobilística.
Para nós, o Fundo Nacional da Aviação Civil deveria ser utilizado para desenvolver a infraestrutura aeroportuária e garantir que a aviação brasileira como um todo, de forma democrática, fique mais eficiente. Não somos a favor de medidas protecionistas, somos a favor de mais competitividade, achamos que, quanto mais competição melhor se torna a indústria, melhor para o passageiro em termos de preço e acesso.
Quando se começa a criar subsidio direcionado para um tipo de operação ou outra, cria-se uma distorção que não é positiva para nenhuma indústria. Da forma como o subsídio havia sido discutido originalmente, podia-se fazer uma operação entre São Paulo, uma cidade regional e Brasilia com subsídio. Faz sentido? A companhia vai deixar de oferecer um voo direto entre São Paulo e Brasília porque vai custar menos fazer uma escala numa cidade do interior?
E é superdifícil controlar esse tipo de operação.
As tarifas de conexão, que oneraram tremendamente o setor aéreo para poder viabilizar as concessões dos grandes aeroportos, é um dinheiro que está sendo pago pelas companhias, é parte do fundo, mas não é revertido por nenhum tipo de benefício, seja para o passageiro, seja para a indústria.
O fundo tem que ser usado para infraestrutura e redução de custos e gargalos logísticos.
Já está vendo o tempo todo.
Mas a TAM não vai entrar nessa guerra? Vai fazer redução de oferta?
É difícil ficar alheio aos movimentos de preço da concorrência. É muito fácil comparar preços na internet. Num momento de crise, o passageiro opta pelo que cabe no seu bolso.
O que acaba acontecendo é que temos reduzido a capacidade para poder ter menos estoque para queimar, para tentar não entrar na guerra de preços, mas tivemos uma erosão muito forte nos preços das passagens, principalmente das internacionais, que são precificadas em dólar. O valor em real aumentou demais e o passageiro sentiu demais no terceiro trimestre deste ano, quando o dólar estava 56% acima do mesmo período do ano passado.
Estamos concorrendo com empresas americanas que estão fazendo muito dinheiro no seu mercado doméstico e podem oferecer passagens muito baratas aqui. Temos tentando ficar de fora da guerra de preços, mas não é possível o tempo todo, e a guerra está muito acirrada em todos os mercados, no doméstico e no internacional.
Qual a perspectiva para a Olimpíada?
É outro projeto em que entramos acreditando no progresso do país.
Estão frustrados?
Entramos de três maneiras: patrocinador da Olimpíada e da Paralimpíada, como transportador oficial da tocha olímpica e a TAM Viagens é a única distribuidora de hospitality [pacotes para turistas] dos Jogos no Brasil.
É o evento com a maior visibilidade do mundo e, na Copa, o país fez um papel lindo, as avaliações foram muito positivas, mas pouquíssimo divulgadas.
Perdemos a oportunidade de mostrar lá fora essa avaliação.
A Olimpíada tem tudo para ser um sucesso, mesmo com os desafios de infraestrutura do Rio, de garantir que as competições terão segurança, mas tenho certeza de que vai ser um sucesso. Para nós, fazer parte da Olimpíada é mais que uma oportunidade de patrocínio. É uma oportunidade de se posicionar como a empresa que dá as boas vindas a quem chega ao Brasil.
Onde temos encontrado mais desafios é na operação paralímpica, porque os aeroportos não estão preparados para transportar, por exemplo, uma seleção inteira de cadeirantes que chega de uma vez. É complicado dimensionar-se para isso e os aeroportos ainda não estão 100% prontos para isso.
Estamos numa operação de guerra para garantir que nossa equipe sabe como se comportar numa situação como essa.
Do ponto de vista da Olimpíada, estamos muito animados, pode ser um ótimo momento para mostrar o país e do que somos capazes de outra maneira, sem falar de política, Lava Jato e corrupção. Por outro lado, a venda de pacotes está mais lenta que nossa programação inicial.
Parte tem a ver com o fato de serem pacotes corporativos, com tíquete médio mais elevado, e as empresas estão esperando mais para fazer o planejamento para o ano que vem. Vamos ver se melhora no começo do ano que vem.
Quanto abaixo das expectativas está a demanda pelos pacotes?
Perto de 30% abaixo do previsto.
Os últimos episódios de terrorismo preocupam de alguma forma para a Olimpíada?
Sem dúvida, preocupa. Estamos interligados com todas as agências de monitoramento antiterror do mundo e, através da Iata, temos fóruns muito específicos sobre o tema.
A expectativa é que o modelo de segurança americano passe a ser adotado também em aeroportos da Europa, que ainda era um pouco mais flexível.
A Latam tem uma equipe de inteligência que trabalha interligada com as agências de monitoramento. Esperamos não precisar disso na Olimpíada, mas a equipe está superpreparada.
Na Copa, houve uma tentativa do governo de segurar os preços das passagens aéreas. Temem movimento semelhante na Olimpíada?
O evento é diferente, porque é concentrado numa cidade.
Na Copa, havia um grande jogo num só momento numa cidade, com muita gente querendo ir para aquela cidade e depois voltar. Na Olimpíada são 45 dias de competição, com fluxo contínuo de passageiros.
Não temos ouvido ruido até agora, porque o excesso de capacidade deixa os preços mais controlados.
Acredito muito na liberdade tarifária. Depois que as tarifas foram liberadas no Brasil, o que fez a explosão do nosso setor, que foi de 30 milhões para 100 milhões em dez anos, foi a liberdade tarifária, que permitiu às empresas reduzir os preços. Antes as empresas não tinham incentivo a reduzir preços e ser mais eficientes. Hoje, é possível comprar uma passagem por R$ 69 para o Rio ou Curitiba. Mas quem quiser ir na segunda-feira às 8h, num horário supercorporativo, vai pagar mais caro, o que financia a passagem mais barata para Curitiba, o que faz sentido para muitos públicos.
A Olimpíada deveria ser um momento em que as empresas fossem capazes de cobrar um pouco mais.
Que reflexo a mudança do governo da Argentina traz para vocês?
Já foi anunciada uma mudança na liderança do nosso principal concorrente na Argentina e a nossa expectativa é que sejam aplicadas muito mais regras de mercado em relação à operação aérea nesse país.
Ainda é cedo para dizer, mas sofríamos alguns tipos de discriminação, como no Aeroparque, onde não tínhamos direito de operar em fingers [tubo que conecta o avião ao terminal de passageiros]. Sempre operávamos na remota, enquanto a nossa concorrente local tinha toda a operação em finger. Isso traz mais custo para a operação, mais desconforto para o passageiro.
Ainda não sabemos qual vai ser o caminho, mas acreditamos que pode ter um nivelamento da competição entre a operação local e a estatal. É uma expectativa ainda a ser confirmada.
Outro tema é a saída de capital da Argentina. Esperamos que a saída de capital seja amplamente liberada.
Uma desvalorização cambial também pode ter um impacto negativo na demanda. Hoje, para o argentino, com um câmbio como está é muito barato viajar para fora. Dependendo da velocidade da desvalorização cambial, pode ter um impacto na demanda por tráfego aéreo, mas ainda há sérios debates sobre como e quando. É cedo para especular.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Anac assina concessão da Flyways Linhas Aéreas
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) assinou nesta quarta-feira (16), em Brasília, o termo de outorga de concessão para a exploração de serviço público de transporte aéreo regular de passageiro e carga para a sociedade empresária Flyways Linhas Aéreas.
A concessão foi emitida pela ANAC após a empresa cumprir todos requisitos para poder oferecer o serviço de transporte aéreo. O Contrato de Concessão será válido por 10 anos e poderá ser renovado. A partir da assinatura, a empresa está apta a solicitar rotas e horários (os chamados Horários de Transporte – Hotran) para operar voos domésticos regulares de passageiros, carga e mala postal, que devem ser aprovados pela Anac e pelos órgãos competentes que fazem parte do processo.
Conforme o Tudo Viagem mostrou com exclusividade, a empresa pretende iniciar voos no dia 28 de dezembro deste ano. Somente após a aprovação de cada Hotran solicitado é que a Flyways poderá iniciar a venda efetiva dos respectivos bilhetes aéreos. O Hotran é a permissão que todas as companhias aéreas necessitam para poder operar uma nova rota/voo ou alterar o horário de um voo já em operação. O processo de solicitação e autorização pode levar até 30 dias.
Como acontece com todas as demais empresas aéreas, a Flyways está submetida à legislação brasileira e às leis e regulamentos específicos do setor, em especial o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBAer) e o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC n° 121), que trata da aviação regular.
A Autorização de Funcionamento Jurídico da empresa Flyways foi emitida pela Anac no dia 24/08/15, sendo a primeira etapa para que a empresa se constituísse. Depois disso, foi emitido o Certificado de Operador Aéreo (COA), em 06/11/15, entre outros documentos. Após as últimas análises econômicas, jurídicas e técnico operacionais, o assunto foi votado e aprovado pela diretoria colegiada da Anac, na tarde desta terça-feira (15).
A decisão que outorgou a concessão e o extrato da concessão de outorga deverão ser publicados nesta quinta-feira (17), no Diário Oficial da União (DOU), sinalizando o término do processo de outorga e concessão e dando início as fases de operação da empresa.
Banda toca "Amigos para sempre" em evento com Dilma e Temer
Presidente e vice participaram de cerimônia militar no Clube do Exército. Temer enviou carta na qual apontou desconfiança da petista em relação a ele.
Laís Alegretti
A presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer participaram nesta quarta-feira (16) de cerimônia militar no Clube do Exército, em Brasília. Durante a cerimônia, a banda militar tocou a música “Amigos para sempre”, após o momento em que Dilma e Temer cumprimentaram os oficiais generais das Forças Armadas.
Em seguida, os participantes do evento seguiram para o salão onde ocorreram os discursos e o almoço. Após as falas e antes da refeição, Dilma e Temer se cumprimentaram com beijo no rosto. Os dois se sentaram lado a lado durante o almoço e deixaram o evento juntos.
A presidente não falou com os jornalistas sobre o rebaixamento da nota do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch. Ao deixar o local, Dilma brincou com os repórteres depois de uma jornalista dizer que queria dar os parabéns pelo aniversário, que foi comemorado nesta segunda (14).
Foi o primeiro evento público em que os dois aparecerem juntos desde que Temer enviou à presidente carta na qual apontou desconfiança da petista em relação a ele. Esta carta enviada no último dia 7, gerou mal-estar entre eles e intensa repercussão política em Brasília.
Somente dois dias depois do vazamento do conteúdo da carta – e após diversas conversas entre interlocutores da presidente e do vice –, Dilma e Temer se reuniram, por cerca de uma hora, no Palácio do Planalto.
O resultado da conversa entre eles foi o anúncio, por parte dos dois, de que a relação entre eles será "institucional" de agora em diante.
O desgaste na relação entre a presidente e o vice ocorre em meio à maior crise política vivida pelo governo desde que Dilma e Temer chegaram ao Palácio do Planalto, em 2011.
Além do processo de impeachment da petista autorizado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o governo vive as mais baixas taxas de popularidade – segundo pesquisa Ibope, 9% dos eleitores consideram a gestão "boa" ou "ótima", enquanto 70%, "ruim" ou "péssima".
O governo também enfrenta resistência de alas dissidentes do PMDB, que defendem a saída do partido do governo e o impeachment de Dilma.
Sobre o impeachment, a expectativa está em torno do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta quarta, de ação movida pelo PC do B na qual a legenda questionou atos de Eduardo Cunha no processo, como o que autorizou, por votação secreta, a eleição de uma chapa avulsa, composta por deputados da oposição e dissidentes da base, para compor a comissão especial destinada a analisar o processo.
Discurso
No evento, Dilma discursou antes do almoço e afirmou que o país precisa dos projetos estratégicos que estão em desenvolvimento nas Forças Armadas e assegurou que projetos prioritários não serão comprometidos com a necessidade de ajuste fiscal.
No evento, Dilma discursou antes do almoço e afirmou que o país precisa dos projetos estratégicos que estão em desenvolvimento nas Forças Armadas e assegurou que projetos prioritários não serão comprometidos com a necessidade de ajuste fiscal.
Dentre os projetos prioritários destacados por Dilma estão o sistema de monitoramento das fronteiras, do Exército, a construção do submarino nuclear, pela Marinha, e o FX-2, que escolheu o caça sueco Gripen como a nova aeronave de combate da Força Aérea Brasileira.
Dilma citou também a aeronave KC-390, que está sendo desenvolvida pela Embraer para transporte de carga e pessoas. A presidente afirmou, ainda, que a indústria de defesa ocupa um papel essencial em todos os países desenvolvidos.
"Reitero também que o Brasil precisa dos projetos estratégicos que estão em desenvolvimento nas Forças Armadas. Meu governo compreende a importância de desenvolvermos a base industrial de defesa brasileira e nos capacitarmos tecnologicamente em áreas estratégicas. Mesmo em momento de reequilíbrio fiscal, precisamos olhar sempre que revisões de prazos e adaptações não podem interromper um processo que as Forças Armadas têm levado a cabo”, disse.
"Reconheço o esforço [dos militares com o orçamento] e asseguro que os projetos prioritários não serão comprometidos", afirmou.
O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, discursou antes da presidente e destacou o papel das instituições militares no Brasil.
“São instituições fundadoras da nossa nacionalidade, construtoras do estado brasileiro e criadoras de valores que cimentam a identidade mais profunda e o sentido de permanência da nossa nacionalidade. As instituições que ajudaram a criar a ideia de Brasil quando ela não existia. Ajudaram a fazer a escolha de um Brasil e não de dois, três ou mais Brasis”, afirmou.
Primeiro a discursar, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, disse que as Forças Armadas não são exaltadas pela busca do protagonismo e que estão “firmemente” dedicadas a contribuir para a estabilidade institucional.
Parceria entre Municípios e Forças Armadas é discutida em reunião
Representantes das secretarias de saúde dos 167 municípios do Rio Grande do Norte se reuniram, na tarde de hoje, durante realização da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) em um hotel na zona sul da capital. Gestores discutem a adesão dos municípios ao contingente militar oferecido para auxiliar os agentes de endemias no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, chikungunya, e zika.
A princípio, nove municípios deverão ser contemplados com o reforço: Natal, Parnamirim, Macaíba, Ceará-Mirim, Mossoró, Assu, Caicó, Pau dos Ferros e Santa Cruz. As cidades são consideradas prioritárias pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) por apresentarem alta infestação predial, déficit em agentes de endemias e por representarem 80% dos casos de dengue no estado.
O auxílio das Forças Armadas poderá ser solicitado pelos municípios caso haja as condições necessárias para receber os militares. Isto porque cada cidade deverá arcar com os custos ligados a alimentação, transporte e alojamento do contingente que deverá ser encaminhado. Todos os municípios solicitaram o reforço dos militares. Porém, as cidades mais distantes solicitaram mais tempo para definirem os planos de logística para receber o efetivo. Outros dois municípios também solicitaram apoio militar no combate ao mosquito, Apodi e Tangará.
São 500 militares, entre homens e mulheres, da Marinha e do Exército que estão à disposição da Sesap para atuarem na eliminação dos focos do mosquito transmissor junto aos agentes de endemias a partir de janeiro.
Onze municípios terão o apoio das Forças Armadas
Marcelo Filho
Representantes das secretarias de saúde dos 167 municípios do Rio Grande do Norte se reuniram na tarde de ontem (16), durante realização da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Os gestores discutiram a adesão dos municípios que desejam receber o contingente oferecido pelas Forças Armadas para auxiliar os agentes de endemias no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e a zika.
Em princípio, nove municípios deverão ser contemplados com o reforço: Natal, Parnamirim, Macaíba, Ceará-Mirim, Mossoró, Assu, Caicó, Pau dos Ferros e Santa Cruz. As cidades são consideradas prioritárias pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) por apresentarem alta infestação predial, déficit em agentes de endemias e por representarem 80% dos casos de dengue no Estado.
O auxílio das Forças Armadas poderá ser solicitado pelos municípios caso haja as condições necessárias para receber os militares. Isto porque cada cidade deverá oferecer como contrapartida os custos ligados a alimentação, transporte e alojamento dos militares.
De acordo com Valter Luís dos Santos, técnico de controle setorial da Sesap, todos os municípios demonstraram interesse no apoio militar. “Alguns municípios mais distantes pediram mais tempo para definirem os planos de logística, mas nenhum deixará de receber o reforço”, afirmou Valter, que também informou que os municípios de Apodi e Tangará também solicitaram a presença do efetivo.
Homens e mulheres, sendo 300 militares do Exército e 200 da Marinha, estão à disposição. Já a Aeronáutica, de acordo com Valter, deverá fechar parceria com Parnamirim para disponibilizar o efetivo de 175 militares na cidade. Já Caicó deverá receber 300 soldados do Exército.
Conforme o técnico, Natal ainda não precisou o quantitativo para reforço devido ao plano que a Secretaria Municipal de Saúde deverá executar no próximo mês com agentes próprios. Na próxima segunda (21), haverá reunião entre representantes do Município, do Estado e das Forças Armadas para definir o quantitativo. O contingente passará por capacitação da Sesap nos dias 22, 23, 29 e 30 deste mês. Serão dois militares por cada agente, que iniciarão as atividades a partir do dia 4 de janeiro.
Ciclista brasileira pega no doping por EPO é absolvida; ABCD recorre
Flagrada em exame antidoping surpresa em outubro, a ciclista Uênia Fernandes foi absolvida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do ciclismo. Em julgamento realizado na semana passada, o STJD entendeu que supostos erros de procedimento na colheita do exame invalidam o resultado adverso para EPO (eritripoetina), hormônio sintético utilizado para produzir glóbulos vermelhos e ajudar na resistência. A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) tenta invalidar o julgamento, alegando que não foi intimada a participar dele, como manda o Código Brasileiro Antidoping.
"O exame teve uma série de irregularidades. Os atletas não puderam se hidratar. As pessoas que foram tentar tirar o sangue eram incapazes, chegaram a ferir os atletas. Teve atleta que teve que aguardar até 1h da manhã ou mais. O STJD entendeu que havia o risco de contaminação da amostra. O positivo do outro atleta (Alex Arseno) pode ter contaminado o dela", argumenta Itamar Côrtes, defensor de Uênia.
A versão defendida por Côrtes, e que convenceu o STJD do ciclismo, é fortemente rebatida por Luis Horta, um dos maiores especialistas mundiais no combate ao doping, ex-presidente da agência antidoping portuguesa e do conselho dos laboratórios da Agência Mundial Antidoping (Wada). Foi o médico português, consultor da ABCD, quem comandou o exame surpresa realizado na seleção brasileira que viria a disputar os Jogos Mundiais Militares, ganhando o bronze por equipes no feminino.
"Nada disso aconteceu. Havia três oficiais, além da minha pessoa. O controle foi muito prolongado, realmente. Começamos às 16h e terminou um pouco antes da meia-noite, porque muitos atletas propositadamente se hiperidrataram, porque a amostra diluída é inválida. Eu mesmo comprei 20 garrafas da água a pedido deles", contou Horta à Agência Estado.
De acordo com o especialista, Uênia foi uma das responsáveis por prolongar o exame. "Ela teve uma série de urinas diluídas, que não foram aceitas. Só a última, colhida às 23h, teve uma densidade adequada, por isso foi enviada para a análise. Todas as amostras diluídas deram negativo e isso demonstra que o controle deveria mesmo ter sido prolongado." Como o resultado adverso foi por EPO, seguindo o que rege a Wada, a ABCD consultou um segundo perito mundial capacitado, que comprovou o EPO, para só então apontar o doping.
O procedimento para casos de doping por EPO é conhecido do clã Fernandes. Márcia, prima de Uênia, teve resultado analítico adverso para o hormônio sintético após ser campeã brasileira de 2014. Naquela competição, só as campeãs do adulto (Márcia) e do sub-23 (Nayara Gomes Ramos) foram submetidas a exames antidoping. Ambas deram positivo para EPO e foram suspensas por dois anos.
Clemilda, irmã de Márcia, testou positivo para EPO em 2009, em exame realizado durante o Giro Rosa (versão feminina do Giro DItália). Neste ano, Uênia foi quem disputou o Giro, terminando no 42.º lugar. Por conta da participação nesta volta ciclística, ela não esteve nos Jogos Pan-Americanos.
Representante do Brasil em Toronto, Clemilda não teve amostra de sangue colhida em Deodoro, porque, após três tentativas, o profissional responsável não conseguiu "encontrar" uma veia. "Eu sou médico e posso atestar que, como ela tem umas veias muito muito difíceis, foi mesmo impossível. E o código fala que só pode fazer três tentativas", explica Horta. O teste de Janildes, que nunca foi pega no doping, deu negativo.
As três fazem parte do programa de alto rendimento das Forças Armadas. Uênia, como as primas, é 3º sargento da Força Aérea Brasileira (FAB). Com a mesma patente, Alex Arseno também testou positivo para EPO no exame surpresa comandado pela ABCD em outubro. O ciclista, que é reincidente, se desculpou por uma rede social e anunciou que vai se aposentar.
Governo da Paraíba lança plano de combate ao mosquito Aedes aegypti
Militares do Exército, Polícia Militar e Bombeiros atuarão no combate. Capacitação dos militares começa nesta quinta-feira (14).
O Governo da Paraíba anunciou nesta quarta-feira (16) em João Pessoa, um plano de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya em todo o estado. Segundo a secretária de Saúde do Estado, Roberta Abath, todo o efetivo da Polícia Militar, 150 homens do Corpo de Bombeiros e 260 militares do Exército, que atuam na Paraíba, serão capacitados para atuar no combate ao Aedes aegypti. A capacitação de todos os militares começa nesta quinta-feira (17). Além disso, um aplicativo para denúncia de focos do mosquito também foi lançado.
O plano foi desenvolvido em cinco eixos:
- Combate ao mosquito transmissor com o uso de carros fumacê e agentes de endemia;
- Assistência aos pacientes infectados e capacitação dos profissionais de saúde;
- Vigilância epidemiológica com o monitoramento dos casos suspeitos;
- Campanhas publicitárias para a conscientização da população;
- Pesquisas relacionadas às doenças.
- Assistência aos pacientes infectados e capacitação dos profissionais de saúde;
- Vigilância epidemiológica com o monitoramento dos casos suspeitos;
- Campanhas publicitárias para a conscientização da população;
- Pesquisas relacionadas às doenças.
O governo, no entanto, não informou qual o valor que será investido nas ações anunciadas nesta quarta-feira.O secretario de Vigilância em Saúde do Governo Federal garantiu o repasse de verbas para as ações. Segundo Antônio Nardi, não faltarão recursos para o combate ao mosquito e dar segurança para a população.
O governador Ricardo Coutinho lembrou que é preciso celeridade do Governo Federal no repasse dos recursos necessários para a execução do plano. "A União não pode, efetivamente, lançar um plano e demorar, ninguém sabe quanto tempo, para poder liberar recursos que são parcos, que são poucos", disse o governador.
Aplicativo para celular
Como parte do plano de combate ao mosquito Aedes aegypti, foi lançado também um aplicativo para smartphones que utilizam o sistema androide. O aplicativo permite que o usuário envie fotos de possíveis focos do mosquito. A imagem vai para um banco de dados da Secretaria de Saúde, que dá a localização exata para os agentes atuarem no combate.
Como parte do plano de combate ao mosquito Aedes aegypti, foi lançado também um aplicativo para smartphones que utilizam o sistema androide. O aplicativo permite que o usuário envie fotos de possíveis focos do mosquito. A imagem vai para um banco de dados da Secretaria de Saúde, que dá a localização exata para os agentes atuarem no combate.
"No momento em que as imagens estão subindo para a base, nesse mesmo momento, já vão ser direcionadas para que as equipes possam entrar em ação e atacar esse foco de dengue", disse Krol Jânio, diretor da Companhia de Peocessamento de Dados da Paraíba (Codata).
Também será criado um centro de atendimento telefônico para tirar dúvidas e acompanhar gestantes e mães com bebês de até dois anos de idade. O início da operação do centro telefônico ainda não foi divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde.
Dilma garante continuidade de projetos estratégicos das Forças Armadas
Área estratégica “Meu governo compreende a importância de desenvolvermos a base industrial de defesa brasileira", disse a presidenta
Durante a cerimônia de cumprimentos aos novos oficiais-generais, nesta quarta-feira (16), em Brasília, a presidenta Dilma Rousseff garantiu a continuidade dos projetos estratégicos que estão em desenvolvimento nas Forças Armadas. “Meu governo compreende a importância de desenvolvermos a base industrial de defesa brasileira e de nos capacitarmos tecnologicamente em áreas estratégicas”, disse.
Segundo a presidenta, a Estratégia Nacional de Defesa (END) consagrou a relação indissociável entre defesa e desenvolvimento. “Asseguro que os projetos prioritários não serão comprometidos. Afinal, face aos imperativos de defesa do século XXI, não podemos abdicar do pleno desenvolvimento de nossos setores nuclear, cibernético e aeroespacial.”
Entre os projetos, Dilma citou o Programa Nuclear da Marinha e o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), que prevê a construção de cinco submarinos, sendo um de propulsão nuclear, além de uma Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas e um complexo de Estaleiro e Base Naval.
“Em Aramar e em Itaguaí, etapas importantes da execução desses projetos foram concluídas e, apesar da redução do ritmo, consagraremos nossa condição de País autônomo em termos de domínio de tecnologia nuclear e dotado dos meios apropriados para a dissuasão em nossas águas jurisdicionais”, disse.
Fronteiras
Dilma reforçou a importância do projeto-piloto do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), ferramenta integrada de sensoriamento, de apoio à decisão e de emprego operacional cujo propósito é fortalecer a presença e a capacidade de ação do Estado na faixa de fronteira.
O projeto, centrado em Dourados, no Mato Grosso do Sul, atingiu, neste ano, 64% da sua execução. “Com o desenvolvimento deste e de projetos como o blindado Guarani, que tem 90% de conteúdo nacional, iremos fortalecer a presença e a capacidade de ação do Estado na faixa de fronteira e a indústria nacional de defesa.”
Aviação
Já o Projeto Estratégico FX-2, cujo contrato financeiro foi assinado recentemente, dotará o Brasil de um caça supersônico de última geração. “A sua execução propiciará ampla transferência de tecnologia e geração de milhares de empregos no setor aeroespacial”, disse Dilma.
A presidenta citou, também, o Projeto KC-390, o maior avião já fabricado no Brasil. “Com concepção e desenvolvimento 100% nacionais, este projeto está promovendo uma teia de promissoras relações com a indústria brasileira nas vertentes econômica, social, tecnológica, institucional.”
“Não somente este, mas outros projetos, à medida em que reconhecemos o papel das Forças Armadas internacionalmente nos países desenvolvidos, têm sido um fator extremamente relevante na expansão, criação e difusão de tecnologia”, enalteceu a presidenta.
Desastres naturais
A presidenta Dilma reconheceu a importância das Forças Armadas não apenas na garantia da lei e da ordem e na participação em grandes eventos, mas também na atuação em desastres naturais e epidemias, como o rompimento das barragens, em Mariana, e o combate ao mosquito Aedes aegypti.
“As Forças Armadas ocupam a frente e a liderança do Sistema Nacional de [Proteção e] Defesa Civil”, disse.
Dilma pede colaboração das Forças Armadas para um país mais justo e democrático
Luana Lourenço – Repórter Da Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff participou hoje (16) da cerimônia de cumprimento a oficiais generais promovidos em 2015 e de confraternização com militares do Exército, Marinha e Aeronáutica e disse que conta com o comprometimento e a colaboração das Forças Armadas para a construção de um país mais “justo e democrático”.
"O Brasil conta com seu comprometimento. Os senhores serão exemplo e fonte de inspiração para as mulheres e homens que comandarão. Sob sua liderança, nossas Forças continuarão decisivas para a construção de um Brasil mais seguro, mais forte, mais justo e democrático”, disse a presidenta aos novos oficiais generais, em discurso ao lado do vice-presidente Michel Temer.
Esta foi a primeira aparição pública de Dilma ao lado de Temer, depois que ele reclamou da relação com a presidenta em uma carta pessoal repleta de queixas. Os dois passaram a cerimônia um ao lado do outro e sentaram-se na mesma mesa para almoçar. Após o brinde, a presidenta e o vice se cumprimentaram com um beijo no rosto.
Durante o discurso, Dilma destacou que as Forças Armadas têm papel importante “no que se refere à garantia da lei e da ordem” e em “momentos bastante decisivos para a afirmação do papel do nosso país”. A presidenta listou a participação das Forças em atividades como os grandes eventos internacionais sediados pelo Brasil, em situações de emergência ambiental e de defesa civil e destacou a ajuda dos militares no combate ao mosquito Aedes aegypti.
“O Brasil seguirá necessitando [das Forças Armadas] na defesa do povo brasileiro, nosso maior patrimônio. E aqui me refiro ao combate à microcefalia e à grande contribuição que as Forças Armadas estão dando na verdadeira cruzada contra o mosquito da dengue, o Aedes aegypti, e agora tanto ao chikungunya quanto ao vírus Zika.
Na fala aos militares, Dilma disse ainda que conta com as Forças Armadas para dar seguimento à “redução das extremas desigualdades que, ao longo dos últimos 13 anos, viemos lutando para conseguir”.
Apoio
Anfitrião do almoço de confraternização no Clube do Exército, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, disse que as Forças Armadas são “devotadas, fiéis e comprometidas e não afetadas pela busca do protagonismo” e que estão à disposição para contribuir para a estabilidade do país.
Villas Bôas listou atividades em que as Forças Armadas estão envolvidas, desde a segurança das fronteiras à atuação em comunidades do Rio de Janeiro e participação em emergências como a tragédia de Mariana e cobrou investimentos. Segundo ele, o grande espectro de atuação dos militares exige “desenvolvimento de capacidades, atributos e ferramentas”.
Dilma se comprometeu com a valorização da carreira militar e disse que, apesar do ajuste da economia, projetos prioritários das Forças Armadas não serão interrompidos. “Mesmo em momento de reequilíbrio fiscal, precisamos olhar que revisões de prazo e adaptações não podem interromper um processo que as Forças tem levado a cabo. Reconheço esse esforço e asseguro que projetos prioritários não serão comprometidos”, disse ela.
ONU: resposta ao desastre de Mariana tem que ser mais ativa
Yara Aquino
Integrantes do Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos, em visita oficial ao Brasil, foram a Mariana (MG) e se reuniram com vítimas do rompimento da barragem de rejeitos de mineração do Fundão para ouvir a avaliação dos afetados sobre o desastre. Na declaração preliminar, divulgada hoje (16), após 10 dias de visita ao país, o grupo avaliou que as autoridades estaduais e federais precisam assumir um papel mais ativo na resposta ao desastre.
O texto registra que, apesar da empresa Samarco, mineradora responsável pela barragem, ter a obrigação por reparar os danos causados, o Estado permanece o principal garantidor do respeito aos direitos humanos das comunidades afetadas.
“Pessoas no local disseram que não tiveram oportunidade de conversar com o governo federal. É importante que governo responda dentro de suas obrigações, e essa não foi a impressão que tivemos”, disse Pavel Sulyandziga, que é um dos integrantes do grupo de trabalho.
De acordo com a declaração, embora a Presidência da República tenha informado o grupo sobre as ações de assistência emergencial, “o governo precisa fornecer informações mais claras à população, bem com orientações sobre o processo de reassentamento e a definição da compensação”.
Pavel Sulyandziga disse que as pessoas afetadas pelo rompimento da barragem relataram incerteza em relação ao apoio de longo prazo que receberiam para reconstruir suas vidas. Há, ainda, a preocupação com o risco de rompimento de novas barragens. O grupo de trabalho também se reuniu com representantes da Samarco, promotores públicos estaduais e procuradores federais.
Os integrantes do grupo consideraram que houve falha no plano de contingência da mineradora e reconheceram o esforço da Samarco para tomar medidas após o desastre. Também elogiaram o trabalho dos promotores e procuradores. No último dia 10, a Promotoria de Justiça da Comarca de Mariana entrou com uma ação civil pública contra a Samarco e suas proprietárias, Vale e a BHP Billiton, para garantir o cumprimento de todos os direitos das vítimas afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão, em 5 de novembro.
Além de Mariana, os integrantes do grupo de trabalho visitaram Altamira (PA), para examinar a construção da Usina de Belo Monte, e foram ao Rio de Janeiro, no assentamento de Vila Autódromo. Em relação a Belo Monte, a missão conversou com comunidades afetadas pela obra, promotores públicos, representante da Norte Energia, consórcio responsável pela construção, e autoridades federais e estaduais. Eles observaram que houve falta de consultas à população antes da implementação de projetos de mitigação pela empresa.
No Rio de Janeiro, conversaram com moradores da Vila Autódromo onde viviam cerca de 450 pessoas antes da decisão da prefeitura de desapropriar a área para construir instalações para os Jogos Olímpicos de 2016. Várias famílias deixaram o local em troca de moradias populares, outras querem permanecer e ajuizaram ação contra o município.“Vamos registrar nas nossas recomendações as reclamações que ouvimos dos moradores sobre as condições de vida no local para que isso seja de alguma forma resolvido”, disse Pavel Sulyandziga.
Entre os dias 7 e 16 de dezembro, o grupo de trabalho esteve em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará, São Paulo e Brasília, onde foram recebido por representantes da Presidência da República e de diversos ministérios, na Câmara dos Deputados, e por integrantes de organizações da sociedade civil e do meio empresarial.
Após apresentar as observações da visita ao governo brasileiro, eles aguardam retornos para elaborar o relatório oficial da missão que será submetido à 32ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos, em junho de 2016.
Resposta do governo
Em resposta à avaliação feita pelo grupo de trabalho da Organização das Nações Unidas, o Palácio do Planalto enviou a seguinte explicação:
“Quanto ao trabalho do Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre empresas e direitos a respeito do desastre do Fundão, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), o governo brasileiro aguardará a entrega, pela ONU, do relatório, para se manifestar no prazo previsto. Mas, já repassou informações para ONU, entre elas:
1. Atendimento emergencial
A primeira ação federal efetiva foi atuar no socorro e nas buscas por desaparecidos, com ações da Defesa Civil, do Exército e da Força Aérea Brasileira, que agiram logo após o desastre.
2. Abastecimento de água
Medidas para garantir água para consumo foram adotadas tanto em Mariana como em cidades próximas, ao longo do rio Doce, que receberam lama com rejeitos.
3. Monitoramento 24 horas do Rio Doce
Após o desastre, o Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) antecipou o início da operação 24 horas de monitoramento contínuo do Sistema de Alerta da Bacia do Rio Doce, que abrange diversos municípios do leste de Minas Gerais e do Espírito Santo.
O Serviço Geológico do Brasil e a Agência Nacional de Águas (ANA) fazem o monitoramento especial do Rio Doce para acompanhar a evolução da qualidade da água.
Resultados de novas amostras comprovam que a qualidade da água do rio Doce está compatível com resultados obtidos em amostras colhidas antes da passagem da lama de rejeitos liberada pelo rompimento da barragem Fundão, de propriedade da mineradora Samarco, em Mariana (MG).
Os resultados confirmam que, depois de adequadamente tratada pelas companhias de saneamento de forma a torná-la compatível com os padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria 2.914, do Ministério da Saúde, a água pode ser consumida sem riscos.
Os resultados obtidos em mais de 40 coletas mostram uma quantidade de material em suspensão (turbidez) muito acima dos valores observados pela CPRM em 2010. Além da turbidez, os resultados revelam também uma diminuição significativa na quantidade de oxigênio dissolvido na água que pode está relacionada com a mortandade de peixes.
Após o rompimento da barragem, a água do rio recebeu imensa sobrecarga de lama, o que aumentou a turbidez e diminuiu a quantidade de oxigênio dissolvido, fatores que contribuíram para a mortandade de peixes e a interrupção do abastecimento das cidades que captavam no rio. A quantidade de material em suspensão na água alcançou níveis até 100 vezes superiores aos observados historicamente durante períodos de chuvas torrenciais. A turbidez continua alta, portanto ainda requer procedimentos especiais nas Estações de Tratamento.
Com relação à presença de metais pesados dissolvidos em água (cátions): arsênio, cádmio, mercúrio, chumbo, cobre, zinco, entre outros, os resultados de 2015 são, de modo geral, similares a levantamentos realizados pela CPRM em 2010. Os valores obtidos nas coletas indicaram condições em conformidade com a Portaria 2.914 do Ministério da Saúde, exceto para o manganês dissolvido que, no entanto, também pode ser tratado para padrões adequados ao consumo nas Estações de Tratamento.
As amostras foram colhidas em 13 pontos durante a primeira campanha de análises, entre os dias 14 e 22 de novembro, e confirmam resultados parciais divulgados em novembro. Uma nova campanha está em andamento e será divulgada oportunamente.
4. Samarco multada
O governo do Brasil, por meio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), aplicou multas que totalizam mais de R$ 250 milhões contra a Samarco. O governo vem cobrando a atuação da empresa na contenção e na reparação dos danos causados pela tragédia.
5. Recuperação do Rio Doce
O governo federal iniciou um diálogo com os governos mineiro e capixaba para definir um plano conjunto de recuperação da Bacia Hidrográfica do Rio Doce. O tema também é tratado no Comitê de Gestão e Avaliação de Respostas, coordenado pela Casa Civil, instituído pelo governo para avaliação das respostas ao desastre.
6. Força-tarefa para salvar animais ameaçados
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Brasileiro de Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vêm fazendo ações de emergência para proteger a fauna da região afetada pela catástrofe, como a retirada de ovos de tartaruga de locais ameaçados na costa capixaba, bem como a captura e transporte de matrizes de peixes também ameaçados.
7 . Ação Civil Pública indenizatória de 20 bilhões de reais
Foi ajuizada Ação Civil Pública em conjunto pelo Governo Federal e governos estaduais de Minas Gerais e Espírito Santo contra a mineradora Samarco e suas controladoras, a Vale e a BHP, com pedido de indenização de pelo menos R$ 20 bilhões pelos danos sociais, ambientais e econômicos mprovocados pelo rompimento da barragem Fundão, em Mariana (MG).
Suécia rejeita fornecer aviões à missão para combater Estado Islâmico
Efe
A Suécia informou nesta quarta-feira que não irá enviar aviões de combate polivalentes Jas Gripen para apoiar à França na luta contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque.
A ministra de Relações Exteriores sueca, Margot Wallström, justificou a decisão dizendo que a missão ainda se encontra "legalmente em uma zona cinza", embora tenha ressaltado que "isto poderia mudar se houvesse um claro pedido da ONU". Embora não vá fornecer os caças, o país irá colocar à disposição voos de transporte militar e oferecerá um maior apoio à França em sua missão no Mali.
"É caro e, ao mesmo tempo, importante em matéria logística, por isso constitui uma contribuição substancial", afirmou ela em entrevista coletiva em Estocolmo.
"É caro e, ao mesmo tempo, importante em matéria logística, por isso constitui uma contribuição substancial", afirmou ela em entrevista coletiva em Estocolmo.
Margot anunciou, além disso, o envio de um avião de transporte Hércules em 2017 para a missão da ONU no Mali, assim como uma equipe militar. A Suécia, que não faz parte da Otan, contribui com 30 soldados à instrução militar das forças curdas "peshmerga" no Iraque.
A última vez que o país colocou à disposição de uma missão militar internacional seus caças de combate foi na Líbia em 2011, embora os aparelhos tenham sido utilizados apenas para tarefas de reconhecimento.
JÁ É NOTÍCIA (AL)
Falha mecânica e humana são descartadas em inquérito da queda de helicóptero em AL
As investigações em torno do acidente com helicóptero da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) no bairro da Santa Lúcia, que deixou quatro militares mortos, foram concluídas nesta terça-feira (15) sem apontar falha mecânica de fabricante ou de manutenção ou falha humana.
Ainda não se sabe a causa real do acidente. O delegado responsável pelo inquérito, Manoel Acácio, disse que ainda aguarda alguns laudos que serão feitos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas que, por enquanto, esta é a conclusão.
Ele disse que vai mandar o inquérito com essas conclusões para a a Justiça e assim que for recebendo mais informações vai anexando.
“Mandei alguns questionamentos para a Aeronáutica, mas informaram que não podem responder os questionários pois a investigação continua. Falhas técnicas e mecânicas foram descartadas. A Aeronáutica pode chegar sem nenhuma conclusão e começar a trabalhar com hipóteses da causa do acidente”, observou Acácio.
A respeito das investigações, o delegado falou que ela teve como base depoimentos de 14 pessoas e laudos técnicos. Ele disse ainda que, segundo os laudos, dos quatro tripulantes da aeronave, três morreram de traumatismo craniano e a causa da morte do piloto foi carbonização.
“Isso serve para mostrar que descartamos a possibilidade de ter havido qualquer morte súbita ou qualquer problema no ar, como estavam comentando que poderia ter acontecido. Os laudos dos exames cadavéricos mostram que as causas das mortes foram consequência do acidente”, disse o delegado.
Acácio disse que o resultado do inquérito poderá ser complementado quando tiver acesso ao relatório da Seripa.
"Os documentos dos pilotos, inspeções e manutenções da aeronave estão em dia. Até o momento, com os elementos que tenho aqui descarto a falha mecânica ou humana, mas ainda aguardo mais informações", afirmou.
"Os documentos dos pilotos, inspeções e manutenções da aeronave estão em dia. Até o momento, com os elementos que tenho aqui descarto a falha mecânica ou humana, mas ainda aguardo mais informações", afirmou.
Acácio explicou que os questionamentos feitos à Aeronáutica foram encaminhados para o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em Brasília, que ficou de encaminhar para o Seripa [Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos]. "Quando esse material chegar, será feito um relatório complentar e enviado à Justiça", informou.
BONDE NEWS (PR)
Presidente do Grupo Positivo recebe prêmio de R$ 120 mil do Nota Paraná
Foram revelados, nesta terça-feira (15), os ganhadores dos três principais prêmios de Natal do Nota Paraná, de R$ 200 mil, R$ 120 mil e R$ 80mil. Os vencedores receberam o dinheiro no Palácio Iguaçu, em Curitiba, sede do Governo do Estado.
Alcir Benega, 62 anos, consultor financeiro, recebeu o prêmio maior, de R$ 200 mil. O empresário Hélio Rotenberg, 53 anos, presidente do Grupo Positivo, foi contemplado com o prêmio de R$ 120 mil. O terceiro prêmio especial, de R$ 80 mil, foi para Diogo Dala Dea Pagano, 36 anos, militar das Forças Armadas. Também foram receber pessoalmente os contribuintes contemplados com R$ 1 mil.
Foram gerados, para as compras de agosto, 9,8 milhões de bilhetes de 395 mil CPFs, que concorreram a 250 mil prêmios individuais. Em janeiro, outros serão sorteados com prêmios de R$ 20 mil, R$ 30 mil e R$ 50 mil. Criado em agosto, o programa já contabilizou até setembro 5 milhões de CPFs distintos.
Foram gerados, para as compras de agosto, 9,8 milhões de bilhetes de 395 mil CPFs, que concorreram a 250 mil prêmios individuais. Em janeiro, outros serão sorteados com prêmios de R$ 20 mil, R$ 30 mil e R$ 50 mil. Criado em agosto, o programa já contabilizou até setembro 5 milhões de CPFs distintos.
Segundo o Governo do Estado, Alcir Benega, contemplado com R$ 200 mil, nunca havia ganho nada em sorteios e, assim que soube do Nota Paraná, fez o cadastro e passou a colocar o CPF na nota. Com o prêmio, vai ajudar a pagar a casa do filho, acertar algumas contas, investir uma parte e também já programou uma viagem com a esposa.
O empresário Hélio Rotenberg, presidente do Grupo Positivo, fez o cadastro, pediu o CPF nas notas e foi sorteado. Ele contou que está construindo uma casa e fez questão de pedir o CPF em tudo que comprou.
Diogo Dala Dea Pagano, sargento da Aeronáutica, fez o cadastro logo após o lançamento do programa e diz que tinha esperança de ganhar. Ele acumulou 40 bilhetes e pretende investir parte do dinheiro e comprar um carro novo.
AGÊNCIA CNT
Pico de movimentação nos aeroportos deve ser no dia 4 de janeiro
Nessa data, 648 mil pessoas devem passar pelos principais aeroportos
Os 15 principais aeroportos brasileiros, que concentram 80% do fluxo de passageiros, devem movimentar cerca de 648 mil passageiros somente no dia 4 de janeiro, pico de demanda da Operação Fim de Ano. Guarulhos é o terminal que mais contribui com a conta do dia: o terminal paulista deve registrar cerca de 125,7 mil viajantes embarcando ou desembarcando em São Paulo. A projeção é da SAC (Secretaria de Aviação Civil).
Em seguida, aparecem os dias 18 de dezembro, com estimativa de movimentação de 639,16 mil passageiros; 21 de dezembro, com cerca de 638 mil viajantes; e 8 de janeiro, com 637,84 mil pessoas circulando pelos terminais. Para efeito de comparação, o auge da demanda diária na Copa do Mundo foi 14 de julho de 2014, com 560 mil passageiros transportados. De acordo com os cálculos da Secretaria de Aviação, até o dia 10 de janeiro mais de 16 milhões de pessoas devem passar pelos 15 terminais que participam do reforço operacional para o fim de ano.
Os aeroportos mais movimentados no período da Operação, serão, nesta ordem: Guarulhos (3,6 milhões de passageiros), Brasília (2,1 milhões), Congonhas (1,9 milhão), Galeão (1,8 milhão) e Confins (1,4 milhão), considerando chegadas e saídas (embarques e desembarques).
O maior número de aeronaves em procedimentos de pouso e decolagem será registrado em Guarulhos no dia 18: serão 905 aviões com destino ou origem no terminal.
JORNAL DIA DIA (MS)
Ministério da Integração garante mais 44 bombeiros para combater incêndio na Chapada Diamantina (BA)
O Ministério da Integração Nacional (MI), por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), enviou 44 militares com equipamentos e uma viatura para ampliar a ação de combate aos incêndios no Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA). Os profissionais, integrantes do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), são especialistas em incêndios florestais.
Os bombeiros chegaram à região na terça-feira (15/12) em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com a missão de apoiar as ações executadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A Sedec atuou em apoio à solicitação da defesa civil da Bahia com objetivo de proteger a população do estado.
A primeira atuação do MI no incêndio na Chapada Diamantina foi o envio de 47 militares e avião especializado em combate a incêndio (Air Tractor) do CBMDF. A equipe chegou ao local no dia 21 de novembro. Um técnico do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) acompanhou os militares para coordenar as ações do governo federal em parceria com o Ibama.
PORTAL CNT (BR)
Demanda da aviação civil cai quase 8% e regride a níveis de 2013
Natália Pianegonda
A queda na demanda da aviação civil acentuou-se e chegou a 7,9% no mês de novembro, em relação ao mesmo mês de 2015, segundo balanço da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), que reúne as maiores companhias do Brasil. Foi a quarta redução consecutiva: em agosto, a diminuição registrada foi de 0,6%; em setembro, foi de 0,8%; e em outubro, a queda chegou a 5,7%. A demanda considera o número de passageiros pagantes transportados por quilômetro.
A oferta de assentos também baixou em relação a novembro de 2014, 3,9%. Assim, o aproveitamento das aeronaves, que contabiliza a relação entre assentos disponíveis e assentos ocupados em cada voo, chegou a 77,9%, 3,4 pontos percentuais menos que no ano passado.
Conforme a entidade, os números recuaram a níveis de 2013. De acordo com a Abear, “os desempenhos reiteradamente negativos da segunda metade do ano estão eliminando os avanços registrados no primeiro trimestre, ainda resultantes de vendas feitas em 2014 e de um cenário econômico menos desfavorável”.
Em novembro, foram 7,7 milhões de viagens domésticas, 5% menos que no mesmo período do ano passado. No acumulado de 2015, foram 86,5 milhões de passageiros transportados, o que significa queda de 0,6% em relação aos meses de janeiro a novembro de 2014.
Transporte internacional
Gol, Tam e Azul, que são as companhias brasileiras que operam no mercado internacional, registraram avanço de 9,8% na demanda no mês passado. A oferta, nesse período, cresceu 11,3%. Ao todo, foram 584,5 mil passageiros transportados no mês em viagens internacionais.
De janeiro a novembro a oferta internacional registrou expansão de 14,9%, para uma demanda que evoluiu 13,9%. O aproveitamento das aeronaves foi de 83,4% no acumulado do ano, 0,75 ponto percentual abaixo de igual intervalo do ano anterior.
CAMPO GRANDE NEWS (MS)
Exército anuncia presença de Dilma na segunda para conhecer Sisfron
Comandante da Brigada Guaicurus informou que presidente estará em Dourados para participar do lançamento do Polo Sisfron
Em meio à maior crise política de seu governo e ameaçada por um processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff (PT) deve vir a Mato Grosso do Sul na segunda-feira (21). A visita presidencial foi anunciada na tarde desta quarta pelo comando da Brigada Guaicurus, onde fica a sede do Exército na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul.
De acordo com um convite distribuído pelo comandante da brigada, general Rui Yutaka Matsuda, Dilma vem a Dourados para conhecer o projeto de criação do “Polo Sisfron”, que faz parte do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras. O polo envolve parceria com universidades, entidades, instituições e com o Sistema S para capacitação de militares jovens para o mercado de trabalho.
Conforme o comando da brigada, a solenidade com a presença da presidente da República está marcada para começar às 15h50. A assessoria do Palácio do Planalto informou que a presença de Dilma em Mato Grosso do Sul ainda não está confirmada, já a agenda para o dia 21 ainda está aberta, ou seja, pode ser alterada.
Em julho, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) esteve em Dourados para conhecer o projeto-piloto do Sisfron, que começou a ser implantado em 2013 na faixa de fronteira entre Mundo Novo e Bela Vista.
No dia 3 deste mês foi a vez do ministro da Defesa, Aldo Rebelo, visitar a Brigada Guaicurus para acompanhar a implantação do projeto, que tem como meta proteger toda a fronteira seca do Brasil, de pelo menos 17 mil quilômetros de extensão.
Projetado para ser totalmente implantado até 2021, o Sisfron sofre com o corte de verbas. Até agora, o projeto-piloto recebeu menos da metade dos recursos previstos para a fase inicial.
RONDÔNIA DINÂMICA (RO)
Dois municípios do Cone Sul estão no “grupo de risco” de dengue e febre chikungunya
Rondônia poderá solicitar o apoio das Forças Armadas, se for necessário, no combate ao aedes eagypti nos municípios com índices de infestação acima de 1% (sinal de alerta) e microrregiões de risco com médias superiores a quatro pontos. A informação é da gerente da Agência de Vigilância em Saúde (Agevisa), médica Arlete Baldez, dada nesta segunda-feira (14) na primeira reunião técnica do Comitê Estadual de Combate ao Mosquito.
Em condições de alerta estão os municípios de Alto Paraíso, Alvorada do Oeste, Cacaulândia, Campo Novo de Rondônia, Espigão do Oeste, Governador Jorge Teixeira, Jaru, Ji-Paraná, Ministro Andreazza, Nova Mamoré, Nova União, Novo Horizonte, Ouro Preto do Oeste, Parecis, Pimenta Bueno, Porto Velho, Presidente Médici, Rio Crespo, Rolim de Moura e Santa Luzia do Oeste.
Compõem o grupo de risco as localidades de Buritis, Colorado do Oeste, Cujubim, Itapuã do Oeste e Pimenteiras do Oeste, fronteira com a Bolívia, onde foi registrado recentemente um surto de 350 casos de chikungunya, doença transmitida também pelo aedes aegypti.
Para ajudar os municípios, o governo estadual manterá reuniões regulares com os prefeitos e assessores municipais com o objetivo de identificar e definir formas de cooperação que possam contribuir para o sucesso das campanhas e estratégias de eliminação de criadouros e combate aos focos do mosquito adulto.
As estratégias constam na campanha “O mosquito não pode nascer! Se todos fizerem a sua parte não vai dar zika”, lançada no último dia 7 de dezembro, e consistem na realização de mutirões para mobilização de moradores nos bairros, eliminação de criadouros por meio de faxinas semanais (sábado), e ampliação dos níveis de informações da população por meio de distribuição de panfletos, palestras e aumento do número de agentes multiplicadores.
No município de Porto Velho será realizada uma força-tarefa nos bairros com o apoio de órgãos estaduais, municipais, defesa civil, entidades não-governamentais, clubes de serviço, dentre os quais o Rotary, e voluntários das Forças Armadas, para conscientização, remoção de lixo doméstico e transporte para local seguro de materiais que podem servir de criadouro, como caixas d’água destampadas, latas, pneus, garrafas, tampas de garrafa e outros recipientes que podem armazenar água onde o mosquito deposita os ovos.
Os ovos geram as larvas que se reproduzem os mosquitos responsáveis pela infestação das infecções transmitidas pelo vírus zika. É um vírus da família flaviviridae, o mesmo da dengue e da febre amarela, além de ser o transmissor da doença chamada de febre zika, sintomas semelhantes aos da dengue, um pouco mais brandos, e uma infecção típica de países de clima tropical, cuja mutação é responsável pelo aumento de casos de microcefalia, principalmente na região Nordeste.
Em novembro, o Ministério da Saúde divulgou boletim com a notificação de 739 casos confirmados de microcefalia em 160 cidades de nove estados, sendo a principal hipótese para o surto a infecção pelo zika vírus.
Identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015, o maior surto é dos 487 casos confirmados em Pernambuco, seguido da Paraíba (69), Sergipe (54), Rio Grande do Norte (47), Piauí (27), alagoas (10). Ceará (9), Bahia (8) e Goiás (1).
Até agora não há casos confirmados da febre zika em Rondônia. Há um caso importado. Segundo Arlete Baldez, por causa da existência do vetor em vários municípios há riscos da doença chegar ao Estado. “Mas estamos numa ‘guerra’ para reduzir os níveis de infestação das áreas em sinal de alerta e de risco para menos de um por cento, índices aceitáveis pelos organismos de saúde garantindo a execução das ações municipais de vigilância e medidas de controle vetorial”.
A população pode participar diretamente transformando cada pessoa em agente multiplicador de conhecimento sobre a doença, fazendo inspeções e faxinas regulares nas residências e ainda ligando para o telefone 0800 6471390, da Coordenadoria de Postura do município, para denunciar pneus ao relento em borracharias, sucatas de veículos utilitários e caixas d’água destampadas, que podem se tornar criadouros do mosquito.
PREFEITURA DE JOÃO PESSOA
Drones rastream focos do mosquito Aedes aegypti em João Pessoa
Para fortalecer a série de ações que já têm sido realizadas no combate ao mosquito Aedes aegypti, a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) investe em tecnologia na guerra ao transmissor da dengue, da chincungunya e zika vírus, um dos responsáveis pelos casos de microcefalia. Durante 10 dias, a aeronave não tripulada vai mapear imóveis abandonados e terrenos baldios, para identificar possíveis focos do mosquito. As imagens serão monitoradas em tempo real.
A partir desta quinta-feira (17), o equipamento irá sobrevoar diariamente áreas já mapeadas pelos agentes de endemias. A primeira ação acontecerá no bairro de Valentina, que hoje está entre as cinco localidades com maior incidência de dengue da capital paraibana. Na sexta-feira (18), o equipamento será utilizado nos bairros de Cristo Redentor e Rangel.
O drone capta imagens em formato fullhd, ampliando as possibilidades de identificação até de criadouros menos perceptíveis do Aedes aegypti. Os equipamentos reforçarão a medida tomada pela Prefeitura de João Pessoa de, por meio de liminar, conseguir o ingresso dos agentes em residências fechadas ou abandonadas, e com suspeita de apresentar focos do mosquito.
A secretária de Saúde de João Pessoa, Aleuda Cardoso, explica que, com a entrada do drone em operação, a Prefeitura cria uma nova frente de ação do Plano Municipal de enfrentamento ao mosquito. “Além de intensificar as visitas dos agentes de endemias, a prefeitura tem realizado a limpeza de terrenos baldios e notificou proprietários para que tomem as providências necessárias para eliminar focos do mosquito, por se tratar de uma questão de saúde pública“, explica a secretária.
A Prefeitura de João Pessoa possui hoje 350 agentes de saúde ambiental, que já realizaram cerca de 600 mil vistorias. Nos últimos meses, foram retirados de circulação mais de 110 mil pneus, reduzindo significativamente o número de casos. Segundo a Vigilância Ambiental, o número de notificações de dengue caiu de 526 casos, em junho deste ano, para aproximadamente 28, uma redução de 94,67%.
Principais recomendações para o combate ao Aedes aegypti
– Elimine sacos plásticos e pneus velhos que ficam expostos às chuvas.
– Deixe as garrafas vazias com a boca para baixo, evitando que acumulem água.
– Mantenha recipientes como caixas d’água e piscina sempre fechados.
– Preencha com areia a borda dos pratos utilizados no suporte das plantas.
– Observe se a calha está acumulando água e se a chuva fica retida na laje.
– Preserve materiais de construção em locais secos e cobertos.
– Retire a bandeja externa da geladeira ao menos uma vez por semana, lavando-a com sabão.
– Lave semanalmente, com água e sabão, potes e baldes utilizados para armazenar água.
– Faço o mesmo com os bebedouros de animais, que devem ser limpos com escovas ao menos uma vez por semana.
– O lixo deve ser mantido em sacos plásticos, bem fechados. Evite o descarte nas ruas ou em terrenos baldios.
– Sempre que possível, mobilize os seus vizinhos e alerte o poder público sobre possíveis focos da doença.
Para as gestantes:
– Realizar o pré-natal e fazer todos os exames com acompanhamento médico.
– Não consumir bebidas alcóolicas ou qualquer tipo de droga.
– Eliminar focos de proliferação do mosquito no local onde vive.
– Proteger-se com portas e janelas fechadas, vestir calça e camisa de mangas cumpridas, além de utilizar repelentes recomendados para grávidas.
VISÃO NOTÍCIAS
Esquadrilha da Fumaça receberá novo lider
Evento será realizado na Academia da Força Aérea em Pirassununga. Tenente-Coronel Gobett deixa a Fumaça após 4 anos como lider da esquadrilha
Será realizada na próxima sexta-feira, 18, na Academia da Força Aérea, em Pirassununga (280 quilômetros de Marília) a cerimônia da Passagem de Comando da Esquadrilha da Fumaça. O evento será às 10h30.
A Esquadrilha da Fumaça receberá seu novo comandante, o Tenente-Coronel Líbero Onoda Luiz Caldas, nesta solenidade. Como parte tradicional do evento, a passagem de liderança acontecerá durante o voo. Seis aeronaves serão guiadas pelo avião número 1 em dorso, comandado pelo Tenente-Coronel Marcelo Gobett Cardoso, que logo cederá seu lugar na formação para a aeronave pilotada pelo Tenente-Coronel Caldas, que tomará a posição de liderança no grupo para guiar a dispersão e o pouso.
O evento é marcado com grande emoção pelos que assistem em solo, bem como os que se despedem do líder, após quase 4 anos de trabalho em conjunto. Na sexta-feira, o Visão Notícias estará atualizando a reportagem, com fotos e vídeos do evento.
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